1) Nabucodonosor tem um sonho perturbador que apenas Daniel pode interpretar. 2) Daniel explica que o sonho prevê que Nabucodonosor perderá a razão por sete anos como punição por seu orgulho. 3) Após sete anos, Nabucodonosor recupera a razão e louva a Deus.
1. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 1
A HUMILHAÇÃO E A RESTAURAÇÃO DE
NABUCODONOSOR
I. TEXTO BÁSICO: Daniel 4
II. A PROCLAMAÇÃO DE NABUCODONOSOR
A. Paz a todas as nações - v. 1
B. Reconhece os sinais e as maravilhas de Deus vv. 2, 5
III. O SONHO DE NABUCODONOSOR
A. Um sonho perturba o rei - vv. 4,5.
B. Os sábios falham na interpretação do sonho - vv. 6, 7.
C. O sonho é contado a Daniel – vv. 8, 9.
1. Uma árvore grande e forte em crescimento - vv. 10-12
2. Um vigia e a vinda de um santo do céu - v. 15.
a. Ordem de derrubar a árvore - v. 14.
b. O tronco e as raízes permanecem na terra v. 15.
c. Sua porção com os animais na grama v. 15.
d. Seu coração de homem a ser trocado em coração de animal
- v. 16.
e. Durante sete tempos - v. 16.
3. A declaração do objetivo do sonho - v. 17.
D. O pedido para Daniel interpretar o sonho - v. 18.
IV. DANIEL INTERPRETA O SONHO DO REI
A. Seu espanto e turbação ante o significado do sonho - v. 19.
2. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 2
B. A interpretação
1. A árvore é Nabucodonosor - vv. 20-22.
2. O vigia é o santo com o decreto do Altíssimo - vv. 23, 24.
a. Nabucodonosor tirado dentre os homens - v. 25.
b. Morada com os animais do campo - v. 25.
c. Comer erva com os bois - v. 25.
d. A extensão do período
(1) Até se passarem sete tempos - v. 25.
(2) "Até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o
reino dos homens, e os dá a quem quer" v. 25.
e. O tronco ficará; o reino seguro nas mãos de Nabucodonosor
- v. 26. "... O teu reino voltará para ti, depois que tiveres
conhecido que o céu reina~" v. 26.
V. O CONSELHO DE DANIEL A NABUCODONOSOR
"Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em
teus pecados e em tuas iniqüidades, usando de misericórdia para
com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranqüilidade." v. 27.
VI. O ORGULLHO DE NABUCODONOSOR E A HUMILHAÇÃO
A. Orgulhoso de Babilônia - vv. 28-30.
"Por algum tempo a impressão da advertência e o conselho do profeta
exerceu forte influência sobre Nabucodonosor; mas o coração não
transformado pela graça de Deus logo perde as impressões do Espírito
Santo. A condescendência própria e ambição não haviam ainda sido
erradicadas do coração do rei, e esses traços mais tarde reapareceram. Não
obstante a instrução tão graciosamente dada, e as advertências da passada
experiência, Nabucodonosor permitiu-se ser controlado pelo espírito de
ciúmes em relação aos reinos que se deviam seguir. Seu governo, que até
então havia sido em grande medida justo e misericordioso, tornou-se
opressor. Endurecendo o seu coração, ele usou os talentos que Deus lhe
3. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 3
dera para a glorificação de si mesmo, exaltando-se acima do Deus que lhe
dera vida e poder.
"Por meses, o juízo de Deus foi retardado. Mas em vez de ser levado
ao arrependimento por esta tolerância, o rei acariciou o seu orgulho até que
perdeu a confiança na interpretação do sonho, e riu de seus antigos
temores." – PR., p. 519.
"Nabucodonosor, em nossas mentes, sempre se associa com o
esplendor de sua grande cidade, Babilônia. 'Não é esta a grande Babilônia
que eu edifiquei'?' e realmente ele merece tal associação; e se alguma vez
um homem teve motivo de se orgulhar ao contemplar as obras de suas
mãos, este homem foi Nabucodonosor ao olhar a majestosa Babilônia.
Grande, ela sempre havia sido; fora reverenciada como cidade, mãe, e como
fonte de estudos e leis, até pelos seus conquistadores nos dias de
humilhação. Contudo, Nabucodonosor e seu pai a haviam encontrado tal
qual os assírios a deixaram – fraca, humilhada e abatida,
"Numa geração, ele a elevou muito acima do esplendor antigo – a uma
magnificência realmente impossível de se descrever; nem mesmo,
maravilhosa como foi por seus encantos, conseguiu jamais apagá-la da
imaginação e mente da raça humana como a grande cidade do mundo, o
emblema de tudo o que é magnificente, luxuoso e central. Os historiadores
antigos não encontram palavras para descrever a grandeza de seus
palácios, dos templos, dos jardins suspensos da grande cidade do Eufrates."
