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INSTRUÇÕES



                      E



              ORAÇÕES

     PARA A SANTA MISSA


          A CONFIISSÃO,




          E A COMUNHÃO
 Com uma instrução metódica por perguntas
e respostas, para aprender a se confessar bem.


    Pelo Senhor João Batista de La Salle,
      Sacerdote, Fundador dos Irmãos
            Das Escolas Cristãs.




                      1
Advertência sobre as Instruções e Orações

                           Para a Santa Missa

       Entre todas as ações que ordinariamente se realizam todos os dias, a
principal, e a mais excelente é assistir à Santa Missa. Também é a mais im-
portante para um cristãos, que deseja atrair sobre sua fé e sobre todas as
ações que deve praticar durante o dia, as graças e as bênçãos de Deus. Con-
tudo raras são as pessoas que a assistem com piedade, pouquíssimas são
instruídas sobre a maneira de assistir bem a ela. Foi o que levou a estabele-
cer estas Instruções e estas Orações, para ensinar aos Fiéis tudo o que se
refere a este santo sacrifício, e dar-lhes os meios de nele se ocupar santa e
utilmente.
       Em primeiro lugar se instrui sobre a excelência da santa Missa, e so-
bre os bens que recebemos assistindo a ela; sobre as disposições interiores,
de que devemos animar nossa presença exterior, e sobre a maneira de apli-
car-nos durante esse tempo.
       Em seguida explicam-se todas as cerimônias da santa Missa e se pro-
põem por fim duas espécies de orações: umas, tiradas do Ordinário da Santa
Missa, as outras que se referem às ações santas que o Sacerdote faz na cele-
bração, para que os Fiéis, ao recitarem ora umas ora outras, não se aborre-
çam e para que os que gostarem de umas ou de outras, possam escolher as
que mais lhes agradarem ou mais devoção lhes inspirarem.
       Procurou-se inserir nessas orações algumas Instruções e práticas
Cristãs, Instruções que podem esclarecer o espírito em diversas verdades
pouco conhecidas; e algumas práticas cristãs a serem postas em prática du-
rante o dia. Este é o fim que foi proposto neste Livro.




                                     2
INSTRUÇÕES
                 SOBRE O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA

                      E sobre a maneira com que se assistir a ela.



                        Do Sacrifício da Santa Missa

                                E de seus efeitos.

        O Sacrifício é uma ação na qual se oferece a Deus uma criatura que é imolada,
isto é, destruída de alguma forma, quer para prestar a Deus a honra que lhe é devida,
quer para reconhecer o domínio supremo dele sobre as criaturas. A criatura imolada e
destruída no Sacrifício chama-se vítima ou hóstia sacrificada e oferecida a Deus.
        A Missa é uma Sacrifício e mesmo é uma continuação do sacrifício que Jesus
Cristo ofereceu a Deus, seu Pai, sobre a cruz, porque é Jesus Cristo que morreu sobre o
Calvário que ainda é oferecido a Deus neste santíssimo e augustíssimo Sacrifício.
        Embora o Sacrifício da santa Missa seja o mesmo que o da Cruz, e seja sua con-
tinuação, há a seguinte diferença entre um e a outra: Jesus Cristo se ofereceu sobre a
Cruz, para satisfazer à justiça de Deus por nossos pecados, e para esse fim derramou seu
sangue precioso; ao passo que na santa Missa não mais derrama seu Sangue, mas sacri-
fica-se ao Eterno Pai como vítima gloriosa, para aplicar aos homens, em virtude deste
Sacrifício, as graças que lhes mereceu por seus sofrimentos e por sua morte.
        Como Jesus Cristo, ao morrer sobre o Calvário, satisfez inteiramente, e mais do
que suficientemente por todos os pecados cometidos e a cometer no mundo, e como este
Sacrifício teve e ainda tem sempre seu efeito, não era preciso que Jesus Cristo satisfi-
zesse por pecado algum, e assim teria sido inútil que instituísse o Sacrifício da santa
Missa se este Sacrifício não tivesse outros efeitos e outros frutos além dos da Cruz. Mas
as graças que Jesus Cristo mereceu por sua morte, ao não terem sido imediatamente
aplicados pela virtude da Cruz aos homens para os quais foram obtidas, por isso foi que
Jesus Cristo instituiu o Sacrifício da santa Missa e os Sacramentos, para dar a todos os
homens os meios de aplicar a si esses méritos pela participação neste sacrifício e pela
recepção dos Sacramentos.
        Essas graças que nos são adquiridas pela morte de Jesus Cristo Nosso Senhor,
são muito numerosas e de diferentes espécies, de onde resulta que o sacrifício da santa
Missa produza também muitos frutos e de espécies diferentes e efeitos correspondentes
a todas graças que procura aplicar.
        Os principais frutos e vantagens deste sacrifício são as seguintes, expressas em
diversos lugares do Cânon da santa missa.
        1. O Sacrifício da santa Missa presta a Deus a maior honra que ele possa rece-
            ber, porque é seu próprio Filho que presta essa honra ao se aniquilar, ao se
            destruir tanto quanto pode para a glória de Deus. Os que assistem à santa
            Missa e que têm a felicidade de participar nela, honram também a Deus da
            maneira mais alta possível, pela união que têm com Jesus Cristo.




                                           3
2. Este Sacrifício produz o meio de agradecer a Deus por seus benefícios da
            maneira mais perfeita possível, oferecendo-lhe seu próprio Filho em ação de
            graças.
        3. Ele faz obter da bondade de Deus novos benefícios.
        4. Este Sacrifício liberta as Almas do Purgatório, ou lhes diminui os sofrimen-
            tos, de acordo com o que essas almas ainda estão devendo à justiça divina.
        5. Ele perdoa a pena temporal devida, tanto pelo pecado mortal, como pelo ve-
            nial.
        6. Obtém a remissão dos pecados e a graça da conversão.
        7. Atrai de Deus as graças necessárias para se preservar da caída no pecado.
        8. Produz a graça de deixar os maus hábitos por mais arraigados que estejam.
        9. concede forças para abandonar inteiramente todas as ocasiões próximas de
            pecado.
        10.Concede a graça da união e da reconciliação com o próximo, se há alguém
            com quem não se está tão unido como se deveria estar.
        11.Adquire um socorre poderoso para cumprir bem seus deveres de estado, e re-
            alizar todas as suas ações de maneira cristã.
        12.É um meio muito eficaz de conservar e recuperar a saúdo do corpo, e todos
            os outros bens temporais, quando forem úteis para a glória de Deus e para
            nossa salvação.
        13.Enfim pode-se obter mais facilmente o que se pede a Deus, e receber dele
            mais graças pela assistência a uma só Missa bem assistida, do que por todas
            as ações mais santas que se puder fazer.
        Estes são os efeitos muito importantes, os bens e as vantagens que a Igreja pede
todos os dias a Deus para seus filhos no santo sacrifício, efeitos que devem levar os fi-
éis, que desejam consegui-los, a assistir assiduamente a ele, mesmo nos dias em que não
são obrigados, e a somente assistir a ele com as disposições necessárias para participar
dele e para se colocar em situação de obter todos os dias algumas dessas graças enquan-
to as pedem a Deus conforme suas necessidades.



                 Da obrigação de assistir à santa Missa

        É obrigação assistir a santa Missa todos os Domingos, e todas as Festas. A in-
tenção própria da Igreja é que cada um a assista em sua Paróquia, e a missa que ordina-
riamente se chama a Missa Paroquial. É por isso que a Igreja pede aos pastores que dê-
em aos fiéis a seu encargo, algumas instruções, explicando-lhes o santo Evangelho, e
ensinando-lhes as regras de vida cristã.
        Não se está obrigado a assistir a santa Missa nos outros dias, contudo não se po-
de negligenciar isso, e por mais ocupações que se tenha, deve-se fazer de modo que não
se falte a ela um dia sequer. Deve-se estar persuadido de que esse tempo não será perdi-
do mas bem empregado, e muito melhor do que se fosse empregado no trabalho. Pois
por uma ação tão santa se atraem as graças e as bênçãos de Deus sobre tudo o que se
deve fazer durante o correr do dia.
        Os que trabalham manualmente ou cuja mente deve estar ocupada com negócios
temporais e exteriores durante o dia, devem fazer da santa Missa seu primeiro cuidado e
sua primeira ação, a fim de não estarem facilmente distraídos ao a assistirem, por pen-
samentos que lhes enchem o espírito, se apenas assistem a santa Missa depois de terem
ficado a se ocupar de seu emprego, para separar o santo do profano e não se exporem ao



                                           4
perigo de perder o fruto que se pode haurir do mais santo dos exercícios de nossa Reli-
gião.
        Os doentes que não podem assistir à santa Missa nos Domingos e Festas e os
que por alguma necessidade urgente são impedidos de assisti-la nos outros dias, devem
ao menos unir-se em espírito e com intenção ao sacerdote que a celebra e à assembléia
dos fiéis que a assistem, e oferecer seu coração a Deus e fazer-lhe o sacrifício de si
mesmos e de tudo o que possuem, praticando quanto possível as coisas que deverão
fazer, como se estivessem realmente presentes.
        Esta santa disposição e esta união que tiverem à Igreja e às intenções dela supri-
rão de alguma forma a presença atual que não puderam ter à santa Missa.


           Das disposições para bem assistir à santa Missa

         Não basta assistir exteriormente à santa Missa para cumprir a obrigação que a
Igreja impõe a todos os fiéis de a assistir todos os Domingos e Festas. Todos devem
assistir a ela com as disposições, sem as quais sua presença exterior seria inútil e sem as
quais também não cumpririam de nenhuma forma o que a Igreja manda, pois a intenção
da Igreja ao obrigar seus fiéis a assistirem a santa Missa é obriga-los a não somente es-
tarem presentes nela, mas a oferecerem a Deus seus deveres com ela.
         Há três espécies de disposições para bem assistir à santa Missa:
         1. Há disposições necessárias para satisfazer ao mandamento da Igreja e essas
             disposições são assistir a santa Missa inteira, com atenção e com espírito de
             Religião.
             Não se assiste a Missa inteira quando não se está presente quer no início,
             quer no fim.
             Não se assiste a santa Missa com a atenção e a aplicação de espírito que nela
             se deve ter quando se dorme, quando se conversa, quando se fica olhando e
             um e de outro lado, ou quando se está voluntariamente distraído.
             Não se assiste a santa Missa com espírito de Religião quando nela não se
             reza com sentimento de piedade interior.
             Os que não assistem a missa toda inteira aos Domingos e Festas não cum-
             prem o mandamento da Igreja.
            Os que não têm atenção à santa Missa e a assistem sem espírito de Religião,
             cometem dois pecados ao mesmo tempo. 1º Estão na santa Missa como se
             não estivessem presentes, e diante de Deus, estariam como se não a estives-
             sem assistindo. 2º Caem numa espécie de impiedade, porque, por sua imo-
             déstia escandalosa tanto em sua atitude como em seus olhares, suas conver-
             sas ou sua divagação ou distração de espírito, profanam não somente a igre-
             ja, lugar santo e lugar de oração, mas também os santos Mistérios que nela se
             realizam e o mais augusto dos Sacrifícios. Fazem injúria a Jesus Cristo que
             se oferece e se sacrifica a seu Pai por eles, e pelos pecados que cometem em
             sua presença.
         2. Há algumas disposições necessárias para assistir utilmente à santa Missa e
             para se colocar em disposições de tirar fruto deste sacrifício, e essas disposi-
             ções fazem odiar o pecado, estar em estado de graça, ou pelo menos, traba-
             lhar para voltar a ele e se unir de intenção ao sacerdote que oferece o Sacrifí-
             cio.




                                             5
Quem está atualmente em estado de pecado mortal ou na vontade de cometê-
          lo ou na ocasião próxima de cair nele sem vontade de a evitar, não tem essas
          disposições necessárias e não pode tirar fruto algum do Sacrifício da santa
          Missa.
       3. Há disposições de perfeição muito vantajosas e que produzem grandes fru-
           tos nas almas que as têm. E há também disposições e numerosas e de espé-
           cies muito diferentes que, todavia, podem ser reduzidas a duas principais de
           que dependem todas as demais. A 1ª e ter a alma desprendida de todo afeto
           até ao menor pecado. A 2ª é unir-se ao sacerdote em todas as partes e em to-
           das as orações da santa Missa, a fim de oferecer com ele este Sacrifício se-
           gundo a intenção da Igreja.
          Os que quiserem adquirir essas disposições de perfeição para assistir muito
          bem à santa Missa e participar com abundância deste santo Sacrifício, devem
          aplicar-se a não ofender a Deus deliberadamente, e vigiar muito sobre si
          mesmos para não cair nos pecados veniais um pouco sérios ou completamen-
          te voluntários.
          Também só devem vir a este santo Sacrifício com muita modéstia e profunda
          humildade e com toda a atenção interior e toda devoção possível e confor-
          mar-se nela às intenções do próprio Jesus Cristo.
          Um cristão revestido de Jesus Cristo e animado por seu espírito deve ir a este
          sacrifício com os mesmos sentimentos com que Jesus Cristo nele se oferece
          como vítima a seu Pai. Jesus Cristo se sacrifica todos os dias sobre o altar na
          santa Missa para render a seu Eterno Pai as homenagens que lhe são devidas.
          Precisamos unir-nos às santas intenções de Jesus Cristo e procurar ter os
          mesmos sentimentos dele que são: adorar a Deus, agradecer-lhe, pedir per-
          dão por nossos pecados e para alcançar as graças que nos são necessárias.


           Da maneira de se aplicar durante a santa Missa

        Durante a santa Missa podemos aplicar-nos de diferentes maneiras, contanto que
seja de acordo com um dos quatros fins e intenções do Sacrifício, unindo-se à Igreja e
com o sacerdote. 1º Para adorar a Deus e reconhecê-lo como o soberano Senhor e Chefe
absoluto de todas as coisas. 2º Para agradecer a Deus os benefícios recebidos dele. 3º
Para obter o perdão dos próprios pecados. 4º Para pedir a Deus as graças que nos são
necessárias.
        As orações que os assistentes fizerem durante a santa Missa com alguma destas
intenções e com coração bem disposto, ser-lhes-ão muito úteis e lhes alcançarão muitas
graças, quer rezem vocalmente alguns Salmos ou fórmulas de Oração, quer rezem ape-
nas de coração, pensando, por exemplo, na paixão de Nosso Senhor ou em algum outro
Mistério.
        Contudo é preciso ficar certo que a maneira mais de acordo com o espírito da
Igreja para assistir a santa Missa é acompanhar o sacerdote nas partes principais que a
compõem.
        Acompanha-se o sacerdote na santa Missa, por exemplo, pedindo perdão a Deus
quando ele o pede, entrando em sentimentos de fé e de respeito diante da palavra de
Deus quando lê a Epístola e o Evangelho, e oferecendo com ele o Sacrifício do Corpo e
do Sangue de Jesus Cristo.




                                           6
É conveniente então somente se ocupar com a vítima divina que está sendo ofe-
recida por nós sobre o altar e oferecer-nos a nós mesmos.
        É isto que pretendemos ensinar aos fiéis pelos dois métodos seguintes e pelas
orações que nelas estão inseridas, nas quais nos aplicamos a fazer entrar os que as reci-
tarem com os sentimentos do sacerdote, e fazer que tomem parte em cada uma das ações
que ele realiza na santa Missa no momento em que as faz.
        Para que estes métodos sejam mais úteis aos que deles se servirem, e para que
possam mais facilmente entrar nas intenções do sacerdote, ao recitarem as orações que
neles são propostas, pensamos instruir primeiro os fiéis nas cerimônias da santa Missa,
desconhecidas por quase toda a gente, fazemo-lo dando a conhecer as orações que o
sacerdote reza e explicando as razões pelas quais ele as reza.

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           EXPLICAÇÃO DAS CERIMÔNIAS DA SANTA MISSA


                                      Da igreja

        A igreja é um lugar santo, destinado a realizar nele os exercícios da Religião
Cristã. Os principais são prestar a Deus a honra que lhe é devida, oferecendo-lhe o Sa-
crifício da santa Missa, publicando seus louvores e dirigindo a ele nossas orações. Nela
se administram e recebem os sacramentos e se lê, se prega e se escuta a palavra de
Deus.


                                  Da água benta

       Coloca-se água benta à entrada da igreja para nos fazer lembrar nosso Batismo,
pelo qual nos tornamos Templos do Espírito Santo, e para nos chamar a atenção de que,
assim que entramos na igreja, devemos purificar-nos por meio dessa água de nossas
menores faltas, a fim de que com nossa alma, purificada das mais insignificantes man-
chas, possamos tornar-nos dignos de assistir à santa Missa e aos outros exercícios de
piedade e de religião, com toda a pureza interior e exterior que lhe é devida.


                     Da primeira parte da santa Missa
                    Antigamente chamada Missa dos Catecúmenos

        A Missa compõe-se de duas partes principais. A primeira compreende tudo o
que se faz desde o começo até o Ofertório e que antigamente se chamava Missa dos
Catecúmenos. A segunda, desde o Ofertório até o fim, se chamava a Missa dos Fiéis.
Todos podiam assistir a primeira parte da santa Missa, na qual se fazia a leitura da Es-
critura sagrada e o pregação do santo Evangelho. Mas, terminado o sermão, os Catecú-
menos, isto é, os que se preparavam para o Batismo, os Energúmenos, isto é, os posses-
sos do demônio e os Penitentes que cumpriam penitência pública pelos pecados escan-
dalosos cometidos, eram retirados da igreja.




                                           7
Somente permaneciam na igreja os que estavam em condições de assistir ao Sa-
crifício da santa Missa e julgados dignos de participar dela.


                                     Das velas

       Durante o sacrifício da santa Missa acendem-se velas para indicar o fogo da ca-
ridade com que Jesus Cristo se imolou por nós, e com que devemos também assistir a
seu Sacrifício.


           Do sacerdote revestido para celebrar a S. Missa

       Quando o sacerdote aparece para celebrar a santa Missa, deve ser considerado
como representante de Jesus Cristo que carrega sua Cruz e vai oferecer-se à morte por
nós. A santa Missa é a renovação, em memória, desse grande Sacrifício.


                         Do Salmo “Judica me, etc”

       O sacerdote, ao pé do altar, se considera como uma banido, expulso do Paraíso e
afastado de Deus pelo pecado. Nesse espírito ele recita o Salmo 42 que Davi compôs
num momento de exílio, para expressar a dor que sentia por estar longe do lugar em que
Deus era adorado, e para se consolar pela esperança de sair desse exílio e louvar ainda o
Senhor em seu Tabernáculo.


                                 Do “Confesso”

        Depois de ter recitado o Salmo “Judica”, faz a confissão de suas faltas e delas
pede perdão a Deus; e já que, para realizar bem a ação que vai fazer, deve ter o coração
purificado não somente dos pecados mortais, mas das faltas mais leves até, então detesta
de todo coração todas as que cometeu para estar em condições de oferecer a Deus um
Sacrifício tão santo.
        O coroinha diz o Confesso com o sacerdote para pedir perdão a Deus não só
para si, mas para todos os assistentes, em nome dos quais fala. Estes devem então sentir
no fundo do coração grande horror a seus pecados.


                            Deus tu conversus, etc

       Terminada a confissão, o Sacerdote e os Fiéis se animam e encorajam mutua-
mente pela confiança de que Deus quer conceder-lhes sua misericórdia e lhe manifestam
sua gratidão.
       Ao subir ao altar, o sacerdote diz uma oração que expressa essa confiança.




                                           8
Do beijo do altar

        Depois que o sacerdote subiu ao altar, ele beija-o para manifestar sua reconcilia-
ção com Jesus Cristo, e sua reunião com a Igreja triunfante. Porque o altar representa a
Jesus Cristo crucificado e as relíquias que estão no altar das quais se fala na oração que
o sacerdote reza ao beija-lo, representam os Santos que estão no céu, unidos a Jesus
Cristo e constituem com ele o mesmo Corpo.


                                     Do intróito

        No início da santa Missa, o sacerdote primeiro reza uma antífona tirada em geral
de algum salmo, que antigamente se rezava inteiro, para induzir os Fiéis à atenção e ao
fervor. Isto é o que se chama “Intróito”, isto é, a entrada ou começo da santa Missa.
Todos os dias é diferente para estar de acordo com o mistério ou a festa que se celebra.


                                   Kyrie eleison
        O Kyrie eleison é uma oração em grego, que significa, Senhor, tende piedade de
nós. Ela se dirige às três pessoas da santíssima Trindade, e três vezes a cada uma, para
indicar a grande necessidade que temos da misericórdia de Deus, o ardente desejo de
atraí-la sobre nós e de ser prontamente libertados do pecado, para nos dispor a este santo
Sacrifício.


                                Glória in excelsis
       O glória in excelsis que se reza logo depois, tira seu nome do canto dos anjos,
porque começa com as palavras que os anjos cantaram por ocasião do nascimento de
Jesus Cristo. O resto foi acrescentado pela Igreja.
       Neste cântico a Igreja expressa de maneira admirável o respeito que tem pela
Majestade de Deus, e o amor ardente que tem a Jesus Cristo. Ela o considera como o
Cordeiro que vai se imolar para ela neste santo Sacrifício e em vista disso lhe apresenta
toda sorte de louvores a fim de o tornar favorável a si.
       Como este cântico está cheio de sentimentos de alegria, ele não se reza durante
os tempos de penitência, nem nas Missas celebradas para os defuntos


                                 Do beijo do altar
        Em seguida, o sacerdote beija o altar, para pedir a Jesus Cristo Nosso Senhor,
como mediador entre Deus e os homens, a paz e a bênção de Deus para a transmitir de-
pois aos fiéis, como mediador visível neste Sacrifício. Este beijo que o sacerdote dá ao
altar ele o dá por respeito e o dá cada vez que ele se volta para o povo.


