A República Velha no Brasil: oligarquias, revoltas e modernização (1889-1930
1. Brasil República Velha:
República da Espada (1889 – 1894)
República do Oligárquica (1894 – 1930).
Aula 08 – apostila 4C
Aula 09 – apostila 5C
Aula 10– Apostila 5C
2. A República da Espada
(1889 – 1894) :
• O Início da República foi marcado por
governos militares autoritários e
centralizadores que enfrentaram a oposição
de setores da sociedade civil, das oligarquias e
dos monarquistas.
3. Governo Provisório:
• Marechal Deodoro da
Fonseca presidiu o Governo Provisório.
• Primeiras medidas:
– Extinção do Conselho de Estado;
– Nomeação de Interventores Estatais;
– A expulsão da Família Real;
– Separação entre Estado e Igreja;
– Naturalização de todos os estrangeiros que viviam
no país.
4. Crise do
Encilhamento:
• O Ministro da Fazenda Rui Barbosa adotou um política
de expansão monetária e do crédito, visando:
– dinamizar a economia;
– impulsionar novos negócios.
• Boa parte do Crédito foi investido em empresas
fantasmas e no consumo.
• Resultado: onda de especulação na Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro (Encilhamento) e inflação.
• Desgastado, Rui Barbosa renunciou em 1891.
5. CONSTITUIÇÃO DE 1891
• Inspirada na Carta Magna dos Estados Unidos; foi
promulgada em 1891.
– O Brasil era definido como uma República Federativa
(Estados Unidos do Brasil).
– Presidencialista, com voto aberto limitado aos
homens alfabetizados com mais de 21 anos.
– Divisão em Três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário).
– Senado deixava de ser vitalício.
– Caso o Presidência ficasse vaga por
qualquer motivo antes de completar
2 anos de governo, era necessário
novas eleições
6. Governo Deodoro da
Fonseca (1889-1891)
• Eleito indiretamente.
• Enfrentou forte oposição parlamentar,
– em 1891 tentou silenciar os opositores fechando o
Congresso e determinando estado de Sítio.
• Este golpe enfrentou a resistência do próprio
Exército, chefiado pelo vice-presidente
Floriano Peixoto.
– A Marinha ameaçou bombardear o Rio de Janeiro.
– Deodoro acabou renunciando ao governo.
7. Governo Floriano Peixoto
(1891-1894)
• Ao assumir, reabriu o Congresso e suspendeu o estado de
Sítio.
• Governou com mão de ferro e impôs uma política
centralizadora, que priorizava um Executivo Forte
– Radicalizou na luta contra os setores monarquistas.
• Implementou reformas que favoreceram a nova burguesia
e as classes média e baixa.
– Lançou uma política de protecionismo alfandegário, baixou o
preço da carne e do peixe.
• Apesar de ter conquistado o apoio de muitos setores da
sociedade, precisou enfrentar uma polêmica sobre a
legalidade da sua permanência no poder e teve de lidar
com rebeliões e protestos até o fim do seu mandato.
8. Revolta da Armada (1893)
• Alguns comandantes da Marinha com ambições
presidenciais exigiram o afastamento de Floriano
Peixoto do poder.
– Comandante Custódio de Melo;
– Almirante Saldanha da Gama.
• A revolta conseguiu pouco apoio no Rio de
Janeiro e foi reprimida.
– Os revoltosos dirigiram-se ao Sul e tentaram articular-
se com os federalistas gaúchos.
9. Revolução Federalista (1893 – 1895)
• No Rio Grande do Sul, dois partidos disputavam o poder:
– Federalistas ou Maragatos
• Representantes da velha elite do Partido Liberal do Império. Liderados
por Silveira Martins.
• Defendiam o Parlamentarismo e a autonomia estadual.
– Republicanos ou Pica-paus
• Do Partido Republicano Rio-Grandense, liderados por Júlio de
Castilhos.
• Tal disputa evoluiu para uma guerra civil.
– Floriano recusou o pedido dos maragatos de intervenção federal
no estado e apoiou os pica-paus.
