O manual surgiu da necessidade dos técnicos do Setor de Operações de Emergência em acessar rapidamente um única fonte bibliográfica, onde as principais informações sobre substâncias químicas necessárias ao atendimento emergencial estivessem disponíveis. Além das informações usuais de uma ficha de segurança de produto químico, estão também disponíveis: informações ecotoxicológicas, métodos de coleta, neutralização e disposição final, potencial de concentração na cadeia alimentar, demanda bioquímica de oxigênio, entre outras.
1. SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP
MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM
PRODUTOS PERIGOSOS
Autores:
TEN CEL BM LUIZ EMMANOEL PALENCIA BARBOSA QOC/83
MAJ BM JOSELITO PROTÁSSIO DA FONSECA QOC/88
MAJ BM ALEXANDRE DENIZ PEREIRA QOC/87
MAJ BM ANDRE LUIZ TEIXERA MORGADO QOC/91
MAJ BM CARLOS ALBERTO SIMAS JUNIOR QOC/92
TEN BM LUCIO MENEZES DA CONCEIÇAO JUNIOR QOC/96
TEN BM FABIO ANDRADE DOS SANTOS QOC/97
CBOPP 1
2. SUMARIO
INTRODUÇÃO 04
PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS 05
• Definições 05
• desastres tecnológicos 06
• organograma e sistemas de trabalho 07
• seqüência operacional 09
• identificação 11
• zoneamento de área de trabalho 12
• isolamento 13
• descontaminação 13
• fluxograma operacional para acidentes envolvendo produtos perigosos 18
IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO 20
• painel de segurança: 20
• rótulos de risco: 23
• sistema de identificação de produtos perigosos para instalções fixas – diamante de
homel 27
• documentos de porte obrigatório para o transporte rodoviário 30
• certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do
veículo e do equipamento 30
• ficha de emergência 32
• envelope para o transporte 33
• documento fiscal 34
• guia de tráfego – ministério do exército 34
• autorização para o transporte de produto radioativo 35
• colocação de painéis de segurança e rótulos de risco para os transportes rodoviários 36
METEROROLOGIA 38
• definição 38
• introdução 38
• definição de meteorologia 38
• temperatura 38
• método de medida 38
• uso dos termômetros 39
• gradiente térmico vertical 39
• efeito do terreno 40
• ventos 41
RADIOATIVIDADE 45
• equilíbrio de forças no núcleo 45
• natureza das emissões 46
• decaimento radioativo 48
• proteção radiológica 48
• prevenção contra a radiação externa 49
• exposição de emergência 49
CBOPP 2
3. • unidades radiológicas 53
• riscos da contaminação interna 54
EXPLOSIVOS 55
• Definição: 55
• Propriedades dos explosivos 55
• Principais explosivos encontrados 56
• Cuidados especiais 57
TOXICOLOGIA 60
• Introdução 60
• Rota de exposições 60
• Fatores que influenciam a toxicologia 60
• Efeitos fisiologicos no organismo humano 63
• Princípios gerais 64
• Abordagem das vítimas 66
• Exame inicial 66
• Equipamento de transporte 69
• Seleção do metodo apropriado para transporte 69
• Procedimentos emergenciais básicos em vítimas contaminadas por substancias químicas 70
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 72
• capacete de segurança 72
• protetores auriculares 73
• protetores faciais 74
• óculos de segurança 74
• luvas de proteção química 74
• equipamentos de proteção respiratória 77
• roupas de proteção química 81
• classificação 81
• níveis de segurança 82
• resistência física 84
• botas de proteção química 84
EQUIPAMENTOS OPERACIONAIS 86
• equipamentos de absorção 86
• equipamentos de vedação 89
• equipamentos de contenção 91
• equipamentos para transbordo 93
• ferramentas especiais antifaiscantes 94
• equipamentos de detecção 94
BIBLIOGRAFIAS 96
CBOPP 3
4. SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS PERIGOSOS – GOPP
MANUAL BÁSICO DE OPERAÇÕES COM PRODUTOS
PERIGOSOS
INTRODUÇÃO:
O desenvolvimento da sociedade humana levou ao aumento considerável da produção de
bens e alimentos que necessitam de substâncias químicas para a sua produção. Estas substâncias,
muitas vezes perigosas, são produzidas, transportadas e manipuladas cada vez em maior volume,
acarretando acidentes que envolvem não apenas quem trabalha com elas, mas oferecendo perigo a
sociedade e ao meio ambiente, podendo ser fatal a todos que forem atingidos, inclusive as equipes
que vão atuar na emergência.
A preocupação com as conseqüências de um acidente envolvendo produtos perigosos e a
constatação de que seria necessário um amplo esforço para garantir a capacitação técnica e obter os
equipamentos necessários para enfrentar este problema, levou um grupo de Oficiais do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - CBMERJ a formar no ano de 1998 o Grupo de
Trabalho com Produtos Perigosos – GTPP.
Durante todo este período Grupo vem trabalhando na busca constante do conhecimento e
também na formação de Oficias e Praças do CBMERJ e de outras instituições, inclusive de outros
estados, visando a capacitação técnica e operacional para enfrentar os assim chamados
ACIDENTES TECNOLÓGICOS.
O Grupo atendeu a diversas emergências envolvendo produtos perigosos em Universidades,
escolas, hospitais, residências, depósitos e principalmente em fábricas e rodovias, transformando
sua denominação para Grupo de Operações com Produtos Perigosos, resultando em onze de
novembro de 2003 na criação do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos – GOPP.
Os Cursos de especialização nesta área obedecem aos padrões da Environmental Protection
Agency – EPA (Agência de Proteção Ambiental – USA) e os procedimentos aplicados estão de
acordo com o preconizado pela National Fire Protection Association – NFPA (Associação Nacional
de Proteção contra o Fogo – USA).
Este Manual é fruto deste trabalho e visa capacitar os alunos do curso específico para as operações
com produtos perigosos a nível técnico. É parte integrante do Curso e sozinho não pode ser
considerado como instrumento habilitador para capacitar seus leitores como técnicos no assunto,
mas pode servir como elemento de consulta, sendo as informações aqui contidas obtidas de
literaturas específicas e da experiência profissional de seus autores.
CBOPP 4
5. PADRÃO DE ATENDIMENTO A PRODUTOS PERIGOSOS
DEFINIÇÕES:
• PRODUTO PERIGOSO: É toda substância de natureza química, radioativa ou biológica
que pode estar nos estados: sólido, líquido ou gasoso e pode afetar de forma nociva, direta
ou indiretamente, o patrimônio, os seres vivos ou o meio ambiente.
• CARGA PERIGOSA: É toda carga mal acondicionada para transporte, oferecendo risco de
acidente. Considera-se também quando o Produto Perigoso não é transportado dentro das
condições legais de segurança.
• ACIDENTE AMBIENTAL: Evento inesperado e indesejado que afeta direta ou
indiretamente, a saúde e a segurança da população ou de outros seres vivos causando
impactos agudos ao meio ambiente.
• ACIDENTE TECNOLÓGICO: Evento inesperado e indesejável que envolve tecnologia
desenvolvida pelo homem e tem a capacidade de afetar, direta ou indiretamente a saúde e a
segurança dos trabalhadores, da população, ou causar impactos agudos ao meio ambiente.
• CONTAMINANTE: Qualquer substância perigosa que esteja presente no meio ambiente ou
em pessoas e/ou outros seres vivos e apresente riscos a saúde ou degradação do meio
ambiente.
• EQUIPE DE INTERVENÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados, com a
finalidade de entrar na área quente, a fim de conter o acidente ambiental, realizar
salvamentos e minimizar os riscos potenciais.
• EQUIPE DE DESCONTAMINAÇÃO: Grupo de profissionais treinados e especializados,
com a finalidade de realizar descontaminação das equipes e materiais contaminados por
substâncias perigosas oriundas da área quente.
• EQUIPE DE SUPORTE: Grupo de profissionais treinados e especializados em diversas
áreas (comunicações, logísticas, proteção respiratória, pessoal, emergências médicas e
toxicologia, análises laboratoriais, meteorologia e operações de Defesa Civil) a fim de dar o
apoio necessário para as operações de intervenção e descontaminação.
CBOPP 5
6. DESASTRES TECNOLOGICOS
Hoje a população sofre com grandes Problemas associados; crescimento demográfico e
assentamentos humanos próximos a complexos industriais, Problemas esses que associados com o
desenvolvimento tecnológico resultam em impactos ambientais.
Existe também hoje, a imprevisibilidade dos desastres naturais decorrentes das alterações
climáticas.
Existe o incremento das modalidades e quantidades de desastres tecnológicos associado com
o aumento do potencial de risco humano/produção
Existem dificuldades de gestão operacional nas emergências tecnológicas e uma tendência
cada vez maior de ocorrerem acidentes ampliados que, combinados com a falta de treinamento e
consolidação prática dos Planos de Emergência, poderão trazer conseqüências ainda maiores e
indesejáveis.
a densidade populacional hoje vem aumentando de forma descontrolada causando assim os
assentamentos em áreas de risco, expansão desordenada, desastres sociais e surgimento de
megacidades, tudo isso devido ao fato das pessoas desejarem estar próximas de uma área mais
desenvolvida, tornando mais fácil a sua busca por trabalho ou o deslocamento até o mesmo.
Um desastre é dito como propenso a ocorrer quando um extremo evento coincide com uma
situação vulnerável, sobrepujando a habilidade da sociedade para controlá-lo ou sobreviver às suas
conseqüências.
Os desastres podem ser súbitos ou lentos quanto a sua origem. Desastres de origem rápida
como enchentes, incêndios e terremotos podem destruir a infraestrutura de um país, ou ainda seu
comércio, indústria e/ou habitações deixando populações desabrigadas e causando uma ruptura na
base de produção deste país.
Grandes desastres não somente danificam o total de bens capitais, mas servem também de
um limiar, os quais originam efeitos de longa duração sobre a economia.
Desastres Tecnológicos Significativos:
• 1966 – Explosão em refinaria – propano e butano – 21 mortos – França
• 1970 – Explosão – GLP – 92 mortos – Japão
• 1972 – Explosão de coqueria – propano – 21 mortos – EUA
• 1972 – Explosão em refinaria – propano e butano – 38 mortos – Brasil
• 1973 – Incêndio em tanque - GLP – 40 mortos – EUA
• 1978 – Explosão – butano – 100 – México
• 1978 – Explosão de gasoduto – gás natural – 100 – México
• 1981 – Explosão – hidrocarbonos – 145 mortos – Venezuela
• 1984 – Explosão em oleoduto – petróleo – 508 mortos – Brasil
• 1984 – Explosão em plataforma de petróleo – 40 – Brasil
• 1984 – Explosão de reservatório – GLP – 550 - México
• 1984 – Vazamento – metal-isocianato – 2500 mortos - índia
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7. ORGANOGRAMA E SISTEMAS DE TRABALHO
Em qualquer operação envolvendo produtos perigosos deve-se trabalhar com uma equipe
especializada neste tipo de atendimento que exige de seus integrantes um treinamento voltado a essa
atividade. Toda equipe deve tentar obedecer o melhor possível as funções abaixo representadas no
organograma abaixo.
AGENTE DE
SEGURANÇA
EQUIPE DE
DESCONTAMINAÇÃO
EQUIPE DE SUPORTEEQUIPE DE
INTERVENÇÃO
CHEFE DE
INTERVENÇÃO
AUXILIARES DE
INTERVENÇÃO
CHEFE DE
DESCONTAMINAÇÃO
AUXILIARES DE
DESCONTAMINAÇÃO
AJUDANTES DE
DESCONTAMINAÇÃO
CHEFE DE SUPORTE
AUX. DE
COMUNICAÇÕES
AUX. DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA
AUX. DE OPERAÇÕES
DE DEFESA CIVIL
AUX. DE ANÁLISES
LABORATORIAIS
AUX. DE EMERG.
