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GA
     2009


        Gabriel A. S. Couto
        Diagnóstico e Plano Estratégico




                     Daniel Campos | João Nunes | Mário Babo
            Pós-Graduação em Direcção de Empresas | EGP-UPBS
                                        Estratégia Empresarial
FICHA
                                               TÉCNICA

               GABRIEL A. S. COUTO             Título
DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                Sub-Título


                  Daniel Tiago Fraga Campos    Autores
                 João Luís de Menezes Nunes
                     Mário Emílio Brás Babo

                  Escola de Gestão do Porto    Instituição
     Pós-Graduação em Direcção de Empresas     Curso
                      Estratégia Empresarial   Módulo


                             Agosto de 2009    Data
                             Porto, Portugal   Local
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO




                                    SUMÁRIO EXECUTIVO


O diagnóstico e plano estratégico sintetiza e integra o pensamento estratégico dos membros da
organização e cria as bases para o sucesso sustentado da organização. Este encontra-se
estruturado em quatro componentes: a apresentação da empresa, a análise estratégica, a
formulação da estratégia e a sua organização e implementação.


A primeira parte, relativa à apresentação da empresa, descreve os principais dados da empresa, o
seu historial e qual a sua missão e objectivos actuais.


A segunda parte, relativa à análise estratégica, debruça-se sobre a interacção entre a indústria e o
seu meio envolvente, bem como sobre a adequação da empresa aos requisitos competitivos do
seu negócio.


A terceira parte, relativa à formulação da estratégia, explicita as principais orientações estratégicas
da organização.


Finalmente, a quarta parte, relativa à implementação da estratégia, traduz as orientações
estratégicas delineadas em medidas concretas para alcançar os objectivos e indica o modo como a
empresa de deve organizar.
.




                                     DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO




                                    ÍNDICE


PARTE I – DESCRIÇÃO DA EMPRESA ……………………………………….. 5

1. APRESENTAÇÃO ……………………………………………………………….. 6
  1.1. Identificação …………………………………………………………………………………. 6
  1.2. Historial ……………………………………………………………………………………… 7

2. MISSÃO E OBJECTIVOS ……………………………………………………….. 8
  2.1. Produtos e Mercados Actuais …………………………………………………………………             8
  2.2. Recursos e Aptidões …………………………………………………………………………..                9
  2.3. Organização …………………………………………………………………………………..                     10
  2.4. Centros de Interesses e suas Expectativas …………………………………………………….   12
  2.5. Áreas Homogéneas de Negócios ……………………………………………………………...           13
  2.6. Estratégia Actual ……………………………………………………………………………...                14

PARTE II – ANÁLISE ESTRATÉGICA ………………………………………… 15

3. ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE ………………………………………….. 16
  3.1. Enquadramento Actual ………………………………………………………………………..                16
  3.2. Meio Envolvente Contextual …………………………………………………………………              21
  3.3. Meio Envolvente Transaccional ………………………………………………………………            23
  3.4. Atractividade da Indústria …………………………………………………………………….            30
  3.5. Estrutura da Indústria ………………………………………………………………………...             34
  3.6. Factores Críticos de Sucesso ………………………………………………………………….           34

4. ANÁLISE DA EMPRESA ……………………………………………………….. 35
  4.1. Recursos da Empresa ………………………………………………………………………...                35
  4.2. Dinâmica de Custos ………………………………………………………………………….                  37
  4.3. Competências Centrais ………………………………………………………………………                 39
  4.4. Adequação e Intento Estratégico …………………………………………………………….          41
  4.5. Análise SWOT ……………………………………………………………………………….                      43

PARTE III – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA …………………………….. 44

5. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS …………………………………………….. 45
  5.1. Produtos-Mercados ………………………………………………………………………….                   45
  5.2. Integração Vertical …………………………………………………………………………...               47
  5.3. Internacionalização …………………………………………………………………………..                48
  5.4. Diversificação ………………………………………………………………………………..                   51

6. DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL ……………………………………… 53

7. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ………………………………………………… 55


PARTE IV – IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA ………………………… 57

8. ORIENTAÇÕES ORGANIZACIONAIS E DE GESTÃO ……………………. 58

9. PROCESSOS DE CONCRETIZAÇÃO ………………………………………… 59




                          DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO




                                    ÍNDICE DE QUADROS


PARTE I – DESCRIÇÃO DA EMPRESA
Quadro 1 – Caracterização da Sociedade
Quadro 2 – Mapa de Equipamentos
Quadro 3 – Responsabilidades dos Órgãos da Organização
Quadro 4 – Empresas participadas da GASC

PARTE II – ANÁLISE ESTRATÉGICA
Quadro 5 – Indicadores Económicos
Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual
Quadro 7 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Transaccional
Quadro 8 – Síntese dos clientes segmentados por actividade e produto
Quadro 9 – Síntese de Fornecedores
Quadro 10 – Síntese dos Agentes e Grupos de Interesse
Quadro 11 – Síntese dos concorrentes
Quadro 12 – Mapas de Grupos Estratégicos
Quadro 13 – Síntese da Atractividade Sectorial
Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
Quadro 15 – Identificação dos Factores Críticos de Sucesso
Quadro 16 – Descrição dos Recursos Humanos
Quadro 17 – Avaliação de Performance Conjunta
Quadro 18 – Indicadores Financeiros
Quadro 19 – Avaliação do Activos Intangíveis
Quadro 20 – Síntese das Medidas de Dinâmica de Custos
Quadro 21 – Benchmarking Estratégico
Quadro 22 – Identificação da Competências Centrais
Quadro 23 – Síntese da Análise de Adequação Estratégica
Quadro 24 – Evolução das Competências Centrais
Quadro 25 – Intento Estratégico
Quadro 26 – Análise SWOT

PARTE III – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Quadro 27 – Matriz de Produtos-Mercados
Quadro 28 – Segmentos de Mercados Estratégicos e Complementares
Quadro 29 – Vantagens Competitivas
Quadro 30 – Análise da Cadeia Operacional
Quadro 31 – Factores impulsionadores da internacionalização
Quadro 32 – Grelha de Comparação da Atractividade dos Países
Quadro 33 – Síntese do estudo profundo a desenvolver
Quadro 34 – Síntese das Modalidades de Internacionalização
Quadro 35 – Síntese das Opções de Internacionalização
Quadro 36 – Análise da Estratégia de Diversificação
Quadro 37 – Análise das Vias de Desenvolvimento
Quadro 38 – Síntese das Orientações Estratégicas

PARTE IV – ORGANIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Quadro 39 – Síntese das Orientações Organizacionais e de Gestão




                                    DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO       5




                         PARTE                  I


                       Descrição da Empresa
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                           6

1. APRESENTAÇÃO


1.1. Identificação


A empresa Construções Gabriel A. S. Couto, S.A (Gabriel Couto) tem sede em Vila Nova de
Famalicão, no distrito de Braga, onde foi criada há cerca de 60 anos. Ao longo da sua existência
evoluiu de uma pequena estrutura empresarial de cariz familiar para uma organização económica
de importância nacional, sendo hoje uma referência no sector da construção, com um volume de
negócios (média 2007/2008) de cerca de EUR 80.000.000,00.


                            Quadro 1 – Caracterização da Sociedade
               CARACTERÍSTICA                                        DESCRIÇÃO
   DENOMINAÇÃO SOCIAL                              Construções Gabriel A. S. Couto
   CAPITAL SOCIAL                                  5.000.000 Euros
   NATUREZA JURÍDICA                               Sociedade Anónima
   SEDE SOCIAL                                     Rua de São João de Pedra Leital, nº1000
                                                   Requião - Vila Nova de Famalicão
   CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO                       Presidente
                                                       Carlos Alberto Freitas Couto, Eng.
                                                   Vogais
                                                       Maria da Conceição Ferreira de Freitas
                                                       António Gabriel Freitas Couto, Eng.
                                                       Avelino Jorge da Silva Oliveira, Eng.
                                                       José Sampaio Couto
   ALVA RÁ DE CONSTRUÇÃO                           Nº 2490




                                   DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                            7

1.2. Historial


A Gabriel Couto completou 60 anos no ano de 2008. Em 1948, sob a forma de sociedade em
nome individual, com o seu fundador, Gabriel Couto, a executar a primeira empreitada, ainda
sem os respectivos alvarás – que só obteria cinco anos depois, em 1953 – e por isso,
subcontratando à empresa de quem o seu pai era sócio.


Nas suas seis décadas de existência a Gabriel Couto evoluiu de uma pequena unidade de
relevância meramente local para uma empresa de dimensão nacional, onde é uma das referências
no sector da construção civil e obras públicas, com intervenção internacional e apta a executar as
mais exigentes e complexas obras no âmbito do seu objecto social. Durante o seu percurso
empresarial a forma societária foi evoluindo, em resposta à complexidade dos desafios. A actual
configuração de sociedade anónima ocorreu no ano de 1973.


Rapidamente se transformou numa organização de dimensão nacional, sendo hoje uma das
maiores empresas da região (só recentemente deixou de ser a maior empresa de construção do
distrito de Braga, sendo agora a 2.ª) e de reconhecida importância no contexto empresarial do
país.


O processo de internacionalização começou em 1999 em Moçambique também na construção de
obras públicas, estando actualmente presente neste país, Angola, Roménia e Irlanda. A área
internacional representou cerca de 15% do Volume de Negócios de 2008.




                                    DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                  8

2. MISSÃO E OBJECTIVOS


Centrando a sua actuação no sector da construção e obras públicas e, nomeadamente nos
segmentos em que tem afirmado um know-how seguro, a Gabriel Couto tem mantido, contudo,
uma atenção permanente às manifestações do mercado, diversificando e ajustando as suas
actividades de modo a reforçar a sua importância económica e social no seu universo de
negócios. Um exemplo disso é o sector das energias renováveis, onde a Gabriel Couto apostou e
assumiu desde o início, uma posição de destaque neste sector de actividade.


Na linha da orientação estratégica já definida e aceite como decisiva para o crescimento futuro, a
Gabriel Couto está a desenvolver e aprofundar um processo de internacionalização centrado na
área da sua actividade, envolvendo-se decisivamente no processo de globalização que caracteriza
a economia moderna. Após a experiência e posição consolidada em Portugal, a empresa procura
assim expandir-se no mercado internacional, nomeadamente no mercado emergente da Europa
de Leste.


2.1. Produtos e Mercados Actuais


As principais áreas de actuação têm sido a execução de estradas, auto-estradas, pontes, viadutos,
redes de saneamento básico, ETAR´s, redes de armazenamento e distribuição de água, edifícios
escolares   (básicos,   secundários     e   universitários),     arranjos   urbanísticos,   parques   de
estacionamento, edifícios habitacionais, complexos comerciais e turísticos, edifícios industriais e
por último, parques de produção de energia eólica. A Gabriel Couto participou na construção de
cerca de 500 aerogeradores, num total de 900 MW. Estes números representam cerca de 30% de
potência eólica instalada em Portugal em 2008, o que dá à empresa a liderança no sector da
construção civil em parques eólicos.


A opção pela internacionalização tornou-se inevitável, quer pela dimensão da empresa, quer pela
procura de novos negócios e territórios. Desde 1997, a empresa encontra-se em Moçambique e,
mais recentemente, em Angola, República da Irlanda e Roménia.




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2.2. Recursos e Aptidões


A empresa emprega cerca de 500 funcionários e possui um quadro técnico constituído por cerca
de 50 pessoas com formação técnica superior e mais 30 com formação especializada específica.


A empresa tem investido nos últimos anos num adequado apetrechamento tecnológico, quer a
nível de sistemas de gestão e controlo de custos, quer a nível do parque de equipamentos
operativos, sistematicamente renovados para disponibilização de elementos inovadores e de
maior produtividade. Esse investimento permite que a Gabriel Couto possua hoje um parque de
máquinas e equipamentos ao nível das maiores empresas de construção civil e obras públicas
portuguesas. Apresenta-se, de seguida um resumo da lista dos equipamentos ao dispor das
unidades de produção da empresa:


                                    Quadro 2 – Mapa de Equipamentos
        GRUPO DE                                               GRUPO DE
                             EQUIPAMENTO                                                 EQUIPAMENTO
      EQUIPAMENTOS                                           EQUIPAMENTOS
     PRODUÇÃO E        Auto-betoneiras                      PRODUÇÃO DE         Britadeiras móveis
     APLICAÇÃO BETÃO                                        INERTES
                       Centrais                                                 Crivos
                       Máquinas projectar betão                                 Britadeiras
     MOVIMENTO DE      Abre-valas                           COMPACTAÇÃO         Cilindros ligeiros
     TERRAS
                       Buldozer`s                                               Cilindros pesados
                                                            PERFURAÇÃO
                       Dumper`s ligeiros                                        Crawler`s

                       Dumper`s articulados                 ELEVAÇÃO            Empilhadores
                       Dumper's Rigidos                                         Gruas construção civil
                       Escavadoras rastos                                       Gruas móveis
                       Escavadoras rotativas rodas                              Montacargas
                       Motoniveladoras                      GERADORES           Geradores pesados
                       Mini pá-carregadoras                 MARTELOS            Martelos hidráulicos
                       Pá-carregadoras                      MOTORROÇADORAS Motorroçadoras hidráulicas
                       Rectro-escavadoras                   VEÍCULOS PESADOS    Veíc pes mercadorias (2 eixos)
     PRODUÇÃO E        Betop`s                                                  Veíc pes mercadorias (3 eixos)
     APLICAÇÃO
                       Caldeiras ligeiras                                       Veíc pes mercadorias (4 eixos)
     BETUMINOSOS
                                                            PLATAFORMAS
                       Cisternas betuminoso                 DISTRIBUIÇÃO        Plataforma distribuição gasóleo
                                                            GASÓLEO
                                                            TRACTORES
                       Espalhadoras                                             Tractores agrícolas
                                                            AGRÍCOLAS
                       Espalhadoras pneus                   VASSOURAS           Vassouras hidráulicas
                       Fresadoras                                               Vassouras mecânicas
                       Máquinas cortar asfalto              REBOQUES            Atrelados ligeiros
                       Central Grave Emulsão                                    Cisternas água ligeiras
                       Central Grave Cimento                                    Reboques
     COMPRESSORES      Compressores pesados




                                            DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                         10

De salientar também o laboratório de controlo da qualidade (central e obras), centrais de
produção de misturas betuminosas, unidades de britagem, oficinas de serralharia de alumínios e
carpintaria, equipamentos de transporte de máquinas, oficina e serviços de manutenção.


