O documento discute o uso e análise de mídias sociais como redes sociotécnicas. Aborda como entender a complexidade dessas redes através de múltiplas perspectivas e como analisá-las de forma prática para fins de pesquisa e aplicações profissionais.
1. Mesa redonda
Gestão da Informação e Mídias Sociais
Dalton Martins
dmartins@gmail.com
FATEC – São Paulo
Depto. de Tecnologia da Informação
Universidade Federal de Goiânia
15/10/2013
2. Mídias Sociais
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Há muitas formas de olhar para o que hoje
chamamos de mídias sociais:
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A perspectiva da tecnologia e das múltiplas
ferramentas de produção de redes;
A perspectiva do marketing e da promoção dos
negócios;
A perspectiva da sociologia e dos novos modos
de relacionamento;
entre outras...
3. Mídias Sociais
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No geral, estamos em busca de tecnologias,
metodologias e formas de trabalhar com as
mídias sociais que permitam:
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Formar determinados tipos de redes em torno de
temas específicos;
Atingir determinadas metas baseadas em indução e
promoção de relações sociais com fins específicos;
No entanto, temos uma percepção geral que as
coisas não estão exatamente sob nosso
controle!
4. Mídias Sociais
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Buscar entender as mídias sociais é buscar
conjugar uma complexidade de fatores e
variáveis que estão envolvidas nas diferentes
formas de apropriação dessas mídias;
Muitas vezes,
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cabe inverter a pergunta:
ao invés de tentar induzir um tipo de
relação, cabe analisar que tipo de relação
faz sentido para um grupo.
5. Mídias sociais: redes sóciotécnicas
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Um dos olhares que favorece o entendimento dessa
complexidade é analisarmos as mídias sociais como
redes sociotécnicas, envolvendo
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Aspectos políticos e sociais:
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Políticas organizacionais;
Políticas relacionais;
Aspectos tecnológicos:
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Formas de apropriação;
Fluxos de informação;
Modos de análise e produção de conhecimento.
6. O olhas das redes sóciotécnicas
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Surgem desse olhar e modo de analisar as
mídias diferentes oportunidades para os
problemas e o campo da Informação:
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Múltiplos modos
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Formas de ativação de coletivos;
Condições de produção de determinados tipos de redes
Múltiplos modos
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de experimentar redes:
de análise:
Tendências relacionais;
Padrões estruturais e dinâmicos;
A produção e invenção de formas organizacionais;
Linguagem e semântica
7. Oportunidades
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Há muitos dados disponíveis na Internet para
análise, permitindo mapearmos tendências,
padrões e melhorarmos nosso entendimento da
dinâmica de funcionamento dos sistemas humanos;
Podemos ter muitas motivações para isso:
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Melhoria e proposição de novos sistemas de ensino e
aprendizagem;
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Novas técnicas de avaliação de resultados em
estratégias relacionais;
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Melhor entendimento de como operam nossos grupos
de trabalho e relacionamento;
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Pensar novos modos de intervir e projetar sistemas que
funcionem sobre outros modos de comunicação...
8. Como então trabalhar com essa
perspectiva de modo prático em
nossas atividades de pesquisa,
ações sociais e atuação
profissional?
9. O que faz um analista de redes?
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Os analistas de redes tratam os
sistemas sociais como redes
de relações de dependência de
recursos escassos localizados
nos nós e a estrutura de
alocação desses recursos nas
conexões.
10. Como estudar análise de redes?
Aspectos técnicos
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Banco de dados: SQL e a estruturação de dados de sua análise em
bancos facilitam a tarefa e o esforço envolvido na mineração
Linguagem de scripts: nem sempre conseguimos os dados no formato
que precisamos. Muitas vezes, é preciso mexer e transformar as relações
com dados. Linguagens como Python, Perl e PHP podem ajudar muito.
Planilhas: kit básico do analista. Facilitam gerar gráficos facilmente e
calcular dados de base para avaliação do trabalho;
Estatística: conhecimento fundamental para análise exploratória e testes
de validação de hipóteses;
Softwares de análise: há muitos softwares hoje em dia que podem
ajudar no trabalho, facilitando muitos processos de forma automática. Ex:
Gephi, Pajek, Netdraw, UCINET, Visone, etc....
11. Como estudar análise de redes?
Aspectos sociais
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Contexto: os dados nunca refletem uma verdade única sobre a
rede. Eles sempre dependem do contexto em que analisamos. As
posições estruturais e dinâmicas podem significar coisas em um
contexto e coisas bem diferentes em outro contexto.
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Dinâmica: o modo como a rede se modifica, considerando o
movimento dos nós e das conexões permite visualizar uma dinâmica
social de relacionamento. Entender a motivação dessa dinâmica é
fundamental para a análise.
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Análise: o analista não deve ser visto como o especialista em
redes. Ele sabe analisar, mas o que aquilo significa é sempre
interessante dialogar com as comunidades analisadas. Elas
conhecem seu contexto e sua dinâmica melhor que ninguém.
14. Exemplos: blog coletivo
Mapas da rede: diferentes formas de apropriação regional
Relações entre pessoas
do Rio Grande do Sul
Relações entre pessoas
de São Paulo
Há o mesmo número
de nós nessas 2 redes.