Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Desenho técnico
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Nova Lima – MG – CEP: 34.000-000
Telefone: (31) 3541-2666
DDEESSEENNHHOO TTÉÉCCNNIICCOO
SENAI – “Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial”
Centro de Formação Profissional
“AFONSO GRECO”
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Presidente da FIEMG
Olavo Machado
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI e
Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Lúcio Sampaio
Gerente de Educação e Tecnologia
Edmar Fernando de Alcântara
Unidade Operacional
Centro de Formação Profissional “Afonso Greco”
Nova Lima – MG
2011
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Desenho Técnico
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Apresentação
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do
conhecimento. “
Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os
perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e
,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,
com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados,
flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de
educação continuada.”
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área
tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.
Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
Gerência de Educação Profissional
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Desenho Técnico
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1. Introdução
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus
pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem
fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha,
acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na forma de desenho.
A escrita, a fala e o desenho representam idéias e pensamentos. A representação
que vai interessar neste curso é o desenho.
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunicação.
E essa representação gráfica trouxe grandes contribuições para a compreensão
da história, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos antigos, podemos
conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até suas idéias.
As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do tempo, à
medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura.
O desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com exatidão todas
as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista
deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas.
Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou
seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico,
de acordo com normas específicas. Observe alguns exemplos (fig.1 e 2).
Fig.1
Fig.2
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Desenho Técnico
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Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços símbolos,
números e indicações escritas, de acordo com normas técnicas.
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Neste curso você vai conhecer a aplicação das
principais normas técnicas referentes ao desenho técnico mecânico, de acordo
com a ABNT.
Como é Elaborado um Desenho Técnico
Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de
vários profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o
projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser. Depois representa suas
idéias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço
serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho preliminar
corresponde à uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto,
que ainda pode sofrer alterações.
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto será
executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também
chamado de desenho para execução, contém todos os elementos necessários à
sua compreensão.
O desenho para execução, que tanto pode ser feito na prancheta como no
computador, deve atender rigorosamente à todas as normas técnicas que
dispõem sobre o assunto.
O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai
executar a peça. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para
que possa executar a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar
corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será
a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as normas
técnicas.
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2. Instrumentos
Esquadros
São instrumentos de desenho com a forma de triângulos retângulos, encontrados
sempre em pares. Um esquadro é isósceles com ângulos de 45º e o outro
escaleno com ângulo de 30º e 60º (fig. 3).
Fig.3
Os esquadros servem para traçar paralelas e ângulos dos próprios esquadros,
além dos que são obtidos pela combinação dos dois, como os de 15º, 75º, 150º
etc. Os esquadros fabricados em material sintético-acrílico são os mais usados e
os melhores, pela transparência perfeita e por serem praticamente indeformáveis.
Para cada par de esquadros só existe uma medida, a do cateto maior do
escaleno, sempre igual ao da hipotenusa do isósceles: 16cm, 20cm, 26cm, 32cm,
etc.
Régua T
As réguas T (fig.4) são utilizadas no traçado de paralelas, geralmente horizontais;
funcionam em mesas-prancheta onde deslizam verticalmente, mantendo a
horizontalidade da régua. Combinadas com esquadros, permitem traçar com
rapidez e precisão uma infinidade de ângulos e paralelas em todas as direções.
São fabricadas em madeira de lei como cedro, louro, caroba ou em material
sintético-acrílico. Possuem um cabeçote, fixo à lâmina-régua, em ângulo reto.
Sem o cabeçote, podem medir 35cm, 50cm, 65cm, 70cm, 92cm, 100cm, etc.
Fig.4
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Há réguas T de cabeçote duplo (fig.5), sendo um deles móvel, o que permite
traçar paralelos segundo uma direção qualquer; basta inverter a régua e ajustar o
cabeçote móvel fixando-o por meio de uma porca borboleta.
Fig.5
Transferidor
É um instrumento utilizado na construção e medição de ângulos. É fabricada em
metal ou em plástico-acrílico, material preferido por ser transparente, leve e
indeformável. O mais usado tem a forma semicircular, graduado de 0º a 180º, nos
dois sentidos, com diâmetro de 12cm (fig.6).
Fig.6
Quando se quer construir um determinado ângulo, traça-se primeiramente uma
reta e marca-se nela um ponto de referência para o vértice do ângulo. Coloca-se
o transferidor de tal modo que a linha de fé coincida com a reta e o índex com o
vértice. A partir de 0º, marca-se junto ao limbo, por um ponto, a abertura do
ângulo desejado. Em seguida, retira-se o transferidor e completa-se a construção
do ângulo.
Tecnígrafo
Tecnígrafo (fig.7) é um aparelho que substitui o conjunto de esquadros, régua e
transferidores. O instrumento, de bastante precisão e alto custo, trabalha
permanentemente fixo à mesa-prancheta e possui um jogo de réguas
perpendiculares graduadas em escalas, que funcionam conjugadas com um
transferidor existente no braço do aparelho. Essas réguas são travadas
automaticamente em 0º, 15º, 30º 60º, 75º e 90º.
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Fig.7
Compassos
São instrumentos empregados para traçar circunferências, seus arcos, ou
transportar medidas. Os compassos (fig.8) comuns têm 12cm de comprimento,
aproximadamente, com articulações e pontos removíveis para o porta-grafita e o
tira-linhas numa perna e a ponta seca na outra, além do alongador para grandes
raios.
