SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  21
Télécharger pour lire hors ligne
O JOGO E SUAS IMPLICAÇÕES
PEDAGÓGICAS
SOBRE
 Autor:João Batista Freire
TRADIÇÃO X CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA
 Não reconhecimento do caráter pedagógico
do jogo
 Mais teoria que prática
 Para as pessoas conhecimento é apenas
aquele que a escola reconhece
ARROGÂNCIA INTELECTUAL
 Brincadeiras como “escolinha” possuem
caráter formador mais forte que aulas
teóricas maçantes. O perfil malvado
expresso pelas crianças a respeito do(a)
professor(a).
REFLETINDO
 “Que há de mais importante em nossa
formação para a cidadania que o espírito
crítico?”
 “Pois não é a atitude crítica a que mais marca a
brincadeira de escolinha que acabamos de
descrever?”
 “De que vale saber sem ser crítico do saber?”
 “Que consciência se pode ter de alguma coisa
sem passá-la pelo crivo da crítica?”
 A atitude crítica é fundamental na aquisição de
qualquer conhecimento.
 Critica a escola que não reconhece uma
brincadeira como uma aprendizagem
significativa para a vida. Para os adultos, é
apenas diversão (menos importante).
 Dificuldade em justificar a importância da
atividade lúdica para as pessoas
(criança/adolescente/adulto). Teoricamente os
acadêmicos reconhecem, mas na prática isso
não ocorre.
 Se acompanharmos algum adolescente em um dia que não
tivesse obrigações a fazer, logo perceberíamos que a atividade
mais presente é o jogo, o qual deveríamos dar mais importância
na educação.(“parece que quanto mais nova a criança, mais
tempo ela dedica ao jogo).
 Nota-se que muitos autores falaram sobre os jogos, mas pouco
sobre o ato de jogar.
 Para muitos o jogo não é tão importante como fenômeno, mas
sim para funcionar como meio de ensino de disciplinas, que para
serem mais legais introduzem o jogo como método pedagógico.
Já no ponto de vista do autor, tudo que aprendemos aperfeiçoa
as práticas. Portanto, é de fundamental importância que os
professores compreendam as práticas que dizem respeito ao seu
trabalho.
CITAÇÕES DE AUTORES QUE ESTUDARAM O
JOGO COMO FENÔMENO :
 Colas Duflo,1999 – O jogo: de Pascal a Schiller –
comenta varias obras e como exemplo transcreve
afirmações de São Tomás de Aquino: “O jogo é
necessário na vida humana, mas em excesso é loucura
ou preguiça...momento indispensável de não
trabalho”(editado). Tomás de Aquino estabelece oposição
radical entre jogo e trabalho; se há um, não pode haver o
outro. Na educação o jogo torna-se atividade menor, pois
não corresponde a trabalho no ponto de vista da escola.
 Duflo também menciona Leibniz, que diverge de Tomás
de Aquino. Para Leibniz “...o jogo ensina a pensar”. O
prazer lúdico do jogo motivaria o individuo à fazer coisas
que não seriam feitas sem uma forte motivação.
 Pascal destacava a incerteza como
componente fundamental de qualquer jogo.
Para Schiller o homem “não é totalmente
homem senão quando joga”.
 Dentre as transcrições de Duflo em sua
obra, há mias manifestações de boa vontade
(exceto Pascal) que argumentos para a
compreensão do jogo.
 Jean Chateau,1987 – “O jogo prepara para
a vida séria”. “O jogo é um artificio pela
abstração: cozinhar pedra é uma conduta
mais simples do que a da cozinha real, mas
nessa conduta simples vai se formando a
futura cozinheira”. Chateau confere ao jogo,
com esses argumentos, um caráter
meramente funcional e simplista; ele receava
que o jogo fosse desvalorizado, caso não
cumprisse tal papel funcional.
 Roger Caillois, 1990 - “O jogo e a arte nascem de um acréscimo
de energia vital, de que o homem e a criança não necessitam
para a satisfação de suas necessidades imediatas e que utilizam
para a imitação gratuita e divertida de comportamentos reais”.
1. Não é isso mesmo que parece ocorrer durante o jogo?
2. Não é o que acontece com todos nós, eventualmente, quando
fazemos alguma coisa que pode ser chamada jogo?
 Para Caillois, há uma energia reservada para brincar e da o
exemplo das crianças mais novas que passam horas e horas se
movimentando sem mostrar cansaço. Essa energia a mais é
utilizada não para fazer uma tarefa útil, mas sim algo
verdadeiramente humano: a construção da cultura humana.
