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EDUARDO LUIS BECK - 910209539
A PSICOLOGIA NO HOSPITAL GERAL
UNINOVE
São Paulo
2011
EDUARDO LUIS BECK - 910209539
A PSICOLOGIA NO HOSPITAL GERAL
Relatório Final de Estágio Básico II
do Curso de Psicologia, sob
supervisão da Prof. Monalisa de
Cássia Fogaça.
UNINOVE
São Paulo
2011
RESUMO
Este trabalho apresenta uma leitura abrangente sobre a Psicologia no Hospital Geral,
acompanhada cuidadosamente dos textos que trataram do tema a partir da referida
abordagem, evidenciando as diversas áreas de atuação do psicólogo, assim como as
dificuldades de inserção do profissional no âmbito hospitalar. No decorrer deste trabalho,
destacamos a terapia que envolve não só os pacientes internados, mas também os
familiares e pessoas diretamente ligadas a eles. Por fim, ressaltamos a importância do
psicólogo hospitalar na atualidade, suas conquistas e desafios em uma perene jornada em
prol da humanidade.
PALAVRAS-CHAVE:
Psicologia hospitalar, Atendimento psicológico na U.T.I, Psico-Oncologia, Psicologia no
Hospital Geral.
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................01
Objetivo....................................................................................................03
Justificativa...............................................................................................03
Método......................................................................................................03
Discussão...................................................................................................04
Considerações Finais.................................................................................06
Bibliografia Consultada.............................................................................07
Anexos.......................................................................................................09
INTRODUÇÃO
No hospital existem muitos profissionais de diferentes áreas, ligados a um único
objetivo: cuidar do paciente o que nos faz concluir que o trabalho não é isolado, pois
muitas vezes chegamos até a ele pelo pedido da equipe, que funciona como intermediária
do encontro¹.
A hospitalização caracteriza-se como um momento de contato mais próximo com
o sofrimento ou a dor e, por isso, favorece uma situação propícia para a implicação do
sujeito com a sua subjetividade, possibilitando uma abertura para a escuta do inconsciente
se o profissional se colocar na posição de desejar escutar, ainda que a busca principal seja
da cura da enfermidade inscrita no corpo biológico.²
Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos
psicológicos em torno do adoecimento. A psicologia hospitalar não trata apenas das
doenças com causas psíquicas, classicamente denominadas “psicossomáticas”, mas sim
dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença.
As primeiras inserções de atividades psicológicas em hospitais gerais no Brasil
datam da década de 1950. No entanto, foi nas últimas duas décadas que o interesse pela
Psicologia Hospitalar cresceu significativamente, chegando a organizar-se como uma
especialidade regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia em 2000.
A inserção do psicólogo na área hospitalar enfrenta uma série de dificuldades, pois
muitas universidades não possuem em sua grade curricular a área da Psicologia Hospitalar.
Sendo assim, o psicólogo se depara com situações em que o deixa muitas vezes inseguro
com a complexidade desta área.
Hoje, muitos hospitais dão preferência a contratar psicólogos que tenham o curso
de especialização em Psicologia Hospitalar.
Um dos primeiros passos do aluno ao entrar no hospital, é verificar qual a
realidade da instituição, sendo um profissional no sentido amplo da palavra: ter bom senso,
ter um bom preparo, respeitar os colegas e fazer-se respeitar sem esquecer que deve ter
resistência a frustração. Para prestar assistência ao paciente, é preciso que o psicólogo
conheça a sua doença assim como a sua evolução, desta forma, o paciente sente-se mais
seguro para desenvolver a entrevista psicológica.
O acompanhamento da evolução do paciente quanto aos aspectos emocionais que
a doença traz é o objetivo principal, trabalhando também com a interação da equipe de
saúde no sentido de facilitar a relação equipe-paciente-família ³.
O atendimento psicológico na UTI reveste-se de uma importância particular tendo
em vista um ambiente de alto grau de estresse que envolve não só o paciente, mas também
a família e toda a equipe envolvida.
Ao ser admitido na UTI, o paciente já entra com uma idéia de possibilidade de
morte iminente. Assim como também enfrenta um ambiente físico desconhecido, muitos
equipamentos, sons e ruídos. E, estas circunstâncias podem ocasionar a chamada Síndrome
da UTI, caracterizada como um estado confusional, secundário à internação.
Em psicoterapia o paciente com dor crônica utiliza e desenvolve suas
potencialidades intelectuais, afetivas e sociais, o que possibilita a reabilitação de aspectos
emocionais imobilizados. 4
O Centro de Terapia Intensiva possui algumas características específicas que
interferem diretamente sobre o estado emocional do paciente. Situações como: estresse,
tensão, isolamento, clima de morte iminente, perda da noção de tempo e espaço, dentre
outras, provocam alterações no estado do paciente, tanto a nível físico (orgânico) como
psíquico (emocional). E, como é sabido, qualquer alteração no estado emocional do
paciente reflete diretamente no seu quadro clínico.
