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A cultura académica em portugal
“     O Traje Académico, constituído pela Capa e Batina, é um símbolo
Académico que salienta a igualdade e a simplicidade, e não o elitismo.
Serve como elemento uniformizador, permitindo a normalização de
estatutos sociais e económicos de todos os estudantes. Através deste
símbolo, a única forma de um estudante se evidenciar é através do uso da
inteligência, pois a igualdade entre os trajes não permite que um estudante
se destaque pelo vestuário ou acessórios que empregue. Estando trajado, o
estudante é levado a desenvolver mais fortemente a sua personalidade e a
tornar-se mais sólido. Além do mais, o Traje Académico promove o
enaltecimento e fortalecimento da Tradição Académica.”

                In Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia
                              da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL)




                                                            INTEGRAÇÃO
                                                                              Página 1




                                                 Professora Mª Teresa Silva
                                                Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
SUMÁRIO:

   › Génesis das faculdades e universidades em Portugal ..................................................................... pág. 3
   › A Queima das Fitas........................................................................................................................... pág. 3
   › A capa e batina ................................................................................................................................. pág. 4
              - Curiosidades sobre a capa e batina .............................................................................. pág. 4
              - Constituição e Regras do uso do traje académico ........................................................ pág. 5
   › Referências Bibliográficas................................................................................................................. pág. 7




                                                                                                                                     INTEGRAÇÃO
                                                                                                                                                                Página 2




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                                                                                                                         Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
GÉNESIS DAS UNIVERSIDADES E FACULDADES EM PORTUGAL

                    A primeira universidade portuguesa foi criada em 1290, em Lisboa, pela mão do Papa Nicolau IV, do Abade de
          Alcobaça e pelos Priores de Santa Cruz de Coimbra e São Vicente de Fora. A Universidade viria a ser transferida
          definitivamente para Coimbra em 1537, apesar da luta pela sua permanência em Lisboa.
                    Em 1559 foi fundada a Universidade de Évora, que seria encerrada no contexto da reforma pombalina, duzentos
          anos depois da sua criação.
                    A mesma reforma acabou por dividir a Universidade (já em Coimbra) em seis Faculdades – Direito Civil, Direito
          Canónico, Medicina, Matemática, Teologia e Filosofia - concebendo ainda o Laboratório Químico, o Observatório
          Astronómico, o Jardim Botânico e o Gabinete de Física. Face às invasões francesas a Universidade fecha as portas e só
          em 1901 é que viria a sofrer uma reforma.
                    O Porto vê a inauguração da sua Universidade em 1911 (cujo reitor era o matemático Francisco Gomes
          Teixeira) e no mesmo ano Coimbra elege o seu próprio reitor - Joaquim Mendes dos Remédios. Em 1935 seriam
          dispensados professores como Abel Salazar (Porto), Aurélio Quintanilha (Coimbra) e Rodrigues Lapa (Lisboa) e na
          segunda metade do século XX acabariam por ser fundadas cinco novas universidades: Universidade Nova de Lisboa;
          Universidades do Minho (2 polos, um em Braga e outro em Guimarães); Universidade de Aveiro; Universidade de Évora
          (que fora extinguida) e a Universidade da Beira Interior (Covilhã).
                    O Instituto Universitário dos Açores adquiriria o estatuto de Universidade dos Açores em 1980.

