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Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e
      possibilidades para a Ciência da Informação no Brasil
        EIXO TEMÁTICO: 3 - Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações
                                     Contemporâneas




          Dalton Martins

Doutorando em Ciência da Informação
Universidade de São Paulo

dmartins@gmail.com
Http://daltonmartins.blogspot.com
Introdução
●
    As redes tornaram-se, antes de tudo, um modo        de pensar, de ler e de agir no mundo
    (DUARTE e FREY, 2008)
●   A aparente sensação de incompreensão e necessidade de se encontrar novas ferramentas de
    análise surge quando modelos teóricos não dão mais conta de ofertar
    possibilidades de entendimento, previsão e síntese de processos.
●   Novas metáforas são necessárias, novas condições de possibilidade que se propõem a
    tratar a complexidade das relações em rede podem ser ensaiadas, analisadas e estudadas
    quando dispomos de duas características marcantes de nosso tempo:

     ●   ampla disponibilidade de dados oriundos das múltiplas relações entre
         pessoas que se constituem nos ambientes digitais (bibliotecas digitais, listas de email,
         blogs, fóruns, mídias sociais, etc)
     ●   alto poder de processamento dessa informação, possibilitando diferentes
         formas de análise, proposição e testes de novos modelos, visualizações e novos
         indicadores.
●
    A análise de redes sociais tem despontado como um paradigma de pesquisa com
    potencial para ser incorporada na área da Ciência da Informação contribuindo em vários
    problemas de pesquisa e focos de interesse.
Objetivo
O objetivo deste artigo é mapear esse paradigma de
pesquisa e apontar algumas tendências no uso de seus

métodos analíticos no Brasil, a partir da   revisão de 41
artigos       mapeados por Marteleto (2010) como parte
relevante da produção científica na área da Ciência da
Informação.
Paradigma da análise de redes
                   sociais
●   Alguns conceitos auxiliam na caracterização das redes sociais
    (WASSERMAN e FAUST, 1994):
    ●
        os objetos são vistos como atores dentro da rede, sendo suas ações
        vistas como interdependentes, ao invés de unidades autônomas;
    ●
        as relações entre atores são canais para transferência ou fluxo de
        recursos, sejam eles materiais ou imateriais;
    ●   modelos de rede evidenciam características individuais dos atores
        em relação ao ambiente da rede, explicitando oportunidades ou restrições
        para suas ações;
    ●   modelos matemáticos e computacionais de rede conceitualizam
        estrutura e dinâmica (social, econômica, política, etc.) como
        emergentes do padrão de relação entre os atores.
Paradigma da análise de redes
                sociais
●   A arte de descobrir que tipo de relações analisar depende
    exclusivamente do contexto de um dado conjunto de
    objetos e como estes se relacionam com o problema em
    estudo, sendo incluídas as relações importantes ou
    interessantes e excluídas as relações triviais ou
    supérfluas, levando a rede a tornar-se uma
    representação simplificada que reduz
    um sistema a uma estrutura abstrata, capturando apenas
    os padrões básicos de conexão e um pouco
    mais (NEWMAN, 2010).
Paradigma da análise de redes
                   sociais
●   O desenvolvimento contínuo de aplicações e experiências por parte das
    diversas áreas interessadas começam a evidenciar, quando integradas, um
    paradigma de pesquisa, que pode auxiliar a definir os critérios para
    escolhas de problemas (FREEMAN, 2004):
    ●
        análise de redes sociais é motivada por uma intuição de que as
        relações entre atores formam padrões emergentes que podem ser
        estudados;
    ●
        a pesquisa está fundamentada na sistematização     de dados
        empíricos;
    ●
        a pesquisa utiliza intensamente recursos de visualização   de
        imagens das redes;
    ●
        a pesquisa depende do uso de modelos    matemáticos e
        computacionais.
Principais indicadores: níveis e tipos
   Níveis                   Indicadores                   Tipo                           Significado
              Densidade                                  Estrutural Taxa de conectividade da rede
              Diâmetro                                   Estrutural Maior distância entre dois atores numa rede
                                                                    Configuração das redes modo-2, caracterizando dois tipos
              Afiliação                                  Estrutural de vértices na rede: atores e organizações
    Rede      Distribuição de probabilidade              Dinâmico Como se distribui graus de conectividade dos nós
              Evolução no grau médio de centralidade     Dinâmico Como evolui a conectividade média dos nós
              Coeficiente de clusterização               Dinâmico Avalia o grau de influência e transitividade na rede
              Evolução na distância média entre os nós   Dinâmico Como evolui a distância entre os nós
              Evolução do padrão estrutural              Dinâmico Probabilidade de como a estrutura da rede evolui