Quando um paciente recebe a notícia de que terá que se submeter a um
procedimento cirúrgico, automaticamente ficará focalizado nas implicações deste evento
em sua vida. A doença, o diagnóstico e a necessidade da cirurgia como forma de tratamento
significam que a saúde da pessoa está debilitada. Assim, o passo seguinte é se adaptar a
esse contexto de forma adequada. 5
Outra área de delicada intervenção psicológica é a Psico-Oncologia.
As pessoas que recebem um diagnóstico de câncer passam por vários níveis de
estresse. As mudanças físicas e psíquicas, as alterações no estilo de vida, as preocupações
financeiras são aspectos que costumam preocupar qualquer pessoa com câncer. É aí que
entra a necessidade de um apoio psicológico adequado.
A psico-oncologia tem um papel muito importante na cura, o de restaurar a auto-
confianca do paciente, a esperança e o desejo de lutar, pois sem esses fatores; sem que o
paciente queira viver, não há cura.
É indispensável a arteterapia para a reabilitação e elaboração psíquica dos pacientes
internados. O processo de arteterapia se baseia no reconhecimento de que os pensamentos
e os sentimentos mais fundamentais do homem, derivados do inconsciente, encontram sua
expressão em imagens e não em palavras. 6
Além de atuar diretamente com o paciente, o psicólogo hospitalar precisa buscar
conscientizar os demais membros da equipe para o trabalho interdisciplinar, ajudando cada
profissional a ter claras as suas funções, definindo os seus objetivos, facilitando e, sendo,
muitas vezes o interlocutor entre os membros da equipe entre si, com os pacientes e
familiares.
OBJETIVO
Refletir os conceitos sobre a inserção do psicólogo no Hospital Geral e sua
interface com a conceituação atual do referido tema, evidenciando as variadas áreas de
atuação, assim como sua fundamental importância para minimizar o sofrimento, a angústia
e a ansiedade do paciente internado.
JUSTIFICATIVA
O presente trabalho trata de uma proposta de apresentar a intervenção do
psicólogo dentro do hospital geral em vários aspectos frente a diversas situações, equipes e
demandas diferentes. Dentro da discussão surgem importantes observações quanto ao
campo de atuação do psicólogo, com o intuito de contribuir para que outros projetos dêem
continuidade na compreensão e no aprimoramento do profissional nesta área.
MÉTODO
Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema, com rastreamento de
artigos e capítulos de livros, em acervos físicos e virtuais. Discussão sobre a temática,
também foram realizadas, além de seminários.
DISCUSSÃO
“Desde o instante em que nascemos, começamos a morrer e cada dia vivido,
torna-se um dia a menos no calendário da existência. Essa é a nossa condição humana, a
nossa marca existencial.” 7
O psicólogo, na sua prática hospitalar, busca manter o relacionamento humano
saudável, e isso envolve o diálogo com o paciente, seus familiares e a equipe de saúde,
funcionando assim, como um facilitador da comunicação entre eles. Para tanto, além do
bom senso, é necessário que se tenha domínio de recursos psicológicos, técnicos e
científicos.
No caso de pacientes com câncer, a psico-oncologia tem um papel muito
importante em suas vidas, ela busca restaurar a autoconfiança do paciente, a esperança e o
desejo de lutar. Cada vez mais está provado que um bom suporte psicológico ajuda muito
na recuperação de um paciente de câncer.
As mudanças físicas e psíquicas, as alterações no estilo de vida, as preocupações
financeiras são aspectos que costumam preocupar qualquer pessoa diagnosticada com
câncer. É aí que entra a necessidade de um apoio psicológico adequado.
As possibilidades de atuação da Psico-Oncologia são destacadas em quatro níveis
de intervenção: A intervenção de nível primário, secundário, terciário e fase terminal.
A intervenção em nível primário atua sobre três pontos principais: o estilo de vida
do indivíduo, o estresse e o comportamento alimentar. Inclui campanhas de prevenção
como controle ambiental nas indústrias, promover mudança de hábitos alimentares, entre
outros. A intervenção em nível secundário, diz respeito à educação para a detecção do
câncer precoce. Medida pela qual, tem a função de informar a população em geral e a de
alto risco sobre os procedimentos preventivos de diversos tipos de câncer. Intervenção em
nível terciário se refere às intervenções que deverão ser realizadas durante o processo de
tratamento, como: levar o indivíduo portador de câncer a aderir às prescrições de
tratamento, da melhor maneira possível, ou assumir conscientemente as conseqüências e os
riscos de não aderir. E a intervenção na fase terminal tem o objetivo de atender às
necessidades emocionais da pessoa, considerando seus medos e ansiedade diante do
sofrimento, da deterioração física e da morte, facilitar o processo de tomada de decisões e
resoluções de possíveis problemas pendentes, tais como os que se referem à família, às
finanças, etc.
Existe um desafio do trabalho em uma equipe multidisciplinar. Este trabalho do
psicólogo muitas vezes não é reconhecido pelos médicos. Também os enfermeiros se
sentem invadidos ou criticados na sua atuação, pelos psicólogos. A chegada da Psico-
Oncologia no hospital é recente e sua função ainda é freqüentemente desconhecida ou
distorcida. Mas já existem situações em Hospitais onde o psicólogo tem o seu valor
reconhecido e também é requisitado pelos médicos e pela enfermagem em seu próprio
auxílio, quando em momentos de dificuldades pessoais.
