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A Itália (em italiano: Italia), oficialmente República Italiana (em italiano: Repubblica
Italiana), é um país situado na Península Itálica, na Europa meridional, e em duas ilhas
no mar Mediterrâneo, Sicília e Sardenha. A Itália divide suas fronteiras alpinas no norte
com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia. Os estados independentes de San Marino e do
Vaticano são enclaves no interior da Península Itálica e Campione d'Italia é um enclave
italiano na Suíça.

O terreno conhecido hoje como Itália foi o berço de várias culturas e povos europeus,
como os Etruscos e os Romanos. A capital da Itália, Roma, foi durante séculos o centro
da civilização ocidental. Mais tarde, tornou-se o berço do Renascimento [2] e também
desempenhou um papel importante no desenvolvimento da ciência e da astronomia
moderna, especialmente o heliocêntrico, bem como a Universidade e a ópera. Durante a
Idade Média, a Itália foi dividida em vários reinos e cidades-estado (como o Reino da
Sardenha, o Reino das Duas Sicílias e o ducado de Milão), mas foi unificada em 1861,[3]
um período da história conhecido como o "Risorgimento". Do final do século XIX até a
Segunda Guerra Mundial, a Itália possuía um império colonial, que estendia seu
domínio a Líbia, Eritreia, Somália Italiana, Etiópia, Albânia, Rodes, Dodecaneso e uma
concessão em Tianjin, na China [4]

A Itália Moderna é uma república democrática e um país desenvolvido, com a oitava
melhor classificação no índice de vida [5] O país goza de um alto padrão de vida, sendo o
18º país mais desenvolvido do mundo.[6] É um membro fundador do que hoje é a União
Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma, em 1957, além de ser também um
membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). É membro
do G8 e do G20 (com a sétima maior economia PIB nominal), da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização Mundial do
Comércio (OMC), do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental e da
Iniciativa Centro-Europeia. A Itália é um Estado membro do Acordo de Schengen. O
país possui o oitavo maior orçamento militar do mundo e é uma das nações que
compartilha armas nucleares com a OTAN.

A Itália, especialmente Roma, tem um papel proeminente a nível europeu e mundial em
assuntos culturais, diplomáticos e militares, com grande impacto global na política e na
cultura, sediando organizações mundiais como a Agricultura [7] Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Global Forum,[8] Programa Alimentar Mundial
(PAM) e o Colégio de Defesa da OTAN. A influência política, económica social e
militar do país na Europa tornou-o uma importante potência regional, a par Reino
Unido, da França, da Alemanha e da Rússia [9][10][11][12][13] O país possui uma educação
pública de alto nível, força de trabalho elevada,[14] índice de caridade alto,[15] além de
ser um país globalizado.[16] A Itália também tem a 18ª expectativa de vida mais alta do
mundo, a frente de países como Noruega e Áustria [17]

Etimologia
Quando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão dos latinos, os
povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da
Península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o
acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra
proveniente de vitulos (bezerro de entre um e dois anos). Estas palavras se derivaram do
indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘
(ano), também presente em veterano e veterinário.

O gado vacum era tão importante para esses povos que adoptaram como emblema a
imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome de
vitalos, que em pouco tempo converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as
tribos do Sul e que com o tempo incluiu também os latinos.

Até meados do século I, Itália era usado em latim para designar a Península, e ‘itali –
orum’ para seus habitantes.

História
          Ver artigos principais: História da Itália, História da Itália fascista e Itália
       republicana.

A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto na
Europa como no resto do mundo. Tendo sido o berço da grande civilização romana e do
fascismo, com Mussolini.

Pré-história e Roma antiga

          Ver artigo principal: Roma antiga




O Coliseu, em Roma, um dos maiores símbolos do poder do Império Romano,
construído ca. 70-80 DC.

A população da Itália remonta aos tempos pré-históricos, época da qual foram
encontrados importantes vestígios arqueológicos.

Durante a Idade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três
grandes núcleos geográficos, a do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a de Etrúria. Uma
destas culturas, os ligures, foram um enigmático povo que habitava o norte de Itália,
Suíça o sul de França [18]

Entre os diversos povos da Antiguidade são dignos de menção, em particular, os
Lígures, os Vênetos e os Celtas no norte, os latinos e os etruscos Samnitas no centro,
enquanto no sul prosperaram colónias Gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o
segundo milénio a.C. floresceu a antiga civilização dos Sardos.

Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a Etrusca
(a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na
qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a
mais original e duradoura síntese política, económica e cultural. Nascida na Península
Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a
civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de
outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina
- o berço do Cristianismo - Síria, Fenícia e Egipto). Graças ao seu império, Roma
difundiu a cultura Heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foi os limites
de sua civilização.

Idade média




Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Génova, Pisa
e Amalfi.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em
vários estados, alguns independentes, alguma parte de estados-maiores (inclusive fora
da península Itálica). O mais duradouro entre eles foi os Estados Pontifícios, que
resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído
como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador
romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos Hérulos e, em seguida, dos Ostrogodos.
A re-anexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano, em
virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já
entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam
parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a
garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.

Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais,
mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se
submeter aos Francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do
século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano-
Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O
desenvolvimento de cidades-estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida
económica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão
normanda, formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem
administrados da Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas
marítimas e mais tarde, as signorias.

Renascença

          Ver artigo principal: Renascença italiana

Durante a época das cidades-estado começou o Humanismo e o Renascimento,
caracterizado por um grande renascimento das artes, que teve grande influência no resto
da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham
se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu,
influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, uma série de
movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é
chamado de Risorgimento.

Unificação

          Ver artigo principal: Risorgimento




Garibaldi e Vítor Emanuel II.

A Itália contemporânea nasceu como um estado unitário, quando em 17 de Março de
1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o
comando do Rei da Sardenha Vittorio Emanuele II da casa de Sabóia. O arquitecto da
unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de
Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo directamente) Giuseppe Garibaldi,
permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte.

O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino Unido -
tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia
amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e
democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha
acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento
revolucionário de 1848).
Giuseppe Garibaldi, líder da Expedição dos Mil.

A primeira capital foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de partida
do processo de unificação da Itália. Depois da Convenção de Setembro (1864), a capital
foi transferida para Florença.

Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália
era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a
região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos
que estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da
França pelos Prussianos, após uma rápida acção militar em 20 de Setembro de 1870,
também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado
de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade
autónoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino.

Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não estava
completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": O Trentino, Trieste, a
Ístria e a Dalmácia que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O
Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexos depois dos tratados de paz, após a
Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Inglaterra e Estados Unidos aos
Impérios Centrais, perdedores da guerra.

Ditadura fascista e república




Benito Mussolini durante a Marcha sobre Roma.

Após a Primeira Guerra Mundial, instalou-se a ditadura fascista, que envolveu a perda
da liberdade política por mais de vinte anos e a desastrosa participação do país na
Segunda Guerra Mundial junto com a Alemanha. Após o fim da guerra, em 2 de Junho
de 1946, um referendo estabeleceu o abandono da monarquia como uma forma de
governo e a adopção de uma república parlamentar. No mesmo dia os cidadãos italianos
foram convidados a votar para a eleição de uma Assembleia Constituinte, que em
Dezembro de 1946, começou a trabalhar na elaboração de uma Constituição. A nova
Constituição entrou em vigor em 1° de Janeiro de 1948.

A Itália é um membro fundador da OTAN e da União Europeia, tendo criado junto com
Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Luxemburgo, Países Baixos em 18 de Abril de
1951 (através do Tratado de Paris), a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA) e tem participado de todos os principais tratados de unificação da Europa,
incluindo a entrada na zona do euro em 1999, quando substituiu a antiga lira italiana.

Geografia




Mapa topográfico da Itália.

A maior parte da Itália está localizada na Península Itálica, no continente europeu, e
onde dois enclaves independentes estão localizados: a República de San Marino e o
Vaticano. As ilhas de Sicília, Sardenha e Elba também fazem parte da Itália.

A Itália limita-se ao norte com Suíça e com Áustria, a leste com a Eslovénia, com o Mar
Adriático (através do qual contacta também com a Croácia, Montenegro, Albânia), e
com o Mar Jónico, que a separa da Grécia. A Itália limita-se a sul com o Mar
Mediterrâneo (incluindo o Canal de Malta que separa a Sicília de Malta), a sudoeste
com o Mar Tirreno e a oeste com o Mar da Ligúria (ambos separando o território
peninsular das ilhas da Sicília e Sardenha e da ilha francesa da Córsega). Finalmente, a
Itália limita-se ao noroeste com a França.

O terreno italiano é bastante acidentado, com os Apeninos formando o esqueleto central
da península. Os Alpes percorrendo as fronteiras continentais do norte do país, onde
localiza-se seu ponto mais alto que é o Monte Branco, na fronteira noroeste, dividido
com a França, com seus 4.808 metros. Mas dois vulcões estão mais associados com o
país: o Monte Etna, na Sicília, e o Monte Vesúvio, perto de Nápoles.

Na cultura popular é comum associar o formato político-geográfico da Itália a uma bota
(em italiano "stivale").

Clima
Monte Branco é o ponto mais alto da Itália e da União Europeia.

O clima da Itália varia de região para região. O norte da Itália (Milão, Turim e Bolonha)
tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico,
com verões tipicamente secos e ensolarados. O clima das áreas litorais da península é
muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais
elevadas são frias, húmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As
regiões litorais têm um clima mediterrâneo típico com invernos amenos e verões
quentes, geralmente secos. Há diferenças notáveis nas temperaturas, sobretudo durante
o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2 °C,
enquanto em Nápoles as temperaturas estão em +12 °C. Certas manhãs, Turim pode
amanhecer com -12 °C, quando ao mesmo tempo Roma se encontra com +6 °C e
Reggio Calabria +10 °C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão
húmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria.

Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades
meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ou Enna (na
Sicília) têm invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras
localidades costeiras das mesmas regiões. Nos Apeninos neva regularmente durante o
inverno. Geralmente o mês mais quente é Agosto no sul, e Julho no norte. Nesses meses
os termómetros podem marcar 42 °C no sul e 33 °C no norte. O mês mais frio é Janeiro,
com médias no Vale do Rio Pó de 0 °C, Florença 5 °C, Roma 8 °C. Mas as mínimas
podem chegar a -14 °C no Vale do Rio Pó, -5 °C em Florença, -4 °C em Roma, -2° em
Nápoles e em Palermo +1 °C.

Demografia
          Ver artigo principal: Demografia da Itália

Em Janeiro de 2009, a população italiana passou de 60 milhões [19] a quarta maior da
União Europeia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 199,3
habitantes por km², o quinto maior da União Europeia, sendo o norte a parte mais densa;
um terço do país contém quase a metade da população.

Depois da II Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento económico que
levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma
nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A alta
fertilidade persistiu até a década de 1970, e depois passou para abaixo da taxa de
reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é aposentado. Apesar disso,
graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos anos 2000 a Itália viu um
acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos [20]
ver • editar


                          Cidades mais populosas da Itália
                 Estimativas do ISTAT para 31 de Dezembro de 2010


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                   Palerm             655                                   205
  Roma     5              Sicília                  15    Trieste Veneza
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                                                                 Júlia

                   Gênov              607                          Lomba    193
           6             Ligúria                   16    Bréscia
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                   Catâni             293                di     Calábri     186
           10             Sicília                  20
                   a                  458                Calabr a           547
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Migração e etnicidade
Número de imigrantes residentes na Itália, por país, em 2006. (Clique para ampliar).

Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são
descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península
itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na
região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior
do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os
etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte.
Posteriormente, estabeleceram-se no Norte povos germânicos (ostrogodos, visigodos,
lombardos) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem
escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana.

Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do país
ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza.[21] O norte foi o
primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em
direção ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul
também sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de
número em 1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913,
quando 872.598 pessoas deixaram a Itália.[22] O fenômeno só diminuiu devido à eclosão
da I Guerra Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a
instalação do regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.[22]




Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos
Imigrantes, em São Paulo, Brasil, ca. 1890.

O primeiro grande movimento migratório de italianos em direção ao Brasil ocorreu logo
após a unificação, em 1875, pioneiramente para o sul do país, embora a maior massa de
imigrantes tenha se instalado em São Paulo, para trabalhar na colheita do café. A
imigração italiana foi massiva até o começo do século XX, mas depois das constantes
notícias de trabalho semi-escravo no Brasil,[23] a Itália decretou o "decreto Prinetti" que
proibia a imigração subsidiada em direção ao país, direcionando o fluxo imigratório
italiano para os Estados Unidos e a Argentina. As maiores comunidades italianas se
encontram em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde
profundamente fazem parte da cultura local.
Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes do
mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado
principalmente depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam
5% da população ou quase 3 milhões de pessoas,[24] um aumento de 270.000 desde o
ano antecedente. Em algumas cidades italianas, como Bréscia, Milão e Pádua, o total de
imigrantes é maior que 10% da população.

A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações europeias
(47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%)
como a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente
registrados como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o
número atual pode ser duas vezes maior, ou ainda mais.[25] Em 2006, os outros
imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e América Latina (8,90%). Pequenos grupos
vinham da África subsaariana e América do Norte.[24]

Religião




Basílica de Santa Maria del Fiore. 87,8% da população italiana segue o Catolicismo
Romano.

O Catolicismo Romano é de longe a maior religião do país, embora a Igreja Católica
não seja mais a religião oficial do estado. 87,8% dos italianos identificam-se catolicos
romanos,[26] embora apenas um terço descrevem-se como membros ativos (36,8%). A
sede mundial da Igreja Católica Romana situa-se no Vaticano, um Estado religioso
independente, encravado em território Italiano, e que tem por representante a figura do
Papa. Outros grupos cristãos na Itália incluem mais de 700.000 cristãos ortodoxos,[27]
incluindo 470.000 imigrantes,[28] e por volta de 180.000 gregos ortodoxos, 550.000
pentecostais e evangélicos (0,8%) (dos quais 400.000 são membros da Assembleia de
Deus da Itália), 235.685 testemunhas de Jeová (0,4%),[29] e 104.000 de outras
religiões.[30][31]

A minoria religiosa mais antiga do país é comunidade judaica, que compreende por
volta de 45.000 pessoas, mas não é mais o maior grupo não-cristão da Itália. Como
resultado da significante imigração de outras partes do mundo, 825.000 muçulmanos
(1.4% da população total) moram no país,[32] mas apenas 50.000 são cidadãos italianos.
Ainda, tem 110.000 budistas (0,2%),[28][33][34] 70.000 sikhs,[35] e 70.000 hindus (0.1%)
na Itália.