Fig.8
Para transportar medidas da régua graduada para o desenho ou para marcar
distâncias rigorosamente iguais (fig.9).
Fig.9
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Curvas Francesas
As curvas francesas ou pistolets (fig.10) são gabaritos para curvas, recortados por
inúmeros arcos concordantes e destinados àqueles desenhos em que não se
pode usar o compasso.
Fig.10
As curvas francesas transparentes são melhores porque podem ser vistas através
delas os pontos de referência ou eixos de simetria que devem ser marcados no
instrumento. Para cada trecho da curva, previamente delineado à mão, os pontos
que unem essas curvas devem ser simultaneamente repetidos no desenho e na
borda do instrumento (fig.11).
Régua flexível
Fig.11
Para as grandes curvas, traçadas, por exemplo, nas construções navais,
industriais de grande porte, plantas de situação, de rodovias, emprega-se a régua
flexível (fig.12). O desenho, esboçado a mão, é posteriormente definido com
auxílio desse instrumento em toda a sua extensão e rapidamente.
Fig.12
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Escala Triangular
É uma régua em forma de um prisma triangular contendo em cada face duas
escalas de redução (fig.13). A principal vantagem dessas escalas para o dese-
nhista está na economia de tempo no cálculo de medida por medida.
As escalas de redução mais empregadas são: 1:2 1:5 1:10 1:20 1:25 1:50 1:100 e
1:500. Em mapas, usam-se escalas bem maiores.
Fig.13
Régua Triplo-decímetro
A régua mais usada no desenho tem o comprimento de 30 centímetros ou triplo-
decímetro com limbo graduado em milímetros e meios-milímetros de um lado e do
outro em polegadas (fig.14).
Fig.14
As réguas graduadas devem servir exclusivamente para medição. Para o traçado,
usam-se réguas não graduadas ou esquadros.
Lápis - Lapiseiras - Grafitas
As grafitas ou minas de grafita são classificados em duras, médias e moles,
identificadas pelas séries H e B. Quanto mais H, mais dura; quanto mais B, mais
mole (ou suave) e as médias HB ou F: 8B,.....,2B, B, HB, F, H, 2H,.....,9H (fig.15).
No desenho técnico, as linhas finas são feitas com grafita dura 3H; as letras,
cotagens e anotações, com F. As linhas de contorno e arestas visíveis com F ou
H, os esboços cotados com F. As grafitas duras H são recomendadas para papel
áspero e as mais B para o acetinado.
Não se aconselham os lápis cilíndricos, porque rolam das pranchetas; devem ser
sextavados (o que também permite prendê-los bem entre os dedos).
A madeira do lápis deve ser consistente e suficientemente macia, como o cedro
vermelho, para que possa ser cortada com facilidade e não rache.
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Fig.15
A grafita deve ser bem afiada em lixa fina de modo a dar um traço uniforme. A
ponta cônica de grafita do lápis deve ter, aproximadamente, 8mm (fig.16).
Ao se traçar uma linha, a ponta deverá deslizar contra o bordo da régua, girando-
se o lápis à proporção que se avança (fig.17).
Fig.16 Fig.17
As lapiseiras atualmente são mais utilizadas que os lápis; são mais práticas,
confortáveis e possibilitam a troca rápida de grafitas.
Um outro tipo de lapiseira emprega grafitas do diâmetro exato da espessura do
traço, sem que haja necessidade de afiá-los. Sua ponta cilíndrica conduz o grafita
até junto ao papel, evitando assim que encoste na borda da régua ou esquadro.
Pranchetas - Mesas de Desenho
As pranchetas para desenho (fig.18) podem ser simplesmente apoiadas em
cavalete ou fazer parte de uma chamada mesa de desenho, com altura e
inclinação reguláveis.
Fig.18
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As pranchetas devem ser fabricadas em pinho ou cedro e sem juntas. Suas
dimensões são padronizadas (Norma DIN 3100) nos seguintes tamanhos:
25x35cm, 35x50cm, 50x70cm, 100x150cm, 125x175cm e 125x200cm. A
espessura pode variar de 1,5 a 2cm.
As dimensões das pranchetas estão em consonância com os formatos de papel
recomendados pela NB-8, série A.
As pranchetas devem ser forradas em plástico para permitir traços uniformes, e
de cor verde, para evitar a fadiga dos olhos do desenhista.
As mesas de desenho podem ser equipadas com tecnígrafo ou com a régua
paralela, uma substituta da régua T, porém ligada por finos cabos e roldanas à
própria prancheta (fig.19).
Fig.19
Borracha
Para apagar os traços de um lápis macio, a borracha deve ser mole e de grão
fino; para os traços a lápis duro ou feitos a tinta, a borracha deverá ser dura,
áspera e de consistência arenosa. Em ambos os casos, é aconselhável o tipo
prismático (fig.20) por ser fácil a aplicação de seus vértices nas pequenas áreas
do desenho.
Fig.20
A borracha deve ser limpa antes de ser aplicada, esfregando-a num papel
qualquer. Os traços a serem apagados devem ser isolados dos outros com o
auxílio de uma lâmina protetora (fig.21).
