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2. ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
(MODELO DE MICHAEL PORTER)
2. 2
• Definição de Indústria/Sector – conjunto de empresas
fabricantes de produtos que são substitutos aproximados
entre si.
Concorrência Taxa de rentabilidade
Capital Investido
tende
Taxa
BASE DE RENTABILIDADE
em concorrência perfeita
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 3
FACTORES
ECONÓMICOS
MEIO
AMBIENTE
FACTORES
SOCIAIS
INDÚSTRIA
(SECTOR)
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 4
• Forças externas à indústria são importantes, mas em
termos relativos, porque afectam todas as empresas na
indústria/sector.
• A estrutura da indústria é determinante para a fixação das
regras competitivas do “jogo” e consequentemente para a
identificação das estratégias disponíveis para as
empresas.
• O grau de competitividade/concorrência numa
indústria/sector depende de 5 forças competitivas
básicas:
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 5
FORNECEDORES COMPRADORES
SUBSTITUTOS
CONCORRENTES
NA INDÚSTRIA
Rivalidade entre as
Empresas existentes
Poder de negociação
dos fornecedores
Poder de negociação
dos compradores
Ameaça de novos
entrantes
Ameaça de produtos ou
serviços substitutos
ENTRANTES
POTENCIAIS
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 6
• O potencial de lucro de uma indústria, medido através do
cálculo da rentabilidade/retorno a longo prazo do capital
investido, é o resultado da interacção destas 5 forças.
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 7
• Vamos procurar identificar as características estruturais
básicas das indústrias que determinam/condicionam o
conjunto das 5 forças competitivas e, em consequência, a
sua rentabilidade a prazo.
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 8
• O objectivo de cada empresa é procurar a posição dentro
do sector que melhor lhe permita defender-se contra as 5
forças competitivas e influenciá-las a seu favor
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 9
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes
Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 10
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 11
1. Ameaça de Entrada
Novas Entradas
• Novas Capacidades
• Desejo de Adquirir quota de mercado
• Entrada recursos substanciais
• Queda dos preços
• Aumento dos custos das empresas existentes
(pe: promoções, publicidade, etc.)
=
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 12
1. Ameaça de Entrada
1.1. Barreiras à Entrada
1.2 Reacção dos Concorrentes Existentes
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 13
1.1. Barreiras à Entrada
• Economias de Escala
• Diferenciação do Produto
• Necessidade de Capital
• Custos de Mudança
• Acesso aos canais de distribuição
• Desvantagens de Custo Independentes da Escala
AMEAÇA DE ENTRADA
2. 14
Economias de Escala
• Definição de Economias de Escala: redução dos
custos unitários de um produto (ou operação ou
função que entra na produção de um produto) em
consequência do aumento do volume absoluto de
produção por período.
BARREIRAS À ENTRADA
2. 15
Economias de Escala
Como constituem as economias de escala barreiras
à entrada?
• Obrigam a empresa entrante a entrar em larga
escala -> forte investimento e forte reacção dos
concorrentes existentes
ou
• Obrigam a empresa entrante a optar por uma
pequena escala suportando por isso uma
desvantagem em custo
BARREIRAS À ENTRADA
2. 16
Economias de Escala
Pressuposto: A empresa que produz em maior escala tem
as instalações, distribuição, etc…, mais eficientes.
Economia de
Escala
Vantagem de
Custo
Empresa que produz
em maior escala
Empresa que possa
repartir custos
sempre
BARREIRAS À ENTRADA
2. 17
Economias de Escala/Exemplos
Partilha de operações ou funções sujeitas a economias de
escala com outros negócios da companhia
Fabricantes de
Motores Eléctricos
de Pequena
Dimensão
• secadores de cabelos
• ventiladores
• sistemas de refrigeração
• equipamento electrónico
Há economias de escala na produção do componente
MOTOR ELÉCTRICO.
