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PRÁTICAS MUSICAIS 
PARA A PAZ 
Ministrante: Luciane Cuervo. 
Equipe: Aline Guterres e Soraia Santana 
Módulo 2
OBJETIVOS DO MÓDULO II
Musicalidade Humana 
Vamos conversar um pouco sobre a musicalidade de cada um(a) de nós e 
dos grupos sociais dos quais fazemos parte. Nosso primeiro tópico no fórum 
será justamente para compartilharmos nossas experiências mais marcantes, 
positiva ou negativamente, envolvendo a nossa musicalidade. 
O princípio que defendemos é de que a musicalidade é uma característica 
humana, consistindo numa das manifestações mais antigas da humanidade, 
presente em todas as regiões do mundo, em todos os tempos. 
É importante acreditarmos nisso, e entendermos que não é necessário ser 
especialista em música para fomentar o desenvolvimento musical de nossos 
alunos. Para desencadear as nossas reflexões, te convidamos a conhecer a 
história de Andrew.
Musicalidade Humana 
A história de Andrew comprova a capacidade humana de ser musical 
independente de problemas no desenvolvimento cerebral. 
Assim, como o cérebro humano é capaz de realizar a fala, a leitura e a 
capacidade de calcular, por exemplo, ele também possui a capacidade de 
cantar e tocar instrumentos musicais, ou seja, a capacidade de manifestar 
a musicalidade de variadas formas. 
A plasticidade cerebral desempenhou papel fundamental no caso de 
Andrew para todas essas funções. Há pesquisas que demonstram que a 
música é uma atividade de alto impacto positivo na nossa configuração 
neuronal. Em nossa pasta de “Materiais Complementares” constam 
materiais relativos aos benefícios da música, incluindo os benefícios 
cerebrais.
Mitos sobre musicalidade
Mitos
Somos seres musicais? 
Na concepção errônea do senso comum, divulgada amplamente nos meios 
midiáticos, é construída a ideia de que para ser tocar ou cantar uma música 
é preciso ter um dom ou um talento especial para isso. Muitas pessoas já 
passaram por momentos constrangedores em suas vidas, sendo avaliadas 
como “não musicais”. Você sabe se nasceu com dom para música? 
Na verdade, somos seres musicais! 
A amusia, que é a incapacidade parcial ou total de perceber os sons 
enquanto música, é um distúrbio presente numa parcela pequena da 
população (em média, 2,5%), e pode ser tratada (Peretz et al, 2001). Mesmo 
sofrendo de algum tipo de amusia, podemos nos desenvolver musicalmente.
Espontaneidade 
A audição é o primeiro e último sentido do ser humano: desde o quinto mês 
de vida intrauterina já temos condições de perceber e discriminar sons 
(vozes, canções, sonoridades do ambiente, etc.). 
O que consideramos como “boa música” ou “música ruim” é resultado de um 
conjunto complexo de fatores biológicos e culturais. Portanto, o que é 
musical para um, pode não ser para outro. Porém há elementos universais da 
musicalidade humana, como as expectativas espontâneas em relação a 
determinadas sequências de notas musicais. 
Sobre a espontaneidade da musicalidade humana, um bom exemplo é o 
breve vídeo de Bobby McFerrin falando e improvisando num congresso de 
ciências cognitivas o qual iremos assistir. Veja que como é fácil fazer música, 
considerando as expectativas naturais da nossa mente.
Você tem talento para a Música? 
Na realidade, todo o ser humano nasce preparado para ser musical. Ou seja, 
todos nascemos com dom e talento para a música. Você deve estar se 
perguntando: Então por que alguns são mais musicais do que outros? 
Ser musical ou não depende se você desenvolveu sua capacidade, assim 
como desenvolveu sua habilidade de fala, leitura e compreensão de textos. 
Mesmo assim, o seu corpo ainda continua apto a aprender e a se 
desenvolver construindo novas habilidades. 
O ambiente social em que você vive e cresceu é um fator importante nesse 
sentido. Você pode perceber que na história de vida de diferentes músicos 
está a presença da música na sua família ou na escola. Outro fator é a 
motivação em estudar música, tanto de forma informal quanto formal.
É tarde demais para desenvolver a sua 
musicalidade? 
