SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  37
Télécharger pour lire hors ligne
Aromaticidade
• Inicialmente, o termo aromaticidade foi utilizado para designar compostos que tinham
uma baixa razão de C e H e que apresentavam aromas agradáveis.
• O benzeno foi o primeiro composto a ser descoberto.
• Mais tarde, a estabilidade anormal do benzeno fez com que o termo aromaticidade
fosse aplicado para designar compostos com estabilidade semelhante.
• Hoje em dia, aromaticidade está associada a diminuição da energia molecular
(estabilidade termodinâmica) devido à deslocalização de elétrons em uma molécula.
Benzeno – Estrutura de Kekulé
• Em1866, Friedrich Kekulé propôs duas estruturas cíclicas em equilíbrio para o
benzeno contendo 3 ligações C=C alternadas com 3 ligações C-C:




• Dados espectroscópicos mostraram que todas as ligações C-C têm o mesmo
comprimento e todos os ângulos de ligação são de 120°.
• Isto mostrou que o benzeno é melhor representado por um híbrido
das duas estruturas propostas por Kekulé:




• Estas representações são chamadas de estruturas de ressonância
e indicam que os elétrons π estão deslocalizados.
• As estruturas de ressonância, com os elétrons deslocalizados
explicam muitas propriedades estruturais do benzeno
Contribuintes de Ressonância e Híbridos de Ressonância
• Benzeno possui reatividade distinta de alcenos. Alcenos reagem com Br2 dando
produto de adição. O benzeno não reage com Br2 em condições normais, apenas com
catalisadores de Lewis dando produto de substituição eletrofílica.
Benzeno
• Uma molécula planar


• Tem seis ligações carbono–carbono idênticas




• Cada elétron π é compartilhado por todos os seis átomos

• Os elétrons π estão deslocalizados
Estabilidade do Benzeno
Falhas das Estruturas de Ressonância

• Hidrocarbonetos cíclicos com alternância de ligações C=C e C-C são
chamados de anulenos:




• Esperava-se que estes anulenos apresentassem estabilidade similar
ao do benzeno.
• Entretanto, experimentos mostraram que o [4] e o [8] anulenos não
apresentam a alta estabilidade que seria conferida pelas estruturas de
ressonância.
• O ciclooctatetraeno reage como um polieno normal, mostrando que é menos estável
que o benzeno.

• Estudos estruturais revelaram que o ciclooctatetraeno não é planar. Elétrons   π não
podem se deslocalizar em moléculas não planares
Calor de Hidrogenação do ciclooctatetraeno
• Isto sugere que estas estruturas de ressonância estão incorretas.
Regra de Hückel
• Erich Hückel desenvolveu um atalho – Regra de Hückel – para
determinar a aromaticidade de anulenos e compostos relacionados.

Para aplicarmos a Regra de Hückel, o composto em análise precisa ter um anel
contínuo de sobreposição de orbitais p, em uma conformação planar.


Se este critério for atendido, aplica-se a Regra de Hückel:
- Número
       de elétrons π no sistema cíclico for (4 n + 2) para n = 0,
1,2,3…→ Aromático.
- Número de elétrons π no sistema cíclico for (4 n) para n = 1,2,3….
→Antiaromático.


- Se o critério não for atendido, o composto é Não-aromático.
Considere os seguintes anulenos:


           aromático                        não-aromático




               aromático   não-aromático   aromático
Considere os seguintes anulenos:




                     não-aromático porque nenhum é plano


• A estrutura 4 tem duas ligações trans e possui os ângulos corretos (120° porém os
                                                                         )
dois hidrogênios centrais impedem a planaridade da molécula
• A estrutura 5 tem ligações cis e se fosse plano apresentaria um ângulo de 144°
                                                                               ,
desestabilizando o anel.
• A estrutura 6 também apresenta tensão angular
Nomenclatura de Derivados do Benzeno
• Benzenos monosubstituidos




• Quando dois substituintes estão presentes, suas posições são indicadas pelos
prefixos orto, meta, e para (o-, m- e p-) ou através de números.
Quando o grupo C6H5- recebe o nome como substituinte é chamado de um
grupo fenila




O grupo fenilmetila é chamado de benzila (abreviação Bz)
Íons aromáticos

• A regra de Hückel também se aplica a sistemas contendo carbonos carregados
positivamente ou negativamente:


                            Íon ciclopentadienil
• O ciclopentadieno contém 4 elétrons π e é não-aromático, pois apresenta um C sp3
entre os C sp2.