• O confronto se espalhou para Santa Catarina e Paraná.
• A revolta foi violentamente reprimida pelas forças oficiais.
• Peixoto terminou seu mandato com a República
consolidada.
10. República Oligárquica /
República do Café (com Leite)
Paulistas e mineiros controlaram
eleições, fizeram presidentes e
dominaram o país.
Aula 17 – apostila 6C
11. Receita de café com leite.
• Representantes dos estados de Minas Gerais
(grande produtor de leite) e São Paulo (líder
cafeeiro) garantiam os interesses dos estados
mais ricos e populosos através dos partidos:
• Partido Republicano Paulista (PRP)
• Partido Republicano Mineiro (PRM)
Presidentes da República Velha:
12. • Prudente de Moraes (1894-1898) Fazendeiro Paulista
– Primeiro Presidente Civil;
– Procurou apaziguar o país e restaurar as financias;
– Em 1896 estourou a Guerra de Canudos.
• Campos Sales (1898 -1902) Fazendeiro Paulista
– Montou a Política dos Governadores.
• Prática do Coronelismo através do Curral Eleitoral.
• O Governo tinha o controle da Comissão de Verificação.
• Rodrigues Alves (1902 – 1906) Cafeicultor Paulista
– Política Econômica de valorização do Café (socialização das
perdas) -> Preço do produto caia no exterior, a moeda brasileira perdia valor.
– Crise de superprodução = Não aceitou o Convênio de Taubaté (1906);
– Investiu na realização de obras públicas / Revolta da Vacina (1904).
14. • Afonso Pena (1906 – 1909) Político mineiro, morreu antes de
concluir seu mandato
– Pôs em Prática as decisões do Convênio de Taubaté;
– Promoveu a construção de estradas de ferro e portos, além de ampliar a
colonização no interior do Brasil
– Nilo Peçanha (1909 – 1910) Político fluminense, vice presidente,
assumiu após a morte de Afonso Pena
– Campanha Civilista: Rui Barbosa (SP/BA) X mal. Hermes da Fonseca
(MG/RS)
• Hermes da Fonseca (1910 – 1914) Militar e político
gaúcho apoiado por algumas oligarquias
– Política das Salvações (derrubou velhas oligarquias do
Nordeste).
– Enfrentou as Revoltas da Chibata (1910) e de Juazeiro
(1911).
– No fim do seu governo estourou a Guerra do Contestado.
15. • Venceslau Brás (1914 – 1918) Político mineiro.
• Movimento operário de 1917.
• Brasil toma partido na Primeira Guerra.
• Rodrigues Alves foi eleito para suceder Venceslau Brás, mas
morreu antes de assumir.
• Delfim Moreira (1918 – 1919) Político mineiro, assumiu como
vice de Rodrigues Alves.
• Convocou novas eleições.
• Epitácio Pessoa (1919 – 1922) Político paraibano, apoiado pelos
fazendeiros de café.
• Artur Bernardes (1922 – 1926) Político mineiro.
• Enfrentou o Tenentismo.
• Em 1922 os tenentistas tomaram o Forte de Copacabana, mas a
revolta foi sufocada (os 18 do forte).
• 2º revolta Tenentista e Coluna Preste (1924-1927): buscando adesão
popular, os rebeldes marcharam 25 mil km pelo interior do Brasil.
16.
17. •Whasington Luís (1926 – 1930) Político fluminense. Fez carreira em
São Paulo.
• Enfrentou os problemas da Crise de 1929;
• A oposição aumentou com ascensão da Classe Média Urbana,
movimentos operários e o Tenentismo.
O FIM:
• Lançou Júlio Prestes ( governador de SP), em oposição os
Mineiros apoiaram o candidato Getúlio Vargas (RS)/ João Pessoa
(PB) através da Aliança Liberal.
• A oposição aceitou a vitória de Júlio Prestes, até que o
assassinato de João Pessoa deflagrasse a rebelião político-militar
articulada entre Nordeste e Sul.
