1. O documento discute estratégias para organização do tempo de gestores escolares, incluindo autorreflexão, conhecimento das dimensões da função, planejamento e registro de ações.
2. Um bom planejamento requer conhecimento da realidade escolar e registro e divulgação das ações para estabelecer comunicação.
3. O registro é importante para a rotina escolar e deve ser tratado com transparência e seriedade por se tratar de um espaço público.
5. É comum observarmos como as pessoas, e até
nós mesmos, reclamamos da falta de tempo.
Afinal, que bem é esse, tão valioso, que nos
parece faltar a todo o momento?
Um anseio que nos faz prometer, à cada início
de ano que iremos organizar nosso tempo de
forma a atender as necessidades que nos
compete.
6. Organização seria, então, a palavra ideal para
solucionar nossos problemas com a falta de
tempo?
Talvez „solucionar‟ não, mas, „ajudar‟ sim.
7. A tarefa de pensarmos sobre a organização do
tempo, na rotina profissional de um gestor
escolar, pode ser realizada em quatro etapas:
9. O gestor deve conhecer a si mesmo, pela
autorreflexão; conhecer as dimensões e atribuições
que envolvem a sua ação como gestor escolar e fazer
escolhas a respeito dos procedimentos que irá
utilizar para desenvolver suas atividades. Para isso,
precisará de estratégias.
Um bom planejamento deverá conhecer a realidade do
local onde trabalha e, ainda, acrescentando-se a
tarefa, não menos importante, de registrar suas
ações e divulgá-las ao coletivo, estabelecendo uma
boa comunicação.
A autorreflexão e a reflexão sobre quais ações fazem
parte da nossa rotina, quanto tempo gastamos com
cada uma delas, é necessária para iniciarmos nossa
tarefa de organização do nosso tempo.
11. Ter uma compreensão global de todas as
dimensões do trabalho do gestor escolar é de
grande relevância para uma boa organização da
rotina.
Gerir uma escola, em toda sua complexidade, é
uma tarefa desafiante que irá exigir do gestor
uma visão coerente e atualizada ao seu tempo
sobre educação; a gestão escolar e o seu papel
profissional na liderança, e a organização da
escola.
A superação desse desafio será alcançada quando
o gestor adquirir competências específicas à sua
função, como Heloísa Lück (2009) nos explica:
12. “A superação de tais desafios demanda do diretor
capacidade conceitual sobre a educação; a gestão
escolar e seu trabalho, mediante visão de
conjunto e perspectiva aberta e sólida sobre a
natureza da educação; o papel educacional da
escola e dos profissionais que nela atuam; a
natureza e as demandas psico-socio-
educacionais dos alunos; a relação da escola com
a comunidade, dentre outros
aspectos, incluindo, por certo, uma
fundamentação sobre as dimensões de gestão
escolar.”
14. O planejamento é inerente ao trabalho do
educador devido ao fato de que o objeto da sua
ação é de grande complexidade: o cotidiano
escolar.
Se o educador não planejar suas ações e tarefas de
nada adiantará possuir uma excelente concepção
e visão das necessidades da sua realidade
escolar. O planejamento orienta, dá objetivos às
nossas ações, traça metas e esclarece quais são
os resultados pretendidos.
15. O planejamento propicia um compromisso com a
ação, responsabiliza os agentes envolvidos e
deve ser contínuo para proporcionar uma ação
coerente para alcançar os resultados esperados.
O principal resultado esperado, no final, sempre
deverá ser: o alcance da melhor aprendizagem
para os alunos.
17. O registro é uma questão muito importante no
trabalho escolar. Existem vários tipos de registro
na escola. Registros administrativos, como
listagens, atas, planilhas etc., e registros
pedagógicos, como atas de reuniões
pedagógicas, acompanhamento de sala de aula,
planos de ensino, conselho de classe, entre
outros.
18. Como está organizada toda esta documentação é
um fator importante para a rotina escolar. Além
de ser uma necessidade essencial demonstra,
também, a concepção que a equipe diretiva
possui do que é uma escola pública, pois os
documentos da escola não podem ser tratados
como os documentos da nossa casa. A escola é
um espaço público e este espaço deve ser
entendido como um espaço a ser compartilhado
onde as documentações devem ser socializadas e
devem possuir um caráter de transparência, com
responsabilidade e seriedade nas informações.