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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
         CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
     DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL




     EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI




DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ABÓBORA
          TRATADAS COM FUNGICIDAS




                  ALEGRE/ES
                     2011
EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI




DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ABÓBORA
          TRATADAS COM FUNGICIDAS




                                Monografia apresentada ao
                                Departamento de Produção
                                Vegetal do Centro de Ciências
                                Agrárias   da    Universidade
                                Federal do Espírito Santo,
                                como requisito parcial para a
                                obtenção    do    título   de
                                Engenheiro Agrônomo.




                   ALEGRE/ES
                      2011
ii
iii



                             AGRADECIMENTOS


      Primeiramente agradeço a DEUS, por me possibilitar saúde, sabedoria,
discernimento e proteção.

      Agradeço a meus pais – Antônio Eliano Nicoletti e Edinéia Montarrôyos
Nicoletti, por sacrificarem aos seus filhos parte de sua vida tentando nos dar a
melhor educação possível, por todo carinho, compreensão, amor e pelas palavras
certas. Obrigado por me indicar o caminho correto e por me ensinar valores que
foram de grande importância na formação do meu caráter. Agradeço a toda minha
família; irmãos, avós, tios, por estarem ao meu lado ao longo de toda minha
caminhada e por me passarem a certeza de que sempre vão estar.

      A todos os professores do curso de Agronomia do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo por participarem efetivamente na
minha graduação e na minha formação como cidadão mais consciente, em especial
aos professores Fábio Luiz de Oliveira e José Carlos Lopes por dedicarem a mim
parte de seu tempo e atenção, auxiliando no desenvolvimento deste trabalho de
conclusão de curso.

      Agradeço a minha namorada Priscila Geordani Sindra Lima e a todos os
meus amigos que estiveram comigo nesse processo de graduação.
iv



                                   RESUMO


             AUTOR: EMÍLIO ANTÔNIO MONTARROYOS NICOLETTI
                   ORIENTADOR: FÁBIO LUIZ DE OLIVEIRA

A realização de trabalhos visando à qualidade fisiológica de sementes é de grande
importância na produção e condução da lavoura, principalmente, quando se pensa
em produção de hortaliças sem o uso de agroquímicos. O objetivo do presente
trabalho foi avaliar e comparar os atributos fisiológicos de sementes de abóbora
variedade Maranhão com e sem tratamento químico, empregando testes padrões de
laboratório e em ambiente parcialmente controlado (percentagem de germinação e
emergência, índices de velocidade de germinação e emergência, massa fresca e
seca, comprimento do sistema radicular e da parte aérea e diâmetro do talo) para
estimativa de vigor. Foi observado substancialmente, maior vigor nos lotes de
sementes sem tratamento químico, com maior destaque ao lote de sementes não
comercial.




Termos para indexação: Cucurbita moschata, germinação, vigor, sementes.
v




                                    ABSTRACT

  PHYSIOLOGICAL PERFORMANCE OF PUMPKIN SEED TREATED
                    WITH FUNGICIDES


            AUTHOR: EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI
                        ADVISER: FÁBIO LUIZ DE OLIVEIRA

The realization of studies addressing the physiological quality of seeds is of great
importance at production and conduction of tillage, especially when it comes to
production of vegetables crops without using agrochemicals. The objective of this
study was to evaluate and compare the physiological attributes of seeds pumpkin
variety Maranhão with and without chemical treatment, employing patterns tests of
laboratory and in partially controlled environment (germination percentage and
emergence, index speed germination and emergence, fresh and dry mass, length of
root system and aerial part and the diameter of the talus) for estimate of the vigor.It
was observed substantially, increased vigor in the seed lots without chemical
treatment, with greater emphasis to seed lot not commercial.




Index terms: Cucurbitamoschata, germination, vigor, seeds.
vi




                                                SUMÁRIO



    LISTA DE TABELAS................................................................................... vii

    RESUMO...................................................................................................... iv

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1


2. REVISÃO LITERATURA............................................................................... 3


    2.1 Histórico................................................................................................... 3

    2.2 Avaliação da qualidade fisiológica das sementes.................................... 4


    2.3 Germinação.............................................................................................. 5


    2.4 Vigor......................................................................................................... 6


3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................. 9


4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 12


5. CONCLUSÃO................................................................................................. 20


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 21
vii




                                               LISTA DE TABELAS




Tabela 1. Percentagem média dos testes de germinação (TG), primeira contagem
(PC), índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento da parte radicular
(CMR) e comprimento da parte aérea (CMA), de quatro tipos de sementes de
abóbora. .................................................................................................................. 14



Tabela 2. Percentagem média do teste de emergência (EM), índice de velocidade de
emergência (IVE), massa fresca (MF), massa seca (MS) e comprimento da parte
aérea (CMA), em dois substratos com quatro tipos de sementes de abóbora.
................................................................................................................................... 17
viii
1



   1. INTRODUÇÃO


   A abóbora (Cucurbita moschata) pertencente à família Cucurbitaceae e gênero
Cucurbita, tem como centro de origem a região central do México se estendendo
desde a Colômbia até a Venezuela (SASAKI et al., 2006).
   Incluindo no gênero Cucurbitacerca de 27 espécies que foram domesticadas
pelos povos pré-hispânicos há aproximadamente 9.000 anos, nas civilizações Maia,
Asteca e Inca, sendo atualmente hortaliças cultivadas em todo mundo e de elevada
importância nutricional e cultural. As cinco principais espécies de abóboras
domésticas são: C. pepo, C.maxima, C. moschata, C. argyrosperma e C. ficifoli,
sendo essas responsáveis por 12% da produção mundial de membros da família.
(ROBINSON; DECKER-WALTERS, 1999).
   As abóboras estão em 7º lugar no volume de produção entre as hortaliças no
Brasil, sendo parte da alimentação básica de populações das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Sul (PEREIRA, 2001) e têm como base de utilização em plantio
principalmente nessas regiões, sementes provenientes da seleção realizada pelo
próprio agricultor da região ou da seleção praticada pelos comerciantes locais. Onde
os tratamentos em sementes são geralmente realizados pelos próprios produtores
para a implantação da próxima lavoura (RAMOS et al., 1997).
   Dentre as questões no sistema produtivo, a qualidade fisiológica das sementes é
uma característica de vital importância para que se obtenha sucesso em uma
lavoura de abóbora (CASAROLI et al., 2006) e o tratamento de sementes com
produtos químicos, principalmente fungicidas, é considerado uma prática usual e
eficiente para aumento da produção (REIS; FORCELINI, 1994), principalmente
levando    em    consideração   que   presença   de   patógenos    nas   sementes,
independentemente de sua transmissibilidade, pode afetar o vigor e o rendimento
em campo (ZORATO; HENNING, 2001; LUZ, 2003). Mas, quando se busca a
produção de alimentos sem a utilização de produtos químicos, como é o caso do
sistema de produção agroecológica e orgânica, deve-se incluir as sementes neste
contexto, por ser um insumo básico a maioria das atividades de cultivo (CASAROLI
et al., 2005).
   A busca do desenvolvimento sustentável representa um dos maiores desafios
para a humanidade (LOPES, 2007). Com as novas perspectivas mundiais que estão
2



direcionando   novas   tendências   à   agricultura   moderna   e   com   a   maior
conscientização do consumidor o mercado vem se estendendo para as formas de
cultivos cada vez mais independente de agroquímicos, buscando, além de hábitos
de vida mais saudáveis, a preservação do meio natural dos ecossistemas terrestres.
Por tanto, à razão pela busca incessante da sustentabilidade vem justificando cada
vez mais a utilização de métodos alternativos de produção de alimentos, buscando
ao máximo a diminuição do uso de defensivos sintéticos e o racionamento dos bens
naturais.
   São poucos os relatos de pesquisas realizadas no Brasil sobre a avaliação da
qualidade de sementes de abóboras, especialmente, com sementes produzidas em
sistemas agroecológicos, as quais têm demonstrado boa qualidade fisiológica, com
uma grande vantagem, não são utilizados produtos químicos em seu sistema
produtivo (NASCIMENTO, 2004). Sendo assim, a realização de trabalhos visando à
qualidade fisiológica de sementes é de grande importância na produção e condução
da lavoura, principalmente, quando se pensa em produção de hortaliças sem o uso
de agroquímicos.
   Tomando como base o incentivo pelo uso de práticas e métodos que venham a
propiciar uma produção mais sustentável e o racionamento do uso de agroquímicos;
o presente trabalho tem como objetivo avaliar e comparar o potencial fisiológico de
lotes de sementes de abóbora variedade Maranhão (Cucurbita moschata) sem e
com tratamento químico com os fungicidas Captan-75 e Thiram, através dos
atributos que se dispõem do vigor de sementes.
3



   2. REVISÃO DE LITERATURA


   2.1.   Histórico


      A   necessidade   de   determinar   a   qualidade   das   sementes   ocorreu
primeiramente na Europa, devido a problemas constatados na comercialização. Com
isso, em 1869, na Alemanha, foi criado o primeiro laboratório de sementes e
publicado em 1876, o primeiro Manual de Análise de Sementes. Enquanto isso, na
América, procedimentos iniciais para a realização dos testes de pureza e de
germinação deram origem às primeiras Regras para Análise de Sementes, em 1897.
Com o crescimento da realização de testes de análise de sementes, tornou-se
fundamental estabelecer e padronizar os métodos e os procedimentos. Ocorrendo
assim, em 1908, uma organização composta por analistas de sementes que fundam
a Associação de Analistas Oficiais de Sementes da América do Norte, atual
Associação Oficial de Analistas de Sementes (AOSA), iniciando a regulamentação
do comércio de sementes nos Estados Unidos e Canadá. Sendo publicada a
primeira versão das Regras para Análise de Sementes dessa associação em 1917.
Hoje, a AOSA revisa periodicamente suas regras para análise, contribuindo para
modificar as indicações destas regras e, para os procedimentos de análises, garante
a padronização de conduta entre analistas e laboratórios e dá suporte para o
estabelecimento da legislação vigente (NOVEMBRE, 2001).
      Em 1924, na Europa, foi fundada a Associação Internacional de Análise de
Sementes (ISTA). Tendo seus principais objetivos, direcionados principalmente para
o comércio internacional de sementes, como os de desenvolver, estabelecer e
publicar procedimentos padrões para a amostragem e para a análise de sementes,
promover a aplicação uniforme destes procedimentos para a avaliação de sementes,
participar no desenvolvimento da pesquisa na área de tecnologia de sementes,
estimular a certificação de cultivares, participar de conferências e de cursos de
treinamento e manter contato com outras organizações ligadas à área de sementes
(NOVEMBRE, 2001). Essas regras para Análise de Sementes da ISTA, que foram
publicadas e atualizadas desde 1928, são utilizadas atualmente em 73 países.
      As primeiras normas para análise de sementes no Brasil foram publicadas em
1956. E em 1967, com base nas regras da ISTA e da AOSA, o Ministério da
4



Agricultura formulou as primeiras Regras para Análise de Sementes (RAS)
brasileiras. Com as revisões a última edição saiu em 1992. Por decisão do Ministério
da Agricultura, desde 1997, as análises de sementes, para o comércio nacional e
internacional, são realizadas de acordo com as regras da ISTA. Para o MERCOSUL,
também são adotadas as RAS da ISTA. A elaboração das RAS conta com o apoio
de segmentos das iniciativas privada e oficial, principalmente os órgãos direcionados
para a pesquisa, como as universidades e instituições de pesquisa. Fundada em
1970, a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), abrangendo
apenas o território nacional, congrega indivíduos e organizações e tem contribuído
para a publicação de trabalhos técnicos, a realização de congressos é indicado para
padronização de procedimentos para análise, através de comitês técnicos
(NOVEMBRE, 2001).
      Para o uso de fiscalização e comercialização, foram estabelecidos por lei, por
entidade certificadora e por entidades que norteiam programas de produção de
sementes, padrões mínimos de qualidade (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982). A
qualidade de um lote de sementes abrange diversos atributos que determinam seu
valor para a semeadura, de natureza genética, física, fisiológica e sanitária
(POPINIGIS, 1985).