MÉDICAS
AUX. DE
METEOROLOGIA
AUX. DE LOGÍSTICA
COORDENADOR
CBOPP 7
*** GUIA GRATUITO ***
NÃO PODE SER VENDIDO!
http://comprovadores.blogspot.com
8. a) COORDENADOR: Responsável pelas ordens e decisões no local da ocorrência,
coordenando as ações das equipes de emergência (intervenção / descontaminação / suporte). As
decisões deverão ser apoiadas nas informações geradas pelo AGENTE DE SEGURANÇA, pois
este detém toda a cronologia e informação de suporte no local. O Coordenador deverá ser sempre
que possível, qualificado ou especializado na área de produtos perigosos ou gerência de desastres,
podendo, porém, se ter nesta função, a autoridade local em defesa civil, já que esta é, legalmente, a
autoridade competente para a atuação a nível municipal. Será o responsável pelas informações
transmitidas para os órgãos de imprensa.
b) AGENTE DE SEGURANÇA: Deverá ser, impreterivelmente, um profissional
treinado e especializado de maior grau hierárquico no local de emergência, a fim de gerenciar todas
as informações, procedimentos e necessidades das equipes envolvidas. Deverá deter todas as
informações transmitidas pelos chefes de equipes, a fim de gerar subsídios para o Plano de
Segurança de Área (PSA). Terá livre acesso entre as Zonas Quente, Morna e Fria, devendo para isso
estar devidamente equipado.
c) CHEFE DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá chefiar a
intervenção, ou seja, os procedimentos na Zona Quente.
d) AUXILIAR DE INTERVENÇÃO: Profissional treinado e especializado, que ira
auxiliar ao chefe da intervenção em seus procedimentos.
e) CHEFE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado e especializado, que irá
determinar: PROCESSO / MATERIAL E CONCENTRAÇÃO DOS MATERIAIS
NEUTRALIZANTES / TÉCNICA EMPREGADA. Este profissional irá também determinar o local
a ser estabelecido o CORREDOR DE DESCONTAMINAÇÃO, além de possíveis mudanças por
agentes externos, como o vento ou variações de risco. Deverá acompanhar todo o processo de
descontaminação primária e secundária, ou seja, aquela realizada no próprio local da ocorrência,
assim como a incumbência de levar todo o material contaminado para empresa ou local a ser
descontaminado e posteriormente devolvido a sua respectiva origem, ou destinar os materiais
contaminados a um descarte adequado. Será responsável pela devolução dos materiais totalmente
descontaminados a seus respectivos proprietários ou detentores da carga.
f) AUXILIAR DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional treinado que executará os
procedimentos determinados pelo Chefe de Descontaminação.
h) AJUDANTE DE DESCONTAMINAÇÃO: Profissional encarregado de exercer a
ligação das equipes descontaminadas e a Zona Fria. Serão responsáveis pelo auxílio na retiradas de
botas, luvas, equipamentos de proteção respiratória e roupas de proteção. Serão responsáveis ainda,
pela LAVAGEM DE CAMPO, nos casos necessários e determinados pelo Chefe da
Descontaminação.
i) CHEFE DE SUPORTE: Profissional treinado e especializado, que irá colher e
gerenciar as informações, de forma generalizada, a fim de subsidiar ao AGENTE DE
SEGURANÇA.
j) AUXILIAR DE METEOROLOGIA: Responsável pelas informações meteorológicas
como: direção e velocidade do vento, umidade do ar, possibilidade de chuvas, mapa de nuvens
(fotos de satélites) e etc. Deverá passar informações de 20 em 20 min para o Chefe de Suporte.
k) AUXILIAR DE COMUNICAÇÕES: Responsável pelas comunicações (via rádio ou
telefonia móvel / celular) no local de emergência, transmissão e receptação de ordens, informações
e necessidades com os órgãos e autoridades envolvidas.
l) AUXILIAR DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Responsável pelo controle dos
equipamentos de proteção respiratória, como cilindros, máscaras, filtros e etc. Deverá atentar para o
tempo de duração dos cilindros utilizados, realizar todos os testes de segurança antes da utilização
pelas equipes, providenciar a substituição e/ou recarga dos cilindros, além de todas as ações
pertinentes ao uso de proteção respiratória.
CBOPP 8
9. m) AUXILIAR DE OPERAÇÕES DE DEFESA CIVIL: Responsável pelas operações
de defesa civil no local de emergência, ou seja, contatos com empresas e órgãos em sua área, a fim
de, obtenção de recursos necessários a operação. Deverá ser esta função desempenhada, se possível,
pelo chefe da subseção de defesa civil da OBM da área.
n) AUXILIAR DE ANÁLISES LABORATORIAIS: Responsável pelo acolhimento da
amostra do material e posterior análise em laboratórios de órgãos ou empresas especializadas, a fim
de possibilitar a identificação do material ou produto, através de ensaios laboratoriais.
o) AUXILIAR DE EMERGÊNCIAS MÉDICAS E TOXICOLÓGICAS: Profissional da
área médica responsável pelo atendimento no local de emergência. Será responsável pela aplicação
dos “Kits Hazmat” específicos para os produtos envolvidos na ocorrência. Sua presença será
obrigatória em casos de hemotóxicos, organofosforados e outros de risco iminente.
p) AUXILIAR DE LOGÍSTICA: Responsável pelo controle de todo o pessoal
envolvido e suas respectivas funções, além de todo o material empregado nas operações, com
exceção dos equipamentos de proteção respiratória. Deverá preencher relatório padrão e remeter ao
Chefe de Suporte ao final das operações, ou quando lhe solicitado. Deverá também providenciar e
controlar o fornecimento das etapas de alimentação e líquidos para a manutenção das atividades no
local de trabalho.
SEQÜÊNCIA OPERACIONAL
A seqüência operacional padrão em uma ocorrência envolvendo Produtos Perigosos será a
seguinte:
• identificação
• isolamento
• salvamento
• contenção
• descontaminação
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10. QUADRO DE DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÕES LEGAIS
ÓRGÃOS
ATIVIDADES
CorpodeBombeirosMilitar
PolíciaMilitar
PolíciaRodoviária
GuardaMunicipal–Trânsito
ÓrgãoAmbiental
ABIQUIM
CNEN
AterroSanitário-Prefeitura
Transportador
IDENTIFICAÇÃO
SIM
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
SIM
ISOLAMENTO
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SALVAMENTO
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
CONTENÇÃO
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
SIM
SIM
SIM
DESCONTAMINAÇÃO
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
SIM
NÃO
SIM
Como pudemos observar no quadro anterior, os Corpos de Bombeiros Militares, são os
únicos Órgãos responsáveis por todas as fases de atendimento, no que se refere a Produtos
Perigosos, sendo ainda o único responsável diretamente pelas ações de Salvamento e Resgate de
vítimas contaminadas ou decorrentes do acidente.
CBOPP 10
11. IDENTIFICAÇÃO
Painel de Segurança: Placa retangular de cor laranja com duas numerações na cor preta,
conforme abaixo.
NÚMERO DE RISCO
Nº DA ONU
Rótulo de Risco: Símbolo em forma de placa losangular, representando as diversas classes
de risco.
LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
Diamante de homel: Áreas Industriais
Maiores esclarecimentos serão prestados no item IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO
PERIGOSO (pag.20)
AZUL VERMELHO
AMARELO
BRANCO
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12. ZONEAMENTO DE ÁREA DE TRABALHO
Após a avaliação dos itens supracitados, o socorrista irá definir suas Zonas de
Trabalho da seguinte forma:
• Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente. Neste
local o risco é iminente, devendo ser isolado, tendo somente o acesso as Equipes de
Intervenção.
• Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligação entre as
Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminação, tendo o
acesso somente as Equipes de Descontaminação.
• Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo ou
inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de Suporte, além dos Órgãos de
Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Nesta será também montado o
Posto de Comando, devendo estar a presença do Coordenador.
Este zoneamento deverá seguir os seguintes fatores e parâmetros:
• Direção e velocidade dos ventos.
• Topografia do local.
• Lençol freático e recursos hídricos da região.
• População local.
• Características do Material.
• Previsões e condições meteorológicas.
• Tempo previsto de trabalho.
CORREDOR DE
DESCONTAMINAÇÃO
ZONA QUENTE
ZONA MORNA
ZONA FRIA
POSTO DE
COMANDO
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13. ISOLAMENTO
O isolamento deverá ser inicialmente de 50 a 100 mts de raio em todas as direções, e
posteriormente ser reavaliado para fins de segurança das equipes e população. Os fatores que irão
influenciar no aumento ou diminuição do raio de isolamento inicial são:
• Velocidade e direção do vento.
• Aspectos meteorológicos.
• Reatividade de produtos envolvidos.
• Topografia e hidrografia da região.
Baseado nos aspectos supracitados o isolamento será realizado conforme o esquema a
seguir:
Logo deverá ser adotado como referência, o Manual de Emergências da ABIQUIM, em sua
tabela de isolamento (guia verde), a fim de se determinar o isolamento ideal, o qual deverá ser
adotado, sempre que possível.
DESCONTAMINAÇÃO
É um processo que consiste na retirada física das substâncias impregnadas nos equipamentos
de proteção individual, equipes de intervenção e vítimas, ou ainda da troca de sua natureza química
perigosa (através de reações químicas) por outra de propriedades inócuas.
Tipos de Descontaminação: A descontaminação poderá ser de natureza FÍSICA ou QUÍMICA.
• Descontaminação Física: realizada através da retirada das partículas físicas em forma de
sólidos ou poeiras, com o uso de uma escova ou vassoura de cerdas macias, a fim de reduzir
a quantidade do material envolvido.
• Descontaminação Química: realizada através de reações químicas com o uso de soluções
pré-estabelecidas, denominadas A / B / C / D e E, realizando com isso a neutralização ou
ainda a troca das propriedades perigosas por outras inócuas. Esse tipo de descontaminação
não deve ser realizada diretamente sobre a vítima.
CBOPP 13
14. Procedimentos para Descontaminação
Existem 4 tipos de “Lay-Out” para montagem dos Corredores de Descontaminação.
Modelo nº01 – BÁSICA - RISCO LEVE.
ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO
1
Tambores e sacos
plásticos.
Dispensa de equipamentos.
CBOPP 14
ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO
1
Tambores e sacos
plásticos.
Dispensa de equipamentos.
2
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Lavagem das botas de
segurança e roupa.
3
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Rinsagem das botas e roupa.
* A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04 (caso
retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a Estação nº.
05 (caso seja substituído por outra equipe).
4
Cilindro reserva, fita
adesiva, luvas e botas de
reserva.
Troca de cilindro de ar e
retorno para a Zona Quente.
5
Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de
segurança.
6
Banqueta, cabides e lonas
plásticas.
Remoção da Roupa
encapsulada e capacete.
7 Mesa. Retirada do EPR.
8 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial.
9
Sacos plásticos. Remoção da vestimenta
interna.
10
Água, sabão neutro, mesa,
toalhas e roupão.
Lavagem de campo
11 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme
2
4 3
5
6
7
1
8
9
10
11
2
Piscina plástica,
soluções, escovas de
pêlo e bomba costal.
Lavage
botas,
en
m e rinsagem das
luvas e roupas
capsuladas.
3
Sacos plásticos e
banqueta.
Remoção das botas e luvas
externas.
* A partir da Estação nº03, o socorrista irá para a Estação nº. 04
(caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a
base nº. 05 (caso seja substituído por outra equipe)
4
Cilindro reserva, fita
adesiva, luvas e botas de
reserva.
Troca de cilindro de ar e
retorno para a Zona Quente.
5
Sacos plásticos e
banqueta.
Remoção
internas e r
das botas e luvas
oupa encapsulada.
6
Sacos plásticos e
banqueta.
Retirada do EPR.
7
Água, sabão neutro,
Lava
mesa, toalhas e roupão.
gem de campo.
2
4 3
5
6
1
7
Modelo nº02 – PADRÃO - RISCO MODERADO.
15. Modelo nº03 – AVANÇADA - RISCO EXTREMO.
5
7
9 8
10
11
12
4 3 2 16
13
14
15
16
17
ESTAÇÃO MATERIAIS PROCEDIMENTO
1
Tambores e sacos
plásticos.
Dispensa de equipamentos.
2
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Lavagem da cobertura das
botas e luvas externas.
3
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Rinsagem da cobertura das
botas e luvas externas.
4 Sacos plásticos. Remoção das fitas adesivas.
5
Sacos plásticos e banqueta. Remoção da cobertura das
botas.
6 Sacos plásticos. Remoção das luvas externas.
7
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Lavagem das botas de
segurança e roupa.
8
Piscina plástica, soluções,
escovas de pêlo e bomba
costal.
Rinsagem das botas e roupa.
* A partir da Estação nº08, o socorrista irá para a Estação nº. 09
(caso retorne para a Zona Quente) ou passar diretamente para a
base nº. 10 (caso seja substituído por outra equipe)
9
Cilindro reserva, fita
adesiva, luvas e botas de
reserva.
Troca de cilindro de ar e
retorno para a Zona Quente.
10
Sacos plásticos e banqueta. Remoção da bota de
segurança.
11
Banqueta, cabides e lonas
plásticas.
Remoção da Roupa
encapsulada e capacete.