BARREIRAS À ENTRADA
2. 18
Economias de Escala/Exemplos
HIPERCONTINENTE /MODIS
• Compras
• Distribuição
Nestes casos as economias de escala podem abranger a
totalidade de uma função
NESTLÉ Congelados
Sumos
Gelados
• Distribuição
• Força de Vendas
BARREIRAS À ENTRADA
2. 19
Economias de Escala/Exemplos
Fabricação de TV’s • Economias de escala significativas
no fabrico dos transistores/ecrãs:
menos importantes na Montagem
(mais mão-de-obra intensiva)
Neste caso as economias de escala não se verificam de forma
igual em toda a extensão da função produção.
É importante examinar isoladamente cada componente dos
custos quanto à sua relação CUSTO UNITÁRIO/ESCALA DE
PRODUÇÃO
BARREIRAS À ENTRADA
2. 20
Economias de Escala/Exemplos
PARTILHA de custos intangíveis
Uma marca: YSL
• “trapos”
• perfumes
• canetas
• relógios
• carteiras de senhoras
BARREIRAS À ENTRADA
2. 21
Economias de Escala/Exemplos
REGRA A OBSERVAR
Só constituem barreira à entrada se a função ou operação
partilhada estiver sujeita a economias de escala que
ultrapassem a dimensão necessária em qualquer mercado.
Não confundir com aproveitamento conjuntural de excessos de
capacidade instalada que são normalmente transitórios.
BARREIRAS À ENTRADA
2. 22
LIMITES às economias de escala como barreiras de entrada:
vs. Diferenciação do produto
vs. Imagem/qualidade
vs. Capacidade de desenvolver
novas tecnologias
patenteadas (Timex/relógios)
vs. Flexibilidade de produção
vs. Novas maneiras de competir
ESCALA
”TRADE OFFS”
BARREIRAS À ENTRADA
2. 23
Necessidades de Capital
• Criação da Marca
• Investigação e desenvolvimento
• Instalações
• Fundo de maneio (stocks/crédito a clientes…)
∆ RISCO
∆ CUSTO DO CAPITAL
BARREIRAS À ENTRADA
2. 24
Diferenciação do Produto
Empresas Existentes
• Marca já criada
• Lealdade dos clientes
• Esforço acumulado de publicidade
• Produto identificado pelo consumidor
“Newcomers”
• Grande investimento para captar clientes
• Marca desconhecida
• Longo período de tempo
Ex: Comida para bebés
BARREIRAS À ENTRADA
2. 25
Custos de Mudança
Custos suportados pelo comprador quando muda de um
fornecedor para outro.
• Formação
• Equipamento auxiliar
• Período de teste
• Assistência Técnica
BARREIRAS À ENTRADA
2. 26
Desvantagens de Custo Independentes da Escala
• Tecnologia/Produto com patente
• Acesso a matérias primas em condições favoráveis (a
preços que traduzam uma procura menor)
• Localizações favoráveis
• Subsídios oficiais
BARREIRAS À ENTRADA
2. 27
Desvantagens de Custo Independentes da Escala (cont.)
• Efeitos de Aprendizagem/experiência (muito importante em
empresas de mão-de-obra intensiva)
ex: melhor layout, maior eficiência em algumas
operações de fabrico/montagem, etc….
Economias de experiência ≠ Economias de Escala
• Política governamental (licenças, lei de delimitação do acesso
ao sector privado, normas de qualidade dos produtos, etc….)
BARREIRAS À ENTRADA
2. 28
Acesso aos Canais de Distribuição
Quanto mais limitados forem os canais de distribuição
(grossistas e retalhistas) e maior for o seu controle por
empresas concorrentes já existentes maiores são as
barreiras à entrada.
• ∆ custos de promoções (espaço de prateleira)
• ∆ descontos/margens para distribuidores
• Necessidade de criação de canais próprios (exclusivos)
• ∆ custos de publicidade
BARREIRAS À ENTRADA
2. 29
Desvantagens de Custos Independentes da Escala
Curva da
Experiência
Barreira à Entrada
Patente
• Evitar cópia
• Contratação de pessoal do concorrente
• Aquisição Know-how do concorrente
• etc.
