1. Doisnovemeia<br />Palestra “Texto”<br />Fernanda Guedes<br />Texto de apoio<br />Título e imagem são responsáveis por atrair a atenção do leitor para a peça e o texto é responsável por informar, criando convicção sobre o produto ou serviço.<br />A utilização de textos em anúncios é definida pelo problema de comunicação e pelo tipo de produto ou serviço anunciado. Produtos novos, em lançamento, em fase de reposicionamento, na maioria das vezes, requerem informações que complementem o título.<br />A informação principal (o benefício) do produto ou serviço, numa peça impressa, se encontra no título, que também pode ser referido como a promessa principal. Todo o resto que precisa ser dito a respeito do produto ou serviço (preço, forma de uso/entrega/pagamento, garantia e outras características), será abordado no texto de apoio. Essas informações se tratam da promessa secundária.<br />Contextualização é o encadeamento de informações que situam o leitor quanto a todos os aspectos do texto.<br />Referências são as informações necessárias para que o leitor compreenda o texto.<br />Estrutura é o que vai organizar as idéias e traçar um caminho de leitura para o receptor.<br />Aspectos estéticos irão definir a aparência do texto (tipografia, alinhamento, espaçamento, etc.).<br />Tipos de texto<br />Narração<br />Na narração sempre há o envolvimento emocional do leitor. Ela conta uma sequência de fatos ou acontecimentos, reais ou fictícios, com começo meio e fim (não necessariamente nesta ordem). É preciso definir personagens, ambientação, tempo e espaço, através de um narrador em 1ª ou 3ª pessoa. <br />Descrição<br />Aborda os aspectos característicos do produto ou serviço, buscando formar uma imagem mental na cabeça do leitor. É preciso definir o objetivo da descrição (sensibilizar, informar, convencer, etc), e assim, organizar o percurso da caracterização do objeto. Deve-se evitar o uso de adjetivos que podem gerar ambigüidade, pois empobrecem o texto. <br />Além de formar uma imagem, é enriquecedor e gera uma experiência do consumidor com o produto ou serviço, quando o texto o faz ativar outros sentidos (paladar, olfato, tato, audição).<br />Dissertação<br />Expõe idéias e opiniões, sempre acompanhadas de argumentos que as comprovem. Para dissertar é preciso ter imaginação, criatividade e muito conhecimento para saber argumentar de forma a convencer o leitor à ação desejada.<br />Na publicidade, é difícil encontrar textos com apenas um dos tipos de texto. O comum é fazermos associações entre eles para melhor nos comunicarmos.<br />Características<br />O texto na mensagem publicitária precisa ser conciso, persuasivo e informativo de uma só vez. É geralmente coloquial e utiliza frases curtas (suj., ação, complemento – inverter é raro, pois pode gerar ruído). A não ser que seja o propósito, são dispensadas palavras que dificultam a leitura e não deixam a frase fluir.<br />Assim como o título, deve-se cortar os excessos. Se você pode cortar e a frase continua fazendo sentido, corte!<br />O texto de apoio é dividido em três partes:<br />1ª – (Primeira frase) Amplia o título, explica o que ele havia deixado por dizer.<br />2ª – (Exposição) Fala das características do produto.<br />3ª – (Fechamento) Fecha o texto, voltando-se para a idéia inicial.<br />Texto curto ou texto longo?<br />Texto Curto<br />É objetivo, normalmente tem muita força e funciona muito bem para meios que o consumidor tem pouco tempo para ler. Ele é o exemplo máximo de síntese que pregamos diariamente na Publicidade.<br />Texto Longo<br />Prede a atenção do leitor, através de um texto envolvente, apresentando argumentos e benefícios do produto. Esse texto oferece uma experiência ao leitor e o expõe por mais tempo ao serviço ou produto.<br />Copy<br />O copy, diferente do texto de apoio, não se trata de uma promessa secundária. Ele se garante por ele mesmo, havendo título ou não.<br />É um texto publicitário para peças impressas, de rádio ou de televisão, que visam captar o interesse de um possível comprador do serviço ou produto. Para isso, ele precisa ter um ritmo impecável, muitos parágrafos, brilho intelectual marcante, mas cordial, uma boa retórica com encadeamento de argumentos e sugestões. Ele deve ser escrito de forma que sua idéia ou produto seja adquirido pelo público alvo.<br />Storytelling<br />story = história / telling = narração<br />Storytelling é a arte de elaborar uma história atraente. Na publicidade, ela é uma nova ferramenta do marketing que busca cativar e conquistar o consumidor por meio da história atrelada à marca ou produto.<br />Transmídia Storytelling <br />“Crossmedia (também conhecida como Cross media ou Cross-media) é a distribuição de serviços, produtos e experiências por meio das diversas mídias e plataformas de comunicação existentes no mundo digital e offline. Conceito dos anos 90, envolvendo publicidade em múltiplos meios. Ou seja, um conceito simplista sobre publicidade e canais de veiculação.”<br />“Uma historia transmedia se desdobra através de múltiplas plataformas de mídia, casa qual com um novo texto, fazendo uma contribuição distinta e valiosa para o todo”. Henry Jenkins<br />O que está em pauta não é a audiência das mídias possíveis e sim o quanto a história cabe e se desdobra nelas. <br />Não há supremacia do off sobre on.<br />Não adianta simplesmente colocar o seriado em streaming no site oficial, precisa ter uma outra história partindo dali.<br />E ela precisa ser sedutora e rica o suficiente para o espectador daquele momento continuar acessando.<br />Exemplo: A seção Heroes Evolutions é aonde o usuário/espectador encontra diversas histórias paralelas e desdobramentos de enredo que enriquecem o seriado, mas não inviabilizam o entendimento de quem só assiste na TV. Interatividade: Hana Gliterman é uma personagem que tem o poder de se transportar por ondas de rádio e redes de dados e se comunicar e comandar qualquer aparelho de comunicação. Codinome wireless, ela foi desenvolvida para ser a anfitriã do seriado na internet e celular. “Depois de um determinado episódio, Hana apareceu no site e começou a convocar pessoas para sabotarem a manipulação da eleição que o vilão estava montando. A resposta foi inacreditável pois milhares de pessoas montaram verdadeiras comunidades para clicar até o último segundo do episódio e tentar vencer o mal. Acabamos colocando a personagem em alguns episódios da TV em função dessa resposta positiva”, disse Jesse Alexander.<br />Nós criamos os produtos transmedia envolvendo todos os roteiristas da série para a TV e temos pessoas que depois focam em aprofundar e aplicar o que foi decidido para a internet e celular. E a gente faz isso simplesmente por que aumenta a audiência da série dentro e fora da TV, agrada as marcas que querem inovar e viabiliza os episódios que custam 5 milhões de dólares em média.<br />