• O ciclopentadienil é anormalmente ácido porque a perda de um H+ converte o dieno
não-aromático à um ânion contendo 6 elétrons π com todos C sp2. Pela regra de
Hückel é aromático:
Íon ciclo-heptatrienil




• Neste caso, o cátion tem 6 elétrons π e é chamado de íon tropílio, é
aromático e é menos reativo que a maioria dos carbocátions
Íons ciclooctatetraenilas

• O ciclooctatetraeno pode formar dicátions que é planar e aromático.




• O ciclooctatetraeno reage com metais para formar um diânion que é aromático. Este
diânion tem uma estrutura de um octágono regular, planar e com comprimento das
ligações entre C de 1,40 A° próximo ao do benzeno (1, 37 A°
                           ,                               ):
Outros compostos aromáticos




• Molécula de naftaleno pode ser um híbrido de três estruturas de Kekulé. A forma
central é a mais importante pois apresenta a dupla ligação nos carbonos de intersecção
do anel.
Compostos aromáticos heterocíclicos
Reação de Substituição Eletrofílica Aromática
• Benzeno é rico em elétrons, portanto um nucleófilo, que reage com um eletrófilo
• Produto formado pela substituição de um átomo de hidrogênio pelo eletrófilo
Reação de Substituição
 Eletrofílica Aromática

                          Quebra da
                          aromaticidade




                            Produto
                            aromatico
Mecanismo da reação




1°etapa: lenta e endergônica –
quebra da aromaticidade

2°etapa: rápida e exergônica –
restabelecimento da
aromaticidade
Halogenação do Benzeno

           bromação            cloração




Mecanismo da reação




     O próprio tetrabrometo
    de ferro pode ser a base


                                          Regenera o catalisador
Halogenação do Benzeno

• FLÚOR é muito reativo e é necessário condições e equipamentos especiais para
controlar a monofluoração

• IODO é pouco reativo e necessita de agentes oxidantes como HNO3




                          T3
Nitração do Benzeno

• Necessita de um catalisador (H2SO4)
Sulfonação do Benzeno




  Reação reversível
Alquilação de Friedel-Crafts

Reação do benzeno com cloretos de alquila




Catalisador ácido de Lewis
Alquilação de Friedel-Crafts

Mecanismo da reação
Limitações da Alquilação de Friedel-Crafts




Rearranjo de carbocátion




Reação com alcenos

                                             Cuidar rearranjo de
                                             carbocátion
Acilação de Friedel-Crafts
Reação do benzeno com cloretos de acila ou anidridos




Mecanismo da acilação de Friedel-Crafts
                                                       Não ocorre rearranjo
Alquilação do benzeno por acilação-redução




            Acilação Friedel-Crafts      Redução da carbonila - hidrogenação



   Redução de Wolff-Kishner                   Redução de Clemmensen
Aromaticidade e propriedades do benzeno

Contenu connexe

Tendances

Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 
Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalaresGustavo Silveira
 
Geometria de complexos
Geometria de complexosGeometria de complexos
Geometria de complexosRay Sant'Anna
 
Acidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaAcidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaProfª Alda Ernestina
 
Teoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoTeoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoFernando Santos
 
Aula 18 teoria da ligacao de valencia
Aula 18   teoria da ligacao de valenciaAula 18   teoria da ligacao de valencia
Aula 18 teoria da ligacao de valenciaTaline Cunha
 
Apostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticosApostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticoscarlosrbd
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaJosé Nunes da Silva Jr.
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoJosé Nunes da Silva Jr.
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridizaçãoGustavo Silveira
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Adrianne Mendonça
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoLarissa Cadorin
 

Tendances (20)

Reações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e CetonasReações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e Cetonas
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalares
 
Geometria de complexos
Geometria de complexosGeometria de complexos
Geometria de complexos
 
Acidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaAcidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânica
 
Teoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoTeoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalino
 