                               Dominus vobiscum
       Voltando-se para o povo, o sacerdote o saúda por estas palavras tiradas da sau-
dação do Anjo à Santíssima Virgem. Com estas palavras deseja que Deus esteja por sua




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graça com os que estão presentes, e que ele mesmo forme em seus corações o desejo das
coisas que a Igreja vai pedir para eles.
        Os assistentes respondem, et cum spiritu tuo, isto é, e também com o teu espírito,
desejando que Deus anime com seu Espírito Santo as orações que o sacerdote vai ofere-
cer como ministro da Igreja para todos os fiéis.
        Sacerdote e povo se saúdam assim reciprocamente várias vezes na santa Missa,
para indicar a união que deve existir entre eles na celebração deste Sacrifício, e em es-
pecial nas orações que o sacerdote faz e que o povo deve fazer com ele.


                                       Oremus
       Novamente voltado para o altar, o sacerdote diz Oremus, isto é, Rezemos. Por
essas palavras o sacerdote adverte todos os fiéis a se unirem a ele para fazer a oração
que vai apresentar a Deus para eles.


                                      Da coleta
        Em seguida o sacerdote diz uma oração chamada coleta, porque ela é como o
resumo e o conjunto do que a Igreja pede a Deus no ofício do dia, ou porque esta oração
se faz em nome de todos os fiéis. Per Dominum nostrum Jesum Christum, isto é, Por
Jesus Cristo nosso Senhor. A Igreja termina suas orações por meio destas palavras, por-
que Jesus Cristo é nosso mediador e nosso intercessor junto de Deus, e porque somente
ele é quem apresenta nossas orações ao Eterno Pai, e nos alcança suas graças.


                                     Da epístola
        A epístola é uma leitura do antigo ou do novo testamento. Assim se chama ela
porque muitas vezes é tirada de algum trecho das cartas (=epístolas) dos Santos Apósto-
los. A Igreja, primeiro faz seus fiéis serem instruídos pela voz dos Profetas e dos Após-
tolos para os dispor a ouvirem e gostarem das instruções do Filho de Deus no santo E-
vangelho. Depois da epístola, os fiéis agradecem a Deus a instrução que acabam de re-
ceber, por meio do Deo gratias, isto é, Graças a Deus.


                                     Do gradual
        O gradual é tirado de algum salmo que possa reanimar a devoção dos fiéis e foi
instituído para servir de preparação para a leitura do Evangelho. Munda cor meum: é
uma oração que o sacerdote diz em voz baixa antes do Evangelho, para pedir a Deus
que lhe purifique o coração e os lábios, para o tornar digno de anunciar o santo Evange-
lho.


                                   Do Evangelho
        O Evangelho contém a Lei e a doutrina de Jesus Cristo; ele mesmo no-lo vem
anunciar. O sacerdote lê nele todos os dias alguma coisa na santa Missa para dizer aos
fiéis que não podem ter parte nos méritos de Jesus Cristo, nem aos frutos deste Sacrifí-
cio, a não ser que façam profissão de observar a Lei e de praticar a doutrina.




                                           10
Ao começar o santo Evangelho, o sacerdote e os assistentes depois dele, fazem o
sinal da Cruz na fronte, na boca e no peito para protestar diante de Deus de que vão im-
primir em seu coração e confessar de boca o Mistério da Cruz, anunciado no Evangelho,
e que não terão vergonha de lhe prestar homenagem nessas ocasiões.
        Escuta-se o Evangelho de pé para dizer que se está pronto a obedecer a tudo o
que Jesus Cristo nele nos ordena e guardar dele as menores palavras mesmo se custar a
vida.

                                  Credo in unum
       Depois da leitura do santo Evangelho, recita-se o Credo para fazer profissão
pública de que se crê firmemente as verdades que foram lidas e todas as que estão con-
tidas no santo Evangelho. Depois do Credo o sacerdote diz Dominus vobiscum, para
desejar aos fiéis assistentes a graça de que precisam para crer os Mistérios e praticar as
máximas do santo Evangelho e para oferecer com ele em espírito o que deve ser ofere-
cido no Sacrifício.


                     Da segunda parte da santa Missa
                      Antigamente denominada Missa dos Fiéis

        A segunda parte da santa Missa, chamada Missa dos Fiéis, começa com o Ofer-
tório e contém três partes: a oblação, a consagração e a comunhão.


                                      Da oferta
       Era uma prática universal na primitiva Igreja que os assistentes da santa Missa
também nela comungavam ordinariamente. Por isso todos iam apresentar ao sacerdote o
pão que devia servir para ser consagrado. Também isto servia para dar a entender que
todos formavam um mesmo corpo com Jesus Cristo e com todos os fiéis, e que queriam
permanecer nessa união, e entrar com eles em participação do santo Sacrifício que o
sacerdote iria oferecer. Queriam também oferecer-se em espírito com Jesus Cristo, cujo
Corpo devia ser consagrado nos pães oferecidos.
       Dentre todos esses pães o sacerdote pegava apenas um para ser mudado no corpo
de Jesus Cristo, o que ainda era mais um sinal de que os fiéis representado por esse pão
eram todos incorporado com Jesus Cristo.


                                   Do pão bento
       Como o número de comungantes diminuiu muito, a Igreja permitiu aos fiéis tro-
carem em dinheiro a oferta de pão que traziam para a consagração, e instituiu a oferta de
um pão que o sacerdote benze para depois ser dividido em pedaços, para serem distribu-
ídos entre os assistentes, e eles os devem consumir imediatamente com muito respeito.
Essa prática foi instituída para suprir, de alguma forma, tanto a antiga oferta, como a
comunhão que os assistentes tomavam depois que o sacerdote a tinha tomado na santa
Missa, e para manifestar a união entre os fiéis, significada pelo único pão que é ofereci-
do em nome de todos, do qual partilharam todos, e do qual todos comem ao mesmo
tempo, por espírito de união entre si, e de participação espiritual com o Sacrifício.




                                           11
Do Ofertório
       Enquanto o sacerdote recebe as ofertas dos fiéis, o coro canta uma antífona,
chamada Ofertório, para testemunhar a Deus a alegria com que os assistentes lhe ofere-
cem seus bens que dele receberam.
       Depois que o sacerdote recebeu as ofertas dos fiéis, ele as apresenta a Deus e
lhas oferece em separado e em seguida conjuntamente por uma mesma oração. O pão
que oferece sobre a patena está em lugar de tudo o que lhe foi oferecido realmente, ou
em espírito pelo povo, e representa todos os cristãos que devem ser imolados como in-
corporados que estão ao Corpo de Jesus Cristo por este Sacrifício. Por isso, o sacerdote
declara que faz esta oferta para todos os fiéis mortos e vivos, e especialmente por aque-
les que assistem a santa Missa. O sacerdote oferece o pão e o vinho que está no cálice,
mantendo-os erguidos, segundo a maneira de oferecer tal como está prescrita no Antigo
Testamento, para significar por essa cerimônia, que o pão e o vinho cessam de ser al-
guma coisa de comum, mas recebem uma santidade especial depois de apresentados a
Deus e destinados a um uso santo e sagrado.


               Dos sinais de cruz antes da Consagração
        Desde o ofertório até a Consagração, o sacerdote faz freqüentes sinais da cruz
sobre o pão e o vinho, para os benzer conforme o costume da Igreja, que só benze pelo
sinal da cruz, fonte de todas as bênçãos e de todas as graças que os homens podem rece-
ber de Deus.


                                   Do lava-mãos
        Depois do ofertório o sacerdote se lava as mãos para significar que é preciso
purificar-se da menores imperfeições para se tornar digno deste santo Sacrifício, e que
os que voluntariamente permanecem nas menores faltas, não são tão puros quanto Deus
os deseja para lhe oferecerem este Sacrifício.
        Ele não se lava as mãos completamente, como o faz antes de começar a santa
Missa, mas somente a extremidade dos dedos, para significar que então somente precisa
purificar-se das faltas mais leves, e que é preciso ter tirado os pecados mortais, antes de
se apresentar para oferecer este Sacrifício, e ter renunciado ao menos de afeição a eles
para assistir a ele de maneira útil.


                                    Orate, fratres
       Quando o sacerdote ofereceu secretamente o pão e o vinho, ele se volta para o
povo e diz Orate, fratres, isto significa, Orai, irmãos, para que meu e vosso sacrifício
seja agradável a Deus. Quando os assistentes responderam, o sacerdote se volta de
novo para o altar para pedir a Deus essa graça para si e para eles, por meio de uma ora-
ção chamada Secreta, porque é recitada em voz baixa, exceto as últimas palavras em
que levanta a voz, para obter dos assistentes seu consentimento que lhe dão pela acla-
mação ordinária: Amém, que significa, que assim seja.




                                            12
Do prefácio
        Depois da oração secreta segue o prefácio, que assim é chamado porque é a a-
bertura do cânon da Missa e a preparação geral, em que o sacerdote e os assistentes se
unem para se disporem ao Sacrifício.
        Sursum corda, quer dizer, ao alto os corações. Os assistentes respondem Nosso
coração está no Senhor. Pelas palavras sursum corda, corações ao alto, o sacerdote
adverte os assistentes para que se preparem ao Sacrifício pela elevação de seus cora-
ções a Deus e para isso que se separem de todas as criaturas, afastem de seu espírito e
de seu coração todas as distrações que poderiam impedir-lhes a atenção, de pensar so-
mente em Deus, e nos santos Mistérios que devem ser sua única ocupação e único obje-
to de sua veneração e respeito.
        Pelas palavras Habemus ad Dominum, nossos corações estão no Senhor, os as-
sistentes testemunham publicamente que seus corações estão na disposição que Deus
pede deles através da boca do sacerdote.
        Em seguida, o sacerdote concita os assistentes a reconhecer que foi Deus que
pôs seu coração nesse estado e que eles lhe devem agradecer por isso. Mas como se
quisesse dar-lhes a entender que os louvores do povo são pouca coisa, para reconhecer a
grandeza de Deus, o sacerdote os convida a se unirem a Jesus Cristo e oferecerem a
Deus as ações de graça eternas que recebe dele e assim unir-se aos anjos e louvar a
Deus com eles. É o que fazem os assistentes nas Missas solenes, ao cantar este hino
célebre, que Isaías ouviu os Serafins a cantar: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus
Sabaoth. Santo, santo, santo o Senhor Deus dos Exércitos. O céu e a terra estão cheios
de sua glória e de sua majestade. Acrescentam a isso as aclamações que o povo de Je-
rusalém gritava a Jesus Cristo, quando entrou triunfante naquela grande cidade. É assim
que os anjos e os homens se unem a Jesus Cristo para oferecer nele seus louvores e suas
ações de graça ao Eterno Pai.


                                     Do cânon
       O que vem depois do prefácio chama-se cânon, isto é, Regra, e se chama assim
porque é a regra e a ordem que a Igreja observa na celebração do Sacrifício, e que não
muda como as demais partes da santa Missa, que variam de acordo com as festas ou os
mistérios.


                              Te igitur e Memento
        No começo do cânon o sacerdote se dirige primeiro a Deus Pai e lhe oferece o
Sacrifício por Jesus Cristo seu Filho, que é o sacerdote principal da Missa, pois dele é
que os sacerdotes da Igreja são apenas ministros. Apresenta-lhe em seguida as necessi-
dades da Igreja e lhe recomenda as pessoas pelas quais vai oferecer o Sacrifício: pois,
embora seja oferecido por toda a Igreja, sempre se faz uma memória particular de algu-
mas pessoas pelas quais é muito importante rezar, a saber o papa os bispos do lugar, os
imperadores, os reis e príncipes, e os que se recomendaram às orações da Igreja ou que
deram alguma esmola a seus ministros.




                                          13
Communicantes
        Assim que o sacerdote rezou e ofereceu o Sacrifício por toda a Igreja da terra por
Jesus Cristo, que é sua cabeça, ele se une aos principais santos que estão no céu, à san-
tíssima Virgem, aos santos apóstolos, aos primeiros papas, e a alguns outros santos már-
tires de quem implora a proteção, com o fim de mostrar a unidade inseparável que existe
entre a Igreja da terá e a do céu.


                                     Hanc igitur
       Depois disso o sacerdote estende as mãos sobre o pão e sobre o cálice, como os
sacerdotes da antiga aliança as impunham antigamente sobre as vítimas que iam imolar,
para dizer que eles mesmos se oferecem com elas, e que as vítimas eram oferecidas em
seu lugar.

        Esta imposição das mãos quer significar, com efeito, a união do sacrificador com
a hóstia, e o sacerdote, por essa ação, mostra que quer se imolar a Deus com Jesus Cris-
to, quanto lhe é possível. É o que os assistentes devem fazer em espírito com o sacerdo-
te e pedir a Deus com ele que receba esse testemunho de servo.


                       Da Consagração e da Elevação
        Depois desta união a Jesus Cristo, o sacerdote realiza a ação principal do Sacri-
fício, que é a Consagração e para isso, repete tudo o que Jesus Cristo fez e disse quando
instituiu este santo Mistério. E, seguindo o seu exemplo, consagra o pão e o vinho da
mesma maneira e com as mesmas palavras que Jesus usou. No momento em que o sa-
cerdote pronuncia as palavras sagradas, o pão e o vinho são transformados no Corpo e
no Sangue de Jesus Cristo.
        Logo depois da consagração o sacerdote adora de joelhos a Hóstia e o Sangue
que está no cálice, e os levanta para os mostrar aos assistentes para que adorem este
sagrado mistério. E como é para representar a elevação do Corpo de Jesus Cristo na
cruz, também é para apresentar esta divina Hóstia a Deus Pai que reina no céu.


               Dos sinais da cruz depois da consagração
        Depois da consagração, o sacerdote faz várias vezes o sinal da santa cruz sobe a
hóstia e sobre o cálice e com a hóstia sobre o cálice e sobre o altar para nos significar
que foi pelo suplício da Cruz que esta hóstia foi imolada e sacrificada a Deus Pai, para
prestar-lhe uma honra infinita, que todas as criaturas juntas não poderiam lhe prestar.


                                Unde et memores
        Depois da elevação do cálice, o sacerdote faz uma nova oblação a Deus Pai, do
Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, para completar por meio de palavras o que acabou
de realizar por meio de ação. Oferece então este Sacrifício como ofereceu o pão e o vi-
nho em memória da Paixão, da Ressurreição e da Ascensão de Jesus Cristo porque estes
três santos mistérios foram as fontes de nossa salvação; oferece-o também em nome da
Igreja, como acabou de oferecê-lo em nome de Jesus Cristo em lugar e em nome do
qual realizou a consagração.



                                           14
Supra quae
        O sacerdote pede a Deus por meio destas palavras que receba com agrado o Sa-
crifício que lhe é apresentado, já que quis aceitar os sacrifícios de Abel, de Abrão e de
Melquisedec, que eram somente figuras deste sacrifício.


                             Supplices te rogamus
        Por meio destas palavras o sacerdote pede a Deus que este santo Sacrifício seja
levado para o grande altar de Deus através de seu santo Anjo, para ser oferecido por
Jesus Cristo em pessoa. Quer significar por esta oração que se reconhece indigno de
oferecer a Deus um Sacrifício tão augusto, e pede a Deus Pai queira receber benigna-
mente de suas mãos aquele que é seu Filho e porque ele é o principal sacerdote deste
Sacrifício também é o único digno de o apresentar a seu Pai, e nos obter infalivelmente
suas graças e suas bênçãos.


                               Segundo memento
        No segundo memento, o sacerdote oferece o Sacrifício pelas almas que estão no
Purgatório, segundo o costume que sempre foi praticado na Igreja, especialmente por
aquelas pelas quais tem obrigação especial de se lembrar, e pede a Deus que lhes conce-
da o fruto deste santo Sacrifício.


                         Nobis quoque peccatoribus
        Ao dizer estas palavras, o sacerdote se inclina e bate-se no peito, implorando a
misericórdia de Deus, tanto por si mesmo quanto pelos assistentes, e reconhecendo que
não temos méritos que nos sejam próprios, pede a Deus, pelos méritos de Jesus Cristo,
que receba um dia os fiéis vivos e também os falecidos na companhia dos santos no céu
cuja intercessão implora.


                             Per quem haec omnia
        Por estas palavras o sacerdote reconhece que somente por meio de Jesus Cristo e
em Jesus Cristo o Pai Eterno pode receber a glória que lhe é devida, especialmente neste
Sacramento e neste Sacrifício. Por isso, ao mesmo tempo que as pronuncia, eleva o
Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, para prestar por este ato e pelo próprio Jesus Cristo, à
santíssima Trindade uma honra digna de sua soberana majestade.
        Depois desta ação, o sacerdote deseja que os assistentes como ele, se unam a
Jesus Cristo, para entrar em participação na honra que presta a Deus Pai, e ergue a voz
ao dizer como no início do prefácio, Per omnia saecula saeculorum, Por todos os sécu-
los dos séculos, palavras que significam que é preciso dar eternamente esta glória a
Deus. Os fiéis respondem Amém e estas palavras são o fim do cânon, como o foram do
seu começo.




                                           15
Pater noster
        É por esta oração que começa a última parte da Missa dos fiéis, que é a Comu-
nhão, a qual contém o fruto e a consumação do Sacrifício. O sacerdote, antes de recitar
o Pater, considerando que Jesus Cristo nos manda nesta oração chamar a Deus de Pai e
de lhe pedir nessa qualidade, tanto para si como para a Igreja, os bens do corpo e da
alma, da vida presente e da eterna, e reconhecendo-se indigno para isso, declara que
ousa chamar Deus “seu Pai” e pedir-lhe tantas coisas boas, com inteira confiança de
obtê-las, não somente em razão do mandamento de Jesus Cristo, mas também por causa
da própria forma das palavras que ele nos prescreveu.
        O sacerdote reza em voz alta esta oração, que se chama Oração Dominical, por-
que para os assistentes como para si mesmo é que a reza.
        Instruída por Jesus Cristo em pessoa como o sacerdote o declara, a Igreja pede a
Deus nesta oração o pão de cada dia, isto é, o alimento corporal, mas muito mais ainda o
da alma, que é a Eucaristia. Por isso, quando o sacerdote diz as palavras o pão nosso de
cada dia nos daí hoje, o diácono toma a patena e erguendo-a, mostra-a ao povo para
dizer que se vai começar a distribuir a comunhão, e entregando-a depois ao celebrante
este deita nela todas as hóstias para as distribuir aos que devem comungar. Esta patena
faz o papel de prato, no qual antigamente era oferecido o pão que os fiéis tinham apre-
sentado.


                                     Libera nos
       O sacerdote faz secretamente esta oração pela qual pede a Deus a paz, mas uma
paz contínua e inalterável. Convida também o povo a pedi-la com ele erguendo a voz
por estas palavras. Per omnia saecula saeculorum. Por todos os séculos dos séculos. A
que os assistentes respondem: Amém!


                               A fração da hóstia
        No fim desta oração, o sacerdote rompe a hóstia em três partes. Esta divisão o-
cupa o lugar da que se fazia antigamente com o pão que tinha sido consagrado, que era
dividido em três partes, uma parte era para o sacerdote; a segunda, para os comungan-
tes, e a terceira para o viático, que se conservava na igreja como ainda hoje se faz para
os doentes.


                     Agnus Dei e Domine Jesu Christe
       Em seguida os assistentes unidos ao sacerdote pedem a Jesus Cristo a paz com o
canto ou a recitação três vezes do Agnus Dei, para mostrar a Deus o desejo que têm de a
obter ou conservar. Enquanto se canta, o sacerdote diz em voz baixa outra oração, pela
qual pede ainda e com instância, a Jesus Cristo que não considere seus pecados para lhe
recusar a paz, mas lha conceda em vista da fidelidade de sua Igreja.
       O sacerdote e o povo pedem a Deus a paz com tanta insistência antes da santa
comunhão porque a paz é uma das principais disposições para este Sacramento, que é
um sacramento de união e caridade, e para cumprir esta palavra de Jesus Cristo, que
manda reconciliar-se com seu irmão antes de oferecer sua oferta no altar.




                                           16
Do beijo da paz
        Depois de ter rezado esta oração que segue o Agnus Dei, o sacerdote beija o altar
como para receber a paz de Jesus Cristo representado pelo altar. Depois beija um ins-
trumento de paz que o diácono lhe apresenta, instrumento que é levado a todos os Assis-
tente para ser beijado com as palavras: Pax vobis. A paz esteja convosco.
        Antigamente o sacerdote, em vez de beijar o altar, beijava a hóstia que estava
sobre o altar a fim de receber a paz de Jesus Cristo; abraçava depois o diácono com as
palavras A paz esteja convosco; o diácono abraçava o subdiácono que a levava ao clero
para o beijo de paz, com as mesmas palavras. Todos os fiéis se abraçavam também e se
beijavam uns aos outros com um beijo que são Paulo denominava de Beijo santo. A
Igreja quer nos ensinar por estas duas cerimônias que, para ter a paz com Deus, é preci-
so tê-la entre os homens e que, a pessoa que conserva em seu coração algum ódio con-
tra seu irmão, é indigno não somente de receber a comunhão, mas até de assistir a santa
Missa.