   2.2.   Avaliação da qualidade fisiológica das sementes


   A avaliação da qualidade fisiológica das sementes é fundamental importância
para os segmentos que compõem um sistema de produção, pois o estudo dos
efeitos de fatores que possam afetar a qualidade de sementes depende diretamente,
da eficiência dos métodos que iram ser utilizados para determiná-la (MARCOS
FILHO et al., 1987).
   Tradicionalmente esta avaliação é realizada pelo teste de germinação, porém
este apresenta certas limitações, por superestimar o potencial fisiológico das
sementes em seus resultados, pois este é conduzido sob condições ótimas. Perante
a isto, foram desenvolvidos então, testes de vigor com finalidade de indicar
informações que complementam às obtidas no teste de germinação e que permitem
estimar o potencial de emergência de plântulas em condições de campo adversas.
5



Deste modo, o vigor e a viabilidade são fatores fundamentais na avaliação da
qualidade das sementes.
   Os termos, germinação, obtida em laboratório, e a emergência das plântulas em
campo, possuíam uma distante relação, o que levou então ao desenvolvimento do
conceito de vigor. De acordo com a definição da ISTA em 1977 e AOSA em 1979,
“Vigor de sementes compreende um conjunto de características que determinam o
potencial para a emergência e o rápido desenvolvimento de plântulas normais, sob
ampla diversidade de condições de ambiente” (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
Então, a avaliação do vigor é feita com o objetivo de identificar possíveis diferenças
significativas na qualidade fisiológica de lotes de sementes que apresentem então
poder germinativo semelhante.
   A germinação é considerada um teste padronizado, com possibilidade de que os
resultados se repitam desde que, sejam seguidas as instruções compreendidas nas
Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). É devido a isto que este teste
não é realizado em condições de campo, pois os resultados dificilmente seriam
reproduzidos.
   McDonald Júnior (1975) dividiu os testes de vigor em físicos, fisiológicos e
bioquímicos. Os físicos estão relacionados com características envolvidas ao
tamanho, peso e densidade das sementes; os fisiológicos utilizam parâmetros
relacionados à germinação e ao desenvolvimento das plântulas e os bioquímicos a
alterações bioquímicas e moleculares associadas com vigor de sementes.
    Na avaliação da qualidade das sementes é de fundamental importância que se
tenha a obtenção de resultados em períodos curtos de tempo, para que haja maior
rapidez nas tomadas de decisões, visando as operações de colheita, processamento
e comercialização. Os testes que são realizados com menor período de tempo estão
relacionados com os eventos iniciais da deterioração, conforme Delouche e Baskin
(1973).




   2.3.   Germinação


      Germinação é a capacidade de uma semente produzir uma plântula que,
pelas características de suas estruturas essenciais, demonstre aptidão para produzir
planta normal sob condiçõesfavoráveis de campo. O processo de germinação inicia-
6



se, portanto, com o surgimento das atividades antes paralisadas por ocasião da
maturação da semente, sendo para isto necessário serem sementes viáveis
(CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
      Para que ocorra o processo de germinação, algumas condições ambientais
favoráveis à espécie devem ocorrer, Carvalho e Nakagawa (1983), verificaram que
há necessidade de umidade, temperatura e presença de oxigênio, adequados à
semente.
      O teste de germinação vem sendo de grande valor para comércio
desementes e para os serviços de fiscalização (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982).
      O poder germinativo de uma semente é estimado através do teste padrão de
germinação, que é realizado em laboratório, sob as condições padronizadas,
conforme Regras de Análises de Sementes (BRASIL, 1992).
      Os resultados obtidos no teste de germinação também são utilizados para
comparar a qualidade fisiológica entre lotes de sementes. Porem ressalta-seque o
teste de germinação é realizado sobre condições ambientais ótimas e pode
apresentar um resultado muito desigual se essas condições não forem encontradas
no solo (PESKE; BARROS, 2003).




   2.4.    Vigor


      O uso de sementes de alta qualidade favorece muito o desenvolvimento e,
consequentemente, a produção da planta no campo.
      O vigor é, talvez, um dos atributos mais importantes de qualificação das
sementes. Vários trabalhos mostram que o vigor cresce com a maturação das
sementes, atingindo um máximo no ponto de maturidade fisiológica, ou seja, no
ponto de máximo peso da matéria seca (COSTA, 1972; HARRINGTON, 1958;
MONTOVANI, 1980; YOUNG, 1980).
      O período decorrido da antese (abertura da flor) até o ponto de maturidade
fisiológica (máximo vigor) varia entre as sementes, de uma espécie para outra e, às
vezes, de uma cultivar para outra.
      Chen et al. (1972) estudaram e comprovaram a influência do vigor das
sementes no crescimento e desenvolvimento de abóbora, rabanete e nabo.
7



Sementes vigorosas deram origem a plantas superiores, em todos os aspectos, às
provenientes de sementes de baixo vigor.
         A avaliação do potencial fisiológico de sementes é componente fundamental
de programas de controle de qualidade de sementes, pois constitui referência para
adoção de práticas de manejo destinadas à garantiade nível satisfatório de
desempenho de sementes. O teste padrão de germinação, conduzido em
laboratório, geralmente superestima o potencial fisiológico de lotes de sementes; é,
portanto, cada vez maior a necessidade do aprimoramento dos testes destinados à
avaliação do vigor de sementes, principalmente, no que diz respeito à obtenção de
informações consistentes e, de preferência, em período relativamente curto
(TORRES, 2002).
         Vigor é uma característica fisiológica determinada pelo genótipo e modificada
pelo ambiente, que governa a capacidade de uma semente originar rapidamente
uma plântula no solo e tolerar significativamente variações do ambiente. A influência
do vigor da semente pode persistir toda a vida da planta e afetar a produção
(TOLEDO; MARCOS FILHO, 1977).
         O vigor é hoje entendido como um atributo abrangente ou que compreende
várias propriedades das sementes, entre as quais se cita boa velocidade de
germinação, uniformidade de emergência e de desenvolvimentoda plântula, sendo
mesmo capaz de refletir a capacidade da planta adulta produzir bem no campo.
Evidentemente um teste de laboratório que seja hábil para dar uma indicação
confiável de todas essas qualidades é muito difícil de ser elaborado (TOLEDO,
1999).
         Lotes de sementes da mesma espécie, com germinação semelhante podem
apresentar diferenças marcantes na porcentagem de emergência em condições de
campo. Os testes de vigor podem fornecer informações valiosas sobre as diferenças
de qualidade entre os lotes (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982).
         Segundo Marcos Filho (1999), citado por Torres (2002), os objetivos básicos
dos testes de vigor são: avaliar ou detectar diferenças significativas na qualidade de
lotes com germinação semelhante, complementando as informações fornecidas pelo
teste de germinação; distinguir, com segurança, lotes de alto dos de baixo vigor;
separar (ou classificar) lotes em diferentes níveis de vigor, de maneira proporcional à
emergência das plântulas em campo; resistência ao transporte e potencial de
armazenamento.
8



         Frequentemente observa-se que lotes de sementes apresentando germinação
semelhante exibem comportamentos distintos em campo e/ou armazenamento.
Marcos Filho (1999); Carvalho e Nakagawa(2000), citados por Miguel e tal. (2001)
relataram que as condições ambientais exercem influência acentuada sobre a
manifestação do potencial fisiológico das sementes e, portanto, se a semeadura for
realizada em condições ambientais desfavoráveis, a emergência de plântulas
normais pode ser inferior à determinada em laboratório. Por isso, o uso dos testes
de vigor é de grande utilidade no monitoramento da qualidade de sementes, a partir
da maturidade (DIAS; MARCOS FILHO, 1995).
         Considera-se que o vigor atinge o máximo no momento em que a semente
completa sua maturação (POPINIGIS, 1977).Os testes de vigor visam determinar
com maior precisão o grau de deterioração da semente (PAOLINELLI; FALLIERI,
1982).
         O termo deterioração implica numa alteração degenerativa e irreversível na
qualidade de uma semente, depois que esta atingiu seu ponto de máxima qualidade
ou “ponto de maturação fisiológica”. Nestas circunstâncias, a semente é capaz de
desempenhar, com eficiência plena, todas as funções fisiológicas que lhe são
inerentes. É o ponto de máximo peso de matéria seca, o de máxima germinação,
máximo vigor e de menor deterioração da semente (DELOUCHE 1969, citado por
PAOLINELLI e FALLIERI,1982).
         De acordo com Kolchinski et al.(2005), é fundamental o uso de sementes de
alta qualidade na implantação das lavouras. Sementes com baixo vigor podem
provocar reduções na velocidade e na emergência total, no tamanho inicial, na
produção de matéria seca, na área foliar e nas taxas de crescimento das plantas
(KHAH et al., 1989; SCHUCH, 1999; SCHUCH et al., 2000; MACHADO, 2002;
HÖFS, 2003), podendo afetar o estabelecimento da cultura, o seu desempenho ao
longo do ciclo e a produtividade final. Schuch et al. (1999) verificaram que a redução
do nível do vigor das sementes aumentou o tempo médio necessário para a
protusão das radículas, bem como reduziu o número médio de radículas emitidas
por dia. A maior velocidade na emergência e produção de plântulas com maior
tamanho pode proporcionar às plantas provenientes das sementes vigorosas uma
vantagem inicial no aproveitamento de água, luz e nutrientes.
9



   3. MATERIAIS E MÉTODOS


      Esse experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-
UFES), campus de Alegre, no período de 20 de abril a 25 de maio de 2011.
      O município é localizado ao Sul do Espírito Santo na microrregião do
Caparaó, a 181,7 Km da Capital (extensão rodoviária) com latitude de 20° 45′ 50″ S
elongitude 41° 31′ 58″ W, altitude média de 254 metros e temperatura média de 23º
C com mínima de 16,9° C e máxima de 29,0° C (IJSN, 2009).
      Foram utilizados quatro lotes de sementes de abóbora da variedade
Maranhão (Cucurbita moschata), sendo dois tratados com fungicidas: o primeiro com
Captan-75 a 0,15% e o segundo com Thiram 45% (5 mL kg-1), e dois lotes sem
tratamento químico, sendo o primeiro constituído por sementes extraídas de fruto
maduro destinado ao consumo “in natura”, em que foi realizada a secagem das
sementes com ventilação mecânica (convecção) por 72 horas e o segundo lote, por
sementes orgânicas obtidas no comércio.
      As sementes foram submetidas às seguintes análises:

a)Teste de germinação (TG) – conduzido com quatro repetições de 25 sementes,
distribuídas sobre papel germitest umedecido com água destilada na proporção de
2,5 vezes a massa do papel seco, acondicionadas em placas de Petri e mantidas em
câmaras tipo BOD, sob temperatura alternada de 25-30°C e fotoperíodo de 8-16
horas (luz/escuro). As avaliações foram realizadas aos quatro e oito dias após a
semeadura. O resultado de germinação foi expresso em porcentagem média de
plântulas normais para cada tratamento, determinando-se a porcentagem de
plântulas normais (BRASIL, 2009).

b) Primeira contagem (PC) – realizada em conjunto com o teste de germinação,
determinando-se a percentagem de plântulas normais verificadas na primeira
contagem do teste de germinação realizada no quarto dia após a semeadura
(BRASIL, 2009).

c) Índice de velocidade de germinação (IVG) – A avaliação foi feita concomitante
com o teste de germinação, onde foram realizadas avaliações diárias, à mesma
hora, a partir do dia em ocorreu a protrusão da raiz primária, até o final do
10



experimento. Ao fim do teste, com os dados diários do número de sementes
germinadas por repetição, calculou-se o índice de velocidade de germinação,
conforme Maguire (1962):

IVG = (G1/N1) + (G2/N2) + ... + (Gn/Nn); em que:

G1, G2, Gn são os números de plantas normais observadas na primeira, na segunda
e na última contagem.