Aula 6 aromaticidade
Aula 6   aromaticidadeAula 6   aromaticidade
Aula 6 aromaticidade
 
Projeções de newman
Projeções de newmanProjeções de newman
Projeções de newman
 
Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e ÉteresReações de Álcoois, Fenóis e Éteres
Reações de Álcoois, Fenóis e Éteres
 
Aula 18 teoria da ligacao de valencia
Aula 18   teoria da ligacao de valenciaAula 18   teoria da ligacao de valencia
Aula 18 teoria da ligacao de valencia
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Apostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticosApostila de compostos aromáticos
Apostila de compostos aromáticos
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
 
Estudo dos álcoois 010
Estudo dos álcoois 010 Estudo dos álcoois 010
Estudo dos álcoois 010
 
Reações de Eliminação
Reações de EliminaçãoReações de Eliminação
Reações de Eliminação
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenação
 
Introdução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações OrgânicasIntrodução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações Orgânicas
 

Similaire à Aromaticidade e propriedades do benzeno

Química orgânica parte I
Química orgânica parte IQuímica orgânica parte I
Química orgânica parte IKarol Maia
 
Química orgânica LCE 118 1.ppt
Química orgânica  LCE 118 1.pptQuímica orgânica  LCE 118 1.ppt
Química orgânica LCE 118 1.pptJoao Luiz Macedo
 
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbonoQuímica Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbonoCarlos Priante
 
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptx
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptxEnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptx
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptxEzaineSouza
 
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptxssuser03bb93
 
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008 Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008 Manuel da Mata Vicente
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETOEliando Oliveira
 
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdf
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdfQA2012-Aromaticos-Reacoes.pdf
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdfMangolavo1
 
Introdução Q. orgânica
Introdução Q. orgânicaIntrodução Q. orgânica
Introdução Q. orgânicaGlayson Sombra
 
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticosEstudo dos hidrocarbonetos aromaticos
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticosManuel Vicente
 
3º ano caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição
3º ano   caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição3º ano   caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição
3º ano caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituiçãoAnalynne Almeida
 

Similaire à Aromaticidade e propriedades do benzeno (20)

Química orgânica parte I
Química orgânica parte IQuímica orgânica parte I
Química orgânica parte I
 
Química orgânica LCE 118 1.ppt
Química orgânica  LCE 118 1.pptQuímica orgânica  LCE 118 1.ppt
Química orgânica LCE 118 1.ppt
 
Slid de cris
Slid de crisSlid de cris
Slid de cris
 
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbonoQuímica Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbono
 
Nomenclatura dos compostos orgânicos
Nomenclatura dos compostos orgânicosNomenclatura dos compostos orgânicos
Nomenclatura dos compostos orgânicos
 
Benzeno
BenzenoBenzeno
Benzeno
 
Cadeia carbônica
Cadeia carbônicaCadeia carbônica
Cadeia carbônica
 
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptx
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptxEnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptx
EnsMed_Quimica_3ano_slides_aula 01.pptx
 
Hidrocarboneto
HidrocarbonetoHidrocarboneto
Hidrocarboneto
 
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx
1_2_A_quimica_dos_combustiveis_fosseis.pptx
 
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008 Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos 008
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETO
 
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdf
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdfQA2012-Aromaticos-Reacoes.pdf
QA2012-Aromaticos-Reacoes.pdf
 
Introdução Q. orgânica
Introdução Q. orgânicaIntrodução Q. orgânica
Introdução Q. orgânica
 
Hidrocarbonetos
HidrocarbonetosHidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
 
Hidrocarbonetos
HidrocarbonetosHidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
 
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticosEstudo dos hidrocarbonetos aromaticos
Estudo dos hidrocarbonetos aromaticos
 
QuíMica 20 QuíMica OrgâNica
QuíMica 20 QuíMica OrgâNicaQuíMica 20 QuíMica OrgâNica
QuíMica 20 QuíMica OrgâNica
 
Reações Orgânicas
Reações OrgânicasReações Orgânicas
Reações Orgânicas
 
3º ano caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição
3º ano   caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição3º ano   caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição
3º ano caráter acidobásico de substâncias orgânicas e reações de substituição
 

Plus de day ....

HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .day ....
 
Introdução à álgebra linear
Introdução à álgebra linearIntrodução à álgebra linear
Introdução à álgebra linearday ....
 
Apostila sistemas lineares
Apostila sistemas linearesApostila sistemas lineares
Apostila sistemas linearesday ....
 
Apostila matrizes 2º edição
Apostila matrizes   2º ediçãoApostila matrizes   2º edição
Apostila matrizes 2º ediçãoday ....
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.day ....
 
Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)day ....
 
Aditivos alimentares
Aditivos alimentaresAditivos alimentares
Aditivos alimentaresday ....
 
Formulário geo analítica (1)
Formulário geo analítica (1)Formulário geo analítica (1)
Formulário geo analítica (1)day ....
 
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidadeday ....
 
Quimica orgnica 2 n03 eliminação
Quimica orgnica 2 n03  eliminaçãoQuimica orgnica 2 n03  eliminação
Quimica orgnica 2 n03 eliminaçãoday ....
 
01 conceitos fundamentais.pptx (1)
01  conceitos fundamentais.pptx (1)01  conceitos fundamentais.pptx (1)
01 conceitos fundamentais.pptx (1)day ....
 
Aula 11 substituição eletrofílica aromática
Aula 11   substituição eletrofílica aromáticaAula 11   substituição eletrofílica aromática
Aula 11 substituição eletrofílica aromáticaday ....
 
Aula 9 reação radicalares
Aula 9   reação radicalaresAula 9   reação radicalares
Aula 9 reação radicalaresday ....
 
Aula 8 reação de alcenos ii
Aula 8   reação de alcenos iiAula 8   reação de alcenos ii
Aula 8 reação de alcenos iiday ....
 
Aula 7 reação de alcenos
Aula 7   reação de alcenosAula 7   reação de alcenos
Aula 7 reação de alcenosday ....
 
Aula 6 -_pka
Aula 6 -_pkaAula 6 -_pka
Aula 6 -_pkaday ....
 
Aula 5 intermediários reativos
Aula 5   intermediários reativosAula 5   intermediários reativos
Aula 5 intermediários reativosday ....
 
Aula 4 -_estereoquimica
Aula 4 -_estereoquimicaAula 4 -_estereoquimica
Aula 4 -_estereoquimicaday ....
 
Aula 2b -_alcenos,_alcinos
Aula 2b -_alcenos,_alcinosAula 2b -_alcenos,_alcinos
Aula 2b -_alcenos,_alcinosday ....
 
Aula 2a -_alcanos
Aula 2a -_alcanosAula 2a -_alcanos
Aula 2a -_alcanosday ....
 

Plus de day .... (20)

HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
HISTOLOGIA PRÁTICA TECIDOS .
 
Introdução à álgebra linear
Introdução à álgebra linearIntrodução à álgebra linear
Introdução à álgebra linear
 
Apostila sistemas lineares
Apostila sistemas linearesApostila sistemas lineares
Apostila sistemas lineares
 
Apostila matrizes 2º edição
Apostila matrizes   2º ediçãoApostila matrizes   2º edição
Apostila matrizes 2º edição
 
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
Apostila geometria analítica plana   2º ed.Apostila geometria analítica plana   2º ed.
Apostila geometria analítica plana 2º ed.
 
Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)Apostila de geometria analítica espacial (1)
Apostila de geometria analítica espacial (1)
 
Aditivos alimentares
Aditivos alimentaresAditivos alimentares
Aditivos alimentares
 
Formulário geo analítica (1)
Formulário geo analítica (1)Formulário geo analítica (1)
Formulário geo analítica (1)
 
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
04 reaes de substituio nucleoflica laminas.ppt modo de compatibilidade
 
Quimica orgnica 2 n03 eliminação
Quimica orgnica 2 n03  eliminaçãoQuimica orgnica 2 n03  eliminação
Quimica orgnica 2 n03 eliminação
 
01 conceitos fundamentais.pptx (1)
01  conceitos fundamentais.pptx (1)01  conceitos fundamentais.pptx (1)
01 conceitos fundamentais.pptx (1)
 
Aula 11 substituição eletrofílica aromática
Aula 11   substituição eletrofílica aromáticaAula 11   substituição eletrofílica aromática
Aula 11 substituição eletrofílica aromática
 
