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Apostila de
Mitologia Grega
   (Organizado por Doug Caesar)
Cronologia
Idade   Período     Período            Eventos              Eventos           Obras
        Mitológico  Histórico          Mitológicos          Históricos
Ouro    Cosmogônico                    Teogonia / Urano                       Teogonia  de
Prata   Teogônico                      Genealogia                             Hesíodo
                                       Divina                                 O Trabalho e
                                                                              os Dias de
                                                                              Hesíodo
        Mitológico                     Titanomáquia     /
                                       Cronos
                                       Criação        de
                                       Pandora
       Mitológico                      Gigantomáquia
       Mitológico                      Tifão
Bronze Heróico         Minóico         Minos / Minotauro    Civilização
Heróis                                 Centauromáquia       Cicládica     e
                                       Amazonomáquia        Minóica
        Heróico        Micênico        Perseu               Invasão     dos
                                       Hércules       12    Aqueus
                                       Trabalhos            Civilização
                                       Os Heráclidas        Micênica
                                       Os Argonautas
Ferro   Heróico        Homérico        Guerra de Tróia -    Invasão      dos Ilíada       de
& Aço                                  Odisséia             Dórios, Jônios Homero
                                                            e Eólios         Odisséia     de
                                                                             Homero
        Reis           Arcaico         Genealogias          Cinecismo      e
                                       Reais                formação das
                                                            Cidades-Estado
                                                            Colonização
                                                            Grega
        Trágica        Clássico                             Guerras Greco- Tragédias        e
                                                            Pérsicas         Comédias
        Sofística      Clássico                             Guerras       do Sócrates,
                                                            Peloponeso – Platão
                                                            Hegemonia
        Sofística      Alexandrino                          Alexandre        Aristóteles
                                                            Conquista
                                                            Macedônia
        Sofística      Helenístico                          Reinos
                                                            Helenísticos
        Sofística      Romano                               Conquista        São       Paulo,
                                                            Romana           Santo André
                                                            Cristianização
                                                            da Grécia
        Cristã         Bizantino       Nova Tróia           Império
                                                            Bizantino
        Cristã         Otomano                              Conquista
                                                            Turca Otomana
        Cristã         Romaico       / Dodecateísmo         Guerra        de
                       Moderno                              Independência
                                                            Grega
Ícor    Escatológico                   Atena    destrona
                                       Zeus
Atividades com Mapas - Grécia




1) Localize as seguintes regiões da Grécia e escreva no mapa: Ática, Peloponeso, Grécia
Central, Épiro, Tessália, Macedônia, Trácia, Ásia Menor.

2) Escolha cores diferentes, exceto azul, para pintar cada uma das regiões.

3) Localize os mares e escreva no mapa: Mar Jônico, Golfo de Patras, Mar Sarônico, Mar
Egeu, Mar de Mármara.

4) Em qual região localizam-se as               Ilhas do Mar Trácio, Ilha de Creta, Ilha de
seguintes cidades gregas:                       Cítera e Anticítera, Dodecaneso,
 a) Atenas ______________                       Cíclades, Ilhas do Mar Egeu.
b) Tebas ______________
c) Esparta _____________                        6) Pinte de cores diferentes os
d) Micenas _____________                        arquipélagos citados.
e) Cnossos ____________
f) Argos _______________                        7) Cite ilhas que fazem parte dos
g) Iolcos _______________                       arquipélagos abaixo:
h) Bizâncio ____________                        a) Ilhas Jônicas:____________________
i) Megara ______________                        b) Ilhas do Mar Trácio: ______________
j) Tróia ________________                       c) Dodecaneso: ____________________
l) Delfos _______________                       d) Cíclades: _______________________
m) Monte Olimpo ______                          e) Ilhas do Mar Egeu: _______________

5) Localize os seguintes arquipélagos
gregos e escreva no mapa: Ilhas Jõnicas,
A Genealogia dos Deuses




Caos                                             Tifão: Tentou derrotar Zeus mais junto a
Divindades:     Destino,  Erébo,   Noite,        Atena os dois venceram o gigante.
Discórdia, Parcas, Gréias, Concórdia,
Amor, Dia                                        Os Deuses Olimpicos
Urano – Fúrias e Afrodite                        Zeus e Hera: pais de Ares, Hefesto, Hebe e
Géia / Gaia / Terra                              Ilítia.
Os Titãs: Saturno / Cronos, Hipérion,            Zeus e Mnemósine: pais das Musas.
Coeus, Crios, Oceano, Jápeto                     Zeus e Leto: pais de Apolo e Ártemis.
As Titânidas: Réia / Cibele / Ops, Téia,         Zeus e Deméter: pais de Perséfone
Febe, Mnemósine / Memória, Tétis, Métis /        Zeus e Métis: pais de Atena.
Prudência                                        Zeus e Maia: pais de Hermes.
                                                 Zeus e Sêmele: pais de Dionísio.
Os Casais:                                       Zeus e Díone: pais de Afrodite.
Cronos e Réia: pais de Zeus, Poseidon,           Zeus e Têmis: pais das Horas e Moiras
Hades, Héstia, Hera e Deméter.                   Afrodite e Ares: pais de Eros, Anteros,
Hipérion e Téia: pais de Hélios (Sol),           Himineu, Harmonia, Deimos e Fobos.
Selene (Lua) e Éos (Aurora)                      Hades e Perséfone: não tiveram filhos.
Coeus e Febe: pais de Leto (Latona)              Poseidon e Anfitrite: pais de Tritão e
Oceano e Tétis: pais das oceânidas e das         Proteu.
nereidas, as principais são Anfitrite e Tétis.
Japeto e Climene: pais de Prometeu,              Zeus e Alcmena: Hércules
Epimeteu, Menécio e Atlas.                       Aniope: Anfitone e Zeto
                                                 Calisto: Arcade
Os Hecatonquiros: Coto, Giges e Briareus         Danae: Perseu
Os Ciclopes: Arges, Brontes e Steratopes         Egina: Éaco
A Titanomáquia: Guerra entre Deuses e            Europa: Minos, Sarpedon, Radamanto
Titãs.                                           Io: Epafo
A Gigantomáquia: Os gigantes tentaram            Leda: Helema, Dioscorus
subir o Monte Olimpo mais foram
derrotados pelos deuses.
Teogonia                          História do Céu e de Crono
                                                     Quantos da Terra e do Céu nasceram,
Os Deuses primordiais                                filhos os mais temíveis, detestava-os o pai
Sim bem primeiro nasceu Caos, depois                 dês o começo: tão logo cada um deles nascia
também                                               a todos ocultava, à luz não os permitindo,
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável      na cova da Terra. Alegrava-se na maligna obra
sempre,                                              o Céu. Por dentro gemia a Terra prodigiosa
dos imortais que têm a cabeça do Olimpo              atulhada, e urdiu dolosa e maligna arte.
nevado,                                              Rápida criou o gênero do grisalho aço,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de               forjou grande podão e indicou aos filhos.
amplas vias,                                         Disse com ousadia, ofendida no coração:
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais,           “Filhos meus e do pai estólido, se quiserdes
solta-membros, dos Deuses todos e dos                ter-me fé, puniremos o maligno ultraje de vosso
homens todos                                         pai, pois ele tramou antes obras indignas”.
ele doma no peito o espírito e a prudente
vontade.                                             Assim falou e a todos reteve o terror, ninguém
                                                     vozeou. Ousado o grande Crono de curvo
Do Caos Érebos e Noite negra nasceram.               pensar
Da Noite aliás Éter e Dia nasceram,                  devolveu logo as palavras à mãe cuidadosa:
gerou-os fecundada unida a Érebos em amor.           “Mãe, isto eu prometo e cumprirei
Terra primeiro pariu igual a si mesma                a obra, porque nefando não me importa o
Céu constelado, para cercá-la toda ao redor          nosso
e ser aos Deuses venturosos sede irresvalável        pai, pois ele tramou antes obras indignas”.
sempre.                                              Assim falou. Exultou nas entranhas Terra
Pariu altas Montanhas, belos abrigos das             prodigiosa,
Deusas                                               colocou-o oculto em tocaia, pôs-lhe nas mãos
ninfas que moram nas montanhas frondosas.            a foice dentada e inculcou-lhe todo o ardil.
                                                     Veio com a noite o grande Céu, ao redor da
E pariu a infecunda planície impetuosa de            Terra
ondas                                                desejando amor sobrepairou e estendeu-se
o Mar, sem o desejoso amor. Depois pariu             a tudo. Da tocaia o filho alcançou com a mão
do coito com Céu: Oceano de fundos                   esquerda, com a destra pegou a prodigiosa
remoinhos                                            foice
e Coios e Crios e Hipérion e Jápeto                  longa e dentada. E do pai o pênis
e Teia e Réia e Têmis e Memória                      ceifou com ímpeto e lançou-o a esmo
e Febe de áurea coroa e Tétis amorosa.               para trás. Mas nada inerte escapou da mão:
E após com ótimas armas Crono de curvo               quantos salpicos respingaram sanguíneos
pensar,                                              a todos recebeu-os a Terra; com o girar do ano
filho o mais terrível: detestou o florescente pai.   gerou as Erínias duras, os grandes Gigantes
                                                     rútilos nas armas, com longas lanças nas
Pariu ainda os Ciclopes de soberbo coração:          mãos,
Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo          e Ninfas chamadas Freixos sobre a terra
que a Zeus deram o trovão e forjaram o raio.         infinita.
Eles no mais eram comparáveis aos Deuses,            O pênis, tão logo cortando-o com o aço
único olho bem no meio repousava na fronte.          atirou do continente no undoso mar,
Ciclopes denominava-os o nome, porque neles          aí muito boiou na planície, ao redor branca
circular olho sozinho repousava na fronte.           espuma da imortal carne ejaculava-se, dela
Vigor, violência e engenho possuíam na ação.         uma virgem criou-se. Primeiro Citera divina
                                                     atingiu, depois foi à circunfluída Chipre
Outros ainda da Terra e do Céu nasceram,             e saiu veneranda bela Deusa, ao redor relva
três filhos enormes, violentos, não nomeáveis.       crescia sob esbeltos pés. A ela. Afrodite
Cotos, Briareu e Giges, assombrosos filhos.          Deusa nascida de espuma e bem-coroada
Deles, eram cem braços que saltavam dos              Citeréia
ombros,                                              apelidam homens e Deuses, porque da espuma
improximáveis; cabeças de cada um cinqüenta          criou-se e Citeréia porque tocou Citera,
brotavam dos ombros, sobre os grossos                Cípria porque nasceu na undosa Chipre,
membros.                                             e Amor-do-pênis porque saiu do pênis à luz.
Vigor sem limite, poderoso na enorme forma           Eros acompanhou-a, Desejo seguiu-a belo,
                                                     tão logo nasceu e foi para a grei dos Deuses.
Esta honra tem dês o começo e na partilha          ao rei Crono e ao filho de violento ânimo.
coube-lhe entre homens e Deuses imortais           Enviaram-na a Licto, gorda região de Creta,
as conversas de moças, os sorrisos, os             quando ela devia parir o filho de ótimas armas,
enganos,                                           o grande Zeus, e recebeu-o Terra prodigiosa
o doce gozo, o amor e a meiguice.                  na vasta Creta para nutri-lo e criá-lo.
                                                   Aí levando-o através da veloz noite negra
O pai com o apelido de Titãs apelidou-os:          atingiu
o grande Céu vituperando filhos que gerou          primeiro Licto, e com ele nas mãos escondeu-o
dizia terem feito, na altiva estultícia,           em gruta íngreme sob o covil da terra divina
grã obra de que castigo teriam no porvir.          no monte das Cabras denso de árvores.
                                                   Encueirou grande pedra e entregou-a
O nascimento de Zeus                               ao soberano Uranida rei dos antigos Deuses.
Réia submetida a Crono pariu brilhantes filhos:    Tomando-a nas mãos meteu-a ventre abaixo
Héstia, Deméter e Hera de áureas sandálias,        o coitado, nem pensou nas entranhas que
o forte Hades que sob o chão habita um palácio     deixava
com impiedoso coração, o troante Treme-terra       em vez da pedra o seu filho invicto e seguro
e o sábio Zeus, pai dos Deuses e dos homens,       ao porvir. Este com violência e mãos
sob cujo trovão até a ampla terra se abala.        dominando-o
                                                   logo o expulsaria da honra e reinaria entre
E engolia-os o grande Crono tão logo cada um       imortais.
do ventre sagrado da mãe descia aos joelhos,
tramando-o para que outro dos magníficos           Rápido o vigor e os brilhantes membros
Uranidas                                           do príncipe cresciam. E com o girar do ano,
não tivesse entre os imortais a honra de rei.      enganado por repetidas instigações da Terra,
Pois soube da Terra e do Céu constelado            soltou a prole o grande Crono de curvo pensar,
que lhe era destino por um filho ser submetido     vencido pelas artes e violência do filho.
apesar de poderoso, por desígnios do grande        Primeiro vomitou a pedra por último engolida.
Zeus.                                              Zeus cravou-a sobre a terra de amplas vias
E não mantinha vigilância de cego, mas à           em Delfos divino, nos vales ao pé do Parnaso,
espreita                                           signo ao porvir e espanto aos perecíveis
engolia os filhos. Réia agarrou-a longa aflição.   mortais.
Mas quando a Zeus pai dos Deuses e dos
homens                                             E livrou das perdidas prisões os tios paternos
ela devia parir, suplicou-lhe então aos pais       Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo,
queridos,                                          filhos de Céu a quem o pai em desvario
aos seus, à Terra e ao Céu constelado,             prendeu;
comporem um ardil para que oculta parisse          e eles lembrados da graça benéfica
o filho, e fosse punido pelas Erínias do pai       deram-lhe o trovão e o raio flamante
e filhos engolidos o grande Crono de curvo         e o relâmpago que antes Terra prodigiosa
pensar.                                            recobria.
Eles escutaram e atenderam à filha querida         Neles confiante reina sobre mortais e imortais.
e indicaram quanto era destino ocorrer
Atividades

1) Complete a cruzadinha abaixo:
Horizontal
3. Deus             do
    submundo e dos
    mortos.          É
    acompanhado
    pelo seu cachorro
    Cérbero.
5. Deus da guerra.
7. Deusa           das
    mulheres,       do
    casamento e do
    parto.
8. Deusa alada da
    VItória.
9. Mensageiro dos
    deuses.        Seu
    símbolo     é    o
    caduceu.
10. Deus da beleza,
    do sol, das artes
    e da profecia.

Vertical
1. Deus do céu, dos
    raios     e    dos
    homens.
2. Deusa virgem do
    lar e do fogo.
4. Deusa do amor e
    da          beleza.
    Nasceu das espumas do mar.
6. Artesão e ferreiro dos deuses.

2) Observe a cerâmica abaixo e identifique a divindade retratada:




             _________________           __________________         _____________
3) Complete a cruzadinha abaixo:
                                                                       Horizontal: 1.
                                                                               Uma das
                                                                       nereidas, deusa do
                                                                       mar. 3.        Deus do
                                                                       vinho, das festas e do
                                                                       teatro. É sempre
                                                                       acompanhado de seu
                                                                       tirso, dos sátiros e das
                                                                       mênades.
                                                                       4. Deusa da Lua, da
                                                                       caça e da morte súbita.
                                                                       5. Titã que foi punido
                                                                       pelos deuses e passou
                                                                       a carregar o mundo nas
                                                                              costas. 6.    Maior
                                                                       heroi grego, com sua
                                                                       força venceu inúmeros
                                                                       monstros como o Leão
                                                                       de Neméia, a Hidra de
                                                                       Lerna e o Javali de
                                                                       Erimanto. 8. Deusa da
                                                                       agricultura       e    da
                                                                       germinação            das
                                                                       sementes. Foi raptada
                                                                       por Hades e se tornou a
                                                                       rainha do submundo.

                                                                  Vertical: 1. Deusa da
    guerra, dos herois e saiu completamente armada da cabeça de Zeus. 2.    Deus do mar,
    dos terremotos e dos cavalos. Seu símbolo é o tridente. 3. Deusa da agricultura. Seu
    símbolo é a cornucópia, a abundância. 7. Deus do amor. Representado como uma
    criança portando asas, um arco e as flechas da paixão.

4) Observe a cerâmica abaixo e identifique a divindade retratada:




       _________________           __________________               _____________
Deuses Gregos
  Nome     Nome        Nome        Templo       Nome      Nome       Nome      Templo
  Grego    Latino      Etrusc                   Grego     Latino     Etrusc
                          o                                             o
  Zeus       Júpiter    Tinia     Olympeum     Héracles   Hércules   Hercle   Heracleiu
                                   Lycaeum     Alcides                           m
                                   Nemeum
                                 Chrysaoreum
Poseidon     Netuno    Nethun     Poseideum     Hélios      Sol
                         s       Poseidoneum
                       Rodon
  Hades      Plutão     Aita      Plutoneum    Selene       Lua
               Dis     Martus    Necyomanteu
             Orcus                    m
  Hera        Juno                 Heraion       Éos      Aurora
                                   Heraeon
  Héstia     Vesta                 Hestieon    Hécate      Trívia             Hecatesiu
                                                                                 m
 Demeter     Ceres               Eleusineum    Perséfon Prosérpin    Ferspn
                                 Demetreum        e         a          ai
  Atena      Minerv              Athenaeum     Anfitrite Salácia
  Palas        a                                         Venília
  Ares       Marte     Laran       Areion      Asclépio Esculápio             Asclepieiu
                                                                                  m
                                                                              Lebenaeu
                                                                                  m
 Afrodite    Vênus     Turan     Aphrodiseum    Eros       Amor
                                                          Cupido
 Hefesto     Vulcan    Sethlan   Hephaestium     Leto     Latona
                o         s
 Dionísio     Baco     Fufluns    Dionyseum     Musas
 Zagreos      Liber                Lenaeum
 Sabazios
Neodionisi
     o
  Hermes     Mercúri   Turms      Hermaeum       Pã        Fauno
               o
  Apolo       Febo     Loxias     Apolloneum     Réia       Ops               Metroeum
                                   Pytheum                 Cibele
                                    Delium
                                 Delphineum
                                  Amyclaeum
                                    Lyceum
                                   Triopeum
 Artemis     Diana     Artume    Artemiseum    Cronos     Saturno
                                  Epheseum
                                 Tauropoleum
O Culto dos Deuses na Grécia Antiga




Tipos de Culto
Jogos: Olímpia, Nemeia, Delfos, Istmo
Santuários
Oráculos
Templos Políades e Templos Pan-Helênicos
Mistérios
Culto Políades a Deuses: cada cidade tinha o seu deus.
Culto Políades a Heróis: cada cidade tinha o seu herói: Belerofonte (Corinto), Jasão (Iolcos).
Nome           Deus               Culto                     Atributos                          Festival
  Grego
Zeus        Céu, Destino,     Olímpia, Dodona,       Raio, Égide, Águia, Touro,      Olympia, Nemea, Ithomaea,
            Reis, Tempo       Nemeia, Stratos,       Cetro, Nike, Keraunos, Carro    Lycaea, Eleutheria, Daedala
                              Dion                   de Águias
Poseidon    Mar, Cavalos,     Corinto,   Istmo,      Tridente ou Cúspide, Carro      Poseidonia, Istmia
            Terremotos        Sounion                de Golfinhos, Hipocampo ou
                                                     Cavalos
Hades       Submundo          Thesprotia,   Éfira,   Cerbero, Elmo da Escuridão,
                              Épiro                  Bidente, Chave do Hades,
                                                     Carro com 4 Cavalos Negros
Hera        Mulheres,         Argos,     Samos,      Romã, Pavao, Diadema,           Heraia, Daedala
            Casamento         Olimpia                Carro de Pavões
Héstia      Lar, Família,     Delfos, Vestais        Porcos,      Burro,    Grou,
            Cidades, Fogo                            Chaleira, Fogueira
Demeter     Agricultura,      Eleusis,               Tocha, Leão, Cornucópia,        Tesmoforias,        Chthonia,
            Civilização,      Termopilas, Creta      Festim de Trigo, Bengala de     Orgia, Mistério, Eleusinia
            Vida após a                              Lótus, Mangual de Ouro,
            morte                                    Carro de Dragões
Atena       Sabedoria,        Atenas,       Troia,   Coruja,     Oliva,   Cobra,     Athenaea,     Panathenaea,
            Guerra, Artes,    Lindos                 Aranha,     Égide,   Lança,     Chalcea,      Procharisteria,
            Conhecimento,                            Górgona, Medusa, Nike,          Scira, Plynteria, Protelea,
            Estratégia                               Carro de Corujas                Aleaea,    Halotia,   Itonia,
                                                                                     Panboeotia
Ares        Guerra,           Aetolia,               Tocha,      Lança,     Elmo,
            Instinto          Thesprotia, Monte      Escudo, Nike, Espada de
            Irracional,       Haimos (Trácia)        Marte,    Spartoi,   Abutre,
                                                     Javali, Cão, Carro        de
                                                     Corcéis com fogo na narina
                                                     ou Lobos
Afrodite    Amor,     Sexo,   Cithera,   Corinto,    Golfinho,   Rosa,    Cestus,    Aphrodisia, Adonia, Hysteria,
            Fertilidade,      Chipre,      Pella,    Concha, Cisne, Espelho,         Anagogia
            Luxuria,          Pafos                  Pombos, Maçã, Anêmonas,
            Beleza                                   Carro de Cisnes ou Tritões
Hefesto     Metalurgia,       Lemnos, Etna           Martelo, Bigorna, Tenaz,        Hephaestia, Chalceia
            Fogo, Poder,                             Burro, Cabiros, Cíclopes,
            Violência                                Talos, Caeculus
Dionísio    Vinho,            Tebas,      Naxos,     Tirso, Pele de Leopardo,        Dionysia, Lenaea, Theonia,
            Loucura,          Monte     Citerion,    Tigre,     Uva,     Pantera,    Anthesteria, Thyia, Apaturia,
            Teatro,    Vida   Teos, India (Nisa),    Onocentauro,     Carro    de    Lampteria, Ascolia, Sciria,
            após a morte      Tessália               Leopardos ou Panteras           Phellus, Tyrba, Astydromia
Hermes      Comércio          Monte       Cilene,    Caduceu,      Galo,     Lira,   Hermaea
                              Herma / Hermai         Tartaruga, Talaria, Petasus,
                                                     Lâmina Adamantina, Carro
                                                     de Pombos ou Corvos
Apolo       Sol, Profecia,    Delfos,    Delos,      Lira, Louros, Piton, Corvo,     Phythia / Ptoea, Carnea,
            Música,           Corinto, Bassae,       Arco-Flecha,        Girassol,   Hyacinthia,  Actia,   Delia,
            Beleza,           Claros,   Miletos,     Helianto, Jacinto, Carro de     Gymnopaedeae, Theoxenia,
            Saúde, Artes      Didimos, Rodes         Cavalos                         Heorte Argyeus
Artemis     Lua, Virgens,     Calidon,   Efeso,      Corça, Arco, Cães de Caça,      Efesiacas,       Artemisias,
            Selvas, Caça,     Esparta,               Lua, Dardo, Carro de Corças     Muniqueon
            Crianças          Magnesia, Eubeia
Héracles    Força             Monte Oeta                                             Heraclea
Hélios      Sol               Rodes                  Carro de Cavalos
Selene      Lua                                      Carro de Cavalos ou Anjos
Éos         Aurora                                   Carro de Cavalos
Perséfone                     Eleusis
Asclépio                      Epidaurus,   Cós,                                      Epidauria
                              Messenia,
                              Pérgamo
Eros                          Thespiae, Parion
Réia        Natureza          Gortyn                 Palma, Palmeira, Carro de       Phrygia, Orgia, Megalesia
                                                     Leões
Cronos      Tempo                                    Carro de Serpentes ou
                                                     Dragões, Harpe
Atividades