A capacidade humana para aprender é infinita, em qualquer área do 
conhecimento (Herculano-Houzel, 2005). Assim, nunca é tarde para 
desencadear algum processo musical na sua vida: seja “cantando no 
chuveiro” ou no coral da igreja, seja indo a concertos e a shows, seja 
começando a estudar um instrumento musical. 
Não há desafinação vocal ou suposta inaptidão para a música que não possa 
ser orientada, tratada, amenizada e até eliminada. A musicalidade pode ser 
ensinada e aprendida (Blacking, 1995). 
Educar para a paz é saber que todos somos capazes de construir diferentes 
aprendizagens, inclusive a musical, e não valorizar conceitos equivocados 
sobre dons e talentos enviados apenas para alguns privilegiados.
O que é “fazer música”? 
Fazer música engloba cantar ou tocar ou criar ou ouvir música, e há muitas 
formas de manifestarmos nossa musicalidade, independentemente de 
estudos formais. 
Ler partitura ou tocar de ouvido, dançar ao som do nosso artista favorito, 
ouvir uma música prestando atenção na sua letra, na sua melodia, nos 
instrumentos escolhidos no arranjo, enfim, muitas ações e manifestações 
são formas diretas de praticar música. 
Lembre-se de que seus alunos são seres musicais também, e provavelmente 
gostam muito de música! Ou seja, o terreno está fértil para a musicalidade 
desabrochar no ambiente escolar!
Bebês: Predisposição para a música 
Os estudos sobre a competência musical dos bebês e os avanços na área 
de desenvolvimento humano nos permitem dizer que todo o ser 
humano nasce com predisposições biológicas e culturais para a música, 
dependendo, no entanto, das trocas no meio sociocultural para 
promover o seu desenvolvimento (Maffioletti, 2011, p. 67). 
Assista a esse vídeo do bebê comovido ao ouvir a mãe cantando e 
perceba como a comoção está contextualizada à intimidade do diálogo 
mãe-bebê. A mãe, ao falar sobre essa gravação caseira, comentou que 
sempre cantou para o bebê (desde a gestação) e que essa música causa 
essa forte reação emocional.
Musicalidade Humana 
A musicalidade humana é expressada desde os tempos mais remotos da 
história da humanidade, fazendo parte da história do desenvolvimento e 
evolução humana. 
Os registros arqueológicos mostram um histórico ininterrupto de criação 
musical onde quer que houvesse seres humanos, em todas as áreas (Levitin, 
2010).
Primórdios 
Há evidências de atividade musical no homem pré moderno. A música 
não foi fossilizada, porém instrumentos musicais sim. 
Veja essa pintura 
rupestre de uma 
caverna de Cogul na 
Espanha. Foi feita há 
mais de 40.000 anos 
antes de Cristo. 
Acredita-se que essa 
seja uma das provas 
mais antigas da 
musicalidade 
humana.
Em diferentes épocas e regiões, sempre existiu alguma forma de musicalidade.
As funções da música na sociedade são diversas e fascinantes.
Funções da música na sociedade 
Para compreender a prática musical em relação com a paz nas escolas, 
precisamos conhecer as funções da música na sociedade. Elas são 
extremamente importantes para a compreender a relação das pessoas com 
a música, seus usos e funções na sociedade. 
Dentre todas, destacamos a potencialidade da coesão social através da 
música, o que, na escola, é um aspecto que pode promover a integração, a 
inclusão e a prática colaborativa e construtiva. 
Em nossas aulas inaugurais, aprendemos a canção “A Paz”. Experimente 
ensaiá-la com os seus alunos, propondo a recriação dela de diferentes 
formas, em diferentes estilos.
As dez funções sociais da música, conforme Merriam 
(1964)
Questões de reflexão para 
planejamento: 
A música está 
nos meios de 
comunicação, nos 
telefones convencionais 
e celulares, na internet, 
no cinema, em lojas e 
bares, nos alto-falantes, 
nos consultórios 
médicos, nos templos 
religiosos, 
nos recreios escolares...
Dica de leitura:
Não é preciso ser especialista em música para desenvolver a sua 
musicalidade e ajudar os seus alunos a fazer isso. Agora que você já 
conhece as funções da música na sociedade, reflita sobre o papel da música 
na Cultura da Paz e como fomentá-lo no ambiente escolar!
