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SEMIOLOGIA DO TÓRAX
Sistema cárdio-circulatório
Prof. MÁRCIA WELFER
•Principais funções:
• promover o aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos
• remover o sangue com CO2 e metabólitos
É composto pelo coração e pelos vasos
que formam a grande e pequena circulação.
Recordando a anatomia:
LEVANTAMENTO DE DADOS NA
ENTREVISTA
Antecedentes pessoais:
Hábitos, preferências alimentares: gordura, carne
vermelha, sal, ingesta hídrica;
História familiar de doenças cardiovasculares (DCV);
Fatores de risco para DCV: HAS, DM, tabagismo,
obesidade, sedentarismo, estresse, uso de
anticoncepcionais;
Cirúrgicos: implantes de MP, cateterismo,
desfibriladores, valvuloplastia.
LEVANTAMENTO DE DADOS NA
ENTREVISTA
Sinais e sintomas:
Precordialgia: localização, intensidade, duração,
características (compressão, quimação, peso, pontada,
“facada”);
Dispnéia: em repouso, paroxística noturna, aos esforços,
ortopnéia;
Papitações;
Cansaço e fadiga: ao esforço, em repouso;
Cianose: pele, mucosa, lábios, língua, leito ungueal;
Síncope;
Edema em MMIIs;
Dor em MMSS e ou MMIIS.
EXAME FÍSICO
Métodos para avaliação do sistema cardiovascular:
INSPEÇÃO
PALPAÇÃO
AUSCULTA
Paciente em decúbito dorsal, cabeceira 30C, ficando o examinador
do lado direito ou esquerdo, tórax desnudo.
ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO EXAME
CARDIOVASCULAR
DADOS ANTROPOMÉTRICOS (peso, altura, circunferência abdominal
(Homens > 102 cm, mulhers > 88 cm);
PRESSÃO ARTERIAL;
PULSOS ARTERIAL – CARÓTIDA, RADIAL, BRAQUIAL, FEMURAL,
POPLÍTEO, PEDIOSO, TIBIAL POSTERIOR;
FREQUÊNCIA CARDÍACA: deve-se ferificar durante 1 min contando
batimentos por minuto e características como: intensidade (cheio, filiforme),
ritmicidade (regular ou irregular). Além de realizar ausculta apical.
TEMPERATURA: importante em pacientes submetidos a procedimentos
invasivos ou cirurgias ou história de endocardite;
RESPIRAÇÃO: alterações do ventrículo esquerdo resultam em sobrecarga
pulmonar causando dispnéia;
TIPO MORFOLÓGICO: longilíneos mais suceptíveis a aneurismas de aorta;
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: < débito cardíaco (volume de sangue bombeado por
minuto) causa hipofluxo cerebral;
PULSO CAROTÍDEO
Epstein O, 1998
PULSOS PERIFÉRICOS
Epstein O, 1998
PULSOS PERIFÉRICOS
Epstein O, 1998
ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO
EXAME CARDIOVASCULAR
FADIGA: aos esforços devido a < de O2 aos músculos
esqueléticos;
ALTERAÇÕES DO SONO: insônia é um sintoma que ocorre com
frequencia em pacientes com insuficiência ventricular esquerda,
devido a estase sanguínea encefálica;
ESTASE JUGULAR: ingurgitamento das veias do pescoço,
examinar com o paciente em decúbito de 45 C;
ASCITE: acúmulo de líquido no abdome pode ser devido a
insuficiência cardíaca direita
PELE, MUCOSAS E ANEXOS: coloração, umidade, temperatura;
MEMBROS: avaliar perfusão periférica (teste enchimento capilar)
e coloração das extemidades
EDEMA – ver aula de edema;
ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO EXAME CARDIOVASCULAR-
DIFERENÇA ENTRE VEIAS JUGULARES E ARTÉRIAS CARÓTIDAS
Não é afetada pelos
moviementos
respiratórios
Modifica-se com a
inspiração
Não é eliminada por
compressão
Pulsações eliminadas
por compressão das
veias na base do
pescoço
Percebidas em
qualquer posição
Mais evidente na
posição horizontal
Golpes vigorosos,
pulsáteis
Aspecto ondulante e
suave
Ingurgitamento jugular em
posição semi-sentada: indica
compressão da veia cava
superior, insuf. Ventricular
direita e pericardite.