                                  Da comunhão
        Enquanto se dá o beijo da paz, o sacerdote se dispõe para a comunhão por duas
orações que reza uma depois da outra e em voz baixa. Em seguida comunga depois de
protestar sua indignidade pelas palavras Domine, non sum dignus. Senhor, eu não sou
digno. E, tomando o cálice, distribui a comunhão aos assistentes, para significar que o
sacerdote e o povo participam do mesmo Sacrifício, tomam a mesma refeição espiritual
e estão todos reunidos em torno de uma mesma mesa. Com este gesto dá a conhecer
suficientemente que deve dar de comer aos fiéis com a sua abundância.
        O sacerdote diz Dominus vobiscum, para significar que deseja com ardor que
Jesus Cristo permaneça eternamente com os fiéis por sua graça e por seu espírito.
        Enquanto o sacerdote comunga, canta-se uma antífona, que se chama Comu-
nhão, para agradecer a Deus em nome de toda a Igreja os bens recebidos dele e em es-
pecial pela comunhão deste momento, pela qual reuniu todos os seus membros, e para
pedir a Deus que este Sacramento produza nos fiéis que a receberam, os frutos que de-
vem esperar dele.
        No fim da santa Missa, o sacerdote, e o diácono nas Missas solenes, diz, Ite,
Missa est, o que significa, Ide, a Missa acabou. Por estas palavras o sacerdote adverte
que a missa acabou e os fiéis respondem com sentimento de gratidão, Deo gratias, isto
é, damos graças a Deus.
        Em seguida o sacerdote, antes de saírem, dá aos assistentes a bênção pedindo ao
mesmo tempo que Deus derrame sobre eles a abundância de suas graças, que os aben-
çoe espiritual e temporalmente, para que durante o dia não cometam alguma ação sem a
assistência de sua graça e nada de desagradável lhes aconteça em seus negócios e traba-
lhos.


                         Do Evangelho de São João
        Quando a Missa acabou completamente e o povo recebeu a bênção, o sacerdote
diz o começo do Evangelho de São João que expressa de maneira melhor do que os ou-
tros a divindade de Jesus Cristo, com o fim de mostrar seu reconhecimento por esta vida
divina com a qual foi animado com Jesus Cristo e em Jesus Cristo durante a celebração
do Sacrifício e para mostrar a Deus seu desejo e lhe pedir sua graça para continuar a




                                           17
viver desta vida divina, de se deixar conduzir pelas impressões de Jesus Cristo, e pelos
movimentos de seu espírito. Ao expressar este sentimento de gratidão e de aniquilamen-
to diante de Deus, o sacerdote dobra os joelhos ao dizer as palavras Et Verbum caro
factum est et habitabit in nobis, isto é E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.
        Também para dizer que quer ser animado por esta vida divina, mesmo fora do
Sacrifício é que reza este Evangelho depois que a Missa acabou e que em muitos luga-
res ele o reza ao voltar do altar para a sacristia.


                                        ******************




                  ORAÇÕES DURANTE A SANTA MISSA
                              Tiradas do Ordinário da Missa

                                           ============


                                      Ao entrar na igreja
                                             Salmo 841
          Como são amáveis tuas moradas, Senhor dos exércitos!
          Minha alma desfalece e suspira pelo átrios do Senhor.
           Meu coração e minha carne exultam no Deus vivo.
          Até o pássaro encontra casa
          e a andorinha o ninho, onde pôr os filhotes,
          junto a teus altares, Senhor dos
          exércitos, meu rei e meu Deus.
          Feliz quem mora em tua casa:
          sempre canta teus louvores.
          Feliz quem encontra em ti sua força
          e decide no seu coração a santa viagem.
          Passando pelo vale do pranto,
          transforma-o numa fonte
          e a primeira chuva o cobre de bênçãos.
          Cresce seu vigor ao longo do caminho,
          e Deus lhes aparece em Sião.
          Senhor, Deus dos exércitos, ouve
          minha prece,
          presta atenção Deus de Jacó.

1
    O original indica erroneamente Salmo 13: é Salmo 84 - Nota do Tradutor.



                                                   18
Vê, ó Deus, nosso escudo,
       olha o rosto do teu consagrado.
       Para mim um dia nos teus átrios
       vale mais que mil em outro lugar;
       estar na porta da casa do meu Deus
       é melhor que morar nas tendas dos ímpios.
       Porque sol e escudo é o Senhor Deus;
       o Senhor concede graça e glória,
       não recusa o bem a quem caminha com retidão.
       Senhor dos exércitos,
       feliz o homem que em ti confia.
       (A tradução dos Salmos é tirada da edição da CNBB)


                Quando o sacerdote está ao pé do altar
                                      Salmo 43
       Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
       Irei ao altar de Deus,
       ao Deus que é minha alegria e meu júbilo.
       Faze-me justiça, ó Deus,
       defende minha causa contra o povo infiel;
       livra-me de quem é mentiroso e enganador.
       Pois tu és, ó Deus, a minha fortaleza,
       por que me rejeitas?
       Por que ando triste, oprimido pelo inimigo?
       Envia tua luz e tua fidelidade:
       que elas me guiem, me conduzam
       ao teu monte santo, à tua morada.
       Irei ao altar de Deus,
       ao Deus que é minha alegria e meu júbilo,
       e te darei graças na cítara, Deus, meu Deus.
       Por que estás triste, minha alma?
       Por que gemes dentro de mim?
       Espera em Deus, ainda poderei louva-lo,
       a ele, que é a salvação do meu rosto e meu Deus.
       Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
       em todos os séculos dos séculos
       assim como era no princípio agora e sempre.
       Irei ao altar de Deus,
       ao Deus que é minha alegria e meu júbilo.
       Nosso auxílio está no nome do Senhor
       que fez o céu e a terra.


                                     Confiteor
         Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Vir-
gem Maria, ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado São João Ba-
tista, aos santos apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os santos e a vós, padre, que



                                          19
pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa,
minha máxima culpa. Portanto, peço e rogo à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao
bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado São João Batista, aos santos
Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os santos e a vós, padre, rogueis por mim ao
Senhor, nosso Deus.
       Misereatur. Compadeça-se de vós o Deus onipotente e, perdoados os vossos
pecados, vos conduz à vida eterna. Amém.
       Indulgentiam. Indulgência, absolvição e remissão dos nossos pecados nos con-
ceda o Senhor onipotewnte e misericordioso. Amém.
       Deus tu conversus. Ó Deus, voltando-vos a nós, dar-nos-eis vida e vosso povo se
alegrará em vós.
       Ostende nobis. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. E dai-nos a vossa sal-
vação que nos fazeis esperar.
       Domine, exaudi. Senhor, ouvi a minha oração. E o meu clamor chegue até vós.
       Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco e que ele reze em vós.


                    Quando o sacerdote sobe ao altar
                                      Oremos
       Afastai de nós, Senhor, vos rogamos, as nossas iniqüidades, para merecermos
entrar no santo dos santos com as almas purificadas. Por Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém.


                    Quando o sacerdote beija o altar.
       Senhor, nós vos rogamos pelos merecimentos dos vossos santos, cujas relíquias
aqui estão e de todos os santos, que vos digneis perdoar todos os nossos pecados. A-
mém.


                                      Intróito
                                     Salmo 14
       Senhor, que pode habitar na tua tenda?
       Quem pode morar no teu santo monte?
       Aquele que vive sem culpa, age com justiça
       e fala a verdade no seu coração;
       que não diz calúnia com sua língua,
       não causa dano ao próximo
       e não lança insulto ao vizinho.
       A seus olhos é desprezível o malvado,
       mas ele honra quem respeita o Senhor.
       Mesmo se jura com prejuízo para si, não muda;
       se empresta dinheiro é sem usura,
       e não aceita presentes para condenar o inocente.
       Quem agir deste modo ficará firme para sempre.




                                          20
Se este salmo for longo demais, para recita-lo inteiro num dia, enquanto o sa-
       cerdote reza o intróito, deve-se repetir no dia seguinte o primeiro versículo e
       depois se dirá o versículo em que se parou no dia anterior, acrescentando no i-
       nício deste versículo “Aquele que vive…”, como o segundo versículo.


                                  Kyrie, eleison
                   Cada uma das orações abaixo se repete três vezes.
       Senhor, tende piedade de nós.
       Cristo, tende piedade de nós.
       Senhor, tende piedade de nós.

                                Glória in excelsis
        Glória a Deus nas alturas e na terra paz aos homens de boa vontade. Nós vos
louvamos. Nós vos bendizemos. Nós vos adoramos. Nós vos glorificamos. Nós vos da-
mos graças por vossa grande glória, Senhor Deus, Rei do céu, Deus Pai onipotente. Se-
nhor, Filho unigênito, Jesus Cristo. Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho do Pai. Vós
que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais os pecados do
mundo, acolhei a nossa deprecação. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de
nós. Porque só vós sois santo, só vós sois Senhor, só vós Altíssimo, Jesus Cristo. Com o
Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém. Dominus vobiscm. O Senhor esteja con-
vosco. Que o vosso Espírito, Senhor esteja sempre conosco.


                                      A coleta
        Ó Deus onipotente e infinitamente bom, desviai de nós, por vossa misericórdia,
tudo o que pode ser contrário a nossa salvação, para que não havendo nada no corpo e
na alma que impeça de ir até vós, cumpramos com grande liberdade de espírito tudo o
que é de vosso serviço. É o que pedimos por Jesus Cristo, Nosso Senhor, que convosco
vive e reina em unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


           Da Epístola de S. Paulo aos Romanos. Cap. 12.
       1
          Eu vos exorto, Irmãos, pela misericórdia de Deus, a vos oferecerdes em sacrifí-
cio vivo, santo e agradável a Deus: este é vosso verdadeiro culto.
        2
          Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa
maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a
saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.
        9
          O amor seja sincero. detestai o mal, apegai-vos ao bem.
        10
           Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição, rivalizando-vos
em atenções recíprocas.
        11
           Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor.
        12
           Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração.
        13
           Mostrai-vos solidários com os santos em suas necessidades, prossegui firmes
na prática da hospitalidade.
        14
           Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
        15
           Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram.




                                           21
16
           Mantende um bom entendimento uns com os outros; não sejais pretensiosos,
mas acomodai-vos às coisas humildes. Não vos considereis sábios aos próprios olhos.
        17
           A ninguém pagueis o mal com o mal. Empenhai-vos em fazer o bem diante de
todos.
        18
           Caríssimos, não vos vingueis de ninguém, mas cedei o passo à ira de Deus,
porquanto está escrito: “A mim pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor”. Pelo
contrário, “se teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer, se estiver com sede, dá-lhe
de beber. Agindo assim, estarás amontoando brasas sobre sua cabeça”.
        19
           Não te deixes vencer elo mal, mas vence o mal pelo bem.

        Se esta Epístola for longa demais, deve-se ler cada vez somente quanto se pu-
der, e continuar no dia seguinte, ou então se pode dividir em duas partes e ler um dia
até o versículo 15 e no dia seguinte, a partir do versículo 15 até o fim.


                                 Gradual ou Tracto
                                       Salmo 118
       Felizes os que procedem com retidão, os que caminham na lei do Senhor.
       Felizes os que guardam seus testemunhos e o procuram de todo o coração.
       Não cometem iniqüidade, andam por seus caminhos.
       Promulgaste teus preceitos para serem observados fielmente.
       Sejam seguros meus caminhos para eu guardar os teus estatutos.
       Quero observar teus estatutos; não me abandones jamais.


     Seqüência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
                            Segundo S. Lucas (Cap. 6)
       20
            Jesus levantou o olhar para os seus discípulos e disse-lhes: “Felizes vós, os po-
bres., porque vosso é o Reino de Deus!
         21
            Felizes vós que agora passais fome, porque sereis saciados! Felizes vós que
agora estais chorando, porque haveis de rir!
         22
            Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amal-
diçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem.
         23
            Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, porque será grande a vossa recompensa no
céu, pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas.
         24
            Mas ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação!
         25
            Ai de vós que agora estais fartos, porque passareis fome! Ai de vós que agora
estais rindo, porque ficareis de luto e chorareis!
         26
            Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepas-
sados tratavam os falsos profetas.
         27
            A vós, porém, que me escutais, eu digo amai os vossos inimigos e fazei o bem
aos que vos odeiam.
         28
            Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam.
         29
            Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o
teu manto, deixa levar também a túnica.
         30
            Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta.
         31
            Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo.



                                             22
32
           Se amais somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Até os
pecadores amam aqueles que os amam.
        33
           E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa?
Os pecadores também agem assim.
        34
           E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosida-
de é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente.
        35
           Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma
em troca. Então, a vossa recompensa será grande. Sereis filhos do Altíssimo, porque ele
é bondoso também para com os ingratos e maus.

        Se este Evangelho for longo demais, somente se lerá, cada vez, o que se puder
ler, e se continuará no dia seguinte, ou então, se poderá dividi-lo em duas partes e só
ler num dia até o versículo 29 e no dia seguinte, a partir do versículo 29 até o fim.


                      O Símbolo do Concílio de Nicéia
        Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coi-
sas visíveis e invisíveis; e em Jesus Cristo, um só Senhor, Filho de Deus unigênito. E
nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro, de
Deus verdadeiro. Gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todos as coisas
foram feitas. O qual por nós, homens e para nossa salvação, desceu dos céus. E encar-
nou-se pelo Espírito Santo, de Maria Virgem e se fez homem. Foi também crucificado
por nós; sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, se-
gundo as Escrituras, e subiu ao céu, está sentado à direita do Pai. E novamente há de vir
com glória a julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim. E creio no Espírito
Santo, Senhor e vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho é
juntamente adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E creio na Igreja, una, santa,
católica e apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados. Espero a
ressurreição dos mortos e a vida do século futuro. Assim é: esta é a verdade.
        Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso espírito sempre esteja conosco.


                                      Ofertório
                                   Oremos. Dn 3.
       Recebei, Senhor este Sacrifício de nós mesmos, que vos oferecemos hoje, rece-
bei-o com olhar favorável, vós que nunca deixais que sejam confundidos os que colo-
cam sua confiança em vós.


                                 Oblação do pão
        Eu vos ofereço, ó meu Deus, o pão que deve ser mudado no cropo de Jesus Cris-
to, vosso Filho, que é vítima preparada para o sacrifício, vítima imaculada e sem man-
cha. Aceitai, santo Pai, onipotente, eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, vosso
indigno servo, ofereço a vós, meu Deus vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis peca-
dos, ofensas e negligências, e por todos os circunstantes, mas também por todos os fiéis
cristãos vivos e defuntos, a fim de que aproveite a mim e a eles para a salvação e à vida
eterna. Amém.




                                           23
Ao misturar a água e o vinho
        Deus, que maravilhosamente criastes a natureza humana e mais maravilhosa-
mente a reformastes, pela mistura desta água e vinho feita pelo sacerdote dai-nos, parti-
ciparmos da divindade daquele que se dignou participar da nossa humanidade, Jesus
Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que convosco vive e reina em unidade do Espírito
Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.


                                Oblação do vinho
        Ó meu Deus, toda a Igreja, ao reconhecer o efeito do sangue de vosso Filho, der-
ramado no Calvário, se une para vos oferecer o vinho que deve ser mudado no próprio
sangue de Jesus Cristo neste Sacrifício; e ela vos pede que esta oferta suba até vós e vos
seja agradável e que, quando este sangue estiver no santo altar, seja tão salutar como o
foi no Sacrifício da Cruz.


                                Ao lavar as mãos
                                   Salmo 26, 6-12
       Lavo na inocência minhas mãos
       e rodeio o teu altar, Senhor,
       para fazer ressoar vozes de louvor
       e para narrar todas as tuas maravilhas.
       Senhor, gosto da casa onde moras
       e do lugar onde reside a tua glória.
       Não me arrastes junto com os pecadores
       não destruas minha vida com os sanguinários,
       pois nas mãos deles está a perfídia, sua mão direita está cheia de suborno.
       Porém meu caminho é reto;
       resgata-me e tem misericórdia.
       Meu pé se apóia em terra plana;
       nas assembléias bendirei ao Senhor.


                           Suscipe, Sancta Trinitas
       Recebei, ó Trindade santa, esta oblação que vos oferecemos em união com todos
os vossos Santos, para ser transformada no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo vosso
Filho. Temos motivo de esperar que serão bem recebidos por vós esses dons, pois nós
vo-los oferecemos em memória dos mistérios, da Paixão, da morte, da ressurreição e da
Ascensão gloriosa do mesmo Jesus Cristo, fonte de nossa santificação.


                                   Orate, fratres
        Ó meu Deus, nós nos unimos todos ao sacerdote para pedir que aceiteis o Sacri-
fício de vosso Filho e o nosso. É para vos render glória e honra que vo-lo apresentamos.
Fazei que seja útil para nossa salvação e para a santificação de vossa Igreja.




                                           24
A secreta
       Senhor, ouvi favoravelmente e atendei as nossas orações e as de vosso povo.
Suplicamos que aceiteis a oferta que vos fizemos e convertei nossos corações para vós.
Desapegai-nos também das afeições da terra, de modo que somente tenhamos desejos
do céu. É o que pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina convosco na
unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


                                       Prefácio
       Que o vosso espírito, Senhor, sempre esteja conosco e que seja ele quem reza em
nós.
        Elevamos nossos corações até Deus e que sejam sempre ocupados por ele. Ren-
demos graças por todos os seus benefícios.
        É muito justo, razoável e muito vantajoso para nós reconhecer em todo tempo e
em todos os lugares as bondades de Deus para conosco. Mas é por Jesus Cristo que de-
vemos louvar e agradecer-vos, Senhor, infinitamente santo, todo-poderoso e eterno, por
ele é que os anjos louvam vossa imensa majestade, as dominações vos adoram, as po-
tências se prostram diante de vós. Por isso é que as forças celestes e os bem-aventurados
serafins se unem para vos render glória em transportes de alegria. Permiti, Senhor, que
unamos nossas vozes para vos dizer num profundo sentimento de humildade e respeito:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos, o céu e a terra estão cheios de sua
glória e majestade.


                                      Te, igitur
       Meu Deus, que sois um Pai cheio de bondade e ternura para com vossos filhos,
nós vos pedimos, por Jesus Cristo nosso Senhor, que abençoeis e santifiqueis os dons,
preparados para o Sacrifício, que vos oferecemos pela Igreja santa e católica, para que a
cumuleis de vossas graças; pelo santo Padre, o Papa, por nosso Bispo, elo Rei, e por
todos os que professam a verdadeira religião.


                                Memento, Domine
        Lembrai-vos, Senhor, neste Sacrifício dos vossos servos e servas, de meu pai e
de minha mãe,de meus irmãos e de minhas irmãs, de meus professores e minhas profes-
soras e de todos os que procuram ou procuraram minha salvação de qualquer maneira
que seja, e de todos que me fizeram o bem. Fazei que sejam participantes deste santo
Sacrifício, dai-lhes as graças que precisam, em especial a de vos servir com a fidelidade
que desejais deles.


                                 Communicantes
       Ó meu Deus, visto que formamos uma mesma sociedade com os santos do céu,
eu me uno a eles, principalmente à santíssima Virgem, a são João Batista, aos Apóstolos
Pedro e Paulo, e são João, a meu santo padroeiro, aos santos aos quais tenho uma devo-
ção particular, e a todos os santos. Eu lhes peço que apresentem comigo este Sacrifício
de vosso Filho, que adorem continuamente este cordeiro que tirou os pecados do mun-




                                           25
do, que lhe manifestem sua gratidão e agradeçam. Uno-me a eles para o fazer também
com eles.


                                    Hanc igitur
       Vós vedes, ó meu Deus, que toda a Igreja se interessa e se une para vos oferecer
este Sacrifício. Aceitai com agrado, eu vos peço, esta homenagem que ela vos presta e
que também eu vos estou prestando com ela. E tende a bondade de nos fazer passar esta
vida em vossa santa paz, de nos libertar da condenação eterna e nos colocar no número
de vossos eleitos. Isto vos pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor.


                               Quam oblationem
        Concedei, Senhor, uma abundância de bênçãos às coisas que vos foram apresen-
tadas; recebei-as com agrado para se tornarem o Corpo e o Sangue de vosso Filho ama-
do, Jesus Cristo Nosso Senhor.
        Qui pridie. O qual, na véspera de sua Paixão, tomou o pão em suas mãos santas
e veneráveis, e erguendo seus olhos ao céu, o abençoou, e rompeu, e agradecendo a
Deus, seu Pai, o mudou em seu Corpo, pelas palavras sagradas que pronunciou, e o dis-
tribuiu depois a seus santos Apóstolos.


                 Ato de adoração na elevação da Hóstia
       Ó meu Salvador, Jesus, que obedeceis tão pronta e exatamente às palavras do
sacerdote a ponto de transformar o pão em vosso Corpo na mesma hora em que são pro-
nunciadas, eu vos adoro realmente presente na santa Hóstia, adoro vossa submissão e
vosso aniquilamento neste Sacrifício, e vos peço que me concedais parte nas disposi-
ções santas que nele manifestais.
       Simili modo. Após a ceia, Jesus Cristo tomou, da mesma forma, o cálice com
vinho em suas mãos sagradas e veneráveis, e o transformou também em seu Sangue,
pelas palavras que pronunciou; em seguida deu de beber a seus discípulos, dizendo-lhes:
Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em memória de mim.


                 Ato de adoração na elevação do cálice
       Sangue precioso que foste derramado para apagar os pecados dos homens, eu te
adoro neste Sacrifício, com respeito reconheço tua excelência e tua eficácia. Oxalá eu
seja muitas vezes lavado no sangue, pois ele branqueia e purifica nossas almas, e apaga
todas as manchas. Purifica meu coração, ó Sangue adorável, e desapega-me de tudo o
que ainda pode restar nele de pecado.


                               Unde et memores
        Agora é uma Hóstia pura, uma Hóstia imaculada que vos oferecemos, ó meu
Deus, porque é vosso Filho que é a vítima do Sacrifício. E como os três mistérios de
seus sofrimentos e morte, de sua ressurreição e ascensão aos céus foram a causa de nos-
sa salvação, nós vos pedimos que vos lembreis de conceder, em vista disto, a vossa Igre-
ja as graças que ela vos pede.