QUEIMA DAS FITAS

                    A tradição de queimar as fitas – tiras de tecido que serviam para atar
          os livros, a que se chamava de grelo - remonta à década de 50 do século XIX.
          Existem relatos de que os jovens estudantes se reuniam em grupo consoante
          a sua faculdade junto à Porta Férrea1, no último dia de curso (Dia de Ponto),
          fazendo um cortejo que se prolongava até as fitas serem queimadas numa
          cova esculpida no chão. Essa queima representava o final da vida de
          académico.
                    Mais tarde inauguram-se as primeiras “Festas de Ponto”, ou seja, as
          festas relativas ao último dia do curso e à emancipação dos caloiros2.
                    Só mais tarde surgiu a própria “Queima das Fitas” que teve direito a             Queima das Fitas
          um programa estruturado a partir de 27 de maio 1901. A celebração assemelhava-se àquilo que já era tradição: um
          cortejo (modernizado através do uso de 20 carros motorizados decorados com flores e organizado pelos estudantes do
          4º ano jurídico) e a própria queima das fitas, que, posteriormente – já sob a forma de cinzas – eram colocadas à Porta
          Férrea. Dezassete anos depois, os estudantes de Medicina e de Direito unem-se para queimar o grelo e em 1919 o
          Cortejo dos quartanistas3 conta com a participação de todas as Faculdades: a 26 de maio haveria a "tourada dos
          caloiros” e a 27 efetuava-se a queima do grelo e o cortejo. Ainda nessa tarde realizava-se a "festa das latas" e, pela
          primeira vez, o dia passa a ser feriado académico, cessando todas as praxes. Acontecia durante a Queima, a
          emancipação dos caloiros e a passagem ao posto imediato de todas as outras dignidades. Este foi, de facto, o ano em
          que as celebrações académicas começaram a adquirir a estrutura que conservam atualmente.
                    Em 1920 surge o primeiro programa oficial da Queima.
                    Com a instauração do Estado Novo em Portugal, instala-se uma greve académica que inibe a realização de
          qualquer cortejo (apesar da rebeldia de alguns quartanistas o luto académico persistiu) e apenas em 1979 é que a
          Queima das Fitas volta a ganhar lentamente vigor.
                    A Queima das Fitas constitui, para os Quartanistas Fitados, o ponto de passagem para o derradeiro trajeto da
          vivência estudantil, para os caloiros a emancipação e para os veteranos4 o fim da caminhada.


1 Entrada nobre do edifício principal da Universidade
2 Estudante do primeiro ano de um curso superior.
3 Estudante que frequenta o quarto ano de qualquer curso ou faculdade
4 Estudante dos últimos anos de um curso, por oposição a caloiro

                                                                                                          INTEGRAÇÃO
                                                                                                                            Página 3




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                                                                                              Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
A CAPA E BATINA

                    O traje académico não tem origem, apesar da controvérsia no mundo virtual dos blogues, em Coimbra. A capa e
          batina1  tem a sua origem dispersa pela país. O atual modelo do traje académico vem de um movimento que data da
          década de 80 do século XIX que pretendia cortar com o traje de natureza eclesiástica e impor o modelo do fato de
          inspiração burguesa no Porto, em Lisboa e Coimbra. Isto para que se pudesse identificar o estudante português.
          A obrigatoriedade do uso do traje académico foi abolida a 23 de outubro de 1910, pelo que, a partir daí, o traje passou de
          um simples uniforme para um valor cultural e o seu uso foi intensificado pelos estudantes depois da abolição da sua
          obrigatoriedade. Esta medida permitiu a divulgação do traje ao foro liceal com a sua expansão a nível nacional para
          todas a universidades, liceus e escolas superiores. Instala-se também uma punição para os que trajarem indevidamente
          no decreto nº10920, de 1924.
                    Até à consagração da legislação abolicionista promulgada após
          o 5 de outubro de 1910, não há registo do uso por parte das alunas das
          universidades e liceus de qualquer uniforme académico, isto porque a
          profunda masculinização operada no seio académico e no próprio traje
          (conjunto constituído pela casaca, pela calça comprida e pelo colete)
          inviabilizara por décadas o processo de feminização. Após a saída do
          decreto referente à abolição da obrigatoriedade do uso da capa e batina,
          as alunas dos liceus do Porto e Lisboa optaram por inventar o seu próprio
          uniforme inspirado no dos liceus britânicos, norte-americanos e
          japoneses.
          Seriam ainda os liceus de Lisboa e Porto a inventar espontaneamente,
          entre 1915 e 1916, o traje feminino com o tailleur e capa, o qual só muito
          tardiamente entrou nas universidades: no Porto, em 1946, pela mão das          Fotografia do ano letivo de 1946-1947,
          alunas sócias do Orfeão; seguindo-se uma generalização pouco unânime                  proveniente do espólio do
          decretada pelo Conselho de Veteranos em 1954.                                            Dr. Álvaro Andrade


          Curiosidades sobre a Capa e Batina

          A Cor do Traje Académico:
                  Antigamente a batina era utilizada obrigatoriamente por padres e sacerdotes da Igreja Católica para que fossem
          reconhecidos como tais. O preto tingia as suas vestes num símbolo ao luto, ao desapego pela vida mundana e à sua
          dedicação a Deus e ao bem comum. A cor assume, assim, o caráter simbólico da entrada num novo estrato social; tal
          como os estudantes que entram numa nova fase da sua vida. O preto acabou por se manter no paramento académico
          como aceitação histórica da cor.
                  Note-se que os trajes nem sempre foram pretos, chegando a conviver com estes, entre outros, os de cor
          castanha.