                                                                    Distinção entre conjuntos de atores de maior e menor grau
              Centro e periferia                         Estrutural de centralidade
              Componentes                                Estrutural Subgrupos independentes na rede
              Componentes fortes                         Estrutural Subgrupo fortemente conectado
              Componentes fracos                         Estrutural Subgrupo fracamente conectado
  Subgrupos                                                         Subgrupo completo onde todos se conectam com todos,
              Cliques                                    Estrutural que contém três ou mais vértices
                                                                    Subgrupo que contendo um número mínimo de conexões
              m-slices                                   Estrutural m entre os vértices que são relacionados por essas linhas
                                                                    Subgupo onde cada vértice estabelece relação com um
              k-core                                     Estrutural número mínimo k de outros vértices dentro do subgrupo



              Distância                                  Estrutural Número de conexões existentes entre dois atores numa rede
              Grau de centralidade da rede               Estrutural número de linhas incidentes em um vértice do grafo
                                                                    habilidade de um indivíduo de se conectar aos círculos
              Grau de centralidade por interposição      Estrutural importantes da rede
   Atores                                                           representa a habilidade de um indivíduo monitorar o fluxo
              Grau de centralidade por vizinhança        Estrutural de informação e enxergar o que está acontecendo na rede
                                                                    Medida que avalia o quanto dois atores possuem um
              Equivalência estrutural                    Estrutural padrão de conexão semelhante.
                                                                    Distinção de papéis de intermediação que um ator pode
              Brokers                                    Estrutural desempenhar, dependendo do contexto da rede.
Análise de Redes Sociais e a CI
●   Os cientistas da informação estudam redes sob diversos aspectos, sobretudo relacionadas a
    citação, cocitação, coautoria, estruturas de colaboração e outras formas de interação social (OTTE e
    ROUSSEAU, 2002).
●
    A análise de redes sociais empresta um ferramental metodológico que permite grande
    flexibilidade na proposição de atores e relações na rede, complementando os recursos disponíveis
    pelas análise bibliométricas (SILVA ET AL., 2006).
●   A conclusão da análise dos diferentes problemas de interesse da CI é que as contribuições do uso
    da análise de redes sociais, também apresentado por Matheus e Silva (2006), são:
    ●   método comum para o estudo de redes em geral, sejam elas redes de pessoas,
        organizações, documentos ou redes eletrônicas;
    ●   fundamentação teórica e matemática para estudos e pesquisas conduzidas na área.
●   Com o objetivo de mapear como a análise de redes sociais vem se desenvolvendo no Brasil na área
    da CI, Marteleto (2010) fez um levantamento nas revistas de Ciência da Informação classificadas
    nas categorias A e B na lista Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
    Superior (CAPES), pesquisando os temas – informação e redes sociais – sem restrição de data.
    ●   No total, foram encontrados 41 artigos a partir de 2001 até 2009;
    ●   É a partir desse estudo que iremos analisar a aplicação desse ferramental metodológico a partir
        do uso de seus principais indicadores.
Procedimentos metodológicos
●   Após termos feito uma revisão dos principais
    indicadores e padrões que são utilizados na
    análise estrutural e dinâmica de redes, com
    objetivo de avaliar o estado atual de como a
    análise de redes sociais tem sido aplicada no
    campo da CI, fizemos um levantamento das
    técnicas utilizadas nos 41 artigos que foram
    mapeados por Marteleto (2010).
Resultados
●   14,6% dos artigos são voltados para discutir o uso metodológico e
    conceitual da análise de redes sociais;
●
    Em torno de 27% dos artigos dizem respeito ao estudo de redes
    científicas, colaboração e coautoria, representando a área de maior
    utilização da metodologia como recurso de pesquisa;
●
    Dos 41 artigos, apenas 11 (26,8%) utilizaram de dado quantitativo,
    sendo que a maioria dos textos tinha por objetivo discutir assuntos
    de característica conceitual, não trabalhando diretamente com
    amostras de dados;
●   Dos 11 artigos que utilizaram amostras de dados para suas
    pesquisas, apenas 3 (7,3% do total) incluíram em sua discussão
    algum aspecto dinâmico das redes sociais.
Resultados
 Níveis                   Indicadores                   Tipo        Artigos
            Densidade                                  Estrutural      6
            Diâmetro                                   Estrutural      5
            Afiliação                                  Estrutural
            Distribuição de probabilidade              Dinâmico        2
  Rede      Evolução no grau médio de centralidade     Dinâmico
            Coeficiente de clusterização               Dinâmico        2
            Evolução na distância média entre os nós   Dinâmico
            Evolução do padrão estrutural              Dinâmico        1