                                          26
Supra quæ
       Esta Hóstia é infinitamente mais excelente do que as ofertas do justo Abel, do
que o sacrifício do patriarca Abraão, e o que vos apresentou o sacerdote Melquisedec. E
como as aceitastes com agrado, temos certeza que recebereis favoravelmente a oferta
que vos fazemos de vosso próprio Filho.


                             Supplices te rogamus
       Contudo, por sermos indignos de vos apresentar uma vítima tão preciosa, nós
vos suplicamos, ó Pai eterno, que Jesus Cristo, ao se oferecer a si mesmo a vós sobre
vosso altar santo, como no passado se sacrificou no Calvário, todos nós, que temos a
graça de assistir a este Sacrifício, sintamos também nós, os efeitos dele, e que derrameis
abundantemente sobre nós as graças e bênçãos do céu.


                                  Memento etiam
       Eu vos peço, ó meu Deus, por Jesus Cristo Nosso Senhor, que concedais um
santo repouso às almas dos que passaram desta vida Para a eternidade em vossa graça,
sobretudo a meus parentes, meus amigos e benfeitores e a todos pelos quais tenho obri-
gação de rezar.


                         Nobis quoque peccatoribus
        Também a nós, embora pecadores, dai-nos ter parte na glória dos vossos santos
Apóstolos e Mártires, sem tomar em consideração os nossos méritos. Nós pedimos por
Jesus Cristo esta graça que esperamos. Também é por ele que temos a vantagem deste
Sacrifício, como é nele, e com ele que vós recebeis toda glória que vos é devida, em
unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos Amém.


                                    Pater noster
        É pelo mandamento e pela instituição de Jesus Cristo, que ouso, ó Pai Eterno,
dirigir-vos com confiança esta oração:
        Pai nosso que estais nos céus,
        Santificado seja vosso nome,
        Venha a nós o vosso reino.
        Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu.
        O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
        Perdoai-nos as nossas ofensas,
        Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
        E não nos deixeis cair em tentação,
        Mas livrai-nos do mal. Amém




                                           27
Libera nos quæsumus
        Livrai-me, Senhor, de meus pecados passados, das ocasiões que estou no mo-
mento a combater, das tentações que eu possa ter no futuro. Dai-me, pela intercessão da
santíssima Virgem, dos santos Pedro, Paulo e André, uma paz que me afaste não só do
pecado, mas que me livre até da menor perturbação de minhas paixões.
        Pax Domini. Que vosso Espírito Santo, ó Deus, esteja em nós. E que vossa paz
esteja sempre conosco.
        Haec commixtio. Que esta mistura e consagração do Corpo e do Sangue de Jesus
Cristo, Nosso Senhor, procure para mim e para todos os que o receberem, a vida eterna.


                                     Agnus Dei
       Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
       Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
       Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.


                      Domine Jesu Christi, qui dixisti
       Ó meu Senhor Jesus Cristo, que devolvestes a vida ao mundo morto pelo peca-
do, para cumprir a vontade de vosso Pai, e para satisfazer às instâncias do Espírito Santo
para a santificação de nossas almas, colocai-me na situação de receber o vosso Corpo
sagrado, com uma disposição tal, que eu não mais recaia em algum pecado e permaneça
sempre fielmente apegado à observância de vossos santos mandamentos, e que no futu-
ro, nunca seja separado de vós.


                               Perceptio Corporis
        Embora indigno, ó meu Salvador, de receber vosso Corpo sagrado, ouso dispor-
me a fazê-lo porque vós o mandais e porque mostrais um grande desejo que eu o faça.
Eu vos suplico que eu não o receba para a condenação, mas que me sirva, por vossa
bondade, como sustento para meu corpo e minha alma e de remédio para todas as mi-
nhas enfermidades.
        Panem cælestem. Tomarei o pão celeste que Deus me dá e em sinal de gratidão
por esta graça, invocarei o nome do Senhor.


                           Domine, non sum dignus
        Senhor, eu não sou digno que entreis dentro de mim, mas dizei somente uma
palavra e minha alma será salva.
        Que o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo conserve minha alma para a vida
eterna.
        Quid retribum Domino? Que é que vos retribuirei, ó meu Deus, por todos os
benefícios que recebi de vós? Tomarei o cálice da salvação que me apresentais, para
sofrer de bom grado por vós e invocarei vosso santo nome, cantando e publicando vos-
sos louvores. É por este meio que serei livre dos inimigos que se opõem mais a minha
salvação.




                                           28
Quod ore sumpsimus. Fazei, Senhor, que a nossa participação neste Sacrifício,
produza em nós uma pureza de coração tal, que seja para nós não somente uma graça
temporal, mas se torne para nós um remédio eterno.
       Corpus tuum, Domine. Alimentado por tão puro e santo Sacramento, fazei, Se-
nhor, por vossa graça, que não fique em mim nenhuma nódoa nem resto de pecado, e
que a união a vosso Corpo sagrado não seja somente exterior em mim, mas penetre até o
fundo de minha alma e me seja fonte de graças.


                                Comunhão (Sb 16)

       Senhor, destes-nos um pão do céu no qual se contém toda sorte de delícias e um
sabor sumamente agradável.
       Dominus vobiscum. Senhor que o vosso Espírito esteja conosco.


                                  Post communio
       Senhor que nos alimentastes com as coisas que são as delícias do céu, nós vos
suplicamos que sempre nos concedais o desejo dessas mesmas coisas que nos fazem
viver uma vida verdadeira. E o que vos pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor que
vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Amém.
       Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso Espírito sempre esteja conosco.


                          Placeat tibi, Sancta Trinitas
       Meu Deus, aceitai favoravelmente o serviço que vos apresentamos e o Sacrifício
que acabamos de oferecer pelas mãos do sacerdote e do qual pudemos participar. Fazei
que ele seja útil para mim e para todos os que nele tiveram alguma parte.
       Benedicat vos. Que o Deus todo-poderoso, o Pai, o Filho e o Espírito Santo vos
abençoe. Amém.
       Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso Espírito esteja sempre consco.


                 Início do Evangelho segundo São João
        No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era
Deus. ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela
nada foi feito de todo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a
luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado
por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da
luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar
testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela
estava no mundo e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela
veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram,
deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes fo-
ram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus. e a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória
como do filho único da parte do Pai – em plenitude de graça e de verdade



                                            29
Depois da santa Missa
                                  Salmo 42 (41)
       Como a corça deseja as águas correntes,
       assim a minha alma anseia por ti, meu Deus.
       A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
       quando hei de ir ver a face de Deus?
       As lágrimas são meu pão dia e noite,
       enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está teu Deus?”
       Disto me lembro e meu coração se aflige:
       quando eu passava junto à tenda admirável, rumo à casa de Deus,
       entre cantos de alegria e de louvor de uma multidão em festa.
       Por que estás triste, minha alma? Por que gemes dentro de mim?
       Espera em Deus, ainda poderei louva-lo, a ele, que é a salvação do meu rosto.
       Esta é a oração que oferecerei dentro de mim a Deus, autor de minha vida.
       Digo a Deus : tu és meu asilo e meu protetor.




     OUTRAS ORAÇÕES DURANTE A SANTA MISSA,
    ELAS SE REFEREM ÀS AÇÕES E ORAÇÕES DO SACERDOTE


                            Antes da santa Missa
        Meu Salvador Jesus, vou assistir a santa Missa para vos honrar e para agradecer
todos os vossos benefícios, especialmente por terdes morrido por mim. Também é para
vos pedir as graças que me são necessárias e o perdão de meus pecados. Fazei, eu vos
peço, que durante todo o tempo deste santo Sacrifício, meu espírito se una às intenções
da Igreja e do celebrante, e somente se ocupe convosco; que meu coração tenha um ar-
dente desejo de vos receber e que eu não perca a lembrança de tudo o que sofrestes por
mim no Calvário.


                   No começo da santa Missa
                              Ato de humilhação
       Como é que eu ousaria, ó meu Deus, aparecer diante de vós, eu que não sou mais
do que uma criatura miserável? Vós sois tudo e eu sou nada; vós tendes tudo e eu tenho



                                          30
nada; vós podeis tudo e eu não posso nada. Já sei o que vou fazer para suprir minha in-
digência: vou unir-me a vós para estar inteiramente dentro de vós. Eu ne entregarei todo
a vós para possuir tudo convosco. Eu me aniquilarei em vós, para poder tudo por vós. É
assim, meu Deus, que não tendo nada por mim mesmo, poderei apresentar-me a vós,
como alguma coisa que vos seja agradável; assim vos darei o que eu tiver recebido de
vós.


                                 Ato de confusão
        Como estou envergonhado, ó meu Deus, de me aproximar de vós e de vossos
santos altares, por estar todo cheio de pecados. O pecado nasceu comigo e os crimes que
cometi se multiplicaram ao mesmo tempo em que meus dias foram avançando. Dissipai
por vossa luz e por vossa graça toda a malícia de meu coração, para que eu seja capaz
de assistir e de participar do Sacrifício de vosso Filho.


                                 Ato de contrição
        Pode-se dizer o Confiteor com o acólito com sentimentos de contrição; ou então
se fará o Ato seguinte:
        Ó meu Deus, eu vos peço perdão de meus pecados, eu vo-los apresento para que
os destruais. É pelo Sacrifício de vosso Filho na Cruz que já nos libertastes. O Sacrifício
que vos vai ser oferecido é o mesmo, e tem o mesmo poder e a mesma força. Concedei-
me pois, eu vos suplico, em virtude deste, a absolvição de todos os meus pecados. Eu
vo-lo ofereço de ante-mão em vista disso e vos peço esta graça pelos méritos de Jesus
Cristo e pela intercessão da santíssima Virgem e de todos os vossos Santos.
        Quando o sacerdote diz “Indulgentiam”, cada um deve, na medida do possível,
se colocar na disposição de receber a absolvição de seus pecados.


                                 Ato de confiança
        Ó meu Deus, eu confio que me devolvestes a vida ao me perdoar meus pecados
e é com este pensamento que me aproximo em espírito e de coração de vosso santo al-
tar, para vos apresentar meus deveres e oferecer um Sacrifício de louvor, o próprio sa-
crifício de Jesus Cristo, vosso Filho, com uma alma tão pura quanto me é possível.


                                     Ao intróito
                                  Ato de adoração
        Ó meu Deus, eu adoro vossa grandeza infinita e vossa majestade soberana. Os
anjos tremem diante de vós, todas criaturas nada são em vossa presença e a constante
transformação que nelas se processa é uma homenagem que apresentam a vosso domí-
nio sobre elas e a vossa essência imutável. Ó meu Deus, como sois grande e admirável
em vós mesmo e em tudo o que fazeis! É o sacrifício que vos devemos reconhecer: a
altitude, a extensão e o esplendor de vosso nome adorável e aniquilar-nos diante de vós.




                                            31
Ao Kyrie, eleison
                   Ato de pedido da misericórdia de Deus
        Derramai em nós, ó meu Deus, a vossa misericórdia. É com humildade que vô-la
pedimos, e em união com Jesus Cristo vosso Filho que vô-la pediu na Cruz e ainda ago-
ra a pede neste Sacrifício.


                              Ao Gloria in excelsis
                        Ato de louvor e ação de graças
        Meu Deus, que destes vossa paz aos homens de boa vontade, nós vos damos a
glória que vos é devida. Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, e
nós vos damos graças por todos os benefícios com que cumulais sempre a terra. Vós
nos enviastes vosso Filho único, para libertar todos os homens de seus pecados. Conce-
dei-nos a graça de apagar todos os nossos pecados e de atender nossas súplicas. Pedi-
mos insistentemente pelos méritos do próprio Jesus Cristo, vosso Filho, que sendo Deus
convosco, é tão santo, tão grande, tão poderoso, e que possui a mesma glória do que
vós, com o Espírito Santo.
        Dominus vobiscum. Que o vosso espírito, Senhor, esteja sempre conosco.


                                     Na coleta
       Ó meu Deus, que desejais ardentemente nossa salvação e nos concedeis sem
cessar os meios de a realizar, inspirai-me a vontade de trabalhar na minha com grandís-
simo cuidado, e dai-me para isso a graça de praticar tudo o que nos ensinastes, quer pe-
los profetas, quer por vossos apóstolos, quer por vós mesmo, para que, tendo vivido
segundo vossa santa doutrina e as leis do santo Evangelho, eu possa assegurar para
mim, por meio das boas obras que eu tenha praticado, a posse da glória que prometestes.
É o que vos peço por Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que convosco vive e rei-
na com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.


                                    Na epístola
        Meu Deus que nos fizestes anunciar por vossos santos profetas o que nos deveria
acontecer na lei da graça, e que nos ensinastes por vossos santos apóstolos as regras, as
máximas da vida cristã, dai-me a compreensão desses santos Mistérios, escondidos nas
profecias e que Jesus Cristo Nosso Senhor cumpriu em sua pessoa. Dai-me também a
graça de ouvir com submissão de espírito o que vós nos ensinais por vossos santos após-
tolos, de saborear as verdades e práticas de que suas cartas estão cheias, e de orientar
minha vida e minha conduta pelos conselhos que eles nos dão. Adoro todas as palavras
que estão em uns e em outros como vossa palavra divina da qual eles são apenas os ór-
gãos e os ministros. Recebo-as com respeito, a elas me submeto com sentimento de hu-
mildade e de gratidão, e estou disposto, com o auxílio de vossa graça, a observar todas
elas com fidelidade.




                                           32
No gradual
                                      Aspiração
       Vossa palavra e vossa santa Lei, ó meu Deus serão dia e noite o assunto de mi-
nhas reflexões. Meu prazer será pensar nelas com freqüência, vou considerar quanto
vossos benefícios foram enormes a meu respeito; quantas graças recebi de vós, e por
conseqüência, quanto devo ser fiel em observar o que ordenais. Vossa lei é um jugo,
mas um jugo que só contém doçura, um fardo que não é pesado. Ó minha alma e meu
coração, considerai e saboreai quão suave é o Senhor, quanto ele é amável.


                                   Ao Evangelho
       Aqui, ó meu Deus, não é somente a vossa palavra que adoro em vós, mas vossa
Lei santa, a regra de todos os cristãos. Eu a escuto com respeito, eu a creio com firmeza.
Vós mesmo a publicastes, vossos santos apóstolos, inspirados por vosso espírito, a es-
creveram. Ó meu Deus, eu é que devo praticá-la. Eu vos agradeço de me terdes dado
uma doutrina tão excelente, para me servir de guia e de regra em toda a minha maneira
de viver. Eu a lerei, eu a meditarei, e não terei vergonha de observar o que ela nos ensi-
na de mais contrário às máximas do mundo, contanto que eu seja auxiliado por vossa
graça eu me vou esforçar para praticá-la em toda sua extensão durante toda a minha
vida.


                                      Ao credo
                                  Profissão de Fé
       1. Creio que há um só Deus e que não pode haver vários.
       2. Creio que há três Pessoas em Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e que
           essas três pessoas são um só Deus.
       3. Creio que o Filho de Deus, a segunda Pessoa da santíssima Trindade se fez
           homem, morreu na Cruz por nossos pecados.
       4. Creio que os que morrerem em estado de graça serão eternamente felizes no
           céu, vendo a Deus tal qual ele é.
       5. Creio que os que morrerem em estado de pecado mortal serão condenados,
           isto é, queimarão eternamente nos infernos.
       6. Creio que basta ter cometido um só pecado mortal e morrer nesse estado para
           ser condenado.
       7. Creio que há dez Mandamentos de Deus e que somos obrigados a observá-
           los todos, e que também devemos observar os Mandamentos da Igreja.
       8. Creio que é necessário recorrer muitas vezes à oração e que não podemos
           salvar-nos sem rezar com atenção e piedade.
       9. Creio que há sete Sacramentos, Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristi-
           a, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimônio.
       10. Creio que o Batismo apaga o pecado original e nos faz cristãos; que a Peni-
           tência perdoa os pecados cometidos depois do Batismo; que a Eucaristia con-
           tém o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo
           sob as aparências do pão e do vinho.




                                           33
Oblação do pão, de nossos corpos e de nossos sentidos
        Recebei, ó meu Deus, a oblação que vos faço juntamente com o sacerdote, do
pão que deve ser transformado no corpo sagrado de Jesus Cristo. Abençoai-o, eu vos
peço. Recebei também a oferta que vos faço de meu corpo e de meus sentidos. Santifi-
cai-os, eu vos peço, e fazei-me a graça de fazer deles um uso santo. Dai a meu corpo a
pureza tão cara a vosso Filho e não permitais que eu me sirva de meus sentidos para um
fim mau, mas regulai-os de tal sorte que, ao ver, ao ouvir, ao tocar alguma coisa, ao
beber, ao comer, ao falar, seja por necessidade, por submissão a vossa santa vontade e
sempre sem vos ofender.


Oblação do vinho, de nossa alma, nossos pensamentos e nos-
                         sos afetos
        Eu vos ofereço, ó meu Deus, em união com toda a Igreja, o vinho que deve sem
tardar se tornar o Sangue precioso de vosso Filho. Ofereço também toda a minha alma,
meus pensamentos, meus sentimentos e meus afetos. Fazei que minha alma se ocupe
somente com o que respeita minha salvação; que meus pensamentos sejam só conhecer-
vos a vós; que meus sentimentos sejam conformes ao que nos é ensinado no santo E-
vangelho e que toda a minha afeição seja vos amar e vos ser agradável em tudo.


                               Ao lavar os dedos
                   Oração para pedir a pureza de coração
        Purificai-me, ó meu Deus, dos menores pecados que ainda pudessem macular
minha consciência. Por isso, lavai-me no sangue do Cordeiro, para que eu me encontre
em tal pureza de coração, que nada me impeça de participar do santo Sacrifício que se
vai oferecer-vos e que eu receba vossas graças e vossas bênçãos com abundância.


                       Na oblação do pão e do vinho
        Ó santíssima e adorável Trindade, uno-me ao sacerdote que vos oferece tudo o
que foi preparado para o Sacrifício. Ao me unir assim a ele, eu vos apresento tudo o que
há em mim de bom e de ruim; o que há de ruim, para que vós o destruais pela eficácia
dos sofrimentos e da morte de Jesus Cristo; o que há de bom, para que o torneis isento
de toda imperfeição em virtude da ressurreição e que, pela graça de sua ascensão glorio-
sa ao céu vós o leveis à perfeição.


                                Ao Orate, fratres
        Eu vos peço, ó meu Deus, que aceiteis com agrado o que o sacerdote vos apre-
sentou para servir de sacrifício e a oferta que vos fiz de mim mesmo e de tudo o que
está em mim. Dignai-vos fazer disto um só sacrifício e consumar o meu pelo de Jesus
Cristo.




                                          34
Na oração secreta
        O que o sacerdote e os fiéis acabam de vos oferecer não são mais algo profano,
nem para uso comum. Santificai-o, ó meu Deus, separai-o do resto das criaturas e con-
siderai-o como coisa vossa. Concedei-me também, ó meu Deus a mesma graça. Fazei-
me santo pela santidade de minhas ações; fazei que eu não concorde em nada com o
mundo, com os que cometem o pecado e consagrai-me inteiramente a vós e a vosso ser-
viço.


                                    Ao prefácio
        Meu Deus, basta ser cristão (que deve ser animado por vosso espírito), para
sempre ter o coração levantado para vós. Mas a minha fraqueza é tão grande que é pre-
ciso que muitas vezes eu seja advertido a pensar em vós, mesmo durante os santos Mis-
térios. É bem justo, ó meu Deus, que eu esteja ocupado em vós e que eu vos louve. Con-
tudo, por mim mesmo, não vos posso dar os louvores que vos convêm, nem vos dar as
devidas ações de graça. É em Jesus Cristo e por Jesus Cristo somente que o posso fazer.
Os anjos, por mais elevados que estejam na glória, só por ele vos louvam, só com ele
vos respeitam, só nele vos adoram. Portanto, é por Jesus Cristo, em união com esses
bem-aventurados espíritos que vos peço que aceiteis que eu vos diga com profundo res-
peito: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos. O céu e a terra estão cheios
de sua glória e majestade.


                                   Ao Te igitur
        Eterno Pai, por Jesus Cristo, mediador entre vós e nós, especialmente neste Sa-
crifício, eu vos peço que aceiteis com agrado o que o sacerdote continua a vos oferecer
e as orações que faço por mim para que me concedais a graça de uma piedade verdadei-
ramente cristã; pela vossa santa Igreja, que a conduzais e governeis sempre por vosso
espírito; por nosso santo Padre o Papa, por nosso Bispo, pelo Rei e por todos os que têm
fé e que vivem na comunhão com a Igreja, que lhes concedais a graça de seu estado e de
os cumular de vossas bençãos.


                                   Ao Memento
        Meu Deus, vós concedeis a todos os vossos fiéis a graça de serem membros de
um mesmo corpo e de receber a vida e as influências do espírito de Jesus Cristo, sua
cabeça. Até quereis que tenhamos uma grande união de coração e que peçamos uns pe-
los outros. Para obedecer ao mandamento que nos prescrevestes é que, sem olhar para
meus pecados, eu rezo por meu pai e minha mãe, por meus irmãos e irmãs, por meus
professores e professoras, pelos que procuram ou procuraram minha salvação, seja qual
for a maneira e dos quais recebi algum bem, e também por todos os que estão presentes
a este Sacrifício e vos peço por eles todas as graças que precisam.