          Rasgões na Capa:
                  O costume de presentear a capa com pequenos rasgões ou de a rasgar fulgurosamente a meio nasce nos anos
          60, mas fortalece-se nos anos 80. Os pequenos rasgões de não mais de 15 cm eram feitos à mão e simbolizavam
          conquistas amorosas, «ainda que de um fugaz beijo se tratasse».
                  Apenas recentemente se começou a atacar a capa com um rasgo que se lhe atravessa destemidamente pelo
          meio, destinado a(o) namorada(o) “a sério”, que pode ser remendado (com linha preta) quando a seriedade cessa.




1O Traje Nacional do Estudante Português é apelidado de capa e batina em razão da longa tradição e uso dessa expressão para
designar as vestes estudantis. O casaco adotado embora nada tenha de batina continuou assim a ser chamado pela força do uso
e da tradição.
                                                                                                                          INTEGRAÇÃO
                                                                                                                                            Página 4




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                                                                                                              Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
Embora os rasgões tenham surgido espontaneamente, sem quaisquer intervenções legais por parte das
instâncias da Praxe, as quais ainda nos anos 80 consideravam tal como sendo sem fundamento, são ainda hoje um
símbolo do traje académico e das vivências universitárias.

Origem dos Pins, Alfinetes e Crachás no Traje Académico:
         Os crachás, pins e alfinetes foram trazidos ao foro académico pela mão dos estudantes militares, que não
trajavam (usavam apenas a capa por cima do uniforme militar). Estes estudantes traziam na capa emblemas metálicos
bélicos, que desde logo inspiraram os colegas a trazer também pins, crachás, etc. na sua capa. Portanto, este costume
foi uma invenção divulgada pelos alunos.
         Fica a questão de quantos se podem usar. Apenas um crachá/pin/alfinete pode ser usado na lapela esquerda da
batina e deve ser relativo ao logótipo (de forma inequívoca) da instituição ou faculdade.
         Os brasões, por seu lado, foram uma inspiração às tunas espanholas que não têm lugar no traje académico
português se não forem relativas ao exercício académico (locais/instituições visitados em missão oficial académica ou
grupos contactados).

Constituição e Regras para o Uso do Traje Académico:

“ O Traje Masculino deve obedecer as seguintes normas:

      a) Batina de linhas direitas, não sendo de modelo eclesiástica e ter três botões à altura do tronco.
      Cada manga da batina deve ter três botões colocados na diagonal, junto ao punho. O tamanho da
      batina não deverá distanciar acima ou abaixo do joelho mais do que uma mão-travessa da própria
      pessoa. A batina em circunstância alguma deverá ser retirada pelo estudante;
      b) Capa preta de uso comum;
      c) O colete é preto, liso, não sem abas nem lapela; deve apresentar seis botões sempre com o
      primeiro botão a contar de baixo desapertado e os outros sempre apertados.
      d) Camisa branca e lisa, sem botões no colarinho, com punhos;
      e) Gravata preta, lisa, sem alfinetes e sempre composta;
      f) As calças são pretas, lisas, de corte e algibeiras direitas, com ou sem porta;
      g) Os sapatos, pretos e lisos, de pele (sintética ou não), clássicos, sem adornos, com ou sem
      atacadores (com furações em número ímpar). Caso o número de casas seja par, não deverá ser
      utilizada a última casa de cada lado;
      h) Ter meias pretas e lisas;
      i) O cinto não é obrigatório, mas caso seja apresentado, este deverá ser preto, simples, sem
      apliques e a fivela terá de ser prateada ou preta.

(…)

O Traje Feminino deve obedecer as seguintes normas:

      a) Constituído por um casaco cintado, nas mesmas linhas do masculino, mais curto, pela medida da
      anca. O primeiro botão a contar de baixo terá que andar sempre desabotoado. Terá que ter 3 botões
      de punho. O casaco em circunstância alguma deverá ser retirado pelo estudante;
      b) Capa preta de uso comum;
      c) Camisa branca e lisa, sem botões no colarinho, com punhos;
      d) Gravata preta e lisa, sem alfinetes e sempre composta;
      e) A saia é preta, lisa e cintada, de medidas direitas, ficando a dois dedos do joelho. Não pode ser
      rodada, nem poderá ter pregas, deverá ter uma racha atrás no meio da saia (a racha não poderá ter
      de comprimento mais do que uma mão travessa da estudante);

                                                                                                INTEGRAÇÃO
                                                                                                                  Página 5




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                                                                                    Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
f) Os sapatos são pretos sem fivelas ou atacadores e com sola de coro. Devem ser de meio tacão,
      nunca ultrapassando três dedos travessos de altura medidos atrás e sem qualquer tipo de adorno.
      Não devem ter pala ou fivela. Não são autorizados tacões finos;
      g) Ter meias pretas, lisas e baças.

