O documento descreve as principais características e funções do rim, incluindo sua manutenção do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-básico no corpo, além de excretar resíduos e secretar hormônios. Também aborda insuficiência renal aguda e crônica, suas causas, sintomas e tratamentos.
2. Órgão par, tem a forma de um grão de feijão, localizado
extraperitonealmente no retroperitônio.
Altura: 10 a 13 cm
Largura: 5 a 7 cm
Peso: 120 a 180 g
Profundidade: 2,5 a 3 cm
3. 1. MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO HÍDRICO
Mantêm constante a quantidade de água do organismo em cerca de
60 a 70% do peso (58% adulto jovem).
2. MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO
Manter dentro de uma faixa estreita de normalidade a
concentração de diversos eletrólitos (Na, K, P, Ca, Mg, etc.) no
líquido extracelular.
3. MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
Juntamente com os rins e os pulmões, manutenção do pH do
líquido intracelular, extracelular e fluídos biológicos dentro de
valores muito estreitos e rígidos (sangue:7.35-7.45).
4. 4. EXCREÇÃO DE CATABÓLITOS
Eliminação de uma série de substâncias resultantes do
catabolismo orgânico de proteínas, lipídeos e carboidratos.
5. FUNÇÃO REGULADORA HORMONAL
Os rins secretam diversas substâncias que agem como hormônios
reguladores do funcionamento do organismo. Dentre estes:
• Eritropoetina
• Renina (sistema Angiotensina – Androsterona)
• Vitamina D ativa (1,25 diidroxicolecalciferol)
→ Importância na saúde e no
crescimento da criança e do adolescente.
5.
6. Unidade Referencial do Rim:
Estrutura microscópica capaz de eliminar
resíduos do metabolismo do sangue, manter o
equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico do
corpo humano, controlar a quantidade de
líquidos no organismo, regular a pressão arterial
e secretar hormônios, além de produzir a urina.
7.
8. Porção proximal do ureter no rim que é dilatada em
forma de funil, conduzindo a urina para o ureter.
9. A sua função é propelir a urina do
rim até à bexiga por meio de
contração por peristalse (em
ondas) da sua camada de
músculo liso.
12. Incapacidade dos rins de
filtrar o sangue, que gera
um acúmulo de
substâncias tóxicas no
organismo
Pode ser aguda ou crônica
Aguda: rápida redução da função renal
Crônica: perda gradual desta função
13.
14.
15. Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a redução aguda da
função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à
diminuição do ritmo de filtração glomerular, porém
ocorrem também disfunções no controle do equilíbrio
hidroeletrolítico e ácido-básico. Podem ocorrer alterações
hormonais, como a deficiência de eritropoietina e de
vitamina D1-3(D).
16. IRA pré-renal: ↓ Fluxo Sanguíneo (vasoconstrição ou ↓
pressão perfusão renal causada por uma série de
eventos, como desidratação -
vômito, diarreia, queimadura, febre), uso de diuréticos e
IC.
→ É rapidamente reversível se corrigida a causa.
IRA renal: Ocorre por fatores intrínsecos ao rim e é
classificada de acordo com o principal local afetado
(vasculares, glomerulares, tubulares isquêmicas, tubulares
tóxicas, nefrite intersticial, pielonefrite).
17. IRA pós-renal: Obstrução do Fluxo Urinário
Obstrução ureteral (cálculos, coágulos).
Obstrução colo vesical (hiperplasia próstata).
Obstrução uretral (cálculos).
→ A reversibilidade se relaciona ao tempo de
duração da obstrução.
18. Fase Inicial: começa a partir do período de exposição à drogas
nefrotóxicas ou a um insulto isquêmico. Sua duração é variável
e depende do causador. O volume urinário pode estar normal
ou diminuído, porém o rim começa a perder a capacidade
adequada de excreção de compostos nitrogenados.
Fase Oligúrica: é também variável em grau de duração. É
definida a oligúria quando há um volume urinário inferior a
500mL/dia. O sedimento urinário pode conter
hemácias, leucócitos e células epiteliais isoladas ou em
cilindro, havendo também uma pequena perda de proteínas.
19. Fase Diurética: pode ser marcada por uma rápida
elevação do volume urinário. A magnitude da diurese
independe do estado de hidratação do paciente e
representa uma incapacidade do túbulos regenerados em
reabsorver água. Como consequência, a concentração
plasmática de Ur e Cr continua a aumentar.
Diálise pode ser necessária.