                              Ao Communicantes
        É justo, ó meu Deus, que os santos que estão no céu se unam a nós para rezar,
sobretudo neste Sacrifício. Já que formam conosco uma só e mesma Igreja, devem inte-
ressar-se por nossa santificação, por nos alcançar os meios para tanto, e para vos pedir



                                          35
por nós e devem entrar na participação das ações santas que se realizam por todos os
fiéis, a fim de que elas vos sejam mais agradáveis, para vos louvar, adorar e vos ofere-
cer este Sacrifício com eles. Peço, portanto, à santíssima Virgem mãe de Jesus Cristo
vosso Filho, a são João Batista, aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a São João, aos san-
tos papas, aos santos mártires e a todos os santos, para que atraiam sobre mim e sobre
toda a Igreja vossas graças e vossas bênçãos.


                                  Ao Hanc igitur
       Ó meu Salvador Jesus, que pelas palavras do sacerdote ides mudar o pão em
vosso Corpo e o vinho em vosso Sangue, transformai-me também a mim inteiramente
por vossa graça; destruí minhas paixões, fazei que abandone minhas inclinações e que
não tenha outros afetos a não ser o de vos amar e de fazer o que mandais. É esta a mu-
dança que vos peço que opereis em mim pela virtude deste santo Sacrifício.


                 Ato de adoração na elevação da Hóstia
        Ó meu Salvador Jesus, adoro vosso Corpo sagrado que acaba de aparecer sobre
o altar. É por um efeito de vossa onipotência e de vossa bondade que possuímos tão
grande tesouro. Vós os sacrificais para procurar a nossa salvação e nos dar vosso santo
amor. Quero receber com gratidão esta graça e vô-la agradeço; fazei que, por toda a
minha vida eu corresponda a vossos desígnios sobre mim e me torne digno do presente
que me ofereceis de vós mesmo neste Sacrifício.


                 Ato de adoração na elevação do cálice
        Ó meu Salvador Jesus, que na Cruz derramastes vosso Sangue precioso por nos-
sos pecados, adoro este mesmo Sangue, que agora está sobre o santo altar; e vos peço,
pelos méritos que nos adquiristes e pelas intenções puríssimas que tivestes ao derramá-
lo, que me concedais uma verdadeira contrição e o perdão de meus pecados.


                             Ao unde et memores
       Meu Salvador Jesus Cristo, que só realizastes os três mistérios de vossos sofri-
mentos e de vossa morte, de vossa ressurreição e de vossa ascensão ao céu para que
produzissem em nós as graças que lhes são próprias, fazei, pelos méritos de vossos so-
frimentos e de vossa morte, que eu morra inteiramente ao pecado e a tudo o que vos
desagrada; em virtude de vossa ressurreição, que eu só procure e me delicie nas coisas
do céu e se referem ao bem de minha alma; que pelo favor de vossa ascensão gloriosa
eu suba sempre de virtude em virtude e permaneça em repouso, e que goze plenamente
de vosso santo amor.


                                  Ao supra quæ
       Espero, ó meu Salvador, que me concedereis esta graça, por meio deste Sacrifí-
cio, que vós mesmo ofereceis pelas mãos do sacerdote, pois ele é infinitamente mais
santo do que o de Abel, é infinitamente mais perfeito do que o do Patriarca Abraão, e é




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Instrucões para a santa missa - João Batista de la Salle

