O documento discute as diferenças entre a abordagem grega e portuguesa em relação à dívida soberana. Enquanto a Grécia se recusa a pagar e realiza uma auditoria cidadã transparente, em Portugal grupos políticos usam a ideia de auditoria apenas para ganhar apoio, sem mobilização social ou objetivos claros de não pagamento. Uma verdadeira oposição à troika requer declaração de não pagamento, mobilização unitária e investigação da corrupção para justificar a recusa do pagamento.
Grécia e portugal. razões para os gregos terem pouca consideração pela reação dos portugueses ao aperto da troika
1. Grécia e Portugal. Razões para os gregos terem pouca consideração
pela reação dos portugueses ao aperto da troika
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É bem claro o que diz o economista grego em
www.youtube.com
http://www.youtube.com/watch?v=oZWAvm5vw0g&feature=share
1º - Não devemos, não pagamos, como posição de princípio;
2º - Há um movimento que executa essa ideia, recusando pagar
autoestradas, serviços públicos, etc;
3º - A auditoria é feita através de 19 grupos coordenados e
competentes para a recolha de informação pública pois é transparente
que o governo grego não vai fornecer dados;
O que se passa na Grécia é bem diverso do que se vem pretendendo
para aplicação em Portugal
Como venho dizendo,
http://pt.scribd.com/doc/57484552/Sobre-a-ideia-enganadora-da-
auditoria-a-divida
http://pt.scribd.com/doc/59151940/Questoes-sobre-a-auditoria-as-
contas-publicas
proceder a uma auditoria como a levada a cabo pelos gregos é
possível em Portugal, a despeito de se estar bem longe do grau de
desobediência civil, de mobilização popular e de maturidade política e
organizativa evidenciada pelos gregos.
Porém, em Portugal, pretendem, grupos com fortes apoios políticos,
sindicais e (curiosamente) mediáticos, com intuitos pouco transparentes,
apontar apenas como ponto único de objectivo, uma auditoria.
Aqui, os amadores, os infiltrados de partidos, os candidatos à
construção de novos agrupamentos partidários e afins, colocam na
agenda, a auditoria cidadã. E mais não dizem.
É curto e enganador; apenas visam entreter as pessoas para mascarar
a inépcia política de que são portadores, enquanto o tempo passa e a
troika aplica o seu programa.
2. Como é evidente, colocam um instrumento (auditoria) no lugar do
objectivo que deverá ser não pagar esta dívida que nos querem fazer
engolir como nossa. A auditoria que querem é descontextualizada de
uma ação política, subalterniza a mobilização social, a construção de
movimento aglutinador, sem controlos partidários. Qualquer ação
consequente contra a dívida que nos esmaga passa por:
1 - Declaração política, clara de que não devemos, não pagamos a
obscura dívida que nos imputam;
2 - Mobilização social num quadro de unidade contra a troika e os seus
agentes locais; num quadro não controlado por partidos, proto-partidos
e organizações sindicais;
3 – Paralelamente, recolha de informação sobre a corrupção, os
compadrios, os pagamentos ínvios, as muitas e variadas formas de
descapitalização do Estado e de assalto aos nossos bolsos e direitos;
4 - Denúncia sistemática desses elementos recolhidos junto da
população, por todos os meios possíveis, como justificação para que se
recuse o pagamento;
É para isto que estou disponível. E vocês?