A Gabriel Couto tem os seus Sistemas da Qualidade, Ambiente e Segurança certificados para
todas as actividades, pela APCER, estando implementado um Sistema Integrado (Qualidade,
Segurança e Ambiente), de acordo com as normas NP EN ISO 9001: 2000, NP 4397: 2001 e NP
EN ISO 14001: 2004. A empresa obteve, em Março de 2008, a marcação CE de todas as misturas
betuminosas produzidas pelas suas centrais de fabrico


2.3. Organização
A estrutura organizacional da Gabriel A.S. Couto, S.A., apresenta-se de acordo com o seguinte
organigrama:




                             Figura 1 – Organograma da Empresa




                                   DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
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                          Quadro 3 – Responsabilidades dos Órgãos da Organização
       ÓRGÃO                                             RESPONSABILIDADES
    Administração             Definição das políticas estratégicas e operacionais da empresa;
                              Gestão global da empresa, nas suas vertentes operacional, comercial e financeira;
                              Assegurar os recursos e os meios e a coordenação das diferentes direcções e
                              departamentos.
Direcção da Qualidade         Garantir a operacionalidade do sistema de gestão da qualidade, ambiente e segurança;
                              Coordenação e organização do laboratório central e laboratórios de obra no âmbito da
                              responsabilidade pelo controlo da qualidade das diferentes empreitadas;
                              Garantir uma adequada gestão dos equipamentos de monitorização e medição
                              (EMM’s);
                              Assegurar a implementação e cumprimento dos controlo de produção em fabrica
                              relativo à produção de misturas betuminosas.
   Gabinete Jurídico          Coordenar todas as actividades respeitantes ao foro jurídico;
                              Estudo e enquadramento legal no desenvolvimento dos negócios da empresa.
      Marketing               Gerir de forma integrada as questões de comunicação e imagem da Gabriel Couto;
                              Apoiar a organização e dar a conhecer à sociedade as actividades e assuntos de carácter
                              público, valorizando o seu papel no meio em que se insere e a postura da sua
                              intervenção social;
                              Coordenar a concepção dos suportes gráficos para divulgação dos trabalhos da Gabriel
                              Couto e das tarefas relacionadas com a afirmação da sua imagem e das acções;
                              Desenvolver as suas actividades direccionadas para o exterior, procurando projectar
                              uma imagem positiva da empresa junto dos seus públicos externos.
  Direcção de Obras           Coordenar todas as actividades relativas às obras de vias de comunicação e Infra-
       Públicas               Estruturas;
                              Definição e coordenação das políticas da produção na área de vias de comunicação e I-
                              E;
                              Definição e coordenação da afectação dos meios produtivos.
Direcção de Construção        Coordenar todas as actividades relativas às obras de construção civil;
         Civil                Definição e coordenação das políticas da produção na área da construção civil;
                              Definição e coordenação da afectação dos meios produtivos.
  Direcção Técnica e          Coordenar todas as actividades relativas a orçamentação, planeamento das empreitadas
      Comercial               e controlo de custos;
                              Estudo de projectos nos seus parâmetros de concepção, estabilidade, variantes e
                              processos construtivos, tendo em conta as condições de segurança, preservação do
                              ambiente e qualidade da sua execução;
                              Correcção de erros e omissões, medições de vários tipos;
                              Apoio às direcções de obra na legislação vigente em obras públicas.
Direcção de Logística e       Coordenar todas as actividades relativas à gestão de equipamentos e viaturas;
    Equipamento               Definir as estratégias de investimento em equipamentos fixos e de transporte;
                              Definição das políticas de manutenção correctiva e preventiva dos equipamentos.
 Direcção de Compras          Negociação e aquisição de materiais, serviços e subempreitadas;
                              Gestão de compras de materiais no armazém central;
                              Avaliação de fornecedores de materiais, serviços e subempreitadas.
Direcção dos Sistemas         Coordenar as actividades de manutenção dos sistemas de informação garantindo o seu
    de Informação             bom desempenho;
                              Investigação, desenvolvimento e acompanhamento da realização das actividades dos
                              sistemas de informação SAP;
                              Gestão e manutenção de hardware e apoio de serviços e software aos utilizadores.
Direcção Administrativa       Definição e implementação da política financeira e fiscal da empresa;
     e Financeira             Gestão da política de participações em empresas associadas.

 Direcção de Recursos         Coordenação dos Recursos Humanos;
      Humanos                 Coordenação e organização de todas as actividades de higiene, saúde e segurança no
                              trabalho;
                              Coordenação e organização de todas as actividades da gestão ambiental da Gabriel
                              Couto.

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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                          12

2.4. Centros de Interesses e suas Expectativas


A carteira de obras da Gabriel Couto perspectiva que o objectivo dimensão estará garantido para
2009. De facto, apresenta o valor mais elevado de sempre, com cerca de 145 milhões de euros.


O segmento das Vias e Infra-estruturas é o que apresenta maior representação na carteira de
encomendas, com cerca de 56 milhões de euros. De destacar o “Alargamento da A2 entre
Palmela e o Nó de Setúbal”, para a BRISA, com um valor inscrito na carteira de cerca de 17
milhões de euros. A execução de um troço da Scut do Douro Interior, a iniciar em 2009 tem um
valor de 12 milhões de euros. A construção da Scut dos Açores, onde a Gabriel Couto integra um
agrupamento construtor, representará um volume de facturação de cerca de 7 milhões de euros.
Para o EP – Estradas de Portugal, está em curso a empreitada de “Construção da Variante de
Seia”, com um valor a realizar de cerca de 2,5 milhões de euros. O “Alargamento da A3 entre
Águas Santas e a Maia”, empreitada para a BRISA, apresenta um valor a realizar de cerca de 7
milhões de euros. Nas “Obras Hidráulicas” são de destacar a execução de duas empreitadas para a
EDIA – Empresa de Desenvolvimento das Infra-estruturas do Alqueva, que no seu conjunto
ascendem a cerca de 6 milhões de euros. Para a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro
está em curso a empreitada de “Construção de ETARS no Douro Sul – Lote 1”, com um valor a
realizar de 1,7 milhões de euros.


No segmento da Construção Civil, de destacar a participação da Gabriel Couto no ACE que está a
realizar para a empresa Parque Escolar, EPE uma empreitada de “Modernização do Parque
Escolar Destinado ao Ensino Secundário” intervindo em diversas escolas. O valor a realizar em
2009 é de 13,5 milhões de euros. Este segmento de actividade apresenta já um valor de cerca de
33 milhões de euros de trabalhos a executar. O plano de recuperação escolar que está a ser levado
a cabo pela Parque Escolar e pelas Autarquias permite augurar que o valor desta área de negócio
tenderá a elevar-se de forma significativa.


As empreitadas ligadas à construção de parques de Energia Eólica tem representado nos últimos
anos um papel preponderante na actividade da empresa. Está assegurado que nos próximos anos
esta importância não decrescerá. De facto estão já em curso as empreitadas para a ENEOP que
representam um volume de facturação estimado de 40 milhões de euros.




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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                          13

O sector da “Promoção Própria” de empreendimentos imobiliários, em face da grave crise que tem
afectado o sector da construção de edifícios para habitação, apresenta uma redução do seu peso
na produção global da empresa. Estão em curso empreendimentos imobiliários em V. N. de
Famalicão – Complexo Habitacional em Calendário – e na Maia – Empreendimento Habitacional
e Comercial em Moutidos. No conjunto este segmento apresenta na carteira de obras um valor de
cerca de 6,5 milhões de euros.


Para 2009, a Gabriel Couto espera reforçar, em parceria com duas empresas do sector, a presença
e o valor da facturação na Roménia, onde, para além do mercado das obras públicas, está a
desenvolver trabalhos na construção de parques eólicos, que apresenta um dinamismo assinalável.
Angola é um mercado prioritário da internacionalização e, por isso, durante 2009 a Gabriel Couto
espera reforçar a presença neste país de língua oficial portuguesa.


2.5. Áreas Homogéneas de Negócios


Tal como já foi mencionado, a área central de desenvolvimento e aprofundamento dos negócios
assenta na construção civil e obras públicas. Porém, áreas específicas e complementares têm sido
integradas no universo de negócios da empresa, quer através da participação directa, quer através
da participação em empresas especificamente dedicadas ao desenvolvimento de actividades
nessas áreas. Os investimentos efectuados na participação de capital em empresas associadas
representam já uma parcela significativa dos investimentos globais da empresa. Apresentam-se de
seguida as principais participações:




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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                      14

                               Quadro 4 – Empresas participadas da GASC
              EMPRESA                             ACTIVIDADE                  CRIAÇÃO/AQUISIÇÃO
   Abrical – Areias, Granitos e          Exploração de pedreiras e          Adquirida em 1998
   Calcários, Lda                        britagem de inertes.
   AGE – Energias Renováveis, Lda        Energias Renováveis                Criada em 2002
   Comasa – Intervenção na área da       Geotecnia                          Criada em 1987
   Geotecnia
   Euroscut – Sociedade                  Construção e Concessão de Auto-    Criada em 2000
   Concessionária da Scut do             Estradas no sistema de “sem
   Algarve, S.A.                         cobrança do cliente-scut”
   Euroscut Norte – Sociedade            Construção e Concessão de Auto-    Criada em 2001
   Concessionária da Scut do Norte       Estradas no sistema de “sem
   Litoral, S.A.                         cobrança do cliente-scut”
   Euroscut Açores – Sociedade           Construção e Concessão de Auto-    Criada em 2006
   Concessionária da Scut dos            Estradas no sistema de “sem
   Açores, S.A.                          cobrança do cliente-scut”
   Fapre – Fábrica de Pré-               Fabricação de pré-esforçados       Criada em 1967
   Esforçados, S.A.
   Pontalta – Promoção Imobiliária,      Imobiliária
   S.A.

   Parque F – Parques de                 Exploração de parques de           Criada em 2000
   Estacionamento de Famalicão,          estacionamento
   S.A.




2.6. Estratégia Actual


A estratégia actual da Gabriel Couto passa pelo aprofundamento da sua actividade internacional e
pela expansão e diversificação para outras áreas de negócio, através de parcerias estratégicas que
potenciem sinergias e penetração em novos mercados, bem como a diluição de riscos. Neste
campo, a empresa detém já participações nas seguintes áreas:
   • Concessão de Auto-estradas: Euroscut (A28, A22 e futura Euroscut Açores)
   • Parque F – Parques de Estacionamento
   • Lamego Renova, S.A. (regime de PPP)


Internamente, e a curto prazo os objectivos da empresa são a estabilização da sua estrutura
garantindo um volume de negócios na ordem dos 100 M€ /ano e um custo de estrutura de 6%
do seu volume de facturação.




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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO        15




                         PARTE                  II


                              Análise Estratégica
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                            16

3. ANÁLISE AMBIENTAL


3.1. ENQUADRAMENTO ACTUAL


3.1.1. INTERNACIONAL


O ano de 2008 fica profundamente associado à propagação da crise do mercado de crédito
hipotecário de alto risco norte-americano a demais segmentos de mercado, geografias e sectores
económicos. A instabilidade financeira tornou-se denominador comum nos mercados e a
degradação na actividade económica disseminou-se por países de elevado crescimento. A acção
dos efeitos da globalização, mas em sentido reverso, amplificou ajustamentos e precipitou a
economia mundial num clima de incerteza de aversão ao risco complexo e de difícil erradicação.
O agravamento vertiginoso da conjuntura e o enraizar de um ciclo vicioso de reforço de
estímulos negativos entre sector financeiro e actividade económica suscitou a intervenção
coordenada de governos, bancos centrais e outros agentes económicos, através da adopção de
políticas de estímulo à actividade e de suporte aos mercados financeiros sem precedentes.
Contudo, não deverão evitar um ano 2009 de fraco crescimento económico mundial e de
pressões desinflacionistas, num ambiente muito complexo e delicado no plano social, político e
institucional.


Depois de vários anos de crescimento económico consistente, a economia mundial enfrenta o
risco de recessão e de deflação. Nos mercados internacionais, o petróleo apresentou um
comportamento extremamente volátil, tendo alcançado os 134 USD em Julho e os 45 USD em
Dezembro. Este comportamento implicou preços médios de 99 USD. Estima-se que o Petróleo
retome a sua trajectória ascendente no segundo trimestre de 2009, com um preço médio acima de
50 USD em 2009 e acima de 60 USD em 2010. Paralelamente ao petróleo, as matérias-primas não
energéticas, excluindo alguns metais preciosos como o ouro, apresentaram o mesmo padrão,
gerando pressões inflacionistas por todo o globo e, com o agravar da crise, uma ruptura da sua
procura que levou os preços a correcções violentas. O ouro, utilizado ora como escudo contra a
inflação ora como investimento seguro viu o seu valor aumentar de uma forma mais consistente e
sustentada.
Este cenário foi agravado pela subida da inflação, que contribuiu para a desconfiança generalizada
que se registou nos mercados financeiros. Por seu turno, nos meses de Outono de 2008 registou-
se a maior quebra bolsista desde 1987. Viveu-se o impacto real do subprime nos mercados


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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                           17

financeiros internacionais, que até então se limitava ao mercado imobiliário norte-americano, o
que provocou o desmoronar dos pressupostos em que assentava a banca de investimento até
então e lançou uma crise generalizada no sistema financeiro internacional. A economia mundial
registou por isso em 2008 uma das suas fases mais turbulentas de sempre. Os primeiros
trimestres do ano ficaram marcados pela especulação que se registou em torno dos preços do
petróleo, aliada ao aumento dos preços das matérias-primas, o que provocou uma acentuada
desaceleração do crescimento económico mundial, que no primeiro trimestre recuou 4,5 pontos
percentuais (p.p.) face ao período homólogo, afectando tanto as economias desenvolvidas como
as emergentes.


A economia europeia que aparentava resistência à crise do imobiliário norte-americano veio a
revelar o oposto. Diversos gigantes financeiros europeus estavam expostos ao subprime e com o
colapso geral das bolsas e quebra de confiança entre instituições financeiras a dificuldade em
obter financiamento, tanto no mercado de capitais como na banca, levou a que diversas entidades
tivessem de ser intervencionadas. O FMI registou um crescimento do PIB da zona euro de 1% e
projecta crescimentos de -2% e 0,2% para 2009 e 2010 respectivamente. No ano de 2008 o euro
valorizou 6,9% em relação ao dólar americano, em 2009 o Banco de Portugal (BdP) antecipa uma
inversão drástica da situação para uma desvalorização de 13%. O Banco Mundial registou uma
taxa de juro média a 6 meses de 4,9% em 2008 e, para o biénio seguinte, projecta taxas de 3,8% e
4,2%.


3.1.2. NACIONAL


À semelhança das restantes economias desenvolvidas, em 2008, a portuguesa registou forte
abrandamento da actividade económica e as expectativas para os anos seguintes são
extremamente negativas.


O Produto Interno Bruto (PIB) registou uma taxa de crescimento de 0,3% em 2008, e as
últimas projecções do BdP apontam para decréscimos de 0,8% em 2009 e de 0,3% em 2010.
Note-se que o comportamento do PIB é explicado por uma quebra da procura, consequência do
aumento do desemprego, das restrições de crédito a empresas e famílias, falta de confiança na
economia e nas instituições e pela redução expressiva das exportações (estimativa de -3.9% em
2009).




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GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                            18

A taxa de inflação situou-se nos 2.7% em 2008 e projecta-se 1% e 2% para 2009 e 2010
respectivamente. Estas taxas, desconfortavelmente baixas, são justificadas maioritariamente pelas
quebras do preço do petróleo e das matérias-primas não energéticas, mas também pelas
restrições ao crédito e quebra de confiança dos consumidores. Importa ainda realçar que, no
quadro da União Monetária Europeia, deseja-se uma inflação abaixo, mas próxima, dos 2%, e que
o risco de um ciclo longo de crescimento nulo e deflação, embora improvável, existe.
De acordo com BdP o emprego registou um aumento de 0,5% em 2008 fruto essencialmente do
incremento verificado no primeiro semestre, situação que deve inverter para -1% em 2009 e -
0,2% em 2010. Este aumento conjugado com o recurso a crédito pelas famílias (e consequente
redução da taxa de poupança) levou a que o consumo privado apresentasse um abrandamento
marginal.


                             Quadro 5 – Indicadores Económicos




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3.1.3. MERCADOS EXTERNOS


IRLANDA


Apesar de uma redução do crescimento económico, em 2008, a Irlanda tem hoje o quinto PIB
per capita mais elevado do mundo, e o sétimo PIB per capita considerando a paridade do poder
de compra. A Irlanda tem também o quinto IDH mais elevado do mundo. O país também se
orgulha de ter a mais alta qualidade de vida do mundo, estando em primeiro lugar no ranking do
índice de qualidade de vida do Economist Intelligence Unit. A Irlanda foi a sexta classificada no
Índice Global da Paz. A Irlanda também tem uma alta classificação no seu sistema de ensino, na
liberdade política e direitos civis, na liberdade de imprensa e na liberdade económica, a qual foi
também classificada como o quarto país do Índice Failed States, sendo um dos poucos países
"sustentáveis" em todo o mundo. A Irlanda tem emergido como um destino atraente para
imigrantes estrangeiros, que hoje totalizam aproximadamente 10% da população. A população da
Irlanda é a que tem o maior crescimento na Europa, com uma taxa de crescimento anual de
2,5%.


ROMÉNIA


Com uma dimensão geográfica e populacional duas vezes maior que as de Portugal, a Roménia
registou nos últimos cinco anos, segundo o ICEP, um crescimento económico significativo, com
o PIB a variar entre os quatro e os 8,4 por cento, uma taxa de inflação que caiu de 40,7 por cento,
em 2000, para 4,8 por cento no ano passado e uma taxa de desemprego praticamente constante
durante o mesmo período: 7,2% e 7,9% respectivamente no ano passado. A dívida externa
cresceu, nos últimos três anos, um por cento, sendo de 31,1% do PIB em 2006. Ao crescimento
económico acelerado da Roménia, com um aumento substancial do consumo privado, da
desinflação gradual e perspectivas futuras da sua estabilização, fruto de uma política monetária
restritiva adoptada pelo Banco Central, acrescentem--se as boas perspectivas provenientes da sua
adesão à UE e a subida acelerada dos investimentos, incluindo do investimento directo
estrangeiro (quatro mil milhões de euros até Julho), contra o elevado défice da balança corrente,
apesar dos resultados históricos esperados do IDE (balança comercial fortemente deficitária
devido à pressão na procura de produtos importados).