  • 1. INSTRUÇÕES E ORAÇÕES PARA A SANTA MISSA A CONFIISSÃO, E A COMUNHÃO Com uma instrução metódica por perguntas e respostas, para aprender a se confessar bem. Pelo Senhor João Batista de La Salle, Sacerdote, Fundador dos Irmãos Das Escolas Cristãs. 1
  • 2. Advertência sobre as Instruções e Orações Para a Santa Missa Entre todas as ações que ordinariamente se realizam todos os dias, a principal, e a mais excelente é assistir à Santa Missa. Também é a mais im- portante para um cristãos, que deseja atrair sobre sua fé e sobre todas as ações que deve praticar durante o dia, as graças e as bênçãos de Deus. Con- tudo raras são as pessoas que a assistem com piedade, pouquíssimas são instruídas sobre a maneira de assistir bem a ela. Foi o que levou a estabele- cer estas Instruções e estas Orações, para ensinar aos Fiéis tudo o que se refere a este santo sacrifício, e dar-lhes os meios de nele se ocupar santa e utilmente. Em primeiro lugar se instrui sobre a excelência da santa Missa, e so- bre os bens que recebemos assistindo a ela; sobre as disposições interiores, de que devemos animar nossa presença exterior, e sobre a maneira de apli- car-nos durante esse tempo. Em seguida explicam-se todas as cerimônias da santa Missa e se pro- põem por fim duas espécies de orações: umas, tiradas do Ordinário da Santa Missa, as outras que se referem às ações santas que o Sacerdote faz na cele- bração, para que os Fiéis, ao recitarem ora umas ora outras, não se aborre- çam e para que os que gostarem de umas ou de outras, possam escolher as que mais lhes agradarem ou mais devoção lhes inspirarem. Procurou-se inserir nessas orações algumas Instruções e práticas Cristãs, Instruções que podem esclarecer o espírito em diversas verdades pouco conhecidas; e algumas práticas cristãs a serem postas em prática du- rante o dia. Este é o fim que foi proposto neste Livro. 2
  • 3. INSTRUÇÕES SOBRE O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA E sobre a maneira com que se assistir a ela. Do Sacrifício da Santa Missa E de seus efeitos. O Sacrifício é uma ação na qual se oferece a Deus uma criatura que é imolada, isto é, destruída de alguma forma, quer para prestar a Deus a honra que lhe é devida, quer para reconhecer o domínio supremo dele sobre as criaturas. A criatura imolada e destruída no Sacrifício chama-se vítima ou hóstia sacrificada e oferecida a Deus. A Missa é uma Sacrifício e mesmo é uma continuação do sacrifício que Jesus Cristo ofereceu a Deus, seu Pai, sobre a cruz, porque é Jesus Cristo que morreu sobre o Calvário que ainda é oferecido a Deus neste santíssimo e augustíssimo Sacrifício. Embora o Sacrifício da santa Missa seja o mesmo que o da Cruz, e seja sua con- tinuação, há a seguinte diferença entre um e a outra: Jesus Cristo se ofereceu sobre a Cruz, para satisfazer à justiça de Deus por nossos pecados, e para esse fim derramou seu sangue precioso; ao passo que na santa Missa não mais derrama seu Sangue, mas sacri- fica-se ao Eterno Pai como vítima gloriosa, para aplicar aos homens, em virtude deste Sacrifício, as graças que lhes mereceu por seus sofrimentos e por sua morte. Como Jesus Cristo, ao morrer sobre o Calvário, satisfez inteiramente, e mais do que suficientemente por todos os pecados cometidos e a cometer no mundo, e como este Sacrifício teve e ainda tem sempre seu efeito, não era preciso que Jesus Cristo satisfi- zesse por pecado algum, e assim teria sido inútil que instituísse o Sacrifício da santa Missa se este Sacrifício não tivesse outros efeitos e outros frutos além dos da Cruz. Mas as graças que Jesus Cristo mereceu por sua morte, ao não terem sido imediatamente aplicados pela virtude da Cruz aos homens para os quais foram obtidas, por isso foi que Jesus Cristo instituiu o Sacrifício da santa Missa e os Sacramentos, para dar a todos os homens os meios de aplicar a si esses méritos pela participação neste sacrifício e pela recepção dos Sacramentos. Essas graças que nos são adquiridas pela morte de Jesus Cristo Nosso Senhor, são muito numerosas e de diferentes espécies, de onde resulta que o sacrifício da santa Missa produza também muitos frutos e de espécies diferentes e efeitos correspondentes a todas graças que procura aplicar. Os principais frutos e vantagens deste sacrifício são as seguintes, expressas em diversos lugares do Cânon da santa missa. 1. O Sacrifício da santa Missa presta a Deus a maior honra que ele possa rece- ber, porque é seu próprio Filho que presta essa honra ao se aniquilar, ao se destruir tanto quanto pode para a glória de Deus. Os que assistem à santa Missa e que têm a felicidade de participar nela, honram também a Deus da maneira mais alta possível, pela união que têm com Jesus Cristo. 3
  • 4. 2. Este Sacrifício produz o meio de agradecer a Deus por seus benefícios da maneira mais perfeita possível, oferecendo-lhe seu próprio Filho em ação de graças. 3. Ele faz obter da bondade de Deus novos benefícios. 4. Este Sacrifício liberta as Almas do Purgatório, ou lhes diminui os sofrimen- tos, de acordo com o que essas almas ainda estão devendo à justiça divina. 5. Ele perdoa a pena temporal devida, tanto pelo pecado mortal, como pelo ve- nial. 6. Obtém a remissão dos pecados e a graça da conversão. 7. Atrai de Deus as graças necessárias para se preservar da caída no pecado. 8. Produz a graça de deixar os maus hábitos por mais arraigados que estejam. 9. concede forças para abandonar inteiramente todas as ocasiões próximas de pecado. 10.Concede a graça da união e da reconciliação com o próximo, se há alguém com quem não se está tão unido como se deveria estar. 11.Adquire um socorre poderoso para cumprir bem seus deveres de estado, e re- alizar todas as suas ações de maneira cristã. 12.É um meio muito eficaz de conservar e recuperar a saúdo do corpo, e todos os outros bens temporais, quando forem úteis para a glória de Deus e para nossa salvação. 13.Enfim pode-se obter mais facilmente o que se pede a Deus, e receber dele mais graças pela assistência a uma só Missa bem assistida, do que por todas as ações mais santas que se puder fazer. Estes são os efeitos muito importantes, os bens e as vantagens que a Igreja pede todos os dias a Deus para seus filhos no santo sacrifício, efeitos que devem levar os fi- éis, que desejam consegui-los, a assistir assiduamente a ele, mesmo nos dias em que não são obrigados, e a somente assistir a ele com as disposições necessárias para participar dele e para se colocar em situação de obter todos os dias algumas dessas graças enquan- to as pedem a Deus conforme suas necessidades. Da obrigação de assistir à santa Missa É obrigação assistir a santa Missa todos os Domingos, e todas as Festas. A in- tenção própria da Igreja é que cada um a assista em sua Paróquia, e a missa que ordina- riamente se chama a Missa Paroquial. É por isso que a Igreja pede aos pastores que dê- em aos fiéis a seu encargo, algumas instruções, explicando-lhes o santo Evangelho, e ensinando-lhes as regras de vida cristã. Não se está obrigado a assistir a santa Missa nos outros dias, contudo não se po- de negligenciar isso, e por mais ocupações que se tenha, deve-se fazer de modo que não se falte a ela um dia sequer. Deve-se estar persuadido de que esse tempo não será perdi- do mas bem empregado, e muito melhor do que se fosse empregado no trabalho. Pois por uma ação tão santa se atraem as graças e as bênçãos de Deus sobre tudo o que se deve fazer durante o correr do dia. Os que trabalham manualmente ou cuja mente deve estar ocupada com negócios temporais e exteriores durante o dia, devem fazer da santa Missa seu primeiro cuidado e sua primeira ação, a fim de não estarem facilmente distraídos ao a assistirem, por pen- samentos que lhes enchem o espírito, se apenas assistem a santa Missa depois de terem ficado a se ocupar de seu emprego, para separar o santo do profano e não se exporem ao 4
  • 5. perigo de perder o fruto que se pode haurir do mais santo dos exercícios de nossa Reli- gião. Os doentes que não podem assistir à santa Missa nos Domingos e Festas e os que por alguma necessidade urgente são impedidos de assisti-la nos outros dias, devem ao menos unir-se em espírito e com intenção ao sacerdote que a celebra e à assembléia dos fiéis que a assistem, e oferecer seu coração a Deus e fazer-lhe o sacrifício de si mesmos e de tudo o que possuem, praticando quanto possível as coisas que deverão fazer, como se estivessem realmente presentes. Esta santa disposição e esta união que tiverem à Igreja e às intenções dela supri- rão de alguma forma a presença atual que não puderam ter à santa Missa. Das disposições para bem assistir à santa Missa Não basta assistir exteriormente à santa Missa para cumprir a obrigação que a Igreja impõe a todos os fiéis de a assistir todos os Domingos e Festas. Todos devem assistir a ela com as disposições, sem as quais sua presença exterior seria inútil e sem as quais também não cumpririam de nenhuma forma o que a Igreja manda, pois a intenção da Igreja ao obrigar seus fiéis a assistirem a santa Missa é obriga-los a não somente es- tarem presentes nela, mas a oferecerem a Deus seus deveres com ela. Há três espécies de disposições para bem assistir à santa Missa: 1. Há disposições necessárias para satisfazer ao mandamento da Igreja e essas disposições são assistir a santa Missa inteira, com atenção e com espírito de Religião. Não se assiste a Missa inteira quando não se está presente quer no início, quer no fim. Não se assiste a santa Missa com a atenção e a aplicação de espírito que nela se deve ter quando se dorme, quando se conversa, quando se fica olhando e um e de outro lado, ou quando se está voluntariamente distraído. Não se assiste a santa Missa com espírito de Religião quando nela não se reza com sentimento de piedade interior. Os que não assistem a missa toda inteira aos Domingos e Festas não cum- prem o mandamento da Igreja. Os que não têm atenção à santa Missa e a assistem sem espírito de Religião, cometem dois pecados ao mesmo tempo. 1º Estão na santa Missa como se não estivessem presentes, e diante de Deus, estariam como se não a estives- sem assistindo. 2º Caem numa espécie de impiedade, porque, por sua imo- déstia escandalosa tanto em sua atitude como em seus olhares, suas conver- sas ou sua divagação ou distração de espírito, profanam não somente a igre- ja, lugar santo e lugar de oração, mas também os santos Mistérios que nela se realizam e o mais augusto dos Sacrifícios. Fazem injúria a Jesus Cristo que se oferece e se sacrifica a seu Pai por eles, e pelos pecados que cometem em sua presença. 2. Há algumas disposições necessárias para assistir utilmente à santa Missa e para se colocar em disposições de tirar fruto deste sacrifício, e essas disposi- ções fazem odiar o pecado, estar em estado de graça, ou pelo menos, traba- lhar para voltar a ele e se unir de intenção ao sacerdote que oferece o Sacrifí- cio. 5
  • 6. Quem está atualmente em estado de pecado mortal ou na vontade de cometê- lo ou na ocasião próxima de cair nele sem vontade de a evitar, não tem essas disposições necessárias e não pode tirar fruto algum do Sacrifício da santa Missa. 3. Há disposições de perfeição muito vantajosas e que produzem grandes fru- tos nas almas que as têm. E há também disposições e numerosas e de espé- cies muito diferentes que, todavia, podem ser reduzidas a duas principais de que dependem todas as demais. A 1ª e ter a alma desprendida de todo afeto até ao menor pecado. A 2ª é unir-se ao sacerdote em todas as partes e em to- das as orações da santa Missa, a fim de oferecer com ele este Sacrifício se- gundo a intenção da Igreja. Os que quiserem adquirir essas disposições de perfeição para assistir muito bem à santa Missa e participar com abundância deste santo Sacrifício, devem aplicar-se a não ofender a Deus deliberadamente, e vigiar muito sobre si mesmos para não cair nos pecados veniais um pouco sérios ou completamen- te voluntários. Também só devem vir a este santo Sacrifício com muita modéstia e profunda humildade e com toda a atenção interior e toda devoção possível e confor- mar-se nela às intenções do próprio Jesus Cristo. Um cristão revestido de Jesus Cristo e animado por seu espírito deve ir a este sacrifício com os mesmos sentimentos com que Jesus Cristo nele se oferece como vítima a seu Pai. Jesus Cristo se sacrifica todos os dias sobre o altar na santa Missa para render a seu Eterno Pai as homenagens que lhe são devidas. Precisamos unir-nos às santas intenções de Jesus Cristo e procurar ter os mesmos sentimentos dele que são: adorar a Deus, agradecer-lhe, pedir per- dão por nossos pecados e para alcançar as graças que nos são necessárias. Da maneira de se aplicar durante a santa Missa Durante a santa Missa podemos aplicar-nos de diferentes maneiras, contanto que seja de acordo com um dos quatros fins e intenções do Sacrifício, unindo-se à Igreja e com o sacerdote. 1º Para adorar a Deus e reconhecê-lo como o soberano Senhor e Chefe absoluto de todas as coisas. 2º Para agradecer a Deus os benefícios recebidos dele. 3º Para obter o perdão dos próprios pecados. 4º Para pedir a Deus as graças que nos são necessárias. As orações que os assistentes fizerem durante a santa Missa com alguma destas intenções e com coração bem disposto, ser-lhes-ão muito úteis e lhes alcançarão muitas graças, quer rezem vocalmente alguns Salmos ou fórmulas de Oração, quer rezem ape- nas de coração, pensando, por exemplo, na paixão de Nosso Senhor ou em algum outro Mistério. Contudo é preciso ficar certo que a maneira mais de acordo com o espírito da Igreja para assistir a santa Missa é acompanhar o sacerdote nas partes principais que a compõem. Acompanha-se o sacerdote na santa Missa, por exemplo, pedindo perdão a Deus quando ele o pede, entrando em sentimentos de fé e de respeito diante da palavra de Deus quando lê a Epístola e o Evangelho, e oferecendo com ele o Sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. 6
  • 7. É conveniente então somente se ocupar com a vítima divina que está sendo ofe- recida por nós sobre o altar e oferecer-nos a nós mesmos. É isto que pretendemos ensinar aos fiéis pelos dois métodos seguintes e pelas orações que nelas estão inseridas, nas quais nos aplicamos a fazer entrar os que as reci- tarem com os sentimentos do sacerdote, e fazer que tomem parte em cada uma das ações que ele realiza na santa Missa no momento em que as faz. Para que estes métodos sejam mais úteis aos que deles se servirem, e para que possam mais facilmente entrar nas intenções do sacerdote, ao recitarem as orações que neles são propostas, pensamos instruir primeiro os fiéis nas cerimônias da santa Missa, desconhecidas por quase toda a gente, fazemo-lo dando a conhecer as orações que o sacerdote reza e explicando as razões pelas quais ele as reza. #################### EXPLICAÇÃO DAS CERIMÔNIAS DA SANTA MISSA Da igreja A igreja é um lugar santo, destinado a realizar nele os exercícios da Religião Cristã. Os principais são prestar a Deus a honra que lhe é devida, oferecendo-lhe o Sa- crifício da santa Missa, publicando seus louvores e dirigindo a ele nossas orações. Nela se administram e recebem os sacramentos e se lê, se prega e se escuta a palavra de Deus. Da água benta Coloca-se água benta à entrada da igreja para nos fazer lembrar nosso Batismo, pelo qual nos tornamos Templos do Espírito Santo, e para nos chamar a atenção de que, assim que entramos na igreja, devemos purificar-nos por meio dessa água de nossas menores faltas, a fim de que com nossa alma, purificada das mais insignificantes man- chas, possamos tornar-nos dignos de assistir à santa Missa e aos outros exercícios de piedade e de religião, com toda a pureza interior e exterior que lhe é devida. Da primeira parte da santa Missa Antigamente chamada Missa dos Catecúmenos A Missa compõe-se de duas partes principais. A primeira compreende tudo o que se faz desde o começo até o Ofertório e que antigamente se chamava Missa dos Catecúmenos. A segunda, desde o Ofertório até o fim, se chamava a Missa dos Fiéis. Todos podiam assistir a primeira parte da santa Missa, na qual se fazia a leitura da Es- critura sagrada e o pregação do santo Evangelho. Mas, terminado o sermão, os Catecú- menos, isto é, os que se preparavam para o Batismo, os Energúmenos, isto é, os posses- sos do demônio e os Penitentes que cumpriam penitência pública pelos pecados escan- dalosos cometidos, eram retirados da igreja. 7
  • 8. Somente permaneciam na igreja os que estavam em condições de assistir ao Sa- crifício da santa Missa e julgados dignos de participar dela. Das velas Durante o sacrifício da santa Missa acendem-se velas para indicar o fogo da ca- ridade com que Jesus Cristo se imolou por nós, e com que devemos também assistir a seu Sacrifício. Do sacerdote revestido para celebrar a S. Missa Quando o sacerdote aparece para celebrar a santa Missa, deve ser considerado como representante de Jesus Cristo que carrega sua Cruz e vai oferecer-se à morte por nós. A santa Missa é a renovação, em memória, desse grande Sacrifício. Do Salmo “Judica me, etc” O sacerdote, ao pé do altar, se considera como uma banido, expulso do Paraíso e afastado de Deus pelo pecado. Nesse espírito ele recita o Salmo 42 que Davi compôs num momento de exílio, para expressar a dor que sentia por estar longe do lugar em que Deus era adorado, e para se consolar pela esperança de sair desse exílio e louvar ainda o Senhor em seu Tabernáculo. Do “Confesso” Depois de ter recitado o Salmo “Judica”, faz a confissão de suas faltas e delas pede perdão a Deus; e já que, para realizar bem a ação que vai fazer, deve ter o coração purificado não somente dos pecados mortais, mas das faltas mais leves até, então detesta de todo coração todas as que cometeu para estar em condições de oferecer a Deus um Sacrifício tão santo. O coroinha diz o Confesso com o sacerdote para pedir perdão a Deus não só para si, mas para todos os assistentes, em nome dos quais fala. Estes devem então sentir no fundo do coração grande horror a seus pecados. Deus tu conversus, etc Terminada a confissão, o Sacerdote e os Fiéis se animam e encorajam mutua- mente pela confiança de que Deus quer conceder-lhes sua misericórdia e lhe manifestam sua gratidão. Ao subir ao altar, o sacerdote diz uma oração que expressa essa confiança. 8
  • 9. Do beijo do altar Depois que o sacerdote subiu ao altar, ele beija-o para manifestar sua reconcilia- ção com Jesus Cristo, e sua reunião com a Igreja triunfante. Porque o altar representa a Jesus Cristo crucificado e as relíquias que estão no altar das quais se fala na oração que o sacerdote reza ao beija-lo, representam os Santos que estão no céu, unidos a Jesus Cristo e constituem com ele o mesmo Corpo. Do intróito No início da santa Missa, o sacerdote primeiro reza uma antífona tirada em geral de algum salmo, que antigamente se rezava inteiro, para induzir os Fiéis à atenção e ao fervor. Isto é o que se chama “Intróito”, isto é, a entrada ou começo da santa Missa. Todos os dias é diferente para estar de acordo com o mistério ou a festa que se celebra. Kyrie eleison O Kyrie eleison é uma oração em grego, que significa, Senhor, tende piedade de nós. Ela se dirige às três pessoas da santíssima Trindade, e três vezes a cada uma, para indicar a grande necessidade que temos da misericórdia de Deus, o ardente desejo de atraí-la sobre nós e de ser prontamente libertados do pecado, para nos dispor a este santo Sacrifício. Glória in excelsis O glória in excelsis que se reza logo depois, tira seu nome do canto dos anjos, porque começa com as palavras que os anjos cantaram por ocasião do nascimento de Jesus Cristo. O resto foi acrescentado pela Igreja. Neste cântico a Igreja expressa de maneira admirável o respeito que tem pela Majestade de Deus, e o amor ardente que tem a Jesus Cristo. Ela o considera como o Cordeiro que vai se imolar para ela neste santo Sacrifício e em vista disso lhe apresenta toda sorte de louvores a fim de o tornar favorável a si. Como este cântico está cheio de sentimentos de alegria, ele não se reza durante os tempos de penitência, nem nas Missas celebradas para os defuntos Do beijo do altar Em seguida, o sacerdote beija o altar, para pedir a Jesus Cristo Nosso Senhor, como mediador entre Deus e os homens, a paz e a bênção de Deus para a transmitir de- pois aos fiéis, como mediador visível neste Sacrifício. Este beijo que o sacerdote dá ao altar ele o dá por respeito e o dá cada vez que ele se volta para o povo. Dominus vobiscum Voltando-se para o povo, o sacerdote o saúda por estas palavras tiradas da sau- dação do Anjo à Santíssima Virgem. Com estas palavras deseja que Deus esteja por sua 9
  • 10. graça com os que estão presentes, e que ele mesmo forme em seus corações o desejo das coisas que a Igreja vai pedir para eles. Os assistentes respondem, et cum spiritu tuo, isto é, e também com o teu espírito, desejando que Deus anime com seu Espírito Santo as orações que o sacerdote vai ofere- cer como ministro da Igreja para todos os fiéis. Sacerdote e povo se saúdam assim reciprocamente várias vezes na santa Missa, para indicar a união que deve existir entre eles na celebração deste Sacrifício, e em es- pecial nas orações que o sacerdote faz e que o povo deve fazer com ele. Oremus Novamente voltado para o altar, o sacerdote diz Oremus, isto é, Rezemos. Por essas palavras o sacerdote adverte todos os fiéis a se unirem a ele para fazer a oração que vai apresentar a Deus para eles. Da coleta Em seguida o sacerdote diz uma oração chamada coleta, porque ela é como o resumo e o conjunto do que a Igreja pede a Deus no ofício do dia, ou porque esta oração se faz em nome de todos os fiéis. Per Dominum nostrum Jesum Christum, isto é, Por Jesus Cristo nosso Senhor. A Igreja termina suas orações por meio destas palavras, por- que Jesus Cristo é nosso mediador e nosso intercessor junto de Deus, e porque somente ele é quem apresenta nossas orações ao Eterno Pai, e nos alcança suas graças. Da epístola A epístola é uma leitura do antigo ou do novo testamento. Assim se chama ela porque muitas vezes é tirada de algum trecho das cartas (=epístolas) dos Santos Apósto- los. A Igreja, primeiro faz seus fiéis serem instruídos pela voz dos Profetas e dos Após- tolos para os dispor a ouvirem e gostarem das instruções do Filho de Deus no santo E- vangelho. Depois da epístola, os fiéis agradecem a Deus a instrução que acabam de re- ceber, por meio do Deo gratias, isto é, Graças a Deus. Do gradual O gradual é tirado de algum salmo que possa reanimar a devoção dos fiéis e foi instituído para servir de preparação para a leitura do Evangelho. Munda cor meum: é uma oração que o sacerdote diz em voz baixa antes do Evangelho, para pedir a Deus que lhe purifique o coração e os lábios, para o tornar digno de anunciar o santo Evange- lho. Do Evangelho O Evangelho contém a Lei e a doutrina de Jesus Cristo; ele mesmo no-lo vem anunciar. O sacerdote lê nele todos os dias alguma coisa na santa Missa para dizer aos fiéis que não podem ter parte nos méritos de Jesus Cristo, nem aos frutos deste Sacrifí- cio, a não ser que façam profissão de observar a Lei e de praticar a doutrina. 10
  • 11. Ao começar o santo Evangelho, o sacerdote e os assistentes depois dele, fazem o sinal da Cruz na fronte, na boca e no peito para protestar diante de Deus de que vão im- primir em seu coração e confessar de boca o Mistério da Cruz, anunciado no Evangelho, e que não terão vergonha de lhe prestar homenagem nessas ocasiões. Escuta-se o Evangelho de pé para dizer que se está pronto a obedecer a tudo o que Jesus Cristo nele nos ordena e guardar dele as menores palavras mesmo se custar a vida. Credo in unum Depois da leitura do santo Evangelho, recita-se o Credo para fazer profissão pública de que se crê firmemente as verdades que foram lidas e todas as que estão con- tidas no santo Evangelho. Depois do Credo o sacerdote diz Dominus vobiscum, para desejar aos fiéis assistentes a graça de que precisam para crer os Mistérios e praticar as máximas do santo Evangelho e para oferecer com ele em espírito o que deve ser ofere- cido no Sacrifício. Da segunda parte da santa Missa Antigamente denominada Missa dos Fiéis A segunda parte da santa Missa, chamada Missa dos Fiéis, começa com o Ofer- tório e contém três partes: a oblação, a consagração e a comunhão. Da oferta Era uma prática universal na primitiva Igreja que os assistentes da santa Missa também nela comungavam ordinariamente. Por isso todos iam apresentar ao sacerdote o pão que devia servir para ser consagrado. Também isto servia para dar a entender que todos formavam um mesmo corpo com Jesus Cristo e com todos os fiéis, e que queriam permanecer nessa união, e entrar com eles em participação do santo Sacrifício que o sacerdote iria oferecer. Queriam também oferecer-se em espírito com Jesus Cristo, cujo Corpo devia ser consagrado nos pães oferecidos. Dentre todos esses pães o sacerdote pegava apenas um para ser mudado no corpo de Jesus Cristo, o que ainda era mais um sinal de que os fiéis representado por esse pão eram todos incorporado com Jesus Cristo. Do pão bento Como o número de comungantes diminuiu muito, a Igreja permitiu aos fiéis tro- carem em dinheiro a oferta de pão que traziam para a consagração, e instituiu a oferta de um pão que o sacerdote benze para depois ser dividido em pedaços, para serem distribu- ídos entre os assistentes, e eles os devem consumir imediatamente com muito respeito. Essa prática foi instituída para suprir, de alguma forma, tanto a antiga oferta, como a comunhão que os assistentes tomavam depois que o sacerdote a tinha tomado na santa Missa, e para manifestar a união entre os fiéis, significada pelo único pão que é ofereci- do em nome de todos, do qual partilharam todos, e do qual todos comem ao mesmo tempo, por espírito de união entre si, e de participação espiritual com o Sacrifício. 11
  • 12. Do Ofertório Enquanto o sacerdote recebe as ofertas dos fiéis, o coro canta uma antífona, chamada Ofertório, para testemunhar a Deus a alegria com que os assistentes lhe ofere- cem seus bens que dele receberam. Depois que o sacerdote recebeu as ofertas dos fiéis, ele as apresenta a Deus e lhas oferece em separado e em seguida conjuntamente por uma mesma oração. O pão que oferece sobre a patena está em lugar de tudo o que lhe foi oferecido realmente, ou em espírito pelo povo, e representa todos os cristãos que devem ser imolados como in- corporados que estão ao Corpo de Jesus Cristo por este Sacrifício. Por isso, o sacerdote declara que faz esta oferta para todos os fiéis mortos e vivos, e especialmente por aque- les que assistem a santa Missa. O sacerdote oferece o pão e o vinho que está no cálice, mantendo-os erguidos, segundo a maneira de oferecer tal como está prescrita no Antigo Testamento, para significar por essa cerimônia, que o pão e o vinho cessam de ser al- guma coisa de comum, mas recebem uma santidade especial depois de apresentados a Deus e destinados a um uso santo e sagrado. Dos sinais de cruz antes da Consagração Desde o ofertório até a Consagração, o sacerdote faz freqüentes sinais da cruz sobre o pão e o vinho, para os benzer conforme o costume da Igreja, que só benze pelo sinal da cruz, fonte de todas as bênçãos e de todas as graças que os homens podem rece- ber de Deus. Do lava-mãos Depois do ofertório o sacerdote se lava as mãos para significar que é preciso purificar-se da menores imperfeições para se tornar digno deste santo Sacrifício, e que os que voluntariamente permanecem nas menores faltas, não são tão puros quanto Deus os deseja para lhe oferecerem este Sacrifício. Ele não se lava as mãos completamente, como o faz antes de começar a santa Missa, mas somente a extremidade dos dedos, para significar que então somente precisa purificar-se das faltas mais leves, e que é preciso ter tirado os pecados mortais, antes de se apresentar para oferecer este Sacrifício, e ter renunciado ao menos de afeição a eles para assistir a ele de maneira útil. Orate, fratres Quando o sacerdote ofereceu secretamente o pão e o vinho, ele se volta para o povo e diz Orate, fratres, isto significa, Orai, irmãos, para que meu e vosso sacrifício seja agradável a Deus. Quando os assistentes responderam, o sacerdote se volta de novo para o altar para pedir a Deus essa graça para si e para eles, por meio de uma ora- ção chamada Secreta, porque é recitada em voz baixa, exceto as últimas palavras em que levanta a voz, para obter dos assistentes seu consentimento que lhe dão pela acla- mação ordinária: Amém, que significa, que assim seja. 12