12 Mesa. Retirada do EPR.
13
Bacia plástica, solução
química, reserva de água e
sacos plásticos.
Retirada das luvas internas.
14 Sacos plásticos. Remoção da máscara facial.
15
Sacos plásticos. Remoção da vestimenta
interna.
16
Água, sabão neutro, mesa,
toalhas e roupão.
Lavagem de campo
17 Uniforme reserva e mesa Troca de uniforme
CBOPP 15
16. Descontaminações Especiais
Para descontaminações de vítimas contaminadas por partículas radioativas, deverá ser
aplicado um Kit especial, composto por dois envelopes. O envelope nº. 01 deverá ser utilizado nas
extremidades do corpo do paciente (cabeça, mãos e pés), e o envelope nº.02 deverá ser empregado
no restante do corpo.
Método para aplicação:
• Rasgue o envelope nº. 01 e aplique o lenço com solução descontaminante nas extremidades
da vítima.
• Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas
Gama (γ).
• Quebre os frascos do envelope nº. 02 e após rasgue o envelope aplicando o lenço com
solução descontaminante no restante do corpo da vítima.
• Recolha todo o material em uma caixa blindada, revestida por chumbo em caso de partículas
Gama (γ).
• Lembre-se dos princípios básicos para radioatividade: TEMPO – DISTÂNCIA E
BLINDAGEM.
• O Kit para descontaminação radioativa NÃO elimina a radiação exposta ao paciente,
recolhendo apenas as partículas de sobre o corpo.
• O Kit é composto de três envelopes nº.01 e três envelopes nº.02, acomodados em uma caixa
própria com suporte para cinto.
• O Kit nº. 01 possui uma pequena saliência em seu envelope na parte superior, a fim de
facilitar a retirada da caixa e evitar confundir com o
envelope nº. 02.
KIT DE DESCONTAMINAÇÃO RADIOATIVA
Soluções para Descontaminação
Para produtos desconhecidos:
SOLUÇÃO FÓRMULA APLICAÇÃO
A
5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico.
Misturar 1,8 Kg de fosfato trisódico comercial para 37,85
litros de água.
Materiais PH > 7
B
10% de hipoclorito de cálcio.
Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água.
Materiais PH < 7
Rinsagem
5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85
litros de água.
A rinsagem é realizada
após a neutralização
CBOPP 16
17. Para os produtos incluídos nas nove classes de risco:
SOLUÇÃO FÓRMULA
A
5% de carbonato de sódio + 5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8 Kg de fosfato
trisódico comercial para 37,85 litros de água.
B 10% de hipoclorito de cálcio.Misturar 3,64 Kg para cada 37,85 litros de água.
C 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85 litros de água.
D
Solução diluída de ácido clorídrico. Misturar 0,47% litros de ácido clorídrico
concentrado em 37,85 litros de água.
E
Solução concentrada de água e detergente. Misturar até formar uma pasta e aplicar
com uma brocha ou pincel, após enxaguar com água em abundância.
MATERIAIS SOLUÇÃO
Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos. A
Metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio, etc.). B
Pesticidas, organoclorados e dioxinas. B
Cianetos, amoníacos, e outros resíduos inorgânicos não ácidos. B
Solventes e compostos orgânicos. A
Bifenílicos policlorados. A
Resíduos oleosos e graxos não especificados. C
Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáusticos. D
Materiais radioativos. E
Materiais etológicos. A + B
CBOPP 17
18. FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS
PERIGOSOS (equipes especializadas)
Entrada do aviso
Comunicante consulta
solicitante para identificar se
existe pp envolvido
Oficial de operações confirma e
complementa as informações
NÃO
EXISTE PP
Saída do Socorro
Comunicante orienta solicitante sobre
procedimentos que devem ser adotados até
a chegada do socorro.
Procedimento
padrão
NÃOExiste produto perigoso
Chegada ao local
Reconhecimento
Identificação primária do risco (pág20)
SIM
Isolamento do
local (pág.13)
Estabelecimento das
áreas de risco (pág.12)
Aplicação do Protocolo de
Emergência com produto
perigosos
Identificação,
contenção, redução e
eliminação do risco
se for possível
Resgate, descontaminação e
remoção das vítimas
Acionamento dos órgãos de meio
ambiente para descontaminação
do local e descarte do material
contaminado
Identificação
Contenção
Redução
Eliminação
Recolhimento do
material operacional
adequadamente
Retorno a Unidade e envio
do material operacional
para descontaminação
secundária
Reunião posterior para
análise da operação e
desenvolvimento
operacional
CBOPP 18
19. FLUXOGRAMA OPERACIONAL PARA ACIDENTES ENVOLVENDO PRODUTOS
PERIGOSOS (equipes não especializadas)
Entrada do aviso
Comunicante suspeita da
existencia pp envolvido no
evento
Oficial de operações confirma e
complementa as informações
Saída do Socorro
Comunicante entra em contato com a unidade
especializada deixando a mesma de “sobre aviso”
e recebendo as informações de primeira resposta,
orientando ao comandante de operações e
solicitante sobre procedimentos que devem ser
adotados até a chegada do socorro especializado.
Isolamento do local até a
chegada da equipe
especializada(pág 13)
Estabelecimento das
áreas de risco (pág 12)
Identificação, contenção,
redução e eliminação do risco o
que for possível sem correr
riscos desnecessários e sempre
fazendo uso do EPR
Existe produto perigoso
Acionamento das
equipes especializadas
NÃO Procedimento
padrão
SIM
Chegada ao local
Reconhecimento
Identificação primária do risco (pág.20)
NÃO
EXISTE PP
Realizar o resgate de
vítimas apenas em ultimo
caso e evitar contato com o
produto
Se possível acionar os órgãos de
meio ambiente para
descontaminação do local e
descarte do material contaminado
Recolhimento do
material operacional
adequadamente
Após a chegada da
equipe especializada,
servir como apoio a
mesma
Retorno a Unidade e envio
do material operacional
para a unidade
especializada para
descontaminação.
Reunião posterior para
análise da operação e
desenvolvimento
operacional
CBOPP 19
20. IDENTIFICAÇÃO DE UM PRODUTO PERIGOSO
Painel de Segurança:
Retângulo de cor laranja que deve ser utilizado para o transporte rodoviário de produtos
perigosos. Possuindo a parte inferior destinada ao número de identificação do produto (Número
ONU) e a parte superior destinada ao número de risco.
Número ONU:
É uma numeração estabelecida pelas as Nações Unidas em que nosso país segue no que
diz respeito aos números que correspondem a cada produto, sendo constituído por quatro
algarismos, conforme a Portaria n. º 204, de 20/05/1997 do Ministério dos transportes, como
exemplo: 1075 – GLP – gás liquefeito de petróleo; 1017 - CLORO; 1203 – combustíveis para
motores, inclusive a gasolina.
Número de risco:
É constituído por até três algarismos este número determina o risco principal (1º
algarismo) e os riscos secundários do produto (2º e/ou 3º algarismo).
Notas:
1) Na ausência de risco subsidiário, deve ser colocado como segundo algarismo “zero”;
2) No caso de gás, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco principal;
3) A duplicação ou triplicação dos algarismos significa uma intensificação do risco, por
exemplo: 30 - inflamável; 33 - muito inflamável; 333 - altamente inflamável.
4) Quando o painel não apresentar número significa que a carga transportada é mista,
isto é, existe mais de dois produtos perigosos sendo transportados
5) quando for expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser indicado com
a letra X no início do número.
TABELA 1 –
Painel de segurança que indica o transporte
de vários produtos perigosos diferentes
X - Proibido jogar água
423 - sólido que emana gases
inflamáveis
2257 - POTÁSSIO
X423
2257
668
1670
668 - Produto muito tóxico, corrosivo
1670 - Perclorometil mercaptana
CBOPP 20
21. SIGNIFICADO DO 1°ALGARISMO.(fig. 02)
NÚMERO SIGNIFICADO
2 Gás
3 Líquido Inflamável
4 Sólido Inflamável
5 Substâncias Oxidantes ou Peróxidos
Orgânicos
6 Substância Tóxica
7 Substância Radioativa
8 Substância Corrosiva
TABELA 2 - SIGNIFICADO DO 2° E/OU 3° ALGARISMO.(fig. 03)
NÚMERO SIGNIFICADO
0 Ausência de risco
1 Explosivo
2 Emana Gás
3 Inflamável
4 Fundido
5 Oxidante
6 Tóxico
7 Radioativo
8 Corrosivo
9 Perigo de reação violenta resultante da
decomposição espontânea ou de
polimerização.
As combinações de números a seguir tem significado especial: 22, 323, 333, 362, X362,
382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90.
RELAÇÃO DO CÓDIGO NUMÉRICO, e respectivos significados:
20 Gás inerte
22 Gás refrigerado
223 Gás inflamável refrigerado
225 Gás oxidante (favorece incêndios), refrigerado
23 Gás inflamável
236 Gás inflamável, tóxico
239 Gás inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
25 Gás oxidante (favorece incêndios)
26 Gás tóxico
265 Gás tóxico, oxidante (favorece incêndios)
266 Gás muito tóxico
CBOPP 21
22. 268 Gás tóxico, corrosivo
286 Gás corrosivo, tóxico
30 Líquido inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), ou líquido sujeito a auto-
aquecimento
323 Líquido inflamável, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X323 Líquido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis.
33 Líquido muito inflamável (PFg < 23°C (296K))
333 Líquido pirofórico
X333 Líquido pirofórico, que reage perigosamente com água
336 Líquido muito inflamável, tóxico
338 Líquido muito inflamável, corrosivo
X338 Líquido muito inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
339 Líquido muito inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
36 Líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
362 Líquido inflamável, tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X362 Líquido inflamável, tóxico, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
38 Líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo
382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X382 Líquido inflamável, corrosivo, que reage perigosamente com água,
desprendendo gases inflamáveis(*)
39 Líquido inflamável, sujeito a violenta reação espontânea
40 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto - aquecimento
423 Sólido que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
X423 Sólido inflamável, que reage perigosamente com água, desprendendo gases
inflamáveis (*)
44 Sólido inflamável, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido
446 Sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado
fundido
46 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, tóxico
462 Sólido tóxico, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
48 Sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo
482 Sólido corrosivo, que reage com água, desprendendo gases inflamáveis
50 Produto oxidante (favorece incêndios)
539 Peróxido orgânico, inflamável
55 Produto muito oxidante (favorece incêndios)
556 Produto muito oxidante (favorece incêndios), tóxico
558 Produto muito oxidante (favorece incêndios), corrosivo
559 Produto muito oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea
56 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico
568 Produto oxidante (favorece incêndios), tóxico, corrosivo
58 Produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo
59 Produto oxidante (favorece incêndios), sujeito a violenta reação espontânea
60 Produto tóxico ou nocivo
63 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K))
638 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)),
corrosivo
CBOPP 22
23. 639 Produto tóxico ou nocivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito a
violenta reação espontânea
66 Produto muito tóxico
663 Produto muito tóxico, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K))
68 Produto tóxico ou nocivo, corrosivo
69 Produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta reação espontânea
70 Material radioativo
72 Gás radioativo
723 Gás radioativo, inflamável
73 Líquido radioativo, inflamável (PFg até 60,5°C (333,5K))
74 Sólido radioativo, inflamável
75 Material radioativo, oxidante
76 Material radioativo, tóxico
78 Material radioativo, corrosivo
80 Produto corrosivo
X80 Produto corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)
X83 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), que reage
perigosamente com água (*)
839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K), sujeito a
violenta reação espontânea
X839 Produto corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K)), sujeito
a violenta reação espontânea, que reage perigosamente com água(*)
85 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
856 Produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios), tóxico
86 Produto corrosivo, tóxico
88 Produto muito corrosivo
X88 Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com água (*)
883 Produto muito corrosivo, inflamável (PFg entre 23°C (296K) e 60,5°C (333,5K))
885 Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incêndios)
886 Produto muito corrosivo, tóxico
X886 Produto muito corrosivo, tóxico, que reage perigosamente com água(*)
89 Produto corrosivo, sujeito a violenta reação espontânea
90 Produtos perigosos diversos
(*) Não usar água, exceto com a aprovação de um especialista.
Rótulos de Risco:
São elementos que representam símbolos e/ou expressões emolduradas, referentes à
natureza, manuseio ou identificação do produto. O símbolo representa uma figura convencional,
usada para exprimir graficamente um risco de forma rápida e fácil a sua identificação.
Rótulos de Risco Principal: possuem o número e o nome da classe ou subclasse de risco,
devem ser colocados no ângulo inferior da moldura do rótulo de risco.