O suporte pré-operatório e intervenções complementares durante a reabilitação
maximizam a qualidade de vida do individuo, sendo indispensável à intervenção
psicológica em alguns casos. Para que o estresse pré-cirúrgico seja reduzido, o método
mais comum e mais utilizado é a preparação psicológica, em que são fornecidos dados
sobre o procedimento e sobre o comportamento a ser adotado.
A esperança de que tenhamos profissionais mais sensíveis às necessidades da
população e do indivíduo, que visem atender à pessoa doente mais que à doença, que se
mobilize numa assistência mais humanizada se concentra na academia, que deve estimular
o ensino centrado na pessoa do paciente e na família. 8
A relação com os processos de morte e morrer, com as perdas irreversíveis
impostas pelas doenças, e toda a angústia e sofrimento gerados por tais situações, têm sido
também alvo dos trabalhos do Psicólogo Hospitalar. 9
Para tratar de um paciente que passa por um processo álgico crônico, é necessário
ter o conhecimento de sua personalidade pré-mórbida, seu grau de maturidade, conhecer o
ambiente no qual vive, no qual molda sua personalidade (funcionamento), e muitas vezes
as suas expectativas de seu futuro.
Dentro dos aspectos neurofisiológicos e químicos da nocicepção, a dor apresenta
fenômenos psíquicos e engloba componentes sociais e culturais. Nocicepção é o conjunto
das percepções de dor que somos capazes de distinguir e está intimamente ligada ao
sistema emocional. Para tratar de um paciente que passa por um processo álgico crônico, é
necessário ter o conhecimento de sua personalidade pré-mórbida, seu grau de maturidade,
conhecer o ambiente no qual vive, no qual molda sua personalidade (funcionamento) e
muitas vezes as suas expectativas de seu futuro.
Brincar é a atividade mais importante da vida da criança e é crucial para seu
desenvolvimento motor, emocional, mental e social. É a forma pela qual ela se comunica
com o meio em que vive e expressa ativamente seus sentimentos, ansiedades e frustrações.
Por meio do brinquedo, num evento em que é sujeito passivo, transforma-se em
investigador e controlador ativo, e adquire o domínio da situação utilizando a brincadeira e
a fantasia.
O brincar terapêutico auxilia o psicólogo a recrear, estimular, socializar e também
cumprir sua função terapêutica, ou catártica.
Podemos confundir brincar com jogar, mas dificilmente com brinquedo. Nem
sempre estão claras as diferenças de onde acaba uma acepção e começa a outra. Não é uma
tarefa simples e até o olho esperto e treinado tem dificuldade para reconhecer as sutis
distinções. Vale lembrar, também, que as diferentes discursividades ligadas ao brincar /
jogar, entendem por uma e outra atividade trabalhos psíquicos decorrentes diferentes. 10
Uma abordagem psicológica avalia e investiga elementos como: aprendizagem e
experiências da infância, cultura, ambiente familiar e social, história da moléstia atual
(como apareceu e qual seu significado), estrutura da personalidade, imagem corporal (que
percepção tem de si mesmo) e sistema de crenças. Esses elementos possibilitam a
realização de um psicodiagnóstico que engloba o funcionamento psicológico do indivíduo.
Comunicar más notícias é, provavelmente, uma das tarefas mais difíceis que os
profissionais de saúde têm que enfrentar, pois implica em um forte impacto psicológico do
paciente e sua rede de apoio - quem recebe uma má notícia dificilmente esquece onde,
como e quando ela foi comunicada. ¹¹
A entrevista psicológica como meio de acesso ao paciente, é de primordial
importância, sendo um instrumento fundamental do método clínico no qual seu principal
objetivo é o da investigação.
Segundo Ismael S, citando Beck e cols. (1982)¹²
, na abordagem cognitivo
comportamental, por meio da entrevista inicial com o paciente, é possível abstrair
informações essenciais, como o diagnóstico, sua história de vida passada, situação atual de
vida, problemas psicológicos existentes, atitudes a respeito do tratamento e motivação para
ele.
Através da entrevista psicológica, é possível perceber a relação que a pessoa faz
com sua doença e o significado que atribui à internação. Este fator é de fundamental
importância para nortear o trabalho do psicólogo não somente junto ao paciente, mas
também com a equipe de saúde num trabalho interdisciplinar.
Uma aplicação interessante do conceito de interdisciplinaridade na saúde diz
respeito à interconsulta. A interconsulta consiste na presença de um profissional de saúde
em uma unidade ou serviço médico geral atendendo à solicitação de um médico em relação
ao atendimento de um paciente. Isto garante um atendimento global do paciente, tendo a
psicologia um importante papel a cumprir neste contexto. Assim, a interconsulta
psicológica pode em muito contribuir em conjunto com outros profissionais para uma
abordagem biopsicossocial do paciente.