  • 13. Do prefácio Depois da oração secreta segue o prefácio, que assim é chamado porque é a a- bertura do cânon da Missa e a preparação geral, em que o sacerdote e os assistentes se unem para se disporem ao Sacrifício. Sursum corda, quer dizer, ao alto os corações. Os assistentes respondem Nosso coração está no Senhor. Pelas palavras sursum corda, corações ao alto, o sacerdote adverte os assistentes para que se preparem ao Sacrifício pela elevação de seus cora- ções a Deus e para isso que se separem de todas as criaturas, afastem de seu espírito e de seu coração todas as distrações que poderiam impedir-lhes a atenção, de pensar so- mente em Deus, e nos santos Mistérios que devem ser sua única ocupação e único obje- to de sua veneração e respeito. Pelas palavras Habemus ad Dominum, nossos corações estão no Senhor, os as- sistentes testemunham publicamente que seus corações estão na disposição que Deus pede deles através da boca do sacerdote. Em seguida, o sacerdote concita os assistentes a reconhecer que foi Deus que pôs seu coração nesse estado e que eles lhe devem agradecer por isso. Mas como se quisesse dar-lhes a entender que os louvores do povo são pouca coisa, para reconhecer a grandeza de Deus, o sacerdote os convida a se unirem a Jesus Cristo e oferecerem a Deus as ações de graça eternas que recebe dele e assim unir-se aos anjos e louvar a Deus com eles. É o que fazem os assistentes nas Missas solenes, ao cantar este hino célebre, que Isaías ouviu os Serafins a cantar: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth. Santo, santo, santo o Senhor Deus dos Exércitos. O céu e a terra estão cheios de sua glória e de sua majestade. Acrescentam a isso as aclamações que o povo de Je- rusalém gritava a Jesus Cristo, quando entrou triunfante naquela grande cidade. É assim que os anjos e os homens se unem a Jesus Cristo para oferecer nele seus louvores e suas ações de graça ao Eterno Pai. Do cânon O que vem depois do prefácio chama-se cânon, isto é, Regra, e se chama assim porque é a regra e a ordem que a Igreja observa na celebração do Sacrifício, e que não muda como as demais partes da santa Missa, que variam de acordo com as festas ou os mistérios. Te igitur e Memento No começo do cânon o sacerdote se dirige primeiro a Deus Pai e lhe oferece o Sacrifício por Jesus Cristo seu Filho, que é o sacerdote principal da Missa, pois dele é que os sacerdotes da Igreja são apenas ministros. Apresenta-lhe em seguida as necessi- dades da Igreja e lhe recomenda as pessoas pelas quais vai oferecer o Sacrifício: pois, embora seja oferecido por toda a Igreja, sempre se faz uma memória particular de algu- mas pessoas pelas quais é muito importante rezar, a saber o papa os bispos do lugar, os imperadores, os reis e príncipes, e os que se recomendaram às orações da Igreja ou que deram alguma esmola a seus ministros. 13
  • 14. Communicantes Assim que o sacerdote rezou e ofereceu o Sacrifício por toda a Igreja da terra por Jesus Cristo, que é sua cabeça, ele se une aos principais santos que estão no céu, à san- tíssima Virgem, aos santos apóstolos, aos primeiros papas, e a alguns outros santos már- tires de quem implora a proteção, com o fim de mostrar a unidade inseparável que existe entre a Igreja da terá e a do céu. Hanc igitur Depois disso o sacerdote estende as mãos sobre o pão e sobre o cálice, como os sacerdotes da antiga aliança as impunham antigamente sobre as vítimas que iam imolar, para dizer que eles mesmos se oferecem com elas, e que as vítimas eram oferecidas em seu lugar. Esta imposição das mãos quer significar, com efeito, a união do sacrificador com a hóstia, e o sacerdote, por essa ação, mostra que quer se imolar a Deus com Jesus Cris- to, quanto lhe é possível. É o que os assistentes devem fazer em espírito com o sacerdo- te e pedir a Deus com ele que receba esse testemunho de servo. Da Consagração e da Elevação Depois desta união a Jesus Cristo, o sacerdote realiza a ação principal do Sacri- fício, que é a Consagração e para isso, repete tudo o que Jesus Cristo fez e disse quando instituiu este santo Mistério. E, seguindo o seu exemplo, consagra o pão e o vinho da mesma maneira e com as mesmas palavras que Jesus usou. No momento em que o sa- cerdote pronuncia as palavras sagradas, o pão e o vinho são transformados no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. Logo depois da consagração o sacerdote adora de joelhos a Hóstia e o Sangue que está no cálice, e os levanta para os mostrar aos assistentes para que adorem este sagrado mistério. E como é para representar a elevação do Corpo de Jesus Cristo na cruz, também é para apresentar esta divina Hóstia a Deus Pai que reina no céu. Dos sinais da cruz depois da consagração Depois da consagração, o sacerdote faz várias vezes o sinal da santa cruz sobe a hóstia e sobre o cálice e com a hóstia sobre o cálice e sobre o altar para nos significar que foi pelo suplício da Cruz que esta hóstia foi imolada e sacrificada a Deus Pai, para prestar-lhe uma honra infinita, que todas as criaturas juntas não poderiam lhe prestar. Unde et memores Depois da elevação do cálice, o sacerdote faz uma nova oblação a Deus Pai, do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, para completar por meio de palavras o que acabou de realizar por meio de ação. Oferece então este Sacrifício como ofereceu o pão e o vi- nho em memória da Paixão, da Ressurreição e da Ascensão de Jesus Cristo porque estes três santos mistérios foram as fontes de nossa salvação; oferece-o também em nome da Igreja, como acabou de oferecê-lo em nome de Jesus Cristo em lugar e em nome do qual realizou a consagração. 14
  • 15. Supra quae O sacerdote pede a Deus por meio destas palavras que receba com agrado o Sa- crifício que lhe é apresentado, já que quis aceitar os sacrifícios de Abel, de Abrão e de Melquisedec, que eram somente figuras deste sacrifício. Supplices te rogamus Por meio destas palavras o sacerdote pede a Deus que este santo Sacrifício seja levado para o grande altar de Deus através de seu santo Anjo, para ser oferecido por Jesus Cristo em pessoa. Quer significar por esta oração que se reconhece indigno de oferecer a Deus um Sacrifício tão augusto, e pede a Deus Pai queira receber benigna- mente de suas mãos aquele que é seu Filho e porque ele é o principal sacerdote deste Sacrifício também é o único digno de o apresentar a seu Pai, e nos obter infalivelmente suas graças e suas bênçãos. Segundo memento No segundo memento, o sacerdote oferece o Sacrifício pelas almas que estão no Purgatório, segundo o costume que sempre foi praticado na Igreja, especialmente por aquelas pelas quais tem obrigação especial de se lembrar, e pede a Deus que lhes conce- da o fruto deste santo Sacrifício. Nobis quoque peccatoribus Ao dizer estas palavras, o sacerdote se inclina e bate-se no peito, implorando a misericórdia de Deus, tanto por si mesmo quanto pelos assistentes, e reconhecendo que não temos méritos que nos sejam próprios, pede a Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, que receba um dia os fiéis vivos e também os falecidos na companhia dos santos no céu cuja intercessão implora. Per quem haec omnia Por estas palavras o sacerdote reconhece que somente por meio de Jesus Cristo e em Jesus Cristo o Pai Eterno pode receber a glória que lhe é devida, especialmente neste Sacramento e neste Sacrifício. Por isso, ao mesmo tempo que as pronuncia, eleva o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, para prestar por este ato e pelo próprio Jesus Cristo, à santíssima Trindade uma honra digna de sua soberana majestade. Depois desta ação, o sacerdote deseja que os assistentes como ele, se unam a Jesus Cristo, para entrar em participação na honra que presta a Deus Pai, e ergue a voz ao dizer como no início do prefácio, Per omnia saecula saeculorum, Por todos os sécu- los dos séculos, palavras que significam que é preciso dar eternamente esta glória a Deus. Os fiéis respondem Amém e estas palavras são o fim do cânon, como o foram do seu começo. 15
  • 16. Pater noster É por esta oração que começa a última parte da Missa dos fiéis, que é a Comu- nhão, a qual contém o fruto e a consumação do Sacrifício. O sacerdote, antes de recitar o Pater, considerando que Jesus Cristo nos manda nesta oração chamar a Deus de Pai e de lhe pedir nessa qualidade, tanto para si como para a Igreja, os bens do corpo e da alma, da vida presente e da eterna, e reconhecendo-se indigno para isso, declara que ousa chamar Deus “seu Pai” e pedir-lhe tantas coisas boas, com inteira confiança de obtê-las, não somente em razão do mandamento de Jesus Cristo, mas também por causa da própria forma das palavras que ele nos prescreveu. O sacerdote reza em voz alta esta oração, que se chama Oração Dominical, por- que para os assistentes como para si mesmo é que a reza. Instruída por Jesus Cristo em pessoa como o sacerdote o declara, a Igreja pede a Deus nesta oração o pão de cada dia, isto é, o alimento corporal, mas muito mais ainda o da alma, que é a Eucaristia. Por isso, quando o sacerdote diz as palavras o pão nosso de cada dia nos daí hoje, o diácono toma a patena e erguendo-a, mostra-a ao povo para dizer que se vai começar a distribuir a comunhão, e entregando-a depois ao celebrante este deita nela todas as hóstias para as distribuir aos que devem comungar. Esta patena faz o papel de prato, no qual antigamente era oferecido o pão que os fiéis tinham apre- sentado. Libera nos O sacerdote faz secretamente esta oração pela qual pede a Deus a paz, mas uma paz contínua e inalterável. Convida também o povo a pedi-la com ele erguendo a voz por estas palavras. Per omnia saecula saeculorum. Por todos os séculos dos séculos. A que os assistentes respondem: Amém! A fração da hóstia No fim desta oração, o sacerdote rompe a hóstia em três partes. Esta divisão o- cupa o lugar da que se fazia antigamente com o pão que tinha sido consagrado, que era dividido em três partes, uma parte era para o sacerdote; a segunda, para os comungan- tes, e a terceira para o viático, que se conservava na igreja como ainda hoje se faz para os doentes. Agnus Dei e Domine Jesu Christe Em seguida os assistentes unidos ao sacerdote pedem a Jesus Cristo a paz com o canto ou a recitação três vezes do Agnus Dei, para mostrar a Deus o desejo que têm de a obter ou conservar. Enquanto se canta, o sacerdote diz em voz baixa outra oração, pela qual pede ainda e com instância, a Jesus Cristo que não considere seus pecados para lhe recusar a paz, mas lha conceda em vista da fidelidade de sua Igreja. O sacerdote e o povo pedem a Deus a paz com tanta insistência antes da santa comunhão porque a paz é uma das principais disposições para este Sacramento, que é um sacramento de união e caridade, e para cumprir esta palavra de Jesus Cristo, que manda reconciliar-se com seu irmão antes de oferecer sua oferta no altar. 16
  • 17. Do beijo da paz Depois de ter rezado esta oração que segue o Agnus Dei, o sacerdote beija o altar como para receber a paz de Jesus Cristo representado pelo altar. Depois beija um ins- trumento de paz que o diácono lhe apresenta, instrumento que é levado a todos os Assis- tente para ser beijado com as palavras: Pax vobis. A paz esteja convosco. Antigamente o sacerdote, em vez de beijar o altar, beijava a hóstia que estava sobre o altar a fim de receber a paz de Jesus Cristo; abraçava depois o diácono com as palavras A paz esteja convosco; o diácono abraçava o subdiácono que a levava ao clero para o beijo de paz, com as mesmas palavras. Todos os fiéis se abraçavam também e se beijavam uns aos outros com um beijo que são Paulo denominava de Beijo santo. A Igreja quer nos ensinar por estas duas cerimônias que, para ter a paz com Deus, é preci- so tê-la entre os homens e que, a pessoa que conserva em seu coração algum ódio con- tra seu irmão, é indigno não somente de receber a comunhão, mas até de assistir a santa Missa. Da comunhão Enquanto se dá o beijo da paz, o sacerdote se dispõe para a comunhão por duas orações que reza uma depois da outra e em voz baixa. Em seguida comunga depois de protestar sua indignidade pelas palavras Domine, non sum dignus. Senhor, eu não sou digno. E, tomando o cálice, distribui a comunhão aos assistentes, para significar que o sacerdote e o povo participam do mesmo Sacrifício, tomam a mesma refeição espiritual e estão todos reunidos em torno de uma mesma mesa. Com este gesto dá a conhecer suficientemente que deve dar de comer aos fiéis com a sua abundância. O sacerdote diz Dominus vobiscum, para significar que deseja com ardor que Jesus Cristo permaneça eternamente com os fiéis por sua graça e por seu espírito. Enquanto o sacerdote comunga, canta-se uma antífona, que se chama Comu- nhão, para agradecer a Deus em nome de toda a Igreja os bens recebidos dele e em es- pecial pela comunhão deste momento, pela qual reuniu todos os seus membros, e para pedir a Deus que este Sacramento produza nos fiéis que a receberam, os frutos que de- vem esperar dele. No fim da santa Missa, o sacerdote, e o diácono nas Missas solenes, diz, Ite, Missa est, o que significa, Ide, a Missa acabou. Por estas palavras o sacerdote adverte que a missa acabou e os fiéis respondem com sentimento de gratidão, Deo gratias, isto é, damos graças a Deus. Em seguida o sacerdote, antes de saírem, dá aos assistentes a bênção pedindo ao mesmo tempo que Deus derrame sobre eles a abundância de suas graças, que os aben- çoe espiritual e temporalmente, para que durante o dia não cometam alguma ação sem a assistência de sua graça e nada de desagradável lhes aconteça em seus negócios e traba- lhos. Do Evangelho de São João Quando a Missa acabou completamente e o povo recebeu a bênção, o sacerdote diz o começo do Evangelho de São João que expressa de maneira melhor do que os ou- tros a divindade de Jesus Cristo, com o fim de mostrar seu reconhecimento por esta vida divina com a qual foi animado com Jesus Cristo e em Jesus Cristo durante a celebração do Sacrifício e para mostrar a Deus seu desejo e lhe pedir sua graça para continuar a 17
  • 18. viver desta vida divina, de se deixar conduzir pelas impressões de Jesus Cristo, e pelos movimentos de seu espírito. Ao expressar este sentimento de gratidão e de aniquilamen- to diante de Deus, o sacerdote dobra os joelhos ao dizer as palavras Et Verbum caro factum est et habitabit in nobis, isto é E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Também para dizer que quer ser animado por esta vida divina, mesmo fora do Sacrifício é que reza este Evangelho depois que a Missa acabou e que em muitos luga- res ele o reza ao voltar do altar para a sacristia. ****************** ORAÇÕES DURANTE A SANTA MISSA Tiradas do Ordinário da Missa ============ Ao entrar na igreja Salmo 841 Como são amáveis tuas moradas, Senhor dos exércitos! Minha alma desfalece e suspira pelo átrios do Senhor. Meu coração e minha carne exultam no Deus vivo. Até o pássaro encontra casa e a andorinha o ninho, onde pôr os filhotes, junto a teus altares, Senhor dos exércitos, meu rei e meu Deus. Feliz quem mora em tua casa: sempre canta teus louvores. Feliz quem encontra em ti sua força e decide no seu coração a santa viagem. Passando pelo vale do pranto, transforma-o numa fonte e a primeira chuva o cobre de bênçãos. Cresce seu vigor ao longo do caminho, e Deus lhes aparece em Sião. Senhor, Deus dos exércitos, ouve minha prece, presta atenção Deus de Jacó. 1 O original indica erroneamente Salmo 13: é Salmo 84 - Nota do Tradutor. 18
  • 19. Vê, ó Deus, nosso escudo, olha o rosto do teu consagrado. Para mim um dia nos teus átrios vale mais que mil em outro lugar; estar na porta da casa do meu Deus é melhor que morar nas tendas dos ímpios. Porque sol e escudo é o Senhor Deus; o Senhor concede graça e glória, não recusa o bem a quem caminha com retidão. Senhor dos exércitos, feliz o homem que em ti confia. (A tradução dos Salmos é tirada da edição da CNBB) Quando o sacerdote está ao pé do altar Salmo 43 Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém Irei ao altar de Deus, ao Deus que é minha alegria e meu júbilo. Faze-me justiça, ó Deus, defende minha causa contra o povo infiel; livra-me de quem é mentiroso e enganador. Pois tu és, ó Deus, a minha fortaleza, por que me rejeitas? Por que ando triste, oprimido pelo inimigo? Envia tua luz e tua fidelidade: que elas me guiem, me conduzam ao teu monte santo, à tua morada. Irei ao altar de Deus, ao Deus que é minha alegria e meu júbilo, e te darei graças na cítara, Deus, meu Deus. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes dentro de mim? Espera em Deus, ainda poderei louva-lo, a ele, que é a salvação do meu rosto e meu Deus. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo em todos os séculos dos séculos assim como era no princípio agora e sempre. Irei ao altar de Deus, ao Deus que é minha alegria e meu júbilo. Nosso auxílio está no nome do Senhor que fez o céu e a terra. Confiteor Eu pecador me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Vir- gem Maria, ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado São João Ba- tista, aos santos apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os santos e a vós, padre, que 19
  • 20. pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, peço e rogo à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado São João Batista, aos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os santos e a vós, padre, rogueis por mim ao Senhor, nosso Deus. Misereatur. Compadeça-se de vós o Deus onipotente e, perdoados os vossos pecados, vos conduz à vida eterna. Amém. Indulgentiam. Indulgência, absolvição e remissão dos nossos pecados nos con- ceda o Senhor onipotewnte e misericordioso. Amém. Deus tu conversus. Ó Deus, voltando-vos a nós, dar-nos-eis vida e vosso povo se alegrará em vós. Ostende nobis. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. E dai-nos a vossa sal- vação que nos fazeis esperar. Domine, exaudi. Senhor, ouvi a minha oração. E o meu clamor chegue até vós. Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco e que ele reze em vós. Quando o sacerdote sobe ao altar Oremos Afastai de nós, Senhor, vos rogamos, as nossas iniqüidades, para merecermos entrar no santo dos santos com as almas purificadas. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém. Quando o sacerdote beija o altar. Senhor, nós vos rogamos pelos merecimentos dos vossos santos, cujas relíquias aqui estão e de todos os santos, que vos digneis perdoar todos os nossos pecados. A- mém. Intróito Salmo 14 Senhor, que pode habitar na tua tenda? Quem pode morar no teu santo monte? Aquele que vive sem culpa, age com justiça e fala a verdade no seu coração; que não diz calúnia com sua língua, não causa dano ao próximo e não lança insulto ao vizinho. A seus olhos é desprezível o malvado, mas ele honra quem respeita o Senhor. Mesmo se jura com prejuízo para si, não muda; se empresta dinheiro é sem usura, e não aceita presentes para condenar o inocente. Quem agir deste modo ficará firme para sempre. 20
  • 21. Se este salmo for longo demais, para recita-lo inteiro num dia, enquanto o sa- cerdote reza o intróito, deve-se repetir no dia seguinte o primeiro versículo e depois se dirá o versículo em que se parou no dia anterior, acrescentando no i- nício deste versículo “Aquele que vive…”, como o segundo versículo. Kyrie, eleison Cada uma das orações abaixo se repete três vezes. Senhor, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Glória in excelsis Glória a Deus nas alturas e na terra paz aos homens de boa vontade. Nós vos louvamos. Nós vos bendizemos. Nós vos adoramos. Nós vos glorificamos. Nós vos da- mos graças por vossa grande glória, Senhor Deus, Rei do céu, Deus Pai onipotente. Se- nhor, Filho unigênito, Jesus Cristo. Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho do Pai. Vós que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais os pecados do mundo, acolhei a nossa deprecação. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Porque só vós sois santo, só vós sois Senhor, só vós Altíssimo, Jesus Cristo. Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém. Dominus vobiscm. O Senhor esteja con- vosco. Que o vosso Espírito, Senhor esteja sempre conosco. A coleta Ó Deus onipotente e infinitamente bom, desviai de nós, por vossa misericórdia, tudo o que pode ser contrário a nossa salvação, para que não havendo nada no corpo e na alma que impeça de ir até vós, cumpramos com grande liberdade de espírito tudo o que é de vosso serviço. É o que pedimos por Jesus Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina em unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Da Epístola de S. Paulo aos Romanos. Cap. 12. 1 Eu vos exorto, Irmãos, pela misericórdia de Deus, a vos oferecerdes em sacrifí- cio vivo, santo e agradável a Deus: este é vosso verdadeiro culto. 2 Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito. 9 O amor seja sincero. detestai o mal, apegai-vos ao bem. 10 Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição, rivalizando-vos em atenções recíprocas. 11 Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor. 12 Alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração. 13 Mostrai-vos solidários com os santos em suas necessidades, prossegui firmes na prática da hospitalidade. 14 Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. 21
  • 22. 16 Mantende um bom entendimento uns com os outros; não sejais pretensiosos, mas acomodai-vos às coisas humildes. Não vos considereis sábios aos próprios olhos. 17 A ninguém pagueis o mal com o mal. Empenhai-vos em fazer o bem diante de todos. 18 Caríssimos, não vos vingueis de ninguém, mas cedei o passo à ira de Deus, porquanto está escrito: “A mim pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor”. Pelo contrário, “se teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer, se estiver com sede, dá-lhe de beber. Agindo assim, estarás amontoando brasas sobre sua cabeça”. 19 Não te deixes vencer elo mal, mas vence o mal pelo bem. Se esta Epístola for longa demais, deve-se ler cada vez somente quanto se pu- der, e continuar no dia seguinte, ou então se pode dividir em duas partes e ler um dia até o versículo 15 e no dia seguinte, a partir do versículo 15 até o fim. Gradual ou Tracto Salmo 118 Felizes os que procedem com retidão, os que caminham na lei do Senhor. Felizes os que guardam seus testemunhos e o procuram de todo o coração. Não cometem iniqüidade, andam por seus caminhos. Promulgaste teus preceitos para serem observados fielmente. Sejam seguros meus caminhos para eu guardar os teus estatutos. Quero observar teus estatutos; não me abandones jamais. Seqüência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo S. Lucas (Cap. 6) 20 Jesus levantou o olhar para os seus discípulos e disse-lhes: “Felizes vós, os po- bres., porque vosso é o Reino de Deus! 21 Felizes vós que agora passais fome, porque sereis saciados! Felizes vós que agora estais chorando, porque haveis de rir! 22 Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amal- diçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem. 23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu, pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. 24 Mas ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25 Ai de vós que agora estais fartos, porque passareis fome! Ai de vós que agora estais rindo, porque ficareis de luto e chorareis! 26 Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepas- sados tratavam os falsos profetas. 27 A vós, porém, que me escutais, eu digo amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. 28 Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam. 29 Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. 30 Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta. 31 Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo. 22
  • 23. 32 Se amais somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33 E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Os pecadores também agem assim. 34 E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosida- de é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente. 35 Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande. Sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso também para com os ingratos e maus. Se este Evangelho for longo demais, somente se lerá, cada vez, o que se puder ler, e se continuará no dia seguinte, ou então, se poderá dividi-lo em duas partes e só ler num dia até o versículo 29 e no dia seguinte, a partir do versículo 29 até o fim. O Símbolo do Concílio de Nicéia Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coi- sas visíveis e invisíveis; e em Jesus Cristo, um só Senhor, Filho de Deus unigênito. E nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro, de Deus verdadeiro. Gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todos as coisas foram feitas. O qual por nós, homens e para nossa salvação, desceu dos céus. E encar- nou-se pelo Espírito Santo, de Maria Virgem e se fez homem. Foi também crucificado por nós; sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, se- gundo as Escrituras, e subiu ao céu, está sentado à direita do Pai. E novamente há de vir com glória a julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim. E creio no Espírito Santo, Senhor e vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Confesso um só batismo para a remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos e a vida do século futuro. Assim é: esta é a verdade. Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso espírito sempre esteja conosco. Ofertório Oremos. Dn 3. Recebei, Senhor este Sacrifício de nós mesmos, que vos oferecemos hoje, rece- bei-o com olhar favorável, vós que nunca deixais que sejam confundidos os que colo- cam sua confiança em vós. Oblação do pão Eu vos ofereço, ó meu Deus, o pão que deve ser mudado no cropo de Jesus Cris- to, vosso Filho, que é vítima preparada para o sacrifício, vítima imaculada e sem man- cha. Aceitai, santo Pai, onipotente, eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, vosso indigno servo, ofereço a vós, meu Deus vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis peca- dos, ofensas e negligências, e por todos os circunstantes, mas também por todos os fiéis cristãos vivos e defuntos, a fim de que aproveite a mim e a eles para a salvação e à vida eterna. Amém. 23
  • 24. Ao misturar a água e o vinho Deus, que maravilhosamente criastes a natureza humana e mais maravilhosa- mente a reformastes, pela mistura desta água e vinho feita pelo sacerdote dai-nos, parti- ciparmos da divindade daquele que se dignou participar da nossa humanidade, Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que convosco vive e reina em unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém. Oblação do vinho Ó meu Deus, toda a Igreja, ao reconhecer o efeito do sangue de vosso Filho, der- ramado no Calvário, se une para vos oferecer o vinho que deve ser mudado no próprio sangue de Jesus Cristo neste Sacrifício; e ela vos pede que esta oferta suba até vós e vos seja agradável e que, quando este sangue estiver no santo altar, seja tão salutar como o foi no Sacrifício da Cruz. Ao lavar as mãos Salmo 26, 6-12 Lavo na inocência minhas mãos e rodeio o teu altar, Senhor, para fazer ressoar vozes de louvor e para narrar todas as tuas maravilhas. Senhor, gosto da casa onde moras e do lugar onde reside a tua glória. Não me arrastes junto com os pecadores não destruas minha vida com os sanguinários, pois nas mãos deles está a perfídia, sua mão direita está cheia de suborno. Porém meu caminho é reto; resgata-me e tem misericórdia. Meu pé se apóia em terra plana; nas assembléias bendirei ao Senhor. Suscipe, Sancta Trinitas Recebei, ó Trindade santa, esta oblação que vos oferecemos em união com todos os vossos Santos, para ser transformada no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo vosso Filho. Temos motivo de esperar que serão bem recebidos por vós esses dons, pois nós vo-los oferecemos em memória dos mistérios, da Paixão, da morte, da ressurreição e da Ascensão gloriosa do mesmo Jesus Cristo, fonte de nossa santificação. Orate, fratres Ó meu Deus, nós nos unimos todos ao sacerdote para pedir que aceiteis o Sacri- fício de vosso Filho e o nosso. É para vos render glória e honra que vo-lo apresentamos. Fazei que seja útil para nossa salvação e para a santificação de vossa Igreja. 24