Os personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo foram até a Grécia Antiga salvar Tia Nastácia
das mãos dos monstros que invadiram o sítio e na viagem Dona Benta acompanhada de
Péricles, Fídias, Narizinho, Emília e Pedrinho fazem uma visita ao Partenon. O Partenon é o
Templo da deusa Atena localizado na Acrópole de Atenas. Dona Benta faz uma descrição dos
dois frontões do Templo: “Fídias transpôs em mármore uns versos de Homero ´Começo
cantando Palas Atena, a deusa augusta, fértil em sábios conselhos, nobilíssima virgem de
coração inflexível, guardiã das cidades, a forte diva que o prudente Zeus fez brotar de sua
cabeça, toda revestida de cintilantes armas de ouro. Ao verem-na surgir, brandindo a lança
aguda, os imortais pasmaram; o Olimpo estarreceu diante de sua força; a Terra soltou
grandes gritos; os mares tumultuaram as ondas; e Apolo susteve as rédeas de seus fogosos
corcéis até que Palas Atena depusesse as armas. Zeus irradiava de orgulho´. Os detalhes
incluíam os corcéis da Noite, que surgem do Oceano, sustentada por Teseu. Perséfone com
graça se apóia no ombro da mãe Deméter. Ao lado está Íris, que anuncia o nascimento de
Atena, a Vitória Alada e as Três deusas do Destino, Cloto, a fiandeira de vidas, Láquesis, a
cortadeira do fio da vida, Átropos, a implacável medidora do comprimento dos fios. No lado
oposto encontrava-se outro frontão onde se via a luta entre Poseidon e Atena pelo domínio da
Ática. Atena assusta com sua presença os cavalos de Poseidon, o deus dos oceanos. Atrás
de Atena figuravam as cecrópidas Aglaura e Herse, e Ilissos, um dos rios de Atenas. E atrás
de Poseidon figuravam Tétis, a nereida, Anfitrite, esposa de Poseidon, e a formosa Latona
com suas filhas Ártemis e Afrodite. O tridente de Poseidon e o escudo de Atena eram de
bronze.” (Monteiro Lobato, O Minotauro).

1) O que os dois frontões do Templo de           4) Descreva a localização e os materiais
Atena descrevem?                                 utilizados na construção do Partenon.
1º Frontão: _________________________
___________________________________
2º Frontão: _________________________
___________________________________

2) A imagem abaixo corresponde a qual
frontão do Partenon?




                                                 Localização _________________________
                                                 Materiais ___________________________
___________________________________
                                                 5) Cite cinco divindades gregas e seus
                                                 domínios.
                                                 1 _________________________________
                                                 2 _________________________________
                                                 3 _________________________________
                                                 4 _________________________________
                                                 5 _________________________________
___________________________________
                                                 6) Como foi o nascimento de Atena?
                                                 ___________________________________
3) Quais os atributos da deusa Atena?
                                                 ___________________________________
___________________________________
                                                 ___________________________________
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                                                 ___________________________________
___________________________________
___________________________________
Hades, Thanatos e Hypnos
Os deuses Thanatos e Hypnos eram considerados irmãos gêmeos na mitologia grega.
Thanatos era o deus da Morte, e Hypnos era o deus do Sono Eterno. Ambos deuses eram
ctônicos, ou seja, divindades do submundo. Homero descreve na Ilíada que Zeus enviou
Thanatos e Hypnos no campo de batalha entre gregos e troianos para recuperar o corpo
do seu filho morto Sárpedon. Sárpedon era irmão de Minos e Radamanto, e os dois
últimos se tornaram juízes do inferno por Hades. Thanatos era conhecido em Roma como
Mors ou Morte e Hypnos como Somno, Sono ou Sopor. Eram filhos de Nix, a Noite.
Thanatos era o braço direito de Hades, já que era ele o responsável pela morte das
pessoas. Hades era um deus que não representava o mal em si, em comparação com o
“Diabo” ou Lucifer da religião católica. Era um deus infernal que possuía seus vícios e
defeitos. Hades era descrito como um homem rude, e principalmente tinha dois traços
marcantes: a primeira era que Hades sempre buscava aumentar o seu número de súditos
no Erébo, o que causava inúmeras mortes; e a segunda, sempre colocava condições para
dificultar um favor pedido por alguém. Foi assim com Hércules quando foi este foi libertar
Pírito e Teseu, aprisionados no hades por tentaram seqüestrar Perséfone, a consorte de
Plutão. Hades concedeu liberdada apenas a Teseu. O mesmo Hércules conseguiu
permissão para enfrentar Cérbero, o cão tricéfalo de Hades, parte do seus 12 trabalhos,
com a condição de que não utilizaria qualquer tipo de armas e apenas capturá-lo vivo.
Orfeu também pôde levar Euridice para a terra, desde que não olhasse para trás. A
própria Perséfone após a abdução de Hades e seu reencontro com sua desesperada mãe
Deméter, pôde voltar a Terra novamente, com a condição de que ela passaria um terço
do ano no inferno ao lado de Hades, pelo fato de ter comido uma romã. Hades era uma
divindade que praticamente não tinha culto na Grécia, assim como os demais deuses
ctônicos. Até mesmo a pronúncia do nome do deus era um tabu entre os gregos, pois
acreditavam que estavam chamando Plutão para buscá-los. Esse tabu ainda existe até
hoje, já que existe uma proibição pelas pessoas em geral de pronunciar palavras como
Satã, Diabo, etc.

Morte / Thanatos
Thanatos a Morte era representado pelos gregos como um anjo
carregando uma espada. Existia em Roma uma divindade feminina
que simbolizava a morte chamada Libitina, provavelmente uma
divindade de origem pré-romana, ou seja, italiota. Atualmente no
mundo ocidental a Morte é representada como um espectro com
corpo esquelético carregando uma foice, sendo a “ceifadora de vidas”.

Sono / Hypnos
O deus do sono Hypnos era representado pelos gregos como um humano com asas.
Hypnos vivia em seu palácio às margens do Lete, e ao dormir assumia a forma de um
pássaro. O símbolo de Hypnos era a papoula, essa planta sempre aparece sendo
carregada pelo deus.
No reino do Sono existiam dois portais por onde passavam os sonhos, os mil filhos de
Sono e Pasitéia. O Portão de Chifre passavam os sonhos falsos, enquanto que pelo
Portão de Marfim passavam os sonhos verdadeiros. Os Oneroi ou Oneiros, os sonhos
filhos de Hypno, eram liderados por Morfeu, Fantasos e Icelos. Na mitologia aparecem
quando Hera pede para Iris pedir a Hipno que envie um sonho à uma rainha avisando-lhe
da morte de seu marido durante a guerra.
Os Demônios Existem
O texto descreve algumas plantas e animais que foram batizados por cientistas com
nomes macabros associados a demônios e deuses ctônicos de diversas culturas.

Atropa belladonna – A beladona
A planta beladona é conhecida como Atropa belladonna e tem
esse nome devido a uma das Moiras, Átropos. As Moiras ou
Fatae eram divindades greco-romanas associadas ao destino.
Átropos era a moira responsável por cortar o fio da vida que era
tecido por Cloto e medido por Láquesis. A beladona é uma planta
nativa do Velho Mundo e o cientista sueco Lineu a batizou de
“belladonna” pois as mulheres a utilizavam como cosmético para
dilatar as pupilas com o objetivo de torná-las mais atraentes, as “belas donas”. O nome
Atropa surgiu devido a toxicidade da planta que é fatal se ingerida em pequenas
quantidades pelos humanos, além de também ser utilizada como droga.

                     Euryale ferox – A noz-de-raposa
                     A planta é chamada de makhana, noz-de-raposa (devido a
                     aparência que a flor possui com uma raposa) ou planta-górgona. É
                     um nenúfar gigante como a famosa Vitória-Régia sul-americana. De
                     origem asiática a planta foi batizada com o nome “A Feroz Euríale”
                     devido ao seu aspecto parecido com as três Górgonas da mitologia
                     grega. As três Górgonas eram Medusa, Euríale e Esteno, sendo que
Medusa é a mais conhecida das três. Euríale assim como suas irmãs possuía corpo de
mulher mas suas madeixas eram formadas por cobras. Um único olhar de um ser humano
era suficiente para transformar-se em pedra. A planta teve esse nome devido aos
inúmeros acúleos presentes em seu corpo.

Moloch horridus – O Diabo-espinhoso
"O Horrível Moloque". O réptil australiano conhecido vulgarmente como
diabo-espinhoso recebeu um nome compatível com sua aparência
                          assustadora: Moloch horridus. O nome cientifico
                          significa “O Horrível Moloque”, sendo que
                          Moloque era um deus adorado no Oriente Médio
                          por povos semitas durante o mundo antigo.
                          Moloque era representado como uma estátua
                          com cabeça de leão ou touro e uma cavidade
                          no estomago onde eram introduzidas crianças e
                          posteriormente eram estas incineradas dentro
dessa estátua sinistra como parte do culto ao deus. Apesar do nome ser um tanto
exagerado o “design” espinhoso do lagarto não passa de uma evolução da natureza para
evitar a desitradação dessa espécie que habita nos desertos da Austrália Ocidental.

                        2) Lucifer – gênero de pequenos camarões
                        Lucifer penicilifer
                        Os Lucifer são um gênero de pequenos camarões com oito
                        espécies diferentes. Os Lucifer possivelmente receberam esse
                        nome devido a capacidade de refletir a luz, tornando-se facilmente
visíveis em contato com ela. Lucifer quer dizer “o portador da luz” ou “Lux Fert” no original
em latim. Inicialmente era o nome dado pelos romanos ao planeta Vênus. Porém passou
a ser o nome do líder dos Anjos Caídos na tradição cristã. O nome da espécie penicilifer
significa “o portador da penicilina”. Isso indica que essa espécie apresenta a capacidade
de produzir penicilina, um antibiótico, assim como algumas espécies de fungo. Pelo
menos esse "Lucifer" pode ser útil a humanidade...
3) Ifrita kowaldi – “Ifrit”
É o nome de uma espécie de pássaro insetívoro nativo da ilha de
Nova Guiné. O pássaro foi batizado com o nome “Ifrit” sendo que os
Ifrit são seres infernais da mitologia árabe e islâmica, seres de fogo
com grande força e poder. O pássaro recebeu esse nome devido ao
fato de ser uma das poucas espécies de aves venenosas. O veneno
se encontra no corpo do pássaro que o adquire após sua
alimentação baseada em outros animais venenosos.
                    4) Sarcophilus harrisii - Demônio-da-Tasmânia
                    Apesar de ser popularmente conhecido como “demônio-da-Tasmânia”
                    o nome cientifico do marsupial é Sarcophilus harrisii. Harrisii é devido
                    ao primeiro cientista a descrevê-lo, George Harris. Já Sarcophilus
                    significa literalmente “amante de carne”. Deve ser por isso que o mais
                    famoso demônio-da-Tasmânia, o Taz, é agitado daquela forma.

5) Tisiphone ou Agkistrodon - Agkistrodon contortrix
As cobras Tisiphone tiveram o seu nome científico substituído por
Agkistrodon que significa em grego "anzol de pesca". Tisífone era
uma das três Fúrias ou Eríneas, deusas responsáveis pela punição
aos piores crimes praticados pelos humanos, como o matricídio, o
parrícidio, etc. A espécie de cobra Agkistrodon contortrix tem esse
nome devido a garras em forma de anzol existentes em sua cabeça.
Contortrix significa contorcedora, talvez devido ao fato de ficar
enrolada ou ao método de aniquilação da sua presa.
                6) Leviathan melvillei – “Leviatã”
                A espécie Leviathan melvillei foi identificada na região do atual Peru.
                Corresponde a uma espécie extinta de baleia, pertencente a ordem dos
                Cetáceos. O nome baleia já deriva de um monstro mitológico, Cetus, que
                inclusive está no céu como uma constelação. O lendário Cetus foi morto
                por Perseu para salvar Andrômeda da ira de Poseidon. Leviatã é o nome
                de um lendário monstro marinho narrado na bíblia. O nome da espécie
                fóssil que correponde ao maior cetáceo que já existiu, deriva tanto do
                monstro mitológico Leviatã e da literatura. Melvillei é uma homenagem ao
                escritor ianque da obra Moby Dick, Herman Melville. A obra conta a
                história da caça à baleia Moby Dick, e é mundialmente conhecida.
7) Hypnos monopterygius,
A espécie Hypnos monopterygius é nativa da Austrália. Pertencem a
ordem dos Peixes Rajiformes sendo parentes da raia e da jamanta. O
gênero recebeu o nome do deus grego do sono Hypnos talvez devido
ao seu comportamento, pois fica estática no fundo do mar.
Monoperygius origina-se do fato do animal possuir apenas um pterígio
(talvez o corpo é formado por uma única forma triangular).

                       8) Orcus - gênero de cocinelídeos ou joaninhas
                       Orcus australasiae
                       O nome Orcus deriva da mitologia etrusca e romana. Orcus era o
                       nome de uma divindade infernal que mais tarde foi associada a
outros deuses como Mantus, Plutão, Dis Pater e Hades. As joaninhas ou cocinelídeos
apesar de serem inofensivas, quando são larvas possuem uma forma assustadora. Talvez
seja por isso que recebeu o nome infernal para o gênero.

9) Mormo - gênero de mariposas
Mormo maura
              “Terrível escura” ou Mormo maura é o nome da
              espécie de mariposa que recebeu esse nome
              graças a uma entidade grega conhecida como
              Mormo. Mormo é identificado como o consorte da
              deusa da magia Hécate. Muitas espécies de
              lepidópteros receberam nomes derivados de seres
              da mitologia como Dagon, gênero de borboletas
              que foi associado a um monstro mitológico de
              mesmo nome.

                10) Erebus - gênero de mariposas
                Erebus macrops
                Erébo era o nome que os gregos davam ao submundo. Erébo é sinônimo
                de hades ou inferno. O nome Erebus macrops possivelmente significa
“Grande Visão do Inferno” ou “Olhos do Erebo” devido as formas da mariposa que formam
dois olhos em suas asas.

11) Aquerontia laquesis
                              Aquerontia laquesis é outra espécie de mariposa que
                              possui seu nome derivado de personalidades do
                              submundo da mitologia grega. Aquerontia deriva de
                              Aqueronte, um dos cinco rios do inferno. Laquesis é uma
                              das três Moiras, divindades que eram responsáveis por
                              tecer os fios da vida de todos os homens e mulheres
                              vivos. A espécie apresenta o formato de uma caveira nas
                              suas costas!

12) Lachesis – gênero de cobras
Laquésis também é o nome do gênero de cobras.

                   13) Megaera ou Trimeresurus – gênero
                   de cobras.
                   Megaera é o nome de um gênero de
                   cobras. Porém atualmente os biólogos substituíram o nome Megaera
                   por Trimeresurus. Megera é uma das Fúrias assim como Alecto e
                   Tisífone.

                     14) Tartarus – gênero de aranhas
Tartarus murdochensis
As aranhas do gênero Tartarus receberam essa denominação devido a um dos domínios
mais remotos do Erébo ou inferno grego: o Tártaro. O Tártaro é a
prisão dos Titãs e dos condenados pelos deuses por crimes hediondos.

15) Alouatta belzebul – guariba-de-mãos-ruivas
Essa espécie de guariba nativo do Estado do Maranhão, no Brasil,
recebeu o cognome de “Belzebul” devido ao seu grito assustador
emitido nas florestas tropicais da América do Sul. Apesar da aparência frágil, o grito é
capaz de assustar realmente!

                              16) Molossus – gênero de morcegos
                              Mormoops blainvilii
                              O nome Molossus deriva do antigo Estado do Épiro na
                              Molóssia, atual Grécia. Os
                              molossos eram famosos e
                              temidos na antiguidade por
                              seus hábitos “sinistros”. A
                              famosa mãe de Alexandre
                              o Grande, Olímpia, era do
                              Reino da Molóssia, e era
                              destacada         feiticeira.
                              Porém a espécie de
                              morcego                 mais
aterrorizante é   o   Mormoops, que significa “Visão
Assustadora”.

17) Empusa pennata
Empusa pennata é o nome de uma espécie de louva-a-deus nativo da Espanha e França.
O seu aspecto fantasmagórico valeu o seu nome cientifico de Empusa, que na mitologia
grega, eram fantasmas que acompanham o séquito da deusa Hécate, assim como
Mormo, Lamia e os mormolyceas (lobos alados).

                              18) Idolomantis diabolica
                              O nome mais original de um animal, sem dúvida é o
                              Idolomantis diabolica. Seu nome significa “Louva-a-deus e
                              ídolos diabólicos”. A
                              natureza    criou     uma
                              espécie        totalmente
                              assustadora       e     ao
                              mesmo               tempo
                              maravilhosa. Mas foram
                              os      homens         que
                              batizaram a espécie com
                              esse nome esquisito.
Pégaso e a Quimera
Quando Perseu cortou a cabeça de Medusa, o sangue, caindo sobre a terra, transformou-
se no cavalo alado Pégaso. Minerva pegou-o e amansou-o, dando-o de presente às
musas. A fonte de Hipocreue, situada na montanha onde viviam as musas, Hélicon, foi
aberta por um coice daquele cavalo. A Quimera era um monstro horripilante, que expelia
fogo pela boca e pelas narinas. A parte anterior de seu corpo era uma combinação de
leão e cabra e a parte posterior, a de um dragão. Causava grandes estragos na Lícia, de
sorte que o rei do país, lobates, procurava um herói para destruí-la. Naquela ocasião,
chegou à sua corte um jovem e bravo guerreiro, chamado Belerofonte, que trazia carta de
                                       Proteu, genro de lobates, recomendando-o em
                                       termos calorosos como um herói invencível, mas
                                       acrescentando, no fim, um pedido ao sogro para
                                       mandar matá-lo. O motivo disso é que Proteu tinha
                                       ciúme de Belerofonte, por desconfiar de que sua
                                       esposa, Antéia, nutria demasiada admiração pelo
                                       jovem guerreiro. Ao ler as cartas, Iobates ficou
                                       hesitante, não querendo violar as regras da
                                       hospitalidade, mas desejoso de satisfazer a
                                       vontade do genro. Teve, então, a idéia de mandar
                                       Belerofonte lutar contra a Quimera. Belerofonte
                                       aceitou a proposta, mas antes de entrar em
                                       combate, consultou o vidente Polido, que o
                                       aconselhou a recorrer, se possível, para a luta, ao
                                       cavalo Pégaso. Para esse fim, o jovem deveria
                                       passar a noite no templo de Minerva. Assim fez
                                       Belerofonte e, enquanto dormia, Minerva procurou-
                                       o e entregou-lhe uma rédea de ouro, que se
encontrava na mão do jovem quando ele despertou. Minerva mostrou-lhe, também,
Pégaso bebendo água no poço de Pirene, e, mal avistou a rédea dourada, o cavalo
aproximou-se docilmente e se deixou cavalgar. Nele montado, Belerofonte elevou-se nos
ares, não tardou a encontrar a Quimera e obteve uma fácil vitória sobre o monstro. Depois
de vencer a Quimera, Belerofonte foi exposto a novos perigos e trabalhos por seu pouco
amável hospedeiro, mas, com a ajuda de Pégaso, triunfou em todas as provas, até que
Iobates, vendo que o herói era
particularmente favorecido pelos
deuses, deu-lhe sua filha em
casamento      e   tornou-o     seu
sucessor     no     trono.   Afinal
Belerofonte, por seu orgulho e
presunção, incorreu na ira dos
deuses; chegou, segundo se
conta, a tentar voar até o céu em
seu corcel alado, mas Júpiter
mandou um moscardo atormentar
Pégaso. O cavalo atirou ao chão o
cavaleiro, que, em conseqüência,
se tornou coxo e cego. Depois
disso, Belerofonte vagou sozinho
pelos campos aleanos, evitando o
contato dos homens, e morreu
miseravelmente.
A Esfinge
                            Laio, rei de Tebas, foi advertido por um oráculo de que
                            haveria perigo para sua vida e seu trono se crescesse seu
                            filho recém-nascido. Ele, então, entregou a criança a um
                            pastor, com ordem que fosse morta. O pastor levado pela
                            piedade, ao mesmo tempo, não se atrevendo a desobedecer
                            à ordem recebida, amarrou a criança pelos pés e deixou-a
                            pendendo de uma árvore. O menino foi encontrado por um
                            camponês, que o levou aos seus patrões. O casal adotou a
                            criança, que recebeu o nome de Édipo, ou Pés-Distendidos.
                            Anos depois, quando Laio se dirigia para Delfos,
                            acompanhado apenas de um servo, encontrou-se, numa
                            estrada muito estreita, com um jovem que também dirigia um
                            carro. Como este se recusasse a obedecer à ordem de
                            afastar-se do caminho, o servo matou um de seus cavalos, e
                            o estranho, furioso, matou Laio e seu servo. O jovem era
                            Édipo que, desse modo, se tornou o
                            assassino involuntário do próprio pai.
Pouco depois desse fato, a cidade de Tebas viu-se afligida por um
monstro, que assolava as estradas e era chamado de Esfinge.
Tinha a parte inferior do corpo de leão e a parte superior de uma
mulher e, agachada no alto de um rochedo, detinha todos os
viajantes que passavam pelo caminho, propondo-lhes um enigma,
com a condição de que passariam sãos e salvos aqueles que o
decifrassem, mas seriam mortos os que não conseguissem
encontrar a solução. Ninguém conseguira decifrar o enigma, e
todos haviam sido mortos. Édipo, sem se deixar intimidar pelas
assustadoras narrativas, aceitou, ousadamente, o desafio.
— Qual é o animal que de manhã anda com quatro pés, à tarde
com dois e à noite com três? — perguntou a Esfinge.
— É o homem, que engatinha na infância, anda ereto na
juventude e com ajuda de um bastão na velhice — respondeu
Édipo.
A Esfinge ficou tão humilhada ao ver resolvido o enigma, que se atirou do alto do rochedo
e morreu.
A gratidão do povo pela sua libertação foi tão grande que fez de Édipo seu rei, dando-lhe
a rainha Jocasta em casamento. Não conhecendo seus progenitores, Édipo já se tornara
assassino do próprio pai; casando-se com a rainha, tornou-se marido da própria mãe.
Esses horrores ficaram desconhecidos, até que Tebas foi assolada pela peste e, sendo
consultado o oráculo, revelou-se o duplo crime de Édipo. Jocasta pôs fim à própria vida e
Édipo, tendo enlouquecido, furou os olhos e fugiu de Tebas, temido e abandonado por
todos, exceto pelas filhas, que fielmente o seguiram, até que, depois de dolorosa
peregrinação, ele se libertou de sua desgraçada vida. (Thomas Bulfinch, O Livro de Ouro
da Mitologia Grega)
Atividades
1) As duas peças de cerâmica abaixo foram produzidas na Grécia Antiga e retratam mitos
das cidades-Estado e estórias de herois. Analise as duas peças de cerâmica identificando
o nome dos herois e dos monstros retratados:




2) Faça o reconto da história de um dos heróis citados na questão anterior e dê um título
ao seu texto considerando a cena retratada na pintura
abaixo:

     Sucedeu que Tutmósis, chegou, ao meio-dia, e
     repousou à sombra desse deus. Um sonho
     acometeu-o e esse deus disse:
     “Contempla-me! Meu filho. Eu sou teu pai, e te
     darei meu reino na terra da fonte da vida. Usarás
     a coroa no trono. Tua será toda a terra. Teu será
     o alimento das Duas Terras, o tributo de todos os
     países, a duração de um longo período de anos.
     Tua é minha face, para ti se volta o meu desejo. Serás para mim um protetor,
     sinto-me adoecer em todos os meus membros. Alcançou-me a areia deste
     deserto sobre o qual estou; volta-te para mim, para fazer aquilo que desejei,
     vem para cá, eis que estou contigo, eis que sou o teu guia”
     Quando ele terminou este discurso, esse filho de rei acordou compreendeu as
     palavras desse deus e disse disse: “Vem, corramos à cidade entoaremos
     louvores à estátua feita para Atum”.
     O trecho acima descreve a Estela do Sonho erigida a mando do Faraó
     Tutmósis, após ter tido um sonho no qual a Esfinge lhe dizia que daria o trono
     do Egito caso ele a desenterrasse das areias do deserto. A Esfinge é a maior
     rocha talhada do mundo e desde os primórdios viajantes tem encontrado
     semelhanças entre ela e o monstro formulador de enigmas da mitologia grega.
     O nome do personagem que resolveu o enigma da Esfinge na mitologia grega
     é:
Teseu e o Minotauro
Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas, e de Etra, filha do rei de Trézen, por
quem foi criado. Depois de homem, foi mandado a Atenas e entregue a seu
pai. Egeu, separando-se de Etra, antes do nascimento do filho, colocou a
espada e as sandálias sob uma grande pedra e determinou à esposa que lhe
mandasse o filho quando este fosse bastante forte para levantar a pedra.
Chegada a ocasião, a mãe de Teseu executou a incumbência e o jovem
removeu a pedra com facilidade e se apoderou da espada e das sandálias.
Como as estradas estavam infestadas de bandidos, o avô de Teseu
aconselhou-o a seguir o caminho mais seguro e mais curto para o país de seu
pai: por mar. O jovem, contudo, sentindo em si o espírito e a alma de um herói,
e desejoso de se destacar como Hércules, cuja fama corria, então, por toda a
Grécia, pelo fato de destruir os malfeitores e os monstros que flagelavam o
país, resolveu fazer a viagem mais perigosa e aventurosa por terra.
No primeiro dia de viagem, chegou a Epidauro, onde vivia um filho de Vulcano,
Perifetes, selvagem feroz, sempre armado com uma clava de ferro, que
atemorizava os viajantes, com seus atos de violência. Ao ver aproximar-se
Teseu, ele o atacou, mas foi logo vencido pelo jovem herói que se apoderou de
sua clava e trouxe-a sempre consigo, depois disso, como lembrança de sua
primeira vitória.
Seguiram-se várias lutas semelhantes contra tiranetes e bandidos e em todas
Teseu saiu vitorioso. Um dos malfeitores chamava-se Procusto e tinha um leito
de ferro, no qual costumava amarrar todos os viajantes que lhe caíam nas
mãos. Se eram menores que o leito, ele lhes espichava as pernas e, se fossem
maiores, cortava a parte que sobrava. Teseu castigou-o, fazendo com ele o
que ele fazia com os outros. Tendo vencido todos os perigos da viagem, Teseu
finalmente chegou a Atenas, onde novas ameaças o aguardavam. Medéia, a
feiticeira, que fugira de Corinto, depois de separar-se de Jasão, tornara-se
esposa de Egeu, pai de Teseu. Sabendo, graças às suas artes, quem ele era, e
receando perder a influência sobre o marido, se Teseu fosse reconhecido como
seu filho, induziu mil suspeitas no espírito de Egeu e aconselhou-o a fazer o
jovem estrangeiro beber uma taça de veneno. No entanto, quando Teseu
avançava para receber a taça, seu pai, reconhecendo a espada que ele trazia,
viu quem ele era e não deixou que tomasse o veneno. Medéia, desmascarada,
fugiu mais uma vez ao merecido castigo indo para a Ásia, onde deu nome ao
país posteriormente chamado Média. Teseu foi reconhecido pelo pai e
declarado seu sucessor. Os atenienses encontravam-se, naquela época, em
estado de grande aflição, devido ao tributo que eram obrigados a pagar a
Minos, rei de Tebas. Esse tributo consistia em sete jovens e sete donzelas, que
eram entregues todos os anos, a fim de serem devorados pelo Minotauro,
monstro com corpo de homem e cabeça de touro, forte e feroz, que era
mantido num labirinto construído por Dédalo, e tão habilmente projetado que
quem se visse ali encerrado não conseguiria sair, sem ajuda.
Teseu resolveu livrar seus patrícios dessa calamidade, ou morrer na tentativa.
Assim, quando chegou a ocasião de enviar o tributo e os jovens foram
sorteados, de acordo com o costume, ele se ofereceu para ser uma das
vítimas, a despeito dos rogos de seu pai. O navio partiu, como era de hábito,
com velas negras, que Teseu prometeu ao pai mudar para brancas no caso de
regressar vitorioso. Chegando a Creta, os jovens e donzelas foram todos
exibidos diante de Minos, e Ariadne, filha do rei, que estava presente,
apaixonou-se por Teseu, e este amor foi correspondido. A jovem deu-lhe,
então, uma espada, para enfrentar o Minotauro, e um novelo de linha, graças
ao qual poderia encontrar o caminho. Teseu foi bem-sucedido, matando o
Minotauro e saindo do labirinto. Levando, então, Ariadne, regressou a Atenas,
juntamente com os companheiros salvos do monstro. Durante a viagem,
pararam na Ilha de Naxos, onde Teseu abandonou Ariadne, deixando-a
adormecida.1 A desculpa que deu para tratar com tanta ingratidão sua
benfeitora foi que Minerva lhe apareceu num sonho ordenando-lhe que assim o
fizesse. Ao aproximar-se do litoral da Atica, Teseu esqueceu-se da combinação
que fizera com o pai e não mandou alçar as velas brancas. O velho rei,
julgando que o filho tivesse morrido, suicidou-se. Teseu tornou-se, então, rei de
Atenas.

A Amazomáquia e a Centauromáquia
Uma das mais célebres aventuras de Teseu foi a expedição contra as
amazonas. Atacou-as antes que elas se tivessem refeito da derrota infligida por
Hércules, e aprisionou sua rainha, Antíope. As amazonas, por sua vez,
invadiram o reino de Atenas, penetrando na própria cidade, onde se travou a
batalha final, em que Teseu as derrotou. Essa batalha foi um dos assuntos
favoritos dos escultores da antigüidade e ainda existem várias obras-de-arte
que a representam.
A amizade entre Teseu e Pírito, embora íntima, originou-se em combate. Pírito
invadiu a planície de Maratona e roubou os rebanhos do rei de Atenas. Teseu
foi repelir os invasores. No momento em que o viu,
Pírito foi tomado de admiração; estendeu a mão, como sinal de paz e gritou:
— Sê juiz tu mesmo. Que satisfação exiges?
— Tua amizade — respondeu o ateniense.
E os dois juraram inviolável fidelidade. Suas façanhas correspondiam a seus
votos e eles se mantiveram sempre verdadeiros irmãos de armas. Ambos
aspiravam desposar uma filha de Júpiter. Teseu escolheu Helena, ainda
criança e mais tarde tão célebre por causa da Guerra de Tróia, e, com ajuda do
amigo, raptou-a. Pírito aspirava conquistar a esposa do monarca de Erebo, e
Teseu, embora consciente do perigo, acompanhou o ambicioso amante, na
descida ao mundo subterrâneo. Plutão, porém, aprisionou-os e prendeu-os
numa rocha encantada na porta de seu palácio, onde ficaram até que Hércules
chegou e libertou Teseu, deixando Pírito entregue ao seu destino. Depois da
morte de Antíope, Teseu desposou Fedra, filha de Minos, rei de Tebas. Fedra
viu em Hipólito, filho de Teseu, um jovem dotado de todas as qualidades e
virtudes do pai, e de idade correspondendo à sua própria. Amou-o, mas ele a
repeliu e o amor transformou-se em ódio. Fedra lançou mão do apaixonado
marido, para torná-lo ciumento do filho e Teseu invocou contra ele a vingança
de Netuno. Quando Hipólito, certo dia, dirigia seu carro junto à praia, um
monstro marinho surgiu das águas e espantou os cavalos, que dispararam,
despedaçando o carro. Hipólito morreu, mas, com a ajuda de Esculápio, Diana
ressuscitou-o e afastou-o do iludido pai e da traiçoeira madrasta, deixando-o na
Itália, sob a proteção da ninfa Egéria. Finalmente, Teseu, privado da simpatia
de seu povo, retirou-se para a corte de Licômedes, rei dos Ciros, que, a
princípio, o tratou com bondade, porém, mais tarde, matou-o traiçoeiramente.
Em época posterior, o general ateniense Címon descobriu o lugar onde jaziam
seus restos, que foram traslados para Atenas e depositados num templo
chamado Teseum, erguido em honra do herói. A rainha das Amazonas que
Teseu desposou é chamada por alguns de Hipólita. Este é o nome que aparece
no Sonho de Uma Noite de Verão de Shakespeare, cujo enredo são as
festividades que precederam as núpcias de Teseu e Hipólita.
Teseu é um personagem semi-histórico, que unificou as diversas tribos que
habitavam o território da Ática, do qual Atenas se tornou a capital.
Comemorando esse importante acontecimento, foi instituída a festividade
chamada Panatenéias, em honra de Minerva, padroeira de Atenas. Essa
festividade diferenciava-se das outras festividades gregas, principalmente em
duas coisas: era peculiar aos atenienses e sua característica principal consistia
numa procissão solene, em que o Péplus, ou túnica sagrada de Minerva, era
levado para o Partenon e colocado diante da estátua da deusa. O Péplus era
coberto de bordados, executados por virgens escolhidas entre as mais nobres
famílias de Atenas. Da procissão participavam pessoas de todas as idades e
de ambos os sexos. Os velhos traziam nas mãos ramos de oliveira e os moços,
armas, ao passo que as moças levavam na cabeça cestos com os utensílios
sagrados, bolos e tudo mais necessário aos sacrifícios. Essa procissão
constituiu o motivo dos baixos-relevos que ornamentavam a parte externa do
Partenon, e grande parte dos quais encontra-se, atualmente, no Museu
Britânico, sendo conhecida como "mármores de Elgin".
Perseu e Medusa
Perseu era filho de Júpiter e de Dânae. Seu avô, Acrísio, assustado com a
predição de um oráculo, no sentido de que o filho de sua filha seria o
instrumento de sua morte, determinou que a mãe e o filho fossem encerrados
                                   numa arca, e esta colocada no mar. A arca
                                   flutuou até Serifo, onde foi encontrada por
                                   um pescador, que levou a mãe e o filho a
                                   Polidectes, o rei do país, que os tratou
                                   com bondade. Quando Perseu tornou-se
                                   homem, Polidectes mandou-o combater
                                   Medusa, monstro terrível que devastava o
                                   país. Medusa fora outrora uma linda
                                   donzela, que se orgulhava principalmente
                                   de seus cabelos, mas se atreveu a
                                   competir em beleza com Minerva, e a
                                   deusa privou-a de seus encantos e
                                   transformou as lindas madeixas em
                                   hórridas serpentes. Medusa tornou-se um
                                   monstro cruel, de aspecto tão horrível, que
                                   nenhum ser vivo podia fitá-la sem se
                                   transformar em pedra. Em torno da cavem;
                                   onde ela vivia, viam-se as figuras
                                   petrificadas de homens e de animais que
tinham ousado contemplá-la. Perseu, com Apolo de Minerva, que lhe enviou
seu escudo, e de Mercúrio, que lhe mandou suas sandálias aladas, aproximou-
se de Medusa enquanto ela dormia e, tomando o cuidado de não olhar
diretamente para o monstro, e sim guiado pela imagem refletida no brilhante
escudo que trazia, cortou-lhe a cabeça e ofereceu a Minerva, que passou a
trazê-la presa no meio da Égide.

Perseu e Atlas
Depois de matar Medusa, Perseu, carregando a cabeça da górgona, voou
sobre a terra e sobre o mar. Ao anoitecer, atingiu o limite ocidental da Terra,
onde o sol se põe. Sentir-se-ia feliz de ali descansar até o amanhecer. Era o
reino de Atlas, cuja estatura ultrapassava a de todos os outros homens.
Possuía ele grande riqueza em rebanhos e não tinha vizinho ou rival que lhe
disputasse os bens. Seu maior orgulho, porém, eram os seus jardins, onde
frutos de ouro pendiam de galhos também de ouro, ocultos por folhas de ouro.
— Vim como hóspede — disse-lhe Perseu. — Se honrais uma origem ilustre,
sabe que tenho Júpiter por pai. Se preferes feitos valorosos, sabe que venci a
górgona. Procuro repouso e alimento. Atlas, porém, lembrou-se de que uma
velha profecia o advertira de que um filho de Jove lhe roubaria, um dia, as
maçãs de ouro. — Sai! — retrucou, portanto. — Não serás protegido por tuas
falsas pretensões de origem ilustre ou feitos gloriosos. Ao mesmo tempo, tratou
de expulsá-lo. Perseu, percebendo que o gigante era muito forte para ele,
retrucou: — Uma vez que prezas tão pouco minha amizade, digna-te de
receber um presente. E, virando o rosto para o lado, levantou a cabeça da
górgona. O corpo enorme de Atlas transformou-se em pedra. Sua barba e seus
cabelos tornaram-se florestas, os braços e ombros, rochedos, a cabeça, um
cume e os ossos, as rochas. Cada parte aumentou de volume até se tornar
uma montanha e (assim quiseram os deuses) o céu, com todas as suas
estrelas, se apóia em seus ombros.

O Monstro Marinho
Continuando seu vôo, Perseu chegou ao país dos etíopes, cujo rei era Cefeu. A
rainha Cassiopeia, orgulhosa de sua beleza, atrevera-se a comparar-se com as
ninfas marinhas, que, indignadas, mandaram um prodigioso monstro marinho
devastar o litoral. A fim de apaziguar as divindades,
Cefeu foi aconselhado, por um oráculo, a expor sua filha Andrômeda, para ser
devorada pelo monstro. Olhando do alto, em seu vôo, Perseu avistou a virgem
acorrentada a um rochedo e esperando que o dragão se aproximasse. Estava
tão pálida e imóvel, que, se não fossem as lágrimas que escorriam e os
cabelos que a brisa agitava, Perseu a teria tomado por uma estátua de
mármore. Tão surpreso ficou ele diante do que via, que quase se esqueceu de
bater as asas. Adejando sobre Andrômeda, exclamou: — O virgem, que não
mereces estas cadeias, mas antes aquelas que prendem os amantes, dize-me,
peço-te, teu nome e o nome de teu país, e por que estás presa desse modo.
Ela, a princípio, manteve-se em silêncio, levada pelo recato, e teria escondido o
rosto nas mãos, se o pudesse. Quando, porém, ele repetiu as perguntas,
receosa de que lhe fosse atribuída a culpa de algum ato que não cometera, a
virgem revelou seu nome e o de seu país, e o orgulho de sua mãe com a
própria beleza. Antes que acabasse de falar, ouviu-se um ruído vindo da água
e apareceu o monstro marinho, com a cabeça erguida sobre a superfície,
cortando as ondas com o enorme peito. A virgem estremeceu, e seus pais, que
haviam chegado ao local, mostravam-se desesperados, principalmente a mãe,
que, incapaz, contudo, de proteger a filha, limitava-se a lamentar e abraçar a
vítima.
— Não há tempo para lágrimas — exclamou Perseu, então. — Só temos este
momento para salvá-la. Minha posição como filho de Júpiter e meu renome
como matador da górgona torna-me aceitável como pretendente. Tentarei,
contudo, merecê-la pelos serviços prestados, se os deuses me forem propícios.
Se ela for salva pelo meu valor, peço que seja a minha recompensa.
Os pais consentiram (quem teria hesitado?) e prometeram, com a filha, um
dote real. O monstro já se encontrava a uma distância em que seria alcançado
por uma pedrada de um hábil atirador, quando o jovem, num impulso súbito,
ergueu-se no ar. Como uma águia, quando das alturas em que voa, avista uma
serpente aquecendo-se ao sol, lança-se sobre ela e prende-a pelo pescoço,
impedindo-a de virar a cabeça e utilizar-se de seus dentes, assim o jovem
investiu contra o dorso do monstro, mergulhando a espada em seus ombros.
Furioso com o ferimento, o monstro ergueu-se no ar, depois mergulhou no mar
e, em seguida, como o javali cercado por uma matilha de cães, voltou-se
rapidamente de um lado para o outro enquanto o jovem livrava-se de seus
ataques por meio das asas. Sempre que conseguia encontrar, entre as
escamas, uma passagem para a espada, Perseu produzia um ferimento no
monstro, atingindo ora o flanco, ora as proximidades da cauda. A fera lançava,
pelas narinas, água misturada com sangue. As asas do herói estavam
molhadas e ele já não se atrevia a confiar nelas. Colocando-se num rochedo
que se erguia acima das ondas, e erguendo um fragmento da rocha, desfechou
com ele o golpe mortal. O povo, que se reunira na praia, ergueu um grito que
ecoou pelos montes. Os pais, arrebatados de alegria, abraçaram o futuro
genro, proclamando-o libertador e salvador de sua casa, e a virgem, causa e
recompensa da luta, desceu do rochedo.
Cassiopeia é chamada a "estelar rainha da Etiópia", porque, depois de morta,
foi colocada entre as estrelas, formando a constelação daquele nome. Embora
tivesse alcançado essa honra, as ninfas do mar, suas velhas inimigas,
conseguiram que ela fosse colocada na parte do céu próxima ao pólo, onde,
todas as noites, tem de passar metade do tempo com a cabeça para baixo,
recebendo uma lição de humildade.

