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11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 1/7
Geopolítica: Quais são e o que
querem os territórios que brigam
por independência?
Andréia Martins
Da Novelo Comunicação 17/10/2014 12h00
m n o H J Imprimir F Comunicar erro
Não é de hoje que territórios e países em diferentes partes do mundo buscam
independência. O ano de 2014 foi agitado neste quesito. Da Crimeia, que foi
recentemente anexada à Rússia em um controverso processo, à Escócia, que
desejava a independência em relação ao Reino Unido, assim como Irlanda do Norte
e País de Gales, à Catalunha, na Espanha, vários movimentos tentaram obter ou
persistem na ideia de separação. 
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os movimentos separatistas surgem por diferentes motivos. Podem ter cunho
político, étnico ou racial, religioso ou social. Em sua maioria, trata-se de colônias ou
territórios pequenos que se sentem desvalorizados pelos governos principais de
seus países e buscam na independência uma forma de valorizar e garantir mais
direitos e investimentos à sua população.
A Europa é o continente que mais vivencia essa situação de “desejo de
independência”. Tal situação preocupa a União Europeia, que teme que caso um
grupo separatista ganhe a causa provoque um efeito cascata nos demais
movimentos.
Quando uma região ou território se torna independente mudam-se fronteiras,
alianças, relações econômicas e blocos, e os “novos” países têm que iniciar uma
série de reformas, criando instituições próprias como Banco Central, Forças
Armadas, entre outras, e o “novo” país precisa ser reconhecido por outros países.
Conheça os principais territórios e países que, atualmente, desejam a separação ou
ainda buscam o reconhecimento de sua independência, e os objetivos de cada um.
REINO UNIDO
O Reino Unido é um país europeu formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e
Irlanda do Norte. Sua capital é Londres, a mesma da Inglaterra, o que já aponta
uma liderança desse país no bloco. Essa liderança, enxergada como favorecimento
por uns, é um dos motivos do surgimento de movimentos separatistas nos demais
países.
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11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
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Escócia: Em 2014, a Escócia realizou um plebiscito para se tornar independente
em relação ao Reino Unido. Em um dia histórico, 53% dos 3,6 milhões de eleitores
votaram pelo “não”. Os partidários da independência, liderados pelo SNP (Partido
Nacional Escocês), maioria no parlamento, buscam mais liberdade constitucional e
autonomia fiscal, o que, segundo os críticos, estão centralizadas demais na
Inglaterra. Outro objetivo é criar um fundo de reserva com o valor obtido na
exploração de petróleo do Mar do Norte, cerca de £1 bilhão, ou US$ 1,6 bi, de
acordo com os cálculos da ala favorável à separação.
País de Gales: Também deseja se separar do Reino Unido. Em um referendo em
2011, 63,49% dos eleitores votaram a favor da atribuição de maiores poderes à
Assembleia Nacional de Gales. O partido Plaid Cymru é um dos principais
promotores da ideia de separação. O objetivo da campanha é construir um Estado
Nacional Autônomo.
Irlanda do Norte: Os irlandeses devem realizar um plebiscito sobre a
independência em relação ao Reino Unido em até quatro anos. Em 1921, após a
guerra de independência irlandesa contra o Reino Unido, Londres assinou uma
trégua com Dublin e, dois anos depois, fundou o Estado Livre Irlandês. Nesse
processo, o governo britânico ficou com seis dos nove condados que compõem a
região do Ulster, província irlandesa. O objetivo da independência é juntar esses
seis territórios à República da Irlanda. A independência é também uma das
principais bandeiras do IRA (Exército Republicano Irlandês).
ESPANHA
O país convive há anos com os desejos de independência dos catalães e bascos,
motivados, principalmente, pelo desejo de manter suas tradições culturais.
Arte/UOL
Mapa da Espanha
Catalunha: Um referendo sobre a independência acontece em novembro de 2014;
a Espanha já declarou que o referendo é inconstitucional. O movimento de
independência catalão é antigo. A Catalunha se considera um território a parte. É
uma comunidade autônoma, tem autossuficiência legislativa e competências
executivas, além de ter o próprio idioma, o catalão. Com a independência querem
mais autonomia e o fortalecimento da sua cultura. Caso isso ocorra, Barcelona, uma
das principais cidades turísticas da Espanha, se tornará a capital do novo país.