 Caillois afirma sobre a importância do jogo como fenômeno e
não sua funcionalidade.
 “A finalidade do jogo é o próprio jogo”.
 Gilles Brougère, 1998 – Excessivamente cauteloso,
preocupa-se com a visibilidade da aprendizagem. Onde
aprendizagem é o produto final de um processo de
instruções.
 Huizinga, 1999 – “é no jogo e pelo jogo que a civilização
surge e se desenvolve”. O jogo não é exclusividade dos
humanos, os animais também jogam. Huizinga fala do
homem cultural e não do biológico. Em sua obra acaba
por confundir os leitores em algumas passagens: “o
contrário de seriedade é jogo; todavia o conceito de jogo
vai além, podendo até incluir a seriedade”.
 Freire- O jogo pode sim incluir a seriedade.
 Buytendijk, 1974 – A oposição entre trabalho e
o jogo, a qual cria maior dificuldade de
introduzir o jogo nas escolas, onde o jogo
transgride regras disciplinares e conturba a
ordem habitual da instituição. Chama a atenção
do caráter pático do jogo, ou seja, oposto a
seriedade.
 Gadamer, 1993 – Caráter motivacional do jogo
pode servir como via para aprender conteúdos
difíceis (Ex: matemática, química ou física).
DETALHES CIRCUNSCRITOS AO ÂMBITO
EDUCACIONAL
Características:
 Não esquecer coisas aprendidas
Prazer funcional da ação, a repetição de
habilidades que já foram dominadas.
O prazer contido no ato de repetir as
coordenações adquiridas garante guardar na
memória.
 Manter aprendizagem
Importância da prática da coordenação adquirida e a
evolução da espécie, o corpo humano se
desenvolveu para pudéssemos nos locomover até
nossas necessidades, caso não haja movimento
algum, ocorre a atrofia.
 Aperfeiçoar a aprendizagem
Conforme a criança vai praticando tal coordenação
mais aperfeiçoa-a. Sempre buscando a beleza.
1. “Afinal, que há de mais pedagógico que o exercício
da beleza?”
 Os novos desafios
Entende-se que após chegar a um nível alto, em questão de habilidade,
sempre há um desafio para chegar num patamar maior e isso instiga a
vontade da criança, pois será recompensada com muito prazer. A
criança se sente mais forte e segura para cada vez mais aperfeiçoar
sua técnica.
 A educação do símbolo
Freire tenta mostrar que os seres humanos são diferenciados de outras
espécies não por possuir habilidades sensoriais e motoras (ouvir, falar,
cheirar, tocar,saborear), mas sim por podermos interiorizar essas
habilidades, ou seja, conseguimos trazer para dentro de nós essas
experiências vividas. E faz a pergunta: “E que recursos utilizamos para
conseguir tal proeza?”
Ao citar Sartre, que tenta mostrar o caráter subjetivo do jogo, conseguimos
entender que o jogo é uma das formas mais comuns de interiorizar
nossas experiências.
 Jogar para criar
A criatividade é suprimida no ambiente escolar.
O prazer em aprender as disciplinas não
existe devido a suas regras impostas, ou
seja, a criatividade depende da liberdade
que as crianças têm para encontrar soluções
originais. Não é apenas o jogo que pode
contribuir para formar inteligências criativas,
mas é muito importante.
 Jogar para se descobrir
Modelos que seguimos para nos formar são muito
importantes, mas só atingimos a realização
máxima quando o modelo se torna nós
mesmos. E segundo Piaget, “O jogo é uma
atividade que se distingue das outras pela
polarização na direção do próprio sujeito; é
mais assimilação que acomodação”. Trata-se
de educar o sujeito para que possa ser ele
mesmo.
 O jogo-trabalho
1. Modo quase exclusivo como o jogo é aceito
nas escolas
2. Simples motivador de aprendizagem de
outras disciplinas
3. Freinet – Trabalho como referência de
orientação para a vida.Como adequar o
modo de ser da criança à orientação para o
trabalho.
COMPREENDENDO O JOGO
I. Inicialmente o jogo é apenas sensório-
motor
II. Jogo simbólico
 Para Piaget:
“Se uma criança cresce corporalmente – isto é,
se sua estatura aumenta - , a menos que
ocorra algum acidente, alguma doença,
todo o resto também cresce”.
CONCLUSÃO
 Na leitura do texo, podemos compreender
como o jogo é importante para a formação
de uma pessoa, desde a infância até a vida
adulta.
 Conseguimos perceber como a escola
resiste em aceitar o seu caráter pedagógico.
 O que seria da vida sem o jogo?