Atividade 1: Fórum Musicalidade
Capacidade humana 
A natureza encarnada da música, a indivisibilidade entre movimento e 
som, caracteriza o fazer musical em todas as culturas e em todos os 
tempos (Blacking, 1995). 
Para Cross (2012), o ser humano possui capacidade para a musicalidade 
assim como para a cultura. 
“[...] fatores biológicos e culturais são complementares, formando uma 
rede de elementos indissociáveis entre si. Constatamos que a 
musicalidade 
é constituída por um conjunto de elementos do fazer musical que vão 
além 
de habilidades técnicas específicas” (CUERVO, 2009, p.75).
Conceito de musicalidade 
A reflexão sobre o conceito de musicalidade teve sua relevância 
enfatizada por Maffioletti (2001, p. 62): “é importante 
analisarmos qual o conceito de musicalidade que temos, porque 
esse conceito vai inspirar nossas práticas pedagógicas.” 
Musicalidade é uma característica humana (Blacking, 1995; 
Gembris, 1997; Sacks, 2008; Cuervo e Maffioletti, 2009; Levitin, 
2010; Cross, 2012) a qual todos nascem com os mecanismos 
necessários ao seu desenvolvimento. É um conhecimento a ser 
construído, consistindo na capacidade de geração de sentido 
através do fazer musical que engloba não somente cantar ou 
tocar, mas criar e apreciar música. (Cuervo, 2009).
Questão
Resumindo... 
A Musicalidade é uma característica humana. 
A música sempre existiu onde existiram humanos. 
A musicalidade se manifesta no diálogo entre cultura e biologia.
Referências BLACKING, J. Music, Culture and Experience. Chicado: University of Chicago Press, 1995. 
CUERVO, L. Reflexões sobre o conceito de musicalidade. Musicalidade ao longo da vida. Disponível em: 
http://pt.slideshare.net/grupopesquisamusicauergs/musicalidade-ao-longo-da-vida 
CROSS, I. Musicality and the human capacity for culture. In: Cognitive function, origin, and evolution of music emotions. 
Musicae Scientiae. Julj, 2012. Vol. 16. p. 185-199. 
DISSANAYAKE, E. Homo Musicus: Are humans predisposed to be musical? In: Musicalidad Humana: Debates actuales en 
evolución, desarrollo y cognición e implicancias socio-culturales. Actas del X Encuentro de Ciencias Cognitivas de la 
Música, Buenos Aires, 2011. pp. 1-9. 
GEMBRIS, H. (1997) Historical Phases in the Definition of Musicality. Halle-Wittenberg-Alemanha: Martin Luther University, 
1997. Psychomusicology, 16. p. 17-22. 
HERCULANO-HOUZEL, S. O cérebro em transformação. São Paulo: Objetiva, 2005. 
LEVITIN, D. A Música no seu Cérebro. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. 
MAFFIOLETTI, L. Musicalidade Humana: aquela que todos podem ter (2001). Disponível em: 
http://www.ufrgs.br/musicalidade/midiateca/criatividade-e-musicalidade/musicalidade-humana-aquela-que-todos-podem-ter/ 
view 
MAFFIOLETTI, L. A. Aprendizagens sociais propiciadas pela música na infância. In: SANTIAGO, D; BROOCK, A., CARVALHO, T. 
Educação Musical Infantil. Salvador: PPGMUS-UFBA, 2011. 
MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Musicalidade, mitos e educação. In: X Encuentro de Ciências Cognitivas de la Música 
Musicalidad Humana: debates Actuales en Evolución, Desarrollo y Cognición e Implicancias Socio-Culturales. Universidad 
Abierta Interamericana. Ciudad Autônoma de Buenos Aires 21, 22 e 23 julio 2011. 17 fls.1 CD ROOM. ISBN 978-978- 
27082-0-7 
MAFFIOLETTI, L. A. . A dimensão lúdica da música na infância. In: XIV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, 2008, 
Porto Alegre, RS. Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sujeitos, currículos e cultura. Porto Alegre, RS : 
EDIPUCRS, 2008. 
PERETZ, I. et al. Congenital amusia a group study of adults afflicted with a music-specific disorder. Oxford Journals Medicine 
Brain. Vol. 125, Nº2. set. 2001. Pp. 238-251 
SACKS, O. Alucinações Musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Cia. Das Letras, 2007.