Rótulos de Risco Secundário: não possuem o número e o nome da classe ou subclasse de
risco, possuindo somente os símbolos e as mesmas cores.
CBOPP 23
24. Código de cores:
Cores Sinificado
Vermelho Inflamável/combustível
Verde Gás não inflamavel
Laranja Explosivo
Amarelo Oxidante
Azul Perigoso quando molhado
Branco Veneno/tóxico
Preto/branco Corrosivo
Amarela/branco Radioativo
Vermelho/branco Combustão expontânea
Vermelho/branco listrado Sólido inflamável
SIMBOLOS
Classe 1 - EXPLOSIVOS
1.1 - Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa
1.2 - Substâncias e artefatos com risco de projeção
1.3 - Substâncias e artefatos com risco de predominante de fogo
1.4 - Substâncias e artefatos sem risco significativo
1.4S - Substâncias pouco sensíveis
1.5 - Substâncias muito insensível com risco de explosão em massa
1.6 - Substâncias extremamente insensível sem risco de explosão em massa
CBOPP 24
25. CLASSE 2 - GASES
Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis
Subclasse 2.2 - Gases não inflamáveis, não tóxicos
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Classe 4 - SÓLIDOS
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea
Subclasse 4.3 - Substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis
Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos
CBOPP 25
26. Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes
Subclasse 5.2 - Peróxidos Orgânicos
Classe 6 - Tóxicos e infectantes
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes
Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 8 - CORROSIVOS
CBOPP 26
27. Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS PARA INSTALÇÕES
FIXAS – DIAMANTE DE HOMEL
Devido à necessidade imediata de informação concernente a um produto perigoso, foram
desenvolvidos dois sistemas de identificação de perigos. Ambos ajudam aqueles que participam
de medidas de reação ante um acidente, a enfrentar um problema com produto perigoso com
rapidez e segurança, e ambos foram concebidos por pessoas sem treinamento em química.
O primeiro e um sistema que se usa nos Estados Unidos da América, sistema este
desenvolvido pela Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (National Fire Protection
Association - “NFPA” 704 M) o qual se usa para tanques armazenagem e recipientes pequenos
(instalações permanentes).
O segundo sistema se usa para depósitos, tanques, vagões ferroviários, tambores, outros
tipos de embalagens transportadas no comércio normais, dentro de um Estado ou entre Estados.
O Ministério dos Transportes é o responsável por este sistema. Para seu uso são necessárias
placas e etiquetas conforme Normas Brasileiras já vistas nas páginas anteriores.
Neste capítulo desejamos dar conhecimento deste processo NFPA 704 M, que foi
elaborado para instalações fixas, não sendo utilizados nos Transportes Rodoviários e
Ferroviários. Não sendo de obrigatoriedade o uso em nosso País, mas atualmente tem se
observado com certa freqüência o seu emprego principalmente em algumas Empresas do setor.
SISTEMA DE IDENTIFICAÇAO DE PERIGOS NFPA 704 M
CBOPP 27
28. Descrição: NFPA 704 M é um sistema normatizado (Estandardizado) que usa números e
cores em um rótulo ou placa para definir os perigos básicos de um produto perigoso. A saúde,
inflamabilidade e reatividade estão identificadas e classificados em uma escala de zero a quatro
dependendo do grau de perigo que apresentem.
As classificações de produtos químicos individuais podem ser encontradas na “Guia
para Materiais Perigosos” da NFPA.Outras referências como “CHRIS” Volume 2 e os
“Fundamentos de Higiene Industrial” do Conselho Nacional de Segurança contem classificações
da NFPA para produtos químicos específicos. Tal informação pode ser útil não somente em
emergências como também durante as atividades de remédio em longo prazo, quando se requer
ampla informação.
Resumo do Sistema de Classificação de Perigos
1. Perigos para a SAÚDE (AZUL)
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS
4 Materiais que em muito pouco tempo podem cansar a morte
ou danos permanentes mesmo que a pessoa tenha recebido
pronto atendimento médico.
Acrilonitrila
Bromo
Paration
3 Materiais que em um curto espaço de tempo podem causar
danos temporários ou residuais mesmo que a pessoa tenha
recebido pronto atendimento médico.
Anilina
hidróxido
de Sódio
Ácido Sulfúrico
2 Materiais que pela exposição intensa ou continuada podem
causar incapacitação temporária ou possíveis danos residuais a
não ser que o paciente receba imediata atenção médica.
Bromobenzeno
Piridina
Estireno
1 Materiais a cuja exposição causam irritação, porém somente
leves lesões residuais, mesmo que a vítima não tenha recebido
tratamento.
Acetona
Metanol
0 Materiais a cuja exposição em condições sob o fogo não
oferecem perigo maior do que o de um material combustível
comum
CBOPP 28
29. 2. Perigos de INFLAMAÇÃO (VERMELHO)
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS
4 Materiais que se vaporizam rapidamente ou completamente
a pressão atmosférica e temperatura ambientes normais e se
queimam facilmente no ar.
1,3-Butadieno
Propano
Óxido de Etileno
3 Líquidos e sólidos que podem se incendiar sob quase
qualquer temperatura ambiente.
Fósforo
Acrinonitrila
2 Materiais que devem ser moderadamente aquecidos ou
serem expostos a temperatura ambiente relativamente alta antes
de que tenha lugar a ignição.
2-Buranona
Querosene
1 Materiais que devem ser pré-aquecidos antes que a ignição
tenha lugar.
Sódio
Fósforo
Vermelho
0 Materiais que não ardem.
3. Perigos de REATIVIDADE (AMARELO)
RISCO DESCRIÇÃO EXEMPLOS
4 Materiais que por si só são capazes de detonar facilmente
ou de ter uma decomposição explosiva ou reação a
temperaturas e pressões normais.
Peróxido de
Benzoila
Ácido Picrico
3 Materiais que por si só (1) são capazes de ter reação de
detonação ou explosão porém requerem uma forte fonte de
ignição, ou (2) devem ser aquecidos confinados antes do início
ou (3) reacionam explosivamente com água.
Diborano
Óxido de
Etileno
2-Nitro-
Propadeno
2 Materiais que por si só (1) são normalmente instáveis e
sofrem facilmente uma alteração química violenta porém não
detonação ou (2) podem reacionar violentamente com a água ou
(3) podem formar misturas potencialmente explosivas com
água.
Acetaldeido
Potássio
1 Materiais que por si só são normalmente estáveis, porém
eles podem (1) tornar-se instáveis a temperaturas elevadas ou
(2) reagir com água com liberação de alguma energia, porém
não violentamente.
0 Materiais que por si só são normalmente estáveis,
inclusive quando exposto à fogo e que não reacionam com
água.
CBOPP 29
30. 4. Especial (BRANCO)
Este losângulo está destinado para informações especiais a respeito do produto. Por
exemplo, podem indicar que o produto é RADIOATIVO mostrando o símbolo padronizado da
radioatividade, ou usualmente REATIVO COM ÁGUA, mostrando um “W” grande com um
traço diagonal cruzando.
3
W
2 1
DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
A) CERTIFICADO DE CAPACITAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTOS
PERIGOSOS A GRANEL DO VEÍCULO E DO EQUIPAMENTO
1. É expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada e, como o próprio nome indica,
só pode ser exigido quando o veículo transportar produtos perigosos a granel e não no caso de
produtos fracionados acondicionados em embalagens especiais individuais.
2. Compreende-se, como veículo: caminhão, semi-reboque, porta-contêiner, reboque, caminhão
trator.
3. compreende-se como equipamento: tanque de carga, contêiner-tanque, carroçaria a granel e
vaso para gases.
CBOPP 30
31. 4. Quando a carga estiver sendo transportada em veículo com reboque ou semi-reboque,
tam sendo que deverá ser observado o prazo de
vali
5. O
ade do mesmo;
arágrafo 3º e artigo 22 º parágrafo 2º do RTPP.
porque o envolvimento em acidentes pode causar danos aos equipamentos que
o podem ser vistos por simples observação.
7. Os grupos dos produtos regulamentados estão listados no verso do Certificado de
Capacitação.
bém haverá este documento da unidade tratora,
dade para caracterizar infração.
Certificado de capacitação deve ser vistoriado do seguinte modo:
a) verificar a existência e a valid
b) verificar se o número do equipamento é o mesmo que consta na placa de
inspeção/identificação afixado no chassi ou no tanque e a validade da mesma em referência
ao certificado (quando houver);
c) verificar se o número do produto, datilografado nos campos próprios do certificado é
compatível com o número ONU e o constante da Ficha de Emergência e da Nota Fiscal,
sendo proibido transportar produtos não relacionados.
6. Conforme orientação do INMETRO, só deve ser aceita a primeira via original do certificado
de capacitação. O Certificado de Capacitação será recolhido e encaminhado ao INMETRO
quando o veículo se envolver em acidente ou apresentar vazamentos, caracterizando o mal
estado de conservação, conforme o artigo 4º p
Esta prática objetiva melhorar a regularidade no cumprimento das exigências do RTPP
especialmente
nã
CBOPP 31
32. GÊNCIA
, disponível
risco, número ONU do produto, classe ou
er, no campo 04, o nome apropriado para embarque do produto, previsto pela
06 deverá ser indicada a relação de equipamentos de proteção necessária apara o
rão ser citados os riscos caso o produto esteja envolvido em um
Se o produto for inflamável deverá ser
meio ambiente, em relação ao ar, água e solo. Deve ser citada a possibilidade do
A se , deverão ser citados os procedimentos em caso de
emergênci
No verso da ficha de emergência, somente poderá conter os telefones de emergência.
B) FICHA DE EMER
A ficha de emergência deverá ter, no campo 01, o nome, e telefone da empresa expedidora,
bem como o telefone da equipe de emergência, que poderá ser própria ou contratada
por 24 horas por dia.
No campo 03 deverá apresentar o número de
subclasse de risco, quando for o caso, e a descrição da classe ou subclasse de risco.
Deverá hav
Portaria n.º 204/97 do Ministério dos Transportes.
No campo 05 deverá ser indicado o estado físico do produto a descrição dos riscos principal
e subsidiário.
No campo
atendimento emergencial e, não deverão ser confundida com os equipamentos previstos para o
transporte de produtos perigosos. Deverá ser citada a roupa, calçados, luvas e proteção
respiratória.
No campo 7.1, deve
incêndio. Citar se as embalagens podem explodir, se poderá ocorrer o aumento da pressão
interna e, conseqüentemente, a explosão das mesmas.
citado o ponto de fulgor.
No campo 7.2 deverão ser incluídos os riscos relacionados ‘a saúde, caso o produto seja
inalado, ingerido, tenha contado com a pele e os olhos.
Também devem ser citados, no campo 7.3, os danos que o produto pode causar caso tenha
contato com o
produto ser solúvel em água e se é mais pesado que o ar.
guir, nos campos 8.1 a 8.6
a.
CBOPP 32
33. Envelope impresso com as instruções e recomendações em casos de acidentes,
indicando os números para emergência - NBR 7504 da ABNT.
C) ENVELOPE PARA O TRANSPORTE
CBOPP 33
34. igatório que descreve a mercadoria, seu acondicionamento, peso,
valor, imposto se houver, nome e endereço do embarcador, nome e endereço do destinatário,
condições de venda ou de transferência, meio de transporte e data de saída, próprio para o tipo
de movimentação de bens.
ermissão das autoridades de fiscalização do Ministério da Guerra, com exceção daqueles cuja
categoria de controle os isenta da fiscalização de tráfego. A permissão para o tráfego será
fornecida através de um documento único, de âmbito nacional, denominado“ Guia de Tráfego”.
D) DOCUMENTO FISCAL
Documento obr
E) GUIA DE TRÁFEGO – MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
Os produtos controlados só poderão trafegar no interior do país depois de obtida a
p
CBOPP 34
35. F) AUTORIZAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTO RADIOATIVO
O transporte a granel de materiais radiativos e o transporte destes materiais com
atividades relevantes, devem ser autorizados pelo departamento de instalações e materiais
nucleares da CNEN. Além da autorização, também deverão ser apresentados no ato da
fiscalização: 1) Declaração do expedidor de Materiais Radiativos; 2) Ficha de Monitoração de
Carga do Veículo Rodoviário.
CBOPP 35
36. COLOCAÇÃO DE PAINÉIS DE SEGURANÇA E RÓTULOS DE RISCO PARA OS
TRANSPORTES RODOVIÁRIOS:
1 - Transporte à granel.