País Basco: Localizado no norte da Espanha, a oeste da França, busca separação
desde 1959, quando nasceu o grupo separatista ETA (sigla para “País Basco e
Liberdade”). O grupo propagou pela luta armada o desejo de independência, o que
o fez ser considerado uma organização terrorista pela União Europeia e EUA. Em
2011, o ETA anunciou o fim da luta armada, mas segue em busca da separação.
Com língua própria e um Parlamento desde 1980, os bascos ainda não têm
território. Embora a região tenha autonomia desde a constituição espanhola de
1978, os separatistas querem que Espanha e França reconheçam a independência
do País Basco que compreende os territórios de Álava, Guipúzcoa, Vizcaya,
Navarra e Baixa Navarra, Lapurdi e Zuberoa, esses três últimos, territórios do País
Basco Francês.
11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
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EX-UNIÃO SOVIÉTICA
Muitos movimentos separatistas que existem hoje na área da antiga União Soviética
(composta pelos países Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia,
Lituânia, Letônia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão,
Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão e Tadjiquistão) ainda remontam da época
do final do país, em 1991, que deu à região uma nova configuração, com novos
países. Muitos territórios ainda brigam pelo reconhecimento de sua independência.
Arte/UOL
Área da antiga URSS - hoje separada em países e territórios que buscam o
reconhecimento de sua independência
Ossétia do Sul (Geórgia): Com o fim da URSS essa área foi entregue à Geórgia. A
partir daí, uma série de conflitos ocorreu entre russos e georgianos pelo controle da
região. A Ossétia do Sul declarou independência em 2008, reconhecida apenas por
Rússia, Venezuela, Nicarágua, Nauru e Tuvalu. EUA, UE (União Europeia) e ONU
não reconhecem a separação. Os ossetianos do sul querem se juntar à Ossétia do
Norte, uma república autônoma dentro da federação russa. A independência
valorizaria mais a tradição dos ossetianos, que têm identidade e cultura diferentes
dos georgianos e uma língua própria.
Abecásia (Geórgia): A Abecásia se considera um Estado independente desde a
derrota das forças georgianas na guerra de 1992-1993. No entanto, sua
independência não foi reconhecida pela ONU.
Nagorno-Karabakh (Azerbaijão): Em Nagorno-Karabakh a maioria da população é
armênia. O território declarou sua independência em relação ao Azerbaijão, mas
esta não foi reconhecida por nenhum país. O desejo dos separatistas é unir-se ao
território da Armênia.
Transdnístria (Moldávia): Localizada na fronteira da Ucrânia com a Moldávia, a
região do Leste Europeu declarou independência do governo moldávio em 1990.
Moscou, apesar de não reconhecer a independência deu apoio econômico e
político. Em um referendo de 2006, a região reiterou sua vontade de se separar e
de uma eventual anexação à Rússia -- quase metade da população é de etnia
russa. A Transdnístria tem sua própria moeda, Constituição, Parlamento e bandeira,
mas quer ser reconhecida como um Estado independente e a anexação à Rússia.
OUTRAS PARTES DA EUROPA
Flanders (Bélgica): Com uma população de 6,4 milhões de habitantes, Flandres
busca sua independência completa da Bélgica. A causa é defendida por partidos da
ala conservadora, como o Vlaams Belang. A crise econômica que abala o país
desde 2009 ajudou esses partidos a reforçarem a necessidade da separação. O
objetivo é instituir a República de Flandres, que seria composta pelas regiões de
Flandres, Bruxelas e Valônia.
Arte/UOL
11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
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Mapa da Bélgica
Ilha de Córsega (França): Na terra natal de Napoleão Bonaparte a vontade de
tornar-se um território independente existe desde 1976. Quem mais difunde esse
ideal é a FLNC (Frente de Libertação Nacional da Córsega), movimento político
nacionalista e de luta armada. Os moradores da ilha tem seu próprio idioma e se
referem ao resto da França como “continente”. Em 2013 o FLNC reiterou que
continuará sua luta pela separação. Os nacionalistas querem mais autonomia em
relação à França, que consideram enxergar a ilha apenas como reduto turístico e de
exploração imobiliária.
Arte/UOL
Mapa da França
Padania (Itália): A unificação da Itália na segunda metade do século 19 não
eliminou as diferenças regionais de seus territórios. Desde 1991 a Liga Norte (Lega
Nord), grupo criado pelo político Umberto Bossi, defende a separação de uma área
da região norte chamada de 'Padania'. Para o grupo, a região sul atrapalharia o
progresso no norte do país. De acordo com a proposta, a Padania seria constituída
por onze regiões da atual Itália (Lombardia, Veneto, Piemonte, Emilia-Romagna,
Ligúria, Friuli, Trentina, o vale de Aosta, Úmbria, Marcas e Toscana), com uma
população de 34 milhões de pessoas.