            Centro e periferia                         Estrutural      1
            Componentes                                Estrutural      5
            Componentes fortes                         Estrutural      1
Subgrupos   Componentes fracos                         Estrutural      2
            Cliques                                    Estrutural      2
            m-slices                                   Estrutural
            k-core                                     Estrutural



            Distância                                  Estrutural
            Grau de centralidade da rede               Estrutural     10
 Atores     Grau de centralidade por interposição      Estrutural     7
            Grau de centralidade por vizinhança        Estrutural     7
            Equivalência estrutural                    Estrutural
            Brokers                                    Estrutural
Conclusões
●   A maior parte da produção científica utiliza apenas a análise estrutural de redes, sendo que dos
    11 artigos que utilizaram amostras de dados, 10 utilizaram os indicadores de grau de
    centralidade como base de sua argumentação.
●   Os estudos, em geral, utilizaram amostras de dados pequenas, sendo que a maior base de
    dados utilizadas era composta de 1812 artigos para análise das redes de coautoria
    (BRANDÃO, PARREIRAS e SILVA, 2007), o que justifica em parte a baixa utilização da análise
    dinâmica, que faz sentido quando temos grandes massas de dados para análise dos padrões
    evolutivos.
●   A revisão dos artigos nos leva a concluir que não são muitas as bases de dados disponíveis e
    de fácil acesso a manipulação pelos pesquisadores e, quando o são, não possuem grande
    abrangência e nem séries históricas significativas dos dados representados.
●   Uma outra hipótese diz respeito ao treinamento no uso das metodologias de análise. Muitos
    pesquisadores utilizam os recursos básicos da análise estrutural de redes, não incorporando
    ainda em seu repertório de pesquisa novos métodos de análise e caracterização de padrões
    dinâmicos.
●   Os resultados apresentados acima reforçam as conclusões apresentadas por Marteleto ( 2010):
     falta de aprofundamento conceitual e metodológico, e investimento ainda parcial no uso da
    análise de redes no estudo das redes de informação.

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IV SECIN - Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibilidades para a Ciência da Informação no Brasil