Com a entrada da psiquiatria nos hospitais gerais, foi possível constituir este novo
campo de atuação, que começou a ter destaque na década de 80 (Schmitt & Gomes, 2005).¹³
Segundo Carvalho (2008) ¹4
citando Smaira (2003), os motivos que levavam
clínicos, cirurgiões e outros membros da equipe de saúde a requisitar interconsulta
psiquiátrica foram: dúvidas sobre o diagnóstico do paciente, colaborar com o diagnóstico
diferencial entre patologias orgânicas e psicológicas, persistência de reclamações do
paciente, comportamento de paciente que perturba o funcionamento da enfermaria, a
sensibilização da equipe pelas atitudes do paciente e a dificuldade em lidar com
sentimentos e reações decorrentes, risco e/ou tentativa de suicídio, pacientes com
transtornos psiquiátricos e problemas na relação médico-paciente.
Além de prestar assistência ao paciente, o interconsultor tem como função,
auxiliar no entendimento das reações da família e da equipe de saúde, podendo servir de
suporte para a equipe responsável pelo paciente, a qual em momentos difíceis pode perder
a capacidade decisória, o equilíbrio emocional e/ou a habilidade de conduzir a situação.¹5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O assunto abordado neste trabalho foi de grande utilidade para aquisição do
conhecimento. Através de pesquisas e discussões, foi possível discriminarmos idéias de
diversos autores sobre a inserção e a prática do psicólogo no hospital geral.
Durante a realização do artigo, assumimos o desafio de procurar transmitir de uma
forma clara, a relação afetiva e toda a complexidade que envolve o tratamento dos
pacientes internados. Ficou evidente no decorrer das diversas fases do trabalho, a falta de
comunicação entre a equipe de saúde/paciente/família, o que contribui inevitavelmente
para que o paciente desenvolva certa dificuldade de aceitação da doença e o seu
tratamento. Por conta disso, o psicólogo hospitalar atua não só com o paciente, mas
também envolve a família, assim como toda a equipe de saúde.
Em todas estas áreas citadas em nosso trabalho, também é imprescindível uma
adequada atuação, calcada no conhecimento e na eficiência. Para construir uma profissão
de respeito junto aos outros profissionais e aos próprios pacientes, precisamos, enquanto
classe profissional, produzir cada vez mais e melhor, solucionar problemas, criar modelos e
produzir melhorias de qualidade de vida.
Bibliografia Consultada
1. Parrelli ALM. Relações entre o pensar e o fazer clínico: Atuação ou prova
terapêutica. Rio de Janeiro, RJ. Revista SBPH, 2008; 11 (2)
2. Elias VA. Psicanalise no hospital: algumas considerações a partir de Freud. Rio de
Janeiro. RJ: Revista SBPH.2008; 11(1)
3. Ismael, S M C A prática psicológica e sua interface com as doenças: A inserção do
psicólogo no contexto hospitalar; São Paulo SP: Casa do Psicólogo, 2003.
1. Pereira FS, Rabello GD. Aspectos Psicologicos Envolvidos no Processo de
Cronificação Álgica. ACM arq. catarin. Med. 2003; 32(1): 19-20
2. Juan K. O impacto da cirurgia e os aspectos psicológicos do paciente: uma revisão.
São Paulo, SP: Psicol. hosp. 2007, 5 (1): 48-59.
5. Vasconcellos EA, Giglio JS. Introdução da arte na psicoterapia: enfoque clínico e
hospitalar. Campinas, SP: Estud. psicol. 2007; 24 (3)
6. Barbosa LNF, Francisco AL, Efken KH. Morte e vida: a dialética humana. Canoas,
RS: Aletheia, 2008, 11(1): 32-44
7. Bifulco VA, Iochita LC. A formação na graduação dos profissionais de saúde e a
educação para o cuidado de pacientes fora de recursos terapêuticos de cura. Rio de
Janeiro, RJ: REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA. 2009; 33(1): 92-
100
8. Sebastiani RW, Mai, EMC. Contribuições da psicologia da saúde–hospitalar na
atenção ao paciente cirúrgico. São Paulo, SP. 2005; 020 (1): 50-55
9. Medrano CA, Padilha MICS, Vaghetti HH. O brinquedo terapêutico: notas para
uma re-interpretação. Fortaleza, CE: Revista Mal-estar e subjetividade. 2008; 8 (3):
705-728
10. Victorino AB, Nisenbaum EB, Gibello J, Bastos MZN, Andreoli PBA. Como comunicar más
noticias: revisão bibliográfica. Rio de Janeiro, RJ: Revista SBPH. 2007; 10 (1)
11. BECK, A.T. e cols. Terapia cognitiva da depressão, Zahar, Rio de Janeiro, 1982.
13. MELLO, P C AAtuação do Psicólogo na Unidade de Terapia Intensiva; Psicópio:
Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. Belo Horizonte, 2008, Ano 4.
14. CARVALHO M.R e Lustosa M.A (2008). Interconsulta Psicológica: 2008 11(1) Rio
de Janeiro; jun. 2008.