Facilmente palpávelRaramente palpáveis
Problemas enfcarótidaJugular interna
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO
Epstein O, 1998
LOCALIZAR O ICTUS CORDIS OU PONTO DE IMPULSO MÁXIMO - PIM
•5º ESPAÇO INTERCOSTAL ESQUERDO, NA LINHA
HEMICLAVICULAR
• o PIM pode estar alterado: para cima em casos de gravidez, ascite e
abaixo: enfisema, pneumotórax;
• na palpação do precordio pode-se verificar presença de frêmitos - sopros
(fluxo turbulento);
•Verificar pulsações epigástricas;
•Pulsações abdominais
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
AUSCULTA CARDÍACA
Epstein O, 1998
ÁREAS DE AUSCULTA
ÁREA VALVAR AÓRTICA: SEGUNDO ESPAÇO
INTERCOSTAL DIREITO
ÁREA VALVAR PULMONAR: SEGUNDO ESPAÇO
INTERCOSTAL ESQUERDO
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ESQUERDA INFERIOR, OU BASE DO APÊNDICE XIFÓIDE
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QUINTO ESPAÇO INTERCOSTAL PRÓXIMO DA LINHA
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B1
FECHAMENTO DAS VALVAS MITRAL E TRICÚSPIDE
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B2
FECHAMENTO DAS VALVAS PULMONAR E AÓRTICA
FINAL DA SÍSTOLE E INÍCIO DA DIÁSTOLE
(ENCHIMENTO VENTRICULAR)
TATA
BULHAS CARDÍACAS
B1 B2
BULHAS
B3
B 3= é um terceiro som cardíaco que pode ser
auscultado após o fechamento das valvas
aórtica e pulmonar. Ocorre na diástole, em
pacientes com disfunção ventricular esquerda.
“batida” do sangue nas paredes do VE , sempre
sobra um pouco de sangue no VE.
Coração fraco faz sobrar + e o som é b3.
Tum-tá-tá.
Som acessório. A intensificação da 3º bulha
pode resultar de condições extra-cardíacas que
aumentam o fluxo sangüíneo para o ventrículo,
como hipertireoidismo, anemia, gravidez, febre.
Condições cardíacas que intensificam a 3º bulha
são a insuficiência mitral, IC, miocradites,sopros
BULHAS
B4
B4= A quarta bulha
é um som de baixa amplitude
(menor até que a 3º bulha), sendo
normalmente inaudível, produzida antes de B1,
durante a contração atrial
http://www.virtual.
unifesp.br/unifesp
/torax/torax.swf
AVALIAÇÃO GANGIONARES
# inspeção e palpação;
# inspecionar e palpar às regiões a procura de linfonodos infartados –
tamanho ou volume, simetria ou assimetria, consistência, mobilidade,
dor
# axilares, retropeitorais, submandibulares, esternoclidomastóides,
periauriculares, cervicais, claviculares, inguinais
AVALIAÇÃO GANGIONARES
# normal: verifica-se gânglios inguinais pequenos, móveis
e indolores que não apresentam significado propedêuttico;
# problemas:
gânglios inflamados geralmente aumentados, dolorosos e
móveis;
Gânglios malignos: podem estar aumentados e fixos ao
tecido subcutâneo: linfomas, leucemias, carcinomas;
Linfedema: observa-se edema em MMSS e MMII por
aumento da linfa, como resultado da obstrução dos vasos
linfáticos (mastectomias com esvaziamento axilar)
Elefantíase: obstrução dos vasos linfáticos por Filaria
bancrofti;
Linfangite: gânglios da região formando cordão superficial
vermelho, doloroso e quente;
Adenite: gânglios aumentados de volume, sempre
dolorosos com hiperemia ou não.