Contenu connexe

Tendances

Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEstrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEvaí Oliveira
 
Teorias da educação
Teorias da educaçãoTeorias da educação
Teorias da educaçãorenanmedonho
 
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...Hebert Campos
 
Oficina de ludicidade grupo 2
Oficina de ludicidade grupo 2Oficina de ludicidade grupo 2
Oficina de ludicidade grupo 2Léia Lídice
 
Hernandes, fernando transgressao e mudanca
Hernandes, fernando   transgressao e mudancaHernandes, fernando   transgressao e mudanca
Hernandes, fernando transgressao e mudancamarcaocampos
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Joelson Honoratto
 
Folheto autismo - página 2
Folheto autismo - página 2Folheto autismo - página 2
Folheto autismo - página 2Noemi Takiuchi
 
O brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilO brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilRenata Santana Cruz
 
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaAs teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaVanubia_sampaio
 
Mapa conceitual graca_santos
Mapa conceitual graca_santosMapa conceitual graca_santos
Mapa conceitual graca_santosGraça Santos
 
A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...
 A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN... A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...
A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...pedrojr444
 
використання на уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекції
використання на  уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекціївикористання на  уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекції
використання на уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекціїЛюдмила Шведенко
 
A história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolarA história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolarmarliceci
 
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumond
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumondA ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumond
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 

Tendances (20)

Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de EnsinoEstrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
Estrutura e Funcionamento dos Níveis e Modalidades de Ensino
 
Teorias da educação
Teorias da educaçãoTeorias da educação
Teorias da educação
 
Davranisci Kuramlar
Davranisci KuramlarDavranisci Kuramlar
Davranisci Kuramlar
 
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...
A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alto Funcionamento: Diferenciando as du...
 
Oficina de ludicidade grupo 2
Oficina de ludicidade grupo 2Oficina de ludicidade grupo 2
Oficina de ludicidade grupo 2
 
Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1
 
Hernandes, fernando transgressao e mudanca
Hernandes, fernando   transgressao e mudancaHernandes, fernando   transgressao e mudanca
Hernandes, fernando transgressao e mudanca
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem
 
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar
 
Folheto autismo - página 2
Folheto autismo - página 2Folheto autismo - página 2
Folheto autismo - página 2
 
O brincar na educação infantil
O brincar na educação infantilO brincar na educação infantil
O brincar na educação infantil
 
Trabalho ludicidade 2010
Trabalho ludicidade 2010Trabalho ludicidade 2010
Trabalho ludicidade 2010
 
Geo 4 not plan
Geo 4 not planGeo 4 not plan
Geo 4 not plan
 
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaAs teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da Silva
 
Mapa conceitual graca_santos
Mapa conceitual graca_santosMapa conceitual graca_santos
Mapa conceitual graca_santos
 
A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...
 A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN... A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...
A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMEN...
 