Restrições ao Traje Académico

Pela igualdade e simplicidade dos estudantes:

      a) Não se devem usar luvas, carteiras, pulseiras, mochilas e malas (com exceção de mala de
      viagem);
      b) Da mesma forma, é interdito o uso de pulseiras, fios, brincos, anéis, ou quaisquer outros adornos
      visíveis, à exceção do a seguir descrito:
                - Aliança;
                - Anel de Noivado;
                - Anel de comprometido(a);
                - Anel de brasão;
                - Anel de curso caso exista.
      c) Os piercings são igualmente proibidos, à exceção dos faciais, desde que sejam discretos e
      pretos, ou então, se tiverem cobertos por adesivos. As argolas são expressamente proibidas;
      d) O uso de lenço no bolso superior esquerdo da batina não é aceite;
      e) Os pins, quando usados, devem ser fixados na lapela direita do casaco/batina e em caso algum
      deverão ser colocados na gola ou no lado esquerdo da batina. O seu número total deve ser ímpar;
      f) Ao apanhar o cabelo, deve ser fixado com elástico de cor preta;
      g) Não poderá haver qualquer tipo de maquilhagem;
      h) É proibido o uso de guarda-chuva, chapéus, gorros ou qualquer outro objeto que cubra a cabeça,
      porque esta deve permanecer sempre a descoberto;
      i) É expressamente proibido o uso de relógios de pulso, apenas é permitido o uso de relógios de
      bolso, que deverão ser prateados e deverão ser colocados no bolso de baixo esquerdo (caso
      rapariga), ou no bolso de baixo, lado esquerdo do colete (caso rapaz), preso no 3º botão do colete a
      contar de baixo;
      j) É permitido o uso de material escolar tal como: dossiers, cadernos, canetas e portáteis;
      k) O uso de óculos de sol é permitido, desde que os mesmos sejam totalmente pretos e de forma e
      aspeto discretos;
      l) O uso de gel e produtos similares deverá ser moderado, não sendo permitido o uso de penteados
      considerados pouco discretos. O uso de tinta de cor berrante para o cabelo segue as regras
      dispostas anteriormente. O uso de “tererés”, rastas, tranças, e características capilares semelhantes
      são permitidos desde que o seu uso seja feito de forma discreta e pouco visível, quando possível;
      m) Poderão ser usados ganchos no cabelo, desde que em número reduzido e pretos;
      n) Qualquer outro adorno que não esteja previsto neste Código da Praxe não é compatível com o
      Traje Académico.”


                                                          In Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
                                                                              Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL)




                                                                                                 INTEGRAÇÃO
                                                                                                                   Página 6




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                                                                                     Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), [PDF]
HOMEM, Armando Luís de Carvalho, O Traje Dos Lentes – Memória Para A História Da Veste Dos Universitários Portugueses,
Porto 2004, [PDF]
http://notasemelodias.blogspot.pt
http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/11/notas-aos-rasgoes-na-capa-origens-e_7.html
http://h2solitros.blogspot.pt/2009/04/historia-da-queima-das-fitas.html
http://universidades.universia.pt/universidades-pais/historia-universidades/
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/lugares/universidade_datas/index.htm
http://lanoporto.blogspot.pt/2010/10/o-traje-academico.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/2011/09/notas-sobre-origem-dos-pins-alfinetes-e.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/2011/10/notas-sobre-origem-e-evolucao-da-capa-e.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/2007/09/notas-sobre-o-traje-acadmico-de-tuna.html
http://cpmec.no.sapo.pt/traje.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/2008/03/notas-sobre-histria-e-origem-das-tunas.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/2007/10/notas-de-cor-sobre-capa-e-batina.html
http://notasemelodias.blogspot.pt/
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=aff35cc7-a3f1-4a89-bff7-db022a126659&edition=55
http://penedosaudade.blogspot.pt/2012/06/queima-das-fitas-de-2012-notas-margem.html
http://filatelica.aac.uc.pt/traje.php
http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=2415