Arte/UOL
Mapa da Itália com a marcação de qual seria a região da Padania
11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
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Kosovo (Sérvia): Declarou sua independência da Sérvia em 2008, é reconhecido
por vários países, mas não é membro da ONU. Sérvia, Rússia, China e outros
países também não reconhecem a separação. Por esse motivo, sua independência
não é tida como bem-sucedida. A separação visa preservar e garantir direitos e
liberdades para a majoritária população albanesa do Kosovo, que não era vista com
bons olhos pelo governo sérvio, que operou várias ofensivas militares contra o
território.
Arte/UOL
Mapa da Sérvia
OUTRAS PARTES DO MUNDO
Quebéc (Canadá): O movimento de independência é liderado pelo PQ (Parti
Québécois). No entanto, contra eles pesam os resultados de dois referendos sobre
a questão, um em 1980 e outro em 1995, onde o “não” saiu vitorioso. Mesmo assim,
o PQ quer convocar um terceiro referendo. A principal motivação é cultural. A
maioria da população da província do Quebéc descende de franceses – o que faz
do francês a língua principal--, ao contrário das outras províncias, onde a maioria
descende de ingleses ou escoceses. A forte influência francesa tornaria a província
sensivelmente diferente do resto do país. Os separatistas consideram ainda que a
província não é beneficiada economicamente pelo governo canadense.
Arte/UOL
Mapa do Canadá
Tibete (China): O Tibete manteve o status de país independente entre 1911 e
1950. A situação mudou com a chegada de Mao Tsé-tung ao poder. Em 1963, a
região foi nomeada Região Autônoma e hoje tem um governo apoiado pela China,
que não abre mão de controlar o território. Os que defendem a independência
consideram que a região está em atraso em relação às demais províncias costeiras
chinesas, embora a China alegue ter levado progresso e benefícios materiais ao
Tibete. Além disso, a população local enfrenta uma forte concorrência por emprego
com os chineses e veem na ‘dura’ política chinesa uma ameaça às tradições
religiosas e a liberdade.
Arte/UOL
11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
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Mapa da China
República Turca do Chipre do Norte (Chipre): Parte do território da ilha de Chipre
que se considera independente desde 1983 e vive de acordo com as próprias leis
sem, no entanto, ter sua independência reconhecida pela comunidade internacional.
A região foi invadida pela Turquia em 1974 após um golpe militar greco-cipriota. A
independência é reconhecida apenas pela Turquia, o que impossibilita a entrada do
país na União Europeia, grupo do qual o Chipre faz parte.
Arte/UOL
Mapa do Chipre
Curdistão (Iraque): Considerada a área mais estável do Oriente Médio, o Curdistão
iraquiano já é uma região autônoma, mas ainda busca sua plena independência.
Além do Iraque, a área do Curdistão se distribui pela Turquia, Irã, Síria, Armênia e
Azerbaijão. Os curdos são um grupo étnico com sua própria língua e cultura,
diferentes das populações árabe, persa e turca predominantes na região. As
diferenças culturais, a estabilidade econômica (a área é rica em petróleo) e a visão
não tão radical da religião motiva os curdos iraquianos a desejarem a
independência.
Arte/UOL
Mapa do Iraque
DIRETO AO PONTO
11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular
http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 7/7
Os movimentos separatistas podem ter cunho político, étnico ou racial, religioso ou social. Em sua maioria,
trata-se de colônias ou territórios pequenos que se sentem desvalorizados pelos governos principais de
seus países e buscam na independência uma forma de valorizar e garantis mais direitos e investimentos à
sua população.
A Europa é o continente que mais vivencia essa situação de “desejo de independência”. Tal situação
preocupa a União Europeia, que teme que caso um grupo separatista ganhe a causa provoque um efeito
cascata nos demais movimentos.
Apresentamos os principais países que hoje vivenciam uma situação de “desejo de separação” de seus
territórios e províncias, como é o caso de Catalunha e País Basco, na Espanha; os territórios que buscam
reconhecimento completo de sua independência após o fim da União Soviética, entre outros.