Idioma
Ver artigo principal: Línguas da Itália

O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é
uma língua derivada do dialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região de
Florença. Existem diversas línguas e dialetos falados no dia-a-dia pela população
italiana, como o sardo (na Sardenha), napolitano (em Campânia), vêneto (no Vêneto),
friulano (em Friuli-Venezia Giulia), francês (no Valle d'Aosta), alemão (na Província
autónoma de Bolzano), esloveno (em Trieste).

Política




Palazzo Montecitorio, sede do Parlamento da Itália.

A Constituição italiana de 1948[36] estabeleceu um parlamento bicameral, que é formado
por uma Câmara dos Deputados (Camera dei Deputati) e de um Senado (Senato della
Repubblica) além de um sistema judiciário; e um sistema executivo composto de um
Conselho de Ministros (Consiglio dei ministri), encabeçado pelo primeiro-ministro
(Presidente del consiglio dei ministri). O presidente da república (Presidente della
Repubblica) tem direito a um mandato de 7 anos. O presidente escolhe o primeiro-
ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O
Conselho de Ministros precisa ter apoio (fiducia - confiança) de ambas as casas do
parlamento.

Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população.
De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada
distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos
parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui
oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de
2001). O Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como
ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da
república, de acordo com provisões constitucionais especiais. Ambos, a Câmara de
Deputados e o Senado, são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de
duração, mas eles podem ser dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser
criadas na Câmara de deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da
maioria em ambas as Câmaras.

O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código
Napoleônico e outros estatutos adicionados posteriormente. Há também uma corte
constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.
Relações exteriores




Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano e o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama.

A Itália foi um membro fundador da Comunidade Europeia - agora União Europeia
(UE). A Itália foi aceita nas Nações Unidas em 1955 e é um membro e um forte braço
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio/Organização Mundial do Comércio (GATT/OMC), a Organização para a
Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e o Conselho da Europa. Sua última vez
como Presidente rotativa de organizações internacionais incluem a CSCE (a precursora
da OSCE) em 1994, a UE duas vezes, em 2001 e de Julho a Dezembro de 2003.

A Itália apoia as Nações Unidas e as suas atividades internacionais de segurança. O país
já forneceu tropas de apoio a missões de paz da ONU na Somália, Moçambique, e no
Timor-Leste e dá suporte para operações da OTAN e da ONU na Bósnia, Kosovo e
Albânia. A Itália mobilizou também mais de 2000 soldados para o Afeganistão, em
apoio à Operação Liberdade Duradoura (OEF, do inglês Operation Enduring
Freedom) em fevereiro de 2003 e apoia ainda os esforços internacionais para reconstruir
e estabilizar o Iraque, mas o país retirou o seu contingente militar de cerca de 3.200
soldados em novembro de 2006, mantendo apenas trabalhadores humanitários e pessoal
civil. Em Agosto de 2006, a Itália enviou cerca de 2.450 soldados para o Líbano a
serviço das Nações Unidas em uma missão de paz, a FINUL.[37] Além disso, desde 2 de
Fevereiro de 2007 um italiano, Claudio Graziano é o comandante da força da ONU no
país.

Forças armadas




Um Eurofighter Typhoon operado pela Força Aérea Italiana.
O exército, marinha, força aérea e a Arma dos Carabineiros coletivamente formam as
forças armadas italianas, sob o comando do Conselho Supremo de Defesa, presidido
pelo Presidente da República Italiana. Desde 1999, o serviço militar é voluntário.[38] Em
2010, o exército italiano tinha 293.202 soldados ativos,[39] dos quais 114.778 na guarda
nacional.[40]

Os gastos militares italianos totais em 2010 foram os décimos maiores do mundo,
situando-se em 35,8 bilhões dólares, equivalente a 1,7% do PIB nacional. Como parte
da partilha estratégia de armas nucleares da OTAN, a Itália também abriga 90 bombas
nucleares dos Estados Unidos, localizadas nas bases aéreas de Ghedi e Aviano.[41]

Divisões administrativas
As vinte regiões da Itália são a primeira subdivisão do país, tendo sido instituídas com a
Constituição de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a autonomia
local.

Cinco regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha, Sicília,
Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante mais ampla autonomia para
legislar sobre diversas matérias independentes do governo central. Estas cinco regiões
são autônomas por fatores culturais, linguísticos e geográficos. Cada região tem um
conselho (consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta
(giunta regionale) encabeçada por um presidente.

As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas nos anos 1970 e elas
serviam prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do estado. Depois
duma reforma da constituição em 2001, as competências legislativas das regiões de
estatuto ordinário foram ampliadas e os controlos estatais foram significativamente
reduzidos senão completamente apagados, como o comissário do governo central. Mas
a autonomia financeira é ainda muito limitada.

Além da capital, Roma, três outras cidades têm mais de um milhão de habitantes: Milão,
a mais rica do país, Nápoles e Turim. Outras cidades importantes são Gênova, Veneza,
Florença e Bolonha.