Barreira à Entrada
BARREIRAS À ENTRADA
2. 30
Desvantagens de Custos Independentes da Escala
Limites à curva de experiência como barreira de entrada:
• Inovações no produto e/ou no processo -> nova curva
de experiência
• “Trade offs” experiência a baixo custo vs.
diferenciação por imagem ou tecnologia
• Se se aplica a uma empresa forte, o risco para as
outras é enorme
• Desvia a atenção dos desenvolvimentos do mercado
em outras áreas
BARREIRAS À ENTRADA
2. 31
Características das Barreiras à Entrada
Evoluem, não são estáticas:
• Expira o período de reserva da patente
• Diferenciação do produto
• Evolução das indústrias no sentido da integração
vertical (ex: indústria automóvel)
• Decisões das empresas e associações empresariais
• Existência de recursos e competências que permitam
ás empresas entrantes suportar baixos custos de
entrada
BARREIRAS À ENTRADA
2. 32
1.2. Reacções dos Concorrentes Existentes
• Retaliação Esperada
• Preço de entrada Dissuasivo
AMEAÇA DE ENTRADA
2. 33
Retaliação Esperada
Factores que condicionam uma probabilidade de reacção forte:
• História de reacções violentas a novas entradas
• Concorrentes existentes com vastos recursos:
• disponibilidades
• capacidade de endividamento não utilizada
• excesso de capacidade de produção instalada
• relações duráveis/fortes com Clientes e canais de
distribuição
• Concorrentes existentes fortemente dependentes da
indústria em causa, com elevado investimento em activos
com pouca liquidez (ex: fábrica de cimento)
REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
2. 34
Preço de Entrada Dissuasivo
É um conceito teórico que faz corresponder à estrutura de
preços em vigor na indústria os custos esperados de suportar
as barreiras de entrada e de retaliação.
REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
2. 35
Preço de Entrada Dissuasivo
Preço Corrente > Preço Dissuasivo
Preço Corrente < Preço Dissuasivo
A ameaça de entrada existe
Elimina-se a ameaça de entrada
REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
2. 36
Preço de Entrada Dissuasivo
Lucros> média -> Ameaça de entrada
Lucros < média -> Não existe ameaça
Preço
Preço Corrente
Preço Corrente
Preço de
dissuasão
Tempo
+
Margem
+
Custo Produção
Custos Entrada
(Barreiras +
Retaliação)
REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
2. 37
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 38
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
A rivalidade numa indústria é consequência da interacção de
vários factores estruturais:
• Concorrentes numerosos ou equilibrados
• Crescimento lento da indústria
• Custos fixos ou de armazenagem elevados (custos
fixos/valor acrescentado)
• Ausência de diferenciação ou custos de mudança
• Aumento de capacidade marginal de grande dimensão
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 39
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
(cont.)
• Diversidade dos concorrentes (multinacionais ou nacionais,
integradas, posicionamento na matriz de portofolio de
negócios…)
• Grandes interesses estratégicos (pe: expansão)
• Barreiras de saída elevadas (fontes):
• Activos especializados (actividade/localização)
• Custos fixos de saída
• Inter-relações estratégicas
• Barreiras emocionais
• Restrições de ordem política e social
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 40
Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes
Existentes
Barreiras de
saída elevadas
Manutenção de
capacidades
Tácticas desesperadas
das empresas perdedoras
Rentabilidade da
indústria reduzida
Rivalidade mais intensa
Menor
atractividade da
indústria
2. 41
Barreiras de Saída e Barreiras de Entrada e a Rentabilidade na
Indústria
Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes
Existentes
Rendimentos
estáveis baixos
Rendimentos
baixos
Risco elevado
Rendimentos
arriscados altos
Rendimentos
estáveis altosAltas
Baixas
Barreiras
de entrada
2. 42
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 43
3. Pressão dos Produtos Substitutos
Deve-se ter especial atenção a:
• Possíveis substitutos com constante melhoria da relação
preço/performance
• Produtos substitutos produzidos por indústrias muito
lucrativas
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
Que produtos desempenham ou podem desempenhar a
mesma função que o nosso?