A unidade de transporte deve portar:
CARGA A GRANEL
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA
01 Produto
01 Risco
- Nas duas laterais
- Na traseira
- Nas duas laterais com números do
produto e dos riscos
- Na frente e na traseira com números
do produto e dos riscos
Produtos Diferentes
01 Risco
- Nas duas laterais, um em
cada compartimento
- Na traseira
- Nas duas laterais, um em cada
compartimento, com números do
produto e dos riscos
- Na frente e na traseira sem números
Produtos Diferentes
Riscos Diferentes
- Nas duas laterais, um em
cada compartimento
- Na traseira, um em cada
risco principal
- Nas duas laterais, um em cada
compartimento com números do
produto e dos riscos
- Na frente e na traseira sem números
Vazio - Antes de lavar e
descontaminar, continuar
usando
- Antes de lavar e descontaminar,
continuar usando
Vazio - Totalmente lavado e
descontaminado, não usar
- Totalmente lavado e
descontaminado, não usar
UM PRODUTO EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE
PRODUTO COM RISCO SUBSIDIÁRIO
PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO
PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES
CBOPP 36
37. 2 - Transporte de carga embalada.
A unidade de transporte deve portar:
CARGA EMBALADA
PRODUTO / RISCO RÓTULO DE RISCO PAINEL DE SEGURANÇA
01 Produto
01 Risco
- Nas duas laterais
- Na traseira
- Nas duas laterais com números do
produto e dos riscos
- Na frente e na traseira com números
do produto e dos riscos
Produtos Diferentes
01 Risco
- Nas duas laterais
- Na traseira
- Nas duas laterais, sem números
- Na frente e na traseira, sem números
Produtos Diferentes
Riscos Diferentes
- Nas duas laterais,
nenhum
- Na traseira, nenhum
- Nas duas laterais, sem números
- Na frente e na traseira, sem números
Vazio - Não pode ser utilizado - Não pode ser utilizado
EXEMPLO DE SINALIZAÇÃO DE
PRODUTO SEM RISCO SUBSIDIÁRIOUM PRODUTO
PRODUTOS DIFERENTES – MESMO RISCO
PRODUTOS DIFERENTES – RISCOS DIFERENTES
CBOPP 37
38. METEROROLOGIA
DEFINIÇÂO
Introdução
O tempo é um fator que influencia, permanentemente, na vida do homem do meio ambiente e
em todas as suas atividades.
Entenda-se TEMPO como a síntese das condições meteorológicas reinantes em determinada
localidade , observadas durante um espaço de tempo ou período suficientemente longo ou, como o
meio ambiente que os seres vivos vivem com satisfação e conforto ou dificuldades e desconforto.
Sem o conhecimento da meteorologia , é comprovadamente impossível o emprego de ações de
resposta à emergências envolvendo produtos perigosos.
Definição de Meteorologia
A palavra METEOROLOGIA lembra, de imediato, a palavra METEORO, da qual atribui-se
conceito errado. Não é incomum , designar-se uma estrela cadente ou meteorito de METEORO.
Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da natureza, que influenciam nas
condições climáticas na superfîcie terrestre e atmosfera, ou seja, estuda os meteoros.
Conceitualmente, METEORO, é qualquer fenômeno atmosférico. Existindo, portanto:
meteoros aéreos(ventos,tornados, etc.); meteoros luminosos (arco-íris, halo, etc.); hidro-
metoeoros( chuvas, neve,saraiva, etc.).
METEOROLOGIA é a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos , ou de outra
forma , é a Física da Atmosfera.
TEMPERATURA
Introdução
A Temperatura é o estudo do aquecimento dos corpos ou, de sua energia cinética , entre
moléculas.
Para efeitos de CONTAMINAÇÃO QUÍMICA , definimos como a TEMPERATURA DA
SUPERFÍCIE , como a temperatura do solo no momento em que é atingido pelo agente químico
perigoso.
Esta temperatura , desempenha papel importante na determinação da persistência das
contaminações líquidas e das concentrações de vapores acima dos líquidos .
É importante ressaltar que a temperatura do ar , depende essencialmente da temperatura do
solo a que ele se acha próximo.
Método de Medida
A temperatura normalmente é medida por meio de termômetros de mercúrio ou álcool,
submetido a temperatura ambiente.
Empregamos a escala centígrada , que é a oficial em nosso país , e eventualmente a Fahrenheit
ou Kelvim, usada nos países de língua inglesa.
C / 5 = ( F – 32 ) / 9 = R / 4 K = C + 273,16
CBOPP 38
39. Uso dos Termômetros
a) MEDIDA DA TEMPERATURA DO AR
Tomadas a 1,80 m da superfçicie.
b) MEDIDA DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE
Tomadas a 0,30 m do solo.
GRADIENTE TÉRMICO VERTICAL
Introdução
O Gradiente Térmico Vertical é igual a diferença algébrica ( em ºC ) entre as temperaturas
do ar ambiente compreendido entre 1,80 m e 0,30 m do solo .
Nas previsões micro--meteorológicas , o GTV varia de 1 em 1 grau F ou 0,5 em 0,50
C.
São os seguintes tipos de GTV :
a) CONDIÇÃO DE LAPSE
Quando a temperatura varia inversamente com a altitude . Prevalecem nos dias ensolarados
ou com pouquíssimas nuvens e ,por conseqüência propicia a turbulência térmica , gerado pelas
correntes verticais . É condição de extrema dispersão de nuvens de contaminação de PP. Pode
ocorrer variações na casa de –1ºC a – 3,5ºC , ou mesmo menos sobre massas grandes de água. A
turbulência mecânica devido a ventos acima de 16 Km/h tende a produzir condições de
instabilidade forte.
b) CONDIÇÃO DE INVERSÃO
Quando a temperatura varia diretamente com a altitude . Noites claras de céu limpo. Haverá
um mínimo de correntes de convecção , logo , máximo de estabilidade .Não ultrapassando vento a
velocidade de 8 Km/h , o gás ou fumaça tenderá a ser mais persistente no local da contaminação.
Temos inversão com GTV entre + 1ºC e + 3,5ºC .
c) CONDIÇÃO DE NEUTRA
É a situação entre LAPSE e INVERSÃO . Também conhecida como condição de isotermia,
não havendo situação de turbulência térmica. A diferença entre Lapse e Inversão é próxima de zero.
Ocorre com céu muito encoberto . Estas fases de transição ocorrem, geralmente ao nascer do Sol e
duas horas após e por do Sol e duas horas antes. Se a velocidade do vento não for grande , um
vazamento de PP pode ser bastante persistente no local.
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40. ICMN-Inicio do
crep.matutino
nautico
FCVN-Fim do
crep. Vespertino
nautico
“-“ LAPSE
“+” INVERSÃO
“o“ NEUTRA
1800h
FCVN
2h
0600h
ICMN
2h
+
EFEITO DO TERRENO
Introdução
A quantidade de calor solar recebida por uma porção da superfície da Terra, depende,
grandemente, da inclinação dessa superfície, de sua direção de exposição em relação ao Sol, da
latitude e longitude e estação do ano.
Efeitos do Terreno
As variações de temperatura superficial são mais elevadas :
a) sobre as terras que sobre as águas;
b) num solo árido que num recoberto de vegetação;
c) no terreno aberto que num revestido de mato ;
d) nos solos escuros que nos claros ;
e) nos solos de vegetação seca que nos de vegetação exuberante.
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41. VENTOS
Introdução
O estudo do vento é muito importante para as equipes especializadas em emergência com PP ,
posto que deverão:
1) saber em qualquer situação como está se deslocando o ar;
2) conhecer a influência da formação topográfica no fluxo de ar próximo a superfície;
3) analisar e avaliar a interferência de obstáculos (edificações, vegetação,
continentalidade, etc.), no tocante à mudança de direção da corrente de ar;
4) Saber como se comportará o ar junto aos vales , colinas, e no interior da
vegetação(floresta, bosque, arbustos, etc.);
5) Conhecer o comportamento do vento à superfície das águas;
6) Reconhecer os princípios que alteram os elementos dos ventos e como determinar
sua direção.
Faz parte do serviço meteorológico fornecer dados da direção e velocidade dos ventos as
alturas de 1,80 m / 6,0 m / 9,0m / 150 m e 750m , de suma importância para operações envolvendo
PP.
Mecanismo Geral dos Ventos
A diferença de temperatura do ar é faz com que surjam zonas de diferentes pressões,
ocasionando movimento das massas de ar.
Outra força atuante na formação dos ventos é a de FORÇA DE CORIOLIS , devido a
rotação da Terra. Desvia o vento para a direita no HN e para a esquerda no HS , com tanto maior
intensidade quanto mais perto estiver dos Pólos.
Outro condicionador , é o contraste térmico entre Pólos e Equador.
Tipos de ventos
a) VENTOS REGULARES OU CONSTANTES:
Alíseos e Contra-Alíseos : Os alíseos são massas de ar quentes equatoriais sendo substituídas
por massas de ar mais frias das regiòes temperadas . Os contra-alíseos são as massas de ar mais
quentes equatoriais que alcançam grandes altitudes se resfriam , tornam-se mais densas deslizando
para as regiões temperadas.
OBS.: Ventos alíseos do HN sopram “NE-SO” . Os do HS sopram “SE-NO” .
Da mesma forma os c.alíseos no HN sopram “SO-NE” e no HS ,sopram “NO-SE”.
Z. B. Z. A.
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42. b) VENTOS PERIÓDICOS :
Os mais conhecidos BRISAS e as MONÇÕES.
Brisas correspondem as variações diárias de temperatura entre mar e continente . As Monções
resulta da diferença de temperatura entre estações climáticas do ano ( chamados de VENTOS
ESTACIONAIS ).
Temos , como conseqüência , as monções de verão ou marítimas e as monções continentais
ou de inverno.
Nas regiões de monções há grande ocorrência de ciclones locais, os tornados ou furacões
como os da África (HURRICANES na América Central e do Norte) e tufões como nos mares do
oriente
c) VENTOS LOCAIS:
Dependem da condição geográfica característica do local ou de certas regiões.
- Nas Américas : O PAMPEIRO que sopra na Argentina CONHECIDO NO Rio Grande do
Sul como MINUANO, nos EEUA o CHINOOCK que sopra nas Montanhas Rochosas.
- Na África : O SIMUM no Deserto do Saara prolongando-se até a Espanha, Itália e Grécia.
- Na Europa : O MISTRAL do sul da França , o FOEHN nos Alpes ( características
semelhantes ao CHINOOCK), o BORA nas proximidades do Mar Adriático.
d) TURBULÊNCIA :
O vento próximo à superfície sopra em rajadas , e não de forma contínua, alternando com
períodos de calmaria.
Decorre deste fato que temos a TURBULÊNCIA TÉRMICA ( correntes de convecção e
advecção) e a MECÂNICA(irregularidade da superfície terrestre X velocidade do vento).
Direção do Vento
Convenciona-se DIREÇÃO DO VENTO , como sendo aquela de onde o vento sopra
Em Meteorologia são utilizados determinadas terminologias , para caracterizar posições em
relação aos ventos:
a) BARLAVENTO : lado de onde sopra o vento ;
b) SOTAVENTO : lado para onde o vento sopra ( VENTO A BAIXO );
c) CONTRA O VENTO : movimento em direção ao lado de onde sopra o vento;
d) A FAVOR DO VENTO : movimento que acompanha a direção do vento;
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43. e) VENTO DIRETOR : indica o vento que conduzirá uma fumaça de contaminação ou
vazamento de vapores ou partículas , regulando sua velocidade e direção ;
Ainda em operações químicas usamos as expressões decorrentes :
f) VENTO À BAIXO : direção do vento na qual , o corredor de descontaminação e PC-AV,
encontram-se com o vento pelas costas e ” visualizando” o vento seguir em direção a área
acidentada à frente afastando a contaminação . É A POSIÇÃO OBRIGATÓRIA DAS EQUIPES
DE EMERGÊNCIA COM PP e deve ser sempre observada durante as operações o tempo todo,
obrigando as equipes a alterarem suas posições conforme muda a direção do vento preservando
sempre o VENTO À BAIXO.
g) VENTO ÀCIMA : é o posicionamento de elevado risco para as equipes de PP e PC-AV,
em que o vento avança na direção das equipes , passando antes pelo local do acidente , ou seja ,
carreando a contaminação para o PC-AV.
Métodos de Avaliação da Direção e Velocidade do Vento
A direção do vento pode ser avaliada por meio de birutas , colunas de fumaça, inclinação das
plantações e ramos e por meio de aparelhos apropriados como : Anemômetros de Campanha , e o
Catavento de Wild.