N1, N2, Nn são os números de dias desde a semeadura até a primeira, segunda e
última contagem.

d) Emergência (E) – foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes, semeadas
em sulcos de 0,80 m de comprimento, espaçadas de 0,15 m e à profundidade de
0,02 m, feitos em canteiros contendo os diferentes substratos, em casa de
vegetação. As contagens de emergência foram feitas após sete dias da semeadura

e) Índice de velocidade de emergência (IVE) – realizado conjuntamente com o
teste de emergência em casa de vegetação, a partir do dia em que a primeira
plântula emergiu, foram realizadas contagens diárias de plântulas emersas do solo,
até 25 dias. O índice de velocidade de emergência foi calculado utilizando a fórmula
proposta por Maguire (1962).

f) Comprimento do sistema radicular e da parte aérea (CR e CPA) – foi avaliado
com o auxílio de uma régua graduada (mm), medindo-se da ponta da maior raiz ao
coleto, e do coleto à ponta da haste, em todas as plântulas normais no sétimo dia
após a semeadura conforme as Regras de Análise de Sementes (BRASIL, 2009).
Os resultados foram expressos em cm.

g) Diâmetro do coleto (DC) – foi avaliado após 25 dias da semeadura, tomadas as
medidas rente ao solo, com o auxílio de um paquímetro. O resultado foi expresso em
cm.

h) Determinação da massa fresca (MF) – no Laboratório, as plantas normais de
cada subamostra foram pesadas em balança com precisão de 0,0001g, dividindo-se
pelo número de plantas da subamostra, obteve-se o peso médio de massas frescas
em gramas por planta. A média das quatro subamostras correspondeu ao peso
médio da massa fresca do tratamento.
11



i) Determinação da massa seca (MS) – após a obtenção das massas frescas, o
material de cada subamostra foi acondicionado em saco de papel perfurado e
mantido em estufa com circulação de ar forçado sob temperatura de 80 ºC por um
período de 72 horas. Após esse período, o material seco foi pesado, por
subamostra, em balança com precisão de 0,0001g, e o resultado obtido foi dividido
pelo número de plantas de cada subamostra, obtendo-se o peso médio da massa
seca por planta. A média aritmética obtida das quatro subamostras constituiu na
massa seca em grama por planta no tratamento.

Procedimentos Estatísticos – foi empregado o delineamento experimental
inteiramente casualizado. Em casa de vegetação, foi utilizado o esquema fatorial 4x2
(quatro lotes de sementes x dois substratos). Todos os testes foram conduzidos com
quatro repetições e para a comparação entre as médias foi utilizado o teste de
Tukey, em nível de 5% de probabilidade. Os dados porcentuais sofreram
transformação em arco seno (% /100)0,5. Na execução da análise foi utilizado o
programa estatístico SISVAR 4.2 (FERREIRA, 2003).
12



   4. RESULTADOS E DISCUSSÃO


      De acordo com os resultados obtidos, os maiores valores de germinação,
primeira   contagem   de germinação, índice de velocidade          de   germinação,
comprimento de raiz e comprimento da parte aérea foram obtidos nas sementes
retiradas do fruto “in natura”, sem tratamento químico (T3), seguidas pelas médias
obtidas nas sementes adquiridas no comércio, sem tratamento químico (T4) e pelas
sementes oriundas do comércio, tratadas na origem com Thiram (T2), que só
diferiam entre si no teste de vigor avaliado pelo índice de velocidade de germinação
(IVG). Em sementes de centeio, da cultivar abruzzi sem tratamento foi observada
percentagem de germinação superior em relação às sementes tratadas com Thiram
(BALARDIN; LOCH, 1987).
      Foi observado por Costa et al.(2006) uma germinação média de 80% em
sementes de abóbora híbrida, cultivar Jabras em ponto de maturidade fisiológica
ideal segundo estudos do autor, secas em salas de secagem (32°C), equipadas com
ventiladores, por 48h, sem uso de tratamentos químicos. Resultados mais
contingentes ainda foram encontrados por Alvarenga et al. (1991) para sementes da
variedade Melopepo, encontrando 86% para o teste citado em sementes             que
sofreram apenas a secagem, de maneira similar ao obtido no lote de sementes
retiradas do fruto “in natura”, sem tratamento químico (T3).
      Casaroli (2005) encontrou em sementes de abóbora variedade Menina
Brasileira maiores médias de percentagem de germinação nos lotes provenientes do
sistema convencional não tratados, diferindo-se significativamente quanto aos lotes
provenientes de sistemas agroecológico e convencional tratados com Captan e
Thiram, que não apresentaram diferenças significativas entre si. Com esse teste,
Barros et al. (2002) e Cardoso (2003) conseguiram separar lotes de sementes de
abobrinha (Cucurbita pepo) e abobrinha cv. Piramoita, respectivamente. Porém, os
autores observaram diferentes níveis de qualidade fisiológica nos lotes avaliados,
podendo comprovar que o teste de germinação é um indicador excelente de
qualidade fisiológica para sementes dessa espécie. Bhering et al. (2000) testaram
sementes de pepino (Cucumis sativus L.) e concluíram que, apesar do teste de
germinação ter se mostrado um bom indicativo da qualidade fisiológica de sementes,
não garante que haja uma alta emergência em campo, de lotes com maior
13



germinação. Fato verificado no presente trabalho, onde todos os lotes exceto T3 no
primeiro substrato obtiveram valores inferiores de emergência comparados aos
obtidos pelo teste de germinação, nos dois substratos testados.
      À exceção do lote formado por sementes retiradas do fruto “in natura”, sem
tratamento químico (T3), todos os demais lotes apresentaram valores de germinação
relativamente baixos, considerando o nível de 80% de germinação como mínimo
recomendado para sementes olerícolas, e apesar de este ser o padrão nacional
aceitável para sementes em geral (BRASIL, 2008).
      Na avaliação do vigor pela primeira contagem de germinação verificou-se que
as sementes comerciais tratadas com captan-75 (T1) apresentaram valores
significativamente menores em relação aos demais tratamentos, sugerindo que as
sementes tenham apresentado menor vigor. Bhering et al. (2000) sugeriram que
este teste pode ser utilizado rotineiramente para obter informações preliminares
sobre o potencial fisiológico de lotes de sementes de pepino e alface (FRANZIN,
2003). Considerando que esse teste é um avaliador indireto da velocidade de
germinação, Nakagawa (1999) confirmou que muitas vezes, a primeira contagem,
expressa melhor as diferenças de velocidade de germinação entre os lotes, que os
índices de velocidade de germinação (IVG). E com relação a este teste, verificou-se
que os lotes que não sofreram tratamento químico, apresentaram maior vigor ou
potencial fisiológico, pois obtiveram maior índice de velocidade de germinação (IVG).
      Os testes de comprimento da raiz e comprimento da parte aérea (Tabela 1)
evidenciaram como eficientes para estimar o potencial fisiológico dos lotes, por
apresentarem comportamento similar ao observado nas demais variáveis de vigor,
destacando-se o lote de sementes sem tratamento (T3) como mais vigoroso. Estes
resultados discordam daqueles encontrados em sementes de aveia preta tratadas
com fungicidas químicos que apresentaram desempenho fisiológico e sanitário
superiores em relação às tratadas com biopropetor e a testemunha sem fungicida
(HENNING et al., 2009).
14



TABELA 1. Percentagem média dos testes de germinação (TG), primeira contagem (PC), índice de
velocidade de germinação (IVG), comprimento de raiz (CR) e comprimento de parte aérea (CPA), de
quatro lotes de sementes de abóbora tratadas com fungicida. CCA-UFES, Alegre-ES, 2011.


  Tratamentos           TG              PC           IVG           CR            CPA
                         --------(%)--------                        ------- mm -------
       T1               62 c           23 b          3b          10,00 b        47,5 b
       T2               74 b          35 ab          3b          17,50 b        45,0 b
       T3               85 a           44 a          4a          60,00 a        62,5 a
       T4               75 b          34 ab          4b          20,00 b        45,0 b

     CV (%)             3,98           18,7           0           19,85          11,55

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey
em nível de 5% de probabilidade.




       Os dados das análises de emergência conduzidas em sementeiras, em casa
de vegetação encontram-se agrupadas na Tabela 2. Verifica-se na interação com o
substrato areia+terra+esterco (S1) que os valores obtidos para emergência, índice
de velocidade de germinação, massa fresca, massa seca e comprimento da parte
aérea e diâmetro do colo foram significativamente maiores nas sementes retiradas
do fruto sem tratamento químico (T3), seguida pelas sementes adquiridas no
comércio, tratadas com Thiram (T2) e sementes adquiridas no comércio, sem
tratamento com fungicida (T4), para os testes de emergência, comprimento da parte
aérea e diâmetro do coleto, onde não houve diferença significativa entre os dois. Os
menores valores foram obtidos no lote de sementes tratadas com Captan-75 (T1)
Estes resultados sugerem que o teste de emergência pode ser utilizado com
sucesso para avaliação da capacidade de estabelecimento e formação de estande
dos lotes de sementes de abóbora em função de tratamento químico, já que este
teste foi realizado aos sete DAS.
       Em estudos realizados com sementes de pepino, avaliando a emergência em
solo aos 12 dias após a semeadura, Bhering et al. (2000) observaram diferenças
entre os lotes para sementes de abobrinha, o teste de emergência realizado em
areia avaliado aos 15 DAS, mostrou eficiência na estratificação dos lotes em função
do potencial fisiológico, obtendo correlação significativa com os testes de
15