  • 25. A secreta Senhor, ouvi favoravelmente e atendei as nossas orações e as de vosso povo. Suplicamos que aceiteis a oferta que vos fizemos e convertei nossos corações para vós. Desapegai-nos também das afeições da terra, de modo que somente tenhamos desejos do céu. É o que pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina convosco na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Prefácio Que o vosso espírito, Senhor, sempre esteja conosco e que seja ele quem reza em nós. Elevamos nossos corações até Deus e que sejam sempre ocupados por ele. Ren- demos graças por todos os seus benefícios. É muito justo, razoável e muito vantajoso para nós reconhecer em todo tempo e em todos os lugares as bondades de Deus para conosco. Mas é por Jesus Cristo que de- vemos louvar e agradecer-vos, Senhor, infinitamente santo, todo-poderoso e eterno, por ele é que os anjos louvam vossa imensa majestade, as dominações vos adoram, as po- tências se prostram diante de vós. Por isso é que as forças celestes e os bem-aventurados serafins se unem para vos render glória em transportes de alegria. Permiti, Senhor, que unamos nossas vozes para vos dizer num profundo sentimento de humildade e respeito: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos, o céu e a terra estão cheios de sua glória e majestade. Te, igitur Meu Deus, que sois um Pai cheio de bondade e ternura para com vossos filhos, nós vos pedimos, por Jesus Cristo nosso Senhor, que abençoeis e santifiqueis os dons, preparados para o Sacrifício, que vos oferecemos pela Igreja santa e católica, para que a cumuleis de vossas graças; pelo santo Padre, o Papa, por nosso Bispo, elo Rei, e por todos os que professam a verdadeira religião. Memento, Domine Lembrai-vos, Senhor, neste Sacrifício dos vossos servos e servas, de meu pai e de minha mãe,de meus irmãos e de minhas irmãs, de meus professores e minhas profes- soras e de todos os que procuram ou procuraram minha salvação de qualquer maneira que seja, e de todos que me fizeram o bem. Fazei que sejam participantes deste santo Sacrifício, dai-lhes as graças que precisam, em especial a de vos servir com a fidelidade que desejais deles. Communicantes Ó meu Deus, visto que formamos uma mesma sociedade com os santos do céu, eu me uno a eles, principalmente à santíssima Virgem, a são João Batista, aos Apóstolos Pedro e Paulo, e são João, a meu santo padroeiro, aos santos aos quais tenho uma devo- ção particular, e a todos os santos. Eu lhes peço que apresentem comigo este Sacrifício de vosso Filho, que adorem continuamente este cordeiro que tirou os pecados do mun- 25
  • 26. do, que lhe manifestem sua gratidão e agradeçam. Uno-me a eles para o fazer também com eles. Hanc igitur Vós vedes, ó meu Deus, que toda a Igreja se interessa e se une para vos oferecer este Sacrifício. Aceitai com agrado, eu vos peço, esta homenagem que ela vos presta e que também eu vos estou prestando com ela. E tende a bondade de nos fazer passar esta vida em vossa santa paz, de nos libertar da condenação eterna e nos colocar no número de vossos eleitos. Isto vos pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor. Quam oblationem Concedei, Senhor, uma abundância de bênçãos às coisas que vos foram apresen- tadas; recebei-as com agrado para se tornarem o Corpo e o Sangue de vosso Filho ama- do, Jesus Cristo Nosso Senhor. Qui pridie. O qual, na véspera de sua Paixão, tomou o pão em suas mãos santas e veneráveis, e erguendo seus olhos ao céu, o abençoou, e rompeu, e agradecendo a Deus, seu Pai, o mudou em seu Corpo, pelas palavras sagradas que pronunciou, e o dis- tribuiu depois a seus santos Apóstolos. Ato de adoração na elevação da Hóstia Ó meu Salvador, Jesus, que obedeceis tão pronta e exatamente às palavras do sacerdote a ponto de transformar o pão em vosso Corpo na mesma hora em que são pro- nunciadas, eu vos adoro realmente presente na santa Hóstia, adoro vossa submissão e vosso aniquilamento neste Sacrifício, e vos peço que me concedais parte nas disposi- ções santas que nele manifestais. Simili modo. Após a ceia, Jesus Cristo tomou, da mesma forma, o cálice com vinho em suas mãos sagradas e veneráveis, e o transformou também em seu Sangue, pelas palavras que pronunciou; em seguida deu de beber a seus discípulos, dizendo-lhes: Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em memória de mim. Ato de adoração na elevação do cálice Sangue precioso que foste derramado para apagar os pecados dos homens, eu te adoro neste Sacrifício, com respeito reconheço tua excelência e tua eficácia. Oxalá eu seja muitas vezes lavado no sangue, pois ele branqueia e purifica nossas almas, e apaga todas as manchas. Purifica meu coração, ó Sangue adorável, e desapega-me de tudo o que ainda pode restar nele de pecado. Unde et memores Agora é uma Hóstia pura, uma Hóstia imaculada que vos oferecemos, ó meu Deus, porque é vosso Filho que é a vítima do Sacrifício. E como os três mistérios de seus sofrimentos e morte, de sua ressurreição e ascensão aos céus foram a causa de nos- sa salvação, nós vos pedimos que vos lembreis de conceder, em vista disto, a vossa Igre- ja as graças que ela vos pede. 26
  • 27. Supra quæ Esta Hóstia é infinitamente mais excelente do que as ofertas do justo Abel, do que o sacrifício do patriarca Abraão, e o que vos apresentou o sacerdote Melquisedec. E como as aceitastes com agrado, temos certeza que recebereis favoravelmente a oferta que vos fazemos de vosso próprio Filho. Supplices te rogamus Contudo, por sermos indignos de vos apresentar uma vítima tão preciosa, nós vos suplicamos, ó Pai eterno, que Jesus Cristo, ao se oferecer a si mesmo a vós sobre vosso altar santo, como no passado se sacrificou no Calvário, todos nós, que temos a graça de assistir a este Sacrifício, sintamos também nós, os efeitos dele, e que derrameis abundantemente sobre nós as graças e bênçãos do céu. Memento etiam Eu vos peço, ó meu Deus, por Jesus Cristo Nosso Senhor, que concedais um santo repouso às almas dos que passaram desta vida Para a eternidade em vossa graça, sobretudo a meus parentes, meus amigos e benfeitores e a todos pelos quais tenho obri- gação de rezar. Nobis quoque peccatoribus Também a nós, embora pecadores, dai-nos ter parte na glória dos vossos santos Apóstolos e Mártires, sem tomar em consideração os nossos méritos. Nós pedimos por Jesus Cristo esta graça que esperamos. Também é por ele que temos a vantagem deste Sacrifício, como é nele, e com ele que vós recebeis toda glória que vos é devida, em unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos Amém. Pater noster É pelo mandamento e pela instituição de Jesus Cristo, que ouso, ó Pai Eterno, dirigir-vos com confiança esta oração: Pai nosso que estais nos céus, Santificado seja vosso nome, Venha a nós o vosso reino. Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, E não nos deixeis cair em tentação, Mas livrai-nos do mal. Amém 27
  • 28. Libera nos quæsumus Livrai-me, Senhor, de meus pecados passados, das ocasiões que estou no mo- mento a combater, das tentações que eu possa ter no futuro. Dai-me, pela intercessão da santíssima Virgem, dos santos Pedro, Paulo e André, uma paz que me afaste não só do pecado, mas que me livre até da menor perturbação de minhas paixões. Pax Domini. Que vosso Espírito Santo, ó Deus, esteja em nós. E que vossa paz esteja sempre conosco. Haec commixtio. Que esta mistura e consagração do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, Nosso Senhor, procure para mim e para todos os que o receberem, a vida eterna. Agnus Dei Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz. Domine Jesu Christi, qui dixisti Ó meu Senhor Jesus Cristo, que devolvestes a vida ao mundo morto pelo peca- do, para cumprir a vontade de vosso Pai, e para satisfazer às instâncias do Espírito Santo para a santificação de nossas almas, colocai-me na situação de receber o vosso Corpo sagrado, com uma disposição tal, que eu não mais recaia em algum pecado e permaneça sempre fielmente apegado à observância de vossos santos mandamentos, e que no futu- ro, nunca seja separado de vós. Perceptio Corporis Embora indigno, ó meu Salvador, de receber vosso Corpo sagrado, ouso dispor- me a fazê-lo porque vós o mandais e porque mostrais um grande desejo que eu o faça. Eu vos suplico que eu não o receba para a condenação, mas que me sirva, por vossa bondade, como sustento para meu corpo e minha alma e de remédio para todas as mi- nhas enfermidades. Panem cælestem. Tomarei o pão celeste que Deus me dá e em sinal de gratidão por esta graça, invocarei o nome do Senhor. Domine, non sum dignus Senhor, eu não sou digno que entreis dentro de mim, mas dizei somente uma palavra e minha alma será salva. Que o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo conserve minha alma para a vida eterna. Quid retribum Domino? Que é que vos retribuirei, ó meu Deus, por todos os benefícios que recebi de vós? Tomarei o cálice da salvação que me apresentais, para sofrer de bom grado por vós e invocarei vosso santo nome, cantando e publicando vos- sos louvores. É por este meio que serei livre dos inimigos que se opõem mais a minha salvação. 28
  • 29. Quod ore sumpsimus. Fazei, Senhor, que a nossa participação neste Sacrifício, produza em nós uma pureza de coração tal, que seja para nós não somente uma graça temporal, mas se torne para nós um remédio eterno. Corpus tuum, Domine. Alimentado por tão puro e santo Sacramento, fazei, Se- nhor, por vossa graça, que não fique em mim nenhuma nódoa nem resto de pecado, e que a união a vosso Corpo sagrado não seja somente exterior em mim, mas penetre até o fundo de minha alma e me seja fonte de graças. Comunhão (Sb 16) Senhor, destes-nos um pão do céu no qual se contém toda sorte de delícias e um sabor sumamente agradável. Dominus vobiscum. Senhor que o vosso Espírito esteja conosco. Post communio Senhor que nos alimentastes com as coisas que são as delícias do céu, nós vos suplicamos que sempre nos concedais o desejo dessas mesmas coisas que nos fazem viver uma vida verdadeira. E o que vos pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor que vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso Espírito sempre esteja conosco. Placeat tibi, Sancta Trinitas Meu Deus, aceitai favoravelmente o serviço que vos apresentamos e o Sacrifício que acabamos de oferecer pelas mãos do sacerdote e do qual pudemos participar. Fazei que ele seja útil para mim e para todos os que nele tiveram alguma parte. Benedicat vos. Que o Deus todo-poderoso, o Pai, o Filho e o Espírito Santo vos abençoe. Amém. Dominus vobiscum. Senhor, que o vosso Espírito esteja sempre consco. Início do Evangelho segundo São João No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de todo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes fo- ram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. e a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória como do filho único da parte do Pai – em plenitude de graça e de verdade 29
  • 30. Depois da santa Missa Salmo 42 (41) Como a corça deseja as águas correntes, assim a minha alma anseia por ti, meu Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando hei de ir ver a face de Deus? As lágrimas são meu pão dia e noite, enquanto me repetem o dia inteiro: “Onde está teu Deus?” Disto me lembro e meu coração se aflige: quando eu passava junto à tenda admirável, rumo à casa de Deus, entre cantos de alegria e de louvor de uma multidão em festa. Por que estás triste, minha alma? Por que gemes dentro de mim? Espera em Deus, ainda poderei louva-lo, a ele, que é a salvação do meu rosto. Esta é a oração que oferecerei dentro de mim a Deus, autor de minha vida. Digo a Deus : tu és meu asilo e meu protetor. OUTRAS ORAÇÕES DURANTE A SANTA MISSA, ELAS SE REFEREM ÀS AÇÕES E ORAÇÕES DO SACERDOTE Antes da santa Missa Meu Salvador Jesus, vou assistir a santa Missa para vos honrar e para agradecer todos os vossos benefícios, especialmente por terdes morrido por mim. Também é para vos pedir as graças que me são necessárias e o perdão de meus pecados. Fazei, eu vos peço, que durante todo o tempo deste santo Sacrifício, meu espírito se una às intenções da Igreja e do celebrante, e somente se ocupe convosco; que meu coração tenha um ar- dente desejo de vos receber e que eu não perca a lembrança de tudo o que sofrestes por mim no Calvário. No começo da santa Missa Ato de humilhação Como é que eu ousaria, ó meu Deus, aparecer diante de vós, eu que não sou mais do que uma criatura miserável? Vós sois tudo e eu sou nada; vós tendes tudo e eu tenho 30
  • 31. nada; vós podeis tudo e eu não posso nada. Já sei o que vou fazer para suprir minha in- digência: vou unir-me a vós para estar inteiramente dentro de vós. Eu ne entregarei todo a vós para possuir tudo convosco. Eu me aniquilarei em vós, para poder tudo por vós. É assim, meu Deus, que não tendo nada por mim mesmo, poderei apresentar-me a vós, como alguma coisa que vos seja agradável; assim vos darei o que eu tiver recebido de vós. Ato de confusão Como estou envergonhado, ó meu Deus, de me aproximar de vós e de vossos santos altares, por estar todo cheio de pecados. O pecado nasceu comigo e os crimes que cometi se multiplicaram ao mesmo tempo em que meus dias foram avançando. Dissipai por vossa luz e por vossa graça toda a malícia de meu coração, para que eu seja capaz de assistir e de participar do Sacrifício de vosso Filho. Ato de contrição Pode-se dizer o Confiteor com o acólito com sentimentos de contrição; ou então se fará o Ato seguinte: Ó meu Deus, eu vos peço perdão de meus pecados, eu vo-los apresento para que os destruais. É pelo Sacrifício de vosso Filho na Cruz que já nos libertastes. O Sacrifício que vos vai ser oferecido é o mesmo, e tem o mesmo poder e a mesma força. Concedei- me pois, eu vos suplico, em virtude deste, a absolvição de todos os meus pecados. Eu vo-lo ofereço de ante-mão em vista disso e vos peço esta graça pelos méritos de Jesus Cristo e pela intercessão da santíssima Virgem e de todos os vossos Santos. Quando o sacerdote diz “Indulgentiam”, cada um deve, na medida do possível, se colocar na disposição de receber a absolvição de seus pecados. Ato de confiança Ó meu Deus, eu confio que me devolvestes a vida ao me perdoar meus pecados e é com este pensamento que me aproximo em espírito e de coração de vosso santo al- tar, para vos apresentar meus deveres e oferecer um Sacrifício de louvor, o próprio sa- crifício de Jesus Cristo, vosso Filho, com uma alma tão pura quanto me é possível. Ao intróito Ato de adoração Ó meu Deus, eu adoro vossa grandeza infinita e vossa majestade soberana. Os anjos tremem diante de vós, todas criaturas nada são em vossa presença e a constante transformação que nelas se processa é uma homenagem que apresentam a vosso domí- nio sobre elas e a vossa essência imutável. Ó meu Deus, como sois grande e admirável em vós mesmo e em tudo o que fazeis! É o sacrifício que vos devemos reconhecer: a altitude, a extensão e o esplendor de vosso nome adorável e aniquilar-nos diante de vós. 31
  • 32. Ao Kyrie, eleison Ato de pedido da misericórdia de Deus Derramai em nós, ó meu Deus, a vossa misericórdia. É com humildade que vô-la pedimos, e em união com Jesus Cristo vosso Filho que vô-la pediu na Cruz e ainda ago- ra a pede neste Sacrifício. Ao Gloria in excelsis Ato de louvor e ação de graças Meu Deus, que destes vossa paz aos homens de boa vontade, nós vos damos a glória que vos é devida. Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, e nós vos damos graças por todos os benefícios com que cumulais sempre a terra. Vós nos enviastes vosso Filho único, para libertar todos os homens de seus pecados. Conce- dei-nos a graça de apagar todos os nossos pecados e de atender nossas súplicas. Pedi- mos insistentemente pelos méritos do próprio Jesus Cristo, vosso Filho, que sendo Deus convosco, é tão santo, tão grande, tão poderoso, e que possui a mesma glória do que vós, com o Espírito Santo. Dominus vobiscum. Que o vosso espírito, Senhor, esteja sempre conosco. Na coleta Ó meu Deus, que desejais ardentemente nossa salvação e nos concedeis sem cessar os meios de a realizar, inspirai-me a vontade de trabalhar na minha com grandís- simo cuidado, e dai-me para isso a graça de praticar tudo o que nos ensinastes, quer pe- los profetas, quer por vossos apóstolos, quer por vós mesmo, para que, tendo vivido segundo vossa santa doutrina e as leis do santo Evangelho, eu possa assegurar para mim, por meio das boas obras que eu tenha praticado, a posse da glória que prometestes. É o que vos peço por Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que convosco vive e rei- na com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Na epístola Meu Deus que nos fizestes anunciar por vossos santos profetas o que nos deveria acontecer na lei da graça, e que nos ensinastes por vossos santos apóstolos as regras, as máximas da vida cristã, dai-me a compreensão desses santos Mistérios, escondidos nas profecias e que Jesus Cristo Nosso Senhor cumpriu em sua pessoa. Dai-me também a graça de ouvir com submissão de espírito o que vós nos ensinais por vossos santos após- tolos, de saborear as verdades e práticas de que suas cartas estão cheias, e de orientar minha vida e minha conduta pelos conselhos que eles nos dão. Adoro todas as palavras que estão em uns e em outros como vossa palavra divina da qual eles são apenas os ór- gãos e os ministros. Recebo-as com respeito, a elas me submeto com sentimento de hu- mildade e de gratidão, e estou disposto, com o auxílio de vossa graça, a observar todas elas com fidelidade. 32
  • 33. No gradual Aspiração Vossa palavra e vossa santa Lei, ó meu Deus serão dia e noite o assunto de mi- nhas reflexões. Meu prazer será pensar nelas com freqüência, vou considerar quanto vossos benefícios foram enormes a meu respeito; quantas graças recebi de vós, e por conseqüência, quanto devo ser fiel em observar o que ordenais. Vossa lei é um jugo, mas um jugo que só contém doçura, um fardo que não é pesado. Ó minha alma e meu coração, considerai e saboreai quão suave é o Senhor, quanto ele é amável. Ao Evangelho Aqui, ó meu Deus, não é somente a vossa palavra que adoro em vós, mas vossa Lei santa, a regra de todos os cristãos. Eu a escuto com respeito, eu a creio com firmeza. Vós mesmo a publicastes, vossos santos apóstolos, inspirados por vosso espírito, a es- creveram. Ó meu Deus, eu é que devo praticá-la. Eu vos agradeço de me terdes dado uma doutrina tão excelente, para me servir de guia e de regra em toda a minha maneira de viver. Eu a lerei, eu a meditarei, e não terei vergonha de observar o que ela nos ensi- na de mais contrário às máximas do mundo, contanto que eu seja auxiliado por vossa graça eu me vou esforçar para praticá-la em toda sua extensão durante toda a minha vida. Ao credo Profissão de Fé 1. Creio que há um só Deus e que não pode haver vários. 2. Creio que há três Pessoas em Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e que essas três pessoas são um só Deus. 3. Creio que o Filho de Deus, a segunda Pessoa da santíssima Trindade se fez homem, morreu na Cruz por nossos pecados. 4. Creio que os que morrerem em estado de graça serão eternamente felizes no céu, vendo a Deus tal qual ele é. 5. Creio que os que morrerem em estado de pecado mortal serão condenados, isto é, queimarão eternamente nos infernos. 6. Creio que basta ter cometido um só pecado mortal e morrer nesse estado para ser condenado. 7. Creio que há dez Mandamentos de Deus e que somos obrigados a observá- los todos, e que também devemos observar os Mandamentos da Igreja. 8. Creio que é necessário recorrer muitas vezes à oração e que não podemos salvar-nos sem rezar com atenção e piedade. 9. Creio que há sete Sacramentos, Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristi- a, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimônio. 10. Creio que o Batismo apaga o pecado original e nos faz cristãos; que a Peni- tência perdoa os pecados cometidos depois do Batismo; que a Eucaristia con- tém o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo sob as aparências do pão e do vinho. 33
  • 34. Oblação do pão, de nossos corpos e de nossos sentidos Recebei, ó meu Deus, a oblação que vos faço juntamente com o sacerdote, do pão que deve ser transformado no corpo sagrado de Jesus Cristo. Abençoai-o, eu vos peço. Recebei também a oferta que vos faço de meu corpo e de meus sentidos. Santifi- cai-os, eu vos peço, e fazei-me a graça de fazer deles um uso santo. Dai a meu corpo a pureza tão cara a vosso Filho e não permitais que eu me sirva de meus sentidos para um fim mau, mas regulai-os de tal sorte que, ao ver, ao ouvir, ao tocar alguma coisa, ao beber, ao comer, ao falar, seja por necessidade, por submissão a vossa santa vontade e sempre sem vos ofender. Oblação do vinho, de nossa alma, nossos pensamentos e nos- sos afetos Eu vos ofereço, ó meu Deus, em união com toda a Igreja, o vinho que deve sem tardar se tornar o Sangue precioso de vosso Filho. Ofereço também toda a minha alma, meus pensamentos, meus sentimentos e meus afetos. Fazei que minha alma se ocupe somente com o que respeita minha salvação; que meus pensamentos sejam só conhecer- vos a vós; que meus sentimentos sejam conformes ao que nos é ensinado no santo E- vangelho e que toda a minha afeição seja vos amar e vos ser agradável em tudo. Ao lavar os dedos Oração para pedir a pureza de coração Purificai-me, ó meu Deus, dos menores pecados que ainda pudessem macular minha consciência. Por isso, lavai-me no sangue do Cordeiro, para que eu me encontre em tal pureza de coração, que nada me impeça de participar do santo Sacrifício que se vai oferecer-vos e que eu receba vossas graças e vossas bênçãos com abundância. Na oblação do pão e do vinho Ó santíssima e adorável Trindade, uno-me ao sacerdote que vos oferece tudo o que foi preparado para o Sacrifício. Ao me unir assim a ele, eu vos apresento tudo o que há em mim de bom e de ruim; o que há de ruim, para que vós o destruais pela eficácia dos sofrimentos e da morte de Jesus Cristo; o que há de bom, para que o torneis isento de toda imperfeição em virtude da ressurreição e que, pela graça de sua ascensão glorio- sa ao céu vós o leveis à perfeição. Ao Orate, fratres Eu vos peço, ó meu Deus, que aceiteis com agrado o que o sacerdote vos apre- sentou para servir de sacrifício e a oferta que vos fiz de mim mesmo e de tudo o que está em mim. Dignai-vos fazer disto um só sacrifício e consumar o meu pelo de Jesus Cristo. 34
  • 35. Na oração secreta O que o sacerdote e os fiéis acabam de vos oferecer não são mais algo profano, nem para uso comum. Santificai-o, ó meu Deus, separai-o do resto das criaturas e con- siderai-o como coisa vossa. Concedei-me também, ó meu Deus a mesma graça. Fazei- me santo pela santidade de minhas ações; fazei que eu não concorde em nada com o mundo, com os que cometem o pecado e consagrai-me inteiramente a vós e a vosso ser- viço. Ao prefácio Meu Deus, basta ser cristão (que deve ser animado por vosso espírito), para sempre ter o coração levantado para vós. Mas a minha fraqueza é tão grande que é pre- ciso que muitas vezes eu seja advertido a pensar em vós, mesmo durante os santos Mis- térios. É bem justo, ó meu Deus, que eu esteja ocupado em vós e que eu vos louve. Con- tudo, por mim mesmo, não vos posso dar os louvores que vos convêm, nem vos dar as devidas ações de graça. É em Jesus Cristo e por Jesus Cristo somente que o posso fazer. Os anjos, por mais elevados que estejam na glória, só por ele vos louvam, só com ele vos respeitam, só nele vos adoram. Portanto, é por Jesus Cristo, em união com esses bem-aventurados espíritos que vos peço que aceiteis que eu vos diga com profundo res- peito: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos. O céu e a terra estão cheios de sua glória e majestade. Ao Te igitur Eterno Pai, por Jesus Cristo, mediador entre vós e nós, especialmente neste Sa- crifício, eu vos peço que aceiteis com agrado o que o sacerdote continua a vos oferecer e as orações que faço por mim para que me concedais a graça de uma piedade verdadei- ramente cristã; pela vossa santa Igreja, que a conduzais e governeis sempre por vosso espírito; por nosso santo Padre o Papa, por nosso Bispo, pelo Rei e por todos os que têm fé e que vivem na comunhão com a Igreja, que lhes concedais a graça de seu estado e de os cumular de vossas bençãos. Ao Memento Meu Deus, vós concedeis a todos os vossos fiéis a graça de serem membros de um mesmo corpo e de receber a vida e as influências do espírito de Jesus Cristo, sua cabeça. Até quereis que tenhamos uma grande união de coração e que peçamos uns pe- los outros. Para obedecer ao mandamento que nos prescrevestes é que, sem olhar para meus pecados, eu rezo por meu pai e minha mãe, por meus irmãos e irmãs, por meus professores e professoras, pelos que procuram ou procuraram minha salvação, seja qual for a maneira e dos quais recebi algum bem, e também por todos os que estão presentes a este Sacrifício e vos peço por eles todas as graças que precisam. Ao Communicantes É justo, ó meu Deus, que os santos que estão no céu se unam a nós para rezar, sobretudo neste Sacrifício. Já que formam conosco uma só e mesma Igreja, devem inte- ressar-se por nossa santificação, por nos alcançar os meios para tanto, e para vos pedir 35
  • 36. por nós e devem entrar na participação das ações santas que se realizam por todos os fiéis, a fim de que elas vos sejam mais agradáveis, para vos louvar, adorar e vos ofere- cer este Sacrifício com eles. Peço, portanto, à santíssima Virgem mãe de Jesus Cristo vosso Filho, a são João Batista, aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a São João, aos san- tos papas, aos santos mártires e a todos os santos, para que atraiam sobre mim e sobre toda a Igreja vossas graças e vossas bênçãos. Ao Hanc igitur Ó meu Salvador Jesus, que pelas palavras do sacerdote ides mudar o pão em vosso Corpo e o vinho em vosso Sangue, transformai-me também a mim inteiramente por vossa graça; destruí minhas paixões, fazei que abandone minhas inclinações e que não tenha outros afetos a não ser o de vos amar e de fazer o que mandais. É esta a mu- dança que vos peço que opereis em mim pela virtude deste santo Sacrifício. Ato de adoração na elevação da Hóstia Ó meu Salvador Jesus, adoro vosso Corpo sagrado que acaba de aparecer sobre o altar. É por um efeito de vossa onipotência e de vossa bondade que possuímos tão grande tesouro. Vós os sacrificais para procurar a nossa salvação e nos dar vosso santo amor. Quero receber com gratidão esta graça e vô-la agradeço; fazei que, por toda a minha vida eu corresponda a vossos desígnios sobre mim e me torne digno do presente que me ofereceis de vós mesmo neste Sacrifício. Ato de adoração na elevação do cálice Ó meu Salvador Jesus, que na Cruz derramastes vosso Sangue precioso por nos- sos pecados, adoro este mesmo Sangue, que agora está sobre o santo altar; e vos peço, pelos méritos que nos adquiristes e pelas intenções puríssimas que tivestes ao derramá- lo, que me concedais uma verdadeira contrição e o perdão de meus pecados. Ao unde et memores Meu Salvador Jesus Cristo, que só realizastes os três mistérios de vossos sofri- mentos e de vossa morte, de vossa ressurreição e de vossa ascensão ao céu para que produzissem em nós as graças que lhes são próprias, fazei, pelos méritos de vossos so- frimentos e de vossa morte, que eu morra inteiramente ao pecado e a tudo o que vos desagrada; em virtude de vossa ressurreição, que eu só procure e me delicie nas coisas do céu e se referem ao bem de minha alma; que pelo favor de vossa ascensão gloriosa eu suba sempre de virtude em virtude e permaneça em repouso, e que goze plenamente de vosso santo amor. Ao supra quæ Espero, ó meu Salvador, que me concedereis esta graça, por meio deste Sacrifí- cio, que vós mesmo ofereceis pelas mãos do sacerdote, pois ele é infinitamente mais santo do que o de Abel, é infinitamente mais perfeito do que o do Patriarca Abraão, e é 36