INVESTIGAÇÃO
2. 44
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
2. 45
4. Poder de Negociação dos Compradores
Comprador é poderoso se:
• Adquire grandes volumes relativamente ao volume de
vendas do vendedor
• Está fortemente concentrado
• Os produtos que adquire na indústria têm grande peso no
seu volume de compras
• Os produtos que adquire na indústria são padronizados (∆
nº de alternativas)
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 46
4. Poder de Negociação dos Compradores (cont.)
• Enfrenta poucos custos de mudança
• Opera com lucros baixos
• Constitui uma ameaça de integração a montante
• O produto da indústria não é determinante para a qualidade
do produto que vende
• Dispõe de boa informação sobre a indústria (custos, preços,
…)
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
Importância da selecção dos compradores => SEGMENTAÇÃO
2. 47
Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
1. Ameaça de Entrada
2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes
3. Pressão dos Produtos Substitutos
4. Poder de Negociação dos Compradores
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
2. 48
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Como se exerce?
• Aumento preços
• Reduzindo qualidade
• Reduzindo serviços (≠ produto aumentado)
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
REDUÇÃO DA RENTABILIDADE DAS
INDÚSTRIAS COMPRADORAS
2. 49
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Condições que tornam os mercados fornecedores poderosos:
• Maior concentração de empresas que nos mercados
compradores
• Inexistência de produtos substitutos
• A indústria compradora não ser cliente importante da
fornecedora
• O produto dos fornecedores ser importante para o negócio do
comprador (quantidade/qualidade)
• A indústria fornecedora dispõe de produtos diversificados ou
conseguiu desenvolver custos de mudança
• Serem uma ameaça concreta de integração a jusante
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
2. 50
5. Poder de Negociação dos Fornecedores
Poder de fornecedores especiais:
DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA
INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
Mão-de-Obra • Escassez/ Possibilidade
de expansão
• Grau de organização
2. 51
O poder político como força influenciadora do
nível de concorrência de uma indústria
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
• Impacto nas barreiras de entrada
(ex: capital social mínimo para bancos; acesso ao
sector das telecomunicações)
• Comprador/Fornecedor
(ex: negócios “cativos”/regularizar mercados)
• Influenciador do comportamento das empresas como
compradoras e vendedoras
(ex: regras disciplinadoras da distribuição de produtos)
2. 52
O poder político como força influenciadora do nível
de concorrência de uma indústria (cont.)
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
• Estimular o aparecimento de substitutos
(ex: subsídios/incentivos fiscais a negócios/indústrias
emergentes: energia solar)
• Influência sobre a estrutura de custos
(ex: normas de segurança/anti-poluição)
• Influência sobre o crescimento das indústrias
(ex: subsídios ao consumo/isenções fiscais)
2. 53
Análise Estrutural e Estratégica Competitiva
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
1. Diagnóstico das forças que afectam a intensidade
concorrencial numa indústria e das suas causas
básicas.
2. Identificação dos pontos fortes e fracos estruturais da
empresa em relação à indústria.
3. Posicionamento da empresa quanto às causas
básicas de cada força competitiva.
2. 54
Análise Estrutural e Estratégica Competitiva
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
A empresa no processo de definição de uma
estratégia competitiva tem que procurar uma posição
sustentável a prazo (defensável) contra as 5 forças
competitivas.