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Fig.21
Gabaritos
São placas de material plástico, transparente, vazadas nos formatos
convencionados para os desenhos arquitetônicos, mecânicos, eletrotécnicos,
métricos, como círculos, quadrados, elípses, etc (fig.22)
Fig.22
Normógrafos
Os normógrafos são gabaritos especiais para traçado de letras, algarismos e
símbolos, com caracteres iguais e precisos (fig.23). Para cada lâmina de
caracteres há uma pena própria numerada, indicada na lâmina. A pena tem a
forma de um funil com extremidade cilíndrica e no seu interior, um êmbolo com
um fio de aço. A tinta é colocada no funil do modo como é feito no tira-linhas. A
pena deve ser usada perpendicularmente à superfície do papel para que o traço
resulte uniforme. Após o uso, deve ser limpa imediatamente com água - não só a
pena, mas também o normógrafo.
Fig.23
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O normógrafo mais usado atualmente difere dos normógrafos convencionais por
basear-se no sistema pantográfico (fig.24). É considerado o mais prático e o mais
preciso para se desenhar com rapidez e perfeição os tipos de letras mais
variados.
Fig.24
Hachuriador
É um instrumento destinado ao traçado rigoroso e uniforme de paralelos, com
espaçamento regulado no próprio aparelho (fig.25).
Fig.25
Pontilhador
É um aparelho de aço que permite traçar linhas pontilhadas ou interrompidas com
espaçamento uniforme regulável (fig.26).
Fig.26
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3. Caligrafia Técnica
A linguagem escrita do desenho técnico se faz através de uma caligrafia
estabelecida por estudos de legibilidade de execução: as letras e algarismos do
tipo denominado bastão.
Recomendado pela ABNT e padronizado nos Estados Unidos pela American
Standard Association (ASA) com o nome de gothic , o tipo bastão representa a
simplificação máxima de desenho dos tipos:
Letra Bastão
Reduzidos à sua estrutura linear, mantidas forma e proporção de cada um, os
caracteres são formados por linhas de grossura uniforme, não apresentando
barras de acabamento (serifas) ou qualquer outro enfeite.
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Espaçamento do Letreiro
Cada letra é espaçada de acordo com a sua forma e a da letra vizinha. Não deve
haver um espaçamento uniforme entre as letras, porque isto causa, pela ilusão de
ótica, um certo desequilíbrio no letreiro.
Exemplo comparativo:
Espaçamento uniforme. Há um desequilíbrio visual.
Espaçamento visual. Algumas letras foram aproximadas devido às áreas perdidas
Espaçamento no Letreiro
Em primeiro lugar, deve-se levar em conta a disposição e o espaçamento do
letreiro. Este espaçamento mais vale pela aparência da massa do letreiro do que
pela forma das letras em si.
Os espaçamentos entre palavras têm grande importância porque, se pequenos,
dificultam a leitura, e, se grandes, as palavras parecem soltas.
O espaço entre uma palavra e outra deve corresponder ao de uma letra (l) ou à
altura de uma letra maiúscula.
Para a composição de um letreiro, o fator principal é o equilíbrio visual. O
espaçamento das letras, palavras e linhas varia de acordo com o senso estético
de quem o faz, visando uma disposição legível e de aspecto agradável.
Linhas de Guia
Para boa legibilidade da escrita é necessário desenhar as letras com a mesma
altura e manter a mesma verticalidade ou a mesma inclinação. Para isso, traçam-
se linhas auxiliares que sirvam de guia, tanto para a direção horizontal das letras,
como para orientá-las verticalmente.
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4. Papel
Formatos
De acordo com a NB-8, o papel deverá ter os formatos da série A , cortados em
bruto ou recortados definitivamente em milímetros:
Os formatos das folhas foram introduzidos no Brasil pela ABNT na norma NB-4
em 1945. Origina-se de um retângulo de 1 m2 cujos lados estão na relação de
1 : 2 (fig.27).
Fig.27
O papel para desenho pode ser encontrado em folhas ou em rolos ou ainda em
blocos-prancha nos formatos A2, A3 e A4.
Os tipos de papel para desenho dividem-se basicamente em 2 grupos: os opacos
e os transparentes. Dos opacos, o mais utilizado para o desenho definitivo é o
Canson, um papel branco, encorpado e de boa recepção à tinta. O papel couché,
bastante conhecido por sua superfície de gesso brilhante, é próprio para desenho
de precisão a nanquim. Dos transparentes, o de menor qualidade, e por este
motivo o mais usado para rascunhos, é o chamado manteiga. Os desenhos
definitivos são geralmente executados no vegetal. De melhor nível é o papel tela,
comum na cor azul-claro. A grande vantagem dos papéis transparentes é permitir
cópias diretas pelo processo heliográfico.
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Legenda
Qualquer desenho industrial, para estar completo, deve ser acompanhado de uma
legenda, localizada no ângulo inferior direito da folha de desenho. Na legenda
estão incluídas todas as indicações necessárias à sua compreensão. Cada
empresa possui a sua própria legenda, que pode ser desenhada, aplicada no
papel por um carimbo ou já vir impressa.
A legenda ou rótulo (carimbo da firma) deve ser desenhada sempre à direita e
abaixo, no canto da folha (fig.28):
Fig.28
A largura da legenda não deve ultrapassar 175mrn, havendo variações na altura e
largura de acordo com o formato de papel utilizado. O nome da firma, o nº do
desenho e o título são escritos em caracteres maiores e em traços grossos. As
letras devem ser do tipo bastão, verticais ou inclinadas.
