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A Portuguesa, que hoje é um dos
 símbolos nacionais de Portugal (o
  seu hino nacional), nasceu como
 uma canção de cariz patriótico em
resposta ao ultimato britânico para
     que as tropas portuguesas
abandonassem as suas posições em
África, no denominado "Mapa cor-
              de-rosa".
Em Portugal, a reação popular contra os
ingleses e contra o governo português, que
permitiu esse género de humilhação,
manifestou-se de várias formas. "A
Portuguesa" foi composta em 1890, com
letra de Henrique Lopes de Mendonça e
música de Alfredo Keil,
A Portuguesa, proibida pelo regime
monárquico, que originalmente tinha uma
letra um tanto ou quanto diferente
(mesmo a música foi sofrendo algumas
alterações) - onde hoje se diz "contra os
canhões", dizia-se "contra os bretões", ou
seja, os ingleses - veio substituir o Hymno
da Carta, então o hino da monarquia.
O hino é composto por três partes, cada
uma delas com duas quadras (estrofes de
quatro versos), seguidas do refrão, uma
quintilha (estrofe de cinco versos). É de
salientar que, das três partes do hino,
apenas a primeira parte é usada em
cerimónias oficiais, sendo as outras duas
partes praticamente desconhecidas.
A Portuguesa é executada oficialmente
em cerimónias nacionais, civis e militares,
 onde é prestada homenagem à Pátria, à
  Bandeira Nacional ou ao Presidente da
     República. Do mesmo modo, em
cerimónias oficiais no território português
     por receção de chefes de Estado
estrangeiros, a sua execução é obrigatória
     depois de ouvido o hino do país
              representado.
A Portuguesa foi designada como um
dos símbolos nacionais de Portugal na
 constituição de 1976, constando no
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A história e importância de A Portuguesa, o hino nacional de Portugal

  • 1.
  • 2. A Portuguesa, que hoje é um dos símbolos nacionais de Portugal (o seu hino nacional), nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico para que as tropas portuguesas abandonassem as suas posições em África, no denominado "Mapa cor- de-rosa".
  • 3. Em Portugal, a reação popular contra os ingleses e contra o governo português, que permitiu esse género de humilhação, manifestou-se de várias formas. "A Portuguesa" foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil,
  • 4. A Portuguesa, proibida pelo regime monárquico, que originalmente tinha uma letra um tanto ou quanto diferente (mesmo a música foi sofrendo algumas alterações) - onde hoje se diz "contra os canhões", dizia-se "contra os bretões", ou seja, os ingleses - veio substituir o Hymno da Carta, então o hino da monarquia.
  • 5. O hino é composto por três partes, cada uma delas com duas quadras (estrofes de quatro versos), seguidas do refrão, uma quintilha (estrofe de cinco versos). É de salientar que, das três partes do hino, apenas a primeira parte é usada em cerimónias oficiais, sendo as outras duas partes praticamente desconhecidas.
  • 6. A Portuguesa é executada oficialmente em cerimónias nacionais, civis e militares, onde é prestada homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República. Do mesmo modo, em cerimónias oficiais no território português por receção de chefes de Estado estrangeiros, a sua execução é obrigatória depois de ouvido o hino do país representado.
  • 7. A Portuguesa foi designada como um dos símbolos nacionais de Portugal na constituição de 1976, constando no artigo 11.°, n.º 2, da Constituição da República Portuguesa (Símbolos nacionais e língua oficial).