використання на уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекції
використання на  уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекціївикористання на  уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекції
використання на уроці вправ для розвитку психічних процесів з метою корекції
 
A história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolarA história e os caminhos da gestão escolar
A história e os caminhos da gestão escolar
 
Aee deficiência visual
Aee deficiência visualAee deficiência visual
Aee deficiência visual
 
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumond
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumondA ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumond
A ludicidade do século xxi ainda na visão de dom bosco simone helen drumond
 

En vedette

Infanticídio indígena no Brasil
Infanticídio indígena no BrasilInfanticídio indígena no Brasil
Infanticídio indígena no BrasilIsabella Carneiro
 
Slide de antropologia
Slide de antropologiaSlide de antropologia
Slide de antropologiajoell07
 
Aula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãoAula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãounieubra
 
Antropologia da educação
Antropologia da educaçãoAntropologia da educação
Antropologia da educaçãoJRALBERTY
 
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraRaphael Lanzillotte
 
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1Cultura: um conceito antropologico - Parte 1
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1Leonardo Santos
 
Cultura um conceito antropológico Roque Laraia
Cultura um conceito antropológico  Roque LaraiaCultura um conceito antropológico  Roque Laraia
Cultura um conceito antropológico Roque LaraiaGisele Da Fonseca
 
Índios- Cultura indígena
Índios- Cultura indígenaÍndios- Cultura indígena
Índios- Cultura indígenaEmef Madalena
 

En vedette (13)

Corpo Exposto
Corpo ExpostoCorpo Exposto
Corpo Exposto
 
Infanticídio indígena no Brasil
Infanticídio indígena no BrasilInfanticídio indígena no Brasil
Infanticídio indígena no Brasil
 
Slide de antropologia
Slide de antropologiaSlide de antropologia
Slide de antropologia
 
Aula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãoAula antropologia da educação
Aula antropologia da educação
 
Antropologia da educação
Antropologia da educaçãoAntropologia da educação
Antropologia da educação
 
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
História da Arte: Arte e cultura indígena brasileira
 
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1Cultura: um conceito antropologico - Parte 1
Cultura: um conceito antropologico - Parte 1
 
Cultura um conceito antropológico Roque Laraia
Cultura um conceito antropológico  Roque LaraiaCultura um conceito antropológico  Roque Laraia
Cultura um conceito antropológico Roque Laraia
 
Antropologia.
Antropologia.Antropologia.
Antropologia.
 
Cultura indígena
Cultura indígenaCultura indígena
Cultura indígena
 
Antropologia introdução
Antropologia introduçãoAntropologia introdução
Antropologia introdução
 
Antropologia: conceitos basicos
 Antropologia: conceitos basicos Antropologia: conceitos basicos
Antropologia: conceitos basicos
 
Índios- Cultura indígena
Índios- Cultura indígenaÍndios- Cultura indígena
Índios- Cultura indígena
 

Similaire à O jogo e suas implicações pedagógicas

Jogo E EducaçãO Infantil
Jogo E EducaçãO InfantilJogo E EducaçãO Infantil
Jogo E EducaçãO Infantilmarlene_herter
 
As Implicações Lúdicas no Processo de Socialização
As Implicações Lúdicas no Processo de SocializaçãoAs Implicações Lúdicas no Processo de Socialização
As Implicações Lúdicas no Processo de SocializaçãoImprensa-semec
 
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaDisciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaGiovanazava
 
Disciplina jogos, recreação e lazer
Disciplina jogos, recreação e lazerDisciplina jogos, recreação e lazer
Disciplina jogos, recreação e lazerGiovanazava
 
Jogos e psicopedagogia modular
Jogos e psicopedagogia modularJogos e psicopedagogia modular
Jogos e psicopedagogia modularDalianeNascimento3
 
O jogo como prática de ensino
O jogo como prática de ensinoO jogo como prática de ensino
O jogo como prática de ensinoLeandro Colodro
 