A velocidade do vento é variável conforme a altitude , próximo ao solo devido a rugosidade o
vento sofre efeito retardador.
1) Avaliação
Ë possível avaliar , aproximadamente, a velocidade do vento por meio dos efeitos que causa ,
tais como fumaça, bandeirolas ou folhas.
2) A tabela de BEAUFORT : registra os valores da velocidade do vento (mph e Km/h), a
seguir:
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44. TABELA BEAUFORT – ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO VENTO
Nº da esc.
Beaufort
Veloc.
(mph)
Veloc.
(Km/h)
Descrição
Geral Indicação
0 Até 1 Até 2 Calmo A fumaça sobe verticalmente.
1 1 a 3 2 a 4 Aragem
A direção do vento é mostrada p/
fumaça e não p/ ventoinha.
2 4 a 7 6 a 11 Brisa fraca
O vento é sentido na face; as folhas
balançam; a ventoinha move-se.
3
8 a 12 13 a 19 Brisa leve
Folhas e ramos em movimento;
bandeirola estende-se.
4 13 a 18 21 a 29
Brisa
moderada
Poeira,papel e pequenos ramos
movimentam-se.
5 19 a 24 30 a 38
Brisa fresca
Os arbustos oscilam.
6 25 a 31 40 a 50 Brisa forte
Grandes ramos em movimento;
assobíam os fios telegráficos
7 32 a 38 51 a 61
Vento
moderado As árvores inclinam-se
8 39 a 46 62 a 74
Vento fresco Quebram-se os ramos das árvores;
dificultada a progressão.
9 47 a 54 75 a 86
Vento forte Estragos nas estruturas leves,
dificuldade nocaminhar.
10 55 a 63 87 a 101 Tufão Danos em grandes estruturas.
11 64 a 75 102 a 120 Tempestade
Grandes danos; acontecimento
raro
12
75 e
acima
120 e à
cima Ciclone Conseqüências imprevisíveis
Mph = 1,6 Km /h 1 Nó = 1,8 Km/h Estimativa em
Km/h utilizado pelo Exército Francês
2) Mensuração da velocidade
Pode ser medida por meio dos seguintes aparelhos:
a) CATAVENTO DE WILD ( seta do galo)
b) ANEMÔMETRO ML-62-A ( roda com 8 palhetas )
c) ANEMÔMETRO DE FUESS ( 4 conchas captadoras de vento)
d) ANEMÔMETRO DE CAMPANHA ( caixa com furos de diâmetros diferentes)
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45. RADIOATIVIDADE
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Equilíbrio de Forças no núcleo
A ciência não foi capaz, ainda, de descrever, satisfatoriamente, as forças próton-próton;
próton-nêutron; nêutron-nêutron. Sabe-se que são forças de pequeno alcance. Temos que, cargas de
mesmo sinal se repelem eletrostaticamente e que, esta força de repulsão aumenta à medida que esta
distância diminui, até que se chega a um limite que a descarga de energia transforma repulsão em
atração. Supõe-se, então, que exista uma distância tal que as forças de atração e repulsão se
equilibrem, surgindo daí, a situação de núcleo estável ou disposição estável.
O nêutron tem importante papel nas forças que atuam no núcleo, colaborando para sua
estabilidade.
Outras partículas
A título de simples informação, descreveremos outras partículas transitórias:
BÁRION: Componente de uma classe de partículas elementares pesadas, que inclui híperons,
nêutrons e prótons.
FÓTON: Partículas de radiação eletromagnética (luz, raios-X ou raio gama).
HÍPERON: Partículas elementar de vida curta, com massa maior do que a do próton e menor
do que a de um dêuteron.
LÉPTON: Partícula elementar leve (pouca massa). Especificamente, um elétron, um pósitron,
um neutrino, um antineutrino, um muon (inéson mu) ou um anti-muon.
MÉSON: Classe de partículas elementares com massas intermediárias a do elétron e a do
próton e vida curta. Existem várias classes de mésons, como mésons-pi , mésons-mu, mésons-K . O
conceito de méson foi criado por Jidek Yukawa, em 1937.
MÉSON-K: O muon, partícula elementar classificada como LÉPTON, com massa 207 vezes
maior do que a do elétron.
MÉSON-PI : Partícula elementar. 270 vezes a de um elétron.
NEUTRINO: Partícula elementar com massa ínfima e carga nula. Interage fracamente com a
matéria, sendo de difícil detecção.É produzido em muitas reações nucleares, no decaimento beta,
com alto poder de penetração. O neutrino oriundo do Sol geralmente atravessa a Terra.
Radiações
Os raios que surgem na região esverdeada da Ampola de Crookes, onde se dá a fluorescência
no vidro, pela colisão dos raios catódicos, despertou no cientista Becquerel, extremo interesse,
principalmente por que um filme envolto em papel negro era velado. Como não se sabia o por quê
deste fenômeno, os cientistas a descrevem como “raios X”. Becquerel achou que as substâncias,
quando fluorescentes, emitiam raios-X.
Utilizou-se de diversas substâncias que eram fluorescentes, expondo-as à luz do Sol,
descobrindo, então, que o sulfato duplo de potássio e uranila K2 UO2 (SO4)2 era o único que velava
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46. o filme protegido. E mesmo quando acidentalmente deixou o sal de urânio dentro de sua gaveta
trancada, descobrira que a uranila, tinha a propriedade de decompor o sal de prata, do filme.
Provou que não era a fluorescência a razão de ser da radiação. Mais tarde Marie Curie e Pierre
Curie detectaram que o Urânio era o responsável pelas misteriosas emissões de raios.
Não tardou, e descobriram que a radioatividade era semelhante à descoberta por Röentgen.
Em pouco tempo (1898), o casal Curie descobriu outro material 400 vezes mais radioativo que
o Urânio, era o Polônio. Logo descobriram outro muito mais radioativo que o Polônio, era o Rádio
tão poderoso que é capaz de atravessar camadas de Chumbo.
Natureza das Emissões
Rádio
Blindagem de
Chumbo
elétron pouca
massa
energia puraprótons
α
_
_
placa
fotográfica
+
+
+
γ
β
1- Radiação alfa: Pouco poder de penetração, positiva e pesada ( barradas por folha de
papel).
2- Radiação beta: De carga negativa, maior poder de penetração que, mais leve, elétron de
alta velocidade atravessa alguns milímetros de aço.
3- Radiação gama: Ondas eletromagnéticas de curtíssimo comprimento de onda, menor que
os raios x e de grande poder de penetração. Atravessam dezenas de cm de chumbo.
A radiação gama interage com a matéria de 03 formas como:
a) EFEITO COMPTON: Um fóton gama colide elasticamente com um elétron de um átomo
(choque de duas bolas de bilhar). O fóton gama resultante possui trajetória diferente da original e
com menos energia.
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47. b) EFEITO FOTO-ELÉTRICO: O fóton transmite toda sua energia a um elétron do átomo-
alvo, que é ejetado de sua
Órbita, grande parte da energia do fóton é revertida em cinética do elétron ejetado. O fóton
gama desaparece.
c) EFEITO DE PRODUÇÃO DE PARES : Quando um fóton gama de energia maior do que
1,02 Mev passa próximo de um núcleo pesado , poderá ser transformado em duas partículas , um
elétron e um pósitron ( elétron positivo). Aniquila-se o fóton gama completamente.
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48. Decaimento Radioativo
Ao emitir partículas alfa, beta ou radiação gama, o átomo instável perde energia. Este
processo é chamado de decaimento radioativo. É significativo dizer que, para uma grande amostra
de átomos, em média, uma dada fração de átomos decairá num certo tempo. Tal intervalo é o
necessário para que metade dos átomos instáveis decaia. Este intervalo é conhecido como meia-
vida de uma coleção de átomos. Uma espécie radioativa, sempre decai com a mesma razão, e,
portanto, tem um mesmo valor para a meia-vida.
Desde de que a atividade da amostra é proporcional ao nº de átomos instáveis presentes, a
meia-vida, é também o tempo em que a atividade da amostra decrescerá, para a metade de seu valor
inicial.
Sendo N0, o nº de átomos instáveis iniciais de uma amostra, e após um tempo t = T1/2 ,
definido como sua meia vida , o nº de átomos presentes na amostra será de N0/2 .
O alcance das meias-vidas vai de frações de segundos para alguns átomos instáveis
produzidos em laboratório até bilhões de anos para alguns elementos radioativos naturais.
Proteção Radiológica
Visa minimizar se não evitar ao máximo os danos causados pela radiação ionizante aos que a
utilizam ou ao público em geral. São regras de ouro.
São definições que precedem as aplicação das regras:
a) Exposição Ocupacional: É a do individuo que trabalha na área controlada;
b) Área Controlada: É aquela em que as doses de radiação, recebidas pelos indivíduos, que
nela trabalham, são controladas;
c) Exposição de População: É a de um grande nº de pessoas expostas sem nenhum controle
dos órgãos especializados (areia monazítica de Guarapari, por exemplo).
Os Riscos das radiações podem ser divididos em 2 classes:
I – RISCOS EXTERNOS (fontes externas ao corpo): Raios X, gama, beta e nêutrons.
II – RISCOS INTERNOS (fontes internas ou introduzidas no organismo)
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49. Prevenção contra a radiação externa
DISTÂNCIA: É o meio mais fácil de se aplicar, em defesa contra a radiação.
BLINDAGEM: É deforma básica a alternativa para conter fótons gama e raios X.
TEMPO: Quanto menor o tempo de exposição do indivíduo, menor será a dose por ele
recebida.
EXPOSIÇÃO DE EMERGÊNCIA
Introdução
A dosimetria das radiações visa justamente e a determinação da energia absorvida pelos
sistemas expostos à radiação.
Unidades de medida
1) ATIVIDADE:
a) Curie (Ci) – É a medida da quantidade de radioatividade emitida por um radionuclídeo
(nº de transformações nucleares que ocorrem num determinado intervalo de tempo)
1 Ci = 3,7. 1010
desint/seg ------ 1Ci = 3,7 . 1010
Bq ( 1 Bequerel = 1 desint/ Seg )
b) Contagem por Minuto (CPM) – Os raios e partículas lançados em todas as direções
são detetados pelo aparelho que registra a porção da radiação vinda na direção do aparelho. Pode
ser também em CPS.
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50. 2) DOSE DE RADIAÇÃO:
Este termo é muito geral e provém da terminologia médica e radiológica. As unidades
escolhidas para este fim devem reproduzir ou traduzir, preferencialmente, algo sobre ação biológica
e física no organismo. Como esta interação com a matéria viva é muito complexa não se foi
possível determinar uma unidade que atendesse a todos os efeitos ao mesmo tempo, porém hoje as
unidades atendem de uma forma ou de outra as informações que se deseja das interações tecido-
radiação.
OBS: DEFINIÇÕES IMPORTANTES
1) EXPOSIÇÃO – É a quantidade de radiação em função de seus efeitos sobre o ar
seco, nas CNTP. A unidade de exposição é o Roentgen ( r );
2) DOSE ABSORVIDA – É a quantidade de energia transmitida pela radiação,
para qq material, por unidade de massa desse material. A unidade de dose absorvida é o Rad
(primeira letra de radiação). Um Rad é igual a 100 erg / seg ou 0,01 joule / Kg.
3) UNIDADES:
a) O Röentgen (r) é definido como a quantidade de radiação X ou gama, capaz de produzir
íons, em 1 Kg de ar seco, equivalente a 2,58 x 10 –4 Coulomb.
Não se aplica a partículas alfa, beta, gama. O Roentgen é uma unidade de exposição , baseada
na ionização do ar, não numa unidade de ionização nem numa unidade de dose absorvida no ar .
b) O termo DOSE DE RADIAÇÃO, significa apenas, a quantidade de energia absorvida. Se
um grama de um material absorve 100 ergs de uma radiação qq, isto significa que a dose
absorvida pelo material foi de 1 RAD.
Para a água e tecidos moles, quando submetidos à radiação X ou gama, de energia
intermediária entre 100 Kev e 300 Kev, a dose absorvida pela exposição de 1 Roentgen (r)
corresponde de 0,93 A 0,98 Rad.
Para fins práticos consideraremos 1 Rad ~= 1 r
A dose absorvida de radiações de partículas, também é expressa em Rad. O Rad é utilizado
para medir dose absorvida.
c) DOSE EQUIVALENTE ( Rem – Rad Equivalent Man ):
A experiência nos indica que, os efeitos dos vários tipos de radiação, não são os mesmos. Os
efeitos biológicos, não dependem somente do tipo de radiação, mas também da energia. A absorção
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51. da mesma quantidade de energia (em Rad), de diferentes tipos de radiação, não produz
necessariamente o mesmo efeito biológico.