germinação e envelhecimento acelerado (BARROS et al., 2002). Resultados
semelhantes foram encontrados por Cardoso (2003), para essa espécie, porém, as
avaliações foram realizadas aos 19 DAS.
      Em sementes de cebola, a relação entre o vigor das sementes e o
desempenho das plantas foi observado, apenas, na fase inicial do desenvolvimento
da cultura (aos 28 DAS e 56 DAS), onde as avaliações ocorreram até 126 DAS. Isso
ocorreu, acentuadamente, quando as diferenças dos potenciais fisiológicos foram
mais visíveis, porém, não afetaram diretamente a produção de bulbos. Os lotes sem
tratamento, similarmente apresentaram em campo maior índice de velocidade de
emergência, sugerindo maiores chances de estabelecimento em campo por parte
destes tipos de sementes.
      É importante ressaltar que lotes de sementes com maior potencial fisiológico,
principalmente pelo maior índice de velocidade de emergência, são importantes para
a obtenção de plântulas que permaneçam um menor tempo submetidas a condições
adversas, como a presença de fungos que promovem tombamento e, também, pela
obtenção de mudas mais precoces e uniformes (CASAROLI, 2005).
      Esse teste também teve sensibilidade para sementes de abobrinha, pois
detectou o lote de maior e os de menor potencial fisiológico (CARDOSO, 2003).
      Não houve diferença significativa entre as médias para os tipos de sementes
nos testes de emergência e índice de velocidade de emergência (Tabela 2) em
interação com o substrato areia (S2). Entretanto, considerando a massa fresca,
massa seca e comprimento da parte aérea, as sementes do lote tratadas com
Captan-75 (T1) evidenciaram menores valores para estas variáveis em relação aos
demais lotes (T2, T3 e T4), que apresentaram as melhores médias para o teste de
massa fresca não diferindo entre si; maior valor de massa seca foi observada nas
sementes do lote tratado com Captan-75 (T2), e para as variáveis comprimento da
parte aérea (CPA) e diâmetro do coleto (DC), maiores valores foram observados nas
sementes dos lotes sem tratamento com fungicida (T3 e T4), que apresentaram
comportamento similar entre si.
      Estes resultados corroboram aqueles obtidos por Casaroli (2005) que
avaliando lotes de sementes de abóbora variedade Menina Brasileira de origem
agroecológica e comerciais sem tratamento, comparadas a lotes tratados com
fungicidas, observou maiores valores de massa fresca e seca nas plântulas oriundas
de sementes dos lotes sem tratamento. O autor considerou que os testes de massa
16



fresca e seca aos 21 dias após a semeadura (DAS), em sistema hidropônico,
demonstraram que os testes de fitomassa seca do caule, do caule e raiz e de folhas,
foram eficientes para detectar diferenças significativas no potencial fisiológico entre
os lotes de origem convencional não tratados, agroecológicos e convencional
tratados, classificando-os em maior, menor e intermediário vigor respectivamente.
      Porém, Franzin (2003) obteve resultados que não diferiram significativamente
quanto ao potencial fisiológico de lotes de sementes de alface, para os testes de
comprimento e fitomassa seca de plântulas, similar aos resultados obtidos por
Torres et al. (1999) em lotes de sementes de pepino e Bias et al. (1999) em teste
com feijão vigna, avaliando a fitomassa seca de plântulas.
      Os efeitos do vigor das sementes sobre a taxa e a uniformidade de
emergência, a emergência total, e o estabelecimento de estandes são bem
documentados (SCHUCH; LIN, 1982; SCHUCH, 1999). Esses fatores podem
influenciar a acumulação de fitomassa seca e, assim, afetar o rendimento. Schuch et
al. (2000) observaram que diferenças no vigor das sementes e na população de
plantas de aveia preta (Avena strigosa Schereb) provocaram variações na produção
de fitomassa seca durante o período vegetativo da cultura.
      Segundo Casaroli (2005) os níveis extremos de vigor de sementes e de
população de plantas produziram diferenças de 410 kg ha-1 e 480 kg ha-1 de
fitomassa seca, respectivamente, aos 75 dias após a emergência, sendo essas
diferenças devidas a efeitos sobre a taxa de crescimento da cultura. Ocorreu efeito
compensatório da população de plantas sobre a produção de fitomassa seca, de
modo que o efeito do menor vigor das sementes pôde ser compensado pelo
aumento da população de plantas; quanto mais baixo o nível de vigor das sementes,
maior a necessidade do aumento da população de plantas. Sementes com maior
vigor compensaram os efeitos das menores populações de plantas.
17



TABELA 2. Percentagem média de emergência (E), índice de velocidade de emergência (IVE),
massa fresca (MF), massa seca (MS), comprimento da parte aérea (CPA) e diâmetro do colo (DC),
de quatro lotes de sementes de abóbora tratadas com fungicida, em diferentes substratos. CCA-
UFES, Alegre-ES, 2011.



 Interações            E            IVE           MF             MS          CPA            DC

                      (%)                          -------(g)-------          -------- mm --------

          T1         40 c         2,50 c        31,50 c        2,00 c       140,0 c        3,44 b

          T2         62 b         3,25 bc       67,75 b       3,00 bc       187,5 b       3,80 ab
S1
          T3         87 a         4,75 a        92,75 a        4,00 a       242,5 a        4,00 a

          T4      69 b           3,75 ab        76,00 a       3,75 ab      200,0 b        3,88 ab

          T1         65 ns        4,00 ns       22,00 b        1,00 b       120,0 b       2,45 b

          T2         71 ns        3,75 ns       35,50 a        2,25 a      142,5 ab       2,90 ab
S2
          T3         69 ns        4,00 ns       36,50 a       2,00 ab       155,0 a        3,30 a

          T4         69 ns        4,00 ns       35,50 a       2,00 ab      157,50 a        3,18 a

   CV (%)            8,83          16,2          10,52          21,5          7,94        7,17

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna entre os substratos, não diferem entre si pelo teste de
Tukey em nível de 5% de probabilidade.
       Os testes realizados em ambiente parcialmente controlado (casa de
vegetação) apresentaram resultados similares aos observados nos testes realizados
ao laboratório, sugerindo um bom sistema de avaliação do material quanto aos
resultados que se espera obter em condições adversas, devido às características
fisiológicas observadas nos lotes de sementes em condições favoráveis ao
desenvolvimento, simuladas em laboratório.
       Observa-se que os lotes sem tratamento com fungicidas, principalmente o lote
composto pelas sementes retiradas do fruto sem tratamento químico (T3),
apresentaram melhores resultados quanto ao estabelecimento das plântulas, com
maior numero de plântulas germinadas em menor tempo com boa uniformidade no
desenvolvimento inicial. Os dois lotes de sementes sem tratamento com fungicida
apresentaram comportamento similar e com maior potencial fisiológico no substrato
areia+terra+esterco (S1), ou seja, apresentaram maior resposta à adubação,
inclusive com uma maior percentagem de germinação do lote de sementes extraídas
18



dos frutos e não tratadas (T3) comparado a germinação em laboratório. Araújo et al.
(1982) obteve resultados similares quanto à germinação com sementes de abóbora
variedade Menina brasileira, com valores de 60,5% em laboratório e 82% em casa
de vegetação.
           Levando em consideração o vigor das sementes, o lote de sementes
extraídas dos frutos e não tratadas (T3) foi o que definitivamente apresentou
melhores resultados, o que pode estar associado ao fato de ser o lote mais novo
entre os três, tendo sido extraído do fruto à apenas três semanas antes da
implantação do experimento, e os demais lotes já estavam armazenados por quatro
meses, sendo o tempo de armazenagem fator importante na manutenção da
qualidade fisiológica de sementes.
      De um modo geral, verifica-se que à medida que se aumenta o período de
armazenamento, o vigor e a germinação das sementes diminuiu devido ao avanço
da deterioração, que influência diretamenteno desempenho das sementes, refletindo
em seu potencial de armazenagem (POPINIGIS, 1985). Ainda, outros fatores a
respeito     das   deficiências   existentes   quanto   aos   aspectos   práticos   de
armazenamento são citados por Andreoli (1981) como: a) qualidade de semente
influi muito na sua longevidade durante o armazenamento; b) o equilíbrio de
sementes de várias espécies com a umidade relativa do ar; c) vigor da semente
armazenada decresce mais rapidamente do que a sua percentagem de germinação;
d) a relação entre a temperatura e o teor de umidade; e) a embalagem impermeável
de sementes, com baixo teor de umidade, é muito eficaz na conservação de
viabilidade da semente armazenada.
      Foi observado um baixo índice de desenvolvimento radicular e de
germinação, principalmente nos lotes tratados com fungicidas, necessitando assim
novos testes para maior compreensão do fato, mas Balardin e Loch (1987) citam
sobre um efeito inibidor a germinação e ao crescimento da radícula em testes com
sementes de aveia tratadas com Thiram.
      Observou-se durante o experimento também maior ocorrência de plântulas
mal formadas (plântulas anormais) nos lotes sem tratamentos químicos, porém
esses obtiveram maior percentagem de germinação, esse fator foi verificado durante
os testes em laboratório e em campo, porém em baixas porcentagens para todos os
quatro tipos de sementes.
19



      Apesar da ocorrência de plantas anormais, não foram constatadas presença
de microrganismos causadores de danos às plântulas, mesmos nos lotes sem
tratamento com fungicidas, sendo o objetivo do uso de produtos químicos o controle
de microrganismos associados às sementes, a proteção das mesmas e das
plântulas, contra a ação de microrganismos do solo, contribuindo para a redução da
transmissão de patógenos para a parte aérea das plantas (LUZ, 2003).
      A má formação de plantas pode se dar pela desuniformidade do tamanho das
sementes, gerando plântulas maiores ou menores, de acordo com a quantidade de
tecido de reserva (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).
      O presente trabalho demonstrou que os lotes de sementes com maiores
percentuais   de   germinação   e   vigor   originaram   plântulas   mais   vigorosas,
principalmente, promovendo assim um estabelecimento rápido do estande, o que
diminui a ocorrência de condições que favorecem o ataque de patógenos.
20



   5. CONCLUSÃO


      O lote de sementes sem tratamento químico que foram extraídas do fruto
destinado ao consumo “in natura” (T3) apresentou maior potencial fisiológico
comparado aos lotes comerciais avaliados.
      Os lotes sem tratamentos com os fungicidas Captan-75 e Thiram
apresentaram plântulas com maior capacidade de estabelecimento em campo e
maior resposta ao substrato com esterco bovino e de relativamente menor facilidade
de emergência comparado a um substrato com menor impedimento a emergência
como a areia.
21