15. ZAVASCHI, M. L. S.; Lima, D.; Palma, R.B. (2000). Interconsulta psiquiátrica na
pediatria. Rev Bras Psiquiat.2000, 22(2), 48-51.

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A atuação do psicólogo no hospital geral

  • 1. EDUARDO LUIS BECK - 910209539 A PSICOLOGIA NO HOSPITAL GERAL UNINOVE São Paulo 2011
  • 2. EDUARDO LUIS BECK - 910209539 A PSICOLOGIA NO HOSPITAL GERAL Relatório Final de Estágio Básico II do Curso de Psicologia, sob supervisão da Prof. Monalisa de Cássia Fogaça. UNINOVE São Paulo 2011
  • 3. RESUMO Este trabalho apresenta uma leitura abrangente sobre a Psicologia no Hospital Geral, acompanhada cuidadosamente dos textos que trataram do tema a partir da referida abordagem, evidenciando as diversas áreas de atuação do psicólogo, assim como as dificuldades de inserção do profissional no âmbito hospitalar. No decorrer deste trabalho, destacamos a terapia que envolve não só os pacientes internados, mas também os familiares e pessoas diretamente ligadas a eles. Por fim, ressaltamos a importância do psicólogo hospitalar na atualidade, suas conquistas e desafios em uma perene jornada em prol da humanidade. PALAVRAS-CHAVE: Psicologia hospitalar, Atendimento psicológico na U.T.I, Psico-Oncologia, Psicologia no Hospital Geral.
  • 4. SUMÁRIO Introdução.................................................................................................01 Objetivo....................................................................................................03 Justificativa...............................................................................................03 Método......................................................................................................03 Discussão...................................................................................................04 Considerações Finais.................................................................................06 Bibliografia Consultada.............................................................................07 Anexos.......................................................................................................09
  • 5. INTRODUÇÃO No hospital existem muitos profissionais de diferentes áreas, ligados a um único objetivo: cuidar do paciente o que nos faz concluir que o trabalho não é isolado, pois muitas vezes chegamos até a ele pelo pedido da equipe, que funciona como intermediária do encontro¹. A hospitalização caracteriza-se como um momento de contato mais próximo com o sofrimento ou a dor e, por isso, favorece uma situação propícia para a implicação do sujeito com a sua subjetividade, possibilitando uma abertura para a escuta do inconsciente se o profissional se colocar na posição de desejar escutar, ainda que a busca principal seja da cura da enfermidade inscrita no corpo biológico.² Psicologia hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. A psicologia hospitalar não trata apenas das doenças com causas psíquicas, classicamente denominadas “psicossomáticas”, mas sim dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença. As primeiras inserções de atividades psicológicas em hospitais gerais no Brasil datam da década de 1950. No entanto, foi nas últimas duas décadas que o interesse pela Psicologia Hospitalar cresceu significativamente, chegando a organizar-se como uma especialidade regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia em 2000. A inserção do psicólogo na área hospitalar enfrenta uma série de dificuldades, pois muitas universidades não possuem em sua grade curricular a área da Psicologia Hospitalar. Sendo assim, o psicólogo se depara com situações em que o deixa muitas vezes inseguro com a complexidade desta área. Hoje, muitos hospitais dão preferência a contratar psicólogos que tenham o curso de especialização em Psicologia Hospitalar. Um dos primeiros passos do aluno ao entrar no hospital, é verificar qual a realidade da instituição, sendo um profissional no sentido amplo da palavra: ter bom senso, ter um bom preparo, respeitar os colegas e fazer-se respeitar sem esquecer que deve ter resistência a frustração. Para prestar assistência ao paciente, é preciso que o psicólogo conheça a sua doença assim como a sua evolução, desta forma, o paciente sente-se mais seguro para desenvolver a entrevista psicológica. O acompanhamento da evolução do paciente quanto aos aspectos emocionais que a doença traz é o objetivo principal, trabalhando também com a interação da equipe de saúde no sentido de facilitar a relação equipe-paciente-família ³. O atendimento psicológico na UTI reveste-se de uma importância particular tendo em vista um ambiente de alto grau de estresse que envolve não só o paciente, mas também a família e toda a equipe envolvida. Ao ser admitido na UTI, o paciente já entra com uma idéia de possibilidade de morte iminente. Assim como também enfrenta um ambiente físico desconhecido, muitos equipamentos, sons e ruídos. E, estas circunstâncias podem ocasionar a chamada Síndrome da UTI, caracterizada como um estado confusional, secundário à internação. Em psicoterapia o paciente com dor crônica utiliza e desenvolve suas potencialidades intelectuais, afetivas e sociais, o que possibilita a reabilitação de aspectos emocionais imobilizados. 4 O Centro de Terapia Intensiva possui algumas características específicas que interferem diretamente sobre o estado emocional do paciente. Situações como: estresse, tensão, isolamento, clima de morte iminente, perda da noção de tempo e espaço, dentre outras, provocam alterações no estado do paciente, tanto a nível físico (orgânico) como psíquico (emocional). E, como é sabido, qualquer alteração no estado emocional do paciente reflete diretamente no seu quadro clínico. Quando um paciente recebe a notícia de que terá que se submeter a um procedimento cirúrgico, automaticamente ficará focalizado nas implicações deste evento