Para isso no seu posicionamento estratégico tem que
optar por uma de três abordagens:
• Ajustamento
• Influenciar o Equilíbrio Existente
• Antecipar a mudança
2. 55
Ajustamento:
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
A empresa:
• Toma a estrutura da indústria como um dado adquirido
• Ajusta os seus pontos fortes e fracos a esta estrutura
• Constrói defesas contra as forças competitivas
• Procura posições na indústria onde as forças
competitivas tenham menor impacto
2. 56
Influenciar o Equilíbrio Existente
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
A empresa:
• Assume a ofensiva e procura enfrentar as forças
competitivas alterando as suas causas:
• Reforço da identificação da marca: Aumento do
esforço de Marketing/Comunicação
• Diferenciação do produto ou dos serviços
• Grande investimento de aumento de capacidade
Aumentar as Barreiras de Entrada
2. 57
Antecipar a Mudança
ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
A empresa procura:
• Antecipar a mudança nas causas básicas das forças
competitivas e promover a mudança através da
escolha de uma estratégia que permita o
aproveitamento das oportunidades antes dos
concorrentes (ex: BCP)

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  • 1. 2. ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS (MODELO DE MICHAEL PORTER)
  • 2. 2. 2 • Definição de Indústria/Sector – conjunto de empresas fabricantes de produtos que são substitutos aproximados entre si. Concorrência Taxa de rentabilidade Capital Investido tende Taxa BASE DE RENTABILIDADE em concorrência perfeita ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 4. 2. 4 • Forças externas à indústria são importantes, mas em termos relativos, porque afectam todas as empresas na indústria/sector. • A estrutura da indústria é determinante para a fixação das regras competitivas do “jogo” e consequentemente para a identificação das estratégias disponíveis para as empresas. • O grau de competitividade/concorrência numa indústria/sector depende de 5 forças competitivas básicas: ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 5. 2. 5 FORNECEDORES COMPRADORES SUBSTITUTOS CONCORRENTES NA INDÚSTRIA Rivalidade entre as Empresas existentes Poder de negociação dos fornecedores Poder de negociação dos compradores Ameaça de novos entrantes Ameaça de produtos ou serviços substitutos ENTRANTES POTENCIAIS ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 6. 2. 6 • O potencial de lucro de uma indústria, medido através do cálculo da rentabilidade/retorno a longo prazo do capital investido, é o resultado da interacção destas 5 forças. ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 7. 2. 7 • Vamos procurar identificar as características estruturais básicas das indústrias que determinam/condicionam o conjunto das 5 forças competitivas e, em consequência, a sua rentabilidade a prazo. ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 8. 2. 8 • O objectivo de cada empresa é procurar a posição dentro do sector que melhor lhe permita defender-se contra as 5 forças competitivas e influenciá-las a seu favor ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 9. 2. 9 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 10. 2. 10 Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 11. 2. 11 1. Ameaça de Entrada Novas Entradas • Novas Capacidades • Desejo de Adquirir quota de mercado • Entrada recursos substanciais • Queda dos preços • Aumento dos custos das empresas existentes (pe: promoções, publicidade, etc.) = DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 12. 2. 12 1. Ameaça de Entrada 1.1. Barreiras à Entrada 1.2 Reacção dos Concorrentes Existentes DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 13. 2. 13 1.1. Barreiras à Entrada • Economias de Escala • Diferenciação do Produto • Necessidade de Capital • Custos de Mudança • Acesso aos canais de distribuição • Desvantagens de Custo Independentes da Escala AMEAÇA DE ENTRADA
  • 14. 2. 14 Economias de Escala • Definição de Economias de Escala: redução dos custos unitários de um produto (ou operação ou função que entra na produção de um produto) em consequência do aumento do volume absoluto de produção por período. BARREIRAS À ENTRADA
  • 15. 2. 15 Economias de Escala Como constituem as economias de escala barreiras à entrada? • Obrigam a empresa entrante a entrar em larga escala -> forte investimento e forte reacção dos concorrentes existentes ou • Obrigam a empresa entrante a optar por uma pequena escala suportando por isso uma desvantagem em custo BARREIRAS À ENTRADA