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MOÇAMBIQUE


O cenário-base projecta taxas de crescimento económico acima dos 7%. Os sectores da
agricultura, comércio e transportes irão desempenhar um importante papel no crescimento,
contribuindo para a integração da economia nacional. De acordo com fontes locais, as receitas
públicas passarão de 67 milhões de USD em 2005 para 215 milhões de USD em 2015, a preços
constantes. Quanto à componente externa, muito importante dado que Moçambique apresenta
uma forte dependência de fluxos internacionais, as importações deverão representar 28% do PIB
e as exportações 7% (excluindo as importações e exportações dos mega projectos); as projecções
desta componente pressupõem uma evolução positiva das exportações e a manutenção da ajuda
externa, a qual desempenha um papel crucial para financiar o défice da conta corrente e assegurar
a estabilidade económica face ao exterior. As reservas internacionais diminuirão gradualmente, o
que trará pressões acrescidas sobre a taxa de câmbio. Estas projecções assentam num valor de
recursos externos, em dólares, disponível para financiar as despesas do Estado praticamente
constante a partir de 2006 e, por outro lado, no aumento real das receitas fiscais.


ANGOLA


Em 2008, o PIB de Angola teve um crescimento de 16%, tendo a actividade do sector petrolífero
registado um crescimento de 13%, em comparação com 19% observada nos sectores não
petrolíferos. Com efeito, à medida que a produção de petróleo vai convergindo com a sua quota
de referência na OPEP, a economia angolana vai apresentando cada vez mais sinais de
diversificação económica, reduzindo assim a sua dependência das exportações de petróleo. No
entanto, o sector petrolífero continua a representar 58% do PIB. O sector diamantífero foi
severamente afectado pela queda no preço dos diamantes, no entanto, a Endiama tem 100
projectos de concessão mineira à disposição de investidores privados e espera atingir uma
produção de 17/19 milhões de quilates este ano. A taxa de inflação foi de 13,3%, acima do
objectivo de 10%, e a sua moeda, o Kwanza, manteve a sua paridade relativamente ao dólar. No
entanto, em Dezembro, quando a inflação importada por via do USD já não era evidente, a taxa
de variação mensal foi de 1,78%, o que levou as autoridades monetárias a subir a taxa de juro de
redesconto de 19,5% para 25% e a aumentar as reservas obrigatórias de 15% para 20%.




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3.2. MEIO ENVOLVENTE CONTEXTUAL
                 Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual
CONTEXTO                        TENDÊNCIAS                                                 IMPACTO
Económico        Contracção do crescimento da generalidade das               × Redução significativa do volume de
                 economias mundiais e crescimento das economias              vendas;
                 emergentes com níveis historicamente baixos;
                 Contracção do investimento;                                 × Redução significativa do volume de
                                                                             vendas;
                 Contracção das exportações;                                 × Redução significativa do volume de
                                                                             vendas;
                 Contracção significativa do consumo privado,                × Redução significativa do volume de
                 nomeadamente o consumo de bens duradouros;                  vendas;
                 Grau significativo de restritividade das condições          × Dificuldades de acesso ao
                 de financiamento à escala global;                           financiamento;
                 Regularização progressiva da situação nos                   + Aumento da confiança dos
                 mercados financeiros internacionais;                        consumidores;
                 Manutenção das taxas de juro em níveis mais                 + Manutenção do custo do capital alheio;
                 baixos do que os registados em 2008;                        Favorável aos investimentos;
                 Redução gradual do prémio de risco;                         + Redução do custo do capital próprio;
                 A procura externa dirigida às empresas                      + Aumento das margens de lucro no
                 portuguesas deverá retomar uma trajectória de               mercado externo;
                 crescimento na segunda metade do ano;
                 Contracção da procura interna;                              × Redução das margens de lucro no
                                                                             mercado interno;
                 Abrandamento significativo das importações;                 + Mais consumo interno;
                 Aumento das necessidades de financiamento da                × Menos investimentos públicos;
                 economia portuguesa em 2010
                 Redução temporária da taxa de inflacção e                   × Flutuação excessiva dos preços;
                 posterior aumento em 2010;
                 Fraco crescimento projectado para os preços dos             + Aumento pouco significativo dos custos;
                 bens não energéticos e serviços;                            × Diminuição do investimento
                 Subida continuada do preço do petróleo;                     × Aumento dos custos dos combustíveis e
                                                                             dos betuminosos;
Político-Legal   Instabilidade política motivada por eleição de              × Indefinição de políticas de investimento
                 governo minoritário e/ou mudança de partido no              público;
                 governo;                                                    × Adiamento de investimentos previstos;
                 Legislação laboral mais flexível;                           + Diminuição do custo da mão-de-obra;
                 Adopção de medidas de estímulo orçamental, de               + Manutenção do nível emprego e poder
                 natureza fundamentalmente temporária, e                     de compra;
                 orientada para as famílias e empresas                       + Reforço da protecção social;
                 potencialmente mais afectados pela crise;
                 Governos em todo o mundo têm procurado                      + Geração de novos investimentos;
                 combater a recessão implementando planos de                 + Dinamização da procura;
                 relançamento económico                                      + Manutenção do nível emprego e poder
                                                                             de compra;
                 Aumento do apoio dos governos às empresas;                  + Aumento da liquidez das empresas;
                                                                             + Redução das situações de insolvência;
                 Legislação ambiental mais severa;                           × Aumento dos custos;
                                                                             + Melhoria das condições de concorrência;
                 Aumento do IRS para escalões de rendimentos                 × Desmotivação dos quadros de topo das
                 mais elevados;                                              empresas e abandono do mercado
                                                                             nacional.
                          Legenda: + Impacte Positivo ; × Impacte Negativo ; Ø Impacte Neutro



                                        DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                             22

           Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual (continuação)
CONTEXTO                          TENDÊNCIAS                                              IMPACTO
Sócio-Cultural   Envelhecimento da população, em resultado da                × Menor disponibilidade de mão-de-obra;
                 redução da fecundidade, do aumento da esperança
                 de vida e redução do saldo migratório;
                 Novo modelo familiar no país com a redução do               + Aumento das necessidades de habitação;
                 número de casamentos, o forte acréscimo dos
                 nascimentos com coabitação dos pais, o aumento
                 dos divórcios e da idade média do casamento;
                 Redução da Emigração definitiva e manutenção da             + Aumento da mão-de-obra disponível;
                 Emigração temporária;
                 Aumento da Imigração, nomeadamente de países                + Aumento da mão-de-obra mais barata;
                 de Leste;
                 Redução da população activa;                                × Menor disponibilidade de mão-de-obra;
                 Aumento do nível de escolaridade;                           + Especialização da mão-de-obra;
                 Aumento na desigualdade da distribuição dos                 + Redução do custo da mão-de-obra;
                 rendimentos, com forte perda de poder de compra             × Instabilidade social;
                 da classe média, aumento da pobreza mundial e
                 estrangulamento dos níveis intermédios da
                 pirâmide social;
                 Manutenção do diferencial de remuneração                    Ø Sem efeito pronunciado;
                 Homem/Mulher;
                 Aumento do desemprego, nomeadamente o                       × Redução do poder de compra dos
                 desemprego de longa duração;                                consumidores;
Tecnológico e    Aumento da preocupação com o aquecimento                    × Aumento dos custos de construção;
Ambiental        global e as emissões de resíduos poluentes;                 + Novas oportunidades de negócios,
                                                                             nomeadamente nas energias renováveis;
                 Promoção da utilização de energias renováveis,              + Novas oportunidades de negócios;
                 nomeadamente eólica, hídrica e solar;                       + Aumento do volume de vendas;
                 Promoção da eficiência energética e das redes de            + Novas oportunidades de negócios;
                 transporte de energia;                                      + Aumento do volume de vendas;
                 Melhoria das infra-estruturas e transportes                 + Novas oportunidades de negócios;
                 ferroviários com redes de alta velocidade;                  + Aumento do volume de vendas;
                 Modernização da infra-estrutura tecnológica –               + Novas oportunidades de negócios;
                 redes de banda larga de nova geração e                      + Aumento do volume de vendas;
                 consequente aumento da velocidade de
                 transferência de informação;
                 Aumento da normalização e certificação dos                  + Melhoria da qualidade da construção;
                 produtos e serviços, nomeadamente da construção
                 civil;
                 Maior controlo na gestão de resíduos;                       × Aumento dos custos de construção;
                                                                             + Melhoria da sustentabilidade da
                                                                             construção.
                          Legenda: + Impacte Positivo ; × Impacte Negativo ; Ø Impacte Neutro




                                        DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
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3.3. MEIO ENVOLVENTE TRANSACCIONAL


O meio envolvente transaccional é constituído por todos os agentes e factores que interagem
directamente com a indústria em que a empresa actua. O seu impacte no desempenho económico
dos vários concorrentes tende a ser por isso bastante acentuado e rápido. Os principais elementos
que integram o meio envolvente transaccional de qualquer empresa são:
        Clientes – consumidores actuais ou potenciais dos bens e serviços oferecidos pela
        indústria; em conjunto, constituem o mercado ou a procura;
        Concorrentes – competidores actuais e potenciais, bem como produtos substitutos, que
        satisfazem as mesmas necessidades do mercado; em conjunto constituem a indústria ou a
        oferta;
        Fornecedores – agentes económicos que prestam serviços ou vendem produtos à
        indústria;
        Comunidade – organizações, indivíduos e factores que partilham recursos e têm
        interesses directa ou indirectamente relacionados com o mercado e a indústria.


                  Quadro 7 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Transaccional
       Contexto               Tendências                                      Impacto
Clientes                Mais segmentos de         + Maior mercado;
                        mercado                   + Maior Volume de Negócios;
Concorrentes            Aquisições e fusões       + Menos concorrentes;
                                                  × Concorrentes mais fortes;
                        Menos equipamentos e      + Menor capacidade produtiva dos concorrentes;
                        estrutura                 × Estruturas mais ligeiras; Preços mais competitivos;
Fornecedores            Aquisições e fusões       × Menos concorrência;
                                                  × Maior capacidade negocial dos fornecedores;
                                                  × Custos mais elevados;
Comunidade              Sindicatos com maior      × Maior poder negocial dos trabalhadores;
                        dimensão




                                       DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                     24

                   Quadro 8 – Síntese dos clientes segmentados por actividade e produto
Situação       Actividade                       Produto                                    Clientes
Cliente        Vias            Estradas                                   Estado
Actual         Rodoviárias     Pontes e Viadutos                          Empresas Públicas
                                                                          Autarquias
                                                                          Concessões Rodoviárias
               Ambiente        Redes de Abastecimento de Água             Serviços Municipalizados
                               Redes de Saneamento                        Empresas Municipais
                               Estações Tratamento Águas Residuais        Empresas Públicas
                               Estações Tratamento Águas
               Construção      Escolas                                    Estado
               Civil           Ed. Habitacionais                          Privados
                               Complexos Comerciais                       Empresas Mercado a Retalho e Distribuição
                               Complexos Turísticos                       Empresas de Hotelaria
                               Ed. Industriais                            Empresas Industriais de Vários Sectores
               Energias        Parque Eólicos                             Fabricantes de Aerogeradores
               Renováveis      Mini-Hídricas                              Empresas Privadas de Exploração de Energia
                                                                          Empresas Municipais
                                                                          Empresas Públicas
Cliente        -               -                                          -
Potencial




                                        Quadro 9 – Síntese de Fornecedores
Empresas                      Grupos de Fornecedores segmentados quanto à natureza da compra
Galp; Cepsa                   Produtores de Betumes
Mota-Engil Agregados          Pedreiras / Inertes
Sicobrita; Agrepor
Betão Liz; Unibetão           Centrais de Betão
Sardaço; Nordesfer            Siderúrgicas
Jayme da Costa;               Subempreiteiros especializados de construção civil
Edibarra; JFPinheiro




                            Quadro 10 – Síntese dos Agentes e Grupos de Interesse
            Grupos                                              Agentes de Interesse
Sindicatos                         Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil
Associações                        APORBET – Associação Portuguesa Fabricante de Misturas Betuminosas
                                   AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas
                                   AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços
                                   ANEOP – Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas




                                              DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
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                             Quadro 11 – Síntese dos concorrentes
      Empresa                     Descrição                                           Análise
EUSÉBIOS &         Data de Fundação: 1942                            Capacidades:
FILHOS, SA         Sede: Amares, Braga                             Elevada     capacidade   em    gestão     de
                   Nº Colaboradores: 500                           subempreitadas de construção civil. Falta de
                                                                   meios próprios.
                   Volume de Negócios: 80m€
                                                                     Objectivos:
                   Crescimento Anual: 20%
                                                                   Aumentar o volume de negócios para 100m€.
                   Mercados:
                                                                     Estratégia:
                Portugal, Espanha, Bélgica, Marrocos,
                Argélia, Líbia e Angola.                           Internacionalização
                   Áreas de Actuação:                                Pressupostos:
                Construção civil (edifícios residenciais,          Mercado nacional com fracas oportunidades.
                escolas, instalações desportivas, edifícios de
                escritórios, piscinas, fábricas, áreas de lazer,
                igrejas, câmaras municipais); Engenharia civil
                (infra-estruturas rodoviárias); Engenharia
                ambiental (estações de tratamento de águas);
                Comércio de Materiais de Construção.
CASAIS            Data de Fundação: 1958                              Capacidades:
                  Sede: Braga                                      Capacidade própria para executar empreitadas
                  Nº Colaboradores:                                de construção civil de elevado nível de
                                                                   complexidade.
                  Volume de Negócios: 200m€
                                                                      Objectivos:
                  Crescimento Anual: 29%
                                                                   Aumentar o volume de negócios para 300m€;
                  Mercados:
                                                                      Estratégia:
                Portugal, Angola, Alemanha, Espanha,
                Bélgica, Gibraltar, Rússia, Marrocos,              Internacionalização      e     diversificação.
                Cazaquistão                                        Privilegiar    as    parcerias    estratégicas,
                                                                   nomeadamente com a Galp Energia no
                  Áreas de Actuação:
                                                                   desenvolvimento de mini-hídricas.
                Obras Especiais, Edíficios Públicos e
                                                                      Pressupostos:
                Privados,      Industriais,    Desportivos,
                Infraestruturas Hidraúlicas, Reabilitação,         Mercado da construção civil nacional com
                Obras de Arte, Turismo, Indústria, Ambiente        fracas oportunidades.
                e Energia;
DST                Data de Fundação:                                 Capacidades:
                   Sede: Braga                                     Forte componente empreendedora
                   Nº Colaboradores: 230                             Objectivos:
                   Volume de Negócios: 150m€                       Aumentar o volume de negócios para 300m€;
                   Crescimento Anual: 31%                            Estratégia:
                   Mercados:                                       Internacionalização e Diversificação não
                Portugal, Hungria, Polónia, Eslováquia,            correlacionada, nomeadamente em energias
                Roménia, Hungria, Brasil, Angola e Argélia         renováveis (energia eólica e solar), concessões
                                                                   municipais de água e fibra óptica.
                   Áreas de Actuação:
                                                                     Pressupostos:
                Construção, engenharia, águas e saneamento,
                telecomunicações e energias renováveis;            Mercado da construção civil é demasiado
                                                                   restito face às ambições da empresa.