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHO jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHoficinadeaprendizagemace
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilElaine Costa
 
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e LetramentoCurso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e Letramentoalfaletra
 
Formação 4° e 5° ano
Formação 4° e 5° anoFormação 4° e 5° ano
Formação 4° e 5° anoLeandro Colodro
 
O brincar na aprendizagem infantil
O brincar na aprendizagem infantil O brincar na aprendizagem infantil
O brincar na aprendizagem infantil Glaucia M.G Almeida
 
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptx
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptxEstudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptx
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptxRodrigodeOliveiraGom
 
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantilpaulocosta
 
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantilpaulocosta
 
Artigo de matemática pesquisa
Artigo de matemática pesquisaArtigo de matemática pesquisa
Artigo de matemática pesquisaMarco Lívio
 

Similaire à O jogo e suas implicações pedagógicas (20)

Jogo E EducaçãO Infantil
Jogo E EducaçãO InfantilJogo E EducaçãO Infantil
Jogo E EducaçãO Infantil
 
As Implicações Lúdicas no Processo de Socialização
As Implicações Lúdicas no Processo de SocializaçãoAs Implicações Lúdicas no Processo de Socialização
As Implicações Lúdicas no Processo de Socialização
 
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogiaDisciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
Disciplina jogos, recreação e lazer para o curso de pedagogia
 
Disciplina jogos, recreação e lazer
Disciplina jogos, recreação e lazerDisciplina jogos, recreação e lazer
Disciplina jogos, recreação e lazer
 
Jogos e psicopedagogia modular
Jogos e psicopedagogia modularJogos e psicopedagogia modular
Jogos e psicopedagogia modular
 
Brinquedoteca, brinquedo e sua função social.
Brinquedoteca, brinquedo e sua função social.Brinquedoteca, brinquedo e sua função social.
Brinquedoteca, brinquedo e sua função social.
 
Monografia final
Monografia finalMonografia final
Monografia final
 
O jogo como prática de ensino
O jogo como prática de ensinoO jogo como prática de ensino
O jogo como prática de ensino
 
Os jogos ludicos
Os jogos ludicosOs jogos ludicos
Os jogos ludicos
 
O lúdico e a criança
O lúdico e a criançaO lúdico e a criança
O lúdico e a criança
 
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAHO jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
O jogo como um fator positivo para a aprendizagem de crianças com TDAH
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
 
Lúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aulaLúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aula
 
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e LetramentoCurso 2 - Alfabetização e Letramento
Curso 2 - Alfabetização e Letramento
 
Formação 4° e 5° ano
Formação 4° e 5° anoFormação 4° e 5° ano
Formação 4° e 5° ano
 
O brincar na aprendizagem infantil
O brincar na aprendizagem infantil O brincar na aprendizagem infantil
O brincar na aprendizagem infantil
 
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptx
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptxEstudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptx
Estudos sobre Jogos, brincadeiras e brinquedos.pptx
 
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
 
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
8134267 a-brincadeira-e-o-jogo-na-educacao-infantil
 
Artigo de matemática pesquisa
Artigo de matemática pesquisaArtigo de matemática pesquisa
Artigo de matemática pesquisa
 