Aula 9 reação radicalares
Aula 9   reação radicalaresAula 9   reação radicalares
Aula 9 reação radicalares
 
Aula 8 reação de alcenos ii
Aula 8   reação de alcenos iiAula 8   reação de alcenos ii
Aula 8 reação de alcenos ii
 
Aula 7 reação de alcenos
Aula 7   reação de alcenosAula 7   reação de alcenos
Aula 7 reação de alcenos
 
Aula 6 -_pka
Aula 6 -_pkaAula 6 -_pka
Aula 6 -_pka
 
Aula 5 intermediários reativos
Aula 5   intermediários reativosAula 5   intermediários reativos
Aula 5 intermediários reativos
 
Aula 4 -_estereoquimica
Aula 4 -_estereoquimicaAula 4 -_estereoquimica
Aula 4 -_estereoquimica
 
Aula 2b -_alcenos,_alcinos
Aula 2b -_alcenos,_alcinosAula 2b -_alcenos,_alcinos
Aula 2b -_alcenos,_alcinos
 
Aula 2a -_alcanos
Aula 2a -_alcanosAula 2a -_alcanos
Aula 2a -_alcanos
 

Aromaticidade e propriedades do benzeno

  • 1. Aromaticidade • Inicialmente, o termo aromaticidade foi utilizado para designar compostos que tinham uma baixa razão de C e H e que apresentavam aromas agradáveis. • O benzeno foi o primeiro composto a ser descoberto. • Mais tarde, a estabilidade anormal do benzeno fez com que o termo aromaticidade fosse aplicado para designar compostos com estabilidade semelhante. • Hoje em dia, aromaticidade está associada a diminuição da energia molecular (estabilidade termodinâmica) devido à deslocalização de elétrons em uma molécula.
  • 2. Benzeno – Estrutura de Kekulé • Em1866, Friedrich Kekulé propôs duas estruturas cíclicas em equilíbrio para o benzeno contendo 3 ligações C=C alternadas com 3 ligações C-C: • Dados espectroscópicos mostraram que todas as ligações C-C têm o mesmo comprimento e todos os ângulos de ligação são de 120°.
  • 3. • Isto mostrou que o benzeno é melhor representado por um híbrido das duas estruturas propostas por Kekulé: • Estas representações são chamadas de estruturas de ressonância e indicam que os elétrons π estão deslocalizados. • As estruturas de ressonância, com os elétrons deslocalizados explicam muitas propriedades estruturais do benzeno
  • 4. Contribuintes de Ressonância e Híbridos de Ressonância
  • 5. • Benzeno possui reatividade distinta de alcenos. Alcenos reagem com Br2 dando produto de adição. O benzeno não reage com Br2 em condições normais, apenas com catalisadores de Lewis dando produto de substituição eletrofílica.
  • 6.
  • 7. Benzeno • Uma molécula planar • Tem seis ligações carbono–carbono idênticas • Cada elétron π é compartilhado por todos os seis átomos • Os elétrons π estão deslocalizados
  • 9. Falhas das Estruturas de Ressonância • Hidrocarbonetos cíclicos com alternância de ligações C=C e C-C são chamados de anulenos: • Esperava-se que estes anulenos apresentassem estabilidade similar ao do benzeno. • Entretanto, experimentos mostraram que o [4] e o [8] anulenos não apresentam a alta estabilidade que seria conferida pelas estruturas de ressonância.
  • 10. • O ciclooctatetraeno reage como um polieno normal, mostrando que é menos estável que o benzeno. • Estudos estruturais revelaram que o ciclooctatetraeno não é planar. Elétrons π não podem se deslocalizar em moléculas não planares
  • 11. Calor de Hidrogenação do ciclooctatetraeno
  • 12. • Isto sugere que estas estruturas de ressonância estão incorretas.
  • 13. Regra de Hückel • Erich Hückel desenvolveu um atalho – Regra de Hückel – para determinar a aromaticidade de anulenos e compostos relacionados. Para aplicarmos a Regra de Hückel, o composto em análise precisa ter um anel contínuo de sobreposição de orbitais p, em uma conformação planar. Se este critério for atendido, aplica-se a Regra de Hückel: - Número de elétrons π no sistema cíclico for (4 n + 2) para n = 0, 1,2,3…→ Aromático. - Número de elétrons π no sistema cíclico for (4 n) para n = 1,2,3…. →Antiaromático. - Se o critério não for atendido, o composto é Não-aromático.