Por exemplo, é necessária uma certa quantidade de radiação gama do Co60, para produzir
catarata, quando uma dose de nêutrons 10 vezes menor produz o mesmo efeito, logo, o nêutron é 10
vezes mais efetivo do que a radiação gama.
Para levar a como comparador o Co 60, foi introduzido o termo FATOR DE CORREÇÃO
(FQ), que relaciona o efeito de outras radiações em comparação com a radiação ama do Co 60. O
FQ dos nêutrons no exemplo é 10.
Então, o Rem é definido como a dose de qq radiação ionizante que liberada sobre o homem
ou mamífero, é biologicamente equivalente a dose de 1 Rad de raios X ou gama.
Relacionam-se com o FQ da seguinte forma:
Rem = dose em Rad x FQ (FQ~= 1) 1 Sievert (Sv) = 102
Rem
OBS: O FQ era o anteriormente chamado Efeito Biológico Deletério (EBD) ou na sigla
original Relative Biological Effectiveness (RBE).
O Rem e o Sievert são usados para medir dose equivalente, em água e tecidos moles (corpo
humano) sendo o FQ~= 1, teremos como conseqüência:
1 Rad ~= 1 r Rem = dose em Rad x FQ (FQ ~=1), logo, 1 Rem ~= 1 Rad e como 1 r =
a 0,93 a 0,98 Rad , então
1 Roentgen ( r ) ~= 1 Rad ~= 1 Rem (FQ=1)
Quanto ao fator TEMPO, cabe ressaltar alguns conceitos PRIMORDIAIS:
a) Dose Máxima Permissível (DMP): É o limite de dose equivalente de radiação recebida
durante 30 anos de atividade profissional (52 semanas / ano, 5 dias /semana, 8 h / dia de trabalho).
Não é capaz de produzir no indivíduo efeito nocivo visível.
b) Exposição Externa de Órgãos Críticos: Aplicável nas exposições de corpo inteiro,
com radiações penetrantes que atinjam a cabeça, tronco, órgãos ativos formadores de sangue,
órgãos genitais, ou os olhos. A DMP acumulada em qq idade, não deve exceder a 5 Rem
multiplicado pelo nº de anos que excede a idade de 18 anos ( N – 18 ). A dose recebida não pode
exceder a 3 Rem em nenhum período de 13 semanas consecutivas e, então:
DMP = 5 ( N – 18 ) Rem
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52. A dose máxima de 12 Rem por ano, como é recomendada pela limitação de 3 Rem / 13
semanas , deve ser permitida, apenas quando a pessoa nunca tiver trabalhado no campo da energia
nuclear ou tenha uma vida pregressa nesta área extremamente bem controlada. NÃO DEVE SER
ENCORAJADA.
Por estas necessidades e razão, a aplicação da DMP acima precisa das seguintes regras:
I – EXPOSIÇÕES PRÉVIAS DESCONHECIDAS – Consideraremos que o indivíduo tenha
recebido anteriormente, toda a dose permitida, o que acarreta um limite de 5 Rem / ano , para as
exposições de rotina , dando uma dose aproximada de 100 mRem / semana ou 2,5 mRem / hora .
II – EXPOSIÇÕES PRÉVIAS DE ACORDO COM O LIMITE ANTIGO DE 300 mRem
/ semana – Se a dose recebida anteriormente for maior que a permitida pela fórmula acima , adotar
5 Rem / ano ou , 100 mRem / semana.
III – PESSOA MENOR DE 18 ANOS – Adotar 5 Rem / ano, com a preocupação adicional
de não permitir mais de 60 Rem até a pessoa atingir a idade de 30 anos de idade (DMP = 5 ( 30 –
18 ) = 60 Rem ).
IV - EXPOSIÇÃO EXTERNA DA PELE E TIREÓIDE – Aplicável às radiações de corpo
inteiro, com radiações de baixo poder de penetração. DMP = 10 ( N – 18 ) Rem . Não permitindo
doses maiores que 6 Rem em 13 semanas, o dobro da DMP para órgãos críticos.
V – EXPOSIÇÃO EXTERNA DE MÃOS, ANTEBRAÇOS, PÉS E TORNOZELOS – A
DMP = 75 Rem / ano, não podendo haver doses superiores a 25 Rem em 13 semanas.
VI – EXPOSIÇÕES DE EMERGÊNCIA – Trabalhos de emergências que envolvam
exposições superiores à DMP acima devem ser planejadas de tal forma, que o indivíduo não receba
uma dose maior que 12 Rem, sendo que a soma desta dose recebida mais a acumulada, não devem
exceder os valores permitidos pela fórmula 5 ( N – 18 ). Se a soma superar o valor da fórmula deve-
se descontar no período seguinte de 05 cinco anos, baixando as taxas de exposição neste período.
Em emergências extraordinárias que envolvam riscos incalculáveis, não hesitar em receber 25
Rim numa só exposição, não tomar qq exposição desnecessária, Evitar exposição de altas doses em
mulheres grávidas.
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53. 4. Novas Unidades Radiológicas:
O Sistema Internacional de Unidades (SI), contém sete unidades básicas, havendo correlação
entre as mesmas.
a) ATIVIDADE
Curie ( antigo ) e o Bequerel ( SI )
1 Ci = 3,7 . 1010
Bq
b) DOSE ABSORVIDA
Rad ( antigo ) e o Gray ( SI )
1 Rad = 10 -2
Gray ( Gy ) ou = 1 cGy
c) DOSE EQUIVALENTE
Rem ( antigo ) e o Sievert ( Sv ) no Sistema Internacional
1 Sv = 102
Rem
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54. RISCOS DA CONTAMINAÇÃO INTERNA
Prevenção contra radiação interna
Os materiais radioativos ingressam no corpo por:
a) Ingestão
b)Inalação
c) Absorção Transcutânea
Através dos seguintes meios, por exemplo:
a) Pela água, alimentos, ar poeira;
b) Pelo contato;
c) Pela cadeia alimentar;
d) Pela imprudência no manuseio, transporte, estocagem, etc.
Nestes casos dependerão da meia-vida do radio-isótopo, e do órgão afetado. Medidas devem
ser tomadas para se evitar que tal fato ocorra.
RADIODERMITES
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55. EXPLOSIVOS
Explosivos são substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases,
produzindo calor intenso e pressões elevadas, subdividindo em:
a) explosivos iniciadores: aqueles que são empregados para excitação de
cargas explosivas, sensível ao atrito, calor e choque. Sob efeito do calor explodem
sem se incendiar;
b) explosivos reforçadores: os que servem como intermediário entre o
iniciador e a carga explosiva propriamente dita;
c) explosivos de rupturas: são os chamados altos explosivos, geralmente
tóxicos;
d) pólvoras: que são utilizadas para propulsão ou projeção.
1 – Definição:
Os explosivos podem ser classificados em autos explosivos e baixos explosivos de acordo
com que se faz a reação.
BAIXOS EXPLOSIVOS ou explosivos lentos - são substancias tais como a pólvora negra
e as pólvoras sem fumaça, que passam do estado natural ao gasoso, com certa lentidão.
A reação que produz esta transformação tem o nome de deflagração.
ALTOS EXPLOSIVOS ou explosivos de ruptura - são substancias que, mesmo se
transformando ao ar livre, produzem reação extremamente rápida, esta reação é denominada
detonação.
Normalmente, os altos explosivos são empregados em qualquer tipo de destruição e
carregamento de granadas e bombas de alto explosivo.
DETONAÇÃO – É o processo pelo qual um alto explosivo se decompõe e libera sua energia, com
uma onda de choque e calor que excede a velocidade do som. A velocidade de detonação (velocidade da
onda de choque) varia de acordo com o tipo de explosivo empregado e suas características.
DETONADORES – Recurso empregado para forçar a entrada dos explosivos em reação. Trata-se
de um pequeno tubo ou cápsula, contendo uma carga explosiva primária, que vai ativar a carga explosiva
principal.
DEFLAGRAÇÃO – Um processo subsônico (de velocidade relativamente baixa) pelo qual um
baixo explosivo (coma a póvora, por exemplo) libera sua energia através de uma queima rápida ou processo
de auto-combustão.
2 – Propriedades dos explosivos:
Os explosivos devem possuir determinadas características genéricas:
a) insensibilidade ao choque e fricção;
b) grande velocidade de detonação;
c) grande potencia por unidade de peso;
d) grande densidade;
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56. e) estabilidade química(tanto para armazenamento tanto quanto para variações de
temperatura);
f) detonação perfeita pela ação de detonadores comuns;
g) segurança no uso submarino.
3 – Principais explosivos encontrados:
1) TNT – Trinitrotulueno
Alto explosivo de grande potencia, velocidade de detonação de 6400m/s; relativamente estável
ao choque; pode ser armazenado por longo tempo sem deteriorar; insolúvel.
2) TETRITOL – (75% de tetril + 25% de TNT)
Usado nos mesmos casos do TNT; potencia maior que a do TNT; características e cuidados
semelhantes ao do TNT.
3) COMPOSTO C-3
Explosivo plástico; odor característico; velocidade de detonação de 7900m/s; mais potente que o
TNT; produz alguns gases venenosos.
4) COMPOSTO C-4
Explosivo semelhante ao C-3 nas características e no uso; os gases produzidos são
menos tóxicos.
5) PÓLVORA NEGRA (baixo explosivo):
Constituído de nitrato de sódio; potássio e enxofre; manuseio com cuidado;usado em
pedreiras; a água o destrói.
6) GELATINA DE RUPTURA – plastil
Possui elasticidade e plasticidade; é constituída de nitriglicerina e nitrocelulose;
bananas de 225g e 0,03m de diâmetro; insolúvel.
7) DINAMITES:
Explodem pela ação de espoleta; são extremamente sensíveis ao calor, choque,
fricção, faíscas, etc; são armazenadas em bananas de 225g, 0,03m de diâmetro e 0,2m de
comprimento.
8) DINAMITE COMUM:
Absorção simples de nitroglicerina por substancias porosas; se distingue por possuir
a % e peso de nitrogricerina em cerca de 50%.
9) DINAMITE AMÔNIA:
Propriedades e poder semelhante a dinamite comum
10) DINAMITE GELATINA – nitroglic.+nitrocel.:
Plástico e muito potente; insolúvel na água.
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57. 4 – Cuidados especiais:
Cargas que por ventura não tenham sido detonadas ou deflagradas são extremamente perigosas.
A destruição de pequenas quantidades é obtida pela queima. Durante a queima o pessoal
deve observar as distancias do quadro abaixo:
QUADRO – distancia mínima entre pessoal não abrigado contra estilhaços e detonação de
cargas.
Explosivo em quilos Distancia em metros Explosivos em quilos Distancia em metros
05 125 100 360
25 225 250 480
50 285 500 600
75 330 --- ---
No manuseio de explosivos, devem ser observadas as seguintes normas de
segurança:
a) pessoal devidamente treinado para tal finalidade; (119.013-0 / I4)
b) no local das aplicações indicadas deve haver pelo menos um supervisor,
devidamente treinado para exercer tal função; (119.014-8 / I4)
c) proibido fumar, acender isqueiro, fósforo ou qualquer tipo de chama ou
centelha nas áreas em que se manipule ou armazene explosivos; (119.015-6 / I4)
d) vedar a entrada de pessoas com cigarros, cachimbo, charuto, isqueiro ou
fósforo; (119.016-4 / I4)
e) remover toda lama ou areia dos calçados, antes de se entrar em locais onde
se armazena ou se manuseia explosivos; (119.017-2 / I4)
f) é proibido o manuseio de explosivos com ferramentas de metal que possam
produzir faíscas; (119.018-0 / I4)
g) uso obrigatório de calçado apropriado; (119.019-9 / I4)
h) proibir o transporte de explosivo exposto com equipamento movido a
motor de combustão interna; (119.020-2 / I4
i) não permitir o transporte e armazenagem, conjunto de explosivo de ruptura
e de outros tipos, especialmente os iniciadores; (119.021-0 / I4)
j) admitir no interior de depósito para armazenagem de explosivo as
seguintes temperaturas máximas: (119.022-9 / I4)
1) 27ºC (vinte e sete graus centígrados) para nitrocelulose, nitromido
e pólvora química de base dupla; (119.023-7 / I4)
2) 30ºC (trinta graus centígrados) para ácido pícrico e pólvora
química de base simples; (119.024-5 / I4)
3) 35ºC (trinta e cinco graus centígrados) para pólvora mecânica;
(119.025-3 / I4)
4) 40ºC (quarenta graus centígrados) para trotil, picrato de amônio e
outros explosivos não-especificados. (119.026-1 / I4)
l) arejar obrigatoriamente, em períodos não-superiores a 3 (três) meses, os
depósitos de armazenagem de explosivos, mediante aberturas das portas ou por
sistema de exaustão; (119.027-0 / I4)
m) molhar as paredes externas e as imediações dos depósitos de explosivos,
tendo-se o cuidado para que a mesma não penetre no local de armazenagem.