   6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
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Desempenho fisiológico de sementes de abóbora tratadas com fungicidas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ABÓBORA TRATADAS COM FUNGICIDAS ALEGRE/ES 2011
  • 2. EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ABÓBORA TRATADAS COM FUNGICIDAS Monografia apresentada ao Departamento de Produção Vegetal do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. ALEGRE/ES 2011
  • 3. ii
  • 4. iii AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a DEUS, por me possibilitar saúde, sabedoria, discernimento e proteção. Agradeço a meus pais – Antônio Eliano Nicoletti e Edinéia Montarrôyos Nicoletti, por sacrificarem aos seus filhos parte de sua vida tentando nos dar a melhor educação possível, por todo carinho, compreensão, amor e pelas palavras certas. Obrigado por me indicar o caminho correto e por me ensinar valores que foram de grande importância na formação do meu caráter. Agradeço a toda minha família; irmãos, avós, tios, por estarem ao meu lado ao longo de toda minha caminhada e por me passarem a certeza de que sempre vão estar. A todos os professores do curso de Agronomia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo por participarem efetivamente na minha graduação e na minha formação como cidadão mais consciente, em especial aos professores Fábio Luiz de Oliveira e José Carlos Lopes por dedicarem a mim parte de seu tempo e atenção, auxiliando no desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso. Agradeço a minha namorada Priscila Geordani Sindra Lima e a todos os meus amigos que estiveram comigo nesse processo de graduação.
  • 5. iv RESUMO AUTOR: EMÍLIO ANTÔNIO MONTARROYOS NICOLETTI ORIENTADOR: FÁBIO LUIZ DE OLIVEIRA A realização de trabalhos visando à qualidade fisiológica de sementes é de grande importância na produção e condução da lavoura, principalmente, quando se pensa em produção de hortaliças sem o uso de agroquímicos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar e comparar os atributos fisiológicos de sementes de abóbora variedade Maranhão com e sem tratamento químico, empregando testes padrões de laboratório e em ambiente parcialmente controlado (percentagem de germinação e emergência, índices de velocidade de germinação e emergência, massa fresca e seca, comprimento do sistema radicular e da parte aérea e diâmetro do talo) para estimativa de vigor. Foi observado substancialmente, maior vigor nos lotes de sementes sem tratamento químico, com maior destaque ao lote de sementes não comercial. Termos para indexação: Cucurbita moschata, germinação, vigor, sementes.
  • 6. v ABSTRACT PHYSIOLOGICAL PERFORMANCE OF PUMPKIN SEED TREATED WITH FUNGICIDES AUTHOR: EMÍLIO ANTÔNIO MONTARRÔYOS NICOLETTI ADVISER: FÁBIO LUIZ DE OLIVEIRA The realization of studies addressing the physiological quality of seeds is of great importance at production and conduction of tillage, especially when it comes to production of vegetables crops without using agrochemicals. The objective of this study was to evaluate and compare the physiological attributes of seeds pumpkin variety Maranhão with and without chemical treatment, employing patterns tests of laboratory and in partially controlled environment (germination percentage and emergence, index speed germination and emergence, fresh and dry mass, length of root system and aerial part and the diameter of the talus) for estimate of the vigor.It was observed substantially, increased vigor in the seed lots without chemical treatment, with greater emphasis to seed lot not commercial. Index terms: Cucurbitamoschata, germination, vigor, seeds.
  • 7. vi SUMÁRIO LISTA DE TABELAS................................................................................... vii RESUMO...................................................................................................... iv 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1 2. REVISÃO LITERATURA............................................................................... 3 2.1 Histórico................................................................................................... 3 2.2 Avaliação da qualidade fisiológica das sementes.................................... 4 2.3 Germinação.............................................................................................. 5 2.4 Vigor......................................................................................................... 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................. 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 12 5. CONCLUSÃO................................................................................................. 20 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 21
  • 8. vii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Percentagem média dos testes de germinação (TG), primeira contagem (PC), índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento da parte radicular (CMR) e comprimento da parte aérea (CMA), de quatro tipos de sementes de abóbora. .................................................................................................................. 14 Tabela 2. Percentagem média do teste de emergência (EM), índice de velocidade de emergência (IVE), massa fresca (MF), massa seca (MS) e comprimento da parte aérea (CMA), em dois substratos com quatro tipos de sementes de abóbora. ................................................................................................................................... 17
  • 10. 1 1. INTRODUÇÃO A abóbora (Cucurbita moschata) pertencente à família Cucurbitaceae e gênero Cucurbita, tem como centro de origem a região central do México se estendendo desde a Colômbia até a Venezuela (SASAKI et al., 2006). Incluindo no gênero Cucurbitacerca de 27 espécies que foram domesticadas pelos povos pré-hispânicos há aproximadamente 9.000 anos, nas civilizações Maia, Asteca e Inca, sendo atualmente hortaliças cultivadas em todo mundo e de elevada importância nutricional e cultural. As cinco principais espécies de abóboras domésticas são: C. pepo, C.maxima, C. moschata, C. argyrosperma e C. ficifoli, sendo essas responsáveis por 12% da produção mundial de membros da família. (ROBINSON; DECKER-WALTERS, 1999). As abóboras estão em 7º lugar no volume de produção entre as hortaliças no Brasil, sendo parte da alimentação básica de populações das regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul (PEREIRA, 2001) e têm como base de utilização em plantio principalmente nessas regiões, sementes provenientes da seleção realizada pelo próprio agricultor da região ou da seleção praticada pelos comerciantes locais. Onde os tratamentos em sementes são geralmente realizados pelos próprios produtores para a implantação da próxima lavoura (RAMOS et al., 1997). Dentre as questões no sistema produtivo, a qualidade fisiológica das sementes é uma característica de vital importância para que se obtenha sucesso em uma lavoura de abóbora (CASAROLI et al., 2006) e o tratamento de sementes com produtos químicos, principalmente fungicidas, é considerado uma prática usual e eficiente para aumento da produção (REIS; FORCELINI, 1994), principalmente levando em consideração que presença de patógenos nas sementes, independentemente de sua transmissibilidade, pode afetar o vigor e o rendimento em campo (ZORATO; HENNING, 2001; LUZ, 2003). Mas, quando se busca a produção de alimentos sem a utilização de produtos químicos, como é o caso do sistema de produção agroecológica e orgânica, deve-se incluir as sementes neste contexto, por ser um insumo básico a maioria das atividades de cultivo (CASAROLI et al., 2005). A busca do desenvolvimento sustentável representa um dos maiores desafios para a humanidade (LOPES, 2007). Com as novas perspectivas mundiais que estão
  • 11. 2 direcionando novas tendências à agricultura moderna e com a maior conscientização do consumidor o mercado vem se estendendo para as formas de cultivos cada vez mais independente de agroquímicos, buscando, além de hábitos de vida mais saudáveis, a preservação do meio natural dos ecossistemas terrestres. Por tanto, à razão pela busca incessante da sustentabilidade vem justificando cada vez mais a utilização de métodos alternativos de produção de alimentos, buscando ao máximo a diminuição do uso de defensivos sintéticos e o racionamento dos bens naturais. São poucos os relatos de pesquisas realizadas no Brasil sobre a avaliação da qualidade de sementes de abóboras, especialmente, com sementes produzidas em sistemas agroecológicos, as quais têm demonstrado boa qualidade fisiológica, com uma grande vantagem, não são utilizados produtos químicos em seu sistema produtivo (NASCIMENTO, 2004). Sendo assim, a realização de trabalhos visando à qualidade fisiológica de sementes é de grande importância na produção e condução da lavoura, principalmente, quando se pensa em produção de hortaliças sem o uso de agroquímicos. Tomando como base o incentivo pelo uso de práticas e métodos que venham a propiciar uma produção mais sustentável e o racionamento do uso de agroquímicos; o presente trabalho tem como objetivo avaliar e comparar o potencial fisiológico de lotes de sementes de abóbora variedade Maranhão (Cucurbita moschata) sem e com tratamento químico com os fungicidas Captan-75 e Thiram, através dos atributos que se dispõem do vigor de sementes.
  • 12. 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Histórico A necessidade de determinar a qualidade das sementes ocorreu primeiramente na Europa, devido a problemas constatados na comercialização. Com isso, em 1869, na Alemanha, foi criado o primeiro laboratório de sementes e publicado em 1876, o primeiro Manual de Análise de Sementes. Enquanto isso, na América, procedimentos iniciais para a realização dos testes de pureza e de germinação deram origem às primeiras Regras para Análise de Sementes, em 1897. Com o crescimento da realização de testes de análise de sementes, tornou-se fundamental estabelecer e padronizar os métodos e os procedimentos. Ocorrendo assim, em 1908, uma organização composta por analistas de sementes que fundam a Associação de Analistas Oficiais de Sementes da América do Norte, atual Associação Oficial de Analistas de Sementes (AOSA), iniciando a regulamentação do comércio de sementes nos Estados Unidos e Canadá. Sendo publicada a primeira versão das Regras para Análise de Sementes dessa associação em 1917. Hoje, a AOSA revisa periodicamente suas regras para análise, contribuindo para modificar as indicações destas regras e, para os procedimentos de análises, garante a padronização de conduta entre analistas e laboratórios e dá suporte para o estabelecimento da legislação vigente (NOVEMBRE, 2001). Em 1924, na Europa, foi fundada a Associação Internacional de Análise de Sementes (ISTA). Tendo seus principais objetivos, direcionados principalmente para o comércio internacional de sementes, como os de desenvolver, estabelecer e publicar procedimentos padrões para a amostragem e para a análise de sementes, promover a aplicação uniforme destes procedimentos para a avaliação de sementes, participar no desenvolvimento da pesquisa na área de tecnologia de sementes, estimular a certificação de cultivares, participar de conferências e de cursos de treinamento e manter contato com outras organizações ligadas à área de sementes (NOVEMBRE, 2001). Essas regras para Análise de Sementes da ISTA, que foram publicadas e atualizadas desde 1928, são utilizadas atualmente em 73 países. As primeiras normas para análise de sementes no Brasil foram publicadas em 1956. E em 1967, com base nas regras da ISTA e da AOSA, o Ministério da