A lista de peças deve ser separada da razão social e o número das peças é
ascendente (numerado de baixo para cima). Se a lista for muito grande, deve-se
acrescentar sua continuidade à esquerda da legenda e na parte inferior (fig.29).
Fig.29
Formatos
A0, A1, e A2
A2, A3 e A4
A5 e A6
L
175
120
90
H
50
35
25
20
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5. Linhas
Classificação e emprego
As linhas empregadas no desenho técnico dividem-se em: grossa, média e fina,
sendo uma a metade da espessura da outra. Em função do tamanho e da
complexidade do desenho, podem ser consideradas quatro espessuras para a
linha grossa ou cheia: 1,2mm, 0,8mm, 0,5mm e 0,3mm. A maior só se emprega
em desenhos de grandes proporções e feitos exclusivamente a tinta. A
classificação abaixo toma por base a linha grossa de 0,5mm de espessura.
No desenho rigoroso a lápis, a variação entre grossa, média e fina depende da
consistência da grafita; um lápis macio como o HB ou F produz traços grossos. O
de grafita dura 3H dá traços finos. Podem-se considerar também como variação
de grossura as diferentes tonalidades do traço. Os mais escuros são grossos e os
mais claros são finos.
Os traços maiores do tipo b para andamento de corte e seções são de
aproximadamente 8mm e os espaços onde se intercaIam os pontos (ou traços
menores) são de mais ou menos 4mm (fig.30).
Fig.30
Cada traço da linha interrompida do tipo c pode variar entre 2 e 4mm (fig.31).
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Fig.31
Os traços longos da linha tipo f para eixos de simetria e linhas de centro, variam
entre 16 a 20mm, com espaços de 4mm para intercalar os pontos (substituídos
por traços curtos) (fig.32).
Fig.32
Outras espécies de linhas podem ser empregados desde que haja uma notação
explicativa no desenho.
Linhas Visíveis e Invisíveis
Convenções
Se uma aresta visível for limite de outra invisível, esta deve tocá-la (fig33).
Fig.33
No caso de cruzamento, a interrompida não toca a cheia (fig.34).
Fig.34
Se as linhas invisíveis têm um vértice comum, isto é, são concorrentes devem se
ligar naquele ponto (fig.35):
Fig.35
Entretanto, se as linhas invisíveis não têm ponto comum devem ser interrompidas,
também, no cruzamento (fig.36).
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Fig.36
Quando duas linhas invisíveis paralelas estão próximas, devem ser evitados
traços e espaços iguais, lado a lado, alterando-se ligeiramente seus
comprimentos em uma das linhas (fig.37).
Fig.37
Se duas linhas coincidem, a prioridade obedece à seguinte ordem: arestas
visíveis, arestas invisíveis, linhas de corte, linhas de centro, linhas de extensão.
Se uma peça tem partes visíveis e invisíveis, no mesmo alinhamento, a linha
oculta é interrompida no limite das duas partes (fig.38).
Fig.38
As curvas não visíveis devem ter sempre seus traços de comprimento uniforme.
Entretanto, se o arco é pequeno demais, o traço em curva descreve totalmente o
arco, sem ser interrompido (fig.39).
Fig.39
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6. Sistema de Representação Convencional
A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos
tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características
com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza.
Para entender bem como é feita a projeção ortográfica você precisa conhecer
três elementos: o modelo, o observador e o plano de projeção.
Modelo
É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode ser
tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma peça de
máquina ou mesmo um conjunto de peças.
Veja alguns exemplos de modelos (fig.40):
Fig.40
O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte de
seus elementos. Pode, também, ser representado em posição de trabalho, isto é,
aquela que fica em funcionamento.
Quando o modelo faz parte de um conjunto mecânico, ele vem representado na
posição que ocupa no conjunto.
Observador
É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o
modelo em projeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente
em várias posições (fig.41).
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Fig.41
Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a uma
distância infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção de onde o
observador está vendo o modelo será indicada por uma seta (fig.42).
Fig.42
Plano de Projeção
Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho
técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos:
um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente
(fig.43).
Fig.43
Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões
chamadas diedros.
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Diedros
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os
diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros do relógio.
O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre
si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano.
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a
projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação
no 1º diedro.
Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá,
representam seus desenhos técnicos no 3º diedro.
Nesta apostila, você estudará detalhadamente a representação no 1º diedro,
como recomenda a ABNT. Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro
cuidado que se deve ter é identificar em que diedro está representado o modelo.
Esse cuidado é importante para evitar o risco de interpretar errado as
características do objeto.
Para simplificar o entendimento da projeção ortográfica passaremos a representar
apenas o 1º diedro, o que é normalizado pela ABNT.
Chamaremos o semiplano vertical superior de plano vertical. O semiplano
horizontal anterior passará a ser chamado de plano horizontal (fig.44).
Fig.44
Ao interpretar um desenho técnico procure identificar, de imediato, em que diedro
ele está representado.
O símbolo que indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro
(fig.45) aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos,
dentro da legenda.