A Festa Nupcial
Acompanhando Perseu e Andrômeda, os alegres pais voltaram ao palácio
onde se realizou um banquete, e tudo era risos e alegria. De súbito, porém,
ouviram-se gritos belicosos, e Frineu, o noivo da donzela, surgiu com um grupo
de seus sequazes, exigindo a jovem, como sua. Em vão Cefeu retrucou-lhe: —
Deverias tê-la reclamado quando ela se encontrava acorrentada ao rochedo,
vítima do monstro. A sentença dos deuses, voltando-a a tal destino, dissolveu
todos os compromissos, como a morte o teria feito. Frineu, em vez de
responder, lançou seu dardo contra Perseu, não o atingindo, porém, e ficando
desarmado. Perseu teria replicado, lançando o próprio dardo, mas o covarde
atacante fugiu e escondeu-se atrás do altar. Isso foi sinal para o ataque geral
de seu bando contra os convivas de Cefeu. Estes defenderam-se seguindo-se
um conflito geral, e o velho rei retirou-se da cena depois de infrutíferos apelos,
invocando o testemunho dos deuses de que não tinha culpa do ultraje aos
deveres de hospitalidade. Perseu e seu amigos sustentaram, por algum tempo,
a luta desigual, mas o número de atacantes era excessivo para eles e sua
destruição parecia inevitável, quando Perseu teve uma idéia. "Farei minha
inimiga defender-me." Depois exclamou, em voz alta:
— Se tenho aqui algum amigo, que ele afaste os olhos! E levantou a cabeça de
Medusa
— Não tentes amedrontar-nos com tuas imposturas! — exclamou Tesceleu.
Ergueu o dardo, para lançá-lo, e transformou-se em pedra nessa posição.
Ampix ia cravar a espada no corpo de um inimigo prostrado, mas seu braço
inteiriçou-se, e ele não pôde estendê-lo, nem dobrá-lo. Outro, no meio de um
ruidoso desafio ficou com a boca aberta, sem emitir qualquer som. Aconteus,
um dos amigos de Perseu, avistou a górgona e imobilizou-se como os outros.
Astíages atingiu-o com a espada, mas esta, em vez de feri-lo, retrocedeu, com
um ruído áspero. Frineu, contemplando o terrível resultado de sua injusta
agressão, ficou transtornado. Chamou os amigos, em voz alta, mas não obteve
resposta; tocou-os e viu que eram pedra. Caindo de joelhos e estendendo os
braços para Perseu, mas com o rosto voltado para outro lado, implorou
misericórdia. — Toma tudo, mas poupa-me a vida — exclamou. — Desprezível
covarde — retrucou Perseu —, conceder-te-ei isso. Nenhuma arma te tocará.
Além disso, serás conservado em minha casa, como lembrança destes
acontecimentos.
Assim dizendo, levantou a cabeça da górgona na direção em que Frineu olhava
e este transformou-se num bloco de pedra, na mesma posição em que se
encontrava, de joelhos, com os braços estendidos e o rosto virado.
Jasão e os Argonautas
Viviam na Tessália os reis Atamas e Nefele, que tinham um casal de filhos. Atamas se
enfadou da esposa, expulsou-a e casou-se com outra mulher. Nefele, receosa de que os
filhos corressem perigo pediu ajuda a Hermes que deu-lhe um carneiro com um velocino
de ouro, no qual Nefele colocou as duas crianças que as levaria a um lugar seguro. O
carneiro elevou-se no ar rumando ao nascente, até que, ao passar sobre o estreito que
separa a Europa da Ásia, a menina, chamada Heles, caiu no mar, que passou a ser
chamado Helesponto. O carneiro continuou a viagem, até chegar ao reino da Cólquida, na
costa do Mar Negro, onde depositou o menino Frixo. Frixo sacrificou o carneiro a Zeus e
ofereceu a Etes o Velocino de Ouro, que foi posto numa gruta sagrada, sob a guarda de
um dragão que não dormia. Havia na Tessália outro reino, perto do de Atamas, e
governado pelo seu irmão Pélias. Cansado com o trabalho de governo, o Rei Esão
passou a coroa a seu irmão, até a maioridade do seu filho Jasão. Jasão foi reclamar a
coroa, Pélias fingiu-se disposto a entregá-la, mas, sugeriu ao jovem a aventura de ir em
busca do Velocino de Ouro, que se sabia estar na Cólquida. Jasão acolheu a idéia e
tratou de fazer os preparativos para a expedição. Jasão incumbiu Argos de construir uma
embarcação capaz de transportar cinqüenta homens. O barco tomou o nome de "Argo",
em homenagem ao seu construtor. Jasão convidou a participarem da empresa todos os
jovens gregos amantes de aventuras como Hércules, Teseu, Orfeu e Nestor. Os
expedicionários foram chamados argonautas. O "Argo", com sua tripulação, deixou a
Tessália e, depois de tocar na Ilha de Lemos, fez a travessia para a Mísia e dali passou à
Trácia, onde os argonautas encontraram o sábio Frineu e dele receberam instruções
sobre o futuro curso. A entrada do Ponto Euxino estava impedida por duas pequenas ilhas
rochosas, que flutuavam na superfície do mar e, sacudidas pelas vagas, ajuntavam-se, às
vezes, esmagando completamente qualquer objeto que estivesse entre elas. Eram
chamadas as Simplegades. Frineu instruiu os argonautas sobre o modo de atravessar
aquele estreito perigoso. Quando os expedicionários chegaram às ilhas, soltaram uma
pomba, que passou entre os rochedos sã e salva, perdendo só algumas penas da cauda.
Jasão e seus companheiros aproveitaram-se do momento favorável em que as ilhas se
afastavam uma da outra, remaram com vigor e passaram a salvo, enquanto as ilhas se
colidiam de novo, atingindo a popa do barco. Remaram, então, ao longo do litoral, até
chegarem à extremidade oriental do mar, onde desembarcaram no reino da Cólquida.
Jasão transmitiu sua mensagem ao rei Etes, que concordou em desistir do Velocino de
Ouro, se Jasão, por sua vez, concordasse em arar a terra com dois touros de patas de
bronze que soltavam fogo pela boca e pelas narinas, e semeasse os dentes do dragão
que Cadmo matara e dos quais sairia, segundo se sabia, uma safra de guerreiros, que
voltariam suas armas contra o semeador. Jasão aceitou as condições e foi marcada a
ocasião das provas. Antes, porém, Medéia a filha do rei, decidiu ajudá-lo, em troca de se
casar com ela, invocando, por juramento, o testemunho de Hécate. Medéia cedeu e,
graças à sua ajuda, pois ela era uma poderosa feiticeira, Jasão conseguiu um
encantamento, para se livrar da respiração de fogo dos touros e das armas dos
guerreiros. Na ocasião marcada, o povo reuniu-se no Campo de Marte e o rei sentou-se
no trono Os touros de patas de bronze surgiram, respirando fogo e queimando as ervas,
enquanto passavam, com as chamas que lhe saíam das narinas. O ruído que faziam era
semelhante ao de uma fornalha e a fumaça que desprendiam à provocada pela água
lançada sobre a cal viva. Jasão avançou, ousadamente, para enfrentá-los. Seus amigos
tremeram ao contemplá-lo. Não obstante a respiração de fogo dos touros, ele lhes
acalmou com a voz, afagou-os no pescoço e destramente colocou-lhes o jugo e obrigou-
os a arar a terra. Os habitantes da Cólquida ficaram assombrados; os gregos lançaram
gritos de alegria. Logo surgiu a sementeira de homens armados e mal tinham atingido a
superfície da terra, esses homens, brandindo suas armas, investiram contra Jasão. Os
gregos tremeram de medo por seu herói. Jasão, durante algum tempo, manteve os
atacantes a distância, com a espada e o escudo, mas, vendo que seu número era
esmagador, recorreu ao encantamento que Medéia lhe ensinara: pegou uma pedra e
atirou-a no meio dos inimigos. Estes, imediatamente, voltaram as armas uns contra os
outros e, dentro em pouco, não havia vivo um só da estirpe do dragão. Os gregos
abraçaram seu herói, e Medéia também o teria abraçado, se se atrevesse.
Restava fazer adormecer o dragão que guardava o velocino e isso foi conseguido
lançando-se sobre ele algumas gotas de um preparado que Medéia fornecera. Sentindo-
lhe o cheiro, o dragão acalmou-se, ficou imóvel, por um momento, depois fechou os
grandes olhos redondos, que, segundo se sabia, nunca fechara antes e, virando-se de
lado, adormeceu. Jasão apoderou-se do velocino e, acompanhado dos amigos e de
Medéia, apressou-se em dirigir-se ao barco, antes que o rei Etes impedisse a partida, e
voltou à Tessália, onde todos chegaram sãos e salvos, e Jasão entregou o velocino a
Pélias e consagrou "Argo" a Netuno. Não sabemos o que foi feito posteriormente do
Velocino de Ouro, mas talvez se tenha verificado, à semelhança de muitos outros
tesouros, que ele não valera o trabalho da conquista.
Atividades

1) Enumere a seqüência dos acontecimentos da estória de Jasão (de 01 a 10):
                                     ___ A princesa Medeia apaixonada por Jasão ajuda o
                                     heroi a enfrentar o desafio proposto pelo rei Etes para
                                     entrar na caverna do dragão que protege o Velo de
                                     Ouro.
                                     ___ Após a semeadura os dentes de dragão
                                     originaram soldados completamente armados que
                                     atacam Jasão. Jasão luta contra os espartontes e
                                     joga a pedra enfeitiçada por Medeia para vencer os
                                     soldados.
                                     ___ Heróis de toda Grécia são convidados por Jasão
                                     para a expedição do Velocino de Ouro. Os heróis são
                                     chamados de Argonautas.
                                     ___ Jasão entra na caverna do dragão, que é
                                     adormecido graças a um feitiço preparado por
                                     Medeia. Jasão obtém o Velo de Ouro.
                                     ___ Jasão pede para Argo construir um barco com a
finalidade de chegar a Cólquida. Jasão batiza o barco de “Argo” em homenagem ao seu
construtor.
 ___ Jasão reclama o trono de Iolcos e seu tio Pélias ordena-o que encontre o Velo de
ouro.
___ No Campo de Marte Jasão semeia o campo com os dentes de dragão com touros de
patas de bronze que possuíam respiração flamejante.
___ Os argonautas chegam ao Reino da Cólquida, onde são recebidos pelo rei Etes e sua
filha Medeia.
___ Os Argonautas cruzam as Simplegades, um grupo de ilhas rochosas que flutuavam
no mar, que sacudidas, ajuntavam-se e esmagavam tudo que estivesse entre elas.
___ Os Argonautas iniciam sua jornada ao zarparem do porto de Iolcos em direção a
Cólquida. Na Ilha de Creta os Argonautas são atacados por Talos, um gigante de bronze,
construído por Hefesto, o ferreiro dos deuses.

2) Considerando a lenda do Minotauro dê um título para cada uma das imagens abaixo:




     ____________________           ____________________             ______________
Os 12 Trabalhos de Hércules
Sacrifício humano?
Há muito existem provas que podem destruir inteiramente a imagem da antiga civilização
minóica derivada dos afrescos. Cenas de flores de lírios e lótus conviviam com outras, de
elegantes damas conversando e se enfeitando — em resumo, a imagem de uma
sociedade culta e altamente sofisticada, apenas desfigurada pelas cenas do "jogo"
perigoso e suicida do salto ao touro. Sombra muito mais escura foi lançada em 1979,
pelas descobertas terríveis, feitas nos porões de uma enorme casa em Cnossos, por
                               Peter Warren, Professor de Arqueologia Clássica da
                               Universidade de Bristol.
                               Os aposentos superiores da casa ruíram sobre o porão, onde
                               foi encontrado o seu conteúdo — principalmente objetos do
                               cotidiano, como pesos para tecelagem, contas, ferramentas e
                               cerâmica. Havia também um grande vaso de armazenagem
                               contendo terra queimada, restos de caracóis e de mariscos
                               comestíveis, além de três ossos humanos, um dos quais (uma
                               vértebra cervical) com evidentes marcas de corte. Por que
                               esses géneros alimentícios estariam misturados a restos
                               humanos? O rasto das evidencias continuou num aposento
                               adjacente, escavado por Warren, que ele passou a chamar de
                               "Aposento dos Ossos de Crianças”. Ali encontrou 251 ossos
                               de animais pertencentes a bois, carneiros, porcos e cães, além
de 371 ossos e fragmentos de ossos humanos. A análise demonstrou a presença de
restos de pelo menos quatro indivíduos, todos crianças. No total, 79 desses ossos
continham marcas de cortes ou de terem sido serrados com lâmina fina. Em outros
aposentos da casa foram encontrados mais 54 ossos humanos, todos pertencentes a
crianças, e oito com marcas de corte.
Warren e sua equipe ficaram estarrecidos com o significado dessa prova. Em algumas
culturas antigas, os corpos eram desmembrados ou descarnados antes de serem
enterrados, ou mesmo escavados depois decomposição e enterrados novamente.
Entretanto, no caso dos ossos das crianças, os sinais de corte ficavam longe das
extremidades, onde se esperaria encontrar marcas, se as várias partes do corpo (por
exemplo, braço, antebraço e mão) fossem deliberadamente separadas. Isto sugeriu a
Warren e ao especialista em ossos Louis Binford que o corte não se destinara a
desmembrar o esqueleto, mas sim para remover a carne. Mas a ausência de marcas
longitudinais demonstrava que o propósito não era remover todos os vestígios de carne –
e sim grandes nacos – e portanto o objetivo talvez não fosse descarnar. Então, parece
que o que se fazia com os ossos não era parte de um ritual de sepultamento. Acontecia
alguma outra prática de culto, e Warren chegou à terrível conclusão de que envolvia o
sacrifício ritual de infantes, que depois eram cozinhados e ingeridos.
Naturalmente, como o próprio Warren admite, não há provas absolutas de que a carne
das crianças era consumida depois de removida dos ossos. Em todo caso, parece uma
explicação mais provável do que as outras alternativas como, por exemplo, simples
assassinato ou preparação para o sepultamento. Dennis Hughes, especialista em
classicismo da Universidade de lowa, sugeriu que os ossos foram levados para o porão
como parte de uma prática de um segundo sepultamento, e que já haviam sido separados
e descarnados antes de serem depositados ali. Contudo, admite que não há provas de
ritos de sepultamento. Embora se saiba que existia um segundo sepultamento em Creta,
na Idade do Bronze, não há exemplo de remoção de carne, nem de deliberada
desarticulação do corpo, antes do novo sepultamento. É preciso enfrentar o terrível fato
de que, se as marcas de cortes fossem encontradas em ossos de animais, os
arqueólogos assumiriam, sem pensar duas vezes, que estavam diante dos restos de uma
refeição.
A explicação de Warren, de consumação ritual, continua sendo a melhor, embora se
choque muito contra a tradicional ideia preconcebida de uma sociedade minoica
"pacífica". A presença de ossos de animais com marcas semelhantes, a terra queimada e
os caracóis comestíveis, sugerem que as crianças eram mortas, cozinhadas e ingeridas,
junto com os animais em festas associadas a algum culto religioso demoníaco. Também
não é tão difícil imaginar que as vítimas desse culto canibalesco eram trazidas das terras
dominadas — como Atenas, na lenda de Teseu. Se Warren estiver certo, tem-se uma
nova explicação para a origem da lenda de um monstro que comia crianças em Cnossos;
havia um monstro em Cnossos, sem cabeça de touro, mas suficientemente real, e ainda
mais sinistro do que o lendário Minotauro.
(JAMES, Peter. O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2002. p. 368-370).

1) Resolva a palavra cruzada abaixo:




Horizontal: 4. Nome da cidade onde foi encontrado um disco que pode ser a mais antiga
máquina de impressão do mundo, anterior mesmo a invenção de Gutenber. 6. Nome do
edifício construído por Dédalo para aprisionar o Minotauro. 8. Nome do lendário rei de
Creta. 9. Princesa fenícia, filha de Agenor, que foi abduzida por Zeus na forma de um
Touro Branco. 10. Nome do principal palácio da ilha de Creta
Vertical: 1. Lendário rei de Atenas, pai de Teseu, que batizou o nome do mar que
envolve a Grécia. 2 Deus dos mares da mitologia grega que fez sair do mar um Touro
Branco que deveria ter sido sacrificado por Minos. 3. Monstro com cabeça de touro e
corpo humano que se alimentava de carne humana. 5. Nome do grupo de ilhas gregas
localizadas entre a Península do Peloponeso e a ilha de Creta. 7. Princesa de Creta que
ajudou Teseu a vencer o Minotauro.
A Genealogia dos Reis de Micenas
A História Lendária de Micenas
O artigo abaixo descreve a história lendária de Micenas, que corresponde ao
período Micênico da história grega. A lenda refere-se da fundação de Micenas por
Perseu, ao governo de Agamêmnon, líder dos gregos na Guerra de Tróia.

O rei de Argos Acrísio possuía uma filha de grande beleza, Danae, que foi aprisionada em
uma torre de bronze após Acrísio ser alertado sobre uma profecia que dizia que ele seria
morto pelo seu próprio neto. Zeus, o deus do céu, se apaixonou por Danae e entrou na
torre disfarçando-se de uma chuva de ouro. Danae deu a luz a Perseu. Acrísio colocou
Danae e Perseu em uma arca e os jogaram no Mar Egeu. Danae foi salva por um
pescador e junto com Perseu passaram a viver na ilha de Serifos. Quando adulto Perseu
descobriu o seu passado e retornou a Argos. Acrísio que temia por sua vida devido a
profecia, propôs inúmeras tarefas para Perseu, uma delas decapitar a górgona Medusa.
Graças ao auxilio dos deuses Hermes, que lhe emprestou sua sandália alada, Atena, que
lhe emprestou seu escudo, e Hades, que lhe emprestou seu capacete da invisibilidade,
Perseu encontrou Medusa e graças a imagem da górgona refletida em seu escudo, pode
arrancar a sua cabeça. Após seu feito Perseu voou com as sandálias aladas de Hermes
por todo o firmamento, desde as terras ocidentais, moradia de Atlas, gigante que sustenta
o universo, até o reino dos etíopes. Na Etiópia Perseu encontrou uma bela moça
acorrentada a um rochedo. Ela revelou ser Andrômeda, princesa da Etiópia e devido a
presunção de sua mãe, Cassiopéia, que comparara sua beleza a das Nereidas, foi
destinada a servir de sacrifício ao monstro marinho Cetus, enviado por Poseidon para
destruir o reino da Etiópia. Perseu pediu a mão da moça em casamento caso ele
enfrentasse e vencesse o monstro. Os reis Cefeu e Cassiopéia aceitaram a proposta e do
fundo das águas surge o monstro marinho. Graças a sua espada, Perseu lutou com o
monstro e o eliminou. Vencido Cetus, Perseu obteve a mão de Andrômeda, e juntos
retornaram para Argos. Perseu e Andrômeda tiveram muitos filhos, os Perseidas, que
                                reinaram sobre as cidades fundadas por Perseu: Tirinto e
                                Micenas. Alceu se tornou rei de Tirinto e Estenêlo de
                                Micenas.
                                Alceu era pai de Anfitrião que estava em guerra contra os
                                tebanos. Durante sua campanha militar, Anfitrião
                                ausentou-se de Tirinto e Zeus enamorou-se pela esposa
                                do rei, Alcmena. Graças à um disfarce, Zeus se
                                metamorfoseou em Anfitrião e visitou os aposentos de
                                Alcmena. Alcmena engravidou e Anfitrião foi persuadido
                                por um emissário de Zeus, que Alcmena estava grávida de
                                um deus. No Olimpo Zeus profetiza que o próximo príncipe
                                perseida que nascer no Peloponeso será o rei de Micenas
                                e de toda a Grécia. Hera ao desconfiar se tratar de mais
                                uma das traições de seu marido, descobre que Zeus havia
                                a traído com Alcmena. Para puni-lo Hera atrasa a
                                gestação de Alcmena e nasce Euristeus, filho de Estenêlo,
                                antes de Hércules, filho de Alcmena. Zeus que havia
                                jurado pelo Estíge que o próximo perseida seria o rei de
            Perseu              toda a Grécia, não pode fazer nada para que seu filho
                                Hércules assumisse o trono de Micenas. Alcmena deu a
luz a dois filhos gêmeos, um mortal, Ificles, e outro semideus, Hércules (em grego
Heracles, “glória de Hera” ou Alcides, “descendente de Alceu”).
Hera passou a perseguir Hercules desde o seu nascimento.
Mandou duas serpentes matá-lo em seu quarto, mas
surpreendentemente o bebe Hercules estrangulou as duas
serpentes com os próprios punhos. Hera tentou amamentá-lo,
mas o bebê era tão forte que ela impediu que ele a machucasse,
esparramando leite por todo o firmamento, originando a galáxia
(o “caminho de leite”), ou a Via - Láctea. Quando se tornou
adulto Hércules num momento de loucura provocado por Hera,
matou toda a sua família e sua esposa Megara. Para purgar
seus crimes, Hércules foi até o oráculo de Delfos, que
determinou que ele deveria se tornar escravo de seu primo
Euristeus, rei de Micenas, e cumprir doze trabalhos
determinados por ele. Hércules foi aos confins da Terra para
realizar os doze trabalhos, e cumpriu todos. Hércules teve
muitos filhos, os “Heráclidas”, porém nenhum foi mais notável
que o pai. Os descendentes de Hércules organizaram um
ataque ao reino de Micenas, para expulsarem o usurpador do
trono legítimo do seu pai. O usurpador era Euristeus. O retorno            Hércules
dos Heráclidas corresponde ao episódio das invasões dórias.
Durante as guerras dos heráclidas, Euristeus morreu em campo de batalha, e legou o
trono de Perseu a Atreu, um primo distante por parte materna. Atreu era filho de Pélops, a
amaldiçoada descendência de Tântalo, que era rei de Pisa, o antigo embrião da cidade
pan-helênica de Olímpia. Os descendentes de Atreu, os Átridas, também carregavam a
maldição de Tântalo, e Agamêmnon tornou-se rei de Micenas, e Menelau, rei de Esparta.
Agamêmnon rei de Micenas e líder dos gregos durante a Guerra de Tróia obteve tal
distinção graças ao usurpador de Micenas, Euristeus.