– James Baike, "The Cradle of Civilization", The National Geographic
Magazine, Fevereiro de 1916, p. 158.
B. A Sentença divina
1. "Caiu uma voz do céu" - v. 31.
2. "Passou de ti o reino" - v. 31.
3. "Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os
animais do campo" v. 32.
4. "Far-te-ão comer erva como os bois" - v. 32.
5. "Passar-se-ão sete tempos sobre ti" - v. 32.
6. "Até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos
dos homens, e os dá a quem quer" - v. 32.
4. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 4
C. O Cumprimento da sentença divina
1. Nabucodonosor perda a razão por determinado tempo - v. 35.
"Num momento a razão que Deus lhe havia dado foi tirada; o
discernimento que o rei julgada perfeito, a sabedoria de que ele se
orgulhava, foram removidos, e o até então poderoso governante tornou-se
de momento um maníaco. Sua mão não pôde mais suster o cetro. ...
Durante sete anos Nabucodonosor foi um espanto para todos os seus
súditos; por sete anos foi humilhado perante todo o mundo." – PR., p. 529.
2. A época provável do juízo divino
"A nobre concepção que Nabucodonosor tinha dos propósitos de Deus
no tocante às nações fora perdido de vista posteriormente em sua
experiência. ... Idólatra por nascimento e educação, e cabeça de um povo
idólatra, tinha ele contudo um inato senso da justiça e do direito, e Deus
podia usá-lo como instrumento na punição dos rebeldes e para o
cumprimento do propósito divino. Como um dos 'mais formidáveis dentre as
nações' (Ezeq. 28:7), foi dado a Nabucodonosor, após anos de paciência e
infatigável labor, conquistar Tiro; o Egito também caiu presa de seus
exércitos vitoriosos; e ao acrescentar ele nação após nação ao domínio
babilônico, mais e mais cresceu a sua fama como o maior governante do
século.
"Não é de surpreender que o bem-sucedido monarca, tão ambicioso e
de espírito tão exaltado, fosse tentado a desviar-se do caminho da
humildade, o único que leva à verdadeira grandeza. " – PR., pp. 514, 515.
A conquista de Tiro por Nabucodonosor teve lugar no ano de 573
A.C. Existem documentos comerciais a partir do final do seu trigésimo
quinto ano (570 A.C.) que provam estar Tiro sob controle babilônico.
Dois tabletes fragmentados do trigésimo sétimo ano de Nabucodonosor,
508 A.C., falam de uma campanha contra o Egito. Sua morte deu-se em
princípios de outubro de 562 A.C..
VII. A RESTAURAÇÃO DE NABUCODONOSOR E O
RECONHECIMENTO DE DEUS
A. " ao fim daqueles dias" - V. 34.
5. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 5
B. "eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o
entendimento." V. 34.
C. Nabucodonosor louva E exalta o Deus do céu. - vv. 35-37.
"O outrora orgulhoso rei tinha-se tornado um humilde filho de Deus; o
governante tirânico e opressor tornara-se um rei sábio e compassivo. Aquele
que tinha desafiado o Deus do Céu e dEle blasfemado, reconhecia agora o
poder do Altíssimo, e fervorosamente procurou promover o temor de Jeová e
a felicidade dos seus súditos. Sob a repreensão dAquele que é Rei dos reis
e Senhor dos senhores, Nabucodonosor tinha afinal aprendido a lição que
todos os reis precisam aprender - de que a verdadeira grandeza consiste na
verdadeira bondade. ...
"O propósito de Deus de que o maior reino do mundo mostrasse o Seu
louvor, estava agora cumprido. Esta proclamação pública, em que
Nabucodonosor reconhecia a misericórdia, bondade e autoridade de Deus,
foi o último ato de sua vida registrado na história sacra." – P. e Reis, p. 521.
VIII. A NATUREZA RELIGIOSA DE NABUCODONOSOR EM
REALCE NOS MONUMENTOS
As inscrições de Nabucodonosor indicam que ele era um homem de
profundos sentimentos religiosos. Notai o seguinte:
"Ó príncipe eterno! Senhor de toda a criação!
Assim como amaste ao rei
Cujo nome tens exaltado,
Como for do teu agrado,
Faze-o endireitar a vida,
Guia-o por veredas retas.
Eu sou o príncipe, que te obedece,
A criatura da Tua mão; Tu me fizeste.
O domínio dos povos me confiaste.
Na medida da Tua graça, ó Senhor,
A qual concedes,
Aos povos todos,
Faze-me amar-Te o domínio supremo,
6. A Humilhação e a Restauração de Nabucodonosor 6
E cria em meu coração
O louvor da Tua divindade,
E dá-me o que for da Tua vontade,
Porque engrandeceste a minha vida."
Goodspeed, A History of the Babylonians and Assyrians, p. 348.
IX. BIBLIOGRAFIA
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