O jogo e suas implicações pedagógicas

  • 1. O JOGO E SUAS IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS
  • 3. TRADIÇÃO X CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA  Não reconhecimento do caráter pedagógico do jogo  Mais teoria que prática  Para as pessoas conhecimento é apenas aquele que a escola reconhece
  • 4. ARROGÂNCIA INTELECTUAL  Brincadeiras como “escolinha” possuem caráter formador mais forte que aulas teóricas maçantes. O perfil malvado expresso pelas crianças a respeito do(a) professor(a).
  • 5. REFLETINDO  “Que há de mais importante em nossa formação para a cidadania que o espírito crítico?”  “Pois não é a atitude crítica a que mais marca a brincadeira de escolinha que acabamos de descrever?”  “De que vale saber sem ser crítico do saber?”  “Que consciência se pode ter de alguma coisa sem passá-la pelo crivo da crítica?”
  • 6.  A atitude crítica é fundamental na aquisição de qualquer conhecimento.  Critica a escola que não reconhece uma brincadeira como uma aprendizagem significativa para a vida. Para os adultos, é apenas diversão (menos importante).  Dificuldade em justificar a importância da atividade lúdica para as pessoas (criança/adolescente/adulto). Teoricamente os acadêmicos reconhecem, mas na prática isso não ocorre.
  • 7.  Se acompanharmos algum adolescente em um dia que não tivesse obrigações a fazer, logo perceberíamos que a atividade mais presente é o jogo, o qual deveríamos dar mais importância na educação.(“parece que quanto mais nova a criança, mais tempo ela dedica ao jogo).  Nota-se que muitos autores falaram sobre os jogos, mas pouco sobre o ato de jogar.  Para muitos o jogo não é tão importante como fenômeno, mas sim para funcionar como meio de ensino de disciplinas, que para serem mais legais introduzem o jogo como método pedagógico. Já no ponto de vista do autor, tudo que aprendemos aperfeiçoa as práticas. Portanto, é de fundamental importância que os professores compreendam as práticas que dizem respeito ao seu trabalho.
  • 8. CITAÇÕES DE AUTORES QUE ESTUDARAM O JOGO COMO FENÔMENO :  Colas Duflo,1999 – O jogo: de Pascal a Schiller – comenta varias obras e como exemplo transcreve afirmações de São Tomás de Aquino: “O jogo é necessário na vida humana, mas em excesso é loucura ou preguiça...momento indispensável de não trabalho”(editado). Tomás de Aquino estabelece oposição radical entre jogo e trabalho; se há um, não pode haver o outro. Na educação o jogo torna-se atividade menor, pois não corresponde a trabalho no ponto de vista da escola.  Duflo também menciona Leibniz, que diverge de Tomás de Aquino. Para Leibniz “...o jogo ensina a pensar”. O prazer lúdico do jogo motivaria o individuo à fazer coisas que não seriam feitas sem uma forte motivação.
  • 9.  Pascal destacava a incerteza como componente fundamental de qualquer jogo. Para Schiller o homem “não é totalmente homem senão quando joga”.  Dentre as transcrições de Duflo em sua obra, há mias manifestações de boa vontade (exceto Pascal) que argumentos para a compreensão do jogo.
  • 10.  Jean Chateau,1987 – “O jogo prepara para a vida séria”. “O jogo é um artificio pela abstração: cozinhar pedra é uma conduta mais simples do que a da cozinha real, mas nessa conduta simples vai se formando a futura cozinheira”. Chateau confere ao jogo, com esses argumentos, um caráter meramente funcional e simplista; ele receava que o jogo fosse desvalorizado, caso não cumprisse tal papel funcional.
  • 11.  Roger Caillois, 1990 - “O jogo e a arte nascem de um acréscimo de energia vital, de que o homem e a criança não necessitam para a satisfação de suas necessidades imediatas e que utilizam para a imitação gratuita e divertida de comportamentos reais”. 1. Não é isso mesmo que parece ocorrer durante o jogo? 2. Não é o que acontece com todos nós, eventualmente, quando fazemos alguma coisa que pode ser chamada jogo?  Para Caillois, há uma energia reservada para brincar e da o exemplo das crianças mais novas que passam horas e horas se movimentando sem mostrar cansaço. Essa energia a mais é utilizada não para fazer uma tarefa útil, mas sim algo verdadeiramente humano: a construção da cultura humana.  Caillois afirma sobre a importância do jogo como fenômeno e não sua funcionalidade.  “A finalidade do jogo é o próprio jogo”.