Imagens:
http://4.bp.blogspot.com/-cTJTD4mQREA/TcUKE103JSI/AAAAAAAAAhM/iPew3Pvy_cI/s1600/queima-das-fitas-2010.jpg
http://1.bp.blogspot.com/-_gJk8cnzZBY/Tp1PEvc4VuI/AAAAAAAACxE/g-tV1KO7FkM/s1600/OUP-46.jpg




                                                                                                    INTEGRAÇÃO
                                                                                                                      Página 7




                                                                                         Professora Mª Teresa Silva
                                                                                        Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM

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A cultura académica em portugal

  • 2. O Traje Académico, constituído pela Capa e Batina, é um símbolo Académico que salienta a igualdade e a simplicidade, e não o elitismo. Serve como elemento uniformizador, permitindo a normalização de estatutos sociais e económicos de todos os estudantes. Através deste símbolo, a única forma de um estudante se evidenciar é através do uso da inteligência, pois a igualdade entre os trajes não permite que um estudante se destaque pelo vestuário ou acessórios que empregue. Estando trajado, o estudante é levado a desenvolver mais fortemente a sua personalidade e a tornar-se mais sólido. Além do mais, o Traje Académico promove o enaltecimento e fortalecimento da Tradição Académica.” In Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) INTEGRAÇÃO Página 1 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 3. SUMÁRIO: › Génesis das faculdades e universidades em Portugal ..................................................................... pág. 3 › A Queima das Fitas........................................................................................................................... pág. 3 › A capa e batina ................................................................................................................................. pág. 4 - Curiosidades sobre a capa e batina .............................................................................. pág. 4 - Constituição e Regras do uso do traje académico ........................................................ pág. 5 › Referências Bibliográficas................................................................................................................. pág. 7 INTEGRAÇÃO Página 2 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 4. GÉNESIS DAS UNIVERSIDADES E FACULDADES EM PORTUGAL A primeira universidade portuguesa foi criada em 1290, em Lisboa, pela mão do Papa Nicolau IV, do Abade de Alcobaça e pelos Priores de Santa Cruz de Coimbra e São Vicente de Fora. A Universidade viria a ser transferida definitivamente para Coimbra em 1537, apesar da luta pela sua permanência em Lisboa. Em 1559 foi fundada a Universidade de Évora, que seria encerrada no contexto da reforma pombalina, duzentos anos depois da sua criação. A mesma reforma acabou por dividir a Universidade (já em Coimbra) em seis Faculdades – Direito Civil, Direito Canónico, Medicina, Matemática, Teologia e Filosofia - concebendo ainda o Laboratório Químico, o Observatório Astronómico, o Jardim Botânico e o Gabinete de Física. Face às invasões francesas a Universidade fecha as portas e só em 1901 é que viria a sofrer uma reforma. O Porto vê a inauguração da sua Universidade em 1911 (cujo reitor era o matemático Francisco Gomes Teixeira) e no mesmo ano Coimbra elege o seu próprio reitor - Joaquim Mendes dos Remédios. Em 1935 seriam dispensados professores como Abel Salazar (Porto), Aurélio Quintanilha (Coimbra) e Rodrigues Lapa (Lisboa) e na segunda metade do século XX acabariam por ser fundadas cinco novas universidades: Universidade Nova de Lisboa; Universidades do Minho (2 polos, um em Braga e outro em Guimarães); Universidade de Aveiro; Universidade de Évora (que fora extinguida) e a Universidade da Beira Interior (Covilhã). O Instituto Universitário dos Açores adquiriria o estatuto de Universidade dos Açores em 1980. QUEIMA DAS FITAS A tradição de queimar as fitas – tiras de tecido que serviam para atar os livros, a que se chamava de grelo - remonta à década de 50 do século XIX. Existem relatos de que os jovens estudantes se reuniam em grupo consoante a sua faculdade junto à Porta Férrea1, no último dia de curso (Dia de Ponto), fazendo um cortejo que