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Sistema cárdio-circulatório e exame físico

  • 1. SEMIOLOGIA DO TÓRAX Sistema cárdio-circulatório Prof. MÁRCIA WELFER
  • 2. •Principais funções: • promover o aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos • remover o sangue com CO2 e metabólitos É composto pelo coração e pelos vasos que formam a grande e pequena circulação.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. LEVANTAMENTO DE DADOS NA ENTREVISTA Antecedentes pessoais: Hábitos, preferências alimentares: gordura, carne vermelha, sal, ingesta hídrica; História familiar de doenças cardiovasculares (DCV); Fatores de risco para DCV: HAS, DM, tabagismo, obesidade, sedentarismo, estresse, uso de anticoncepcionais; Cirúrgicos: implantes de MP, cateterismo, desfibriladores, valvuloplastia.
  • 8. LEVANTAMENTO DE DADOS NA ENTREVISTA Sinais e sintomas: Precordialgia: localização, intensidade, duração, características (compressão, quimação, peso, pontada, “facada”); Dispnéia: em repouso, paroxística noturna, aos esforços, ortopnéia; Papitações; Cansaço e fadiga: ao esforço, em repouso; Cianose: pele, mucosa, lábios, língua, leito ungueal; Síncope; Edema em MMIIs; Dor em MMSS e ou MMIIS.
  • 9. EXAME FÍSICO Métodos para avaliação do sistema cardiovascular: INSPEÇÃO PALPAÇÃO AUSCULTA Paciente em decúbito dorsal, cabeceira 30C, ficando o examinador do lado direito ou esquerdo, tórax desnudo.
  • 10. ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO EXAME CARDIOVASCULAR DADOS ANTROPOMÉTRICOS (peso, altura, circunferência abdominal (Homens > 102 cm, mulhers > 88 cm); PRESSÃO ARTERIAL; PULSOS ARTERIAL – CARÓTIDA, RADIAL, BRAQUIAL, FEMURAL, POPLÍTEO, PEDIOSO, TIBIAL POSTERIOR; FREQUÊNCIA CARDÍACA: deve-se ferificar durante 1 min contando batimentos por minuto e características como: intensidade (cheio, filiforme), ritmicidade (regular ou irregular). Além de realizar ausculta apical. TEMPERATURA: importante em pacientes submetidos a procedimentos invasivos ou cirurgias ou história de endocardite; RESPIRAÇÃO: alterações do ventrículo esquerdo resultam em sobrecarga pulmonar causando dispnéia; TIPO MORFOLÓGICO: longilíneos mais suceptíveis a aneurismas de aorta; NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: < débito cardíaco (volume de sangue bombeado por minuto) causa hipofluxo cerebral;
  • 14. ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO EXAME CARDIOVASCULAR FADIGA: aos esforços devido a < de O2 aos músculos esqueléticos; ALTERAÇÕES DO SONO: insônia é um sintoma que ocorre com frequencia em pacientes com insuficiência ventricular esquerda, devido a estase sanguínea encefálica; ESTASE JUGULAR: ingurgitamento das veias do pescoço, examinar com o paciente em decúbito de 45 C; ASCITE: acúmulo de líquido no abdome pode ser devido a insuficiência cardíaca direita PELE, MUCOSAS E ANEXOS: coloração, umidade, temperatura; MEMBROS: avaliar perfusão periférica (teste enchimento capilar) e coloração das extemidades EDEMA – ver aula de edema;