                                                                         Áre
                                                                          a Popula
                 Regiões da Itália                        Região Capital
                                                                         (k  ção
                                                                         m²)
                                                          Abruzz              10    1 324
                                                                    L'Aquila
                                                          o                  794      000
                                                          Basilic              9      591
                                                                    Potenza
                                                          ata                992      000
                                                          Calabri   Catanzar 15     2 007
                                                          a         o        080      000
                                                          Campâ               13    5 811
                                                                    Nápoles
                                                          nia                595      000
                                                          Emília- Bolonha      22   4 276
Áre
                                                                              a Popula
                     Regiões da Itália                      Região Capital
                                                                             (k  ção
                                                                             m²)
Apúlia
Basilicata
                                                           Roman             124   000
Calábria
Sicília
                                                           ha
Molise
Campânia
                                                           Friuli-
Abruzos                                                    Venezi              7 1 222
Lácio                                                               Trieste
Úmbria                                                     a                 855   000
Marcas
Toscana
                                                           Giulia*
Sardenha
Emilia-Romagna                                                                17 5 561
                                                           Lácio Roma
Ligúria
Piemonte
                                                                             207   000
Friuli                                                                         5 1 610
Venezia Giulia                                             Ligúria Gênova
Vale de                                                                      421   000
Aosta
Trentino                                                   Lombar             23 9 642
Alto Ádige                                                          Milão
Vêneto                                                     dia               861   000
Lombardia
Mar adriático                                                                  9 1 553
Mar Jônico                                                 Marche Ancona
Mar mediterrâneo                                                             694   000
Mar Tirreno
Mar Lígure                                                          Campob     4   320
                                                           Molise
                                                                    asso     438   000
                                                           Piemon             25 4 401
                                                                    Turim
                                                           te                399   000
                                                                              19 4 076
                                                           Apúlia Bari
                                                                             362   000
                                                           Sarden             24 1 666
                                                                    Cagliari
                                                           ha*               090   000
                                                           Vale de             3   126
                                                                    Aosta
                                                           Aosta*            263   000
                                                           Toscan             22 3 677
                                                                    Florença
                                                           a                 997   000
                                                           Trentin
                                                                              13 1 007
                                                           o-Alto Trento
                                                                             607   000
                                                           Ádige*
                                                                               8   884
                                                           Úmbria Perugia
                                                                             456   000
                                                                              25 5 030
                                                           Sicília* Palermo
                                                                             708   000
                                                                              18 4 832
                                                           Vêneto Veneza
                                                                             391   000
            Fonte: ISTAT - Censo Geral da população italiana (2001)

Economia
A Borsa Italiana, localizada em Milão, a principal bolsa de valores da Itália.

Segundo o PIB, a Itália foi a sétima maior economia do mundo em 2006 e a quarto
maior da Europa. Segundo a OCDE, em 2004, a Itália foi a sexta maior exportadora de
produtos manufaturados do mundo. Essa economia permanece dividida em um norte
industrialmente desenvolvido, dominado por empresas privadas, e um menos
desenvolvido e agrícola sul. No Índice de Liberdade Econômica de 2008 o país foi
classificado em 64° de 162 países, ou 29° de 41 países europeus, a mais baixa
qualificação do UE-15 e atrás de muitos países europeus ex-socialistas. De acordo com
esses dados do Banco Mundial, a Itália tem elevados níveis de liberdade de investir,
fazer negócios, e comércio. Por outro lado, nesse país há uma burocracia ineficiente,
direitos de propriedade relativamente baixos e altos níveis de corrupção (comparado
com outros países europeus), altos impostos, e grande consumo público de cerca de
metade do PIB.[42]

A maioria das matérias-primas necessárias às indústrias italianas, e mais de 75% das
necessidades energéticas, são importadas. Ao longo da última década, a Itália tem
prosseguido uma política fiscal apertada, a fim de satisfazer as exigências da União
Econômica e Monetária e tem sido beneficiada com baixas de taxas de juro e inflação.
A Itália aderiu ao euro a partir da sua introdução no bloco em 1999.




Vinhedos em Tirol do Sul. A Itália é o maior produtor mundial de vinho.
Ferrari 458 Italia. A Itália é o sétimo maior exportador de mercadorias do mundo.

O desempenho econômico da Itália foi, em algumas vezes, mais atrasado do que o dos
seus parceiros da UE, e o atual governo tem adotado numerosas reformas de curto prazo
destinadas a melhorar a competitividade e o crescimento a longo prazo. Apesar disso,
ela tem andado devagar na execução de certas reformas estruturais aconselhada por
economistas, tais como a diminuição da carga fiscal, a flexibilização das leis trabalhistas
e a revisão do caro sistema de pensão, devido ao abrandamento econômico e da
oposição de sindicatos trabalhistas.