se prolongava até as fitas serem queimadas numa cova esculpida no chão. Essa queima representava o final da vida de académico. Mais tarde inauguram-se as primeiras “Festas de Ponto”, ou seja, as festas relativas ao último dia do curso e à emancipação dos caloiros2. Só mais tarde surgiu a própria “Queima das Fitas” que teve direito a Queima das Fitas um programa estruturado a partir de 27 de maio 1901. A celebração assemelhava-se àquilo que já era tradição: um cortejo (modernizado através do uso de 20 carros motorizados decorados com flores e organizado pelos estudantes do 4º ano jurídico) e a própria queima das fitas, que, posteriormente – já sob a forma de cinzas – eram colocadas à Porta Férrea. Dezassete anos depois, os estudantes de Medicina e de Direito unem-se para queimar o grelo e em 1919 o Cortejo dos quartanistas3 conta com a participação de todas as Faculdades: a 26 de maio haveria a "tourada dos caloiros” e a 27 efetuava-se a queima do grelo e o cortejo. Ainda nessa tarde realizava-se a "festa das latas" e, pela primeira vez, o dia passa a ser feriado académico, cessando todas as praxes. Acontecia durante a Queima, a emancipação dos caloiros e a passagem ao posto imediato de todas as outras dignidades. Este foi, de facto, o ano em que as celebrações académicas começaram a adquirir a estrutura que conservam atualmente. Em 1920 surge o primeiro programa oficial da Queima. Com a instauração do Estado Novo em Portugal, instala-se uma greve académica que inibe a realização de qualquer cortejo (apesar da rebeldia de alguns quartanistas o luto académico persistiu) e apenas em 1979 é que a Queima das Fitas volta a ganhar lentamente vigor. A Queima das Fitas constitui, para os Quartanistas Fitados, o ponto de passagem para o derradeiro trajeto da vivência estudantil, para os caloiros a emancipação e para os veteranos4 o fim da caminhada. 1 Entrada nobre do edifício principal da Universidade 2 Estudante do primeiro ano de um curso superior. 3 Estudante que frequenta o quarto ano de qualquer curso ou faculdade 4 Estudante dos últimos anos de um curso, por oposição a caloiro INTEGRAÇÃO Página 3 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 5. A CAPA E BATINA O traje académico não tem origem, apesar da controvérsia no mundo virtual dos blogues, em Coimbra. A capa e batina1 tem a sua origem dispersa pela país. O atual modelo do traje académico vem de um movimento que data da década de 80 do século XIX que pretendia cortar com o traje de natureza eclesiástica e impor o modelo do fato de inspiração burguesa no Porto, em Lisboa e Coimbra. Isto para que se pudesse identificar o estudante português. A obrigatoriedade do uso do traje académico foi abolida a 23 de outubro de 1910, pelo que, a partir daí, o traje passou de um simples uniforme para um valor cultural e o seu uso foi intensificado pelos estudantes depois da abolição da sua obrigatoriedade. Esta medida permitiu a divulgação do traje ao foro liceal com a sua expansão a nível nacional para todas a universidades, liceus e escolas superiores. Instala-se também uma punição para os que trajarem indevidamente no decreto nº10920, de 1924. Até à consagração da legislação abolicionista promulgada após o 5 de outubro de 1910, não há registo do uso por parte das alunas das universidades e liceus de qualquer uniforme académico, isto porque a profunda masculinização operada no seio académico e no próprio traje (conjunto constituído pela casaca, pela calça comprida e pelo colete) inviabilizara por décadas o processo de feminização. Após a saída do decreto referente à abolição da obrigatoriedade do uso da capa e batina, as alunas dos liceus do Porto e Lisboa optaram por inventar o seu próprio uniforme inspirado no dos liceus britânicos, norte-americanos e japoneses. Seriam ainda os liceus de Lisboa e Porto a inventar espontaneamente, entre 1915 e 1916, o traje feminino com o tailleur e capa, o qual só muito tardiamente entrou nas universidades: no Porto, em 1946, pela mão das Fotografia do ano letivo de 1946-1947, alunas sócias do Orfeão; seguindo-se uma generalização pouco unânime proveniente do espólio do decretada pelo Conselho de Veteranos em 1954. Dr. Álvaro Andrade Curiosidades sobre a Capa e Batina A Cor do Traje Académico: Antigamente a batina era utilizada obrigatoriamente por padres e sacerdotes da Igreja Católica para que fossem reconhecidos como tais. O preto tingia as suas vestes num símbolo ao luto, ao desapego