                                       Atividades

1) “O mito do labirinto conta a historia de um herói, Teseu, que é enviado a Creta para
enfrentar o Minotauro, retratado como um ser monstruoso. Ele mata o Minotauro, foge
com a filha do rei Minos, abandona a ilha e volta para Atenas. Esse mito representa um
pouco a idéia de vitoria dos micênicos sobre os minóicos: Teseu era ateniense, portanto
tinha ascendência micênica, que consegue derrotar o poder do rei Minos. O Minotauro era
o símbolo desse poder dos minóicos. Representa o momento em que eles perdem o
domínio sobre o Mediterrâneo”. (Alvaro Allegrette, arqueólogo da École Française
D´Athènes, foi o responsável pela escavação da cripta hipostila na cidade de alia, na ilha
de Creta). Considerando o texto acima responda:
a) Relacione os principais personagens da Lenda do Minotauro, Teseu e Minos, à
realidade histórica a qual representam.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

b) Qual a importância do Mediterrâneo para os minóicos?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2) “Quando Euristeus iniciou a expedição da qual resultou sua morte nas mãos dos
Heráclidas, Atreu, irmão de sua mãe, que havia sido banido por seu pai por haver
assassinado Crisipos, recebeu provisoriamente de Euristeus a cidade de Micenas e a
soberania, na qualidade de consangüíneos; e como Euristeus não regressou, Atreu, de
conformidade com o desejo dos micênios, temerosos dos Heráclidas e considerando-o
um homem poderoso, que conquistara a simpatias da maioria, recebeu em definitivo a
soberania sobre os micênios e todos os que estavam sujeitos ao poder de Euristeus.
Desta forma a casa de Pélops tornou-se mais importante que a de Perseu. Segundo me
parece, foi o fato de Agamemnon ter herdado tudo isso, e haver-se tornado ao mesmo
tempo mais forte em poder naval que os outros, que lhe permitiu reunir forças armadas
tão numerosas, não tanto pelo favor da maioria, mas por temor, e realizar a expedição
contra Tróia.” (Tucídides, História da Guerra do Peloponeso).
O texto acima narrado pelo historiador grego Tucídides descreve a queda da Dinastia dos
Perseidas e a ascensão a Dinastia dos Átridas ao trono de Micenas – cidade fundada por
Perseu. A partir da leitura do texto, explique como Euristeus e Atreu tornaram-se reis de
Micenas.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

3) Relacione mitologia e arqueologia identificando três elementos presentes na lenda
do Minotauro e na Civilização Minóica.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4) A partir da afirmação a seguir, responda: “Na mitologia grega, a história de Creta
começa com a chegada de Europa na ilha. Para a história mundial, o continente Europa
encontrou em Creta o berço de sua civilização”.
a) Qual a origem do nome do continente Europa?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b) Por que Creta é o berço da civilização européia?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

                                      5) “Para limpar-se após a vitória sobre Cetus, o
                                      monstro marinho, o herói Perseu lava as mãos
                                      em água recém extraída do mar. Porém a areia
                                      da praia poderia prejudicar o saco que envolvia a
                                      cabeça da Górgona. Então ele primeiro preparou
                                      um monte de folhas, em que ele primeiramente
                                      jogou as ervas daninhas do mar produzidas sob
                                      as ondas. Neles colocou a horrível face da
                                      Medusa, e em seguida, as cobriu com as ervas
                                      daninhas frescas que foram retiradas do infinito
profundo. Embebidas pelo veneno do monstro em seu miolo esponjoso: elas
endureceram-se ao toque, e Perseu, sentiu no ramo a rigidez incomum da folha. As
Ninfas do mar admiradas, também tentaram exercer esse prodígio em diversas outras
plantas daninhas, com êxito. Tão contentes com o sucesso da brincadeira, elas levaram
novas sementes dessa plantas de grande beleza, e as espalharam sobre todo o
“firmamento de sal”. Assim, a partir daquele dia o coral manteve essa natureza
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Mitologia Grega - Teogonia de Hesíodo