Créditos 
Curso Escolas da Paz 2014 
Módulo 2: A Paz através de Práticas Musicais 
Pesquisa, produção e configuração 
Ministrante: Luciane Cuervo 
Professora-formadora: Aline Guterres 
Tutoras: Soraia Santana e Rosângela Garcia (apoio tecnologias)

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Práticas musicais desenvolvem musicalidade humana

  • 1. PRÁTICAS MUSICAIS PARA A PAZ Ministrante: Luciane Cuervo. Equipe: Aline Guterres e Soraia Santana Módulo 2
  • 3. Musicalidade Humana Vamos conversar um pouco sobre a musicalidade de cada um(a) de nós e dos grupos sociais dos quais fazemos parte. Nosso primeiro tópico no fórum será justamente para compartilharmos nossas experiências mais marcantes, positiva ou negativamente, envolvendo a nossa musicalidade. O princípio que defendemos é de que a musicalidade é uma característica humana, consistindo numa das manifestações mais antigas da humanidade, presente em todas as regiões do mundo, em todos os tempos. É importante acreditarmos nisso, e entendermos que não é necessário ser especialista em música para fomentar o desenvolvimento musical de nossos alunos. Para desencadear as nossas reflexões, te convidamos a conhecer a história de Andrew.
  • 4. Musicalidade Humana A história de Andrew comprova a capacidade humana de ser musical independente de problemas no desenvolvimento cerebral. Assim, como o cérebro humano é capaz de realizar a fala, a leitura e a capacidade de calcular, por exemplo, ele também possui a capacidade de cantar e tocar instrumentos musicais, ou seja, a capacidade de manifestar a musicalidade de variadas formas. A plasticidade cerebral desempenhou papel fundamental no caso de Andrew para todas essas funções. Há pesquisas que demonstram que a música é uma atividade de alto impacto positivo na nossa configuração neuronal. Em nossa pasta de “Materiais Complementares” constam materiais relativos aos benefícios da música, incluindo os benefícios cerebrais.
  • 7. Somos seres musicais? Na concepção errônea do senso comum, divulgada amplamente nos meios midiáticos, é construída a ideia de que para ser tocar ou cantar uma música é preciso ter um dom ou um talento especial para isso. Muitas pessoas já passaram por momentos constrangedores em suas vidas, sendo avaliadas como “não musicais”. Você sabe se nasceu com dom para música? Na verdade, somos seres musicais! A amusia, que é a incapacidade parcial ou total de perceber os sons enquanto música, é um distúrbio presente numa parcela pequena da população (em média, 2,5%), e pode ser tratada (Peretz et al, 2001). Mesmo sofrendo de algum tipo de amusia, podemos nos desenvolver musicalmente.
  • 8. Espontaneidade A audição é o primeiro e último sentido do ser humano: desde o quinto mês de vida intrauterina já temos condições de perceber e discriminar sons (vozes, canções, sonoridades do ambiente, etc.). O que consideramos como “boa música” ou “música ruim” é resultado de um conjunto complexo de fatores biológicos e culturais. Portanto, o que é musical para um, pode não ser para outro. Porém há elementos universais da musicalidade humana, como as expectativas espontâneas em relação a determinadas sequências de notas musicais. Sobre a espontaneidade da musicalidade humana, um bom exemplo é o breve vídeo de Bobby McFerrin falando e improvisando num congresso de ciências cognitivas o qual iremos assistir. Veja que como é fácil fazer música, considerando as expectativas naturais da nossa mente.
  • 9. Você tem talento para a Música? Na realidade, todo o ser humano nasce preparado para ser musical. Ou seja, todos nascemos com dom e talento para a música. Você deve estar se perguntando: Então por que alguns são mais musicais do que outros? Ser musical ou não depende se você desenvolveu sua capacidade, assim como desenvolveu sua habilidade de fala, leitura e compreensão de textos. Mesmo assim, o seu corpo ainda continua apto a aprender e a se desenvolver construindo novas habilidades. O ambiente social em que você vive e cresceu é um fator importante nesse sentido. Você pode perceber que na história de vida de diferentes músicos está a presença da música na sua família ou na escola. Outro fator é a motivação em estudar música, tanto de forma informal quanto formal.