pela vida mundana e à sua dedicação a Deus e ao bem comum. A cor assume, assim, o caráter simbólico da entrada num novo estrato social; tal como os estudantes que entram numa nova fase da sua vida. O preto acabou por se manter no paramento académico como aceitação histórica da cor. Note-se que os trajes nem sempre foram pretos, chegando a conviver com estes, entre outros, os de cor castanha. Rasgões na Capa: O costume de presentear a capa com pequenos rasgões ou de a rasgar fulgurosamente a meio nasce nos anos 60, mas fortalece-se nos anos 80. Os pequenos rasgões de não mais de 15 cm eram feitos à mão e simbolizavam conquistas amorosas, «ainda que de um fugaz beijo se tratasse». Apenas recentemente se começou a atacar a capa com um rasgo que se lhe atravessa destemidamente pelo meio, destinado a(o) namorada(o) “a sério”, que pode ser remendado (com linha preta) quando a seriedade cessa. 1O Traje Nacional do Estudante Português é apelidado de capa e batina em razão da longa tradição e uso dessa expressão para designar as vestes estudantis. O casaco adotado embora nada tenha de batina continuou assim a ser chamado pela força do uso e da tradição. INTEGRAÇÃO Página 4 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 6. Embora os rasgões tenham surgido espontaneamente, sem quaisquer intervenções legais por parte das instâncias da Praxe, as quais ainda nos anos 80 consideravam tal como sendo sem fundamento, são ainda hoje um símbolo do traje académico e das vivências universitárias. Origem dos Pins, Alfinetes e Crachás no Traje Académico: Os crachás, pins e alfinetes foram trazidos ao foro académico pela mão dos estudantes militares, que não trajavam (usavam apenas a capa por cima do uniforme militar). Estes estudantes traziam na capa emblemas metálicos bélicos, que desde logo inspiraram os colegas a trazer também pins, crachás, etc. na sua capa. Portanto, este costume foi uma invenção divulgada pelos alunos. Fica a questão de quantos se podem usar. Apenas um crachá/pin/alfinete pode ser usado na lapela esquerda da batina e deve ser relativo ao logótipo (de forma inequívoca) da instituição ou faculdade. Os brasões, por seu lado, foram uma inspiração às tunas espanholas que não têm lugar no traje académico português se não forem relativas ao exercício académico (locais/instituições visitados em missão oficial académica ou grupos contactados). Constituição e Regras para o Uso do Traje Académico: “ O Traje Masculino deve obedecer as seguintes normas: a) Batina de linhas direitas, não sendo de modelo eclesiástica e ter três botões à altura do tronco. Cada manga da batina deve ter três botões colocados na diagonal, junto ao punho. O tamanho da batina não deverá distanciar acima ou abaixo do joelho mais do que uma mão-travessa da própria pessoa. A batina em circunstância alguma deverá ser retirada pelo estudante; b) Capa preta de uso comum; c) O colete é preto, liso, não sem abas nem lapela; deve apresentar seis botões sempre com o primeiro botão a contar de baixo desapertado e os outros sempre apertados. d) Camisa branca e lisa, sem botões no colarinho, com punhos; e) Gravata preta, lisa, sem alfinetes e sempre composta; f) As calças são pretas, lisas, de corte e algibeiras direitas, com ou sem porta; g) Os sapatos, pretos e lisos, de pele (sintética ou não), clássicos, sem adornos, com ou sem atacadores (com furações em número ímpar). Caso o número de casas seja par, não deverá ser utilizada a última casa de cada lado; h) Ter meias pretas e lisas; i) O cinto não é obrigatório, mas caso seja apresentado, este deverá ser preto, simples, sem apliques e a fivela terá de ser prateada ou preta. (…) O Traje Feminino deve obedecer as seguintes normas: a) Constituído por um casaco cintado, nas mesmas linhas do masculino, mais curto, pela medida da anca. O primeiro botão a contar de baixo terá que andar sempre desabotoado. Terá que ter 3 botões de punho. O casaco em circunstância alguma deverá ser retirado pelo estudante; b) Capa preta de uso comum; c) Camisa branca e lisa, sem botões no colarinho, com punhos; d) Gravata preta e lisa, sem alfinetes e sempre composta; e) A saia é preta, lisa e cintada, de medidas direitas, ficando a dois dedos do joelho. Não pode ser rodada, nem poderá ter pregas, deverá ter uma racha atrás no meio da saia (a racha não poderá ter de comprimento mais do que uma mão travessa da estudante); INTEGRAÇÃO Página 5 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 