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História da Ciência BRUNO EVANDRO FLÁVIO
Iremos aqui abordar a situação do  ensino de Física, apontando  alguns problemas e discutir  como a história da Ciência poderia ajudar a solucionar tais problemas.
Situação do ensino de física atualmente: Ensino fragmentado das teorias; Uso excessivo da matemática; Física como um conhecimento inquestionável e não construído;
“ O ser, enquanto professor e aluno, não visualiza o conhecimento, não o insere em “horizontes de inclusão”. Visualiza somente uma prateleira de conhecimentos, um saber tão “interessante” quanto a leitura integral de uma lista telefônica.” Neves, Marcos C. D.,  ( 1992) “O resgate de uma história para o ensino de física”, Caderno Catarinense para o Ensino de Física, vol.9, no3,p.216.
“ Essa atomização do conhecimento impede muitas vezes o estudante de pensar ou resolver problemas fora da estrutura disciplinar, principalmente quando eles não estão perfeitamente localizados em uma das gavetinhas.” Retirado da dissertação de mestrado: “Estruturas Conceituias no Ensino de Física” Sônia Salém IFUSP/FEUSP 1986
“ Encarar a ciência como produto acabado confere ao conhecimento científico uma falsa simplicidade que se revela cada vez mais como uma barreira a qualquer construção, uma vez que contribui para a formação de uma atitude ingênua frente à ciência.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P.  (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 227.
 
Linha do tempo
E nesta situação, como será que o aluno se sente quando tenta entender a Física?   Surge então uma necessidade de “remodelar” o ensino de Física !
E agora José ?  Como melhorar o  ensino de Física? E agora José ?  Como melhorar o ensino de Física?
Por quê não usa a história da ciência?
“ Uma de nossas principais hipóteses é que dois processos apresentam-se  como fundamentais para o redimensionamento destas estratégias e técnicas de ensino:  a história da ciência e a psicogênese, ou seja, a evolução das idéias ao longo  da história e o desenvolvimento cognitivo individual.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P.  (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 226.
Como a história da ciência poderia ser útil no ensino de Física?
Interligar teorias e assuntos  aparentemente desconexos ;
Propor uma reflexão sobre conceitos que são apresentados ,  geralmente,  matematicamente.  (Ex.: temperatura , índice de refração,  calor  específico,  )
Mostrar ao aluno que o conhecimento  científico é construído e,  portanto, suscetível a mudanças  ( quebra de paradigmas).
Relacionar a realidade do aluno ao  conceito físico estudado de forma  a torná-lo mais interessante
E como teorias obsoletas podem  ser frutíferas  no ensino de Física?
Por exemplo, por quê não considerar  a Física Aristotélica  no ensino de mecânica?
“ teorias antigas e obsoletas  não são acientíficas simplesmente porque foram descartadas” T. Kuhn
“ A Física de Aristóteles não é um amontoado  de incoerências mas, pelo contrário, é uma teoria científica, altamente elaborada e  perfeitamente coerente, que não só possui  uma base filosófica muito profunda como está de acordo muito mais que a de Galileu com o senso comum e a experiência quotidiana.” KOYRÉ,A . Estudos de História do Pensamento Científico. Brasília,  Universidade de Brasília, 1982. p.185.
“ Aprender é investigar, é construir. O erro é permitido e a imperfeição  É legítima num processo de perseguição do saber.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P.  (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 236.

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Abordagem Histórica

  • 1. História da Ciência BRUNO EVANDRO FLÁVIO
  • 2. Iremos aqui abordar a situação do ensino de Física, apontando alguns problemas e discutir como a história da Ciência poderia ajudar a solucionar tais problemas.
  • 3. Situação do ensino de física atualmente: Ensino fragmentado das teorias; Uso excessivo da matemática; Física como um conhecimento inquestionável e não construído;
  • 4. “ O ser, enquanto professor e aluno, não visualiza o conhecimento, não o insere em “horizontes de inclusão”. Visualiza somente uma prateleira de conhecimentos, um saber tão “interessante” quanto a leitura integral de uma lista telefônica.” Neves, Marcos C. D., ( 1992) “O resgate de uma história para o ensino de física”, Caderno Catarinense para o Ensino de Física, vol.9, no3,p.216.
  • 5. “ Essa atomização do conhecimento impede muitas vezes o estudante de pensar ou resolver problemas fora da estrutura disciplinar, principalmente quando eles não estão perfeitamente localizados em uma das gavetinhas.” Retirado da dissertação de mestrado: “Estruturas Conceituias no Ensino de Física” Sônia Salém IFUSP/FEUSP 1986
  • 6. “ Encarar a ciência como produto acabado confere ao conhecimento científico uma falsa simplicidade que se revela cada vez mais como uma barreira a qualquer construção, uma vez que contribui para a formação de uma atitude ingênua frente à ciência.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P. (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 227.
  • 7.  
  • 9. E nesta situação, como será que o aluno se sente quando tenta entender a Física? Surge então uma necessidade de “remodelar” o ensino de Física !
  • 10. E agora José ? Como melhorar o ensino de Física? E agora José ? Como melhorar o ensino de Física?
  • 11. Por quê não usa a história da ciência?
  • 12. “ Uma de nossas principais hipóteses é que dois processos apresentam-se como fundamentais para o redimensionamento destas estratégias e técnicas de ensino: a história da ciência e a psicogênese, ou seja, a evolução das idéias ao longo da história e o desenvolvimento cognitivo individual.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P. (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 226.
  • 13. Como a história da ciência poderia ser útil no ensino de Física?
  • 14. Interligar teorias e assuntos aparentemente desconexos ;
  • 15. Propor uma reflexão sobre conceitos que são apresentados , geralmente, matematicamente. (Ex.: temperatura , índice de refração, calor específico, )
  • 16. Mostrar ao aluno que o conhecimento científico é construído e, portanto, suscetível a mudanças ( quebra de paradigmas).
  • 17. Relacionar a realidade do aluno ao conceito físico estudado de forma a torná-lo mais interessante
  • 18. E como teorias obsoletas podem ser frutíferas no ensino de Física?
  • 19. Por exemplo, por quê não considerar a Física Aristotélica no ensino de mecânica?
  • 20. “ teorias antigas e obsoletas não são acientíficas simplesmente porque foram descartadas” T. Kuhn
  • 21. “ A Física de Aristóteles não é um amontoado de incoerências mas, pelo contrário, é uma teoria científica, altamente elaborada e perfeitamente coerente, que não só possui uma base filosófica muito profunda como está de acordo muito mais que a de Galileu com o senso comum e a experiência quotidiana.” KOYRÉ,A . Estudos de História do Pensamento Científico. Brasília, Universidade de Brasília, 1982. p.185.
  • 22. “ Aprender é investigar, é construir. O erro é permitido e a imperfeição É legítima num processo de perseguição do saber.” Castro, R. e Carvalho, A.M.P. (1992) “História da Ciência: investigando como usá-la num curso de segundo grau”, (3), p. 236.