  • 6. em sua vida. A doença, o diagnóstico e a necessidade da cirurgia como forma de tratamento significam que a saúde da pessoa está debilitada. Assim, o passo seguinte é se adaptar a esse contexto de forma adequada. 5 Outra área de delicada intervenção psicológica é a Psico-Oncologia. As pessoas que recebem um diagnóstico de câncer passam por vários níveis de estresse. As mudanças físicas e psíquicas, as alterações no estilo de vida, as preocupações financeiras são aspectos que costumam preocupar qualquer pessoa com câncer. É aí que entra a necessidade de um apoio psicológico adequado. A psico-oncologia tem um papel muito importante na cura, o de restaurar a auto- confianca do paciente, a esperança e o desejo de lutar, pois sem esses fatores; sem que o paciente queira viver, não há cura. É indispensável a arteterapia para a reabilitação e elaboração psíquica dos pacientes internados. O processo de arteterapia se baseia no reconhecimento de que os pensamentos e os sentimentos mais fundamentais do homem, derivados do inconsciente, encontram sua expressão em imagens e não em palavras. 6 Além de atuar diretamente com o paciente, o psicólogo hospitalar precisa buscar conscientizar os demais membros da equipe para o trabalho interdisciplinar, ajudando cada profissional a ter claras as suas funções, definindo os seus objetivos, facilitando e, sendo, muitas vezes o interlocutor entre os membros da equipe entre si, com os pacientes e familiares.
  • 7. OBJETIVO Refletir os conceitos sobre a inserção do psicólogo no Hospital Geral e sua interface com a conceituação atual do referido tema, evidenciando as variadas áreas de atuação, assim como sua fundamental importância para minimizar o sofrimento, a angústia e a ansiedade do paciente internado. JUSTIFICATIVA O presente trabalho trata de uma proposta de apresentar a intervenção do psicólogo dentro do hospital geral em vários aspectos frente a diversas situações, equipes e demandas diferentes. Dentro da discussão surgem importantes observações quanto ao campo de atuação do psicólogo, com o intuito de contribuir para que outros projetos dêem continuidade na compreensão e no aprimoramento do profissional nesta área. MÉTODO Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema, com rastreamento de artigos e capítulos de livros, em acervos físicos e virtuais. Discussão sobre a temática, também foram realizadas, além de seminários.
  • 8. DISCUSSÃO “Desde o instante em que nascemos, começamos a morrer e cada dia vivido, torna-se um dia a menos no calendário da existência. Essa é a nossa condição humana, a nossa marca existencial.” 7 O psicólogo, na sua prática hospitalar, busca manter o relacionamento humano saudável, e isso envolve o diálogo com o paciente, seus familiares e a equipe de saúde, funcionando assim, como um facilitador da comunicação entre eles. Para tanto, além do bom senso, é necessário que se tenha domínio de recursos psicológicos, técnicos e científicos. No caso de pacientes com câncer, a psico-oncologia tem um papel muito importante em suas vidas, ela busca restaurar a autoconfiança do paciente, a esperança e o desejo de lutar. Cada vez mais está provado que um bom suporte psicológico ajuda muito na recuperação de um paciente de câncer. As mudanças físicas e psíquicas, as alterações no estilo de vida, as preocupações financeiras são aspectos que costumam preocupar qualquer pessoa diagnosticada com câncer. É aí que entra a necessidade de um apoio psicológico adequado. As possibilidades de atuação da Psico-Oncologia são destacadas em quatro níveis de intervenção: A intervenção de nível primário, secundário, terciário e fase terminal. A intervenção em nível primário atua sobre três pontos principais: o estilo de vida do indivíduo, o estresse e o comportamento alimentar. Inclui campanhas de prevenção como controle ambiental nas indústrias, promover mudança de hábitos alimentares, entre outros. A intervenção em nível secundário, diz respeito à educação para a detecção do câncer precoce. Medida pela qual, tem a função de informar a população em geral e a de alto risco sobre os procedimentos preventivos de diversos tipos de câncer. Intervenção em nível terciário se refere às intervenções que deverão ser realizadas durante o processo de tratamento, como: levar o indivíduo portador de câncer a aderir às prescrições de tratamento, da melhor maneira possível, ou assumir conscientemente as conseqüências e os riscos de não aderir. E