 
Andréia Martins
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Geopolítica

  • 1. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 1/7 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? Andréia Martins Da Novelo Comunicação 17/10/2014 12h00 m n o H J Imprimir F Comunicar erro Não é de hoje que territórios e países em diferentes partes do mundo buscam independência. O ano de 2014 foi agitado neste quesito. Da Crimeia, que foi recentemente anexada à Rússia em um controverso processo, à Escócia, que desejava a independência em relação ao Reino Unido, assim como Irlanda do Norte e País de Gales, à Catalunha, na Espanha, vários movimentos tentaram obter ou persistem na ideia de separação.  Direto ao ponto: Ficha-resumo Os movimentos separatistas surgem por diferentes motivos. Podem ter cunho político, étnico ou racial, religioso ou social. Em sua maioria, trata-se de colônias ou territórios pequenos que se sentem desvalorizados pelos governos principais de seus países e buscam na independência uma forma de valorizar e garantir mais direitos e investimentos à sua população. A Europa é o continente que mais vivencia essa situação de “desejo de independência”. Tal situação preocupa a União Europeia, que teme que caso um grupo separatista ganhe a causa provoque um efeito cascata nos demais movimentos. Quando uma região ou território se torna independente mudam-se fronteiras, alianças, relações econômicas e blocos, e os “novos” países têm que iniciar uma série de reformas, criando instituições próprias como Banco Central, Forças Armadas, entre outras, e o “novo” país precisa ser reconhecido por outros países. Conheça os principais territórios e países que, atualmente, desejam a separação ou ainda buscam o reconhecimento de sua independência, e os objetivos de cada um. REINO UNIDO O Reino Unido é um país europeu formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Sua capital é Londres, a mesma da Inglaterra, o que já aponta uma liderança desse país no bloco. Essa liderança, enxergada como favorecimento por uns, é um dos motivos do surgimento de movimentos separatistas nos demais países. Arte/UOL Mapa do Reino Unido Atualidades Related Searches Vestibular Rehabilitation Balance Disorders Vestibular Schwannoma Dizziness And Vertigo Solution Real
  • 2. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 2/7 Escócia: Em 2014, a Escócia realizou um plebiscito para se tornar independente em relação ao Reino Unido. Em um dia histórico, 53% dos 3,6 milhões de eleitores votaram pelo “não”. Os partidários da independência, liderados pelo SNP (Partido Nacional Escocês), maioria no parlamento, buscam mais liberdade constitucional e autonomia fiscal, o que, segundo os críticos, estão centralizadas demais na Inglaterra. Outro objetivo é criar um fundo de reserva com o valor obtido na exploração de petróleo do Mar do Norte, cerca de £1 bilhão, ou US$ 1,6 bi, de acordo com os cálculos da ala favorável à separação. País de Gales: Também deseja se separar do Reino Unido. Em um referendo em 2011, 63,49% dos eleitores votaram a favor da atribuição de maiores poderes à Assembleia Nacional de Gales. O partido Plaid Cymru é um dos principais promotores da ideia de separação. O objetivo da campanha é construir um Estado Nacional Autônomo. Irlanda do Norte: Os irlandeses devem realizar um plebiscito sobre a independência em relação ao Reino Unido em até quatro anos. Em 1921, após a guerra de independência irlandesa contra o Reino Unido, Londres assinou uma trégua com Dublin e, dois anos depois, fundou o Estado Livre Irlandês. Nesse processo, o governo britânico ficou com seis dos nove condados que compõem a região do Ulster, província irlandesa. O objetivo da independência é juntar esses seis territórios à República da Irlanda. A independência é também uma das principais bandeiras do IRA (Exército Republicano Irlandês). ESPANHA O país convive há anos com os desejos de independência dos catalães e bascos, motivados, principalmente, pelo desejo de manter suas tradições culturais. Arte/UOL Mapa da Espanha Catalunha: Um referendo sobre a independência acontece em novembro de 2014; a Espanha já declarou que o referendo é inconstitucional. O movimento de independência catalão é antigo. A Catalunha se considera um território a parte. É uma comunidade autônoma, tem autossuficiência legislativa e competências executivas, além de ter o próprio idioma, o catalão. Com a independência querem mais autonomia e o fortalecimento da sua cultura. Caso isso ocorra, Barcelona, uma das principais cidades turísticas da Espanha, se tornará a capital do novo país. País Basco: Localizado no norte da Espanha, a oeste da França, busca separação desde 1959, quando nasceu o grupo separatista ETA (sigla para “País Basco e Liberdade”). O grupo propagou pela luta armada o desejo de independência, o que o fez ser considerado uma organização terrorista pela União Europeia e EUA. Em 2011, o ETA anunciou o fim da luta armada, mas segue em busca da separação. Com língua própria e um Parlamento desde 1980, os bascos ainda não têm território. Embora a região tenha autonomia desde a constituição espanhola de 1978, os separatistas querem que Espanha e França reconheçam a independência do País Basco que compreende os territórios de Álava, Guipúzcoa, Vizcaya, Navarra e Baixa Navarra, Lapurdi e Zuberoa, esses três últimos, territórios do País Basco Francês.