                                    DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                           26

                   Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação)
   Empresa                      Descrição                                          Análise
ALBERTO           Data de Fundação: 1982                          Capacidades:
COUTO ALVES       Sede: Braga                                   Forte qualificação em obras rodoviárias e de
CONSTRUÇÕES,                                                    requalificação urbana.
                  Nº Colaboradores: 1500
SA                                                                Objectivos:
                  Volume de Negócios: 150m€
                  Crescimento Anual: 27%                        Aumentar o volume de negócios para 250m€;
                  Mercados:                                       Estratégia:
               Portugal, Leste Europeu, Norte de África e       Internacionalização; Reforço da posição da
               Angola                                           produção de pré-fabricados de betão em
                                                                Angola.
                  Áreas de Actuação:
                                                                  Pressupostos:
               Construção de obras rodoviárias, obras de
               arte, trabalhos de requalificação e inserção     A competência central reside nas obras
               urbana, infra-estruturas e construção civil.     rodoviárias,    área   onde    tem     maior
                                                                rentabilidade.
J. GOMES         Data de Fundação: 1968                            Capacidades:
                 Sede: Braga                                    Competência elevada na execução e
                 Nº Colaboradores: 300                          coordenação de obras de construção civil.
                 Volume de Negócios: 60m€                          Objectivos:
                 Crescimento Anual: 18%                         Aumentar o volume de negócios para 80m€;
                 Mercados:                                         Estratégia:
               Portugal, Leste Europeu, Norte de África e       Internacionalização
               Angola                                              Pressupostos:
                 Áreas de Actuação:                             A competência central reside na construção
               Construção de Habitação, edifícios não           civil..
               residenciais, comércio e indústria, educação e
               saúde, obras de engenharia e infra-estruturas,
               recuperação e remodelação.
ABB –             Data de Fundação: 1950                          Capacidades:
ALEXANDRE         Sede: Braga                                   Equipamentos próprios.
BARBOSA                                                           Objectivos:
                  Nº Colaboradores: 420
BORGES, SA
                  Volume de Negócios: 48m€                      Aumentar o volume de negócios para 55m€;
                  Crescimento Anual: 9%                           Estratégia:
                  Mercados:                                     Internacionalização    e     diversificação,
               Portugal, Angola, Polónia                        nomeadamente nas concessões municipais de
                                                                água.
                  Áreas de Actuação:
                                                                  Pressupostos:
               Terraplenagens; Tratamento        de   águas,
               efluentes e resíduos.                            Empresa tem necessidade de diversificar as
                                                                suas áreas de negócio.
MONTE            Data de Fundação: 2004 (Fusão)                   Capacidades:
ADRIANO          Sede: Póvoa de Varzim                          Forte competência na execução de vias de
                 Nº Colaboradores: 1350                         comunicação e infra-estruturas.
                 Volume de Negócios: 267m€                        Objectivos:
                 Crescimento Anual: 10%                         Aumentar o volume de negócios para 320m€;
                 Mercados:                                        Estratégia:
               Portugal, Angola, Cabo Verde, Espanha,           Diversificação     e      internacionalização,
               Roménia e Marrocos.                              nomeadamente para o Médio Oriente. Posição
                                                                de destaque na comercialização de
                 Áreas de Actuação:
                                                                betuminosos     em      Angola.    Promoção
               Produção de inertes e betuminosos, vias de       Imobiliária em Angola.
               comunicação, obras de arte, infra-estruturas
                                                                  Pressupostos:
               ferroviárias,  fundações,   terraplanagens,
               ETA’s, ETAR’s, saneamento e abastecimento        Mercado nacional saturado e em declíneo.
               de água

                                  DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                          27

                 Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação)
   Empresa                    Descrição                                         Análise
FDO             Data de Fundação: 1980                         Capacidades:
                Sede: Braga                                  Forte       componente        empreendedora.
                Nº Colaboradores:                            Dificuldade na obtenção de crédito, subida
                                                             dos preços das matérias-primas.
                Volume de Negócios: 169m€
                                                               Objectivos:
                Crescimento Anual: 57%
                                                             Sustentar o crescimento rentável do negócio.
                Mercados:
                                                               Estratégia:
             Portugal, Angola, Marrocos, Espanha,
             França, Polónia e Brasil                        Internacionalização (baseada em parcerias
                                                             com promotores locais) e diversificação,
                Áreas de Actuação:
                                                             nomeadamente no segmento das Energias
             Construção Civil e Obras Públicas,              Renováveis e do Ambiente.
             imobiliária, infra-estruturas, reabilitação,
                                                               Pressupostos:
             comercialização de materiais de construção,
             serralharia, fundações especiais, turismo,      Empresa irá passar de uma empresa de
             ambiente e energia, centros comerciais,         construção a um grupo económico
             parques de estacionamento, transportes e        diversificado a médio prazo.
             aluguer de equipamentos.
TECNOVIA       Data de Fundação: 1973                           Capacidades:
               Sede: Porto Salvo                             Forte competência na construção de grandes
               Nº Colaboradores: 870                         infra-estruturas. Equipamentos próprios.
               Volume de Negócios: 300m€                        Objectivos:
               Crescimento Anual: 17%                        Aumentar o volume de negócios para 400m€;
               Mercados:                                        Estratégia:
             Portugal, Angola, Brasil, Marrocos e São        Consolidação       do    mercado     nacional.
             Tomé e Príncipe                                 Internacionalização.      Diversficação     e
                                                             desenvolvimento de parcerias público-
               Áreas de Actuação:
                                                             privadas no âmbito da construção e serviços,
             Vias de Comunicação, Obras de Arte, Obras       assim como aumentar a proximidade
             Marítimas,      Requalificação      Urbana,     empresa/cliente.
             Construção Civil e Aeroportuárias, Estações
                                                                Pressupostos:
             de Tratamento de Água, Infra-estruturas,
             Concessões Rodoviárias e Parques de             O mercado nacional ainda tem margem de
             Estacionamento.                                 crescimento. O mercado internacional
                                                             constitui uma aposta para acelerar o
                                                             crescimento.
AMÂNDIO        Data de Fundação: 1960                          Capacidades:
CARVALHO       Sede: Vila Nova de Famalicão                  Forte competência na construção de vias de
               Nº Colaboradores: 325                         comunicação.
               Volume de Negócios: 60m€                        Objectivos:
               Crescimento Anual: %                          Aumentar o volume de negócios para 70m€;
               Mercados:                                       Estratégia:
             Portugal, ???                                   Internacionalização. Desenvolvimento de
                                                             parcerias estratégicas.
               Áreas de Actuação:
                                                               Pressupostos:
             Construção e conservação de estradas e infra-
             estruturas urbanas estendendo-se aos sub-       Mercado nacional com fracas oportunidades.
             sectores das infra-estruturas hidráulicas,
             arranjos urbanísticos e ambiente.




                                DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                         28

                    Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação)
   Empresa                       Descrição                                         Análise
JAIME RIBEIRO     Data de Fundação: 1960                           Capacidades:
& FILHOS, SA      Sede: Vila Nova de Gaia                        Elevada     capacidade   em     gestão    de
                  Nº Colaboradores: 382                          subempreitadas de construção civil. Falta de
                                                                 meios próprios.
                  Volume de Negócios: 46m€
                                                                   Objectivos:
                  Crescimento Anual: 10%
                                                                 Aumentar o volume de negócios para 50m€;
                  Mercados:
                                                                   Estratégia:
                Portugal, Angola e Marrocos
                                                                 Internacionalização
                  Áreas de Actuação:
                                                                   Pressupostos:
                Obras de Urbanização; Edifícios; Geotecnia;
                Obras Hidráulicas; Túneis; Vias-férreas          Mercado nacional saturado e em declíneo.
ROSAS             Data de Fundação: 1964                           Capacidades:
CONSTRUTORES,     Sede: Águeda                                   Forte competência na execução de vias de
SA (GRUPO FCC                                                    comunicação e infra-estruturas.
                  Nº Colaboradores: 484
Construcción)                                                      Objectivos:
                  Volume de Negócios: 55m€
                  Crescimento Anual: 10%                         Aumentar o volume de negócios para 60m€.
                  Mercados:                                        Estratégia:
                Portugal                                         Diferenciação. Consolidar a actual cota de
                                                                 mercado.
                  Áreas de Actuação:
                                                                   Pressupostos:
                Vias de comunicação, obras de artes e infra-
                estruturas e produção de misturas                O mercado nacional ainda tem margem de
                betuminosas                                      crescimento.
OPWAY              Data de Fundação: 2008 (Fusão)                  Capacidades:
ENGENHARIA,        Sede: Lisboa                                  Leque alargado de competências centrais.
SA                                                               Forte endividamento bancário.
                   Nº Colaboradores: 810
                   Volume de Negócios: 550m€                       Objectivos:
                   Crescimento Anual: 27%                        Aumentar o volume de negócios para 700m€.
                   Mercados:                                     Atingir 80% do volume de facturação com
                Portugal, Espanha, Argélia, Angola, Brasil,      origem internacional.
                Moçambique, Cabo Verde, Congo.                     Estratégia:
                   Áreas de Actuação:                            Internacionalização nomeadamente nos países
                Vias de comunicação (infra estruturas            emergentes no sector das infra-estruturas;
                ferroviárias, infra estruturas aeroportuárias,   Diversificação de actividades; Liderança de
                estradas, pontes e viadutos), Obras marítimas,   Mercado.
                Obras subterrâneas, Construção civil,              Pressupostos:
                urbanística     e     indústria,    Hidráulico   Empresa de engenharia global, integrando
                (barragens), Fundação e Geotecnia, infra-        todas as componentes de realização de um
                estruturas de gás, água, telecomunicações e      projecto, desde a montagem à manutenção,
                electricidade, Concessões, cerâmicas e           passando naturalmente pela construção.
                indústria de pré-fabricados.




                                   DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                                 29

Os grupos estratégicos de uma indústria constituem conjuntos de empresas de um dado sector
que adoptam estratégias idênticas ou semelhantes em função de determinadas variáveis.


                                    Quadro 12 – Mapas de Grupos Estratégicos
   ÁREA ACTUAÇÃO
      Abrangente     9                                   FDO +                  Tecnovia                    OPWAY
                                                         Casais

                     8
                     7
                     6   Jaime                  DST                             Monte
                         Ribeiro                                                Adriano

                     5              GASC        ACA


                     4              Rosas +
                                    Eusébios

                     3
                         ABB +      J.Gomes
                     2   Amândio

     Especializada   1
                         50m€        100          150     200        250         300         350      400    450m€
                         Pequena                                    Média                                   Grande    DIMENSÃO



   ÁREA ACTUAÇÃO
      Abrangente     9                                            Tecnovia                 FDO              Casais
                                                                                                            OPWAY

                     8
                     7                                                                                      DST

                     6                         Jaime                         Monte
                                               Ribeiro                       Adriano

                     5                                            GASC       ACA


                     4   Rosas                                                             Eusébios



                     3
                                               ABB +                         J.Gomes
                     2                         Amândio

     Especializada   1
                            1         2           3       4          5            6           7       8        9
                         Nacional                               Internacional                         Multinacional   COBERTURA
                                                                                                                      GEOGRÁFICA




                                                   DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                              30

3.4. ATRACTIVIDADE DA INDÚSTRIA


3.4.1. Valor da Atractividade Sectorial


Nem todas as indústrias são igualmente atractivas. Assim, o sector é tanto mais atractivo ou
rentável quanto maior for a sua dimensão futura e/ou a sua margem operacional.


                                Quadro 13 – Síntese da Atractividade Sectorial
                                              Vendas               Taxa de                                    Atractividade
        Segmento Sectorial                                                             Rentabilidade
                                               M€                Crescimento                                  Sectorial M€
   Infraestruturas Ferroviárias                10.498                 100%                    25%                     83.984
   Aeroportos                                   3.426                  60%                    30%                     10.777
   Infraestruturas Rodoviárias                  7.482                  40%                    25%                     10.060
   Equipamentos de Energia                     10.935                  20%                    30%                     8.163
   Plataformas Logísticas e
                                                1.550                  60%                    25%                     4.063
   respectivos acessos
   Escolas                                      2.593                  40%                    20%                     2.789
   Barragens                                    1.656                  40%                    30%                     2.672
   Reabilitação Urbana                          5.000                   6%                    20%                     1.338
   Águas e Ambiente                             5.709                   6%                    20%                     1.528
   Equipamentos de Saúde                        1.516                  20%                    20%                      754
   Infraestruturas Judiciais                     620                   40%                    20%                      667
   Portos e obras costeiras                      584                    6%                    30%                      234
                NOTA: Valor Atractividade Sectorial = Vendas x (1+Taxa de Crescimento)^t x Rentabilidade das Vendas
                                                  t – horizonte temporal = 5 anos




                                              DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
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3.4.2. Modelo das Cinco Forças


Embora o cálculo do VAS forneça uma estimativa da rentabilidade a longo prazo de um negócio,
não explica as razões dessa atractividade. Para esse efeito, é conveniente recorrer ao modelo das
cinco forças. De acordo com este modelo, a atractividade a longo prazo de uma indústria resulta
da acção conjunta dos seguintes factores: potencial de novas entradas, pressão de produtos
substitutos, poder negocial dos fornecedores, poder negocial dos clientes e rivalidade entre
concorrentes actuais.




                           Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
                  Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Vias Rodoviárias
   POTENCIAL DE NOVAS                               GOVERNO                    PRESSÃO DE PRODUTOS
       ENTRADAS                                                                    SUBSTITUTOS
              Baixo                                                                        Baixa
 Difícil acesso ao mercado                 Redução do Investimento;            Apenas os materiais reciclados
 especializado das vias rodoviárias;       Baixa protecção das empresas        constituem produtos substitutos
 Elevado investimento inicial;             nacionais;                          neste mercado;
   PODER NEGOCIAL DOS                        RIVALIDADE ENTRE                      PODER NEGOCIAL DOS
     FORNECEDORES                             CONCORRENTES                             CLIENTES
             Elevado                                  Elevada                             Elevado
 Elevado poder dos fornecedores            Elevada concorrência de empresas    Elevado poder negocial do estado,
 de combustíveis e betumes;                de média dimensão na área da        das autarquias e dos grandes
                                           manutenção;                         investidores privados motivado
                                           Elevada concorrência de empresas    pela forte concorrência;
                                           de grande dimensão na área da
                                           construção;



                           Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
                  Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Construção Civil
   POTENCIAL DE NOVAS                               GOVERNO                    PRESSÃO DE PRODUTOS
       ENTRADAS                                                                    SUBSTITUTOS
             Elevado                                                                      Elevada
 Fácil acesso ao mercado;                  Redução do Investimento;            Grande variedade de produtos e
 Investimento inicial acessível;           Baixa protecção das empresas        soluções disponíveis no mercado;
                                           nacionais;
   PODER NEGOCIAL DOS                        RIVALIDADE ENTRE                      PODER NEGOCIAL DOS
     FORNECEDORES                             CONCORRENTES                             CLIENTES
              Baixo                                   Elevada                             Elevado
 Elevado número de fornecedores            Elevado número de empresas a        Oferta superior à procura;
 no mercado;                               operar no mercado;




                                           DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                  32

                        Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
              Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Energias Renováveis
 POTENCIAL DE NOVAS                              GOVERNO                    PRESSÃO DE PRODUTOS
     ENTRADAS                                                                   SUBSTITUTOS
             Baixo                                                                      Baixo
Difícil acesso ao mercado;              Forte investimento no sector;       Pouca variedade de produtos e
Necessário elevada experiência;                                             soluções disponíveis no mercado;


 PODER NEGOCIAL DOS                        RIVALIDADE ENTRE                     PODER NEGOCIAL DOS
   FORNECEDORES                             CONCORRENTES                            CLIENTES
             Baixo                                  Baixa                              Elevado
Elevado número de fornecedores          Reduzido número de empresas a       Oferta superior à procura;
no mercado;                             operar no mercado;




                          Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
                     Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Imobiliária
 POTENCIAL DE NOVAS                              GOVERNO                    PRESSÃO DE PRODUTOS
     ENTRADAS                                                                   SUBSTITUTOS
            Elevado                                                                    Elevada
Fácil acesso ao mercado;                Incentivos ao Arrendamento          Oferta excessiva de produtos no
Não é necessário muita experiência,     Imobiliário;                        mercado;
nem estrutura.
 PODER NEGOCIAL DOS                        RIVALIDADE ENTRE                     PODER NEGOCIAL DOS
   FORNECEDORES                             CONCORRENTES                            CLIENTES
             Baixo                                  Elevada                             Médio
Elevado número de fornecedores          Elevado número de empresas a        Clientes com elevado poder
no mercado;                             operar no mercado;                  financeiro possuem maior poder
                                                                            negocial, face a clientes com
                                                                            pouco poder financeiro.