Fig.45
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Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro, você verá este outro
símbolo (fig.46):
Fig.45
Cuidado para não confundir os símbolos! Procure gravar bem, principalmente o
símbolo do 1º diedro, que é o que você usará com mais freqüência.
Atenção - As representações no 3º diedro requerem preparo específico para sua
leitura e interpretação. O estudo das representações no 3º diedro foge dos
objetivos deste curso.
Projeção Ortográfica
Para produzir um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos em
verdadeira grandeza.
Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos ou
objetos tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção
ortográfica em mais de um plano de projeção.
No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical e do
plano horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Este
plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal
(fig.46).
Fig.46
Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de
projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido
geométrico (o prisma retangular) em cada um dos planos, separadamente.
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Desenho Técnico
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Vista de Frente
Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de
frente por um observador, na direção indicada pela seta (fig.47).
Fig.47
Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: duas são
paralelas ao plano de projeção; quatro são perpendiculares ao plano de projeção.
Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a
projeção ortográfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um retângulo
idêntico às faces paralelas ao plano de projeção.
Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a
projeção ortográfica do prisma visto de frente (fig.48).
Fig.48
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Desenho Técnico
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A projeção ortográfica do prisma, visto de frente no plano vertical, dá origem à
vista ortográfica chamada vista de frente ou elevação.
Vista de Cima
A vista de frente não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso
necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do
prisma em outros planos do 1º diedro.
Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por um
observador na direção indicada pela seta (fig.49).
Fig.49
A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retângulo idêntico,
paralelas ao plano de projeção horizontal.
Removendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a projeção
ortográfica do prisma, visto de cima (fig.50).
Fig.50
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Desenho Técnico
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A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a vista
ortográfica chamada vista cima ou planta.
Vista Lateral
Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior, uma terceira
vista é importante: a vista lateral esquerda.
Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado, na direção
indicada pela seta, (fig.51).
Fig.51
Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica
resulta num retângulo idêntico, paralelo ao plano lateral.
Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do prisma
visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda (fig.52).
Fig.52
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Desenho Técnico
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Rebatimento dos Planos de Projeção
Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular
separadamente em cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma
em três planos simultaneamente (fig.53).
Fig.53
As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os
planos de projeção são as linhas projetantes.
As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas
linhas projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os elementos do
modelo nas diferentes vistas.
Imagine que o modelo tenha sido retirado e veja como ficam apenas as suas
projeções nos três planos (fig.54):
Fig.54
Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano.
Para tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de
projeção horizontal e lateral (fig.55).
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Desenho Técnico
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Fig.55
Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos planos.
Apenas os contornos das projeções são mostrados. As linhas projetantes
auxiliares também são apagadas.
Veja como fica a representação, em projeção ortográfica, do prisma retangular
que usamos (fig.56):
Fig.56
As Seis Vistas Principais
As duas vistas básicas - frente e superior -, mesmo auxiliadas pela vista lateral
esquerda, por vezes não conseguem esclarecer suficientemente a forma de
objetos mais complexos. Pode-se aumentar o número de vistas principais para
seis, envolvendo o objeto por um paralelepípedo de referência, conforme a NB-8
(fig.57):
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Desenho Técnico
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Fig.59
Obs.: Convém assinalar que nos Estados Unidos e também na Holanda e Canadá
é adotada uma orientação diferente quanto à obtenção das vistas. Assim, para os
americanos, a planificação mostra as vistas em outro arranjo, previsto na NB-8.
Fig.60
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Desenho Técnico
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7. Cotagem
Os desenhos de algo a ser fabricado ou construído devem levar todas as
informações necessárias à sua confecção, como: medidas, espécie de material,
indicação de acabamento, etc. As linhas de medida ou de cota são finas, traçadas
paralelamente às dimensões do objeto e distantes aproximadamente 7 mm do
contorno medido (fig.61). Nas extremidades dessas linhas desenham-se setas,
limitando a medida por linhas de extensão, perpendiculares às linhas de cota e de
contorno.
Fig.61
Setas
A seta propriamente dita deve ter um comprimento aproximado de 2 a 3 mm; a
sua largura pode ser calculada como 1/3 do comprimento ou, simplesmente,
dando-se à extremidade um ângulo de 15º (fig.62).
Fig.62
Para certos desenhos, é permitido substituir as setas por pequenos pontos:
círculos pretos, de raio mínimo, centrados nas interseções das linhas de extensão
com a linha de cota e executados à mão livre (fig.63). O emprego do ponto se
justifica por falta de espaço para colocar setas, principalmente na cotagem em
série.
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Fig.63
Medidas
As medidas são escritas acima das linhas de cota, quando estas são horizontais
ou inclinadas, e à esquerda, quando são verticais, com a base dos algarismos
junto às linhas de cota (fig.64).
Fig.64
Quando o espaço a cotar for pequeno de tal modo que não permita desenhar
setas e algarismos, as setas podem ser invertidas e colocadas exteriores à
medida, na direção da linha de cota. Os algarismos podem ser deslocados para
junto da seta direita externa ou para mais distante, desde que ligados ao espaço
medido por uma pequena seta referencial (fig.65).