  • 3. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 3/7 EX-UNIÃO SOVIÉTICA Muitos movimentos separatistas que existem hoje na área da antiga União Soviética (composta pelos países Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão e Tadjiquistão) ainda remontam da época do final do país, em 1991, que deu à região uma nova configuração, com novos países. Muitos territórios ainda brigam pelo reconhecimento de sua independência. Arte/UOL Área da antiga URSS - hoje separada em países e territórios que buscam o reconhecimento de sua independência Ossétia do Sul (Geórgia): Com o fim da URSS essa área foi entregue à Geórgia. A partir daí, uma série de conflitos ocorreu entre russos e georgianos pelo controle da região. A Ossétia do Sul declarou independência em 2008, reconhecida apenas por Rússia, Venezuela, Nicarágua, Nauru e Tuvalu. EUA, UE (União Europeia) e ONU não reconhecem a separação. Os ossetianos do sul querem se juntar à Ossétia do Norte, uma república autônoma dentro da federação russa. A independência valorizaria mais a tradição dos ossetianos, que têm identidade e cultura diferentes dos georgianos e uma língua própria. Abecásia (Geórgia): A Abecásia se considera um Estado independente desde a derrota das forças georgianas na guerra de 1992-1993. No entanto, sua independência não foi reconhecida pela ONU. Nagorno-Karabakh (Azerbaijão): Em Nagorno-Karabakh a maioria da população é armênia. O território declarou sua independência em relação ao Azerbaijão, mas esta não foi reconhecida por nenhum país. O desejo dos separatistas é unir-se ao território da Armênia. Transdnístria (Moldávia): Localizada na fronteira da Ucrânia com a Moldávia, a região do Leste Europeu declarou independência do governo moldávio em 1990. Moscou, apesar de não reconhecer a independência deu apoio econômico e político. Em um referendo de 2006, a região reiterou sua vontade de se separar e de uma eventual anexação à Rússia -- quase metade da população é de etnia russa. A Transdnístria tem sua própria moeda, Constituição, Parlamento e bandeira, mas quer ser reconhecida como um Estado independente e a anexação à Rússia. OUTRAS PARTES DA EUROPA Flanders (Bélgica): Com uma população de 6,4 milhões de habitantes, Flandres busca sua independência completa da Bélgica. A causa é defendida por partidos da ala conservadora, como o Vlaams Belang. A crise econômica que abala o país desde 2009 ajudou esses partidos a reforçarem a necessidade da separação. O objetivo é instituir a República de Flandres, que seria composta pelas regiões de Flandres, Bruxelas e Valônia. Arte/UOL
  • 4. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 4/7 Mapa da Bélgica Ilha de Córsega (França): Na terra natal de Napoleão Bonaparte a vontade de tornar-se um território independente existe desde 1976. Quem mais difunde esse ideal é a FLNC (Frente de Libertação Nacional da Córsega), movimento político nacionalista e de luta armada. Os moradores da ilha tem seu próprio idioma e se referem ao resto da França como “continente”. Em 2013 o FLNC reiterou que continuará sua luta pela separação. Os nacionalistas querem mais autonomia em relação à França, que consideram enxergar a ilha apenas como reduto turístico e de exploração imobiliária. Arte/UOL Mapa da França Padania (Itália): A unificação da Itália na segunda metade do século 19 não eliminou as diferenças regionais de seus territórios. Desde 1991 a Liga Norte (Lega Nord), grupo criado pelo político Umberto Bossi, defende a separação de uma área da região norte chamada de 'Padania'. Para o grupo, a região sul atrapalharia o progresso no norte do país. De acordo com a proposta, a Padania seria constituída por onze regiões da atual Itália (Lombardia, Veneto, Piemonte, Emilia-Romagna, Ligúria, Friuli, Trentina, o vale de Aosta, Úmbria, Marcas e Toscana), com uma população de 34 milhões de pessoas. Arte/UOL Mapa da Itália com a marcação de qual seria a região da Padania