  • 1. Paradigma da pesquisa em análise de redes sociais: usos e possibilidades para a Ciência da Informação no Brasil EIXO TEMÁTICO: 3 - Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações Contemporâneas Dalton Martins Doutorando em Ciência da Informação Universidade de São Paulo dmartins@gmail.com Http://daltonmartins.blogspot.com
  • 2. Introdução ● As redes tornaram-se, antes de tudo, um modo de pensar, de ler e de agir no mundo (DUARTE e FREY, 2008) ● A aparente sensação de incompreensão e necessidade de se encontrar novas ferramentas de análise surge quando modelos teóricos não dão mais conta de ofertar possibilidades de entendimento, previsão e síntese de processos. ● Novas metáforas são necessárias, novas condições de possibilidade que se propõem a tratar a complexidade das relações em rede podem ser ensaiadas, analisadas e estudadas quando dispomos de duas características marcantes de nosso tempo: ● ampla disponibilidade de dados oriundos das múltiplas relações entre pessoas que se constituem nos ambientes digitais (bibliotecas digitais, listas de email, blogs, fóruns, mídias sociais, etc) ● alto poder de processamento dessa informação, possibilitando diferentes formas de análise, proposição e testes de novos modelos, visualizações e novos indicadores. ● A análise de redes sociais tem despontado como um paradigma de pesquisa com potencial para ser incorporada na área da Ciência da Informação contribuindo em vários problemas de pesquisa e focos de interesse.
  • 3. Objetivo O objetivo deste artigo é mapear esse paradigma de pesquisa e apontar algumas tendências no uso de seus métodos analíticos no Brasil, a partir da revisão de 41 artigos mapeados por Marteleto (2010) como parte relevante da produção científica na área da Ciência da Informação.
  • 4. Paradigma da análise de redes sociais ● Alguns conceitos auxiliam na caracterização das redes sociais (WASSERMAN e FAUST, 1994): ● os objetos são vistos como atores dentro da rede, sendo suas ações vistas como interdependentes, ao invés de unidades autônomas; ● as relações entre atores são canais para transferência ou fluxo de recursos, sejam eles materiais ou imateriais; ● modelos de rede evidenciam características individuais dos atores em relação ao ambiente da rede, explicitando oportunidades ou restrições para suas ações; ● modelos matemáticos e computacionais de rede conceitualizam estrutura e dinâmica (social, econômica, política, etc.) como emergentes do padrão de relação entre os atores.
  • 5. Paradigma da análise de redes sociais ● A arte de descobrir que tipo de relações analisar depende exclusivamente do contexto de um dado conjunto de objetos e como estes se relacionam com o problema em estudo, sendo incluídas as relações importantes ou interessantes e excluídas as relações triviais ou supérfluas, levando a rede a tornar-se uma representação simplificada que reduz um sistema a uma estrutura abstrata, capturando apenas os padrões básicos de conexão e um pouco mais (NEWMAN, 2010).
  • 6. Paradigma da análise de redes sociais ● O desenvolvimento contínuo de aplicações e experiências por parte das diversas áreas interessadas começam a evidenciar, quando integradas, um paradigma de pesquisa, que pode auxiliar a definir os critérios para escolhas de problemas (FREEMAN, 2004): ● análise de redes sociais é motivada por uma intuição de que as relações entre atores formam padrões emergentes que podem ser estudados; ● a pesquisa está fundamentada na sistematização de dados empíricos; ● a pesquisa utiliza intensamente recursos de visualização de imagens das redes; ● a pesquisa depende do uso de modelos matemáticos e computacionais.
  • 7. Principais indicadores: níveis e tipos Níveis Indicadores Tipo Significado Densidade Estrutural Taxa de conectividade da rede Diâmetro Estrutural Maior distância entre dois atores numa rede Configuração das redes modo-2, caracterizando dois tipos Afiliação Estrutural de vértices na rede: atores e organizações Rede Distribuição de probabilidade Dinâmico Como se distribui graus de conectividade dos nós Evolução no grau médio de centralidade Dinâmico Como evolui a conectividade média dos nós Coeficiente de clusterização Dinâmico Avalia o grau de influência e transitividade na rede Evolução na distância média entre os nós Dinâmico Como evolui a distância entre os nós Evolução do padrão estrutural Dinâmico Probabilidade de como a estrutura da rede evolui Distinção entre conjuntos de atores de maior e menor grau Centro e periferia Estrutural de centralidade Componentes Estrutural Subgrupos independentes na rede Componentes fortes Estrutural Subgrupo fortemente conectado Componentes fracos Estrutural Subgrupo fracamente conectado Subgrupos Subgrupo completo onde todos se conectam com todos, Cliques Estrutural que contém três ou mais vértices Subgrupo que contendo um número mínimo de conexões m-slices Estrutural m entre os vértices que são relacionados por essas linhas Subgupo onde cada vértice estabelece relação com um k-core Estrutural número mínimo k de outros vértices dentro do subgrupo Distância Estrutural Número de conexões existentes entre dois atores numa rede Grau de centralidade da rede Estrutural número de linhas incidentes em um vértice do grafo habilidade de um indivíduo de se conectar aos círculos Grau de centralidade por interposição Estrutural importantes da rede Atores representa a habilidade de um indivíduo monitorar o fluxo Grau de centralidade por vizinhança Estrutural de informação e enxergar o que está acontecendo na rede Medida que avalia o quanto dois atores possuem um Equivalência estrutural Estrutural padrão de conexão semelhante. Distinção de papéis de intermediação que um ator pode Brokers Estrutural desempenhar, dependendo do contexto da rede.
