SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Télécharger pour lire hors ligne
Digestor Anaeróbio de fluxo 
ascendente - UASB 
Daniel Arsand
UASB – Upflow Anaerobic 
Sludge Blanket 
 No Brasil também é conhecido de 
RAFA – reator anaeróbio de fluxo 
ascendente – ou ainda de DAFA – 
digestor anaeróbio de fluxo 
ascendente; 
16/04/14 2
UASB 
 Consiste em um processo de 
tratamento anaeróbio de tratamento 
de águas residuárias; 
 Se caracteriza por inserção do afluente 
na base do reator com um leito de 
lodo: fluxo ascendente; 
 Tempo de lodo: maturidade em três 
meses, aproximadamente. 
16/04/14 3
Vantagens do UASB 
 Gera energia elétrica, ao invés de 
consumir (aeradores); 
 Baixo custo estrutural e operacional; 
 Elevado abatimento de DQO e DBO; 
 Ocupa menores espaços para sua 
instalação; 
 ... 
16/04/14 4
Formas comuns de UASB 
Obs.: Sludge bed; sludge blanket; gas-solids separator (GSS). 
16/04/14 5
Outros formatos UASB 
16/04/14 6
Processos mais usados 
 Reator UASB: 
 Sluge bad 
 Sluge blanket 
 Gases 
 Câmara de separação 
16/04/14 7
Formas comuns de UASB 
 O formato cilíndrico é o mais usado por 
ser estruturalmente mais barato; 
geralmente usado para volumes 
menores; 
 Formatos horizontais são mais 
difundidos para o tratamento de 
maiores volumes: mais de uma 
unidade combinadas (geminadas). 
16/04/14 8
Problemas comuns 
 Choques nas condições do afluente: 
temperatura, concentração de 
poluentes, …; 
 Fluxo ascendente elevado, não 
permitindo ideal sedimentação do 
lodo – carga hidráulica e não carga 
orgânica deve ser observada; 
 Perda de biomassa ou excesso dela. 
16/04/14 9
Tempo de detenção hidráulica 
- TDH 
Quadro 1 - TDH em reatores UASB (TDH). 
esgoto TDH (h) 
(o C) Média diária Mínimo (durante 4 a 6 h) 
16 – 19 > 10 – 14 7 – 9 
20 – 26 > 6 – 9 4 – 6 
> 26 >6 4 
Temperatura do 
TDH mínimo comumente usado: 4,8 – 5 horas e Carga 
Hidráulica de ±5 m3/m2.dia. 
16/04/14 10
Controle do processo 
 Controle da biomassa e da 
sedimentação: uso de registros ao 
longo do reator; 
 Registros a cada 50 cm; fechamento 
rápido tipo esfera; Ø: 50 mm; 
 Descarga do excesso de lodo: registros 
na base do reator e 1-1,5 m: 
fechamento rápido tipo esfera; Ø: 100 
mm; 
16/04/14 11
Geração de biogás 
 Com a biodegradação anaeróbia, há 
grande geração de biogás: rico em 
gás metano; 
 Pode ser usado para gerar energia 
elétrica; 
 Gases ácidos aumentam o poder 
corrosivo do biogás. 
16/04/14 12
Obrigado 
danielarsand@pelotas.ifsul.edu.br 
16/04/14 13

Contenu connexe

Tendances

introdução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massaintrodução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massamlbf23
 
águas residuais
águas residuaiságuas residuais
águas residuaisguestb6e50c
 
Aula 4 explicação decantadores dimensionamento
Aula 4 explicação decantadores dimensionamentoAula 4 explicação decantadores dimensionamento
Aula 4 explicação decantadores dimensionamentoGiovanna Ortiz
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisEdir Leite Freire
 
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarAula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarGiovanna Ortiz
 
Nbr 12216 92 projeto de estação de tratamento de água para
Nbr 12216 92   projeto de estação de tratamento de água paraNbr 12216 92   projeto de estação de tratamento de água para
Nbr 12216 92 projeto de estação de tratamento de água paraJacqueline Schultz
 
Aula 8 dimensionamento de lodos ativados
Aula 8   dimensionamento de lodos ativadosAula 8   dimensionamento de lodos ativados
Aula 8 dimensionamento de lodos ativadosGiovanna Ortiz
 
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicos
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicosProcessos%20 industriais%20inorg%e2nicos
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicosLetícia Dutra
 
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbDimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbGiovanna Ortiz
 

Tendances (20)

Aula 13 - Tratamentos fisicos-quimico - 20.10
Aula 13 - Tratamentos fisicos-quimico - 20.10Aula 13 - Tratamentos fisicos-quimico - 20.10
Aula 13 - Tratamentos fisicos-quimico - 20.10
 
Slides lodos ativados
Slides lodos ativadosSlides lodos ativados
Slides lodos ativados
 
Aula 03 - Caracterização das águas (parte 2)
Aula 03 - Caracterização das águas (parte 2)Aula 03 - Caracterização das águas (parte 2)
Aula 03 - Caracterização das águas (parte 2)
 
introdução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massaintrodução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massa
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
águas residuais
águas residuaiságuas residuais
águas residuais
 
