O documento discute os processos de aprendizagem clássico e operante. Aprendizagem clássica envolve associação de estímulos através de condicionamento, como no experimento de Pavlov com cães. Aprendizagem operante envolve reforço de respostas através da experiência de Skinner com ratos em uma caixa de condicionamento. Aprendizagem social ocorre por observação e imitação do comportamento de outros.
1. PSICOLOGIA B - 12º ano
Tema 2: EU
Aprendizagem:
Condicionamento clássico e operante
Aprendizagem social
A professora: Antónia Couto
Ano letivo: 2011-2012
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2. Pavlov
Foi o fisiologista russo Ivan Pavlov
quem, em 1904, ao estudar o papel da
saliva na digestão, verificou que os
cães salivavam ao cheiro ou à vista
da comida. Esta observação ocasional
levou Pavlov ao estudo sistemático do
condicionamento.
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3. CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
.Processo de
aprendizagem que se
baseia na associação de
um estímulo condicionado
e um estímulo natural, de
modo a que o indivíduo
reaja ao estímulo
condicionado do mesmo
modo que reage ao
estímulo natural.
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4. Experiência
. Apresentou a um cão um pedaço de carne, o que fez com
que as glândulas salivares entrassem em atividade.
.Repetiu várias vezes a experiência, mas complicando-a,
fazendo com que, à apresentação da carne, o cão ouvisse
o som de uma campainha.
. Como resposta a esta nova situação, o cão continuou a
salivar.
. Por último, tocou apenas a campainha, e o cão, que
associara os estímulos "carne" e "som", respondeu
salivando.
. Pavlov constatou que o cão reagiu ao estímulo "som" com
uma resposta que seria adequada ao estímulo "carne",
mas inadequada ao estímulo "som".
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6. Condicionamento operante - Skinner
Este tipo de aprendizagem foi sistematizado pelo
psicólogo americano B. F. Skinner (1904-1990), que
criou uma caixa especial, conhecida, em sua
homenagem, como "caixa de
Skinner". A caixa contém uma alavanca que permite o
fornecimento automático de alimento (reforço) ao
animal, de acordo com um plano estabelecido pelo
experimentador. Contém ainda um mecanismo que
regista as respostas do animal, o que faz dispensar a
observação contínua do experimentador. Este
dispositivo regista cumulativamente as respostas
dadas pelo animal durante a experiência.
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7. Condicionamento operante
Processo de
aprendizagem
dinamizado pela
obtenção do
reforço e que é
baseado na sua
associação à
resposta operante.
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8. Experiência
Um rato faminto é colocado na caixa, o qual começa a explorar o ambiente,
cheirando as
paredes, tateando e arranhando, Locomovendo-se ao acaso, parando, erguendo-
se nas patas traseiras, etc. Num destes movimentos exploratórios, aciona
ocasionalmente a alavanca, caindo uma bolinha de alimento, Posteriormente, e
ainda por acaso, o rato volta a premir a
alavanca, o que faz cair outra dose de comida. A determinada altura, o rato
descobre que para obter alimento tem de premir a alavanca, pelo que passa mais
tempo na sua vizinhança, acionando-a insistentemente.
E1 R1
Pressão na
Alavanca alavanca
-----
E2 R2
Comida Comer
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9. Resultado
Quando o rato estabelece a associação entre a
resposta operante (premir a alavanca) e o reforço
(alimento), conclui a aprendizagem, ou seja, fica
condicionado a premir a barra para comer. Como só
pode comer (R2) após ter acionado a alavanca (RI),
o alimento (E2) vai reforçar essa resposta (RI). Isto é,
o animal aprende a pressionar a alavanca em função
do reforço, que é o alimento. Este só é obtido se o
rato der uma resposta adequada, uma vez que, se
não carregar na alavanca, não receberá comida, e
quanto mais vezes carregar, mais comida poderá
obter.
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10. Reforço
• Estímulo agradável que, surgindo em consequência
de um comportamento, aumenta a sua ocorrência.
• Ex: Esse algo de agradável é a característica essencial
do reforço, e pode consistir na obtenção de algo
apetecível como, por exemplo, comida, ou na
evitação de algo aversivo como, por exemplo, dor.