7. f) Os sapatos são pretos sem fivelas ou atacadores e com sola de coro. Devem ser de meio tacão, nunca ultrapassando três dedos travessos de altura medidos atrás e sem qualquer tipo de adorno. Não devem ter pala ou fivela. Não são autorizados tacões finos; g) Ter meias pretas, lisas e baças. Restrições ao Traje Académico Pela igualdade e simplicidade dos estudantes: a) Não se devem usar luvas, carteiras, pulseiras, mochilas e malas (com exceção de mala de viagem); b) Da mesma forma, é interdito o uso de pulseiras, fios, brincos, anéis, ou quaisquer outros adornos visíveis, à exceção do a seguir descrito: - Aliança; - Anel de Noivado; - Anel de comprometido(a); - Anel de brasão; - Anel de curso caso exista. c) Os piercings são igualmente proibidos, à exceção dos faciais, desde que sejam discretos e pretos, ou então, se tiverem cobertos por adesivos. As argolas são expressamente proibidas; d) O uso de lenço no bolso superior esquerdo da batina não é aceite; e) Os pins, quando usados, devem ser fixados na lapela direita do casaco/batina e em caso algum deverão ser colocados na gola ou no lado esquerdo da batina. O seu número total deve ser ímpar; f) Ao apanhar o cabelo, deve ser fixado com elástico de cor preta; g) Não poderá haver qualquer tipo de maquilhagem; h) É proibido o uso de guarda-chuva, chapéus, gorros ou qualquer outro objeto que cubra a cabeça, porque esta deve permanecer sempre a descoberto; i) É expressamente proibido o uso de relógios de pulso, apenas é permitido o uso de relógios de bolso, que deverão ser prateados e deverão ser colocados no bolso de baixo esquerdo (caso rapariga), ou no bolso de baixo, lado esquerdo do colete (caso rapaz), preso no 3º botão do colete a contar de baixo; j) É permitido o uso de material escolar tal como: dossiers, cadernos, canetas e portáteis; k) O uso de óculos de sol é permitido, desde que os mesmos sejam totalmente pretos e de forma e aspeto discretos; l) O uso de gel e produtos similares deverá ser moderado, não sendo permitido o uso de penteados considerados pouco discretos. O uso de tinta de cor berrante para o cabelo segue as regras dispostas anteriormente. O uso de “tererés”, rastas, tranças, e características capilares semelhantes são permitidos desde que o seu uso seja feito de forma discreta e pouco visível, quando possível; m) Poderão ser usados ganchos no cabelo, desde que em número reduzido e pretos; n) Qualquer outro adorno que não esteja previsto neste Código da Praxe não é compatível com o Traje Académico.” In Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) INTEGRAÇÃO Página 6 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM
  • 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Código de Praxe da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), [PDF] HOMEM, Armando Luís de Carvalho, O Traje Dos Lentes – Memória Para A História Da Veste Dos Universitários Portugueses, Porto 2004, [PDF] http://notasemelodias.blogspot.pt http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/11/notas-aos-rasgoes-na-capa-origens-e_7.html http://h2solitros.blogspot.pt/2009/04/historia-da-queima-das-fitas.html http://universidades.universia.pt/universidades-pais/historia-universidades/ http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/lugares/universidade_datas/index.htm http://lanoporto.blogspot.pt/2010/10/o-traje-academico.html http://notasemelodias.blogspot.pt/2011/09/notas-sobre-origem-dos-pins-alfinetes-e.html http://notasemelodias.blogspot.pt/2011/10/notas-sobre-origem-e-evolucao-da-capa-e.html http://notasemelodias.blogspot.pt/2007/09/notas-sobre-o-traje-acadmico-de-tuna.html http://cpmec.no.sapo.pt/traje.html http://notasemelodias.blogspot.pt/2008/03/notas-sobre-histria-e-origem-das-tunas.html http://notasemelodias.blogspot.pt/2007/10/notas-de-cor-sobre-capa-e-batina.html http://notasemelodias.blogspot.pt/ http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=aff35cc7-a3f1-4a89-bff7-db022a126659&edition=55 http://penedosaudade.blogspot.pt/2012/06/queima-das-fitas-de-2012-notas-margem.html http://filatelica.aac.uc.pt/traje.php http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=2415 Imagens: http://4.bp.blogspot.com/-cTJTD4mQREA/TcUKE103JSI/AAAAAAAAAhM/iPew3Pvy_cI/s1600/queima-das-fitas-2010.jpg http://1.bp.blogspot.com/-_gJk8cnzZBY/Tp1PEvc4VuI/AAAAAAAACxE/g-tV1KO7FkM/s1600/OUP-46.jpg INTEGRAÇÃO Página 7 Professora Mª Teresa Silva Dylan Bonnet | 2258 | 1º DM