  • 16. 2. 16 Economias de Escala Pressuposto: A empresa que produz em maior escala tem as instalações, distribuição, etc…, mais eficientes. Economia de Escala Vantagem de Custo Empresa que produz em maior escala Empresa que possa repartir custos sempre BARREIRAS À ENTRADA
  • 17. 2. 17 Economias de Escala/Exemplos Partilha de operações ou funções sujeitas a economias de escala com outros negócios da companhia Fabricantes de Motores Eléctricos de Pequena Dimensão • secadores de cabelos • ventiladores • sistemas de refrigeração • equipamento electrónico Há economias de escala na produção do componente MOTOR ELÉCTRICO. BARREIRAS À ENTRADA
  • 18. 2. 18 Economias de Escala/Exemplos HIPERCONTINENTE /MODIS • Compras • Distribuição Nestes casos as economias de escala podem abranger a totalidade de uma função NESTLÉ Congelados Sumos Gelados • Distribuição • Força de Vendas BARREIRAS À ENTRADA
  • 19. 2. 19 Economias de Escala/Exemplos Fabricação de TV’s • Economias de escala significativas no fabrico dos transistores/ecrãs: menos importantes na Montagem (mais mão-de-obra intensiva) Neste caso as economias de escala não se verificam de forma igual em toda a extensão da função produção. É importante examinar isoladamente cada componente dos custos quanto à sua relação CUSTO UNITÁRIO/ESCALA DE PRODUÇÃO BARREIRAS À ENTRADA
  • 20. 2. 20 Economias de Escala/Exemplos PARTILHA de custos intangíveis Uma marca: YSL • “trapos” • perfumes • canetas • relógios • carteiras de senhoras BARREIRAS À ENTRADA
  • 21. 2. 21 Economias de Escala/Exemplos REGRA A OBSERVAR Só constituem barreira à entrada se a função ou operação partilhada estiver sujeita a economias de escala que ultrapassem a dimensão necessária em qualquer mercado. Não confundir com aproveitamento conjuntural de excessos de capacidade instalada que são normalmente transitórios. BARREIRAS À ENTRADA
  • 22. 2. 22 LIMITES às economias de escala como barreiras de entrada: vs. Diferenciação do produto vs. Imagem/qualidade vs. Capacidade de desenvolver novas tecnologias patenteadas (Timex/relógios) vs. Flexibilidade de produção vs. Novas maneiras de competir ESCALA ”TRADE OFFS” BARREIRAS À ENTRADA
  • 23. 2. 23 Necessidades de Capital • Criação da Marca • Investigação e desenvolvimento • Instalações • Fundo de maneio (stocks/crédito a clientes…) ∆ RISCO ∆ CUSTO DO CAPITAL BARREIRAS À ENTRADA
  • 24. 2. 24 Diferenciação do Produto Empresas Existentes • Marca já criada • Lealdade dos clientes • Esforço acumulado de publicidade • Produto identificado pelo consumidor “Newcomers” • Grande investimento para captar clientes • Marca desconhecida • Longo período de tempo Ex: Comida para bebés BARREIRAS À ENTRADA
  • 25. 2. 25 Custos de Mudança Custos suportados pelo comprador quando muda de um fornecedor para outro. • Formação • Equipamento auxiliar • Período de teste • Assistência Técnica BARREIRAS À ENTRADA
  • 26. 2. 26 Desvantagens de Custo Independentes da Escala • Tecnologia/Produto com patente • Acesso a matérias primas em condições favoráveis (a preços que traduzam uma procura menor) • Localizações favoráveis • Subsídios oficiais BARREIRAS À ENTRADA
  • 27. 2. 27 Desvantagens de Custo Independentes da Escala (cont.) • Efeitos de Aprendizagem/experiência (muito importante em empresas de mão-de-obra intensiva) ex: melhor layout, maior eficiência em algumas operações de fabrico/montagem, etc…. Economias de experiência ≠ Economias de Escala • Política governamental (licenças, lei de delimitação do acesso ao sector privado, normas de qualidade dos produtos, etc….) BARREIRAS À ENTRADA
  • 28. 2. 28 Acesso aos Canais de Distribuição Quanto mais limitados forem os canais de distribuição (grossistas e retalhistas) e maior for o seu controle por empresas concorrentes já existentes maiores são as barreiras à entrada. • ∆ custos de promoções (espaço de prateleira) • ∆ descontos/margens para distribuidores • Necessidade de criação de canais próprios (exclusivos) • ∆ custos de publicidade BARREIRAS À ENTRADA
  • 29. 2. 29 Desvantagens de Custos Independentes da Escala Curva da Experiência Barreira à Entrada Patente • Evitar cópia • Contratação de pessoal do concorrente • Aquisição Know-how do concorrente • etc. Barreira à Entrada BARREIRAS À ENTRADA
  • 30. 2. 30 Desvantagens de Custos Independentes da Escala Limites à curva de experiência como barreira de entrada: • Inovações no produto e/ou no processo -> nova curva de experiência • “Trade offs” experiência a baixo custo vs. diferenciação por imagem ou tecnologia • Se se aplica a uma empresa forte, o risco para as outras é enorme • Desvia a atenção dos desenvolvimentos do mercado em outras áreas BARREIRAS À ENTRADA