  • 1. Apostila de Mitologia Grega (Organizado por Doug Caesar)
  • 2. Cronologia Idade Período Período Eventos Eventos Obras Mitológico Histórico Mitológicos Históricos Ouro Cosmogônico Teogonia / Urano Teogonia de Prata Teogônico Genealogia Hesíodo Divina O Trabalho e os Dias de Hesíodo Mitológico Titanomáquia / Cronos Criação de Pandora Mitológico Gigantomáquia Mitológico Tifão Bronze Heróico Minóico Minos / Minotauro Civilização Heróis Centauromáquia Cicládica e Amazonomáquia Minóica Heróico Micênico Perseu Invasão dos Hércules 12 Aqueus Trabalhos Civilização Os Heráclidas Micênica Os Argonautas Ferro Heróico Homérico Guerra de Tróia - Invasão dos Ilíada de & Aço Odisséia Dórios, Jônios Homero e Eólios Odisséia de Homero Reis Arcaico Genealogias Cinecismo e Reais formação das Cidades-Estado Colonização Grega Trágica Clássico Guerras Greco- Tragédias e Pérsicas Comédias Sofística Clássico Guerras do Sócrates, Peloponeso – Platão Hegemonia Sofística Alexandrino Alexandre Aristóteles Conquista Macedônia Sofística Helenístico Reinos Helenísticos Sofística Romano Conquista São Paulo, Romana Santo André Cristianização da Grécia Cristã Bizantino Nova Tróia Império Bizantino Cristã Otomano Conquista Turca Otomana Cristã Romaico / Dodecateísmo Guerra de Moderno Independência Grega Ícor Escatológico Atena destrona Zeus
  • 3. Atividades com Mapas - Grécia 1) Localize as seguintes regiões da Grécia e escreva no mapa: Ática, Peloponeso, Grécia Central, Épiro, Tessália, Macedônia, Trácia, Ásia Menor. 2) Escolha cores diferentes, exceto azul, para pintar cada uma das regiões. 3) Localize os mares e escreva no mapa: Mar Jônico, Golfo de Patras, Mar Sarônico, Mar Egeu, Mar de Mármara. 4) Em qual região localizam-se as Ilhas do Mar Trácio, Ilha de Creta, Ilha de seguintes cidades gregas: Cítera e Anticítera, Dodecaneso, a) Atenas ______________ Cíclades, Ilhas do Mar Egeu. b) Tebas ______________ c) Esparta _____________ 6) Pinte de cores diferentes os d) Micenas _____________ arquipélagos citados. e) Cnossos ____________ f) Argos _______________ 7) Cite ilhas que fazem parte dos g) Iolcos _______________ arquipélagos abaixo: h) Bizâncio ____________ a) Ilhas Jônicas:____________________ i) Megara ______________ b) Ilhas do Mar Trácio: ______________ j) Tróia ________________ c) Dodecaneso: ____________________ l) Delfos _______________ d) Cíclades: _______________________ m) Monte Olimpo ______ e) Ilhas do Mar Egeu: _______________ 5) Localize os seguintes arquipélagos gregos e escreva no mapa: Ilhas Jõnicas,
  • 4. A Genealogia dos Deuses Caos Tifão: Tentou derrotar Zeus mais junto a Divindades: Destino, Erébo, Noite, Atena os dois venceram o gigante. Discórdia, Parcas, Gréias, Concórdia, Amor, Dia Os Deuses Olimpicos Urano – Fúrias e Afrodite Zeus e Hera: pais de Ares, Hefesto, Hebe e Géia / Gaia / Terra Ilítia. Os Titãs: Saturno / Cronos, Hipérion, Zeus e Mnemósine: pais das Musas. Coeus, Crios, Oceano, Jápeto Zeus e Leto: pais de Apolo e Ártemis. As Titânidas: Réia / Cibele / Ops, Téia, Zeus e Deméter: pais de Perséfone Febe, Mnemósine / Memória, Tétis, Métis / Zeus e Métis: pais de Atena. Prudência Zeus e Maia: pais de Hermes. Zeus e Sêmele: pais de Dionísio. Os Casais: Zeus e Díone: pais de Afrodite. Cronos e Réia: pais de Zeus, Poseidon, Zeus e Têmis: pais das Horas e Moiras Hades, Héstia, Hera e Deméter. Afrodite e Ares: pais de Eros, Anteros, Hipérion e Téia: pais de Hélios (Sol), Himineu, Harmonia, Deimos e Fobos. Selene (Lua) e Éos (Aurora) Hades e Perséfone: não tiveram filhos. Coeus e Febe: pais de Leto (Latona) Poseidon e Anfitrite: pais de Tritão e Oceano e Tétis: pais das oceânidas e das Proteu. nereidas, as principais são Anfitrite e Tétis. Japeto e Climene: pais de Prometeu, Zeus e Alcmena: Hércules Epimeteu, Menécio e Atlas. Aniope: Anfitone e Zeto Calisto: Arcade Os Hecatonquiros: Coto, Giges e Briareus Danae: Perseu Os Ciclopes: Arges, Brontes e Steratopes Egina: Éaco A Titanomáquia: Guerra entre Deuses e Europa: Minos, Sarpedon, Radamanto Titãs. Io: Epafo A Gigantomáquia: Os gigantes tentaram Leda: Helema, Dioscorus subir o Monte Olimpo mais foram derrotados pelos deuses.
  • 5. Teogonia História do Céu e de Crono Quantos da Terra e do Céu nasceram, Os Deuses primordiais filhos os mais temíveis, detestava-os o pai Sim bem primeiro nasceu Caos, depois dês o começo: tão logo cada um deles nascia também a todos ocultava, à luz não os permitindo, Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável na cova da Terra. Alegrava-se na maligna obra sempre, o Céu. Por dentro gemia a Terra prodigiosa dos imortais que têm a cabeça do Olimpo atulhada, e urdiu dolosa e maligna arte. nevado, Rápida criou o gênero do grisalho aço, e Tártaro nevoento no fundo do chão de forjou grande podão e indicou aos filhos. amplas vias, Disse com ousadia, ofendida no coração: e Eros: o mais belo entre Deuses imortais, “Filhos meus e do pai estólido, se quiserdes solta-membros, dos Deuses todos e dos ter-me fé, puniremos o maligno ultraje de vosso homens todos pai, pois ele tramou antes obras indignas”. ele doma no peito o espírito e a prudente vontade. Assim falou e a todos reteve o terror, ninguém vozeou. Ousado o grande Crono de curvo Do Caos Érebos e Noite negra nasceram. pensar Da Noite aliás Éter e Dia nasceram, devolveu logo as palavras à mãe cuidadosa: gerou-os fecundada unida a Érebos em amor. “Mãe, isto eu prometo e cumprirei Terra primeiro pariu igual a si mesma a obra, porque nefando não me importa o Céu constelado, para cercá-la toda ao redor nosso e ser aos Deuses venturosos sede irresvalável pai, pois ele tramou antes obras indignas”. sempre. Assim falou. Exultou nas entranhas Terra Pariu altas Montanhas, belos abrigos das prodigiosa, Deusas colocou-o oculto em tocaia, pôs-lhe nas mãos ninfas que moram nas montanhas frondosas. a foice dentada e inculcou-lhe todo o ardil. Veio com a noite o grande Céu, ao redor da E pariu a infecunda planície impetuosa de Terra ondas desejando amor sobrepairou e estendeu-se o Mar, sem o desejoso amor. Depois pariu a tudo. Da tocaia o filho alcançou com a mão do coito com Céu: Oceano de fundos esquerda, com a destra pegou a prodigiosa remoinhos foice e Coios e Crios e Hipérion e Jápeto longa e dentada. E do pai o pênis e Teia e Réia e Têmis e Memória ceifou com ímpeto e lançou-o a esmo e Febe de áurea coroa e Tétis amorosa. para trás. Mas nada inerte escapou da mão: E após com ótimas armas Crono de curvo quantos salpicos respingaram sanguíneos pensar, a todos recebeu-os a Terra; com o girar do ano filho o mais terrível: detestou o florescente pai. gerou as Erínias duras, os grandes Gigantes rútilos nas armas, com longas lanças nas Pariu ainda os Ciclopes de soberbo coração: mãos, Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo e Ninfas chamadas Freixos sobre a terra que a Zeus deram o trovão e forjaram o raio. infinita. Eles no mais eram comparáveis aos Deuses, O pênis, tão logo cortando-o com o aço único olho bem no meio repousava na fronte. atirou do continente no undoso mar, Ciclopes denominava-os o nome, porque neles aí muito boiou na planície, ao redor branca circular olho sozinho repousava na fronte. espuma da imortal carne ejaculava-se, dela Vigor, violência e engenho possuíam na ação. uma virgem criou-se. Primeiro Citera divina atingiu, depois foi à circunfluída Chipre Outros ainda da Terra e do Céu nasceram, e saiu veneranda bela Deusa, ao redor relva três filhos enormes, violentos, não nomeáveis. crescia sob esbeltos pés. A ela. Afrodite Cotos, Briareu e Giges, assombrosos filhos. Deusa nascida de espuma e bem-coroada Deles, eram cem braços que saltavam dos Citeréia ombros, apelidam homens e Deuses, porque da espuma improximáveis; cabeças de cada um cinqüenta criou-se e Citeréia porque tocou Citera, brotavam dos ombros, sobre os grossos Cípria porque nasceu na undosa Chipre, membros. e Amor-do-pênis porque saiu do pênis à luz. Vigor sem limite, poderoso na enorme forma Eros acompanhou-a, Desejo seguiu-a belo, tão logo nasceu e foi para a grei dos Deuses.
  • 6. Esta honra tem dês o começo e na partilha ao rei Crono e ao filho de violento ânimo. coube-lhe entre homens e Deuses imortais Enviaram-na a Licto, gorda região de Creta, as conversas de moças, os sorrisos, os quando ela devia parir o filho de ótimas armas, enganos, o grande Zeus, e recebeu-o Terra prodigiosa o doce gozo, o amor e a meiguice. na vasta Creta para nutri-lo e criá-lo. Aí levando-o através da veloz noite negra O pai com o apelido de Titãs apelidou-os: atingiu o grande Céu vituperando filhos que gerou primeiro Licto, e com ele nas mãos escondeu-o dizia terem feito, na altiva estultícia, em gruta íngreme sob o covil da terra divina grã obra de que castigo teriam no porvir. no monte das Cabras denso de árvores. Encueirou grande pedra e entregou-a O nascimento de Zeus ao soberano Uranida rei dos antigos Deuses. Réia submetida a Crono pariu brilhantes filhos: Tomando-a nas mãos meteu-a ventre abaixo Héstia, Deméter e Hera de áureas sandálias, o coitado, nem pensou nas entranhas que o forte Hades que sob o chão habita um palácio deixava com impiedoso coração, o troante Treme-terra em vez da pedra o seu filho invicto e seguro e o sábio Zeus, pai dos Deuses e dos homens, ao porvir. Este com violência e mãos sob cujo trovão até a ampla terra se abala. dominando-o logo o expulsaria da honra e reinaria entre E engolia-os o grande Crono tão logo cada um imortais. do ventre sagrado da mãe descia aos joelhos, tramando-o para que outro dos magníficos Rápido o vigor e os brilhantes membros Uranidas do príncipe cresciam. E com o girar do ano, não tivesse entre os imortais a honra de rei. enganado por repetidas instigações da Terra, Pois soube da Terra e do Céu constelado soltou a prole o grande Crono de curvo pensar, que lhe era destino por um filho ser submetido vencido pelas artes e violência do filho. apesar de poderoso, por desígnios do grande Primeiro vomitou a pedra por último engolida. Zeus. Zeus cravou-a sobre a terra de amplas vias E não mantinha vigilância de cego, mas à em Delfos divino, nos vales ao pé do Parnaso, espreita signo ao porvir e espanto aos perecíveis engolia os filhos. Réia agarrou-a longa aflição. mortais. Mas quando a Zeus pai dos Deuses e dos homens E livrou das perdidas prisões os tios paternos ela devia parir, suplicou-lhe então aos pais Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo, queridos, filhos de Céu a quem o pai em desvario aos seus, à Terra e ao Céu constelado, prendeu; comporem um ardil para que oculta parisse e eles lembrados da graça benéfica o filho, e fosse punido pelas Erínias do pai deram-lhe o trovão e o raio flamante e filhos engolidos o grande Crono de curvo e o relâmpago que antes Terra prodigiosa pensar. recobria. Eles escutaram e atenderam à filha querida Neles confiante reina sobre mortais e imortais. e indicaram quanto era destino ocorrer
  • 7.
  • 8. Atividades 1) Complete a cruzadinha abaixo: Horizontal 3. Deus do submundo e dos mortos. É acompanhado pelo seu cachorro Cérbero. 5. Deus da guerra. 7. Deusa das mulheres, do casamento e do parto. 8. Deusa alada da VItória. 9. Mensageiro dos deuses. Seu símbolo é o caduceu. 10. Deus da beleza, do sol, das artes e da profecia. Vertical 1. Deus do céu, dos raios e dos homens. 2. Deusa virgem do lar e do fogo. 4. Deusa do amor e da beleza. Nasceu das espumas do mar. 6. Artesão e ferreiro dos deuses. 2) Observe a cerâmica abaixo e identifique a divindade retratada: _________________ __________________ _____________
  • 9. 3) Complete a cruzadinha abaixo: Horizontal: 1. Uma das nereidas, deusa do mar. 3. Deus do vinho, das festas e do teatro. É sempre acompanhado de seu tirso, dos sátiros e das mênades. 4. Deusa da Lua, da caça e da morte súbita. 5. Titã que foi punido pelos deuses e passou a carregar o mundo nas costas. 6. Maior heroi grego, com sua força venceu inúmeros monstros como o Leão de Neméia, a Hidra de Lerna e o Javali de Erimanto. 8. Deusa da agricultura e da germinação das sementes. Foi raptada por Hades e se tornou a rainha do submundo. Vertical: 1. Deusa da guerra, dos herois e saiu completamente armada da cabeça de Zeus. 2. Deus do mar, dos terremotos e dos cavalos. Seu símbolo é o tridente. 3. Deusa da agricultura. Seu símbolo é a cornucópia, a abundância. 7. Deus do amor. Representado como uma criança portando asas, um arco e as flechas da paixão. 4) Observe a cerâmica abaixo e identifique a divindade retratada: _________________ __________________ _____________
  • 10. Deuses Gregos Nome Nome Nome Templo Nome Nome Nome Templo Grego Latino Etrusc Grego Latino Etrusc o o Zeus Júpiter Tinia Olympeum Héracles Hércules Hercle Heracleiu Lycaeum Alcides m Nemeum Chrysaoreum Poseidon Netuno Nethun Poseideum Hélios Sol s Poseidoneum Rodon Hades Plutão Aita Plutoneum Selene Lua Dis Martus Necyomanteu Orcus m Hera Juno Heraion Éos Aurora Heraeon Héstia Vesta Hestieon Hécate Trívia Hecatesiu m Demeter Ceres Eleusineum Perséfon Prosérpin Ferspn Demetreum e a ai Atena Minerv Athenaeum Anfitrite Salácia Palas a Venília Ares Marte Laran Areion Asclépio Esculápio Asclepieiu m Lebenaeu m Afrodite Vênus Turan Aphrodiseum Eros Amor Cupido Hefesto Vulcan Sethlan Hephaestium Leto Latona o s Dionísio Baco Fufluns Dionyseum Musas Zagreos Liber Lenaeum Sabazios Neodionisi o Hermes Mercúri Turms Hermaeum Pã Fauno o Apolo Febo Loxias Apolloneum Réia Ops Metroeum Pytheum Cibele Delium Delphineum Amyclaeum Lyceum Triopeum Artemis Diana Artume Artemiseum Cronos Saturno Epheseum Tauropoleum
  • 11. O Culto dos Deuses na Grécia Antiga Tipos de Culto Jogos: Olímpia, Nemeia, Delfos, Istmo Santuários Oráculos Templos Políades e Templos Pan-Helênicos Mistérios Culto Políades a Deuses: cada cidade tinha o seu deus. Culto Políades a Heróis: cada cidade tinha o seu herói: Belerofonte (Corinto), Jasão (Iolcos).
  • 12. Nome Deus Culto Atributos Festival Grego Zeus Céu, Destino, Olímpia, Dodona, Raio, Égide, Águia, Touro, Olympia, Nemea, Ithomaea, Reis, Tempo Nemeia, Stratos, Cetro, Nike, Keraunos, Carro Lycaea, Eleutheria, Daedala Dion de Águias Poseidon Mar, Cavalos, Corinto, Istmo, Tridente ou Cúspide, Carro Poseidonia, Istmia Terremotos Sounion de Golfinhos, Hipocampo ou Cavalos Hades Submundo Thesprotia, Éfira, Cerbero, Elmo da Escuridão, Épiro Bidente, Chave do Hades, Carro com 4 Cavalos Negros Hera Mulheres, Argos, Samos, Romã, Pavao, Diadema, Heraia, Daedala Casamento Olimpia Carro de Pavões Héstia Lar, Família, Delfos, Vestais Porcos, Burro, Grou, Cidades, Fogo Chaleira, Fogueira Demeter Agricultura, Eleusis, Tocha, Leão, Cornucópia, Tesmoforias, Chthonia, Civilização, Termopilas, Creta Festim de Trigo, Bengala de Orgia, Mistério, Eleusinia Vida após a Lótus, Mangual de Ouro, morte Carro de Dragões Atena Sabedoria, Atenas, Troia, Coruja, Oliva, Cobra, Athenaea, Panathenaea, Guerra, Artes, Lindos Aranha, Égide, Lança, Chalcea, Procharisteria, Conhecimento, Górgona, Medusa, Nike, Scira, Plynteria, Protelea, Estratégia Carro de Corujas Aleaea, Halotia, Itonia, Panboeotia Ares Guerra, Aetolia, Tocha, Lança, Elmo, Instinto Thesprotia, Monte Escudo, Nike, Espada de Irracional, Haimos (Trácia) Marte, Spartoi, Abutre, Javali, Cão, Carro de Corcéis com fogo na narina ou Lobos Afrodite Amor, Sexo, Cithera, Corinto, Golfinho, Rosa, Cestus, Aphrodisia, Adonia, Hysteria, Fertilidade, Chipre, Pella, Concha, Cisne, Espelho, Anagogia Luxuria, Pafos Pombos, Maçã, Anêmonas, Beleza Carro de Cisnes ou Tritões Hefesto Metalurgia, Lemnos, Etna Martelo, Bigorna, Tenaz, Hephaestia, Chalceia Fogo, Poder, Burro, Cabiros, Cíclopes, Violência Talos, Caeculus Dionísio Vinho, Tebas, Naxos, Tirso, Pele de Leopardo, Dionysia, Lenaea, Theonia, Loucura, Monte Citerion, Tigre, Uva, Pantera, Anthesteria, Thyia, Apaturia, Teatro, Vida Teos, India (Nisa), Onocentauro, Carro de Lampteria, Ascolia, Sciria, após a morte Tessália Leopardos ou Panteras Phellus, Tyrba, Astydromia Hermes Comércio Monte Cilene, Caduceu, Galo, Lira, Hermaea Herma / Hermai Tartaruga, Talaria, Petasus, Lâmina Adamantina, Carro de Pombos ou Corvos Apolo Sol, Profecia, Delfos, Delos, Lira, Louros, Piton, Corvo, Phythia / Ptoea, Carnea, Música, Corinto, Bassae, Arco-Flecha, Girassol, Hyacinthia, Actia, Delia, Beleza, Claros, Miletos, Helianto, Jacinto, Carro de Gymnopaedeae, Theoxenia, Saúde, Artes Didimos, Rodes Cavalos Heorte Argyeus Artemis Lua, Virgens, Calidon, Efeso, Corça, Arco, Cães de Caça, Efesiacas, Artemisias, Selvas, Caça, Esparta, Lua, Dardo, Carro de Corças Muniqueon Crianças Magnesia, Eubeia Héracles Força Monte Oeta Heraclea Hélios Sol Rodes Carro de Cavalos Selene Lua Carro de Cavalos ou Anjos Éos Aurora Carro de Cavalos Perséfone Eleusis Asclépio Epidaurus, Cós, Epidauria Messenia, Pérgamo Eros Thespiae, Parion Réia Natureza Gortyn Palma, Palmeira, Carro de Phrygia, Orgia, Megalesia Leões Cronos Tempo Carro de Serpentes ou Dragões, Harpe
  • 13.
  • 14. Atividades Os personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo foram até a Grécia Antiga salvar Tia Nastácia das mãos dos monstros que invadiram o sítio e na viagem Dona Benta acompanhada de Péricles, Fídias, Narizinho, Emília e Pedrinho fazem uma visita ao Partenon. O Partenon é o Templo da deusa Atena localizado na Acrópole de Atenas. Dona Benta faz uma descrição dos dois frontões do Templo: “Fídias transpôs em mármore uns versos de Homero ´Começo cantando Palas Atena, a deusa augusta, fértil em sábios conselhos, nobilíssima virgem de coração inflexível, guardiã das cidades, a forte diva que o prudente Zeus fez brotar de sua cabeça, toda revestida de cintilantes armas de ouro. Ao verem-na surgir, brandindo a lança aguda, os imortais pasmaram; o Olimpo estarreceu diante de sua força; a Terra soltou grandes gritos; os mares tumultuaram as ondas; e Apolo susteve as rédeas de seus fogosos corcéis até que Palas Atena depusesse as armas. Zeus irradiava de orgulho´. Os detalhes incluíam os corcéis da Noite, que surgem do Oceano, sustentada por Teseu. Perséfone com graça se apóia no ombro da mãe Deméter. Ao lado está Íris, que anuncia o nascimento de Atena, a Vitória Alada e as Três deusas do Destino, Cloto, a fiandeira de vidas, Láquesis, a cortadeira do fio da vida, Átropos, a implacável medidora do comprimento dos fios. No lado oposto encontrava-se outro frontão onde se via a luta entre Poseidon e Atena pelo domínio da Ática. Atena assusta com sua presença os cavalos de Poseidon, o deus dos oceanos. Atrás de Atena figuravam as cecrópidas Aglaura e Herse, e Ilissos, um dos rios de Atenas. E atrás de Poseidon figuravam Tétis, a nereida, Anfitrite, esposa de Poseidon, e a formosa Latona com suas filhas Ártemis e Afrodite. O tridente de Poseidon e o escudo de Atena eram de bronze.” (Monteiro Lobato, O Minotauro). 1) O que os dois frontões do Templo de 4) Descreva a localização e os materiais Atena descrevem? utilizados na construção do Partenon. 1º Frontão: _________________________ ___________________________________ 2º Frontão: _________________________ ___________________________________ 2) A imagem abaixo corresponde a qual frontão do Partenon? Localização _________________________ Materiais ___________________________ ___________________________________ 5) Cite cinco divindades gregas e seus domínios. 1 _________________________________ 2 _________________________________ 3 _________________________________ 4 _________________________________ 5 _________________________________ ___________________________________ 6) Como foi o nascimento de Atena? ___________________________________ 3) Quais os atributos da deusa Atena? ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________
  • 15. Hades, Thanatos e Hypnos Os deuses Thanatos e Hypnos eram considerados irmãos gêmeos na mitologia grega. Thanatos era o deus da Morte, e Hypnos era o deus do Sono Eterno. Ambos deuses eram ctônicos, ou seja, divindades do submundo. Homero descreve na Ilíada que Zeus enviou Thanatos e Hypnos no campo de batalha entre gregos e troianos para recuperar o corpo do seu filho morto Sárpedon. Sárpedon era irmão de Minos e Radamanto, e os dois últimos se tornaram juízes do inferno por Hades. Thanatos era conhecido em Roma como Mors ou Morte e Hypnos como Somno, Sono ou Sopor. Eram filhos de Nix, a Noite. Thanatos era o braço direito de Hades, já que era ele o responsável pela morte das pessoas. Hades era um deus que não representava o mal em si, em comparação com o “Diabo” ou Lucifer da religião católica. Era um deus infernal que possuía seus vícios e defeitos. Hades era descrito como um homem rude, e principalmente tinha dois traços marcantes: a primeira era que Hades sempre buscava aumentar o seu número de súditos no Erébo, o que causava inúmeras mortes; e a segunda, sempre colocava condições para dificultar um favor pedido por alguém. Foi assim com Hércules quando foi este foi libertar Pírito e Teseu, aprisionados no hades por tentaram seqüestrar Perséfone, a consorte de Plutão. Hades concedeu liberdada apenas a Teseu. O mesmo Hércules conseguiu permissão para enfrentar Cérbero, o cão tricéfalo de Hades, parte do seus 12 trabalhos, com a condição de que não utilizaria qualquer tipo de armas e apenas capturá-lo vivo. Orfeu também pôde levar Euridice para a terra, desde que não olhasse para trás. A própria Perséfone após a abdução de Hades e seu reencontro com sua desesperada mãe Deméter, pôde voltar a Terra novamente, com a condição de que ela passaria um terço do ano no inferno ao lado de Hades, pelo fato de ter comido uma romã. Hades era uma divindade que praticamente não tinha culto na Grécia, assim como os demais deuses ctônicos. Até mesmo a pronúncia do nome do deus era um tabu entre os gregos, pois acreditavam que estavam chamando Plutão para buscá-los. Esse tabu ainda existe até hoje, já que existe uma proibição pelas pessoas em geral de pronunciar palavras como Satã, Diabo, etc. Morte / Thanatos Thanatos a Morte era representado pelos gregos como um anjo carregando uma espada. Existia em Roma uma divindade feminina que simbolizava a morte chamada Libitina, provavelmente uma divindade de origem pré-romana, ou seja, italiota. Atualmente no mundo ocidental a Morte é representada como um espectro com corpo esquelético carregando uma foice, sendo a “ceifadora de vidas”. Sono / Hypnos O deus do sono Hypnos era representado pelos gregos como um humano com asas. Hypnos vivia em seu palácio às margens do Lete, e ao dormir assumia a forma de um pássaro. O símbolo de Hypnos era a papoula, essa planta sempre aparece sendo carregada pelo deus. No reino do Sono existiam dois portais por onde passavam os sonhos, os mil filhos de Sono e Pasitéia. O Portão de Chifre passavam os sonhos falsos, enquanto que pelo Portão de Marfim passavam os sonhos verdadeiros. Os Oneroi ou Oneiros, os sonhos filhos de Hypno, eram liderados por Morfeu, Fantasos e Icelos. Na mitologia aparecem quando Hera pede para Iris pedir a Hipno que envie um sonho à uma rainha avisando-lhe da morte de seu marido durante a guerra.
  • 16. Os Demônios Existem O texto descreve algumas plantas e animais que foram batizados por cientistas com nomes macabros associados a demônios e deuses ctônicos de diversas culturas. Atropa belladonna – A beladona A planta beladona é conhecida como Atropa belladonna e tem esse nome devido a uma das Moiras, Átropos. As Moiras ou Fatae eram divindades greco-romanas associadas ao destino. Átropos era a moira responsável por cortar o fio da vida que era tecido por Cloto e medido por Láquesis. A beladona é uma planta nativa do Velho Mundo e o cientista sueco Lineu a batizou de “belladonna” pois as mulheres a utilizavam como cosmético para dilatar as pupilas com o objetivo de torná-las mais atraentes, as “belas donas”. O nome Atropa surgiu devido a toxicidade da planta que é fatal se ingerida em pequenas quantidades pelos humanos, além de também ser utilizada como droga. Euryale ferox – A noz-de-raposa A planta é chamada de makhana, noz-de-raposa (devido a aparência que a flor possui com uma raposa) ou planta-górgona. É um nenúfar gigante como a famosa Vitória-Régia sul-americana. De origem asiática a planta foi batizada com o nome “A Feroz Euríale” devido ao seu aspecto parecido com as três Górgonas da mitologia grega. As três Górgonas eram Medusa, Euríale e Esteno, sendo que Medusa é a mais conhecida das três. Euríale assim como suas irmãs possuía corpo de mulher mas suas madeixas eram formadas por cobras. Um único olhar de um ser humano era suficiente para transformar-se em pedra. A planta teve esse nome devido aos inúmeros acúleos presentes em seu corpo. Moloch horridus – O Diabo-espinhoso "O Horrível Moloque". O réptil australiano conhecido vulgarmente como diabo-espinhoso recebeu um nome compatível com sua aparência assustadora: Moloch horridus. O nome cientifico significa “O Horrível Moloque”, sendo que Moloque era um deus adorado no Oriente Médio por povos semitas durante o mundo antigo. Moloque era representado como uma estátua com cabeça de leão ou touro e uma cavidade no estomago onde eram introduzidas crianças e posteriormente eram estas incineradas dentro dessa estátua sinistra como parte do culto ao deus. Apesar do nome ser um tanto exagerado o “design” espinhoso do lagarto não passa de uma evolução da natureza para evitar a desitradação dessa espécie que habita nos desertos da Austrália Ocidental. 2) Lucifer – gênero de pequenos camarões Lucifer penicilifer Os Lucifer são um gênero de pequenos camarões com oito espécies diferentes. Os Lucifer possivelmente receberam esse nome devido a capacidade de refletir a luz, tornando-se facilmente visíveis em contato com ela. Lucifer quer dizer “o portador da luz” ou “Lux Fert” no original em latim. Inicialmente era o nome dado pelos romanos ao planeta Vênus. Porém passou a ser o nome do líder dos Anjos Caídos na tradição cristã. O nome da espécie penicilifer significa “o portador da penicilina”. Isso indica que essa espécie apresenta a capacidade