a intervenção na fase terminal tem o objetivo de atender às necessidades emocionais da pessoa, considerando seus medos e ansiedade diante do sofrimento, da deterioração física e da morte, facilitar o processo de tomada de decisões e resoluções de possíveis problemas pendentes, tais como os que se referem à família, às finanças, etc. Existe um desafio do trabalho em uma equipe multidisciplinar. Este trabalho do psicólogo muitas vezes não é reconhecido pelos médicos. Também os enfermeiros se sentem invadidos ou criticados na sua atuação, pelos psicólogos. A chegada da Psico- Oncologia no hospital é recente e sua função ainda é freqüentemente desconhecida ou distorcida. Mas já existem situações em Hospitais onde o psicólogo tem o seu valor reconhecido e também é requisitado pelos médicos e pela enfermagem em seu próprio auxílio, quando em momentos de dificuldades pessoais. O suporte pré-operatório e intervenções complementares durante a reabilitação maximizam a qualidade de vida do individuo, sendo indispensável à intervenção psicológica em alguns casos. Para que o estresse pré-cirúrgico seja reduzido, o método mais comum e mais utilizado é a preparação psicológica, em que são fornecidos dados sobre o procedimento e sobre o comportamento a ser adotado. A esperança de que tenhamos profissionais mais sensíveis às necessidades da população e do indivíduo, que visem atender à pessoa doente mais que à doença, que se mobilize numa assistência mais humanizada se concentra na academia, que deve estimular o ensino centrado na pessoa do paciente e na família. 8
  • 9. A relação com os processos de morte e morrer, com as perdas irreversíveis impostas pelas doenças, e toda a angústia e sofrimento gerados por tais situações, têm sido também alvo dos trabalhos do Psicólogo Hospitalar. 9 Para tratar de um paciente que passa por um processo álgico crônico, é necessário ter o conhecimento de sua personalidade pré-mórbida, seu grau de maturidade, conhecer o ambiente no qual vive, no qual molda sua personalidade (funcionamento), e muitas vezes as suas expectativas de seu futuro. Dentro dos aspectos neurofisiológicos e químicos da nocicepção, a dor apresenta fenômenos psíquicos e engloba componentes sociais e culturais. Nocicepção é o conjunto das percepções de dor que somos capazes de distinguir e está intimamente ligada ao sistema emocional. Para tratar de um paciente que passa por um processo álgico crônico, é necessário ter o conhecimento de sua personalidade pré-mórbida, seu grau de maturidade, conhecer o ambiente no qual vive, no qual molda sua personalidade (funcionamento) e muitas vezes as suas expectativas de seu futuro. Brincar é a atividade mais importante da vida da criança e é crucial para seu desenvolvimento motor, emocional, mental e social. É a forma pela qual ela se comunica com o meio em que vive e expressa ativamente seus sentimentos, ansiedades e frustrações. Por meio do brinquedo, num evento em que é sujeito passivo, transforma-se em investigador e controlador ativo, e adquire o domínio da situação utilizando a brincadeira e a fantasia. O brincar terapêutico auxilia o psicólogo a recrear, estimular, socializar e também cumprir sua função terapêutica, ou catártica. Podemos confundir brincar com jogar, mas dificilmente com brinquedo. Nem sempre estão claras as diferenças de onde acaba uma acepção e começa a outra. Não é uma tarefa simples e até o olho esperto e treinado tem dificuldade para reconhecer as sutis distinções. Vale lembrar, também, que as diferentes discursividades ligadas ao brincar / jogar, entendem por uma e outra atividade trabalhos psíquicos decorrentes diferentes. 10 Uma abordagem psicológica avalia e investiga elementos como: aprendizagem e experiências da infância, cultura, ambiente familiar e social, história da moléstia atual (como apareceu e qual seu significado), estrutura da personalidade, imagem corporal (que percepção tem de si mesmo) e sistema de crenças. Esses elementos possibilitam a realização de um psicodiagnóstico que engloba o funcionamento psicológico do indivíduo. Comunicar más notícias é, provavelmente, uma das tarefas mais difíceis que os profissionais de saúde têm que enfrentar, pois implica em um forte impacto psicológico do paciente e sua rede de apoio - quem recebe uma má notícia dificilmente esquece onde, como e quando ela foi comunicada. ¹¹ A entrevista psicológica como meio de acesso ao paciente, é de primordial importância, sendo um instrumento fundamental do método clínico no qual seu principal objetivo é o da investigação. Segundo Ismael S, citando Beck e cols. (1982)¹² , na abordagem cognitivo comportamental, por meio da entrevista inicial com o paciente, é possível abstrair informações essenciais, como o diagnóstico, sua história de vida passada, situação atual de vida, problemas psicológicos existentes, atitudes a respeito do tratamento e motivação para ele. Através da entrevista psicológica, é possível perceber a relação que a pessoa faz com sua doença e o significado que atribui à internação. Este fator é de fundamental importância para nortear o trabalho do psicólogo não somente junto ao paciente, mas também com a equipe de saúde num trabalho interdisciplinar. Uma aplicação interessante do conceito de interdisciplinaridade na saúde diz respeito à interconsulta. A interconsulta consiste na presença de um profissional de saúde em uma unidade ou serviço médico geral atendendo à solicitação de um médico em relação ao atendimento de um paciente. Isto garante um atendimento global do paciente, tendo a psicologia um importante papel a cumprir neste contexto. Assim, a interconsulta