A Itália tem um número menor de corporações multinacionais do que outras economias
de mesma dimensão. Em vez disso, a principal força económica do país tem sido a sua
grande base de pequenas e médias empresas. Algumas destas empresas fabricam
produtos que são tecnologicamente avançados e, por isso, fazem frente à crescente
concorrência da China e outras economias emergentes da Ásia, que são capazes de
oferecer um produto mais barato devido aos baixos custos trabalhistas. Estas empresas
italianas reagem à concorrência asiática concentrando-se em produtos mais avançados
tecnologicamente, enquanto deslocam manufaturas de menor nível tecnológico para
fábricas instaladas em países onde a mão-de-obra é mais barata. As empresas italianas,
em média, são de pequeno porte, e isto é um fator limitante à economia, e o governo
vem trabalhando para incentivar integrações e fusões e para reformar as rígidas
regulamentações que tradicionalmente têm sido um obstáculo ao desenvolvimento de
grandes corporações no país.

O centro financeiro e industrial do país é Milão, sendo também considerada a capital
mundial da moda, de acordo com o Global Language Monitor de 2009.[43]

As principais exportações da Itália são automóveis (Grupo Fiat, Aprilia, Ducati,
Piaggio), produtos químicos, petroquímicos (Eni), eletricidade (Enel, Edison),
eletrodomésticos (Merloni, Candy), tecnologia aeroespacial e de defesa (Alenia, Agusta,
Finmeccanica), armas de fogo (Beretta); mas os produtos exportados mais famosos do
país estão nos campos da moda (Armani, Valentino, Versace, Dolce & Gabbana,
Roberto Cavalli, Benetton, Prada, Luxottica), alimentos (Ferrero, Barilla, Martini &
Rossi, Campari, Parmalat), veículos de luxo (Ferrari, Maserati, Lamborghini, Pagani) e
iates (Ferretti, Azimut).

No entanto, atualmente o país enfrenta alguns problemas socioeconômicos. Enquanto o
norte do país é urbano e indutrializado, contrasta violentamente com o sul, área
chamada de Mezzogiorno, mais agrário e menos industrializado que o norte, além de
possuir alto índice de criminalidade em função das atividades da máfia. O desempenho
econômico da Itália tem sido fraco em relação a seus vizinhos europeus, com tímido
crescimento econômico, principalmente depois da crise económica mundial de 2008-
2009. Outro problema enfrentado é o alto déficit público, sendo classificado como um
dos países PIIGS.

Turismo

O Turismo também é muito importante para a economia italiana: com mais de 37
milhões de turistas por ano, a Itália é classificada como o quinto principal destino
turístico do mundo.[44]
A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e Roma é a terceira cidade
mais visitada da União Europeia,[45] sendo constantemente considerada como uma das
mais belas cidades antigas do mundo.[46] Veneza também é considerada a cidade mais
bonita do mundo, segundo o New York Times, que descreve a cidade como "sem dúvida
a mais bela cidade construída pelo homem".[47] O país também foi classificado com
tendo a sexta melhor reputação internacional de 2009.[48]

Infraestrutura
Transportes




ETR 500 na Estação Central de Milão.

As linhas férreas na Itália totalizam 16.627 km, a 17ª maior do mundo, e são operadas
pela Ferrovie dello Stato. Trens de alta velocidade incluem os trens classe ETR, dos
quais o ETR 500 viaja a 300 km/h.

Em 1991, a Treno Alta Velocità SpA foi criada, uma sociedade de propósito específico
pertencente à RFI (controlada pela Ferrovie dello Stato) para o planejamento e
construção de linhas para trem de alta velocidade ao longo das linhas mais importantes e
saturadas da Itália. O objetivo da construção do TAV é de melhorar a viagem ao longo
das linhas ferroviárias mais saturadas da Itália e adicionar novos trilhos a estas linhas,
notadamente Milão-Nápoles e Turim-Milão-Veneza. Uma dos focos do projeto é tornar
a rede ferroviária da Itália um sistema ferroviário de passageiros moderno e de alta
tecnologia, de acordo com os atuais padrões ferroviários. Um propósito secundário era
de introduzir os trens de alta velocidade ao país e aos seus corredores principais.
Quando a demanda das linhas regulares for reduzida com a abertura de linhas de alta
velocidade dedicadas, as linhas regulares serão utilizadas prioritariamente para trens
regionais de baixa velocidade e trens de carga. Com estas ideias concretizadas, a rede
ferroviária italiana poderá ser integrada a outras redes ferroviárias europeias,
particularmente o TGV francês, o ICE alemão e o espanhol AVE.

Existem cerca de 654.676 km de rodovias utilizáveis na Itália, incluindo os 6.957 km de
autoestradas.[49] Existem cerca de 133 aeroportos na Itália, incluindo os dois hubs de
Malpensa Internacional (perto de Milão) e o Internacional Leonardo Da Vinci-
Fiumicino (perto de Roma).

O país tem 27 grandes portos, sendo o maior em Gênova, que também é o segundo
maior do Mar Mediterrâneo, depois de Marselha. 2.400 km de hidrovias passam pela
Itália.
Cultura
          Ver artigo principal: Cultura da Itália

A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura europeia e mundial,
em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto país, não existia antes da unificação das
Cidades-Estado. A unificação só se concluiu em 1870. Em função disto, muitas
tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são mais associadas a regiões
específicas do país.