  • 13. 4 Agricultura formulou as primeiras Regras para Análise de Sementes (RAS) brasileiras. Com as revisões a última edição saiu em 1992. Por decisão do Ministério da Agricultura, desde 1997, as análises de sementes, para o comércio nacional e internacional, são realizadas de acordo com as regras da ISTA. Para o MERCOSUL, também são adotadas as RAS da ISTA. A elaboração das RAS conta com o apoio de segmentos das iniciativas privada e oficial, principalmente os órgãos direcionados para a pesquisa, como as universidades e instituições de pesquisa. Fundada em 1970, a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), abrangendo apenas o território nacional, congrega indivíduos e organizações e tem contribuído para a publicação de trabalhos técnicos, a realização de congressos é indicado para padronização de procedimentos para análise, através de comitês técnicos (NOVEMBRE, 2001). Para o uso de fiscalização e comercialização, foram estabelecidos por lei, por entidade certificadora e por entidades que norteiam programas de produção de sementes, padrões mínimos de qualidade (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982). A qualidade de um lote de sementes abrange diversos atributos que determinam seu valor para a semeadura, de natureza genética, física, fisiológica e sanitária (POPINIGIS, 1985). 2.2. Avaliação da qualidade fisiológica das sementes A avaliação da qualidade fisiológica das sementes é fundamental importância para os segmentos que compõem um sistema de produção, pois o estudo dos efeitos de fatores que possam afetar a qualidade de sementes depende diretamente, da eficiência dos métodos que iram ser utilizados para determiná-la (MARCOS FILHO et al., 1987). Tradicionalmente esta avaliação é realizada pelo teste de germinação, porém este apresenta certas limitações, por superestimar o potencial fisiológico das sementes em seus resultados, pois este é conduzido sob condições ótimas. Perante a isto, foram desenvolvidos então, testes de vigor com finalidade de indicar informações que complementam às obtidas no teste de germinação e que permitem estimar o potencial de emergência de plântulas em condições de campo adversas.
  • 14. 5 Deste modo, o vigor e a viabilidade são fatores fundamentais na avaliação da qualidade das sementes. Os termos, germinação, obtida em laboratório, e a emergência das plântulas em campo, possuíam uma distante relação, o que levou então ao desenvolvimento do conceito de vigor. De acordo com a definição da ISTA em 1977 e AOSA em 1979, “Vigor de sementes compreende um conjunto de características que determinam o potencial para a emergência e o rápido desenvolvimento de plântulas normais, sob ampla diversidade de condições de ambiente” (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000). Então, a avaliação do vigor é feita com o objetivo de identificar possíveis diferenças significativas na qualidade fisiológica de lotes de sementes que apresentem então poder germinativo semelhante. A germinação é considerada um teste padronizado, com possibilidade de que os resultados se repitam desde que, sejam seguidas as instruções compreendidas nas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). É devido a isto que este teste não é realizado em condições de campo, pois os resultados dificilmente seriam reproduzidos. McDonald Júnior (1975) dividiu os testes de vigor em físicos, fisiológicos e bioquímicos. Os físicos estão relacionados com características envolvidas ao tamanho, peso e densidade das sementes; os fisiológicos utilizam parâmetros relacionados à germinação e ao desenvolvimento das plântulas e os bioquímicos a alterações bioquímicas e moleculares associadas com vigor de sementes. Na avaliação da qualidade das sementes é de fundamental importância que se tenha a obtenção de resultados em períodos curtos de tempo, para que haja maior rapidez nas tomadas de decisões, visando as operações de colheita, processamento e comercialização. Os testes que são realizados com menor período de tempo estão relacionados com os eventos iniciais da deterioração, conforme Delouche e Baskin (1973). 2.3. Germinação Germinação é a capacidade de uma semente produzir uma plântula que, pelas características de suas estruturas essenciais, demonstre aptidão para produzir planta normal sob condiçõesfavoráveis de campo. O processo de germinação inicia-
  • 15. 6 se, portanto, com o surgimento das atividades antes paralisadas por ocasião da maturação da semente, sendo para isto necessário serem sementes viáveis (CARVALHO; NAKAGAWA, 2000). Para que ocorra o processo de germinação, algumas condições ambientais favoráveis à espécie devem ocorrer, Carvalho e Nakagawa (1983), verificaram que há necessidade de umidade, temperatura e presença de oxigênio, adequados à semente. O teste de germinação vem sendo de grande valor para comércio desementes e para os serviços de fiscalização (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982). O poder germinativo de uma semente é estimado através do teste padrão de germinação, que é realizado em laboratório, sob as condições padronizadas, conforme Regras de Análises de Sementes (BRASIL, 1992). Os resultados obtidos no teste de germinação também são utilizados para comparar a qualidade fisiológica entre lotes de sementes. Porem ressalta-seque o teste de germinação é realizado sobre condições ambientais ótimas e pode apresentar um resultado muito desigual se essas condições não forem encontradas no solo (PESKE; BARROS, 2003). 2.4. Vigor O uso de sementes de alta qualidade favorece muito o desenvolvimento e, consequentemente, a produção da planta no campo. O vigor é, talvez, um dos atributos mais importantes de qualificação das sementes. Vários trabalhos mostram que o vigor cresce com a maturação das sementes, atingindo um máximo no ponto de maturidade fisiológica, ou seja, no ponto de máximo peso da matéria seca (COSTA, 1972; HARRINGTON, 1958; MONTOVANI, 1980; YOUNG, 1980). O período decorrido da antese (abertura da flor) até o ponto de maturidade fisiológica (máximo vigor) varia entre as sementes, de uma espécie para outra e, às vezes, de uma cultivar para outra. Chen et al. (1972) estudaram e comprovaram a influência do vigor das sementes no crescimento e desenvolvimento de abóbora, rabanete e nabo.
  • 16. 7 Sementes vigorosas deram origem a plantas superiores, em todos os aspectos, às provenientes de sementes de baixo vigor. A avaliação do potencial fisiológico de sementes é componente fundamental de programas de controle de qualidade de sementes, pois constitui referência para adoção de práticas de manejo destinadas à garantiade nível satisfatório de desempenho de sementes. O teste padrão de germinação, conduzido em laboratório, geralmente superestima o potencial fisiológico de lotes de sementes; é, portanto, cada vez maior a necessidade do aprimoramento dos testes destinados à avaliação do vigor de sementes, principalmente, no que diz respeito à obtenção de informações consistentes e, de preferência, em período relativamente curto (TORRES, 2002). Vigor é uma característica fisiológica determinada pelo genótipo e modificada pelo ambiente, que governa a capacidade de uma semente originar rapidamente uma plântula no solo e tolerar significativamente variações do ambiente. A influência do vigor da semente pode persistir toda a vida da planta e afetar a produção (TOLEDO; MARCOS FILHO, 1977). O vigor é hoje entendido como um atributo abrangente ou que compreende várias propriedades das sementes, entre as quais se cita boa velocidade de germinação, uniformidade de emergência e de desenvolvimentoda plântula, sendo mesmo capaz de refletir a capacidade da planta adulta produzir bem no campo. Evidentemente um teste de laboratório que seja hábil para dar uma indicação confiável de todas essas qualidades é muito difícil de ser elaborado (TOLEDO, 1999). Lotes de sementes da mesma espécie, com germinação semelhante podem apresentar diferenças marcantes na porcentagem de emergência em condições de campo. Os testes de vigor podem fornecer informações valiosas sobre as diferenças de qualidade entre os lotes (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982). Segundo Marcos Filho (1999), citado por Torres (2002), os objetivos básicos dos testes de vigor são: avaliar ou detectar diferenças significativas na qualidade de lotes com germinação semelhante, complementando as informações fornecidas pelo teste de germinação; distinguir, com segurança, lotes de alto dos de baixo vigor; separar (ou classificar) lotes em diferentes níveis de vigor, de maneira proporcional à emergência das plântulas em campo; resistência ao transporte e potencial de armazenamento.
  • 17. 8 Frequentemente observa-se que lotes de sementes apresentando germinação semelhante exibem comportamentos distintos em campo e/ou armazenamento. Marcos Filho (1999); Carvalho e Nakagawa(2000), citados por Miguel e tal. (2001) relataram que as condições ambientais exercem influência acentuada sobre a manifestação do potencial fisiológico das sementes e, portanto, se a semeadura for realizada em condições ambientais desfavoráveis, a emergência de plântulas normais pode ser inferior à determinada em laboratório. Por isso, o uso dos testes de vigor é de grande utilidade no monitoramento da qualidade de sementes, a partir da maturidade (DIAS; MARCOS FILHO, 1995). Considera-se que o vigor atinge o máximo no momento em que a semente completa sua maturação (POPINIGIS, 1977).Os testes de vigor visam determinar com maior precisão o grau de deterioração da semente (PAOLINELLI; FALLIERI, 1982). O termo deterioração implica numa alteração degenerativa e irreversível na qualidade de uma semente, depois que esta atingiu seu ponto de máxima qualidade ou “ponto de maturação fisiológica”. Nestas circunstâncias, a semente é capaz de desempenhar, com eficiência plena, todas as funções fisiológicas que lhe são inerentes. É o ponto de máximo peso de matéria seca, o de máxima germinação, máximo vigor e de menor deterioração da semente (DELOUCHE 1969, citado por PAOLINELLI e FALLIERI,1982). De acordo com Kolchinski et al.(2005), é fundamental o uso de sementes de alta qualidade na implantação das lavouras. Sementes com baixo vigor podem provocar reduções na velocidade e na emergência total, no tamanho inicial, na produção de matéria seca, na área foliar e nas taxas de crescimento das plantas (KHAH et al., 1989; SCHUCH, 1999; SCHUCH et al., 2000; MACHADO, 2002; HÖFS, 2003), podendo afetar o estabelecimento da cultura, o seu desempenho ao longo do ciclo e a produtividade final. Schuch et al. (1999) verificaram que a redução do nível do vigor das sementes aumentou o tempo médio necessário para a protusão das radículas, bem como reduziu o número médio de radículas emitidas por dia. A maior velocidade na emergência e produção de plântulas com maior tamanho pode proporcionar às plantas provenientes das sementes vigorosas uma vantagem inicial no aproveitamento de água, luz e nutrientes.
  • 18. 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS Esse experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA- UFES), campus de Alegre, no período de 20 de abril a 25 de maio de 2011. O município é localizado ao Sul do Espírito Santo na microrregião do Caparaó, a 181,7 Km da Capital (extensão rodoviária) com latitude de 20° 45′ 50″ S elongitude 41° 31′ 58″ W, altitude média de 254 metros e temperatura média de 23º C com mínima de 16,9° C e máxima de 29,0° C (IJSN, 2009). Foram utilizados quatro lotes de sementes de abóbora da variedade Maranhão (Cucurbita moschata), sendo dois tratados com fungicidas: o primeiro com Captan-75 a 0,15% e o segundo com Thiram 45% (5 mL kg-1), e dois lotes sem tratamento químico, sendo o primeiro constituído por sementes extraídas de fruto maduro destinado ao consumo “in natura”, em que foi realizada a secagem das sementes com ventilação mecânica (convecção) por 72 horas e o segundo lote, por sementes orgânicas obtidas no comércio. As sementes foram submetidas às seguintes análises: a)Teste de germinação (TG) – conduzido com quatro repetições de 25 sementes, distribuídas sobre papel germitest umedecido com água destilada na proporção de 2,5 vezes a massa do papel seco, acondicionadas em placas de Petri e mantidas em câmaras tipo BOD, sob temperatura alternada de 25-30°C e fotoperíodo de 8-16 horas (luz/escuro). As avaliações foram realizadas aos quatro e oito dias após a semeadura. O resultado de germinação foi expresso em porcentagem média de plântulas normais para cada tratamento, determinando-se a porcentagem de plântulas normais (BRASIL, 2009). b) Primeira contagem (PC) – realizada em conjunto com o teste de germinação, determinando-se a percentagem de plântulas normais verificadas na primeira contagem do teste de germinação realizada no quarto dia após a semeadura (BRASIL, 2009). c) Índice de velocidade de germinação (IVG) – A avaliação foi feita concomitante com o teste de germinação, onde foram realizadas avaliações diárias, à mesma hora, a partir do dia em ocorreu a protrusão da raiz primária, até o final do