                        Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
                 Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Pré-Fabricação
 POTENCIAL DE NOVAS                              GOVERNO                    PRESSÃO DE PRODUTOS
     ENTRADAS                                                                   SUBSTITUTOS
             Baixo                                                                     Elevada
Investimento inicial elevado;           Redução do Investimento;            Elevada oferta de produtos no
                                                                            mercado;
 PODER NEGOCIAL DOS                        RIVALIDADE ENTRE                     PODER NEGOCIAL DOS
   FORNECEDORES                             CONCORRENTES                            CLIENTES
             Baixo                                 Elevada                             Elevado
Elevado número de fornecedores          Elevado número de empresas a        Oferta superior à procura;
no mercado;                             operar no mercado;




                                        DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                               33

                    Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
         Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Inertes e Betuminosos
POTENCIAL DE NOVAS                            GOVERNO                  PRESSÃO DE PRODUTOS
    ENTRADAS                                                               SUBSTITUTOS
           Baixo                                                                   Baixa
Investimento inicial muito            Redução do Investimento;          Apenas os materiais reciclados
elevado;                                                                constituem produtos
                                                                        substitutos neste mercado;
PODER NEGOCIAL DOS                      RIVALIDADE ENTRE                PODER NEGOCIAL DOS
  FORNECEDORES                           CONCORRENTES                       CLIENTES
          Elevado                                Baixa                             Médio
Elevado poder dos fornecedores        Reduzido número de empresas a     Oferta ajustada à procura;
de combustíveis e betumes;            operar no mercado;




                    Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter
               Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Concessões
POTENCIAL DE NOVAS                            GOVERNO                  PRESSÃO DE PRODUTOS
    ENTRADAS                                                               SUBSTITUTOS
           Baixo                                                                   Baixa
Investimento inicial muito            Forte Investimento;               Não existem produtos
elevado;                                                                substitutos;
Necessário parcerias com a
banca;
PODER NEGOCIAL DOS                      RIVALIDADE ENTRE                PODER NEGOCIAL DOS
  FORNECEDORES                           CONCORRENTES                       CLIENTES
           Baixo                                 Baixa                             Médio
Elevado número de                     Reduzido número de empresas a     Oferta ajustada à procura;
fornecedores no mercado;              operar no mercado;




                                     DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO                                       34

3.5. ESTRUTURA DA INDÚSTRIA


A indústria da construção assume uma configuração fragmentada com tendência no futuro a
concentrações, no sentido de explorar as economias de escala e de experiência.


3.6. FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO


Uma vez analisadas as tendências do meio envolvente, a atractividade e a estrutura da indústria, é
necessário identificar as actividades ou variáveis de gestão que têm de ser muito bem executadas
para garantir o bom desempenho da empresa no seu negócio, os factores críticos de sucesso. Tal
como a estratégia de uma empresa, os factores críticos de sucesso têm origem na combinação das
características dos clientes com a natureza da concorrência. Os factores críticos de sucesso de um
negócio são pois as variáveis que mais valor proporcionam aos clientes e que melhor diferenciam
os concorrentes na criação desse valor.