  • 10. É tarde demais para desenvolver a sua musicalidade? A capacidade humana para aprender é infinita, em qualquer área do conhecimento (Herculano-Houzel, 2005). Assim, nunca é tarde para desencadear algum processo musical na sua vida: seja “cantando no chuveiro” ou no coral da igreja, seja indo a concertos e a shows, seja começando a estudar um instrumento musical. Não há desafinação vocal ou suposta inaptidão para a música que não possa ser orientada, tratada, amenizada e até eliminada. A musicalidade pode ser ensinada e aprendida (Blacking, 1995). Educar para a paz é saber que todos somos capazes de construir diferentes aprendizagens, inclusive a musical, e não valorizar conceitos equivocados sobre dons e talentos enviados apenas para alguns privilegiados.
  • 11. O que é “fazer música”? Fazer música engloba cantar ou tocar ou criar ou ouvir música, e há muitas formas de manifestarmos nossa musicalidade, independentemente de estudos formais. Ler partitura ou tocar de ouvido, dançar ao som do nosso artista favorito, ouvir uma música prestando atenção na sua letra, na sua melodia, nos instrumentos escolhidos no arranjo, enfim, muitas ações e manifestações são formas diretas de praticar música. Lembre-se de que seus alunos são seres musicais também, e provavelmente gostam muito de música! Ou seja, o terreno está fértil para a musicalidade desabrochar no ambiente escolar!
  • 12. Bebês: Predisposição para a música Os estudos sobre a competência musical dos bebês e os avanços na área de desenvolvimento humano nos permitem dizer que todo o ser humano nasce com predisposições biológicas e culturais para a música, dependendo, no entanto, das trocas no meio sociocultural para promover o seu desenvolvimento (Maffioletti, 2011, p. 67). Assista a esse vídeo do bebê comovido ao ouvir a mãe cantando e perceba como a comoção está contextualizada à intimidade do diálogo mãe-bebê. A mãe, ao falar sobre essa gravação caseira, comentou que sempre cantou para o bebê (desde a gestação) e que essa música causa essa forte reação emocional.
  • 13.
  • 14. Musicalidade Humana A musicalidade humana é expressada desde os tempos mais remotos da história da humanidade, fazendo parte da história do desenvolvimento e evolução humana. Os registros arqueológicos mostram um histórico ininterrupto de criação musical onde quer que houvesse seres humanos, em todas as áreas (Levitin, 2010).
  • 15. Primórdios Há evidências de atividade musical no homem pré moderno. A música não foi fossilizada, porém instrumentos musicais sim. Veja essa pintura rupestre de uma caverna de Cogul na Espanha. Foi feita há mais de 40.000 anos antes de Cristo. Acredita-se que essa seja uma das provas mais antigas da musicalidade humana.
  • 16. Em diferentes épocas e regiões, sempre existiu alguma forma de musicalidade.
  • 17. As funções da música na sociedade são diversas e fascinantes.
  • 18. Funções da música na sociedade Para compreender a prática musical em relação com a paz nas escolas, precisamos conhecer as funções da música na sociedade. Elas são extremamente importantes para a compreender a relação das pessoas com a música, seus usos e funções na sociedade. Dentre todas, destacamos a potencialidade da coesão social através da música, o que, na escola, é um aspecto que pode promover a integração, a inclusão e a prática colaborativa e construtiva. Em nossas aulas inaugurais, aprendemos a canção “A Paz”. Experimente ensaiá-la com os seus alunos, propondo a recriação dela de diferentes formas, em diferentes estilos.
  • 19. As dez funções sociais da música, conforme Merriam (1964)
  • 20. Questões de reflexão para planejamento: A música está nos meios de comunicação, nos telefones convencionais e celulares, na internet, no cinema, em lojas e bares, nos alto-falantes, nos consultórios médicos, nos templos religiosos, nos recreios escolares...
  • 22. Não é preciso ser especialista em música para desenvolver a sua musicalidade e ajudar os seus alunos a fazer isso. Agora que você já conhece as funções da música na sociedade, reflita sobre o papel da música na Cultura da Paz e como fomentá-lo no ambiente escolar!