  • 19. 10 experimento. Ao fim do teste, com os dados diários do número de sementes germinadas por repetição, calculou-se o índice de velocidade de germinação, conforme Maguire (1962): IVG = (G1/N1) + (G2/N2) + ... + (Gn/Nn); em que: G1, G2, Gn são os números de plantas normais observadas na primeira, na segunda e na última contagem. N1, N2, Nn são os números de dias desde a semeadura até a primeira, segunda e última contagem. d) Emergência (E) – foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes, semeadas em sulcos de 0,80 m de comprimento, espaçadas de 0,15 m e à profundidade de 0,02 m, feitos em canteiros contendo os diferentes substratos, em casa de vegetação. As contagens de emergência foram feitas após sete dias da semeadura e) Índice de velocidade de emergência (IVE) – realizado conjuntamente com o teste de emergência em casa de vegetação, a partir do dia em que a primeira plântula emergiu, foram realizadas contagens diárias de plântulas emersas do solo, até 25 dias. O índice de velocidade de emergência foi calculado utilizando a fórmula proposta por Maguire (1962). f) Comprimento do sistema radicular e da parte aérea (CR e CPA) – foi avaliado com o auxílio de uma régua graduada (mm), medindo-se da ponta da maior raiz ao coleto, e do coleto à ponta da haste, em todas as plântulas normais no sétimo dia após a semeadura conforme as Regras de Análise de Sementes (BRASIL, 2009). Os resultados foram expressos em cm. g) Diâmetro do coleto (DC) – foi avaliado após 25 dias da semeadura, tomadas as medidas rente ao solo, com o auxílio de um paquímetro. O resultado foi expresso em cm. h) Determinação da massa fresca (MF) – no Laboratório, as plantas normais de cada subamostra foram pesadas em balança com precisão de 0,0001g, dividindo-se pelo número de plantas da subamostra, obteve-se o peso médio de massas frescas em gramas por planta. A média das quatro subamostras correspondeu ao peso médio da massa fresca do tratamento.
  • 20. 11 i) Determinação da massa seca (MS) – após a obtenção das massas frescas, o material de cada subamostra foi acondicionado em saco de papel perfurado e mantido em estufa com circulação de ar forçado sob temperatura de 80 ºC por um período de 72 horas. Após esse período, o material seco foi pesado, por subamostra, em balança com precisão de 0,0001g, e o resultado obtido foi dividido pelo número de plantas de cada subamostra, obtendo-se o peso médio da massa seca por planta. A média aritmética obtida das quatro subamostras constituiu na massa seca em grama por planta no tratamento. Procedimentos Estatísticos – foi empregado o delineamento experimental inteiramente casualizado. Em casa de vegetação, foi utilizado o esquema fatorial 4x2 (quatro lotes de sementes x dois substratos). Todos os testes foram conduzidos com quatro repetições e para a comparação entre as médias foi utilizado o teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. Os dados porcentuais sofreram transformação em arco seno (% /100)0,5. Na execução da análise foi utilizado o programa estatístico SISVAR 4.2 (FERREIRA, 2003).
  • 21. 12 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com os resultados obtidos, os maiores valores de germinação, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento de raiz e comprimento da parte aérea foram obtidos nas sementes retiradas do fruto “in natura”, sem tratamento químico (T3), seguidas pelas médias obtidas nas sementes adquiridas no comércio, sem tratamento químico (T4) e pelas sementes oriundas do comércio, tratadas na origem com Thiram (T2), que só diferiam entre si no teste de vigor avaliado pelo índice de velocidade de germinação (IVG). Em sementes de centeio, da cultivar abruzzi sem tratamento foi observada percentagem de germinação superior em relação às sementes tratadas com Thiram (BALARDIN; LOCH, 1987). Foi observado por Costa et al.(2006) uma germinação média de 80% em sementes de abóbora híbrida, cultivar Jabras em ponto de maturidade fisiológica ideal segundo estudos do autor, secas em salas de secagem (32°C), equipadas com ventiladores, por 48h, sem uso de tratamentos químicos. Resultados mais contingentes ainda foram encontrados por Alvarenga et al. (1991) para sementes da variedade Melopepo, encontrando 86% para o teste citado em sementes que sofreram apenas a secagem, de maneira similar ao obtido no lote de sementes retiradas do fruto “in natura”, sem tratamento químico (T3). Casaroli (2005) encontrou em sementes de abóbora variedade Menina Brasileira maiores médias de percentagem de germinação nos lotes provenientes do sistema convencional não tratados, diferindo-se significativamente quanto aos lotes provenientes de sistemas agroecológico e convencional tratados com Captan e Thiram, que não apresentaram diferenças significativas entre si. Com esse teste, Barros et al. (2002) e Cardoso (2003) conseguiram separar lotes de sementes de abobrinha (Cucurbita pepo) e abobrinha cv. Piramoita, respectivamente. Porém, os autores observaram diferentes níveis de qualidade fisiológica nos lotes avaliados, podendo comprovar que o teste de germinação é um indicador excelente de qualidade fisiológica para sementes dessa espécie. Bhering et al. (2000) testaram sementes de pepino (Cucumis sativus L.) e concluíram que, apesar do teste de germinação ter se mostrado um bom indicativo da qualidade fisiológica de sementes, não garante que haja uma alta emergência em campo, de lotes com maior
  • 22. 13 germinação. Fato verificado no presente trabalho, onde todos os lotes exceto T3 no primeiro substrato obtiveram valores inferiores de emergência comparados aos obtidos pelo teste de germinação, nos dois substratos testados. À exceção do lote formado por sementes retiradas do fruto “in natura”, sem tratamento químico (T3), todos os demais lotes apresentaram valores de germinação relativamente baixos, considerando o nível de 80% de germinação como mínimo recomendado para sementes olerícolas, e apesar de este ser o padrão nacional aceitável para sementes em geral (BRASIL, 2008). Na avaliação do vigor pela primeira contagem de germinação verificou-se que as sementes comerciais tratadas com captan-75 (T1) apresentaram valores significativamente menores em relação aos demais tratamentos, sugerindo que as sementes tenham apresentado menor vigor. Bhering et al. (2000) sugeriram que este teste pode ser utilizado rotineiramente para obter informações preliminares sobre o potencial fisiológico de lotes de sementes de pepino e alface (FRANZIN, 2003). Considerando que esse teste é um avaliador indireto da velocidade de germinação, Nakagawa (1999) confirmou que muitas vezes, a primeira contagem, expressa melhor as diferenças de velocidade de germinação entre os lotes, que os índices de velocidade de germinação (IVG). E com relação a este teste, verificou-se que os lotes que não sofreram tratamento químico, apresentaram maior vigor ou potencial fisiológico, pois obtiveram maior índice de velocidade de germinação (IVG). Os testes de comprimento da raiz e comprimento da parte aérea (Tabela 1) evidenciaram como eficientes para estimar o potencial fisiológico dos lotes, por apresentarem comportamento similar ao observado nas demais variáveis de vigor, destacando-se o lote de sementes sem tratamento (T3) como mais vigoroso. Estes resultados discordam daqueles encontrados em sementes de aveia preta tratadas com fungicidas químicos que apresentaram desempenho fisiológico e sanitário superiores em relação às tratadas com biopropetor e a testemunha sem fungicida (HENNING et al., 2009).
  • 23. 14 TABELA 1. Percentagem média dos testes de germinação (TG), primeira contagem (PC), índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de raiz (CR) e comprimento de parte aérea (CPA), de quatro lotes de sementes de abóbora tratadas com fungicida. CCA-UFES, Alegre-ES, 2011. Tratamentos TG PC IVG CR CPA --------(%)-------- ------- mm ------- T1 62 c 23 b 3b 10,00 b 47,5 b T2 74 b 35 ab 3b 17,50 b 45,0 b T3 85 a 44 a 4a 60,00 a 62,5 a T4 75 b 34 ab 4b 20,00 b 45,0 b CV (%) 3,98 18,7 0 19,85 11,55 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. Os dados das análises de emergência conduzidas em sementeiras, em casa de vegetação encontram-se agrupadas na Tabela 2. Verifica-se na interação com o substrato areia+terra+esterco (S1) que os valores obtidos para emergência, índice de velocidade de germinação, massa fresca, massa seca e comprimento da parte aérea e diâmetro do colo foram significativamente maiores nas sementes retiradas do fruto sem tratamento químico (T3), seguida pelas sementes adquiridas no comércio, tratadas com Thiram (T2) e sementes adquiridas no comércio, sem tratamento com fungicida (T4), para os testes de emergência, comprimento da parte aérea e diâmetro do coleto, onde não houve diferença significativa entre os dois. Os menores valores foram obtidos no lote de sementes tratadas com Captan-75 (T1) Estes resultados sugerem que o teste de emergência pode ser utilizado com sucesso para avaliação da capacidade de estabelecimento e formação de estande dos lotes de sementes de abóbora em função de tratamento químico, já que este teste foi realizado aos sete DAS. Em estudos realizados com sementes de pepino, avaliando a emergência em solo aos 12 dias após a semeadura, Bhering et al. (2000) observaram diferenças entre os lotes para sementes de abobrinha, o teste de emergência realizado em areia avaliado aos 15 DAS, mostrou eficiência na estratificação dos lotes em função do potencial fisiológico, obtendo correlação significativa com os testes de
  • 24. 15 germinação e envelhecimento acelerado (BARROS et al., 2002). Resultados semelhantes foram encontrados por Cardoso (2003), para essa espécie, porém, as avaliações foram realizadas aos 19 DAS. Em sementes de cebola, a relação entre o vigor das sementes e o desempenho das plantas foi observado, apenas, na fase inicial do desenvolvimento da cultura (aos 28 DAS e 56 DAS), onde as avaliações ocorreram até 126 DAS. Isso ocorreu, acentuadamente, quando as diferenças dos potenciais fisiológicos foram mais visíveis, porém, não afetaram diretamente a produção de bulbos. Os lotes sem tratamento, similarmente apresentaram em campo maior índice de velocidade de emergência, sugerindo maiores chances de estabelecimento em campo por parte destes tipos de sementes. É importante ressaltar que lotes de sementes com maior potencial fisiológico, principalmente pelo maior índice de velocidade de emergência, são importantes para a obtenção de plântulas que permaneçam um menor tempo submetidas a condições adversas, como a presença de fungos que promovem tombamento e, também, pela obtenção de mudas mais precoces e uniformes (CASAROLI, 2005). Esse teste também teve sensibilidade para sementes de abobrinha, pois detectou o lote de maior e os de menor potencial fisiológico (CARDOSO, 2003). Não houve diferença significativa entre as médias para os tipos de sementes nos testes de emergência e índice de velocidade de emergência (Tabela 2) em interação com o substrato areia (S2). Entretanto, considerando a massa fresca, massa seca e comprimento da parte aérea, as sementes do lote tratadas com Captan-75 (T1) evidenciaram menores valores para estas variáveis em relação aos demais lotes (T2, T3 e T4), que apresentaram as melhores médias para o teste de massa fresca não diferindo entre si; maior valor de massa seca foi observada nas sementes do lote tratado com Captan-75 (T2), e para as variáveis comprimento da parte aérea (CPA) e diâmetro do coleto (DC), maiores valores foram observados nas sementes dos lotes sem tratamento com fungicida (T3 e T4), que apresentaram comportamento similar entre si. Estes resultados corroboram aqueles obtidos por Casaroli (2005) que avaliando lotes de sementes de abóbora variedade Menina Brasileira de origem agroecológica e comerciais sem tratamento, comparadas a lotes tratados com fungicidas, observou maiores valores de massa fresca e seca nas plântulas oriundas de sementes dos lotes sem tratamento. O autor considerou que os testes de massa