                   Quadro 15 – Identificação dos Factores Críticos de Sucesso

                       FACTORES-CHAVE DE                   FACTORES DE
                            COMPRA                    +    COMPETIÇÃO             =   FACTORES CRÍTICOS DE
                         (VALOR PARA OS                   (VARIÁVEIS DE                     SUCESSO
                           CLIENTES)                      COMPETIÇÃO)
VIAS RODOVIÁRIAS       Preço                           Preço                           Custos Operacionais
                       Qualidade                       Qualidade                       Qualidade
                       Prazo de execução               Prazo de execução               Gestão Logística
CONSTRUÇÃO             Preço                           Preço                           Custos Operacionais
CIVIL                  Qualidade                       Qualidade                       Qualidade
                       Prazo de execução               Prazo de execução               Gestão Logística
ENERGIAS               Qualidade                       Qualidade                       Qualidade
RENOVÁVEIS             Prazo de execução               Prazo de execução               Gestão Logística
IMOBILIÁRIA            Preço                           Preço                           Custos de aquisição
                       Qualidade                       Qualidade                       Qualidade
                       Localização                     Condições de pagamento          Relações comerciais com
                                                       Diferenciação do produto        entidades de crédito
                                                       Actividades promocionais        Gama de produtos
                                                                                       Política de Comunicação
PRÉ-FABRICAÇÃO         Preço                           Preço                           Custos Operacionais
                       Qualidade                       Qualidade                       Qualidade
                       Prazo de entrega                Prazo de entrega                Flexibilidade operacional
                       Adaptações técnicas
INERTES E              Preço                           Preço                           Custos Operacionais
BETUMINOSOS
CONCESSÕES             Preço                           Preço                           Custos de aquisição e
                       Qualidade                       Qualidade                       exploração
                                                                                       Qualidade
                                                                                       Relação comercial com
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  • 1. GA 2009 Gabriel A. S. Couto Diagnóstico e Plano Estratégico Daniel Campos | João Nunes | Mário Babo Pós-Graduação em Direcção de Empresas | EGP-UPBS Estratégia Empresarial
  • 2. FICHA TÉCNICA GABRIEL A. S. COUTO Título DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO Sub-Título Daniel Tiago Fraga Campos Autores João Luís de Menezes Nunes Mário Emílio Brás Babo Escola de Gestão do Porto Instituição Pós-Graduação em Direcção de Empresas Curso Estratégia Empresarial Módulo Agosto de 2009 Data Porto, Portugal Local
  • 3. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO SUMÁRIO EXECUTIVO O diagnóstico e plano estratégico sintetiza e integra o pensamento estratégico dos membros da organização e cria as bases para o sucesso sustentado da organização. Este encontra-se estruturado em quatro componentes: a apresentação da empresa, a análise estratégica, a formulação da estratégia e a sua organização e implementação. A primeira parte, relativa à apresentação da empresa, descreve os principais dados da empresa, o seu historial e qual a sua missão e objectivos actuais. A segunda parte, relativa à análise estratégica, debruça-se sobre a interacção entre a indústria e o seu meio envolvente, bem como sobre a adequação da empresa aos requisitos competitivos do seu negócio. A terceira parte, relativa à formulação da estratégia, explicita as principais orientações estratégicas da organização. Finalmente, a quarta parte, relativa à implementação da estratégia, traduz as orientações estratégicas delineadas em medidas concretas para alcançar os objectivos e indica o modo como a empresa de deve organizar. . DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 4. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO ÍNDICE PARTE I – DESCRIÇÃO DA EMPRESA ……………………………………….. 5 1. APRESENTAÇÃO ……………………………………………………………….. 6 1.1. Identificação …………………………………………………………………………………. 6 1.2. Historial ……………………………………………………………………………………… 7 2. MISSÃO E OBJECTIVOS ……………………………………………………….. 8 2.1. Produtos e Mercados Actuais ………………………………………………………………… 8 2.2. Recursos e Aptidões ………………………………………………………………………….. 9 2.3. Organização ………………………………………………………………………………….. 10 2.4. Centros de Interesses e suas Expectativas ……………………………………………………. 12 2.5. Áreas Homogéneas de Negócios ……………………………………………………………... 13 2.6. Estratégia Actual ……………………………………………………………………………... 14 PARTE II – ANÁLISE ESTRATÉGICA ………………………………………… 15 3. ANÁLISE DO MEIO ENVOLVENTE ………………………………………….. 16 3.1. Enquadramento Actual ……………………………………………………………………….. 16 3.2. Meio Envolvente Contextual ………………………………………………………………… 21 3.3. Meio Envolvente Transaccional ……………………………………………………………… 23 3.4. Atractividade da Indústria ……………………………………………………………………. 30 3.5. Estrutura da Indústria ………………………………………………………………………... 34 3.6. Factores Críticos de Sucesso …………………………………………………………………. 34 4. ANÁLISE DA EMPRESA ……………………………………………………….. 35 4.1. Recursos da Empresa ………………………………………………………………………... 35 4.2. Dinâmica de Custos …………………………………………………………………………. 37 4.3. Competências Centrais ……………………………………………………………………… 39 4.4. Adequação e Intento Estratégico ……………………………………………………………. 41 4.5. Análise SWOT ………………………………………………………………………………. 43 PARTE III – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA …………………………….. 44 5. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS …………………………………………….. 45 5.1. Produtos-Mercados …………………………………………………………………………. 45 5.2. Integração Vertical …………………………………………………………………………... 47 5.3. Internacionalização ………………………………………………………………………….. 48 5.4. Diversificação ……………………………………………………………………………….. 51 6. DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL ……………………………………… 53 7. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ………………………………………………… 55 PARTE IV – IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA ………………………… 57 8. ORIENTAÇÕES ORGANIZACIONAIS E DE GESTÃO ……………………. 58 9. PROCESSOS DE CONCRETIZAÇÃO ………………………………………… 59 DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 5. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO ÍNDICE DE QUADROS PARTE I – DESCRIÇÃO DA EMPRESA Quadro 1 – Caracterização da Sociedade Quadro 2 – Mapa de Equipamentos Quadro 3 – Responsabilidades dos Órgãos da Organização Quadro 4 – Empresas participadas da GASC PARTE II – ANÁLISE ESTRATÉGICA Quadro 5 – Indicadores Económicos Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual Quadro 7 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Transaccional Quadro 8 – Síntese dos clientes segmentados por actividade e produto Quadro 9 – Síntese de Fornecedores Quadro 10 – Síntese dos Agentes e Grupos de Interesse Quadro 11 – Síntese dos concorrentes Quadro 12 – Mapas de Grupos Estratégicos Quadro 13 – Síntese da Atractividade Sectorial Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Quadro 15 – Identificação dos Factores Críticos de Sucesso Quadro 16 – Descrição dos Recursos Humanos Quadro 17 – Avaliação de Performance Conjunta Quadro 18 – Indicadores Financeiros Quadro 19 – Avaliação do Activos Intangíveis Quadro 20 – Síntese das Medidas de Dinâmica de Custos Quadro 21 – Benchmarking Estratégico Quadro 22 – Identificação da Competências Centrais Quadro 23 – Síntese da Análise de Adequação Estratégica Quadro 24 – Evolução das Competências Centrais Quadro 25 – Intento Estratégico Quadro 26 – Análise SWOT PARTE III – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA Quadro 27 – Matriz de Produtos-Mercados Quadro 28 – Segmentos de Mercados Estratégicos e Complementares Quadro 29 – Vantagens Competitivas Quadro 30 – Análise da Cadeia Operacional Quadro 31 – Factores impulsionadores da internacionalização Quadro 32 – Grelha de Comparação da Atractividade dos Países Quadro 33 – Síntese do estudo profundo a desenvolver Quadro 34 – Síntese das Modalidades de Internacionalização Quadro 35 – Síntese das Opções de Internacionalização Quadro 36 – Análise da Estratégia de Diversificação Quadro 37 – Análise das Vias de Desenvolvimento Quadro 38 – Síntese das Orientações Estratégicas PARTE IV – ORGANIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA Quadro 39 – Síntese das Orientações Organizacionais e de Gestão DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 6. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 5 PARTE I Descrição da Empresa
  • 7. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 6 1. APRESENTAÇÃO 1.1. Identificação A empresa Construções Gabriel A. S. Couto, S.A (Gabriel Couto) tem sede em Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, onde foi criada há cerca de 60 anos. Ao longo da sua existência evoluiu de uma pequena estrutura empresarial de cariz familiar para uma organização económica de importância nacional, sendo hoje uma referência no sector da construção, com um volume de negócios (média 2007/2008) de cerca de EUR 80.000.000,00. Quadro 1 – Caracterização da Sociedade CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO DENOMINAÇÃO SOCIAL Construções Gabriel A. S. Couto CAPITAL SOCIAL 5.000.000 Euros NATUREZA JURÍDICA Sociedade Anónima SEDE SOCIAL Rua de São João de Pedra Leital, nº1000 Requião - Vila Nova de Famalicão CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Carlos Alberto Freitas Couto, Eng. Vogais Maria da Conceição Ferreira de Freitas António Gabriel Freitas Couto, Eng. Avelino Jorge da Silva Oliveira, Eng. José Sampaio Couto ALVA RÁ DE CONSTRUÇÃO Nº 2490 DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 8. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 7 1.2. Historial A Gabriel Couto completou 60 anos no ano de 2008. Em 1948, sob a forma de sociedade em nome individual, com o seu fundador, Gabriel Couto, a executar a primeira empreitada, ainda sem os respectivos alvarás – que só obteria cinco anos depois, em 1953 – e por isso, subcontratando à empresa de quem o seu pai era sócio. Nas suas seis décadas de existência a Gabriel Couto evoluiu de uma pequena unidade de relevância meramente local para uma empresa de dimensão nacional, onde é uma das referências no sector da construção civil e obras públicas, com intervenção internacional e apta a executar as mais exigentes e complexas obras no âmbito do seu objecto social. Durante o seu percurso empresarial a forma societária foi evoluindo, em resposta à complexidade dos desafios. A actual configuração de sociedade anónima ocorreu no ano de 1973. Rapidamente se transformou numa organização de dimensão nacional, sendo hoje uma das maiores empresas da região (só recentemente deixou de ser a maior empresa de construção do distrito de Braga, sendo agora a 2.ª) e de reconhecida importância no contexto empresarial do país. O processo de internacionalização começou em 1999 em Moçambique também na construção de obras públicas, estando actualmente presente neste país, Angola, Roménia e Irlanda. A área internacional representou cerca de 15% do Volume de Negócios de 2008. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 9. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 8 2. MISSÃO E OBJECTIVOS Centrando a sua actuação no sector da construção e obras públicas e, nomeadamente nos segmentos em que tem afirmado um know-how seguro, a Gabriel Couto tem mantido, contudo, uma atenção permanente às manifestações do mercado, diversificando e ajustando as suas actividades de modo a reforçar a sua importância económica e social no seu universo de negócios. Um exemplo disso é o sector das energias renováveis, onde a Gabriel Couto apostou e assumiu desde o início, uma posição de destaque neste sector de actividade. Na linha da orientação estratégica já definida e aceite como decisiva para o crescimento futuro, a Gabriel Couto está a desenvolver e aprofundar um processo de internacionalização centrado na área da sua actividade, envolvendo-se decisivamente no processo de globalização que caracteriza a economia moderna. Após a experiência e posição consolidada em Portugal, a empresa procura assim expandir-se no mercado internacional, nomeadamente no mercado emergente da Europa de Leste. 2.1. Produtos e Mercados Actuais As principais áreas de actuação têm sido a execução de estradas, auto-estradas, pontes, viadutos, redes de saneamento básico, ETAR´s, redes de armazenamento e distribuição de água, edifícios escolares (básicos, secundários e universitários), arranjos urbanísticos, parques de estacionamento, edifícios habitacionais, complexos comerciais e turísticos, edifícios industriais e por último, parques de produção de energia eólica. A Gabriel Couto participou na construção de cerca de 500 aerogeradores, num total de 900 MW. Estes números representam cerca de 30% de potência eólica instalada em Portugal em 2008, o que dá à empresa a liderança no sector da construção civil em parques eólicos. A opção pela internacionalização tornou-se inevitável, quer pela dimensão da empresa, quer pela procura de novos negócios e territórios. Desde 1997, a empresa encontra-se em Moçambique e, mais recentemente, em Angola, República da Irlanda e Roménia. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 10. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 9 2.2. Recursos e Aptidões A empresa emprega cerca de 500 funcionários e possui um quadro técnico constituído por cerca de 50 pessoas com formação técnica superior e mais 30 com formação especializada específica. A empresa tem investido nos últimos anos num adequado apetrechamento tecnológico, quer a nível de sistemas de gestão e controlo de custos, quer a nível do parque de equipamentos operativos, sistematicamente renovados para disponibilização de elementos inovadores e de maior produtividade. Esse investimento permite que a Gabriel Couto possua hoje um parque de máquinas e equipamentos ao nível das maiores empresas de construção civil e obras públicas portuguesas. Apresenta-se, de seguida um resumo da lista dos equipamentos ao dispor das unidades de produção da empresa: Quadro 2 – Mapa de Equipamentos GRUPO DE GRUPO DE EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS PRODUÇÃO E Auto-betoneiras PRODUÇÃO DE Britadeiras móveis APLICAÇÃO BETÃO INERTES Centrais Crivos Máquinas projectar betão Britadeiras MOVIMENTO DE Abre-valas COMPACTAÇÃO Cilindros ligeiros TERRAS Buldozer`s Cilindros pesados PERFURAÇÃO Dumper`s ligeiros Crawler`s Dumper`s articulados ELEVAÇÃO Empilhadores Dumper's Rigidos Gruas construção civil Escavadoras rastos Gruas móveis Escavadoras rotativas rodas Montacargas Motoniveladoras GERADORES Geradores pesados Mini pá-carregadoras MARTELOS Martelos hidráulicos Pá-carregadoras MOTORROÇADORAS Motorroçadoras hidráulicas Rectro-escavadoras VEÍCULOS PESADOS Veíc pes mercadorias (2 eixos) PRODUÇÃO E Betop`s Veíc pes mercadorias (3 eixos) APLICAÇÃO Caldeiras ligeiras Veíc pes mercadorias (4 eixos) BETUMINOSOS PLATAFORMAS Cisternas betuminoso DISTRIBUIÇÃO Plataforma distribuição gasóleo GASÓLEO TRACTORES Espalhadoras Tractores agrícolas AGRÍCOLAS Espalhadoras pneus VASSOURAS Vassouras hidráulicas Fresadoras Vassouras mecânicas Máquinas cortar asfalto REBOQUES Atrelados ligeiros Central Grave Emulsão Cisternas água ligeiras Central Grave Cimento Reboques COMPRESSORES Compressores pesados DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 11. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 10 De salientar também o laboratório de controlo da qualidade (central e obras), centrais de produção de misturas betuminosas, unidades de britagem, oficinas de serralharia de alumínios e carpintaria, equipamentos de transporte de máquinas, oficina e serviços de manutenção. A Gabriel Couto tem os seus Sistemas da Qualidade, Ambiente e Segurança certificados para todas as actividades, pela APCER, estando implementado um Sistema Integrado (Qualidade, Segurança e Ambiente), de acordo com as normas NP EN ISO 9001: 2000, NP 4397: 2001 e NP EN ISO 14001: 2004. A empresa obteve, em Março de 2008, a marcação CE de todas as misturas betuminosas produzidas pelas suas centrais de fabrico 2.3. Organização A estrutura organizacional da Gabriel A.S. Couto, S.A., apresenta-se de acordo com o seguinte organigrama: Figura 1 – Organograma da Empresa DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 12. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 11 Quadro 3 – Responsabilidades dos Órgãos da Organização ÓRGÃO RESPONSABILIDADES Administração Definição das políticas estratégicas e operacionais da empresa; Gestão global da empresa, nas suas vertentes operacional, comercial e financeira; Assegurar os recursos e os meios e a coordenação das diferentes direcções e departamentos. Direcção da Qualidade Garantir a operacionalidade do sistema de gestão da qualidade, ambiente e segurança; Coordenação e organização do laboratório central e laboratórios de obra no âmbito da responsabilidade pelo controlo da qualidade das diferentes empreitadas; Garantir uma adequada gestão dos equipamentos de monitorização e medição (EMM’s); Assegurar a implementação e cumprimento dos controlo de produção em fabrica relativo à produção de misturas betuminosas. Gabinete Jurídico Coordenar todas as actividades respeitantes ao foro jurídico; Estudo e enquadramento legal no desenvolvimento dos negócios da empresa. Marketing Gerir de forma integrada as questões de comunicação e imagem da Gabriel Couto; Apoiar a organização e dar a conhecer à sociedade as actividades e assuntos de carácter público, valorizando o seu papel no meio em que se insere e a postura da sua intervenção social; Coordenar a concepção dos suportes gráficos para divulgação dos trabalhos da Gabriel Couto e das tarefas relacionadas com a afirmação da sua imagem e das acções; Desenvolver as suas actividades direccionadas para o exterior, procurando projectar uma imagem positiva da empresa junto dos seus públicos externos. Direcção de Obras Coordenar todas as actividades relativas às obras de vias de comunicação e Infra- Públicas Estruturas; Definição e coordenação das políticas da produção na área de vias de comunicação e I- E; Definição e coordenação da afectação dos meios produtivos. Direcção de Construção Coordenar todas as actividades relativas às obras de construção civil; Civil Definição e coordenação das políticas da produção na área da construção civil; Definição e coordenação da afectação dos meios produtivos. Direcção Técnica e Coordenar todas as actividades relativas a orçamentação, planeamento das empreitadas Comercial e controlo de custos; Estudo de projectos nos seus parâmetros de concepção, estabilidade, variantes e processos construtivos, tendo em conta as condições de segurança, preservação do ambiente e qualidade da sua execução; Correcção de erros e omissões, medições de vários tipos; Apoio às direcções de obra na legislação vigente em obras públicas. Direcção de Logística e Coordenar todas as actividades relativas à gestão de equipamentos e viaturas; Equipamento Definir as estratégias de investimento em equipamentos fixos e de transporte; Definição das políticas de manutenção correctiva e preventiva dos equipamentos. Direcção de Compras Negociação e aquisição de materiais, serviços e subempreitadas; Gestão de compras de materiais no armazém central; Avaliação de fornecedores de materiais, serviços e subempreitadas. Direcção dos Sistemas Coordenar as actividades de manutenção dos sistemas de informação garantindo o seu de Informação bom desempenho; Investigação, desenvolvimento e acompanhamento da realização das actividades dos sistemas de informação SAP; Gestão e manutenção de hardware e apoio de serviços e software aos utilizadores. Direcção Administrativa Definição e implementação da política financeira e fiscal da empresa; e Financeira Gestão da política de participações em empresas associadas. Direcção de Recursos Coordenação dos Recursos Humanos; Humanos Coordenação e organização de todas as actividades de higiene, saúde e segurança no trabalho; Coordenação e organização de todas as actividades da gestão ambiental da Gabriel Couto. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 13. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 12 2.4. Centros de Interesses e suas Expectativas A carteira de obras da Gabriel Couto perspectiva que o objectivo dimensão estará garantido para 2009. De facto, apresenta o valor mais elevado de sempre, com cerca de 145 milhões de euros. O segmento das Vias e Infra-estruturas é o que apresenta maior representação na carteira de encomendas, com cerca de 56 milhões de euros. De destacar o “Alargamento da A2 entre Palmela e o Nó de Setúbal”, para a BRISA, com um valor inscrito na carteira de cerca de 17 milhões de euros. A execução de um troço da Scut do Douro Interior, a iniciar em 2009 tem um valor de 12 milhões de euros. A construção da Scut dos Açores, onde a Gabriel Couto integra um agrupamento construtor, representará um volume de facturação de cerca de 7 milhões de euros. Para o EP – Estradas de Portugal, está em curso a empreitada de “Construção da Variante de Seia”, com um valor a realizar de cerca de 2,5 milhões de euros. O “Alargamento da A3 entre Águas Santas e a Maia”, empreitada para a BRISA, apresenta um valor a realizar de cerca de 7 milhões de euros. Nas “Obras Hidráulicas” são de destacar a execução de duas empreitadas para a EDIA – Empresa de Desenvolvimento das Infra-estruturas do Alqueva, que no seu conjunto ascendem a cerca de 6 milhões de euros. Para a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro está em curso a empreitada de “Construção de ETARS no Douro Sul – Lote 1”, com um valor a realizar de 1,7 milhões de euros. No segmento da Construção Civil, de destacar a participação da Gabriel Couto no ACE que está a realizar para a empresa Parque Escolar, EPE uma empreitada de “Modernização do Parque Escolar Destinado ao Ensino Secundário” intervindo em diversas escolas. O valor a realizar em 2009 é de 13,5 milhões de euros. Este segmento de actividade apresenta já um valor de cerca de 33 milhões de euros de trabalhos a executar. O plano de recuperação escolar que está a ser levado a cabo pela Parque Escolar e pelas Autarquias permite augurar que o valor desta área de negócio tenderá a elevar-se de forma significativa. As empreitadas ligadas à construção de parques de Energia Eólica tem representado nos últimos anos um papel preponderante na actividade da empresa. Está assegurado que nos próximos anos esta importância não decrescerá. De facto estão já em curso as empreitadas para a ENEOP que representam um volume de facturação estimado de 40 milhões de euros. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 14. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 13 O sector da “Promoção Própria” de empreendimentos imobiliários, em face da grave crise que tem afectado o sector da construção de edifícios para habitação, apresenta uma redução do seu peso na produção global da empresa. Estão em curso empreendimentos imobiliários em V. N. de Famalicão – Complexo Habitacional em Calendário – e na Maia – Empreendimento Habitacional e Comercial em Moutidos. No conjunto este segmento apresenta na carteira de obras um valor de cerca de 6,5 milhões de euros. Para 2009, a Gabriel Couto espera reforçar, em parceria com duas empresas do sector, a presença e o valor da facturação na Roménia, onde, para além do mercado das obras públicas, está a desenvolver trabalhos na construção de parques eólicos, que apresenta um dinamismo assinalável. Angola é um mercado prioritário da internacionalização e, por isso, durante 2009 a Gabriel Couto espera reforçar a presença neste país de língua oficial portuguesa. 2.5. Áreas Homogéneas de Negócios Tal como já foi mencionado, a área central de desenvolvimento e aprofundamento dos negócios assenta na construção civil e obras públicas. Porém, áreas específicas e complementares têm sido integradas no universo de negócios da empresa, quer através da participação directa, quer através da participação em empresas especificamente dedicadas ao desenvolvimento de actividades nessas áreas. Os investimentos efectuados na participação de capital em empresas associadas representam já uma parcela significativa dos investimentos globais da empresa. Apresentam-se de seguida as principais participações: DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 15. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 14 Quadro 4 – Empresas participadas da GASC EMPRESA ACTIVIDADE CRIAÇÃO/AQUISIÇÃO Abrical – Areias, Granitos e Exploração de pedreiras e Adquirida em 1998 Calcários, Lda britagem de inertes. AGE – Energias Renováveis, Lda Energias Renováveis Criada em 2002 Comasa – Intervenção na área da Geotecnia Criada em 1987 Geotecnia Euroscut – Sociedade Construção e Concessão de Auto- Criada em 2000 Concessionária da Scut do Estradas no sistema de “sem Algarve, S.A. cobrança do cliente-scut” Euroscut Norte – Sociedade Construção e Concessão de Auto- Criada em 2001 Concessionária da Scut do Norte Estradas no sistema de “sem Litoral, S.A. cobrança do cliente-scut” Euroscut Açores – Sociedade Construção e Concessão de Auto- Criada em 2006 Concessionária da Scut dos Estradas no sistema de “sem Açores, S.A. cobrança do cliente-scut” Fapre – Fábrica de Pré- Fabricação de pré-esforçados Criada em 1967 Esforçados, S.A. Pontalta – Promoção Imobiliária, Imobiliária S.A. Parque F – Parques de Exploração de parques de Criada em 2000 Estacionamento de Famalicão, estacionamento S.A. 2.6. Estratégia Actual A estratégia actual da Gabriel Couto passa pelo aprofundamento da sua actividade internacional e pela expansão e diversificação para outras áreas de negócio, através de parcerias estratégicas que potenciem sinergias e penetração em novos mercados, bem como a diluição de riscos. Neste campo, a empresa detém já participações nas seguintes áreas: • Concessão de Auto-estradas: Euroscut (A28, A22 e futura Euroscut Açores) • Parque F – Parques de Estacionamento • Lamego Renova, S.A. (regime de PPP) Internamente, e a curto prazo os objectivos da empresa são a estabilização da sua estrutura garantindo um volume de negócios na ordem dos 100 M€ /ano e um custo de estrutura de 6% do seu volume de facturação. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 16. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 15 PARTE II Análise Estratégica
  • 17. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 16 3. ANÁLISE AMBIENTAL 3.1. ENQUADRAMENTO ACTUAL 3.1.1. INTERNACIONAL O ano de 2008 fica profundamente associado à propagação da crise do mercado de crédito hipotecário de alto risco norte-americano a demais segmentos de mercado, geografias e sectores económicos. A instabilidade financeira tornou-se denominador comum nos mercados e a degradação na actividade económica disseminou-se por países de elevado crescimento. A acção dos efeitos da globalização, mas em sentido reverso, amplificou ajustamentos e precipitou a economia mundial num clima de incerteza de aversão ao risco complexo e de difícil erradicação. O agravamento vertiginoso da conjuntura e o enraizar de um ciclo vicioso de reforço de estímulos negativos entre sector financeiro e actividade económica suscitou a intervenção coordenada de governos, bancos centrais e outros agentes económicos, através da adopção de políticas de estímulo à actividade e de suporte aos mercados financeiros sem precedentes. Contudo, não deverão evitar um ano 2009 de fraco crescimento económico mundial e de pressões desinflacionistas, num ambiente muito complexo e delicado no plano social, político e institucional. Depois de vários anos de crescimento económico consistente, a economia mundial enfrenta o risco de recessão e de deflação. Nos mercados internacionais, o petróleo apresentou um comportamento extremamente volátil, tendo alcançado os 134 USD em Julho e os 45 USD em Dezembro. Este comportamento implicou preços médios de 99 USD. Estima-se que o Petróleo retome a sua trajectória ascendente no segundo trimestre de 2009, com um preço médio acima de 50 USD em 2009 e acima de 60 USD em 2010. Paralelamente ao petróleo, as matérias-primas não energéticas, excluindo alguns metais preciosos como o ouro, apresentaram o mesmo padrão, gerando pressões inflacionistas por todo o globo e, com o agravar da crise, uma ruptura da sua procura que levou os preços a correcções violentas. O ouro, utilizado ora como escudo contra a inflação ora como investimento seguro viu o seu valor aumentar de uma forma mais consistente e sustentada. Este cenário foi agravado pela subida da inflação, que contribuiu para a desconfiança generalizada que se registou nos mercados financeiros. Por seu turno, nos meses de Outono de 2008 registou- se a maior quebra bolsista desde 1987. Viveu-se o impacto real do subprime nos mercados DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 18. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 17 financeiros internacionais, que até então se limitava ao mercado imobiliário norte-americano, o que provocou o desmoronar dos pressupostos em que assentava a banca de investimento até então e lançou uma crise generalizada no sistema financeiro internacional. A economia mundial registou por isso em 2008 uma das suas fases mais turbulentas de sempre. Os primeiros trimestres do ano ficaram marcados pela especulação que se registou em torno dos preços do petróleo, aliada ao aumento dos preços das matérias-primas, o que provocou uma acentuada desaceleração do crescimento económico mundial, que no primeiro trimestre recuou 4,5 pontos percentuais (p.p.) face ao período homólogo, afectando tanto as economias desenvolvidas como as emergentes. A economia europeia que aparentava resistência à crise do imobiliário norte-americano veio a revelar o oposto. Diversos gigantes financeiros europeus estavam expostos ao subprime e com o colapso geral das bolsas e quebra de confiança entre instituições financeiras a dificuldade em obter financiamento, tanto no mercado de capitais como na banca, levou a que diversas entidades tivessem de ser intervencionadas. O FMI registou um crescimento do PIB da zona euro de 1% e projecta crescimentos de -2% e 0,2% para 2009 e 2010 respectivamente. No ano de 2008 o euro valorizou 6,9% em relação ao dólar americano, em 2009 o Banco de Portugal (BdP) antecipa uma inversão drástica da situação para uma desvalorização de 13%. O Banco Mundial registou uma taxa de juro média a 6 meses de 4,9% em 2008 e, para o biénio seguinte, projecta taxas de 3,8% e 4,2%. 3.1.2. NACIONAL À semelhança das restantes economias desenvolvidas, em 2008, a portuguesa registou forte abrandamento da actividade económica e as expectativas para os anos seguintes são extremamente negativas. O Produto Interno Bruto (PIB) registou uma taxa de crescimento de 0,3% em 2008, e as últimas projecções do BdP apontam para decréscimos de 0,8% em 2009 e de 0,3% em 2010. Note-se que o comportamento do PIB é explicado por uma quebra da procura, consequência do aumento do desemprego, das restrições de crédito a empresas e famílias, falta de confiança na economia e nas instituições e pela redução expressiva das exportações (estimativa de -3.9% em 2009). DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 19. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 18 A taxa de inflação situou-se nos 2.7% em 2008 e projecta-se 1% e 2% para 2009 e 2010 respectivamente. Estas taxas, desconfortavelmente baixas, são justificadas maioritariamente pelas quebras do preço do petróleo e das matérias-primas não energéticas, mas também pelas restrições ao crédito e quebra de confiança dos consumidores. Importa ainda realçar que, no quadro da União Monetária Europeia, deseja-se uma inflação abaixo, mas próxima, dos 2%, e que o risco de um ciclo longo de crescimento nulo e deflação, embora improvável, existe. De acordo com BdP o emprego registou um aumento de 0,5% em 2008 fruto essencialmente do incremento verificado no primeiro semestre, situação que deve inverter para -1% em 2009 e - 0,2% em 2010. Este aumento conjugado com o recurso a crédito pelas famílias (e consequente redução da taxa de poupança) levou a que o consumo privado apresentasse um abrandamento marginal. Quadro 5 – Indicadores Económicos DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 20. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 19 3.1.3. MERCADOS EXTERNOS IRLANDA Apesar de uma redução do crescimento económico, em 2008, a Irlanda tem hoje o quinto PIB per capita mais elevado do mundo, e o sétimo PIB per capita considerando a paridade do poder de compra. A Irlanda tem também o quinto IDH mais elevado do mundo. O país também se orgulha de ter a mais alta qualidade de vida do mundo, estando em primeiro lugar no ranking do índice de qualidade de vida do Economist Intelligence Unit. A Irlanda foi a sexta classificada no Índice Global da Paz. A Irlanda também tem uma alta classificação no seu sistema de ensino, na liberdade política e direitos civis, na liberdade de imprensa e na liberdade económica, a qual foi também classificada como o quarto país do Índice Failed States, sendo um dos poucos países "sustentáveis" em todo o mundo. A Irlanda tem emergido como um destino atraente para imigrantes estrangeiros, que hoje totalizam aproximadamente 10% da população. A população da Irlanda é a que tem o maior crescimento na Europa, com uma taxa de crescimento anual de 2,5%. ROMÉNIA Com uma dimensão geográfica e populacional duas vezes maior que as de Portugal, a Roménia registou nos últimos cinco anos, segundo o ICEP, um crescimento económico significativo, com o PIB a variar entre os quatro e os 8,4 por cento, uma taxa de inflação que caiu de 40,7 por cento, em 2000, para 4,8 por cento no ano passado e uma taxa de desemprego praticamente constante durante o mesmo período: 7,2% e 7,9% respectivamente no ano passado. A dívida externa cresceu, nos últimos três anos, um por cento, sendo de 31,1% do PIB em 2006. Ao crescimento económico acelerado da Roménia, com um aumento substancial do consumo privado, da desinflação gradual e perspectivas futuras da sua estabilização, fruto de uma política monetária restritiva adoptada pelo Banco Central, acrescentem--se as boas perspectivas provenientes da sua adesão à UE e a subida acelerada dos investimentos, incluindo do investimento directo estrangeiro (quatro mil milhões de euros até Julho), contra o elevado défice da balança corrente, apesar dos resultados históricos esperados do IDE (balança comercial fortemente deficitária devido à pressão na procura de produtos importados). DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 21. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 20 MOÇAMBIQUE O cenário-base projecta taxas de crescimento económico acima dos 7%. Os sectores da agricultura, comércio e transportes irão desempenhar um importante papel no crescimento, contribuindo para a integração da economia nacional. De acordo com fontes locais, as receitas públicas passarão de 67 milhões de USD em 2005 para 215 milhões de USD em 2015, a preços constantes. Quanto à componente externa, muito importante dado que Moçambique apresenta uma forte dependência de fluxos internacionais, as importações deverão representar 28% do PIB e as exportações 7% (excluindo as importações e exportações dos mega projectos); as projecções desta componente pressupõem uma evolução positiva das exportações e a manutenção da ajuda externa, a qual desempenha um papel crucial para financiar o défice da conta corrente e assegurar a estabilidade económica face ao exterior. As reservas internacionais diminuirão gradualmente, o que trará pressões acrescidas sobre a taxa de câmbio. Estas projecções assentam num valor de recursos externos, em dólares, disponível para financiar as despesas do Estado praticamente constante a partir de 2006 e, por outro lado, no aumento real das receitas fiscais. ANGOLA Em 2008, o PIB de Angola teve um crescimento de 16%, tendo a actividade do sector petrolífero registado um crescimento de 13%, em comparação com 19% observada nos sectores não petrolíferos. Com efeito, à medida que a produção de petróleo vai convergindo com a sua quota de referência na OPEP, a economia angolana vai apresentando cada vez mais sinais de diversificação económica, reduzindo assim a sua dependência das exportações de petróleo. No entanto, o sector petrolífero continua a representar 58% do PIB. O sector diamantífero foi severamente afectado pela queda no preço dos diamantes, no entanto, a Endiama tem 100 projectos de concessão mineira à disposição de investidores privados e espera atingir uma produção de 17/19 milhões de quilates este ano. A taxa de inflação foi de 13,3%, acima do objectivo de 10%, e a sua moeda, o Kwanza, manteve a sua paridade relativamente ao dólar. No entanto, em Dezembro, quando a inflação importada por via do USD já não era evidente, a taxa de variação mensal foi de 1,78%, o que levou as autoridades monetárias a subir a taxa de juro de redesconto de 19,5% para 25% e a aumentar as reservas obrigatórias de 15% para 20%. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 22. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 21 3.2. MEIO ENVOLVENTE CONTEXTUAL Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual CONTEXTO TENDÊNCIAS IMPACTO Económico Contracção do crescimento da generalidade das × Redução significativa do volume de economias mundiais e crescimento das economias vendas; emergentes com níveis historicamente baixos; Contracção do investimento; × Redução significativa do volume de vendas; Contracção das exportações; × Redução significativa do volume de vendas; Contracção significativa do consumo privado, × Redução significativa do volume de nomeadamente o consumo de bens duradouros; vendas; Grau significativo de restritividade das condições × Dificuldades de acesso ao de financiamento à escala global; financiamento; Regularização progressiva da situação nos + Aumento da confiança dos mercados financeiros internacionais; consumidores; Manutenção das taxas de juro em níveis mais + Manutenção do custo do capital alheio; baixos do que os registados em 2008; Favorável aos investimentos; Redução gradual do prémio de risco; + Redução do custo do capital próprio; A procura externa dirigida às empresas + Aumento das margens de lucro no portuguesas deverá retomar uma trajectória de mercado externo; crescimento na segunda metade do ano; Contracção da procura interna; × Redução das margens de lucro no mercado interno; Abrandamento significativo das importações; + Mais consumo interno; Aumento das necessidades de financiamento da × Menos investimentos públicos; economia portuguesa em 2010 Redução temporária da taxa de inflacção e × Flutuação excessiva dos preços; posterior aumento em 2010; Fraco crescimento projectado para os preços dos + Aumento pouco significativo dos custos; bens não energéticos e serviços; × Diminuição do investimento Subida continuada do preço do petróleo; × Aumento dos custos dos combustíveis e dos betuminosos; Político-Legal Instabilidade política motivada por eleição de × Indefinição de políticas de investimento governo minoritário e/ou mudança de partido no público; governo; × Adiamento de investimentos previstos; Legislação laboral mais flexível; + Diminuição do custo da mão-de-obra; Adopção de medidas de estímulo orçamental, de + Manutenção do nível emprego e poder natureza fundamentalmente temporária, e de compra; orientada para as famílias e empresas + Reforço da protecção social; potencialmente mais afectados pela crise; Governos em todo o mundo têm procurado + Geração de novos investimentos; combater a recessão implementando planos de + Dinamização da procura; relançamento económico + Manutenção do nível emprego e poder de compra; Aumento do apoio dos governos às empresas; + Aumento da liquidez das empresas; + Redução das situações de insolvência; Legislação ambiental mais severa; × Aumento dos custos; + Melhoria das condições de concorrência; Aumento do IRS para escalões de rendimentos × Desmotivação dos quadros de topo das mais elevados; empresas e abandono do mercado nacional. Legenda: + Impacte Positivo ; × Impacte Negativo ; Ø Impacte Neutro DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 23. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 22 Quadro 6 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Contextual (continuação) CONTEXTO TENDÊNCIAS IMPACTO Sócio-Cultural Envelhecimento da população, em resultado da × Menor disponibilidade de mão-de-obra; redução da fecundidade, do aumento da esperança de vida e redução do saldo migratório; Novo modelo familiar no país com a redução do + Aumento das necessidades de habitação; número de casamentos, o forte acréscimo dos nascimentos com coabitação dos pais, o aumento dos divórcios e da idade média do casamento; Redução da Emigração definitiva e manutenção da + Aumento da mão-de-obra disponível; Emigração temporária; Aumento da Imigração, nomeadamente de países + Aumento da mão-de-obra mais barata; de Leste; Redução da população activa; × Menor disponibilidade de mão-de-obra; Aumento do nível de escolaridade; + Especialização da mão-de-obra; Aumento na desigualdade da distribuição dos + Redução do custo da mão-de-obra; rendimentos, com forte perda de poder de compra × Instabilidade social; da classe média, aumento da pobreza mundial e estrangulamento dos níveis intermédios da pirâmide social; Manutenção do diferencial de remuneração Ø Sem efeito pronunciado; Homem/Mulher; Aumento do desemprego, nomeadamente o × Redução do poder de compra dos desemprego de longa duração; consumidores; Tecnológico e Aumento da preocupação com o aquecimento × Aumento dos custos de construção; Ambiental global e as emissões de resíduos poluentes; + Novas oportunidades de negócios, nomeadamente nas energias renováveis; Promoção da utilização de energias renováveis, + Novas oportunidades de negócios; nomeadamente eólica, hídrica e solar; + Aumento do volume de vendas; Promoção da eficiência energética e das redes de + Novas oportunidades de negócios; transporte de energia; + Aumento do volume de vendas; Melhoria das infra-estruturas e transportes + Novas oportunidades de negócios; ferroviários com redes de alta velocidade; + Aumento do volume de vendas; Modernização da infra-estrutura tecnológica – + Novas oportunidades de negócios; redes de banda larga de nova geração e + Aumento do volume de vendas; consequente aumento da velocidade de transferência de informação; Aumento da normalização e certificação dos + Melhoria da qualidade da construção; produtos e serviços, nomeadamente da construção civil; Maior controlo na gestão de resíduos; × Aumento dos custos de construção; + Melhoria da sustentabilidade da construção. Legenda: + Impacte Positivo ; × Impacte Negativo ; Ø Impacte Neutro DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 24. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 23 3.3. MEIO ENVOLVENTE TRANSACCIONAL O meio envolvente transaccional é constituído por todos os agentes e factores que interagem directamente com a indústria em que a empresa actua. O seu impacte no desempenho económico dos vários concorrentes tende a ser por isso bastante acentuado e rápido. Os principais elementos que integram o meio envolvente transaccional de qualquer empresa são: Clientes – consumidores actuais ou potenciais dos bens e serviços oferecidos pela indústria; em conjunto, constituem o mercado ou a procura; Concorrentes – competidores actuais e potenciais, bem como produtos substitutos, que satisfazem as mesmas necessidades do mercado; em conjunto constituem a indústria ou a oferta; Fornecedores – agentes económicos que prestam serviços ou vendem produtos à indústria; Comunidade – organizações, indivíduos e factores que partilham recursos e têm interesses directa ou indirectamente relacionados com o mercado e a indústria. Quadro 7 – Síntese da Análise do Meio Envolvente Transaccional Contexto Tendências Impacto Clientes Mais segmentos de + Maior mercado; mercado + Maior Volume de Negócios; Concorrentes Aquisições e fusões + Menos concorrentes; × Concorrentes mais fortes; Menos equipamentos e + Menor capacidade produtiva dos concorrentes; estrutura × Estruturas mais ligeiras; Preços mais competitivos; Fornecedores Aquisições e fusões × Menos concorrência; × Maior capacidade negocial dos fornecedores; × Custos mais elevados; Comunidade Sindicatos com maior × Maior poder negocial dos trabalhadores; dimensão DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 25. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 24 Quadro 8 – Síntese dos clientes segmentados por actividade e produto Situação Actividade Produto Clientes Cliente Vias Estradas Estado Actual Rodoviárias Pontes e Viadutos Empresas Públicas Autarquias Concessões Rodoviárias Ambiente Redes de Abastecimento de Água Serviços Municipalizados Redes de Saneamento Empresas Municipais Estações Tratamento Águas Residuais Empresas Públicas Estações Tratamento Águas Construção Escolas Estado Civil Ed. Habitacionais Privados Complexos Comerciais Empresas Mercado a Retalho e Distribuição Complexos Turísticos Empresas de Hotelaria Ed. Industriais Empresas Industriais de Vários Sectores Energias Parque Eólicos Fabricantes de Aerogeradores Renováveis Mini-Hídricas Empresas Privadas de Exploração de Energia Empresas Municipais Empresas Públicas Cliente - - - Potencial Quadro 9 – Síntese de Fornecedores Empresas Grupos de Fornecedores segmentados quanto à natureza da compra Galp; Cepsa Produtores de Betumes Mota-Engil Agregados Pedreiras / Inertes Sicobrita; Agrepor Betão Liz; Unibetão Centrais de Betão Sardaço; Nordesfer Siderúrgicas Jayme da Costa; Subempreiteiros especializados de construção civil Edibarra; JFPinheiro Quadro 10 – Síntese dos Agentes e Grupos de Interesse Grupos Agentes de Interesse Sindicatos Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Associações APORBET – Associação Portuguesa Fabricante de Misturas Betuminosas AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços ANEOP – Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 26. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 25 Quadro 11 – Síntese dos concorrentes Empresa Descrição Análise EUSÉBIOS & Data de Fundação: 1942 Capacidades: FILHOS, SA Sede: Amares, Braga Elevada capacidade em gestão de Nº Colaboradores: 500 subempreitadas de construção civil. Falta de meios próprios. Volume de Negócios: 80m€ Objectivos: Crescimento Anual: 20% Aumentar o volume de negócios para 100m€. Mercados: Estratégia: Portugal, Espanha, Bélgica, Marrocos, Argélia, Líbia e Angola. Internacionalização Áreas de Actuação: Pressupostos: Construção civil (edifícios residenciais, Mercado nacional com fracas oportunidades. escolas, instalações desportivas, edifícios de escritórios, piscinas, fábricas, áreas de lazer, igrejas, câmaras municipais); Engenharia civil (infra-estruturas rodoviárias); Engenharia ambiental (estações de tratamento de águas); Comércio de Materiais de Construção. CASAIS Data de Fundação: 1958 Capacidades: Sede: Braga Capacidade própria para executar empreitadas Nº Colaboradores: de construção civil de elevado nível de complexidade. Volume de Negócios: 200m€ Objectivos: Crescimento Anual: 29% Aumentar o volume de negócios para 300m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Angola, Alemanha, Espanha, Bélgica, Gibraltar, Rússia, Marrocos, Internacionalização e diversificação. Cazaquistão Privilegiar as parcerias estratégicas, nomeadamente com a Galp Energia no Áreas de Actuação: desenvolvimento de mini-hídricas. Obras Especiais, Edíficios Públicos e Pressupostos: Privados, Industriais, Desportivos, Infraestruturas Hidraúlicas, Reabilitação, Mercado da construção civil nacional com Obras de Arte, Turismo, Indústria, Ambiente fracas oportunidades. e Energia; DST Data de Fundação: Capacidades: Sede: Braga Forte componente empreendedora Nº Colaboradores: 230 Objectivos: Volume de Negócios: 150m€ Aumentar o volume de negócios para 300m€; Crescimento Anual: 31% Estratégia: Mercados: Internacionalização e Diversificação não Portugal, Hungria, Polónia, Eslováquia, correlacionada, nomeadamente em energias Roménia, Hungria, Brasil, Angola e Argélia renováveis (energia eólica e solar), concessões municipais de água e fibra óptica. Áreas de Actuação: Pressupostos: Construção, engenharia, águas e saneamento, telecomunicações e energias renováveis; Mercado da construção civil é demasiado restito face às ambições da empresa. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 27. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 26 Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação) Empresa Descrição Análise ALBERTO Data de Fundação: 1982 Capacidades: COUTO ALVES Sede: Braga Forte qualificação em obras rodoviárias e de CONSTRUÇÕES, requalificação urbana. Nº Colaboradores: 1500 SA Objectivos: Volume de Negócios: 150m€ Crescimento Anual: 27% Aumentar o volume de negócios para 250m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Leste Europeu, Norte de África e Internacionalização; Reforço da posição da Angola produção de pré-fabricados de betão em Angola. Áreas de Actuação: Pressupostos: Construção de obras rodoviárias, obras de arte, trabalhos de requalificação e inserção A competência central reside nas obras urbana, infra-estruturas e construção civil. rodoviárias, área onde tem maior rentabilidade. J. GOMES Data de Fundação: 1968 Capacidades: Sede: Braga Competência elevada na execução e Nº Colaboradores: 300 coordenação de obras de construção civil. Volume de Negócios: 60m€ Objectivos: Crescimento Anual: 18% Aumentar o volume de negócios para 80m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Leste Europeu, Norte de África e Internacionalização Angola Pressupostos: Áreas de Actuação: A competência central reside na construção Construção de Habitação, edifícios não civil.. residenciais, comércio e indústria, educação e saúde, obras de engenharia e infra-estruturas, recuperação e remodelação. ABB – Data de Fundação: 1950 Capacidades: ALEXANDRE Sede: Braga Equipamentos próprios. BARBOSA Objectivos: Nº Colaboradores: 420 BORGES, SA Volume de Negócios: 48m€ Aumentar o volume de negócios para 55m€; Crescimento Anual: 9% Estratégia: Mercados: Internacionalização e diversificação, Portugal, Angola, Polónia nomeadamente nas concessões municipais de água. Áreas de Actuação: Pressupostos: Terraplenagens; Tratamento de águas, efluentes e resíduos. Empresa tem necessidade de diversificar as suas áreas de negócio. MONTE Data de Fundação: 2004 (Fusão) Capacidades: ADRIANO Sede: Póvoa de Varzim Forte competência na execução de vias de Nº Colaboradores: 1350 comunicação e infra-estruturas. Volume de Negócios: 267m€ Objectivos: Crescimento Anual: 10% Aumentar o volume de negócios para 320m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Angola, Cabo Verde, Espanha, Diversificação e internacionalização, Roménia e Marrocos. nomeadamente para o Médio Oriente. Posição de destaque na comercialização de Áreas de Actuação: betuminosos em Angola. Promoção Produção de inertes e betuminosos, vias de Imobiliária em Angola. comunicação, obras de arte, infra-estruturas Pressupostos: ferroviárias, fundações, terraplanagens, ETA’s, ETAR’s, saneamento e abastecimento Mercado nacional saturado e em declíneo. de água DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 28. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 27 Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação) Empresa Descrição Análise FDO Data de Fundação: 1980 Capacidades: Sede: Braga Forte componente empreendedora. Nº Colaboradores: Dificuldade na obtenção de crédito, subida dos preços das matérias-primas. Volume de Negócios: 169m€ Objectivos: Crescimento Anual: 57% Sustentar o crescimento rentável do negócio. Mercados: Estratégia: Portugal, Angola, Marrocos, Espanha, França, Polónia e Brasil Internacionalização (baseada em parcerias com promotores locais) e diversificação, Áreas de Actuação: nomeadamente no segmento das Energias Construção Civil e Obras Públicas, Renováveis e do Ambiente. imobiliária, infra-estruturas, reabilitação, Pressupostos: comercialização de materiais de construção, serralharia, fundações especiais, turismo, Empresa irá passar de uma empresa de ambiente e energia, centros comerciais, construção a um grupo económico parques de estacionamento, transportes e diversificado a médio prazo. aluguer de equipamentos. TECNOVIA Data de Fundação: 1973 Capacidades: Sede: Porto Salvo Forte competência na construção de grandes Nº Colaboradores: 870 infra-estruturas. Equipamentos próprios. Volume de Negócios: 300m€ Objectivos: Crescimento Anual: 17% Aumentar o volume de negócios para 400m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Angola, Brasil, Marrocos e São Consolidação do mercado nacional. Tomé e Príncipe Internacionalização. Diversficação e desenvolvimento de parcerias público- Áreas de Actuação: privadas no âmbito da construção e serviços, Vias de Comunicação, Obras de Arte, Obras assim como aumentar a proximidade Marítimas, Requalificação Urbana, empresa/cliente. Construção Civil e Aeroportuárias, Estações Pressupostos: de Tratamento de Água, Infra-estruturas, Concessões Rodoviárias e Parques de O mercado nacional ainda tem margem de Estacionamento. crescimento. O mercado internacional constitui uma aposta para acelerar o crescimento. AMÂNDIO Data de Fundação: 1960 Capacidades: CARVALHO Sede: Vila Nova de Famalicão Forte competência na construção de vias de Nº Colaboradores: 325 comunicação. Volume de Negócios: 60m€ Objectivos: Crescimento Anual: % Aumentar o volume de negócios para 70m€; Mercados: Estratégia: Portugal, ??? Internacionalização. Desenvolvimento de parcerias estratégicas. Áreas de Actuação: Pressupostos: Construção e conservação de estradas e infra- estruturas urbanas estendendo-se aos sub- Mercado nacional com fracas oportunidades. sectores das infra-estruturas hidráulicas, arranjos urbanísticos e ambiente. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 29. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 28 Quadro 11 – Síntese dos concorrentes (continuação) Empresa Descrição Análise JAIME RIBEIRO Data de Fundação: 1960 Capacidades: & FILHOS, SA Sede: Vila Nova de Gaia Elevada capacidade em gestão de Nº Colaboradores: 382 subempreitadas de construção civil. Falta de meios próprios. Volume de Negócios: 46m€ Objectivos: Crescimento Anual: 10% Aumentar o volume de negócios para 50m€; Mercados: Estratégia: Portugal, Angola e Marrocos Internacionalização Áreas de Actuação: Pressupostos: Obras de Urbanização; Edifícios; Geotecnia; Obras Hidráulicas; Túneis; Vias-férreas Mercado nacional saturado e em declíneo. ROSAS Data de Fundação: 1964 Capacidades: CONSTRUTORES, Sede: Águeda Forte competência na execução de vias de SA (GRUPO FCC comunicação e infra-estruturas. Nº Colaboradores: 484 Construcción) Objectivos: Volume de Negócios: 55m€ Crescimento Anual: 10% Aumentar o volume de negócios para 60m€. Mercados: Estratégia: Portugal Diferenciação. Consolidar a actual cota de mercado. Áreas de Actuação: Pressupostos: Vias de comunicação, obras de artes e infra- estruturas e produção de misturas O mercado nacional ainda tem margem de betuminosas crescimento. OPWAY Data de Fundação: 2008 (Fusão) Capacidades: ENGENHARIA, Sede: Lisboa Leque alargado de competências centrais. SA Forte endividamento bancário. Nº Colaboradores: 810 Volume de Negócios: 550m€ Objectivos: Crescimento Anual: 27% Aumentar o volume de negócios para 700m€. Mercados: Atingir 80% do volume de facturação com Portugal, Espanha, Argélia, Angola, Brasil, origem internacional. Moçambique, Cabo Verde, Congo. Estratégia: Áreas de Actuação: Internacionalização nomeadamente nos países Vias de comunicação (infra estruturas emergentes no sector das infra-estruturas; ferroviárias, infra estruturas aeroportuárias, Diversificação de actividades; Liderança de estradas, pontes e viadutos), Obras marítimas, Mercado. Obras subterrâneas, Construção civil, Pressupostos: urbanística e indústria, Hidráulico Empresa de engenharia global, integrando (barragens), Fundação e Geotecnia, infra- todas as componentes de realização de um estruturas de gás, água, telecomunicações e projecto, desde a montagem à manutenção, electricidade, Concessões, cerâmicas e passando naturalmente pela construção. indústria de pré-fabricados. DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 30. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 29 Os grupos estratégicos de uma indústria constituem conjuntos de empresas de um dado sector que adoptam estratégias idênticas ou semelhantes em função de determinadas variáveis. Quadro 12 – Mapas de Grupos Estratégicos ÁREA ACTUAÇÃO Abrangente 9 FDO + Tecnovia OPWAY Casais 8 7 6 Jaime DST Monte Ribeiro Adriano 5 GASC ACA 4 Rosas + Eusébios 3 ABB + J.Gomes 2 Amândio Especializada 1 50m€ 100 150 200 250 300 350 400 450m€ Pequena Média Grande DIMENSÃO ÁREA ACTUAÇÃO Abrangente 9 Tecnovia FDO Casais OPWAY 8 7 DST 6 Jaime Monte Ribeiro Adriano 5 GASC ACA 4 Rosas Eusébios 3 ABB + J.Gomes 2 Amândio Especializada 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Nacional Internacional Multinacional COBERTURA GEOGRÁFICA DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 31. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 30 3.4. ATRACTIVIDADE DA INDÚSTRIA 3.4.1. Valor da Atractividade Sectorial Nem todas as indústrias são igualmente atractivas. Assim, o sector é tanto mais atractivo ou rentável quanto maior for a sua dimensão futura e/ou a sua margem operacional. Quadro 13 – Síntese da Atractividade Sectorial Vendas Taxa de Atractividade Segmento Sectorial Rentabilidade M€ Crescimento Sectorial M€ Infraestruturas Ferroviárias 10.498 100% 25% 83.984 Aeroportos 3.426 60% 30% 10.777 Infraestruturas Rodoviárias 7.482 40% 25% 10.060 Equipamentos de Energia 10.935 20% 30% 8.163 Plataformas Logísticas e 1.550 60% 25% 4.063 respectivos acessos Escolas 2.593 40% 20% 2.789 Barragens 1.656 40% 30% 2.672 Reabilitação Urbana 5.000 6% 20% 1.338 Águas e Ambiente 5.709 6% 20% 1.528 Equipamentos de Saúde 1.516 20% 20% 754 Infraestruturas Judiciais 620 40% 20% 667 Portos e obras costeiras 584 6% 30% 234 NOTA: Valor Atractividade Sectorial = Vendas x (1+Taxa de Crescimento)^t x Rentabilidade das Vendas t – horizonte temporal = 5 anos DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 32. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 31 3.4.2. Modelo das Cinco Forças Embora o cálculo do VAS forneça uma estimativa da rentabilidade a longo prazo de um negócio, não explica as razões dessa atractividade. Para esse efeito, é conveniente recorrer ao modelo das cinco forças. De acordo com este modelo, a atractividade a longo prazo de uma indústria resulta da acção conjunta dos seguintes factores: potencial de novas entradas, pressão de produtos substitutos, poder negocial dos fornecedores, poder negocial dos clientes e rivalidade entre concorrentes actuais. Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Vias Rodoviárias POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Baixo Baixa Difícil acesso ao mercado Redução do Investimento; Apenas os materiais reciclados especializado das vias rodoviárias; Baixa protecção das empresas constituem produtos substitutos Elevado investimento inicial; nacionais; neste mercado; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Elevado Elevada Elevado Elevado poder dos fornecedores Elevada concorrência de empresas Elevado poder negocial do estado, de combustíveis e betumes; de média dimensão na área da das autarquias e dos grandes manutenção; investidores privados motivado Elevada concorrência de empresas pela forte concorrência; de grande dimensão na área da construção; Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Construção Civil POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Elevado Elevada Fácil acesso ao mercado; Redução do Investimento; Grande variedade de produtos e Investimento inicial acessível; Baixa protecção das empresas soluções disponíveis no mercado; nacionais; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Baixo Elevada Elevado Elevado número de fornecedores Elevado número de empresas a Oferta superior à procura; no mercado; operar no mercado; DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 33. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 32 Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Energias Renováveis POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Baixo Baixo Difícil acesso ao mercado; Forte investimento no sector; Pouca variedade de produtos e Necessário elevada experiência; soluções disponíveis no mercado; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Baixo Baixa Elevado Elevado número de fornecedores Reduzido número de empresas a Oferta superior à procura; no mercado; operar no mercado; Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Imobiliária POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Elevado Elevada Fácil acesso ao mercado; Incentivos ao Arrendamento Oferta excessiva de produtos no Não é necessário muita experiência, Imobiliário; mercado; nem estrutura. PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Baixo Elevada Médio Elevado número de fornecedores Elevado número de empresas a Clientes com elevado poder no mercado; operar no mercado; financeiro possuem maior poder negocial, face a clientes com pouco poder financeiro. Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Pré-Fabricação POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Baixo Elevada Investimento inicial elevado; Redução do Investimento; Elevada oferta de produtos no mercado; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Baixo Elevada Elevado Elevado número de fornecedores Elevado número de empresas a Oferta superior à procura; no mercado; operar no mercado; DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 34. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 33 Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Inertes e Betuminosos POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Baixo Baixa Investimento inicial muito Redução do Investimento; Apenas os materiais reciclados elevado; constituem produtos substitutos neste mercado; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Elevado Baixa Médio Elevado poder dos fornecedores Reduzido número de empresas a Oferta ajustada à procura; de combustíveis e betumes; operar no mercado; Quadro 14 – Modelo das Cinco Forças de Porter Indústria/Segmento: Construção – Segmento de Concessões POTENCIAL DE NOVAS GOVERNO PRESSÃO DE PRODUTOS ENTRADAS SUBSTITUTOS Baixo Baixa Investimento inicial muito Forte Investimento; Não existem produtos elevado; substitutos; Necessário parcerias com a banca; PODER NEGOCIAL DOS RIVALIDADE ENTRE PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES CONCORRENTES CLIENTES Baixo Baixa Médio Elevado número de Reduzido número de empresas a Oferta ajustada à procura; fornecedores no mercado; operar no mercado; DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009
  • 35. GABRIEL COUTO DIAGNÓSTICO E PLANO ESTRATÉGICO 34 3.5. ESTRUTURA DA INDÚSTRIA A indústria da construção assume uma configuração fragmentada com tendência no futuro a concentrações, no sentido de explorar as economias de escala e de experiência. 3.6. FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO Uma vez analisadas as tendências do meio envolvente, a atractividade e a estrutura da indústria, é necessário identificar as actividades ou variáveis de gestão que têm de ser muito bem executadas para garantir o bom desempenho da empresa no seu negócio, os factores críticos de sucesso. Tal como a estratégia de uma empresa, os factores críticos de sucesso têm origem na combinação das características dos clientes com a natureza da concorrência. Os factores críticos de sucesso de um negócio são pois as variáveis que mais valor proporcionam aos clientes e que melhor diferenciam os concorrentes na criação desse valor. Quadro 15 – Identificação dos Factores Críticos de Sucesso FACTORES-CHAVE DE FACTORES DE COMPRA + COMPETIÇÃO = FACTORES CRÍTICOS DE (VALOR PARA OS (VARIÁVEIS DE SUCESSO CLIENTES) COMPETIÇÃO) VIAS RODOVIÁRIAS Preço Preço Custos Operacionais Qualidade Qualidade Qualidade Prazo de execução Prazo de execução Gestão Logística CONSTRUÇÃO Preço Preço Custos Operacionais CIVIL Qualidade Qualidade Qualidade Prazo de execução Prazo de execução Gestão Logística ENERGIAS Qualidade Qualidade Qualidade RENOVÁVEIS Prazo de execução Prazo de execução Gestão Logística IMOBILIÁRIA Preço Preço Custos de aquisição Qualidade Qualidade Qualidade Localização Condições de pagamento Relações comerciais com Diferenciação do produto entidades de crédito Actividades promocionais Gama de produtos Política de Comunicação PRÉ-FABRICAÇÃO Preço Preço Custos Operacionais Qualidade Qualidade Qualidade Prazo de entrega Prazo de entrega Flexibilidade operacional Adaptações técnicas INERTES E Preço Preço Custos Operacionais BETUMINOSOS CONCESSÕES Preço Preço Custos de aquisição e Qualidade Qualidade exploração Qualidade Relação comercial com entidades de crédito DCAMPOS ▪ JNUNES ▪ MBABO ▪ 2009