  • 15. ASPECTOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELEVANTES AO EXAME CARDIOVASCULAR- DIFERENÇA ENTRE VEIAS JUGULARES E ARTÉRIAS CARÓTIDAS Não é afetada pelos moviementos respiratórios Modifica-se com a inspiração Não é eliminada por compressão Pulsações eliminadas por compressão das veias na base do pescoço Percebidas em qualquer posição Mais evidente na posição horizontal Golpes vigorosos, pulsáteis Aspecto ondulante e suave Ingurgitamento jugular em posição semi-sentada: indica compressão da veia cava superior, insuf. Ventricular direita e pericardite. Facilmente palpávelRaramente palpáveis Problemas enfcarótidaJugular interna
  • 16. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO Epstein O, 1998
  • 17. LOCALIZAR O ICTUS CORDIS OU PONTO DE IMPULSO MÁXIMO - PIM •5º ESPAÇO INTERCOSTAL ESQUERDO, NA LINHA HEMICLAVICULAR • o PIM pode estar alterado: para cima em casos de gravidez, ascite e abaixo: enfisema, pneumotórax; • na palpação do precordio pode-se verificar presença de frêmitos - sopros (fluxo turbulento); •Verificar pulsações epigástricas; •Pulsações abdominais INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
  • 19. ÁREAS DE AUSCULTA ÁREA VALVAR AÓRTICA: SEGUNDO ESPAÇO INTERCOSTAL DIREITO ÁREA VALVAR PULMONAR: SEGUNDO ESPAÇO INTERCOSTAL ESQUERDO ÁREA VALVAR TRICÚSPIDE: BORDA ESTERNAL ESQUERDA INFERIOR, OU BASE DO APÊNDICE XIFÓIDE ÁREA VALVAR MITRAL: QUINTO ESPAÇO INTERCOSTAL PRÓXIMO DA LINHA HEMICLAVICULAR ESQUERDA(ICTUS CORDIS, PIM – (ponto de impulso máximo)
  • 20. B1 FECHAMENTO DAS VALVAS MITRAL E TRICÚSPIDE INÍCIO DA SÍSTOLE (CONTRAÇÃO VENTRICULAR) TUMTUM B2 FECHAMENTO DAS VALVAS PULMONAR E AÓRTICA FINAL DA SÍSTOLE E INÍCIO DA DIÁSTOLE (ENCHIMENTO VENTRICULAR) TATA BULHAS CARDÍACAS
  • 21. B1 B2
  • 22. BULHAS B3 B 3= é um terceiro som cardíaco que pode ser auscultado após o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ocorre na diástole, em pacientes com disfunção ventricular esquerda. “batida” do sangue nas paredes do VE , sempre sobra um pouco de sangue no VE. Coração fraco faz sobrar + e o som é b3. Tum-tá-tá. Som acessório. A intensificação da 3º bulha pode resultar de condições extra-cardíacas que aumentam o fluxo sangüíneo para o ventrículo, como hipertireoidismo, anemia, gravidez, febre. Condições cardíacas que intensificam a 3º bulha são a insuficiência mitral, IC, miocradites,sopros
  • 23. BULHAS B4 B4= A quarta bulha é um som de baixa amplitude (menor até que a 3º bulha), sendo normalmente inaudível, produzida antes de B1, durante a contração atrial http://www.virtual. unifesp.br/unifesp /torax/torax.swf
  • 24. AVALIAÇÃO GANGIONARES # inspeção e palpação; # inspecionar e palpar às regiões a procura de linfonodos infartados – tamanho ou volume, simetria ou assimetria, consistência, mobilidade, dor # axilares, retropeitorais, submandibulares, esternoclidomastóides, periauriculares, cervicais, claviculares, inguinais
  • 25. AVALIAÇÃO GANGIONARES # normal: verifica-se gânglios inguinais pequenos, móveis e indolores que não apresentam significado propedêuttico; # problemas: gânglios inflamados geralmente aumentados, dolorosos e móveis; Gânglios malignos: podem estar aumentados e fixos ao tecido subcutâneo: linfomas, leucemias, carcinomas; Linfedema: observa-se edema em MMSS e MMII por aumento da linfa, como resultado da obstrução dos vasos linfáticos (mastectomias com esvaziamento axilar) Elefantíase: obstrução dos vasos linfáticos por Filaria bancrofti; Linfangite: gânglios da região formando cordão superficial vermelho, doloroso e quente; Adenite: gânglios aumentados de volume, sempre dolorosos com hiperemia ou não.