Fig.65
Deve-se evitar a colocação de linhas de cota com inclinação correspondente às
contidas no setor de 30º assinalado pelas hachuras (fig.66):
Fig.66
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Desenho Técnico
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A inclinação própria dos algarismos é a mesma estabelecida para as letras, de
60º a 75º. A tendência, atualmente, é para a adoção definitiva do tipo bastão
vertical, em uso por quase todos os países em convênio com a lnternational
Standardization Organization (ISO), da qual o Brasil faz parte, através da sua
ABNT.
A altura dos algarismos de cota não deve ser menor que 3 mm, e uniforme dentro
do mesmo desenho.
A notação da unidade métrica decimal - mm, m, etc. - normalmente não
acompanha o número que expressa a medida, no desenho. Informações sobre
escala ou unidade são dados à parte, na legenda.
Linhas de Extensão
A linha de extensão não deve ultrapassar a linha de cota em mais de 3 milímetros
aproximadamente.
Linhas de eixo, de centro, arestas e contornos não podem ser usados como linhas
de cota, permitindo-se, entretanto, que sirvam como linhas de extensão (fig.67).
Fig.67
Convém evitar que linhas de cota cruzem entre si ou com linhas representadas no
desenho.
Há casos em que, para facilitar a cotagem, algumas linhas de extensão devem
ser oblíquas às linhas de base. Recomenda-se o ângulo de 60º (fig.68).
Fig.68
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Desenho Técnico
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Para se cotar uma peça em cuja construção é interessante apresentar a
interseção de duas linhas, esses pontos auxiliares são posicionados por linhas de
extensão (fig.69):
Fig.69
Cotas em Série e em Paralelo
A distância entre duas linhas de cota paralelas deve ser, no mínimo, de 5 mm,
podendo aumentar nos desenhos de grandes dimensões.
As cotas são indicadas em série quando têm a mesma direção (fig.70).
Fig.70
As cotas são indicadas em paralelo quando, tendo a mesma direção, existe um
mesmo ponto de origem importante como referência de várias medidas. As cotas
maiores devem ultrapassar as menores, a fim de evitar cruzamentos (fig.71).
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Desenho Técnico
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Símbolos
Os símbolos de diâmetro ∅, de quadradoe de raio R devem preceder as
medidas. Os dois primeiros devem ter 2/3 da altura do algarismo; a secante
diametral no símbolo ∅ inclinada a 45º com a linha de base do algarismo (fig.74).
Fig.74
Cotagem de Círculo
Os círculos são cotados interior ou exteriormente, dependendo do espaço
disponível (fig.75).
Fig.75
Para especificar a quantidade de círculos de mesmo diâmetro - furos, por
exemplo, a cotagem é feita por uma notação em letras maiúsculas, dirigida a um
dos centros (fig.76).
Fig.76
O dimensionamento de cordas e arcos pode ser como mostram os exemplos
(fig.77):
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Desenho Técnico
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Fig.77
Quando o centro de um arco de grande raio está localizado fora dos limites do
desenho, o raio deve ser representado por uma linha quebrada duas vezes em
ângulo reto, com um falso centro marcado arbitrariamente numa linha que passe
pelo centro do arco, como, por exemplo, uma linha de eixo. Os segmentos
extremos dessa linha quebrada têm a direção do raio real (fig.78).
Fig.78
Ainda para arcos de centro inacessível, pode-se representar apenas um trecho
extremo do raio real, com a seta tocando a curva e, sobre ele, escreve-se a
medida precedida do símbolo R (fig.79)
Fig.79
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Desenho Técnico
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Arcos
A cotagem de arcos concordantes é determinada por coordenadas retangulares
(fig.80).
Fig.80
Cotagem em Graus
As medidas em graus devem ser escritas no Sistema Unidirecional, isto é, na
horizontal. Quando se utiliza o arco contínuo, os valores acima da horizontal
referencial (semicírculo superior) devem ficar exteriores ao arco e os abaixo
(semicírculo inferior), interiores ao arco (fig.81).
Fig.81
Cotagem de Arcos Concêntricos
As medidas são tomadas a partir de uma linha de extensão origem (fig.82).
Fig.82
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Desenho Técnico
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Cotagem em Arco Único
A origem das medidas é assinalada por um pequeno ponto, onde se escreve 0º
(zero grau). Os valores em graus são escritos junto às setas, apontadas no
mesmo sentido (fig.83).
Fig.83
Esfera
Escreve-se a palavra ESFERA antes do símbolo de diâmetro ou de raio (fig.84).
Fig.84
Cotagem Radial
As linhas divergem de um centro, com o mesmo ângulo (fig.85).
Fig.85
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Cotagem de Contorno Simétrico para Curvas Irregulares
Na cotagem de contornos curvilíneos não formados por arcos concordantes,
procede-se como mostra o exemplo (fig.86):
Fig.86
Espessura
A cotagem de peças de pouca espessura como chapas, ferro chato, perfis
laminados, etc., não deve ser em graus quando seus ângulos possam ser obtidos
mais facilmente com réguas, esquadro e escala, que dão o comprimento de cada
aresta do contorno. A espessura deve ser escrita, de pre-ferência, na própria
superfície desenhada (fig.87).
Fig.87
Truncamentos, Chanfros
Para cotar peças com truncamento, em bisel ou chanfrados em cilindros,
acrescenta-se ao desenho uma nota que simplifique o dimensionamento (fig.88).
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Fig.88
Única Vista
Para se representarem simplificadamente, por uma única vista, corpos de
revolução, como o cilindro e o cone, emprega-se o símbolo de diâmetro (fig.89).