  • 5. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 5/7 Kosovo (Sérvia): Declarou sua independência da Sérvia em 2008, é reconhecido por vários países, mas não é membro da ONU. Sérvia, Rússia, China e outros países também não reconhecem a separação. Por esse motivo, sua independência não é tida como bem-sucedida. A separação visa preservar e garantir direitos e liberdades para a majoritária população albanesa do Kosovo, que não era vista com bons olhos pelo governo sérvio, que operou várias ofensivas militares contra o território. Arte/UOL Mapa da Sérvia OUTRAS PARTES DO MUNDO Quebéc (Canadá): O movimento de independência é liderado pelo PQ (Parti Québécois). No entanto, contra eles pesam os resultados de dois referendos sobre a questão, um em 1980 e outro em 1995, onde o “não” saiu vitorioso. Mesmo assim, o PQ quer convocar um terceiro referendo. A principal motivação é cultural. A maioria da população da província do Quebéc descende de franceses – o que faz do francês a língua principal--, ao contrário das outras províncias, onde a maioria descende de ingleses ou escoceses. A forte influência francesa tornaria a província sensivelmente diferente do resto do país. Os separatistas consideram ainda que a província não é beneficiada economicamente pelo governo canadense. Arte/UOL Mapa do Canadá Tibete (China): O Tibete manteve o status de país independente entre 1911 e 1950. A situação mudou com a chegada de Mao Tsé-tung ao poder. Em 1963, a região foi nomeada Região Autônoma e hoje tem um governo apoiado pela China, que não abre mão de controlar o território. Os que defendem a independência consideram que a região está em atraso em relação às demais províncias costeiras chinesas, embora a China alegue ter levado progresso e benefícios materiais ao Tibete. Além disso, a população local enfrenta uma forte concorrência por emprego com os chineses e veem na ‘dura’ política chinesa uma ameaça às tradições religiosas e a liberdade. Arte/UOL
  • 6. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 6/7 Mapa da China República Turca do Chipre do Norte (Chipre): Parte do território da ilha de Chipre que se considera independente desde 1983 e vive de acordo com as próprias leis sem, no entanto, ter sua independência reconhecida pela comunidade internacional. A região foi invadida pela Turquia em 1974 após um golpe militar greco-cipriota. A independência é reconhecida apenas pela Turquia, o que impossibilita a entrada do país na União Europeia, grupo do qual o Chipre faz parte. Arte/UOL Mapa do Chipre Curdistão (Iraque): Considerada a área mais estável do Oriente Médio, o Curdistão iraquiano já é uma região autônoma, mas ainda busca sua plena independência. Além do Iraque, a área do Curdistão se distribui pela Turquia, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijão. Os curdos são um grupo étnico com sua própria língua e cultura, diferentes das populações árabe, persa e turca predominantes na região. As diferenças culturais, a estabilidade econômica (a área é rica em petróleo) e a visão não tão radical da religião motiva os curdos iraquianos a desejarem a independência. Arte/UOL Mapa do Iraque DIRETO AO PONTO
  • 7. 11/02/2015 Geopolítica: Quais são e o que querem os territórios que brigam por independência? ­ Resumo das disciplinas ­ UOL Vestibular http://vestibular.uol.com.br/resumo­das­disciplinas/atualidades/geopolitica­quais­sao­e­o­que­querem­os­territorios­que­brigam­por­independencia.htm 7/7 Os movimentos separatistas podem ter cunho político, étnico ou racial, religioso ou social. Em sua maioria, trata-se de colônias ou territórios pequenos que se sentem desvalorizados pelos governos principais de seus países e buscam na independência uma forma de valorizar e garantis mais direitos e investimentos à sua população. A Europa é o continente que mais vivencia essa situação de “desejo de independência”. Tal situação preocupa a União Europeia, que teme que caso um grupo separatista ganhe a causa provoque um efeito cascata nos demais movimentos. Apresentamos os principais países que hoje vivenciam uma situação de “desejo de separação” de seus territórios e províncias, como é o caso de Catalunha e País Basco, na Espanha; os territórios que buscam reconhecimento completo de sua independência após o fim da União Soviética, entre outros.   Andréia Martins © 1996-2015 UOL - O melhor conteúdo. Todos os direitos reservados. Hospedagem: UOL Host