Daí o reforço poder ser positivo e negativo. Na
experiência de Skinner, o rato obtinha comida
quando acionava a alavanca, Neste caso, o rato
aprendeu por reforço positivo, dado que lhe era
apresentado um estímulo apetecível - o alimento.
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11. Reforço: positivo
• Apresentação de qualquer estímulo apetecível e
que aumenta a frequência do comportamento.
• Por ex: numa noutra experiência de Skinner, o
chão da gaiola provocava choques elétricos ao
rato, que cessavam sempre que o rato acionava a
alavanca, o que rapidamente fez aumentar a
frequência deste comportamento. Neste caso, o
rato aprendeu por reforço negativo, dado que lhe
era retirado um estímulo aversivo - o choque
elétrico.
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12. Reforço: negativo
• Retirada de qualquer estímulo aversivo e que
aumenta a frequência do comportamento.
• Por ex: as pessoas tendem a repetir
comportamentos que lhes permitem ganhar
dinheiro. Ganhar dinheiro constitui um reforço
positivo. Do mesmo modo, as pessoas tendem
a repetir comportamentos que lhes permitem
pôr fim a uma dor. Pôr fim à dor constitui um
reforço negativo.
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13. Castigo ou punição
• As respostas diminuem quando há castigo, ou seja, quando delas
resulta algo de mau ou desagradável para o sujeito.
• Qualquer estímulo desagradável que surge em consequência de
um comportamento e que diminui a sua ocorrência.
• Por ex: esse algo de mau ou desagradável é a característica
essencial do castigo, e pode consistir quer em receber algo
aversivo como a dor, quer em ser privado de algo apetecível como
o alimento. Quando o rato passou a carregar menos vezes na
alavanca porque apanhava um choque elétrico ou não recebia
comida, estava a fazer uma aprendizagem por castigo. No
primeiro caso, ao deparar com um estímulo incómodo. No
segundo, ao ver-se privado de um estímulo agradável.
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14. Conclusão
• No dia-a-dia, as pessoas tendem a não repetir
comportamentos que lhes provoquem dor ou as
privem de obter algo que apreciam, Assim,
diminuem o consumo de certo alimento se ficam
com dor de estômago quando o ingerem ou tendem
a não estacionar o carro em cima de uma rampa se
este já tiver sido rebocado alguma vez.
• Em suma, ensina-se por castigo quando se apresenta
um estímulo aversivo ou se retira um estímulo
apetecível, o que, em um ou outro caso, faz diminuir
a frequência do comportamento.
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15. Aprendizagem social
• OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO
Processo de aprendizagem que
as pessoas fazem através da
observação de
comportamentos sociais, os
quais são mentalmente
imitados e exteriormente
expressos.
• MODELAGEM - Processo de
aprendizagem social feito por
observação e imitação de
pessoas significativas.
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16. Aprendizagem vicariante
• A ideia-chave das conceções de Bandura é a
de que as pessoas podem aprender tão bem
direta como indiretamente.
• Por ex: assim, um empregado que recebe um
prémio pelo seu desempenho profissional está
a ser reforçado pelo seu comportamento
positivo e tenderá a mante-lo no futuro. Trata-
se de uma aprendizagem direta conseguida
por reforço direto.
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17. Aprendizagem direta
• Aquisições em que as consequências dos atos
recaem sobre o sujeito que os pratica.
• Por ex: os colegas de trabalho tenderão a
proceder como o empregado que recebeu o
prémio, em virtude de terem observado que o
seu bom desempenho foi apreciado. Trata-se
de uma aprendizagem vicariante conseguida
por reforço indireto ou vicariante.
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18. APRENDIZAGEM VICARIANTE
• Aquisições em que os modos de proceder são
sugeridos pela observação das consequências
que recaem nos outros.
• Aprender com o que acontece aos outros é uma via de
aprendizagem de comportamentos, atitudes e sentimentos
sociais. Assim, aprendemos a conduzir moderadamente,
observando as consequências nefastas que recaem em pessoas
que procedem de outra maneira. O medo de cobras, de
assassinos, de animais selvagens, do mar bravo ou de fantasmas
desenvolve-se muitas vezes nas pessoas, não por terem
estabelecido um confronto direto, mas por contactarem com
observações de outras pessoas a respeito desses seres e dos
perigos reais ou imaginários que representam.
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