Fig.89
Para prismas e pirâmides regulares, de bases quadradas, basta uma vista para
identificá-los, desde que se preceda a cota de aresta da base de um símbolo de
quadrado e tracem-se as diagonais das faces laterais com linha fina (fig.90).
Fig.90
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Cotagem por Simetria
Quando o desenho só apresenta uma simetria, a linha de cota deve ser
interrompida um pouco além da linha de eixo de simetria do objeto, sendo dado o
valor total (fig.91).
Fig.91
Correções
Qualquer cota que seja substituída sem estar na escala do desenho deve ser
sublinhada. No caso de ser indicada uma nova cota, a anterior deve ser cortada,
porém sem perder a legibilidade (fig.92).
Fig.92
Cotas em Excesso
A boa cotagem não traz cotas em excesso. Cota-se uma única vez se as cotas
forem os mesmas; evita-se repetição de cotas em casos de simetria (fig.93).
Fig.93
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Desenho Técnico
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8. Perspectiva
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As
partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais
distantes aparentam ser menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho
humano, pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo
especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as
três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia
de profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um
cubo em três tipos diferentes de perspectiva (fig.94):
Fig.94
Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas
de representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a
idéia menos deformada do objeto.
Iso quer dizer mesma, métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica
mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto
representado, além disso, o traçado da perspectiva isométrica é relativamente
simples. Por essas razões, neste curso, você estudará esse tipo de perspectiva.
Em desenho técnico, é comum representar perspectivas por meio de esboços,
que são desenhos feitos rapidamente à mão livre. Os esboços são muito úteis
quando se deseja transmitir, de imediato, a idéia de um objeto.
Eixos isométricos
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas
que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si, três ângulos de 120°
(fig.95).
Fig.95
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Desenho Técnico
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Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos. Cada
uma das semi-retas é um eixo isométrico.
Os eixos isométricos podem ser representados em posições variadas, mas
sempre formando, entre si, ângulos de 120°. Os eixos isométricos serão
representados sempre na posição indicada na figura anterior.
O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos.
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9. Escalas
Existem objetos, peça, animais, etc. que não podem ser representados em seu
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros
são tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível
analisar seus detalhes.
Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações
destes objetos.
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é
possível através da representação em escala.
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas
lineares do objeto representado.
Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça
com o tamanho real da peça. A escala permite representar, no papel, peças de
qualquer tamanho real.
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou
então são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente.
As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações
em escala, as formas dos objetos reais são mantidas.
Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.
Desenho Técnico em Escala
O desenho técnico que serve de base para a execução da peça é, em geral, um
desenho técnico rigoroso. Este desenho, também chamado de desenho técnico
definitivo, é feito com instrumentos, ou até mesmo por computador.
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre
à mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém
todas as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as
proporções aproximadas das medidas (fig.96).
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Fig.96
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No esboço cotado, as medidas do objeto não são reproduzidas com exatidão.
No desenho técnico rigoroso, ao contrário, existe a preocupação com o tamanho
exato da representação. O desenho técnico rigoroso deve ser feito em escala e
esta escala deve vir indicada no desenho.
Escala Natural
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao
tamanho real da peça. Veja um desenho técnico em escala natural (fig.97).
Fig.97
A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da palavra escala: ESC
, seguida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral à esquerda dos
dois pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos
dois pontos representa as medidas reais da peça.
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o
tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1 (lê-se um
por um ). A escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1.
Escala de Redução
Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que
o tamanho real da peça. Veja um desenho técnico em escala de redução (fig.98).
Fig.98
As medidas deste desenho são vinte vezes menores que as medidas
correspondentes da roda de um vagão real. A indicação da escala de redução
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Desenho Técnico
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também vem junto do desenho técnico. Na indicação da escala de redução o
numeral à esquerda dos dois pontos é sempre 1. O numeral à direita é sempre
maior que 1.
No desenho anterior o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um
por vinte).
Escala de Ampliação
Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que
o tamanho real da peça. Veja o desenho técnico de uma agulha de injeção em
escala de ampliação (fig.99).
Fig.99
As dimensões deste desenho são duas vezes maiores que as dimensões
correspondentes da agulha de injeção real. Este desenho foi feito na escala 2:1
(lê-se: dois por um).
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a
palavra escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados
por dois pontos. Só que, neste caso, o numeral da esquerda, que representa as
medidas do desenho técnico, é maior que 1. O numeral da direita é sempre 1 e
representa as medidas reais da peça.
A seguir, as escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR
8196.
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10. Corte
Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um todo. Corte é um recurso
utilizado em diversas áreas do ensino, para facilitar o estudo do interior dos
objetos.
Sem tais cortes, não seria possível analisar os detalhes internos dos objetos
mostrados. Em mecânica, também se utilizam modelos representados em corte
para facilitar o estudo de sua estrutura interna e de seu funcionamento (fig.100).
Fig.100
Mas, nem sempre é possível aplicar cortes reais nos objetos, para seu estudo.
Em certos casos, você deve apenas imaginar que os cortes foram feitos. É o que
acontece em desenho técnico mecânico (fig.101).