• A Revolução de 1930 tomou o poder colocando fim à
República Velha.
18. Semana da Arte Moderna 1922.
• 1922
– Eclosão da Revolta dos Tenentes;
– Fundação do Partido Comunista;
– Crescimento das cidades (São Paulo com 600 mil habitantes e Rio
de Janeiro com mais de 1 milhão)
– Movimento modernista.
• Semana da Arte Moderna, 11 a 18 de Fevereiro de 1922, no
Teatro Municipal de São Paulo.
– Mais se destacaram: Mário de Andrade, Oswald de Andrade,
Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral.
• Objetivo: “abrasileirar” a cultura brasileira frente a invasão
cultural estrangeira que despersonalizava o Brasil.
21. Guerra de Canudos
• Período Histórico: 1896-1897
• Envolvidos: Comunidade de Canudos, forças estaduais
baianas e forças federais.
• Palco do Conflito: Bahia
• Contexto Histórico:
– Movimento de fundo sócio-religioso.
– Período marcado por graves crises econômicas e
sociais, especialmente relativas aos latifúndios
improdutivos, secas cíclicas e desemprego.
– Eles não eram contra a República, mas questionavam
alguns impostos cobrados pelo governo.
• No Brasil, a República estava recém-instaurada.
Muitos acusaram os canudos de serem pró-
monarquistas.
22. Guerra de Canudos
• A questão toda envolvia, de fato, busca por uma
qualidade de vida melhor.
– A figura de Antônio Conselheiro desagradava o comando da Igreja pois ele
seria uma espécie de rival.
– Conselheiro acreditava que a República e um governo laico seria uma
profanação da autoridade da Igreja.
• Casamento civil, separação da Igreja do Estado, a cobrança de impostos de forma
violenta, tudo isso era exemplo da proximidade do "fim do mundo".
• Tropas estaduais e depois federais tentaram por
diversas vezes tomar a cidade.
• Somente na quarta expedição que as tropas federais
conseguiram esmagar a resistência.
– No total, foram mobilizados quase dez mil soldados
para lidar com a insurreição. Calcula-se que morreram
25 mil pessoas neste conflito.
23. Revolta da Vacina
• Período Histórico: 1904
• Envolvidos: Povo, Positivistas e Cadetes da Escola
Militar.
• Palco dos Enfrentamentos: Rio de Janeiro
– Problemas de infra-estrutura, superpopulação,
doenças espalhando pela cidade e carestia afetavam a
vida da população.
• Oswaldo Cruz criou uma força de agentes
sanitários para combater os problemas de saúde
pública que podiam invadir casas para matar
mosquitos e ratos.
24. • Nos processos de vacinação, os
agentes sanitários eram acusados de
empregar excesso de força.
– A reação popular levou o governo a
suspender a obrigatoriedade da vacina e
a declarar estado de sítio [16 de
Novembro].
• A rebelião foi contida, deixando 50
mortos e 110 feridos. Centenas de
pessoas foram presas e, muitas delas,
deportadas para o Acre.
Revolta da Vacina
25. Revolta da Chibata 1910
• Período Histórico: 22 a 27 de novembro de 1910
• Envolvidos: Marinheiros; líder: João Cândido.
• Palco dos Conflitos: Rio de Janeiro.
• Os castigos físicos, abolidos na Marinha do Brasil
um dia após a proclamação da República, foram
restabelecidos no ano seguinte (1890).
– Os marinheiros nacionais, quase todos negros ou
mulatos, comandados por uma oficialidade branca,
em contato com as marinhas de países mais
desenvolvidos, notavam que as mesmas não
adotavam estes tipos de punição.
26. • O governo do presidente Hermes da Fonseca
declarou aceitar as reivindicações dos
amotinados, abolindo os castigos físicos e
anistiando os revoltosos que se entregassem.
• Entretanto, dois dias mais tardes (28 de
novembro), alguns marinheiros foram
expulsos da marinha, sob a acusação de
“inconveniente à disciplina”
Revolta da Chibata 1910