  • 31. 2. 31 Características das Barreiras à Entrada Evoluem, não são estáticas: • Expira o período de reserva da patente • Diferenciação do produto • Evolução das indústrias no sentido da integração vertical (ex: indústria automóvel) • Decisões das empresas e associações empresariais • Existência de recursos e competências que permitam ás empresas entrantes suportar baixos custos de entrada BARREIRAS À ENTRADA
  • 32. 2. 32 1.2. Reacções dos Concorrentes Existentes • Retaliação Esperada • Preço de entrada Dissuasivo AMEAÇA DE ENTRADA
  • 33. 2. 33 Retaliação Esperada Factores que condicionam uma probabilidade de reacção forte: • História de reacções violentas a novas entradas • Concorrentes existentes com vastos recursos: • disponibilidades • capacidade de endividamento não utilizada • excesso de capacidade de produção instalada • relações duráveis/fortes com Clientes e canais de distribuição • Concorrentes existentes fortemente dependentes da indústria em causa, com elevado investimento em activos com pouca liquidez (ex: fábrica de cimento) REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
  • 34. 2. 34 Preço de Entrada Dissuasivo É um conceito teórico que faz corresponder à estrutura de preços em vigor na indústria os custos esperados de suportar as barreiras de entrada e de retaliação. REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
  • 35. 2. 35 Preço de Entrada Dissuasivo Preço Corrente > Preço Dissuasivo Preço Corrente < Preço Dissuasivo A ameaça de entrada existe Elimina-se a ameaça de entrada REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
  • 36. 2. 36 Preço de Entrada Dissuasivo Lucros> média -> Ameaça de entrada Lucros < média -> Não existe ameaça Preço Preço Corrente Preço Corrente Preço de dissuasão Tempo + Margem + Custo Produção Custos Entrada (Barreiras + Retaliação) REACÇÃO DOS CONCORRENTES EXISTENTES
  • 37. 2. 37 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 38. 2. 38 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes A rivalidade numa indústria é consequência da interacção de vários factores estruturais: • Concorrentes numerosos ou equilibrados • Crescimento lento da indústria • Custos fixos ou de armazenagem elevados (custos fixos/valor acrescentado) • Ausência de diferenciação ou custos de mudança • Aumento de capacidade marginal de grande dimensão DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 39. 2. 39 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes (cont.) • Diversidade dos concorrentes (multinacionais ou nacionais, integradas, posicionamento na matriz de portofolio de negócios…) • Grandes interesses estratégicos (pe: expansão) • Barreiras de saída elevadas (fontes): • Activos especializados (actividade/localização) • Custos fixos de saída • Inter-relações estratégicas • Barreiras emocionais • Restrições de ordem política e social DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 40. 2. 40 Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes Barreiras de saída elevadas Manutenção de capacidades Tácticas desesperadas das empresas perdedoras Rentabilidade da indústria reduzida Rivalidade mais intensa Menor atractividade da indústria
  • 41. 2. 41 Barreiras de Saída e Barreiras de Entrada e a Rentabilidade na Indústria Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes Rendimentos estáveis baixos Rendimentos baixos Risco elevado Rendimentos arriscados altos Rendimentos estáveis altosAltas Baixas Barreiras de entrada
  • 42. 2. 42 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 43. 2. 43 3. Pressão dos Produtos Substitutos Deve-se ter especial atenção a: • Possíveis substitutos com constante melhoria da relação preço/performance • Produtos substitutos produzidos por indústrias muito lucrativas DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA Que produtos desempenham ou podem desempenhar a mesma função que o nosso? INVESTIGAÇÃO
  • 44. 2. 44 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS
  • 45. 2. 45 4. Poder de Negociação dos Compradores Comprador é poderoso se: • Adquire grandes volumes relativamente ao volume de vendas do vendedor • Está fortemente concentrado • Os produtos que adquire na indústria têm grande peso no seu volume de compras • Os produtos que adquire na indústria são padronizados (∆ nº de alternativas) DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 46. 2. 46 4. Poder de Negociação dos Compradores (cont.) • Enfrenta poucos custos de mudança • Opera com lucros baixos • Constitui uma ameaça de integração a montante • O produto da indústria não é determinante para a qualidade do produto que vende • Dispõe de boa informação sobre a indústria (custos, preços, …) DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA Importância da selecção dos compradores => SEGMENTAÇÃO