  • 8. Análise de Redes Sociais e a CI ● Os cientistas da informação estudam redes sob diversos aspectos, sobretudo relacionadas a citação, cocitação, coautoria, estruturas de colaboração e outras formas de interação social (OTTE e ROUSSEAU, 2002). ● A análise de redes sociais empresta um ferramental metodológico que permite grande flexibilidade na proposição de atores e relações na rede, complementando os recursos disponíveis pelas análise bibliométricas (SILVA ET AL., 2006). ● A conclusão da análise dos diferentes problemas de interesse da CI é que as contribuições do uso da análise de redes sociais, também apresentado por Matheus e Silva (2006), são: ● método comum para o estudo de redes em geral, sejam elas redes de pessoas, organizações, documentos ou redes eletrônicas; ● fundamentação teórica e matemática para estudos e pesquisas conduzidas na área. ● Com o objetivo de mapear como a análise de redes sociais vem se desenvolvendo no Brasil na área da CI, Marteleto (2010) fez um levantamento nas revistas de Ciência da Informação classificadas nas categorias A e B na lista Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pesquisando os temas – informação e redes sociais – sem restrição de data. ● No total, foram encontrados 41 artigos a partir de 2001 até 2009; ● É a partir desse estudo que iremos analisar a aplicação desse ferramental metodológico a partir do uso de seus principais indicadores.
  • 9. Procedimentos metodológicos ● Após termos feito uma revisão dos principais indicadores e padrões que são utilizados na análise estrutural e dinâmica de redes, com objetivo de avaliar o estado atual de como a análise de redes sociais tem sido aplicada no campo da CI, fizemos um levantamento das técnicas utilizadas nos 41 artigos que foram mapeados por Marteleto (2010).
  • 10. Resultados ● 14,6% dos artigos são voltados para discutir o uso metodológico e conceitual da análise de redes sociais; ● Em torno de 27% dos artigos dizem respeito ao estudo de redes científicas, colaboração e coautoria, representando a área de maior utilização da metodologia como recurso de pesquisa; ● Dos 41 artigos, apenas 11 (26,8%) utilizaram de dado quantitativo, sendo que a maioria dos textos tinha por objetivo discutir assuntos de característica conceitual, não trabalhando diretamente com amostras de dados; ● Dos 11 artigos que utilizaram amostras de dados para suas pesquisas, apenas 3 (7,3% do total) incluíram em sua discussão algum aspecto dinâmico das redes sociais.
  • 11. Resultados Níveis Indicadores Tipo Artigos Densidade Estrutural 6 Diâmetro Estrutural 5 Afiliação Estrutural Distribuição de probabilidade Dinâmico 2 Rede Evolução no grau médio de centralidade Dinâmico Coeficiente de clusterização Dinâmico 2 Evolução na distância média entre os nós Dinâmico Evolução do padrão estrutural Dinâmico 1 Centro e periferia Estrutural 1 Componentes Estrutural 5 Componentes fortes Estrutural 1 Subgrupos Componentes fracos Estrutural 2 Cliques Estrutural 2 m-slices Estrutural k-core Estrutural Distância Estrutural Grau de centralidade da rede Estrutural 10 Atores Grau de centralidade por interposição Estrutural 7 Grau de centralidade por vizinhança Estrutural 7 Equivalência estrutural Estrutural Brokers Estrutural
  • 12. Conclusões ● A maior parte da produção científica utiliza apenas a análise estrutural de redes, sendo que dos 11 artigos que utilizaram amostras de dados, 10 utilizaram os indicadores de grau de centralidade como base de sua argumentação. ● Os estudos, em geral, utilizaram amostras de dados pequenas, sendo que a maior base de dados utilizadas era composta de 1812 artigos para análise das redes de coautoria (BRANDÃO, PARREIRAS e SILVA, 2007), o que justifica em parte a baixa utilização da análise dinâmica, que faz sentido quando temos grandes massas de dados para análise dos padrões evolutivos. ● A revisão dos artigos nos leva a concluir que não são muitas as bases de dados disponíveis e de fácil acesso a manipulação pelos pesquisadores e, quando o são, não possuem grande abrangência e nem séries históricas significativas dos dados representados. ● Uma outra hipótese diz respeito ao treinamento no uso das metodologias de análise. Muitos pesquisadores utilizam os recursos básicos da análise estrutural de redes, não incorporando ainda em seu repertório de pesquisa novos métodos de análise e caracterização de padrões dinâmicos. ● Os resultados apresentados acima reforçam as conclusões apresentadas por Marteleto ( 2010): falta de aprofundamento conceitual e metodológico, e investimento ainda parcial no uso da análise de redes no estudo das redes de informação.