  • 10. psicológica pode em muito contribuir em conjunto com outros profissionais para uma abordagem biopsicossocial do paciente. Com a entrada da psiquiatria nos hospitais gerais, foi possível constituir este novo campo de atuação, que começou a ter destaque na década de 80 (Schmitt & Gomes, 2005).¹³ Segundo Carvalho (2008) ¹4 citando Smaira (2003), os motivos que levavam clínicos, cirurgiões e outros membros da equipe de saúde a requisitar interconsulta psiquiátrica foram: dúvidas sobre o diagnóstico do paciente, colaborar com o diagnóstico diferencial entre patologias orgânicas e psicológicas, persistência de reclamações do paciente, comportamento de paciente que perturba o funcionamento da enfermaria, a sensibilização da equipe pelas atitudes do paciente e a dificuldade em lidar com sentimentos e reações decorrentes, risco e/ou tentativa de suicídio, pacientes com transtornos psiquiátricos e problemas na relação médico-paciente. Além de prestar assistência ao paciente, o interconsultor tem como função, auxiliar no entendimento das reações da família e da equipe de saúde, podendo servir de suporte para a equipe responsável pelo paciente, a qual em momentos difíceis pode perder a capacidade decisória, o equilíbrio emocional e/ou a habilidade de conduzir a situação.¹5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O assunto abordado neste trabalho foi de grande utilidade para aquisição do conhecimento. Através de pesquisas e discussões, foi possível discriminarmos idéias de diversos autores sobre a inserção e a prática do psicólogo no hospital geral. Durante a realização do artigo, assumimos o desafio de procurar transmitir de uma forma clara, a relação afetiva e toda a complexidade que envolve o tratamento dos pacientes internados. Ficou evidente no decorrer das diversas fases do trabalho, a falta de comunicação entre a equipe de saúde/paciente/família, o que contribui inevitavelmente para que o paciente desenvolva certa dificuldade de aceitação da doença e o seu tratamento. Por conta disso, o psicólogo hospitalar atua não só com o paciente, mas também envolve a família, assim como toda a equipe de saúde. Em todas estas áreas citadas em nosso trabalho, também é imprescindível uma adequada atuação, calcada no conhecimento e na eficiência. Para construir uma profissão de respeito junto aos outros profissionais e aos próprios pacientes, precisamos, enquanto classe profissional, produzir cada vez mais e melhor, solucionar problemas, criar modelos e produzir melhorias de qualidade de vida. Bibliografia Consultada
  • 11. 1. Parrelli ALM. Relações entre o pensar e o fazer clínico: Atuação ou prova terapêutica. Rio de Janeiro, RJ. Revista SBPH, 2008; 11 (2) 2. Elias VA. Psicanalise no hospital: algumas considerações a partir de Freud. Rio de Janeiro. RJ: Revista SBPH.2008; 11(1) 3. Ismael, S M C A prática psicológica e sua interface com as doenças: A inserção do psicólogo no contexto hospitalar; São Paulo SP: Casa do Psicólogo, 2003. 1. Pereira FS, Rabello GD. Aspectos Psicologicos Envolvidos no Processo de Cronificação Álgica. ACM arq. catarin. Med. 2003; 32(1): 19-20 2. Juan K. O impacto da cirurgia e os aspectos psicológicos do paciente: uma revisão. São Paulo, SP: Psicol. hosp. 2007, 5 (1): 48-59. 5. Vasconcellos EA, Giglio JS. Introdução da arte na psicoterapia: enfoque clínico e hospitalar. Campinas, SP: Estud. psicol. 2007; 24 (3) 6. Barbosa LNF, Francisco AL, Efken KH. Morte e vida: a dialética humana. Canoas, RS: Aletheia, 2008, 11(1): 32-44 7. Bifulco VA, Iochita LC. A formação na graduação dos profissionais de saúde e a educação para o cuidado de pacientes fora de recursos terapêuticos de cura. Rio de Janeiro, RJ: REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA. 2009; 33(1): 92- 100 8. Sebastiani RW, Mai, EMC. Contribuições da psicologia da saúde–hospitalar na atenção ao paciente cirúrgico. São Paulo, SP. 2005; 020 (1): 50-55 9. Medrano CA, Padilha MICS, Vaghetti HH. O brinquedo terapêutico: notas para uma re-interpretação. Fortaleza, CE: Revista Mal-estar e subjetividade. 2008; 8 (3): 705-728 10. Victorino AB, Nisenbaum EB, Gibello J, Bastos MZN, Andreoli PBA. Como comunicar más noticias: revisão bibliográfica. Rio de Janeiro, RJ: Revista SBPH. 2007; 10 (1) 11. BECK, A.T. e cols. Terapia cognitiva da depressão, Zahar, Rio de Janeiro, 1982. 13. MELLO, P C AAtuação do Psicólogo na Unidade de Terapia Intensiva; Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. Belo Horizonte, 2008, Ano 4. 14. CARVALHO M.R e Lustosa M.A (2008). Interconsulta Psicológica: 2008 11(1) Rio de Janeiro; jun. 2008. 15. ZAVASCHI, M. L. S.; Lima, D.; Palma, R.B. (2000). Interconsulta psiquiátrica na pediatria. Rev Bras Psiquiat.2000, 22(2), 48-51.