Fig.101
Mesmo sem saber interpretar a vista frontal em corte, você deve concordar que a
forma de representação da direita é mais simples e clara do que a outra. Fica
mais fácil analisar o desenho em corte porque nesta forma de representação
usamos a linha para arestas e contornos visíveis em vez da linha para arestas e
contornos não visíveis.
Na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a complexidade dos
detalhes internos da peça torna difícil sua compreensão por meio da
representação normal, como você viu no caso do registro de gaveta.
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Desenho Técnico
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Mas, para que você entenda bem o assunto, utilizaremos modelos mais simples
que, na verdade, nem precisariam ser representados em corte.
Quando dominar a interpretação de cortes em modelos simples, você estará
preparado para entender representação em corte em qualquer tipo de modelo ou
peça.
Corte Total
O corte total é resultado da interseção entre o plano de corte e o sólido, seja de
forma longitudinal ou transversal (fig.102).
Fig.102
Os cortes devem apresentar
representação (fig.102).
algumas informações e simbologias de
Fig.103
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Desenho Técnico
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A indicação do corte é feita, então, em uma das vistas através de uma seta
indicativa de direção com o nome do corte. Este nome é dado por uma letra
maiúscula, iniciando sempre com a letra (fig.104).
Fig.104
Fig.105
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Desenho Técnico
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Fig.106
Corte em Desvios
Os cortes podem ser realizados em desvio, através da utilização de mais de um
plano de corte. Lembre-se que a posição dos planos de corte é definida pelos
detalhes do sólido que devem ser interceptados por estes planos.
Planos de corte paralelos (fig.107)
Fig.107
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Planos de corte concorrentes (fig.108)
Fig.108
Fig. 109
Meio-Corte
O meio-corte é aplicado em peças simétricas, de modo a simplificar sua
representação e ainda, permitir mostrar detalhes internos e externos do sólido em
um único desenho. É semelhante ao corte total, mas só corta parte do sólido, a
outra parte é representada em vista, com omissão das arestas não visíveis
(fig.110).
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Desenho Técnico
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Pode-se realizar quantas secções forem necessários à perfeita compreensão do
sólido.
Na secção representa-se apenas a parte do sólido que é interceptada pelo plano
de corte, omitindo-se os detalhes além do plano de corte, sejam visíveis ou não.
Corte Parcial
O corte parcial é realizado em apenas uma pequena extensão do objetivo, como
uma “mordida” dada no sólido, para mostrar um detalhe pequeno que não
justificaria a escolha de outro tipo de corte (fig.112).
Fig.112
A única forma de cotar o detalhe é através de um corte, uma vez que não se deve
cotar arestas não visíveis; mas o sólido não justifica um outro tipo de corte, por
sua simplicidade.
Observação: O corte parcial é sempre limitado por uma linha de ruptura, irregular
e em traço estreito.
Hachuras
As hachuras são representações convencionais dos materiais usados na
produção ou construção de objetivos; em geral, representadas apenas nos cortes.
São definidas pela ABNT para diversos materiais (fig.113).
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Desenho Técnico
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11. Vistas Especiais
Vista Auxiliar
Quando uma das faces ou um detalhe da peça não apresenta verdadeira
grandeza em projeção, utiliza-se um plano de projeção auxiliar, paralelo à face
oblíqua ou ao detalhe da peça, resultando assim em uma vista auxiliar (fig.114).
Fig.114
Observe que com a projeção ortogonal, as vistas superior e lateral apresentam
deformações que dificultam a interpretação dos detalhes da peça.
Com um plano auxiliar de projeção paralelo ao detalhe, obtém-se a verdadeira
grandeza da face oblíqua da peça em questão (fig.115).
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Fig.115
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Desenho Técnico
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Os detalhes que não apresentam verdadeira grandeza podem ser suprimidos por
não oferecerem nenhuma informação relevante para a compreensão da peça.
Esta supressão é indicada através da interrupção da vista com uma linha irregular
em traço estreito.
As vistas com detalhes suprimidos são denominadas como parciais.
Vista de Peças Simétricas
As vistas de uma peça simétrica podem ser representadas apenas em parte,
desde que esta contenha todos os detalhes que possibilitam a perfeita
interpretação do sólido.
Podem ser representadas pela metade, quando a linha de simetria dividir a vista
em duas partes idênticas, ou pela quarta parte, quando as linhas de simetria
dividirem a vista em quatro partes iguais (fig.116).
Fig.116
As linhas de simetria da vista passam a receber dois traços curtos nas suas
extremidades, perpendiculares a elas. Ou ainda, as linhas da peça (arestas) são
traçadas um pouco além das linhas de simetria, indicando que continuam naquela
direção.
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Desenho Técnico
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Referências Bibliográficas
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1999.
_____. NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em Desenho Técnico.
Rio de Janeiro, 1994.
______. NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos – tipos de linhas –
larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.
______. NBR 10068: Folha de Desenho – leiaute e dimensões. Rio de Janeiro,
1987.
______. NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1987
______. NBR 10647: Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1989.
______. NBR 12298: Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em
Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1995.
FRENCH, Thomas Ewing; VIERCK, Charles J. Desenho Técnico e Tecnologia
Gráfica. São Paulo : globo, 1995.
MICELI, Maria Tereza; FERREIRA, Patrícia. Desenho Técnico Básico. Rio de
Janeiro : Ao Livro Técnico, 2001.
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