  • 47. 2. 47 Determinantes Estruturais da Intensidade da Concorrência ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS 1. Ameaça de Entrada 2. Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes Existentes 3. Pressão dos Produtos Substitutos 4. Poder de Negociação dos Compradores 5. Poder de Negociação dos Fornecedores
  • 48. 2. 48 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Como se exerce? • Aumento preços • Reduzindo qualidade • Reduzindo serviços (≠ produto aumentado) DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA REDUÇÃO DA RENTABILIDADE DAS INDÚSTRIAS COMPRADORAS
  • 49. 2. 49 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Condições que tornam os mercados fornecedores poderosos: • Maior concentração de empresas que nos mercados compradores • Inexistência de produtos substitutos • A indústria compradora não ser cliente importante da fornecedora • O produto dos fornecedores ser importante para o negócio do comprador (quantidade/qualidade) • A indústria fornecedora dispõe de produtos diversificados ou conseguiu desenvolver custos de mudança • Serem uma ameaça concreta de integração a jusante DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA
  • 50. 2. 50 5. Poder de Negociação dos Fornecedores Poder de fornecedores especiais: DETERMINANTES ESTRUTURAIS DA INTENSIDADE DA CONCORRÊNCIA Mão-de-Obra • Escassez/ Possibilidade de expansão • Grau de organização
  • 51. 2. 51 O poder político como força influenciadora do nível de concorrência de uma indústria ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS • Impacto nas barreiras de entrada (ex: capital social mínimo para bancos; acesso ao sector das telecomunicações) • Comprador/Fornecedor (ex: negócios “cativos”/regularizar mercados) • Influenciador do comportamento das empresas como compradoras e vendedoras (ex: regras disciplinadoras da distribuição de produtos)
  • 52. 2. 52 O poder político como força influenciadora do nível de concorrência de uma indústria (cont.) ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS • Estimular o aparecimento de substitutos (ex: subsídios/incentivos fiscais a negócios/indústrias emergentes: energia solar) • Influência sobre a estrutura de custos (ex: normas de segurança/anti-poluição) • Influência sobre o crescimento das indústrias (ex: subsídios ao consumo/isenções fiscais)
  • 53. 2. 53 Análise Estrutural e Estratégica Competitiva ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS 1. Diagnóstico das forças que afectam a intensidade concorrencial numa indústria e das suas causas básicas. 2. Identificação dos pontos fortes e fracos estruturais da empresa em relação à indústria. 3. Posicionamento da empresa quanto às causas básicas de cada força competitiva.
  • 54. 2. 54 Análise Estrutural e Estratégica Competitiva ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS A empresa no processo de definição de uma estratégia competitiva tem que procurar uma posição sustentável a prazo (defensável) contra as 5 forças competitivas. Para isso no seu posicionamento estratégico tem que optar por uma de três abordagens: • Ajustamento • Influenciar o Equilíbrio Existente • Antecipar a mudança
  • 55. 2. 55 Ajustamento: ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS A empresa: • Toma a estrutura da indústria como um dado adquirido • Ajusta os seus pontos fortes e fracos a esta estrutura • Constrói defesas contra as forças competitivas • Procura posições na indústria onde as forças competitivas tenham menor impacto
  • 56. 2. 56 Influenciar o Equilíbrio Existente ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS A empresa: • Assume a ofensiva e procura enfrentar as forças competitivas alterando as suas causas: • Reforço da identificação da marca: Aumento do esforço de Marketing/Comunicação • Diferenciação do produto ou dos serviços • Grande investimento de aumento de capacidade Aumentar as Barreiras de Entrada
  • 57. 2. 57 Antecipar a Mudança ANÁLISE ESTRUTURAL DAS INDÚSTRIAS A empresa procura: • Antecipar a mudança nas causas básicas das forças competitivas e promover a mudança através da escolha de uma estratégia que permita o aproveitamento das oportunidades antes dos concorrentes (ex: BCP)