  • 17. de produzir penicilina, um antibiótico, assim como algumas espécies de fungo. Pelo menos esse "Lucifer" pode ser útil a humanidade... 3) Ifrita kowaldi – “Ifrit” É o nome de uma espécie de pássaro insetívoro nativo da ilha de Nova Guiné. O pássaro foi batizado com o nome “Ifrit” sendo que os Ifrit são seres infernais da mitologia árabe e islâmica, seres de fogo com grande força e poder. O pássaro recebeu esse nome devido ao fato de ser uma das poucas espécies de aves venenosas. O veneno se encontra no corpo do pássaro que o adquire após sua alimentação baseada em outros animais venenosos. 4) Sarcophilus harrisii - Demônio-da-Tasmânia Apesar de ser popularmente conhecido como “demônio-da-Tasmânia” o nome cientifico do marsupial é Sarcophilus harrisii. Harrisii é devido ao primeiro cientista a descrevê-lo, George Harris. Já Sarcophilus significa literalmente “amante de carne”. Deve ser por isso que o mais famoso demônio-da-Tasmânia, o Taz, é agitado daquela forma. 5) Tisiphone ou Agkistrodon - Agkistrodon contortrix As cobras Tisiphone tiveram o seu nome científico substituído por Agkistrodon que significa em grego "anzol de pesca". Tisífone era uma das três Fúrias ou Eríneas, deusas responsáveis pela punição aos piores crimes praticados pelos humanos, como o matricídio, o parrícidio, etc. A espécie de cobra Agkistrodon contortrix tem esse nome devido a garras em forma de anzol existentes em sua cabeça. Contortrix significa contorcedora, talvez devido ao fato de ficar enrolada ou ao método de aniquilação da sua presa. 6) Leviathan melvillei – “Leviatã” A espécie Leviathan melvillei foi identificada na região do atual Peru. Corresponde a uma espécie extinta de baleia, pertencente a ordem dos Cetáceos. O nome baleia já deriva de um monstro mitológico, Cetus, que inclusive está no céu como uma constelação. O lendário Cetus foi morto por Perseu para salvar Andrômeda da ira de Poseidon. Leviatã é o nome de um lendário monstro marinho narrado na bíblia. O nome da espécie fóssil que correponde ao maior cetáceo que já existiu, deriva tanto do monstro mitológico Leviatã e da literatura. Melvillei é uma homenagem ao escritor ianque da obra Moby Dick, Herman Melville. A obra conta a história da caça à baleia Moby Dick, e é mundialmente conhecida. 7) Hypnos monopterygius, A espécie Hypnos monopterygius é nativa da Austrália. Pertencem a ordem dos Peixes Rajiformes sendo parentes da raia e da jamanta. O gênero recebeu o nome do deus grego do sono Hypnos talvez devido ao seu comportamento, pois fica estática no fundo do mar. Monoperygius origina-se do fato do animal possuir apenas um pterígio (talvez o corpo é formado por uma única forma triangular). 8) Orcus - gênero de cocinelídeos ou joaninhas Orcus australasiae O nome Orcus deriva da mitologia etrusca e romana. Orcus era o nome de uma divindade infernal que mais tarde foi associada a
  • 18. outros deuses como Mantus, Plutão, Dis Pater e Hades. As joaninhas ou cocinelídeos apesar de serem inofensivas, quando são larvas possuem uma forma assustadora. Talvez seja por isso que recebeu o nome infernal para o gênero. 9) Mormo - gênero de mariposas Mormo maura “Terrível escura” ou Mormo maura é o nome da espécie de mariposa que recebeu esse nome graças a uma entidade grega conhecida como Mormo. Mormo é identificado como o consorte da deusa da magia Hécate. Muitas espécies de lepidópteros receberam nomes derivados de seres da mitologia como Dagon, gênero de borboletas que foi associado a um monstro mitológico de mesmo nome. 10) Erebus - gênero de mariposas Erebus macrops Erébo era o nome que os gregos davam ao submundo. Erébo é sinônimo de hades ou inferno. O nome Erebus macrops possivelmente significa “Grande Visão do Inferno” ou “Olhos do Erebo” devido as formas da mariposa que formam dois olhos em suas asas. 11) Aquerontia laquesis Aquerontia laquesis é outra espécie de mariposa que possui seu nome derivado de personalidades do submundo da mitologia grega. Aquerontia deriva de Aqueronte, um dos cinco rios do inferno. Laquesis é uma das três Moiras, divindades que eram responsáveis por tecer os fios da vida de todos os homens e mulheres vivos. A espécie apresenta o formato de uma caveira nas suas costas! 12) Lachesis – gênero de cobras Laquésis também é o nome do gênero de cobras. 13) Megaera ou Trimeresurus – gênero de cobras. Megaera é o nome de um gênero de cobras. Porém atualmente os biólogos substituíram o nome Megaera por Trimeresurus. Megera é uma das Fúrias assim como Alecto e Tisífone. 14) Tartarus – gênero de aranhas Tartarus murdochensis As aranhas do gênero Tartarus receberam essa denominação devido a um dos domínios mais remotos do Erébo ou inferno grego: o Tártaro. O Tártaro é a prisão dos Titãs e dos condenados pelos deuses por crimes hediondos. 15) Alouatta belzebul – guariba-de-mãos-ruivas Essa espécie de guariba nativo do Estado do Maranhão, no Brasil, recebeu o cognome de “Belzebul” devido ao seu grito assustador
  • 19. emitido nas florestas tropicais da América do Sul. Apesar da aparência frágil, o grito é capaz de assustar realmente! 16) Molossus – gênero de morcegos Mormoops blainvilii O nome Molossus deriva do antigo Estado do Épiro na Molóssia, atual Grécia. Os molossos eram famosos e temidos na antiguidade por seus hábitos “sinistros”. A famosa mãe de Alexandre o Grande, Olímpia, era do Reino da Molóssia, e era destacada feiticeira. Porém a espécie de morcego mais aterrorizante é o Mormoops, que significa “Visão Assustadora”. 17) Empusa pennata Empusa pennata é o nome de uma espécie de louva-a-deus nativo da Espanha e França. O seu aspecto fantasmagórico valeu o seu nome cientifico de Empusa, que na mitologia grega, eram fantasmas que acompanham o séquito da deusa Hécate, assim como Mormo, Lamia e os mormolyceas (lobos alados). 18) Idolomantis diabolica O nome mais original de um animal, sem dúvida é o Idolomantis diabolica. Seu nome significa “Louva-a-deus e ídolos diabólicos”. A natureza criou uma espécie totalmente assustadora e ao mesmo tempo maravilhosa. Mas foram os homens que batizaram a espécie com esse nome esquisito.
  • 20. Pégaso e a Quimera Quando Perseu cortou a cabeça de Medusa, o sangue, caindo sobre a terra, transformou- se no cavalo alado Pégaso. Minerva pegou-o e amansou-o, dando-o de presente às musas. A fonte de Hipocreue, situada na montanha onde viviam as musas, Hélicon, foi aberta por um coice daquele cavalo. A Quimera era um monstro horripilante, que expelia fogo pela boca e pelas narinas. A parte anterior de seu corpo era uma combinação de leão e cabra e a parte posterior, a de um dragão. Causava grandes estragos na Lícia, de sorte que o rei do país, lobates, procurava um herói para destruí-la. Naquela ocasião, chegou à sua corte um jovem e bravo guerreiro, chamado Belerofonte, que trazia carta de Proteu, genro de lobates, recomendando-o em termos calorosos como um herói invencível, mas acrescentando, no fim, um pedido ao sogro para mandar matá-lo. O motivo disso é que Proteu tinha ciúme de Belerofonte, por desconfiar de que sua esposa, Antéia, nutria demasiada admiração pelo jovem guerreiro. Ao ler as cartas, Iobates ficou hesitante, não querendo violar as regras da hospitalidade, mas desejoso de satisfazer a vontade do genro. Teve, então, a idéia de mandar Belerofonte lutar contra a Quimera. Belerofonte aceitou a proposta, mas antes de entrar em combate, consultou o vidente Polido, que o aconselhou a recorrer, se possível, para a luta, ao cavalo Pégaso. Para esse fim, o jovem deveria passar a noite no templo de Minerva. Assim fez Belerofonte e, enquanto dormia, Minerva procurou- o e entregou-lhe uma rédea de ouro, que se encontrava na mão do jovem quando ele despertou. Minerva mostrou-lhe, também, Pégaso bebendo água no poço de Pirene, e, mal avistou a rédea dourada, o cavalo aproximou-se docilmente e se deixou cavalgar. Nele montado, Belerofonte elevou-se nos ares, não tardou a encontrar a Quimera e obteve uma fácil vitória sobre o monstro. Depois de vencer a Quimera, Belerofonte foi exposto a novos perigos e trabalhos por seu pouco amável hospedeiro, mas, com a ajuda de Pégaso, triunfou em todas as provas, até que Iobates, vendo que o herói era particularmente favorecido pelos deuses, deu-lhe sua filha em casamento e tornou-o seu sucessor no trono. Afinal Belerofonte, por seu orgulho e presunção, incorreu na ira dos deuses; chegou, segundo se conta, a tentar voar até o céu em seu corcel alado, mas Júpiter mandou um moscardo atormentar Pégaso. O cavalo atirou ao chão o cavaleiro, que, em conseqüência, se tornou coxo e cego. Depois disso, Belerofonte vagou sozinho pelos campos aleanos, evitando o contato dos homens, e morreu miseravelmente.
  • 21. A Esfinge Laio, rei de Tebas, foi advertido por um oráculo de que haveria perigo para sua vida e seu trono se crescesse seu filho recém-nascido. Ele, então, entregou a criança a um pastor, com ordem que fosse morta. O pastor levado pela piedade, ao mesmo tempo, não se atrevendo a desobedecer à ordem recebida, amarrou a criança pelos pés e deixou-a pendendo de uma árvore. O menino foi encontrado por um camponês, que o levou aos seus patrões. O casal adotou a criança, que recebeu o nome de Édipo, ou Pés-Distendidos. Anos depois, quando Laio se dirigia para Delfos, acompanhado apenas de um servo, encontrou-se, numa estrada muito estreita, com um jovem que também dirigia um carro. Como este se recusasse a obedecer à ordem de afastar-se do caminho, o servo matou um de seus cavalos, e o estranho, furioso, matou Laio e seu servo. O jovem era Édipo que, desse modo, se tornou o assassino involuntário do próprio pai. Pouco depois desse fato, a cidade de Tebas viu-se afligida por um monstro, que assolava as estradas e era chamado de Esfinge. Tinha a parte inferior do corpo de leão e a parte superior de uma mulher e, agachada no alto de um rochedo, detinha todos os viajantes que passavam pelo caminho, propondo-lhes um enigma, com a condição de que passariam sãos e salvos aqueles que o decifrassem, mas seriam mortos os que não conseguissem encontrar a solução. Ninguém conseguira decifrar o enigma, e todos haviam sido mortos. Édipo, sem se deixar intimidar pelas assustadoras narrativas, aceitou, ousadamente, o desafio. — Qual é o animal que de manhã anda com quatro pés, à tarde com dois e à noite com três? — perguntou a Esfinge. — É o homem, que engatinha na infância, anda ereto na juventude e com ajuda de um bastão na velhice — respondeu Édipo. A Esfinge ficou tão humilhada ao ver resolvido o enigma, que se atirou do alto do rochedo e morreu. A gratidão do povo pela sua libertação foi tão grande que fez de Édipo seu rei, dando-lhe a rainha Jocasta em casamento. Não conhecendo seus progenitores, Édipo já se tornara assassino do próprio pai; casando-se com a rainha, tornou-se marido da própria mãe. Esses horrores ficaram desconhecidos, até que Tebas foi assolada pela peste e, sendo consultado o oráculo, revelou-se o duplo crime de Édipo. Jocasta pôs fim à própria vida e Édipo, tendo enlouquecido, furou os olhos e fugiu de Tebas, temido e abandonado por todos, exceto pelas filhas, que fielmente o seguiram, até que, depois de dolorosa peregrinação, ele se libertou de sua desgraçada vida. (Thomas Bulfinch, O Livro de Ouro da Mitologia Grega)
  • 22.
  • 23. Atividades 1) As duas peças de cerâmica abaixo foram produzidas na Grécia Antiga e retratam mitos das cidades-Estado e estórias de herois. Analise as duas peças de cerâmica identificando o nome dos herois e dos monstros retratados: 2) Faça o reconto da história de um dos heróis citados na questão anterior e dê um título ao seu texto considerando a cena retratada na pintura abaixo: Sucedeu que Tutmósis, chegou, ao meio-dia, e repousou à sombra desse deus. Um sonho acometeu-o e esse deus disse: “Contempla-me! Meu filho. Eu sou teu pai, e te darei meu reino na terra da fonte da vida. Usarás a coroa no trono. Tua será toda a terra. Teu será o alimento das Duas Terras, o tributo de todos os países, a duração de um longo período de anos. Tua é minha face, para ti se volta o meu desejo. Serás para mim um protetor, sinto-me adoecer em todos os meus membros. Alcançou-me a areia deste deserto sobre o qual estou; volta-te para mim, para fazer aquilo que desejei, vem para cá, eis que estou contigo, eis que sou o teu guia” Quando ele terminou este discurso, esse filho de rei acordou compreendeu as palavras desse deus e disse disse: “Vem, corramos à cidade entoaremos louvores à estátua feita para Atum”. O trecho acima descreve a Estela do Sonho erigida a mando do Faraó Tutmósis, após ter tido um sonho no qual a Esfinge lhe dizia que daria o trono do Egito caso ele a desenterrasse das areias do deserto. A Esfinge é a maior rocha talhada do mundo e desde os primórdios viajantes tem encontrado semelhanças entre ela e o monstro formulador de enigmas da mitologia grega. O nome do personagem que resolveu o enigma da Esfinge na mitologia grega é:
  • 24. Teseu e o Minotauro Teseu era filho de Egeu, rei de Atenas, e de Etra, filha do rei de Trézen, por quem foi criado. Depois de homem, foi mandado a Atenas e entregue a seu pai. Egeu, separando-se de Etra, antes do nascimento do filho, colocou a espada e as sandálias sob uma grande pedra e determinou à esposa que lhe mandasse o filho quando este fosse bastante forte para levantar a pedra. Chegada a ocasião, a mãe de Teseu executou a incumbência e o jovem removeu a pedra com facilidade e se apoderou da espada e das sandálias. Como as estradas estavam infestadas de bandidos, o avô de Teseu aconselhou-o a seguir o caminho mais seguro e mais curto para o país de seu pai: por mar. O jovem, contudo, sentindo em si o espírito e a alma de um herói, e desejoso de se destacar como Hércules, cuja fama corria, então, por toda a Grécia, pelo fato de destruir os malfeitores e os monstros que flagelavam o país, resolveu fazer a viagem mais perigosa e aventurosa por terra. No primeiro dia de viagem, chegou a Epidauro, onde vivia um filho de Vulcano, Perifetes, selvagem feroz, sempre armado com uma clava de ferro, que atemorizava os viajantes, com seus atos de violência. Ao ver aproximar-se Teseu, ele o atacou, mas foi logo vencido pelo jovem herói que se apoderou de sua clava e trouxe-a sempre consigo, depois disso, como lembrança de sua primeira vitória. Seguiram-se várias lutas semelhantes contra tiranetes e bandidos e em todas Teseu saiu vitorioso. Um dos malfeitores chamava-se Procusto e tinha um leito de ferro, no qual costumava amarrar todos os viajantes que lhe caíam nas mãos. Se eram menores que o leito, ele lhes espichava as pernas e, se fossem maiores, cortava a parte que sobrava. Teseu castigou-o, fazendo com ele o que ele fazia com os outros. Tendo vencido todos os perigos da viagem, Teseu finalmente chegou a Atenas, onde novas ameaças o aguardavam. Medéia, a feiticeira, que fugira de Corinto, depois de separar-se de Jasão, tornara-se esposa de Egeu, pai de Teseu. Sabendo, graças às suas artes, quem ele era, e receando perder a influência sobre o marido, se Teseu fosse reconhecido como seu filho, induziu mil suspeitas no espírito de Egeu e aconselhou-o a fazer o jovem estrangeiro beber uma taça de veneno. No entanto, quando Teseu avançava para receber a taça, seu pai, reconhecendo a espada que ele trazia, viu quem ele era e não deixou que tomasse o veneno. Medéia, desmascarada, fugiu mais uma vez ao merecido castigo indo para a Ásia, onde deu nome ao país posteriormente chamado Média. Teseu foi reconhecido pelo pai e declarado seu sucessor. Os atenienses encontravam-se, naquela época, em estado de grande aflição, devido ao tributo que eram obrigados a pagar a Minos, rei de Tebas. Esse tributo consistia em sete jovens e sete donzelas, que eram entregues todos os anos, a fim de serem devorados pelo Minotauro, monstro com corpo de homem e cabeça de touro, forte e feroz, que era mantido num labirinto construído por Dédalo, e tão habilmente projetado que quem se visse ali encerrado não conseguiria sair, sem ajuda. Teseu resolveu livrar seus patrícios dessa calamidade, ou morrer na tentativa. Assim, quando chegou a ocasião de enviar o tributo e os jovens foram sorteados, de acordo com o costume, ele se ofereceu para ser uma das vítimas, a despeito dos rogos de seu pai. O navio partiu, como era de hábito, com velas negras, que Teseu prometeu ao pai mudar para brancas no caso de regressar vitorioso. Chegando a Creta, os jovens e donzelas foram todos exibidos diante de Minos, e Ariadne, filha do rei, que estava presente,
  • 25. apaixonou-se por Teseu, e este amor foi correspondido. A jovem deu-lhe, então, uma espada, para enfrentar o Minotauro, e um novelo de linha, graças ao qual poderia encontrar o caminho. Teseu foi bem-sucedido, matando o Minotauro e saindo do labirinto. Levando, então, Ariadne, regressou a Atenas, juntamente com os companheiros salvos do monstro. Durante a viagem, pararam na Ilha de Naxos, onde Teseu abandonou Ariadne, deixando-a adormecida.1 A desculpa que deu para tratar com tanta ingratidão sua benfeitora foi que Minerva lhe apareceu num sonho ordenando-lhe que assim o fizesse. Ao aproximar-se do litoral da Atica, Teseu esqueceu-se da combinação que fizera com o pai e não mandou alçar as velas brancas. O velho rei, julgando que o filho tivesse morrido, suicidou-se. Teseu tornou-se, então, rei de Atenas. A Amazomáquia e a Centauromáquia Uma das mais célebres aventuras de Teseu foi a expedição contra as amazonas. Atacou-as antes que elas se tivessem refeito da derrota infligida por Hércules, e aprisionou sua rainha, Antíope. As amazonas, por sua vez, invadiram o reino de Atenas, penetrando na própria cidade, onde se travou a batalha final, em que Teseu as derrotou. Essa batalha foi um dos assuntos favoritos dos escultores da antigüidade e ainda existem várias obras-de-arte que a representam. A amizade entre Teseu e Pírito, embora íntima, originou-se em combate. Pírito invadiu a planície de Maratona e roubou os rebanhos do rei de Atenas. Teseu foi repelir os invasores. No momento em que o viu, Pírito foi tomado de admiração; estendeu a mão, como sinal de paz e gritou: — Sê juiz tu mesmo. Que satisfação exiges? — Tua amizade — respondeu o ateniense. E os dois juraram inviolável fidelidade. Suas façanhas correspondiam a seus votos e eles se mantiveram sempre verdadeiros irmãos de armas. Ambos aspiravam desposar uma filha de Júpiter. Teseu escolheu Helena, ainda criança e mais tarde tão célebre por causa da Guerra de Tróia, e, com ajuda do amigo, raptou-a. Pírito aspirava conquistar a esposa do monarca de Erebo, e Teseu, embora consciente do perigo, acompanhou o ambicioso amante, na descida ao mundo subterrâneo. Plutão, porém, aprisionou-os e prendeu-os numa rocha encantada na porta de seu palácio, onde ficaram até que Hércules chegou e libertou Teseu, deixando Pírito entregue ao seu destino. Depois da morte de Antíope, Teseu desposou Fedra, filha de Minos, rei de Tebas. Fedra viu em Hipólito, filho de Teseu, um jovem dotado de todas as qualidades e virtudes do pai, e de idade correspondendo à sua própria. Amou-o, mas ele a repeliu e o amor transformou-se em ódio. Fedra lançou mão do apaixonado marido, para torná-lo ciumento do filho e Teseu invocou contra ele a vingança de Netuno. Quando Hipólito, certo dia, dirigia seu carro junto à praia, um monstro marinho surgiu das águas e espantou os cavalos, que dispararam, despedaçando o carro. Hipólito morreu, mas, com a ajuda de Esculápio, Diana ressuscitou-o e afastou-o do iludido pai e da traiçoeira madrasta, deixando-o na Itália, sob a proteção da ninfa Egéria. Finalmente, Teseu, privado da simpatia de seu povo, retirou-se para a corte de Licômedes, rei dos Ciros, que, a princípio, o tratou com bondade, porém, mais tarde, matou-o traiçoeiramente. Em época posterior, o general ateniense Címon descobriu o lugar onde jaziam seus restos, que foram traslados para Atenas e depositados num templo
  • 26. chamado Teseum, erguido em honra do herói. A rainha das Amazonas que Teseu desposou é chamada por alguns de Hipólita. Este é o nome que aparece no Sonho de Uma Noite de Verão de Shakespeare, cujo enredo são as festividades que precederam as núpcias de Teseu e Hipólita. Teseu é um personagem semi-histórico, que unificou as diversas tribos que habitavam o território da Ática, do qual Atenas se tornou a capital. Comemorando esse importante acontecimento, foi instituída a festividade chamada Panatenéias, em honra de Minerva, padroeira de Atenas. Essa festividade diferenciava-se das outras festividades gregas, principalmente em duas coisas: era peculiar aos atenienses e sua característica principal consistia numa procissão solene, em que o Péplus, ou túnica sagrada de Minerva, era levado para o Partenon e colocado diante da estátua da deusa. O Péplus era coberto de bordados, executados por virgens escolhidas entre as mais nobres famílias de Atenas. Da procissão participavam pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Os velhos traziam nas mãos ramos de oliveira e os moços, armas, ao passo que as moças levavam na cabeça cestos com os utensílios sagrados, bolos e tudo mais necessário aos sacrifícios. Essa procissão constituiu o motivo dos baixos-relevos que ornamentavam a parte externa do Partenon, e grande parte dos quais encontra-se, atualmente, no Museu Britânico, sendo conhecida como "mármores de Elgin".
  • 27. Perseu e Medusa Perseu era filho de Júpiter e de Dânae. Seu avô, Acrísio, assustado com a predição de um oráculo, no sentido de que o filho de sua filha seria o instrumento de sua morte, determinou que a mãe e o filho fossem encerrados numa arca, e esta colocada no mar. A arca flutuou até Serifo, onde foi encontrada por um pescador, que levou a mãe e o filho a Polidectes, o rei do país, que os tratou com bondade. Quando Perseu tornou-se homem, Polidectes mandou-o combater Medusa, monstro terrível que devastava o país. Medusa fora outrora uma linda donzela, que se orgulhava principalmente de seus cabelos, mas se atreveu a competir em beleza com Minerva, e a deusa privou-a de seus encantos e transformou as lindas madeixas em hórridas serpentes. Medusa tornou-se um monstro cruel, de aspecto tão horrível, que nenhum ser vivo podia fitá-la sem se transformar em pedra. Em torno da cavem; onde ela vivia, viam-se as figuras petrificadas de homens e de animais que tinham ousado contemplá-la. Perseu, com Apolo de Minerva, que lhe enviou seu escudo, e de Mercúrio, que lhe mandou suas sandálias aladas, aproximou- se de Medusa enquanto ela dormia e, tomando o cuidado de não olhar diretamente para o monstro, e sim guiado pela imagem refletida no brilhante escudo que trazia, cortou-lhe a cabeça e ofereceu a Minerva, que passou a trazê-la presa no meio da Égide. Perseu e Atlas Depois de matar Medusa, Perseu, carregando a cabeça da górgona, voou sobre a terra e sobre o mar. Ao anoitecer, atingiu o limite ocidental da Terra, onde o sol se põe. Sentir-se-ia feliz de ali descansar até o amanhecer. Era o reino de Atlas, cuja estatura ultrapassava a de todos os outros homens. Possuía ele grande riqueza em rebanhos e não tinha vizinho ou rival que lhe disputasse os bens. Seu maior orgulho, porém, eram os seus jardins, onde frutos de ouro pendiam de galhos também de ouro, ocultos por folhas de ouro. — Vim como hóspede — disse-lhe Perseu. — Se honrais uma origem ilustre, sabe que tenho Júpiter por pai. Se preferes feitos valorosos, sabe que venci a górgona. Procuro repouso e alimento. Atlas, porém, lembrou-se de que uma velha profecia o advertira de que um filho de Jove lhe roubaria, um dia, as maçãs de ouro. — Sai! — retrucou, portanto. — Não serás protegido por tuas falsas pretensões de origem ilustre ou feitos gloriosos. Ao mesmo tempo, tratou de expulsá-lo. Perseu, percebendo que o gigante era muito forte para ele, retrucou: — Uma vez que prezas tão pouco minha amizade, digna-te de receber um presente. E, virando o rosto para o lado, levantou a cabeça da górgona. O corpo enorme de Atlas transformou-se em pedra. Sua barba e seus cabelos tornaram-se florestas, os braços e ombros, rochedos, a cabeça, um cume e os ossos, as rochas. Cada parte aumentou de volume até se tornar
  • 28. uma montanha e (assim quiseram os deuses) o céu, com todas as suas estrelas, se apóia em seus ombros. O Monstro Marinho Continuando seu vôo, Perseu chegou ao país dos etíopes, cujo rei era Cefeu. A rainha Cassiopeia, orgulhosa de sua beleza, atrevera-se a comparar-se com as ninfas marinhas, que, indignadas, mandaram um prodigioso monstro marinho devastar o litoral. A fim de apaziguar as divindades, Cefeu foi aconselhado, por um oráculo, a expor sua filha Andrômeda, para ser devorada pelo monstro. Olhando do alto, em seu vôo, Perseu avistou a virgem acorrentada a um rochedo e esperando que o dragão se aproximasse. Estava tão pálida e imóvel, que, se não fossem as lágrimas que escorriam e os cabelos que a brisa agitava, Perseu a teria tomado por uma estátua de mármore. Tão surpreso ficou ele diante do que via, que quase se esqueceu de bater as asas. Adejando sobre Andrômeda, exclamou: — O virgem, que não mereces estas cadeias, mas antes aquelas que prendem os amantes, dize-me, peço-te, teu nome e o nome de teu país, e por que estás presa desse modo. Ela, a princípio, manteve-se em silêncio, levada pelo recato, e teria escondido o rosto nas mãos, se o pudesse. Quando, porém, ele repetiu as perguntas, receosa de que lhe fosse atribuída a culpa de algum ato que não cometera, a virgem revelou seu nome e o de seu país, e o orgulho de sua mãe com a própria beleza. Antes que acabasse de falar, ouviu-se um ruído vindo da água e apareceu o monstro marinho, com a cabeça erguida sobre a superfície, cortando as ondas com o enorme peito. A virgem estremeceu, e seus pais, que haviam chegado ao local, mostravam-se desesperados, principalmente a mãe, que, incapaz, contudo, de proteger a filha, limitava-se a lamentar e abraçar a vítima. — Não há tempo para lágrimas — exclamou Perseu, então. — Só temos este momento para salvá-la. Minha posição como filho de Júpiter e meu renome como matador da górgona torna-me aceitável como pretendente. Tentarei, contudo, merecê-la pelos serviços prestados, se os deuses me forem propícios. Se ela for salva pelo meu valor, peço que seja a minha recompensa. Os pais consentiram (quem teria hesitado?) e prometeram, com a filha, um dote real. O monstro já se encontrava a uma distância em que seria alcançado por uma pedrada de um hábil atirador, quando o jovem, num impulso súbito, ergueu-se no ar. Como uma águia, quando das alturas em que voa, avista uma serpente aquecendo-se ao sol, lança-se sobre ela e prende-a pelo pescoço, impedindo-a de virar a cabeça e utilizar-se de seus dentes, assim o jovem investiu contra o dorso do monstro, mergulhando a espada em seus ombros. Furioso com o ferimento, o monstro ergueu-se no ar, depois mergulhou no mar e, em seguida, como o javali cercado por uma matilha de cães, voltou-se rapidamente de um lado para o outro enquanto o jovem livrava-se de seus ataques por meio das asas. Sempre que conseguia encontrar, entre as escamas, uma passagem para a espada, Perseu produzia um ferimento no monstro, atingindo ora o flanco, ora as proximidades da cauda. A fera lançava, pelas narinas, água misturada com sangue. As asas do herói estavam molhadas e ele já não se atrevia a confiar nelas. Colocando-se num rochedo que se erguia acima das ondas, e erguendo um fragmento da rocha, desfechou com ele o golpe mortal. O povo, que se reunira na praia, ergueu um grito que ecoou pelos montes. Os pais, arrebatados de alegria, abraçaram o futuro