Os italianos podem-se vangloriar de uma longa tradição cultural das artes às ciências e
tecnologia, e uma forte tradição de excelência em todas as artes, culturas, literatura e
ciências,corroborado no facto do país possuir o maior número de patrimônios da
UNESCO, totalizando 44. São nomes italianos, grandes polímatas, artistas e gênios,
como Dante, Leonardo da Vinci, Michelangelo e Enrico Fermi.[50][51]

Artes




A Última Ceia de Leonardo da Vinci: igualmente a Mona Lisa, é a mais famosa,
reproduzida e parodiada pintura de todos os tempos.[52]

A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se
espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. A
contribuição italiana para a arte e cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da
Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano e
Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitetura, as contribuições da Itália
para a literatura, ciência e música são indiscutíveis.

Literatura

A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante
Alighieri, cuja obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período
medieval. Em italiano escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas
Tasso, Ariosto, Leopardi, e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção
italiana. Grandes filósofos são Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco.

Música
Luciano Pavarotti, um dos mais famosos tenores de todos os tempos.

Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo na
cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi.
Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas
artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata. Alguns dos compositores italianos mais
célebres são Palestrina e Monteverdi, ambos da época da Renascença, os compositores
do Barroco Corelli e Vivaldi, os clássicos Paganini e Rossini, os românticos Verdi e
Puccini e os contemporâneos Berio e Nono.

Cinema

O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do
neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto
Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. Outros diretores se incluem no panteão
dos maiores mestres da sétima arte, como Michelangelo Antonioni, Federico Fellini,
Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci, Mario Monicelli,
Dino Risi, Marco Bellocchio, e mais recentemente, Nanni Moretti. Todos eles, de
estilos diversos e fascinantes, possuem ao menos um ponto em comum: são alguns dos
mais polêmicos, criativos e mordazes investigadores e críticos da sociedade
contemporânea, isso nas artes em geral. Atores como Sophia Loren, Marcello
Mastroianni, Vittorio Gassman, Anna Magnani, Monica Vitti, Roberto Benigni são
alguns dos mais conhecidos de todos os tempos.

Esportes

A Itália tem uma longa tradição esportiva. Em diversos esportes, tanto individuais
quanto em equipe, a Itália tem uma boa representação e muitos sucessos. O esporte mais
popular é de longe o futebol. Basquete e vôlei são os próximos mais populares, com a
Itália com uma rica tradição em ambos. A Itália ganhou a Copa do Mundo FIFA de
2006, e atualmente é o segundo time de futebol mais bem sucedido do mundo, depois
do Brasil, tendo vencido quatro Copas do Mundo FIFA. [176] A Itália também tem
fortes tradições no ciclismo, tênis, atletismo, esgrima, esportes de inverno e rugby. A
italiana Scuderia Ferrari é a mais antiga equipe sobrevivente nos Grandes Prêmios,
tendo competido desde 1948 e, estatisticamente, a mais bem sucedida equipe de
Fórmula Um na história com um recorde de campeonatos.

Culinária
Uma autêntica pizza napolitana.

A culinária italiana moderna evoluiu através de séculos de mudanças sociais e políticas,
com suas raízes que remontam ao século 4 a.C. Mudanças significativas ocorreram com
a descoberta do Novo Mundo, quando alguns vegetais, tais como batatas, tomates,
pimentões e milho, tornaram-se disponíveis. No entanto, estes ingredientes centrais da
cozinha italiana moderna não foram introduzidos em escala antes do século XVIII.[53]

Ingredientes e pratos variam conforme a região. No entanto, muitos pratos que antes
eram regionais têm proliferado em diferentes variações em todo o país. Queijo e vinho
são partes importantes da cozinha, desempenhando diferentes papéis tanto
regionalmente quanto nacionalmente com suas muitas variações e leis Denominazione
di origine controllata (denominação regulamentada). Café e, mais especificamente o
café expresso, tornou-se muito importante para a cozinha cultural da Itália. Alguns
pratos famosos e artigos incluem massas, pizzas, lasanhas, focaccia e gelato.

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A história da Itália desde a Antiguidade até a unificação