Gerenciamento de Resíduos
Gerenciamento de ResíduosGerenciamento de Resíduos
Gerenciamento de Resíduos
 
Teli 6
Teli 6Teli 6
Teli 6
 
Aula 4 explicação decantadores dimensionamento
Aula 4 explicação decantadores dimensionamentoAula 4 explicação decantadores dimensionamento
Aula 4 explicação decantadores dimensionamento
 
Taa 8
Taa 8Taa 8
Taa 8
 
Aula 8 incineração
Aula 8 incineraçãoAula 8 incineração
Aula 8 incineração
 
Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11
Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11
Aula 15 - Tratamento do lodo e reuso - 03.11
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriais
 
Aula 4 sedimentação
Aula 4   sedimentaçãoAula 4   sedimentação
Aula 4 sedimentação
 
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarAula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
 
Nbr 12216 92 projeto de estação de tratamento de água para
Nbr 12216 92   projeto de estação de tratamento de água paraNbr 12216 92   projeto de estação de tratamento de água para
Nbr 12216 92 projeto de estação de tratamento de água para
 
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
Aula 07 - Tecnicas de tratamento - parte 3 - 08.09
 
Aula 8 dimensionamento de lodos ativados
Aula 8   dimensionamento de lodos ativadosAula 8   dimensionamento de lodos ativados
Aula 8 dimensionamento de lodos ativados
 
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicos
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicosProcessos%20 industriais%20inorg%e2nicos
Processos%20 industriais%20inorg%e2nicos
 
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbDimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
 

En vedette (7)

exercicio
exercicioexercicio
exercicio
 
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e SociaisEsgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
 
Tratamento de esgoto e saneamento básico
Tratamento de esgoto e saneamento básicoTratamento de esgoto e saneamento básico
Tratamento de esgoto e saneamento básico
 
Sistemas anaeróbios
Sistemas anaeróbiosSistemas anaeróbios
Sistemas anaeróbios
 
Tratamento anaeróbio esgoto
Tratamento anaeróbio esgotoTratamento anaeróbio esgoto
Tratamento anaeróbio esgoto
 
Tratamento da água
Tratamento da águaTratamento da água
Tratamento da água
 
Tratamento de água e esgoto
Tratamento de água e esgotoTratamento de água e esgoto
Tratamento de água e esgoto
 

Digestor anaerobio de fluxo ascendente

  • 1. Digestor Anaeróbio de fluxo ascendente - UASB Daniel Arsand
  • 2. UASB – Upflow Anaerobic Sludge Blanket  No Brasil também é conhecido de RAFA – reator anaeróbio de fluxo ascendente – ou ainda de DAFA – digestor anaeróbio de fluxo ascendente; 16/04/14 2
  • 3. UASB  Consiste em um processo de tratamento anaeróbio de tratamento de águas residuárias;  Se caracteriza por inserção do afluente na base do reator com um leito de lodo: fluxo ascendente;  Tempo de lodo: maturidade em três meses, aproximadamente. 16/04/14 3
  • 4. Vantagens do UASB  Gera energia elétrica, ao invés de consumir (aeradores);  Baixo custo estrutural e operacional;  Elevado abatimento de DQO e DBO;  Ocupa menores espaços para sua instalação;  ... 16/04/14 4
  • 5. Formas comuns de UASB Obs.: Sludge bed; sludge blanket; gas-solids separator (GSS). 16/04/14 5
  • 6. Outros formatos UASB 16/04/14 6
  • 7. Processos mais usados  Reator UASB:  Sluge bad  Sluge blanket  Gases  Câmara de separação 16/04/14 7
  • 8. Formas comuns de UASB  O formato cilíndrico é o mais usado por ser estruturalmente mais barato; geralmente usado para volumes menores;  Formatos horizontais são mais difundidos para o tratamento de maiores volumes: mais de uma unidade combinadas (geminadas). 16/04/14 8
  • 9. Problemas comuns  Choques nas condições do afluente: temperatura, concentração de poluentes, …;  Fluxo ascendente elevado, não permitindo ideal sedimentação do lodo – carga hidráulica e não carga orgânica deve ser observada;  Perda de biomassa ou excesso dela. 16/04/14 9
  • 10. Tempo de detenção hidráulica - TDH Quadro 1 - TDH em reatores UASB (TDH). esgoto TDH (h) (o C) Média diária Mínimo (durante 4 a 6 h) 16 – 19 > 10 – 14 7 – 9 20 – 26 > 6 – 9 4 – 6 > 26 >6 4 Temperatura do TDH mínimo comumente usado: 4,8 – 5 horas e Carga Hidráulica de ±5 m3/m2.dia. 16/04/14 10
  • 11. Controle do processo  Controle da biomassa e da sedimentação: uso de registros ao longo do reator;  Registros a cada 50 cm; fechamento rápido tipo esfera; Ø: 50 mm;  Descarga do excesso de lodo: registros na base do reator e 1-1,5 m: fechamento rápido tipo esfera; Ø: 100 mm; 16/04/14 11
  • 12. Geração de biogás  Com a biodegradação anaeróbia, há grande geração de biogás: rico em gás metano;  Pode ser usado para gerar energia elétrica;  Gases ácidos aumentam o poder corrosivo do biogás. 16/04/14 12