  • 23. Atividade 1: Fórum Musicalidade
  • 24. Capacidade humana A natureza encarnada da música, a indivisibilidade entre movimento e som, caracteriza o fazer musical em todas as culturas e em todos os tempos (Blacking, 1995). Para Cross (2012), o ser humano possui capacidade para a musicalidade assim como para a cultura. “[...] fatores biológicos e culturais são complementares, formando uma rede de elementos indissociáveis entre si. Constatamos que a musicalidade é constituída por um conjunto de elementos do fazer musical que vão além de habilidades técnicas específicas” (CUERVO, 2009, p.75).
  • 25. Conceito de musicalidade A reflexão sobre o conceito de musicalidade teve sua relevância enfatizada por Maffioletti (2001, p. 62): “é importante analisarmos qual o conceito de musicalidade que temos, porque esse conceito vai inspirar nossas práticas pedagógicas.” Musicalidade é uma característica humana (Blacking, 1995; Gembris, 1997; Sacks, 2008; Cuervo e Maffioletti, 2009; Levitin, 2010; Cross, 2012) a qual todos nascem com os mecanismos necessários ao seu desenvolvimento. É um conhecimento a ser construído, consistindo na capacidade de geração de sentido através do fazer musical que engloba não somente cantar ou tocar, mas criar e apreciar música. (Cuervo, 2009).
  • 27. Resumindo... A Musicalidade é uma característica humana. A música sempre existiu onde existiram humanos. A musicalidade se manifesta no diálogo entre cultura e biologia.
  • 28. Referências BLACKING, J. Music, Culture and Experience. Chicado: University of Chicago Press, 1995. CUERVO, L. Reflexões sobre o conceito de musicalidade. Musicalidade ao longo da vida. Disponível em: http://pt.slideshare.net/grupopesquisamusicauergs/musicalidade-ao-longo-da-vida CROSS, I. Musicality and the human capacity for culture. In: Cognitive function, origin, and evolution of music emotions. Musicae Scientiae. Julj, 2012. Vol. 16. p. 185-199. DISSANAYAKE, E. Homo Musicus: Are humans predisposed to be musical? In: Musicalidad Humana: Debates actuales en evolución, desarrollo y cognición e implicancias socio-culturales. Actas del X Encuentro de Ciencias Cognitivas de la Música, Buenos Aires, 2011. pp. 1-9. GEMBRIS, H. (1997) Historical Phases in the Definition of Musicality. Halle-Wittenberg-Alemanha: Martin Luther University, 1997. Psychomusicology, 16. p. 17-22. HERCULANO-HOUZEL, S. O cérebro em transformação. São Paulo: Objetiva, 2005. LEVITIN, D. A Música no seu Cérebro. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. MAFFIOLETTI, L. Musicalidade Humana: aquela que todos podem ter (2001). Disponível em: http://www.ufrgs.br/musicalidade/midiateca/criatividade-e-musicalidade/musicalidade-humana-aquela-que-todos-podem-ter/ view MAFFIOLETTI, L. A. Aprendizagens sociais propiciadas pela música na infância. In: SANTIAGO, D; BROOCK, A., CARVALHO, T. Educação Musical Infantil. Salvador: PPGMUS-UFBA, 2011. MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque. Musicalidade, mitos e educação. In: X Encuentro de Ciências Cognitivas de la Música Musicalidad Humana: debates Actuales en Evolución, Desarrollo y Cognición e Implicancias Socio-Culturales. Universidad Abierta Interamericana. Ciudad Autônoma de Buenos Aires 21, 22 e 23 julio 2011. 17 fls.1 CD ROOM. ISBN 978-978- 27082-0-7 MAFFIOLETTI, L. A. . A dimensão lúdica da música na infância. In: XIV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, 2008, Porto Alegre, RS. Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sujeitos, currículos e cultura. Porto Alegre, RS : EDIPUCRS, 2008. PERETZ, I. et al. Congenital amusia a group study of adults afflicted with a music-specific disorder. Oxford Journals Medicine Brain. Vol. 125, Nº2. set. 2001. Pp. 238-251 SACKS, O. Alucinações Musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Cia. Das Letras, 2007.
  • 29. Créditos Curso Escolas da Paz 2014 Módulo 2: A Paz através de Práticas Musicais Pesquisa, produção e configuração Ministrante: Luciane Cuervo Professora-formadora: Aline Guterres Tutoras: Soraia Santana e Rosângela Garcia (apoio tecnologias)