  • 14. Considere os seguintes anulenos: aromático não-aromático aromático não-aromático aromático
  • 15. Considere os seguintes anulenos: não-aromático porque nenhum é plano • A estrutura 4 tem duas ligações trans e possui os ângulos corretos (120° porém os ) dois hidrogênios centrais impedem a planaridade da molécula • A estrutura 5 tem ligações cis e se fosse plano apresentaria um ângulo de 144° , desestabilizando o anel. • A estrutura 6 também apresenta tensão angular
  • 16. Nomenclatura de Derivados do Benzeno • Benzenos monosubstituidos • Quando dois substituintes estão presentes, suas posições são indicadas pelos prefixos orto, meta, e para (o-, m- e p-) ou através de números.
  • 17.
  • 18. Quando o grupo C6H5- recebe o nome como substituinte é chamado de um grupo fenila O grupo fenilmetila é chamado de benzila (abreviação Bz)
  • 19. Íons aromáticos • A regra de Hückel também se aplica a sistemas contendo carbonos carregados positivamente ou negativamente: Íon ciclopentadienil • O ciclopentadieno contém 4 elétrons π e é não-aromático, pois apresenta um C sp3 entre os C sp2. • O ciclopentadienil é anormalmente ácido porque a perda de um H+ converte o dieno não-aromático à um ânion contendo 6 elétrons π com todos C sp2. Pela regra de Hückel é aromático:
  • 20.
  • 21. Íon ciclo-heptatrienil • Neste caso, o cátion tem 6 elétrons π e é chamado de íon tropílio, é aromático e é menos reativo que a maioria dos carbocátions
  • 22. Íons ciclooctatetraenilas • O ciclooctatetraeno pode formar dicátions que é planar e aromático. • O ciclooctatetraeno reage com metais para formar um diânion que é aromático. Este diânion tem uma estrutura de um octágono regular, planar e com comprimento das ligações entre C de 1,40 A° próximo ao do benzeno (1, 37 A° , ):
  • 23. Outros compostos aromáticos • Molécula de naftaleno pode ser um híbrido de três estruturas de Kekulé. A forma central é a mais importante pois apresenta a dupla ligação nos carbonos de intersecção do anel.
  • 25. Reação de Substituição Eletrofílica Aromática • Benzeno é rico em elétrons, portanto um nucleófilo, que reage com um eletrófilo • Produto formado pela substituição de um átomo de hidrogênio pelo eletrófilo
  • 26. Reação de Substituição Eletrofílica Aromática Quebra da aromaticidade Produto aromatico
  • 27. Mecanismo da reação 1°etapa: lenta e endergônica – quebra da aromaticidade 2°etapa: rápida e exergônica – restabelecimento da aromaticidade
  • 28. Halogenação do Benzeno bromação cloração Mecanismo da reação O próprio tetrabrometo de ferro pode ser a base Regenera o catalisador
  • 29. Halogenação do Benzeno • FLÚOR é muito reativo e é necessário condições e equipamentos especiais para controlar a monofluoração • IODO é pouco reativo e necessita de agentes oxidantes como HNO3 T3
  • 30. Nitração do Benzeno • Necessita de um catalisador (H2SO4)
  • 31. Sulfonação do Benzeno Reação reversível
  • 32. Alquilação de Friedel-Crafts Reação do benzeno com cloretos de alquila Catalisador ácido de Lewis
  • 34. Limitações da Alquilação de Friedel-Crafts Rearranjo de carbocátion Reação com alcenos Cuidar rearranjo de carbocátion
  • 35. Acilação de Friedel-Crafts Reação do benzeno com cloretos de acila ou anidridos Mecanismo da acilação de Friedel-Crafts Não ocorre rearranjo
  • 36. Alquilação do benzeno por acilação-redução Acilação Friedel-Crafts Redução da carbonila - hidrogenação Redução de Wolff-Kishner Redução de Clemmensen