20. Fase de recuperação funcional: ocorre após vários dias
de diurese normal, com redução gradual da Uréia e da
Creatinina plasmática. Em certa de 30% dos
doentes, ocorre discreta depressão da filtração
glomerular, que pode persistir.
21. ELETRÓLITOS E ÁGUA
• Balanço de água: ↑ na fase diurética, ↓na fase oligúrica.
• Balanço de sódio: ↑ na fase oligúrica: HAS e IC, ↓ na fase diurética.
• Balanço de potássio: A hipercalemia é a principal causa que leva a
óbito na IRA, que pode causar efeitos na excitabilidade
neuromuscular e toxicidade cardíaca.
• Balanço de cálcio e fósforo: a hipocalcemia é o achado mais frequente
no desequilíbrio do balanço de Ca.
→ Espasmos musculares, acentuação dos efeitos cardiotóxicos de
hipercalemia podem estar presentes.
22. Presença real de dano renal ou redução das funções renais por
um período igual ou superior a 3 meses, independente da sua
etiologia.
Anormalidades estruturais e funcionais no rim ↑ de 3 meses
acompanhadas ou não da ↓ da função renal ou Taxa de
Filtração Glomerular (TGF) < 60mL/ min por mais de 3
meses.
Doença Renal Crônica
NKF/DOQI – National Kidney Foundation/Clinical Practices Guidelines for Chronic Kidney Diseases.
23. Principais causas: glomerulonefrite crônica, a HAS
grave, o DM, a pielonefrite crônica, os processos renais
obstrutivos crônicos (ex. cálculos renais), o LES, etc.
Principais alterações
Sistema hematológico: anemia, sangramentos
Sistema cardiovascular: pericardite, ICC, edema,
hipertensão, miocardite.
24. Principais alterações
Sistema nervoso: ↓ nível de consciência até o
coma, distúrbios do sono, fadiga, convulsões, alterações do
comportamento, flapping, demência, cefaléia, irritabilidade
muscular;
Sistema gastrintestinal:
soluços, anorexia, náuseas, vômitos, HDA, epigastralgia, salivaç
ão, hálito urêmico, diarréia;
Sistema respiratório: Pleurite, EAP
Sistema musculoesquelético: Doença óssea
25. Pele: prurido, coloração amarelo-palha, palidez;
Sistema Imunológico: imunodepressão, → incidência de
neoplasias, remissão de doenças imunes.
Sistema endócrino: intolerância a
glicose, hiperlipidemia, infertilidade, retardo do
crescimento, hipogonadismo, amenorréia.
Sistema Urológico: Impotência.
Principais alterações
26. A capacidade de excreção e regulação da água corporal, de
minerais e de compostos orgânicos é a função mais importante
do rim.
Sem a função excretória, pacientes raramente sobrevivem mais
que 4 a 5 semanas e com frequência, menos que 10
dias, sobretudo na presença de hipercatabolismo.
Se essa função é substituída por um procedimento dialítico, os
pacientes podem sobreviver por anos mesmo na ausência das
funções endócrinas e metabólicas
Consequências
27. → Visa o controle da sintomatologia urêmica
─ Doenças correlatas ao hiperparatireoidismo
─ DEP
─ Alterações metabólicas
Existência ou não de procedimentos dialíticos
associados.
28. Restrição Protéica (tratamento conservador):
• TFG ↑ 60mL/min: não necessita de restrição
• TFG ↓ 60mL/min: 0,6g/KgP/dia (↓50 a 60%
PTNAVB)
• TFG ↓ 25mL/min: 0,6g/KgP/dia ou 0,3g/KgP/dia
+ 0,3g/KgP/dia de aminoácidos essenciais ou
aminoácidos essenciais + cetoácidos.
29. Energia (tratamento conservador): :
35Kcal/KgP/dia
30Kcal/KgP/dia: (obesos ou ↑ 60 anos)
↑ 35Kcal/KgP/dia: DEP
Consumir alimentos com ↑ energia e ↓ PTN.
30. Restrição Protéica (tratamento dialítico):
• 0,94 a 1g/KgP/dia (pacientes em HD)
• 1,2g/KgP/dia: promover o balanço nitrogenado
neutro ou positivo (pacientes em HD)
• 1,2g/KgP/dia: ↓ risco de balanço nitrogenado
negativo.
(50 a 60% PTNAVB)
31. Energia (tratamento dialítico): :
35Kcal/KgP/dia: balanço nitrogenado neutro
30Kcal/KgP/dia: (↑ 60 anos)
Pacientes em CAPD: subtrair a energia
proveniente da glicose absorvida do dialisato
(cerca de 60% do total da glicose infundida)