(119.028-8 / I4)
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58. Nos transportes explosivos, observar as seguintes normas de segurança:
a) o material deverá estar em bom estado e acondicionado em embalagem
regulamentar; (119.030-0 / I4)
b) por ocasião de embarque ou desembarque, verificar se o material confere
com a guia de expedição correspondente; (119.031-8 / I4)
c) prévia verificação quanto às condições adequadas de segurança, todos os
equipamentos empregados nos serviços de carga, transporte e descarga; (119.032-6 /
I4)
d) utilizar sinalização adequada, tais como bandeirolas vermelhas ou
tabuletas de aviso, afixadas em lugares visíveis; (119.033-4 / I4)
e) disposição do material de maneira a facilitar inspeção e a segurança;
(119.034-2 / I4)
f) as munições explosivas e artifícios serão transportados separadamente;
(119.035-0 / I4)
g) em caso de necessidade, proteger o material contra a umidade e incidência
direta dos raios solares, cobrindo-o com uma lona apropriada; (119.036-9 / I4)
h) antes da descarga de munições ou explosivos, examinar-se-á o local
previsto para armazená-los; (119.037-7/I4)
i) proibir a utilização de luzes não-protegidas, fósforos, isqueiros,
dispositivos ou ferramentas capazes de produzir chama ou centelhas nos locais de
embarque, desembarque e nos transportes; (119.038-5 / I4)
j) salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga de munições e
explosivos serão feitos durante o período das 7h às 17h; (119.039-3 / I4)
l) quando houver necessidade de carregar ou descarregar munições e
explosivos durante a noite, somente admitir iluminação com lanternas e holofotes
elétricos. (119.040-7 / I4)
As regras a observar no transporte rodoviário, além das prescrições gerais cabíveis
no caso, serão as seguintes:
a) os caminhões destinados ao transporte de munições e explosivos, antes de
sua utilização, serão vistoriados para exame de seus circuitos elétricos, freios,
tanques de combustível, estado da carroçaria e dos extintores de incêndio, assim
como verificação da existência de quebra-chama no tubo de descarga e ligação
metálica da carroçaria com a terra; (119.051-2 / I4)
b) os motoristas deverão ser instruídos quanto aos cuidados a serem
observados, bem como sobre o manejo dos extintores de incêndio; (119.052-0 / I4)
c) a estopa a ser levada no caminhão será a indispensável, e a que for usada
deverá ser jogada fora; (119.053-9 / I4)
d) a carga explosiva deverá ser fixada, firmemente, no caminhão e coberta
com lona impermeável, não podendo ultrapassar a altura da carroçaria; (119.054-7 /
I4)
e) será proibida a presença de estranhos nos caminhões que transportarem
explosivos ou munições; (119.055-5 / I4)
f) durante a carga e descarga, os caminhões serão freados, calçados e seus
motores desligados; (119.056-3 / I4)
g) quando em comboios, os caminhões manterão entre si uma distância de
aproximadamente 80,00m (oitenta metros); (119.057-1 / I4)
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59. h) a velocidade de um caminhão não poderá ultrapassar 40 km/h (quarenta
quilômetros por hora); (119.058-0 / I4)
i) as cargas e as próprias viaturas serão inspecionadas durante as paradas
horárias, previstas para os comboios ou viaturas isoladas, as quais se farão em local
afastado de habilitações; (119.059-8 / I4)
j) para viagens longas, os caminhões terão 2 (dois) motoristas que se
revezarão; (119.060-1 / I4)
l) nos casos de desarranjo nos caminhões, estes não poderão ser rebocados. A
carga será baldeada e, durante esta operação, colocar-se-á sinalização na estrada;
(119.061-0/ I4)
m) no desembarque, os explosivos e munições não poderão ser empilhados
nas proximidades dos canos de descarga dos caminhões; (119.062-8 / I4)
n) urante o abastecimento de combustível, os circuitos elétricos de ignição
deverão estar desligados; (119.063-6 / I4)
o) tabuletas visíveis serão afixadas nos lados e atrás dos caminhões, com os
dizeres: "Cuidado: Explosivo" e serão colocadas bandeirolas vermelhas; (119.064-4 /
I4)
p) os caminhões carregados não poderão estacionar em garagens, postos de
serviço, depósitos ou lugares onde haja probabilidades maiores de risco de incêndio;
(119.065-2 / I4)
q) os caminhões, depois de carregados, não ficarão nas áreas ou
proximidades dos paióis e depósitos; (119.066-0 / I4)
r) em caso de acidentes no caminhão ou colisões com edifícios e viaturas, a
primeira providência será retirar a carga explosiva, a qual deverá ser colocada a uma
distância mínima de 60,00 (sessenta metros) do veículo ou habitações; (119.067-9 /
I4)
s) em casos de incêndio em caminhão que transporte explosivos, procurar-se-
á interromper o trânsito e isolar o local. (119.068-7 / I4)
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60. TOXICOLOGIA
1 – introdução:
todo produto químico é tóxico, podendo causar qualquer dano ao corpo ou levar a morte.
A dose, as propriedades físicas e químicas do tóxico e as características fisiológicas do individuo
exposto, determinam o grau de toxicidade. A toxicologia é o estudo dos mecanismos e processos
básicos que causam reações adversas.
2 – rota de exposições:
existem 4 rotas pelas quais as substancias podem entrar no corpo: inalação absorção pela pele(ou
olhos), ingestão e infecção.
Inalação:
Muitas das substancias apresentam-se na forma de gases, vapores ou partículas. Quando inaladas
essas substancias entram em contato com o sistema respiratório, formado pela boca, nariz,
laringe, brônquios e alvéolos pulmonares.
É a principal rota de entrada de substancias contaminantes no corpo.
Absorção:
É a segunda rota em importância para a entrada dos contaminantes em nosso corpo.
A absorção ocorre através da superfície que envolve o corpo humano.
A absorção através da pele contribui para a intoxicação significativa, e para algumas
substancias é inclusive a principal via de penetração.
Ingestão:
É uma rota de reduzida importância, salvo condições acidentais e hábitos de comer e beber no
local de trabalho.
Quando ingeridas as substancias entram em contato com o sistema digestivo, formado pela
boca, estomago e intestino.
É necessário destacar que os contaminantes ingeridos podem ou não serem dissolvidos
pelos fundos digestivos.
Infecção/injeção:
Entende-se como infecção, a rota de entrada das substancias contaminantes através da
penetração direta da substancia no organismo através de uma descontinuidade da pele, como por
exemplo, uma ferida, corte, etc.
3 – fatores que influenciam a toxicologia:
Vários são os fatores que afetam a reação do organismo a um produto químico tóxico:
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61. Duração e freqüência da exposição:
Há uma diferença em tipo de gravidade dos efeitos dependendo da rapidez com que a dose
é recebida(duração) e a freqüência com que é recebida(freqüência). As exposições agudas são
geralmente acidentes individuais de curta duração relativa – de um minuto a uns poucos dias. A
exposição crônica envolve freqüentes dose a níveis relativamente baixos por um período de tempo
que vai de meses a anos. Se a dose é recebida de uma maneira suficiente letal de modo que o regime
de eliminação ou desintoxicação mantém-se na mesma velocidade do que o recebimento da dose é
possível que não ocorra reação tóxica. Já a mesma dose recebida rapidamente poderia produzir um
efeito.
Rotas de entrada:
Os resultados biológicos podem ser diferentes com a mesma dose, dependendo do produto
químico inalado, ingerido, aplicado sobre a pele ou injetado. Barreiras naturais impedem a
absorção e distribuição do material de uma vez no corpo. Estas barreiras podem atenuar os
efeitos tóxico da mesma dose de um produto químico. A efetividade dessas barreiras dependem
parcialmente da rota de entrada do produto químico.
Características individuais:
Variação entre as espécies:
Para a mesma dose recebida em condições idênticas, os efeitos mostrados por diferentes
espécies podem variar consideravelmente. Uma dose letal para uma espécie pode não ter efeito em
outras. Como os efeitos tóxicos dos produtos químicos nos seres humanos baseia-se nos estudos em
animais, deve-se selecionar uma espécie para a prova que se aproxime o mais perto possível aos
processos
a) idade e madureza: as crianças com alguns meses e as crianças já um pouco maiores
são freqüentemente mais sensíveis a ação tóxicas que os adultos jovens. Nas pessoas de mais idade
a capacidade fisiológica encontra-se diminuída para enfrentar os efeitos tóxicos. Estes grupos de
idade é possível que seja mais susceptíveis aos efeitos tóxicos a doses relativamente mais baixas.
b) Gênero e hormônios: alguns produtos químicos podem ser mais tóxicos a um
gênero que a outro. Certos produtos químicos podem afetar o sistema reprodutor do macho ou da
fêmea. Outrossim como a mulher tem mais porcentagem de gordura no corpo do que os homens,
pode ser que acumulem mais produtos químicos solúveis em gordura. Demonstrou-se que as
diferenças na reação estão também relacionadas com as diferenças normais entre o homem e a
mulher.
c) Constituição genética: os fatores genéticos influenciam as reações individuais as
substancias tóxicas. Se os processos fisiológicos necessários faltam ou são menores, as defesas
naturais do corpo são afetadas. Por exemplo aqueles indivíduos com falta de enzimas G6PD (uma
difusão hereditária) são mais propensos a sofre danos nos glóbulos vermelhos quando tomam
aspirina ou certos antibióticos que as pessoas com forma normal de enzimas.
d) Estado de saúde: as pessoas com estado de saúde delicado são geralmente mais
propensas a danos tóxicos devido a uma capacidade diminuída do corpo para enfrentar o produto
químico ofensivo.
Fatores ambientais:
Os fatores ambientais podem contribuir para a reação de um determinado produto
químico. Por exemplo, fatores como contaminação do ar, condições de local de trabalho, condições
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62. de moradia, hábitos pessoais e exposição previa ao produto químico podem atuar em união de outro
mecanismo tóxico.
Combinações químicas:
Algumas combinações de produtos químicos produzem efeitos diferentes dos atributos aos
mesmos individualmente:
a) Sinérgicos: produtos químicos que, quando combinam-se causam um efeito maior
que o aditivo. Por exemplo, a hepatotoxicidade aumenta com o resultado da exposição a ambos,
etanol a tetracloreto de carbono.
b) Potencialização: é um tipo de sinergismo onde o potencializador não é usualmente
tóxico por si mesmo, porem tem a propriedade de aumentar a intensidade tóxica de outros produtos
químicos. Por exemplo, o isopropanol não é hepatotóxico por si mesmo. No entanto, sua
combinação com tetracloreto de carbono aumenta a reação tóxica deste ultimo.
c) Antagônicos: produtos químicos que quando combinam-se reduzem o efeito previsto.
Classificação do grau de toxicidade
A classificação dos produtos quanto ao seu grau de toxicidade é feita de acordo com testes
experimentais com animais em laboratório (ratos e coelhos) tomando esses resultados como medida
de comparação dos efeitos prováveis sobre o homem, veja o quadro abaixo.
CLASSIFICAÇÃO
DL 50* ORAL
AGUDA
NO HOMEM EXEMPLOS
Extremamente
tóxico
1mg / kg ou menos Algumas gotas
Acrilonitrila, bromo,
paration, dioxina
Altamente tóxico 1 a 50 mg / kg Uma colher de chá
Anilina, estricnina,
hidróxido de sódio,
ácido sulfúrico.
Moderadamente
tóxico
50 a 500 mg / kg 30 g a 30 ml
Bromobenzeno,
piridina, estireno,
DDT.
Ligeiramente tóxico 0,5 a 5 g / kg 500 g ou 500 ml Acetona, metanol.
Praticamente atóxico 5 a 15 g / kg 1 kg ou 1 l Álcool etílico.
* DL50 (mg / l) – Dose Letal (por qualquer via que não seja por inalação) capaz, dentro de um
tempo específico (geralmente 96 horas), de matar 50 % do grupo exposto de
organismos de teste.
CL50 (mg / l) – Concentração Letal, 50 % (por inalação de gases, vapores e partículas).
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