O documento discute ferramentas para trabalhar com famílias na Atenção Primária à Saúde, incluindo a Escala de Coelho e Savassi para estratificar o risco familiar, genogramas e ecomapas para mapear as relações familiares, e o Projeto Terapêutico Singular para casos mais complexos.
3. Escala de Coelho e Savassi
Escala de Coelho é uma estratégia
desenvolvida em Minas Gerais para a ESF, por meio
da qual podemos realizar uma leitura prévia sobre
as famílias do nosso território de abrangência .
Com base nos critérios de risco identificados
na Ficha A (condições de moradia, número de entes
etc), podemos classificar as famílias entre Risco
1, Risco 2 ou Risco 3 (risco leve, moderado ou
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4. Escala de Coelho e Savassi
• Com a aplicação da escala em todas as famílias, a
equipe passa a ter maior compreensão sobre a
relação entre os determinantes de saúde e as
situações vividas por elas. Além disso, a escala
oferece subsídios para a equipe destinar tempo e
metodologias de intervenções
diferenciadas, conforme os riscos apresentados
pelas famílias de seu território de
abrangência, buscando ter uma agenda de
prioridades de acordo com o princípio da
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5. Escala de Coelho e Savassi
• É um instrumento de estratificação de risco
familiar;
• Com ela pretende-se avaliar os riscos sociais
e de saúde , refletindo sobre o potencial de
adoecimento de cada núcleo familiar;
• A escala utiliza dos dados presentes na ficha A
do ACS, podendo ser aplicada por qualquer
membro da equipe;
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7. Genograma
• É uma representação gráfica sobre a família com o
objetivo de detalhar a estrutura, histórico familiar e
relações a partir de informações de seus membros;
• Esse recurso permite demonstrar para a família
relações antes despercebidas e que podem mudar
frequentemente;
• Durante a construção o entrevistador deve observar
a interação familiar.
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11. Ecomapa
O ecomapa, tal como o genograma, faz parte do conjunto
de instrumentos de avaliação familiar, e os dois podem
aparecer de forma complementar dentro de um prontuário
familiar.
Enquanto o genograma identifica as relações e ligações
dentro do sistema multigeracional da família, o ecomapa
identifica as relações e ligações da família e de seus membros
com o meio e a comunidade onde habitam.
Foi desenvolvido em 1975 para ajudar as assistentes sociais
do serviço público dos Estados Unidos em seu trabalho com
famílias-problema (AGOSTINHO, 2007).
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12. Ecomapa
• É um diagrama de relações entre a família e a
comunidade;
• Ajuda a avaliar os apoios e suportes disponíveis à
família e como são utilizados por ela;
• Uma família com poucas conexões com a comunidade
necessita de maior investimento da equipe.
• Mostra relações importantes de educação ou aquelas
oprimidas por conflitos entre a família e o mundo.
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13. Como utilizar o ecomapa
• O genograma é colocado no círculo central a que dá
o nome de “família ou casa”. Os círculos externos
representam pessoas, órgãos ou instituições no
contexto familiar. O tamanho do círculo não é
importante. São desenhadas linhas entre a família e
os círculos externos para indicar a natureza dos
vínculos afetivos existentes.
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15. Mapa Mínimo de Relações
• Tem objetivo de identificar a rede de suporte social da pessoa
idosa, também pode ser utilizado para crianças, gestantes, etc.;
• Os relacionamentos significativos são dispostos no circulo para
simbolizar os diversos graus de proximidade de relacionamento.
• Circulo interno: Relação mais próxima (mínimo 1 vez na
semana)
• Circulo intermediário: (mínimo 1 vez no mês)
• Circulo externo: (mínimo 1 vez por ano)
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16. Mapa Mínimo de Relações
• LEGENDA:
FAMÍLIA: COMUNIDADE:
• EA – esposa CC – Membros Centro de Convivência
• EO – esposo CL- Membros Clube de Lazer
• FA – filha VI – vizinho
• FO – filho ED – empregada doméstica
• NA – neta PS -prestadores de serviço
• NO – neto O -outros
• IA – irmã
• IO – irmão
• O – outros
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17. Amigos Família
VI CC FO FA
VI FA
EA NA NO
CL ED
VI UBS
VI
Comunidade/Relações/Sistema de Saúde ou Social
Mapa Mínimo de Relações
18. Projeto Terapêutico Singular
• O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um
conjunto de propostas de condutas
terapêuticas articuladas, para um sujeito
individual ou coletivo, resultado da discussão
coletiva de uma equipe interdisciplinar, com
apoio matricial, se necessário.
• Geralmente é dedicado a situações mais
complexas.
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19. Projeto Terapêutico Singular
1. Diagnóstico: Avaliação/problematização dos aspectos
orgânicos, psicológicos e sociais, buscando facilitar
uma conclusão, ainda que provisória, a respeito dos
riscos e da vulnerabilidade do usuário.
2. Definição de Metas: Sobre os problemas, a equipe
trabalha as propostas de curto, médio e longo prazo
que serão negociadas com o sujeito “doente” e as
pessoas envolvidas. A negociação deverá ser feita,
preferencialmente, pelo membro da equipe que tiver
um vínculo melhor com o usuário.
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20. Projeto Terapêutico Singular
3. Divisão de Responsabilidades:
É importante definir as tarefas de cada um com clareza.
Escolher um profissional de referência, que na Atenção
Básica pode ser qualquer membro da equipe de Saúde
da Família independentemente da formação, é uma
estratégia para favorecer a continuidade e articulação
entre formulação, ações e reavaliações.
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21. Projeto Terapêutico Singular
4. Reavaliação
Momento em que se discutirá a evolução e se
farão as devidas correções dos rumos
tomados.
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22. Referências
COELHO, F.L.G.; SAVASSI, L.C.M. Aplicação da escala de risco familiar como
instrumento de priorização das visitas domiciliares. Revista Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade, Brasil, v.1, n.2, p.19-26, 2004.
CRUZ, H. M. Familia é quem cuida de mim. Rio de Janeiro: Instituto Noos, 2008.
WRIGHT, L. Enfermeiras e famílias: um guia para avaliação e intervenção na
famila. São Paulo: Rocca, 2008.
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