  • 29. genro, proclamando-o libertador e salvador de sua casa, e a virgem, causa e recompensa da luta, desceu do rochedo. Cassiopeia é chamada a "estelar rainha da Etiópia", porque, depois de morta, foi colocada entre as estrelas, formando a constelação daquele nome. Embora tivesse alcançado essa honra, as ninfas do mar, suas velhas inimigas, conseguiram que ela fosse colocada na parte do céu próxima ao pólo, onde, todas as noites, tem de passar metade do tempo com a cabeça para baixo, recebendo uma lição de humildade. A Festa Nupcial Acompanhando Perseu e Andrômeda, os alegres pais voltaram ao palácio onde se realizou um banquete, e tudo era risos e alegria. De súbito, porém, ouviram-se gritos belicosos, e Frineu, o noivo da donzela, surgiu com um grupo de seus sequazes, exigindo a jovem, como sua. Em vão Cefeu retrucou-lhe: — Deverias tê-la reclamado quando ela se encontrava acorrentada ao rochedo, vítima do monstro. A sentença dos deuses, voltando-a a tal destino, dissolveu todos os compromissos, como a morte o teria feito. Frineu, em vez de responder, lançou seu dardo contra Perseu, não o atingindo, porém, e ficando desarmado. Perseu teria replicado, lançando o próprio dardo, mas o covarde atacante fugiu e escondeu-se atrás do altar. Isso foi sinal para o ataque geral de seu bando contra os convivas de Cefeu. Estes defenderam-se seguindo-se um conflito geral, e o velho rei retirou-se da cena depois de infrutíferos apelos, invocando o testemunho dos deuses de que não tinha culpa do ultraje aos deveres de hospitalidade. Perseu e seu amigos sustentaram, por algum tempo, a luta desigual, mas o número de atacantes era excessivo para eles e sua destruição parecia inevitável, quando Perseu teve uma idéia. "Farei minha inimiga defender-me." Depois exclamou, em voz alta: — Se tenho aqui algum amigo, que ele afaste os olhos! E levantou a cabeça de Medusa — Não tentes amedrontar-nos com tuas imposturas! — exclamou Tesceleu. Ergueu o dardo, para lançá-lo, e transformou-se em pedra nessa posição. Ampix ia cravar a espada no corpo de um inimigo prostrado, mas seu braço inteiriçou-se, e ele não pôde estendê-lo, nem dobrá-lo. Outro, no meio de um ruidoso desafio ficou com a boca aberta, sem emitir qualquer som. Aconteus, um dos amigos de Perseu, avistou a górgona e imobilizou-se como os outros. Astíages atingiu-o com a espada, mas esta, em vez de feri-lo, retrocedeu, com um ruído áspero. Frineu, contemplando o terrível resultado de sua injusta agressão, ficou transtornado. Chamou os amigos, em voz alta, mas não obteve resposta; tocou-os e viu que eram pedra. Caindo de joelhos e estendendo os braços para Perseu, mas com o rosto voltado para outro lado, implorou misericórdia. — Toma tudo, mas poupa-me a vida — exclamou. — Desprezível covarde — retrucou Perseu —, conceder-te-ei isso. Nenhuma arma te tocará. Além disso, serás conservado em minha casa, como lembrança destes acontecimentos. Assim dizendo, levantou a cabeça da górgona na direção em que Frineu olhava e este transformou-se num bloco de pedra, na mesma posição em que se encontrava, de joelhos, com os braços estendidos e o rosto virado.
  • 30. Jasão e os Argonautas Viviam na Tessália os reis Atamas e Nefele, que tinham um casal de filhos. Atamas se enfadou da esposa, expulsou-a e casou-se com outra mulher. Nefele, receosa de que os filhos corressem perigo pediu ajuda a Hermes que deu-lhe um carneiro com um velocino de ouro, no qual Nefele colocou as duas crianças que as levaria a um lugar seguro. O carneiro elevou-se no ar rumando ao nascente, até que, ao passar sobre o estreito que separa a Europa da Ásia, a menina, chamada Heles, caiu no mar, que passou a ser chamado Helesponto. O carneiro continuou a viagem, até chegar ao reino da Cólquida, na costa do Mar Negro, onde depositou o menino Frixo. Frixo sacrificou o carneiro a Zeus e ofereceu a Etes o Velocino de Ouro, que foi posto numa gruta sagrada, sob a guarda de um dragão que não dormia. Havia na Tessália outro reino, perto do de Atamas, e governado pelo seu irmão Pélias. Cansado com o trabalho de governo, o Rei Esão passou a coroa a seu irmão, até a maioridade do seu filho Jasão. Jasão foi reclamar a coroa, Pélias fingiu-se disposto a entregá-la, mas, sugeriu ao jovem a aventura de ir em busca do Velocino de Ouro, que se sabia estar na Cólquida. Jasão acolheu a idéia e tratou de fazer os preparativos para a expedição. Jasão incumbiu Argos de construir uma embarcação capaz de transportar cinqüenta homens. O barco tomou o nome de "Argo", em homenagem ao seu construtor. Jasão convidou a participarem da empresa todos os jovens gregos amantes de aventuras como Hércules, Teseu, Orfeu e Nestor. Os expedicionários foram chamados argonautas. O "Argo", com sua tripulação, deixou a Tessália e, depois de tocar na Ilha de Lemos, fez a travessia para a Mísia e dali passou à Trácia, onde os argonautas encontraram o sábio Frineu e dele receberam instruções sobre o futuro curso. A entrada do Ponto Euxino estava impedida por duas pequenas ilhas rochosas, que flutuavam na superfície do mar e, sacudidas pelas vagas, ajuntavam-se, às vezes, esmagando completamente qualquer objeto que estivesse entre elas. Eram chamadas as Simplegades. Frineu instruiu os argonautas sobre o modo de atravessar aquele estreito perigoso. Quando os expedicionários chegaram às ilhas, soltaram uma pomba, que passou entre os rochedos sã e salva, perdendo só algumas penas da cauda. Jasão e seus companheiros aproveitaram-se do momento favorável em que as ilhas se afastavam uma da outra, remaram com vigor e passaram a salvo, enquanto as ilhas se colidiam de novo, atingindo a popa do barco. Remaram, então, ao longo do litoral, até chegarem à extremidade oriental do mar, onde desembarcaram no reino da Cólquida. Jasão transmitiu sua mensagem ao rei Etes, que concordou em desistir do Velocino de Ouro, se Jasão, por sua vez, concordasse em arar a terra com dois touros de patas de bronze que soltavam fogo pela boca e pelas narinas, e semeasse os dentes do dragão que Cadmo matara e dos quais sairia, segundo se sabia, uma safra de guerreiros, que voltariam suas armas contra o semeador. Jasão aceitou as condições e foi marcada a ocasião das provas. Antes, porém, Medéia a filha do rei, decidiu ajudá-lo, em troca de se casar com ela, invocando, por juramento, o testemunho de Hécate. Medéia cedeu e, graças à sua ajuda, pois ela era uma poderosa feiticeira, Jasão conseguiu um encantamento, para se livrar da respiração de fogo dos touros e das armas dos guerreiros. Na ocasião marcada, o povo reuniu-se no Campo de Marte e o rei sentou-se no trono Os touros de patas de bronze surgiram, respirando fogo e queimando as ervas, enquanto passavam, com as chamas que lhe saíam das narinas. O ruído que faziam era semelhante ao de uma fornalha e a fumaça que desprendiam à provocada pela água lançada sobre a cal viva. Jasão avançou, ousadamente, para enfrentá-los. Seus amigos tremeram ao contemplá-lo. Não obstante a respiração de fogo dos touros, ele lhes acalmou com a voz, afagou-os no pescoço e destramente colocou-lhes o jugo e obrigou- os a arar a terra. Os habitantes da Cólquida ficaram assombrados; os gregos lançaram gritos de alegria. Logo surgiu a sementeira de homens armados e mal tinham atingido a superfície da terra, esses homens, brandindo suas armas, investiram contra Jasão. Os
  • 31. gregos tremeram de medo por seu herói. Jasão, durante algum tempo, manteve os atacantes a distância, com a espada e o escudo, mas, vendo que seu número era esmagador, recorreu ao encantamento que Medéia lhe ensinara: pegou uma pedra e atirou-a no meio dos inimigos. Estes, imediatamente, voltaram as armas uns contra os outros e, dentro em pouco, não havia vivo um só da estirpe do dragão. Os gregos abraçaram seu herói, e Medéia também o teria abraçado, se se atrevesse. Restava fazer adormecer o dragão que guardava o velocino e isso foi conseguido lançando-se sobre ele algumas gotas de um preparado que Medéia fornecera. Sentindo- lhe o cheiro, o dragão acalmou-se, ficou imóvel, por um momento, depois fechou os grandes olhos redondos, que, segundo se sabia, nunca fechara antes e, virando-se de lado, adormeceu. Jasão apoderou-se do velocino e, acompanhado dos amigos e de Medéia, apressou-se em dirigir-se ao barco, antes que o rei Etes impedisse a partida, e voltou à Tessália, onde todos chegaram sãos e salvos, e Jasão entregou o velocino a Pélias e consagrou "Argo" a Netuno. Não sabemos o que foi feito posteriormente do Velocino de Ouro, mas talvez se tenha verificado, à semelhança de muitos outros tesouros, que ele não valera o trabalho da conquista.
  • 32. Atividades 1) Enumere a seqüência dos acontecimentos da estória de Jasão (de 01 a 10): ___ A princesa Medeia apaixonada por Jasão ajuda o heroi a enfrentar o desafio proposto pelo rei Etes para entrar na caverna do dragão que protege o Velo de Ouro. ___ Após a semeadura os dentes de dragão originaram soldados completamente armados que atacam Jasão. Jasão luta contra os espartontes e joga a pedra enfeitiçada por Medeia para vencer os soldados. ___ Heróis de toda Grécia são convidados por Jasão para a expedição do Velocino de Ouro. Os heróis são chamados de Argonautas. ___ Jasão entra na caverna do dragão, que é adormecido graças a um feitiço preparado por Medeia. Jasão obtém o Velo de Ouro. ___ Jasão pede para Argo construir um barco com a finalidade de chegar a Cólquida. Jasão batiza o barco de “Argo” em homenagem ao seu construtor. ___ Jasão reclama o trono de Iolcos e seu tio Pélias ordena-o que encontre o Velo de ouro. ___ No Campo de Marte Jasão semeia o campo com os dentes de dragão com touros de patas de bronze que possuíam respiração flamejante. ___ Os argonautas chegam ao Reino da Cólquida, onde são recebidos pelo rei Etes e sua filha Medeia. ___ Os Argonautas cruzam as Simplegades, um grupo de ilhas rochosas que flutuavam no mar, que sacudidas, ajuntavam-se e esmagavam tudo que estivesse entre elas. ___ Os Argonautas iniciam sua jornada ao zarparem do porto de Iolcos em direção a Cólquida. Na Ilha de Creta os Argonautas são atacados por Talos, um gigante de bronze, construído por Hefesto, o ferreiro dos deuses. 2) Considerando a lenda do Minotauro dê um título para cada uma das imagens abaixo: ____________________ ____________________ ______________
  • 33. Os 12 Trabalhos de Hércules
  • 34. Sacrifício humano? Há muito existem provas que podem destruir inteiramente a imagem da antiga civilização minóica derivada dos afrescos. Cenas de flores de lírios e lótus conviviam com outras, de elegantes damas conversando e se enfeitando — em resumo, a imagem de uma sociedade culta e altamente sofisticada, apenas desfigurada pelas cenas do "jogo" perigoso e suicida do salto ao touro. Sombra muito mais escura foi lançada em 1979, pelas descobertas terríveis, feitas nos porões de uma enorme casa em Cnossos, por Peter Warren, Professor de Arqueologia Clássica da Universidade de Bristol. Os aposentos superiores da casa ruíram sobre o porão, onde foi encontrado o seu conteúdo — principalmente objetos do cotidiano, como pesos para tecelagem, contas, ferramentas e cerâmica. Havia também um grande vaso de armazenagem contendo terra queimada, restos de caracóis e de mariscos comestíveis, além de três ossos humanos, um dos quais (uma vértebra cervical) com evidentes marcas de corte. Por que esses géneros alimentícios estariam misturados a restos humanos? O rasto das evidencias continuou num aposento adjacente, escavado por Warren, que ele passou a chamar de "Aposento dos Ossos de Crianças”. Ali encontrou 251 ossos de animais pertencentes a bois, carneiros, porcos e cães, além de 371 ossos e fragmentos de ossos humanos. A análise demonstrou a presença de restos de pelo menos quatro indivíduos, todos crianças. No total, 79 desses ossos continham marcas de cortes ou de terem sido serrados com lâmina fina. Em outros aposentos da casa foram encontrados mais 54 ossos humanos, todos pertencentes a crianças, e oito com marcas de corte. Warren e sua equipe ficaram estarrecidos com o significado dessa prova. Em algumas culturas antigas, os corpos eram desmembrados ou descarnados antes de serem enterrados, ou mesmo escavados depois decomposição e enterrados novamente. Entretanto, no caso dos ossos das crianças, os sinais de corte ficavam longe das extremidades, onde se esperaria encontrar marcas, se as várias partes do corpo (por exemplo, braço, antebraço e mão) fossem deliberadamente separadas. Isto sugeriu a Warren e ao especialista em ossos Louis Binford que o corte não se destinara a desmembrar o esqueleto, mas sim para remover a carne. Mas a ausência de marcas longitudinais demonstrava que o propósito não era remover todos os vestígios de carne – e sim grandes nacos – e portanto o objetivo talvez não fosse descarnar. Então, parece que o que se fazia com os ossos não era parte de um ritual de sepultamento. Acontecia alguma outra prática de culto, e Warren chegou à terrível conclusão de que envolvia o sacrifício ritual de infantes, que depois eram cozinhados e ingeridos. Naturalmente, como o próprio Warren admite, não há provas absolutas de que a carne das crianças era consumida depois de removida dos ossos. Em todo caso, parece uma explicação mais provável do que as outras alternativas como, por exemplo, simples assassinato ou preparação para o sepultamento. Dennis Hughes, especialista em classicismo da Universidade de lowa, sugeriu que os ossos foram levados para o porão como parte de uma prática de um segundo sepultamento, e que já haviam sido separados e descarnados antes de serem depositados ali. Contudo, admite que não há provas de ritos de sepultamento. Embora se saiba que existia um segundo sepultamento em Creta, na Idade do Bronze, não há exemplo de remoção de carne, nem de deliberada desarticulação do corpo, antes do novo sepultamento. É preciso enfrentar o terrível fato de que, se as marcas de cortes fossem encontradas em ossos de animais, os arqueólogos assumiriam, sem pensar duas vezes, que estavam diante dos restos de uma refeição.
  • 35. A explicação de Warren, de consumação ritual, continua sendo a melhor, embora se choque muito contra a tradicional ideia preconcebida de uma sociedade minoica "pacífica". A presença de ossos de animais com marcas semelhantes, a terra queimada e os caracóis comestíveis, sugerem que as crianças eram mortas, cozinhadas e ingeridas, junto com os animais em festas associadas a algum culto religioso demoníaco. Também não é tão difícil imaginar que as vítimas desse culto canibalesco eram trazidas das terras dominadas — como Atenas, na lenda de Teseu. Se Warren estiver certo, tem-se uma nova explicação para a origem da lenda de um monstro que comia crianças em Cnossos; havia um monstro em Cnossos, sem cabeça de touro, mas suficientemente real, e ainda mais sinistro do que o lendário Minotauro. (JAMES, Peter. O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 368-370). 1) Resolva a palavra cruzada abaixo: Horizontal: 4. Nome da cidade onde foi encontrado um disco que pode ser a mais antiga máquina de impressão do mundo, anterior mesmo a invenção de Gutenber. 6. Nome do edifício construído por Dédalo para aprisionar o Minotauro. 8. Nome do lendário rei de Creta. 9. Princesa fenícia, filha de Agenor, que foi abduzida por Zeus na forma de um Touro Branco. 10. Nome do principal palácio da ilha de Creta Vertical: 1. Lendário rei de Atenas, pai de Teseu, que batizou o nome do mar que envolve a Grécia. 2 Deus dos mares da mitologia grega que fez sair do mar um Touro Branco que deveria ter sido sacrificado por Minos. 3. Monstro com cabeça de touro e corpo humano que se alimentava de carne humana. 5. Nome do grupo de ilhas gregas localizadas entre a Península do Peloponeso e a ilha de Creta. 7. Princesa de Creta que ajudou Teseu a vencer o Minotauro.
  • 36. A Genealogia dos Reis de Micenas
  • 37. A História Lendária de Micenas O artigo abaixo descreve a história lendária de Micenas, que corresponde ao período Micênico da história grega. A lenda refere-se da fundação de Micenas por Perseu, ao governo de Agamêmnon, líder dos gregos na Guerra de Tróia. O rei de Argos Acrísio possuía uma filha de grande beleza, Danae, que foi aprisionada em uma torre de bronze após Acrísio ser alertado sobre uma profecia que dizia que ele seria morto pelo seu próprio neto. Zeus, o deus do céu, se apaixonou por Danae e entrou na torre disfarçando-se de uma chuva de ouro. Danae deu a luz a Perseu. Acrísio colocou Danae e Perseu em uma arca e os jogaram no Mar Egeu. Danae foi salva por um pescador e junto com Perseu passaram a viver na ilha de Serifos. Quando adulto Perseu descobriu o seu passado e retornou a Argos. Acrísio que temia por sua vida devido a profecia, propôs inúmeras tarefas para Perseu, uma delas decapitar a górgona Medusa. Graças ao auxilio dos deuses Hermes, que lhe emprestou sua sandália alada, Atena, que lhe emprestou seu escudo, e Hades, que lhe emprestou seu capacete da invisibilidade, Perseu encontrou Medusa e graças a imagem da górgona refletida em seu escudo, pode arrancar a sua cabeça. Após seu feito Perseu voou com as sandálias aladas de Hermes por todo o firmamento, desde as terras ocidentais, moradia de Atlas, gigante que sustenta o universo, até o reino dos etíopes. Na Etiópia Perseu encontrou uma bela moça acorrentada a um rochedo. Ela revelou ser Andrômeda, princesa da Etiópia e devido a presunção de sua mãe, Cassiopéia, que comparara sua beleza a das Nereidas, foi destinada a servir de sacrifício ao monstro marinho Cetus, enviado por Poseidon para destruir o reino da Etiópia. Perseu pediu a mão da moça em casamento caso ele enfrentasse e vencesse o monstro. Os reis Cefeu e Cassiopéia aceitaram a proposta e do fundo das águas surge o monstro marinho. Graças a sua espada, Perseu lutou com o monstro e o eliminou. Vencido Cetus, Perseu obteve a mão de Andrômeda, e juntos retornaram para Argos. Perseu e Andrômeda tiveram muitos filhos, os Perseidas, que reinaram sobre as cidades fundadas por Perseu: Tirinto e Micenas. Alceu se tornou rei de Tirinto e Estenêlo de Micenas. Alceu era pai de Anfitrião que estava em guerra contra os tebanos. Durante sua campanha militar, Anfitrião ausentou-se de Tirinto e Zeus enamorou-se pela esposa do rei, Alcmena. Graças à um disfarce, Zeus se metamorfoseou em Anfitrião e visitou os aposentos de Alcmena. Alcmena engravidou e Anfitrião foi persuadido por um emissário de Zeus, que Alcmena estava grávida de um deus. No Olimpo Zeus profetiza que o próximo príncipe perseida que nascer no Peloponeso será o rei de Micenas e de toda a Grécia. Hera ao desconfiar se tratar de mais uma das traições de seu marido, descobre que Zeus havia a traído com Alcmena. Para puni-lo Hera atrasa a gestação de Alcmena e nasce Euristeus, filho de Estenêlo, antes de Hércules, filho de Alcmena. Zeus que havia jurado pelo Estíge que o próximo perseida seria o rei de Perseu toda a Grécia, não pode fazer nada para que seu filho Hércules assumisse o trono de Micenas. Alcmena deu a luz a dois filhos gêmeos, um mortal, Ificles, e outro semideus, Hércules (em grego Heracles, “glória de Hera” ou Alcides, “descendente de Alceu”).
  • 38. Hera passou a perseguir Hercules desde o seu nascimento. Mandou duas serpentes matá-lo em seu quarto, mas surpreendentemente o bebe Hercules estrangulou as duas serpentes com os próprios punhos. Hera tentou amamentá-lo, mas o bebê era tão forte que ela impediu que ele a machucasse, esparramando leite por todo o firmamento, originando a galáxia (o “caminho de leite”), ou a Via - Láctea. Quando se tornou adulto Hércules num momento de loucura provocado por Hera, matou toda a sua família e sua esposa Megara. Para purgar seus crimes, Hércules foi até o oráculo de Delfos, que determinou que ele deveria se tornar escravo de seu primo Euristeus, rei de Micenas, e cumprir doze trabalhos determinados por ele. Hércules foi aos confins da Terra para realizar os doze trabalhos, e cumpriu todos. Hércules teve muitos filhos, os “Heráclidas”, porém nenhum foi mais notável que o pai. Os descendentes de Hércules organizaram um ataque ao reino de Micenas, para expulsarem o usurpador do trono legítimo do seu pai. O usurpador era Euristeus. O retorno Hércules dos Heráclidas corresponde ao episódio das invasões dórias. Durante as guerras dos heráclidas, Euristeus morreu em campo de batalha, e legou o trono de Perseu a Atreu, um primo distante por parte materna. Atreu era filho de Pélops, a amaldiçoada descendência de Tântalo, que era rei de Pisa, o antigo embrião da cidade pan-helênica de Olímpia. Os descendentes de Atreu, os Átridas, também carregavam a maldição de Tântalo, e Agamêmnon tornou-se rei de Micenas, e Menelau, rei de Esparta. Agamêmnon rei de Micenas e líder dos gregos durante a Guerra de Tróia obteve tal distinção graças ao usurpador de Micenas, Euristeus. Atividades 1) “O mito do labirinto conta a historia de um herói, Teseu, que é enviado a Creta para enfrentar o Minotauro, retratado como um ser monstruoso. Ele mata o Minotauro, foge com a filha do rei Minos, abandona a ilha e volta para Atenas. Esse mito representa um pouco a idéia de vitoria dos micênicos sobre os minóicos: Teseu era ateniense, portanto tinha ascendência micênica, que consegue derrotar o poder do rei Minos. O Minotauro era o símbolo desse poder dos minóicos. Representa o momento em que eles perdem o domínio sobre o Mediterrâneo”. (Alvaro Allegrette, arqueólogo da École Française D´Athènes, foi o responsável pela escavação da cripta hipostila na cidade de alia, na ilha de Creta). Considerando o texto acima responda: a) Relacione os principais personagens da Lenda do Minotauro, Teseu e Minos, à realidade histórica a qual representam. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ b) Qual a importância do Mediterrâneo para os minóicos? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 2) “Quando Euristeus iniciou a expedição da qual resultou sua morte nas mãos dos Heráclidas, Atreu, irmão de sua mãe, que havia sido banido por seu pai por haver assassinado Crisipos, recebeu provisoriamente de Euristeus a cidade de Micenas e a
  • 39. soberania, na qualidade de consangüíneos; e como Euristeus não regressou, Atreu, de conformidade com o desejo dos micênios, temerosos dos Heráclidas e considerando-o um homem poderoso, que conquistara a simpatias da maioria, recebeu em definitivo a soberania sobre os micênios e todos os que estavam sujeitos ao poder de Euristeus. Desta forma a casa de Pélops tornou-se mais importante que a de Perseu. Segundo me parece, foi o fato de Agamemnon ter herdado tudo isso, e haver-se tornado ao mesmo tempo mais forte em poder naval que os outros, que lhe permitiu reunir forças armadas tão numerosas, não tanto pelo favor da maioria, mas por temor, e realizar a expedição contra Tróia.” (Tucídides, História da Guerra do Peloponeso). O texto acima narrado pelo historiador grego Tucídides descreve a queda da Dinastia dos Perseidas e a ascensão a Dinastia dos Átridas ao trono de Micenas – cidade fundada por Perseu. A partir da leitura do texto, explique como Euristeus e Atreu tornaram-se reis de Micenas. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 3) Relacione mitologia e arqueologia identificando três elementos presentes na lenda do Minotauro e na Civilização Minóica. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 4) A partir da afirmação a seguir, responda: “Na mitologia grega, a história de Creta começa com a chegada de Europa na ilha. Para a história mundial, o continente Europa encontrou em Creta o berço de sua civilização”. a) Qual a origem do nome do continente Europa? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ b) Por que Creta é o berço da civilização européia? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5) “Para limpar-se após a vitória sobre Cetus, o monstro marinho, o herói Perseu lava as mãos em água recém extraída do mar. Porém a areia da praia poderia prejudicar o saco que envolvia a cabeça da Górgona. Então ele primeiro preparou um monte de folhas, em que ele primeiramente jogou as ervas daninhas do mar produzidas sob as ondas. Neles colocou a horrível face da Medusa, e em seguida, as cobriu com as ervas daninhas frescas que foram retiradas do infinito profundo. Embebidas pelo veneno do monstro em seu miolo esponjoso: elas endureceram-se ao toque, e Perseu, sentiu no ramo a rigidez incomum da folha. As Ninfas do mar admiradas, também tentaram exercer esse prodígio em diversas outras plantas daninhas, com êxito. Tão contentes com o sucesso da brincadeira, elas levaram novas sementes dessa plantas de grande beleza, e as espalharam sobre todo o “firmamento de sal”. Assim, a partir daquele dia o coral manteve essa natureza