  • 12.  Gilles Brougère, 1998 – Excessivamente cauteloso, preocupa-se com a visibilidade da aprendizagem. Onde aprendizagem é o produto final de um processo de instruções.  Huizinga, 1999 – “é no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve”. O jogo não é exclusividade dos humanos, os animais também jogam. Huizinga fala do homem cultural e não do biológico. Em sua obra acaba por confundir os leitores em algumas passagens: “o contrário de seriedade é jogo; todavia o conceito de jogo vai além, podendo até incluir a seriedade”.  Freire- O jogo pode sim incluir a seriedade.
  • 13.  Buytendijk, 1974 – A oposição entre trabalho e o jogo, a qual cria maior dificuldade de introduzir o jogo nas escolas, onde o jogo transgride regras disciplinares e conturba a ordem habitual da instituição. Chama a atenção do caráter pático do jogo, ou seja, oposto a seriedade.  Gadamer, 1993 – Caráter motivacional do jogo pode servir como via para aprender conteúdos difíceis (Ex: matemática, química ou física).
  • 14. DETALHES CIRCUNSCRITOS AO ÂMBITO EDUCACIONAL Características:  Não esquecer coisas aprendidas Prazer funcional da ação, a repetição de habilidades que já foram dominadas. O prazer contido no ato de repetir as coordenações adquiridas garante guardar na memória.
  • 15.  Manter aprendizagem Importância da prática da coordenação adquirida e a evolução da espécie, o corpo humano se desenvolveu para pudéssemos nos locomover até nossas necessidades, caso não haja movimento algum, ocorre a atrofia.  Aperfeiçoar a aprendizagem Conforme a criança vai praticando tal coordenação mais aperfeiçoa-a. Sempre buscando a beleza. 1. “Afinal, que há de mais pedagógico que o exercício da beleza?”
  • 16.  Os novos desafios Entende-se que após chegar a um nível alto, em questão de habilidade, sempre há um desafio para chegar num patamar maior e isso instiga a vontade da criança, pois será recompensada com muito prazer. A criança se sente mais forte e segura para cada vez mais aperfeiçoar sua técnica.  A educação do símbolo Freire tenta mostrar que os seres humanos são diferenciados de outras espécies não por possuir habilidades sensoriais e motoras (ouvir, falar, cheirar, tocar,saborear), mas sim por podermos interiorizar essas habilidades, ou seja, conseguimos trazer para dentro de nós essas experiências vividas. E faz a pergunta: “E que recursos utilizamos para conseguir tal proeza?” Ao citar Sartre, que tenta mostrar o caráter subjetivo do jogo, conseguimos entender que o jogo é uma das formas mais comuns de interiorizar nossas experiências.
  • 17.  Jogar para criar A criatividade é suprimida no ambiente escolar. O prazer em aprender as disciplinas não existe devido a suas regras impostas, ou seja, a criatividade depende da liberdade que as crianças têm para encontrar soluções originais. Não é apenas o jogo que pode contribuir para formar inteligências criativas, mas é muito importante.
  • 18.  Jogar para se descobrir Modelos que seguimos para nos formar são muito importantes, mas só atingimos a realização máxima quando o modelo se torna nós mesmos. E segundo Piaget, “O jogo é uma atividade que se distingue das outras pela polarização na direção do próprio sujeito; é mais assimilação que acomodação”. Trata-se de educar o sujeito para que possa ser ele mesmo.
  • 19.  O jogo-trabalho 1. Modo quase exclusivo como o jogo é aceito nas escolas 2. Simples motivador de aprendizagem de outras disciplinas 3. Freinet – Trabalho como referência de orientação para a vida.Como adequar o modo de ser da criança à orientação para o trabalho.
  • 20. COMPREENDENDO O JOGO I. Inicialmente o jogo é apenas sensório- motor II. Jogo simbólico  Para Piaget: “Se uma criança cresce corporalmente – isto é, se sua estatura aumenta - , a menos que ocorra algum acidente, alguma doença, todo o resto também cresce”.
  • 21. CONCLUSÃO  Na leitura do texo, podemos compreender como o jogo é importante para a formação de uma pessoa, desde a infância até a vida adulta.  Conseguimos perceber como a escola resiste em aceitar o seu caráter pedagógico.  O que seria da vida sem o jogo?