  • 25. 16 fresca e seca aos 21 dias após a semeadura (DAS), em sistema hidropônico, demonstraram que os testes de fitomassa seca do caule, do caule e raiz e de folhas, foram eficientes para detectar diferenças significativas no potencial fisiológico entre os lotes de origem convencional não tratados, agroecológicos e convencional tratados, classificando-os em maior, menor e intermediário vigor respectivamente. Porém, Franzin (2003) obteve resultados que não diferiram significativamente quanto ao potencial fisiológico de lotes de sementes de alface, para os testes de comprimento e fitomassa seca de plântulas, similar aos resultados obtidos por Torres et al. (1999) em lotes de sementes de pepino e Bias et al. (1999) em teste com feijão vigna, avaliando a fitomassa seca de plântulas. Os efeitos do vigor das sementes sobre a taxa e a uniformidade de emergência, a emergência total, e o estabelecimento de estandes são bem documentados (SCHUCH; LIN, 1982; SCHUCH, 1999). Esses fatores podem influenciar a acumulação de fitomassa seca e, assim, afetar o rendimento. Schuch et al. (2000) observaram que diferenças no vigor das sementes e na população de plantas de aveia preta (Avena strigosa Schereb) provocaram variações na produção de fitomassa seca durante o período vegetativo da cultura. Segundo Casaroli (2005) os níveis extremos de vigor de sementes e de população de plantas produziram diferenças de 410 kg ha-1 e 480 kg ha-1 de fitomassa seca, respectivamente, aos 75 dias após a emergência, sendo essas diferenças devidas a efeitos sobre a taxa de crescimento da cultura. Ocorreu efeito compensatório da população de plantas sobre a produção de fitomassa seca, de modo que o efeito do menor vigor das sementes pôde ser compensado pelo aumento da população de plantas; quanto mais baixo o nível de vigor das sementes, maior a necessidade do aumento da população de plantas. Sementes com maior vigor compensaram os efeitos das menores populações de plantas.
  • 26. 17 TABELA 2. Percentagem média de emergência (E), índice de velocidade de emergência (IVE), massa fresca (MF), massa seca (MS), comprimento da parte aérea (CPA) e diâmetro do colo (DC), de quatro lotes de sementes de abóbora tratadas com fungicida, em diferentes substratos. CCA- UFES, Alegre-ES, 2011. Interações E IVE MF MS CPA DC (%) -------(g)------- -------- mm -------- T1 40 c 2,50 c 31,50 c 2,00 c 140,0 c 3,44 b T2 62 b 3,25 bc 67,75 b 3,00 bc 187,5 b 3,80 ab S1 T3 87 a 4,75 a 92,75 a 4,00 a 242,5 a 4,00 a T4 69 b 3,75 ab 76,00 a 3,75 ab 200,0 b 3,88 ab T1 65 ns 4,00 ns 22,00 b 1,00 b 120,0 b 2,45 b T2 71 ns 3,75 ns 35,50 a 2,25 a 142,5 ab 2,90 ab S2 T3 69 ns 4,00 ns 36,50 a 2,00 ab 155,0 a 3,30 a T4 69 ns 4,00 ns 35,50 a 2,00 ab 157,50 a 3,18 a CV (%) 8,83 16,2 10,52 21,5 7,94 7,17 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna entre os substratos, não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. Os testes realizados em ambiente parcialmente controlado (casa de vegetação) apresentaram resultados similares aos observados nos testes realizados ao laboratório, sugerindo um bom sistema de avaliação do material quanto aos resultados que se espera obter em condições adversas, devido às características fisiológicas observadas nos lotes de sementes em condições favoráveis ao desenvolvimento, simuladas em laboratório. Observa-se que os lotes sem tratamento com fungicidas, principalmente o lote composto pelas sementes retiradas do fruto sem tratamento químico (T3), apresentaram melhores resultados quanto ao estabelecimento das plântulas, com maior numero de plântulas germinadas em menor tempo com boa uniformidade no desenvolvimento inicial. Os dois lotes de sementes sem tratamento com fungicida apresentaram comportamento similar e com maior potencial fisiológico no substrato areia+terra+esterco (S1), ou seja, apresentaram maior resposta à adubação, inclusive com uma maior percentagem de germinação do lote de sementes extraídas
  • 27. 18 dos frutos e não tratadas (T3) comparado a germinação em laboratório. Araújo et al. (1982) obteve resultados similares quanto à germinação com sementes de abóbora variedade Menina brasileira, com valores de 60,5% em laboratório e 82% em casa de vegetação. Levando em consideração o vigor das sementes, o lote de sementes extraídas dos frutos e não tratadas (T3) foi o que definitivamente apresentou melhores resultados, o que pode estar associado ao fato de ser o lote mais novo entre os três, tendo sido extraído do fruto à apenas três semanas antes da implantação do experimento, e os demais lotes já estavam armazenados por quatro meses, sendo o tempo de armazenagem fator importante na manutenção da qualidade fisiológica de sementes. De um modo geral, verifica-se que à medida que se aumenta o período de armazenamento, o vigor e a germinação das sementes diminuiu devido ao avanço da deterioração, que influência diretamenteno desempenho das sementes, refletindo em seu potencial de armazenagem (POPINIGIS, 1985). Ainda, outros fatores a respeito das deficiências existentes quanto aos aspectos práticos de armazenamento são citados por Andreoli (1981) como: a) qualidade de semente influi muito na sua longevidade durante o armazenamento; b) o equilíbrio de sementes de várias espécies com a umidade relativa do ar; c) vigor da semente armazenada decresce mais rapidamente do que a sua percentagem de germinação; d) a relação entre a temperatura e o teor de umidade; e) a embalagem impermeável de sementes, com baixo teor de umidade, é muito eficaz na conservação de viabilidade da semente armazenada. Foi observado um baixo índice de desenvolvimento radicular e de germinação, principalmente nos lotes tratados com fungicidas, necessitando assim novos testes para maior compreensão do fato, mas Balardin e Loch (1987) citam sobre um efeito inibidor a germinação e ao crescimento da radícula em testes com sementes de aveia tratadas com Thiram. Observou-se durante o experimento também maior ocorrência de plântulas mal formadas (plântulas anormais) nos lotes sem tratamentos químicos, porém esses obtiveram maior percentagem de germinação, esse fator foi verificado durante os testes em laboratório e em campo, porém em baixas porcentagens para todos os quatro tipos de sementes.
  • 28. 19 Apesar da ocorrência de plantas anormais, não foram constatadas presença de microrganismos causadores de danos às plântulas, mesmos nos lotes sem tratamento com fungicidas, sendo o objetivo do uso de produtos químicos o controle de microrganismos associados às sementes, a proteção das mesmas e das plântulas, contra a ação de microrganismos do solo, contribuindo para a redução da transmissão de patógenos para a parte aérea das plantas (LUZ, 2003). A má formação de plantas pode se dar pela desuniformidade do tamanho das sementes, gerando plântulas maiores ou menores, de acordo com a quantidade de tecido de reserva (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). O presente trabalho demonstrou que os lotes de sementes com maiores percentuais de germinação e vigor originaram plântulas mais vigorosas, principalmente, promovendo assim um estabelecimento rápido do estande, o que diminui a ocorrência de condições que favorecem o ataque de patógenos.
  • 29. 20 5. CONCLUSÃO O lote de sementes sem tratamento químico que foram extraídas do fruto destinado ao consumo “in natura” (T3) apresentou maior potencial fisiológico comparado aos lotes comerciais avaliados. Os lotes sem tratamentos com os fungicidas Captan-75 e Thiram apresentaram plântulas com maior capacidade de estabelecimento em campo e maior resposta ao substrato com esterco bovino e de relativamente menor facilidade de emergência comparado a um substrato com menor impedimento a emergência como a areia.
  • 30. 21 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDREOLI, C. Pesquisa em sementes olerícolas no Brasil. Revista Brasileira de Sementes, vol. 03, nº3, p.10-18, 1981. BALARDIN, R.S.; LOCH, L.C. Efeito de thiram sobre a germinação de sementes de centeio e aveia. Revista Brasileira de Sementes, v.9, n.1, p.113-117, 1987. BARROS, D.I.; NUNES, H.V.; DIAS, D.C.F.S.; BHERING, M. C. Comparação entre testes de vigor para avaliação da qualidade fisiológica de sementes de tomate. Revista Brasileira de Sementes,24:12-16, 2002. BARROS, D.I., DIAS, D.C.F.S., BHERING, M.C., DIAS, L.A. S. & PUIATTI, M. Avaliação do vigor de sementes de abobrinha(Cucurbita pepo) pelo teste de tetrazólio. Horticultura Brasileira, 20p. 2002. Suplemento 2. (CD-ROM). BARROS, D.I.,Tecnologia de sementes de mangaba (HancorniaspeciosaGomes). Areia: UFPB. 89p. 2002. (Tese mestrado) BHERING, M. C. et al. Métodos para avaliação do vigor de sementes de pepino. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.22, n.2, p.171-175, 2000. BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para Análise de Sementes. Brasília:SNAD/DNDV/CLAV. 1992. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sistemas em produção. Brasília, 2008. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis- consulta/servlet/VizualizarAnexo?id=10828>. Acesso dia: 10/06/2011. CASAROLI, D.; GARCIA, D.C.; MUNIZ, M.F.B; MENEZES, N.L. Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de abóbora variedade Menina Brasileira. Fitopatologia Brasileira.31:158-163. 2006. CASAROLI, D.; MUNIZ, M.F.B.; DUTRA, D.; SILVA, M.A.S. da; GARCIA, D. C. Avaliação da qualidade de sementes de abóbora variedade Menina Brasileira, produzidas pelo sistema agroecológico. Anais, I. Congresso Brasileiro de Agroecologia, IV. Seminário Internacional sobre Agroecologia e V. Seminário Estadual sobre Agroecologia. Porto Alegre RS. 2003. (CD-ROM) CASAROLI, D., Avaliação da qualidade fisiológica e sanitária de sementes de abóbora variedade Menina Brasileira. Santa Maria: UFSM. 106p. 2005. (Tese mestrado) CARVALHO, N. M. de; NACAGAWA, J. Semente: Ciência, Tecnologia e Produção. 2. ed. (português). Campinas: Fundação Cargill, 429 p. 1983. CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4 ed. Jaboticabal: Funep, 588p. 2000.
  • 31. 22 CHEN, C.C.; ANDREWS, C.H.; BASKIN, C.C.; DELOUCHE, J.C. Influence of quality of seed on growth, development and productivity of some horticultural crops.Proc. Int. Seed Tests Ass. 1972. COSTA, J.F.A.; BEMIS, W.P. After-ripening effect on seed.Turrialba,1972. COSTA C.J.; CARMONA R.; NASCIMENTO W. M. Idade e tempo de armazenamento de frutos e qualidade fisiológica desementes de abóbora híbrida. RevistaBrasileira de Sementes,v.28, nº1, p.127-132, 2006. DELOUCHE, J.C.; BASKIN, N.C. Accelerated aging techniques for predicting the relative storability of seed lots.Seed Science and Technology, Zurich, v.1, nº1, p.427-452, 1973. DIAS, D. C. F. S.; MARCOS FILHO, J. Testes de vigor baseados na permeabilidade das membranas celulares: ll. Lixiviação de potássio. Informativo ABRATES. Curitiba, v.5, n.1, p.37-41, 1995. FERREIRA, D.F. Sisvar: versão 4.2. Lavras: UFLA, 2003. FRANZIN, S. M. Qualidade fisiológica de sementes de alface – Métodos paradeterminação e relação com a formação de mudas. 61p. 2003. Dissertação(Mestrado em Agronomia) – Programa de Pós-graduação em Agronomia,Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. HARRINGTON, J.F. Effectoffruitmaturityandharvestingmethodsongerminationofmuskmelonseed. Proc. Amer. Soc. Hort. Sci., 73:422-430, 1958. HARRINGTON, J.F. Seed storage and longevity: In: KOZLOWISKI, T. T. Seed biology. New York: Academic Press, v.3, p.145-245, 1972. HENNING, F. A.; MERTZ, L. M.; ZIMMER, P. D.; TEPLIZKY, M. D. F. Qualidade fisiológica, sanitária e análise de isoenzimas de sementes de aveia-preta tratadas com diferentes fungicidas.Revista Brasileira de Sementes, v. 31, n. 3, p.063-069, 2009. KOLCHINSKI, E. M.; SCHUCH, L. O. B.; PESKE, S. T. Vigor de sementes e competição intra-específica em soja. Ciência Rural, v.35, n.6, p.1248-1256, 2005. KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. Vigor de Sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, Comitê de Vigor de Sementes,Cap 1. p.1- 21.1999. LOPES, M.A. A agricultura e o desafio da sustentabilidade. 2007. Disponível em:<http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/sustentabilidade/index.htm>. Acessodia: 23/05/2011. McDONALD JUNIOR, M.B. A review and evalution of seed vigor tests.Proceedings Association Official Seed Analysts, Lasing, v.65, p.109-139, 1975.
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