  • 1. A Itália (em italiano: Italia), oficialmente República Italiana (em italiano: Repubblica Italiana), é um país situado na Península Itálica, na Europa meridional, e em duas ilhas no mar Mediterrâneo, Sicília e Sardenha. A Itália divide suas fronteiras alpinas no norte com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia. Os estados independentes de San Marino e do Vaticano são enclaves no interior da Península Itálica e Campione d'Italia é um enclave italiano na Suíça. O terreno conhecido hoje como Itália foi o berço de várias culturas e povos europeus, como os Etruscos e os Romanos. A capital da Itália, Roma, foi durante séculos o centro da civilização ocidental. Mais tarde, tornou-se o berço do Renascimento [2] e também desempenhou um papel importante no desenvolvimento da ciência e da astronomia moderna, especialmente o heliocêntrico, bem como a Universidade e a ópera. Durante a Idade Média, a Itália foi dividida em vários reinos e cidades-estado (como o Reino da Sardenha, o Reino das Duas Sicílias e o ducado de Milão), mas foi unificada em 1861,[3] um período da história conhecido como o "Risorgimento". Do final do século XIX até a Segunda Guerra Mundial, a Itália possuía um império colonial, que estendia seu domínio a Líbia, Eritreia, Somália Italiana, Etiópia, Albânia, Rodes, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin, na China [4] A Itália Moderna é uma república democrática e um país desenvolvido, com a oitava melhor classificação no índice de vida [5] O país goza de um alto padrão de vida, sendo o 18º país mais desenvolvido do mundo.[6] É um membro fundador do que hoje é a União Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma, em 1957, além de ser também um membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). É membro do G8 e do G20 (com a sétima maior economia PIB nominal), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental e da Iniciativa Centro-Europeia. A Itália é um Estado membro do Acordo de Schengen. O país possui o oitavo maior orçamento militar do mundo e é uma das nações que compartilha armas nucleares com a OTAN. A Itália, especialmente Roma, tem um papel proeminente a nível europeu e mundial em assuntos culturais, diplomáticos e militares, com grande impacto global na política e na cultura, sediando organizações mundiais como a Agricultura [7] Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Global Forum,[8] Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Colégio de Defesa da OTAN. A influência política, económica social e militar do país na Europa tornou-o uma importante potência regional, a par Reino Unido, da França, da Alemanha e da Rússia [9][10][11][12][13] O país possui uma educação pública de alto nível, força de trabalho elevada,[14] índice de caridade alto,[15] além de ser um país globalizado.[16] A Itália também tem a 18ª expectativa de vida mais alta do mundo, a frente de países como Noruega e Áustria [17] Etimologia
  • 2. Quando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão dos latinos, os povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da Península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de vitulos (bezerro de entre um e dois anos). Estas palavras se derivaram do indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘ (ano), também presente em veterano e veterinário. O gado vacum era tão importante para esses povos que adoptaram como emblema a imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do Sul e que com o tempo incluiu também os latinos. Até meados do século I, Itália era usado em latim para designar a Península, e ‘itali – orum’ para seus habitantes. História Ver artigos principais: História da Itália, História da Itália fascista e Itália republicana. A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto na Europa como no resto do mundo. Tendo sido o berço da grande civilização romana e do fascismo, com Mussolini. Pré-história e Roma antiga Ver artigo principal: Roma antiga O Coliseu, em Roma, um dos maiores símbolos do poder do Império Romano, construído ca. 70-80 DC. A população da Itália remonta aos tempos pré-históricos, época da qual foram encontrados importantes vestígios arqueológicos. Durante a Idade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três grandes núcleos geográficos, a do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a de Etrúria. Uma destas culturas, os ligures, foram um enigmático povo que habitava o norte de Itália, Suíça o sul de França [18] Entre os diversos povos da Antiguidade são dignos de menção, em particular, os Lígures, os Vênetos e os Celtas no norte, os latinos e os etruscos Samnitas no centro,
  • 3. enquanto no sul prosperaram colónias Gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milénio a.C. floresceu a antiga civilização dos Sardos. Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a Etrusca (a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a mais original e duradoura síntese política, económica e cultural. Nascida na Península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina - o berço do Cristianismo - Síria, Fenícia e Egipto). Graças ao seu império, Roma difundiu a cultura Heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foi os limites de sua civilização. Idade média Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Génova, Pisa e Amalfi. Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em vários estados, alguns independentes, alguma parte de estados-maiores (inclusive fora da península Itálica). O mais duradouro entre eles foi os Estados Pontifícios, que resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos Hérulos e, em seguida, dos Ostrogodos. A re-anexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano, em virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos. Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais, mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se submeter aos Francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano- Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O desenvolvimento de cidades-estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida
  • 4. económica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão normanda, formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem administrados da Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas marítimas e mais tarde, as signorias. Renascença Ver artigo principal: Renascença italiana Durante a época das cidades-estado começou o Humanismo e o Renascimento, caracterizado por um grande renascimento das artes, que teve grande influência no resto da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu, influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, uma série de movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é chamado de Risorgimento. Unificação Ver artigo principal: Risorgimento Garibaldi e Vítor Emanuel II. A Itália contemporânea nasceu como um estado unitário, quando em 17 de Março de 1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o comando do Rei da Sardenha Vittorio Emanuele II da casa de Sabóia. O arquitecto da unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo directamente) Giuseppe Garibaldi, permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte. O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino Unido - tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento revolucionário de 1848).
  • 5. Giuseppe Garibaldi, líder da Expedição dos Mil. A primeira capital foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de partida do processo de unificação da Itália. Depois da Convenção de Setembro (1864), a capital foi transferida para Florença. Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos que estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da França pelos Prussianos, após uma rápida acção militar em 20 de Setembro de 1870, também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade autónoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino. Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não estava completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": O Trentino, Trieste, a Ístria e a Dalmácia que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexos depois dos tratados de paz, após a Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Inglaterra e Estados Unidos aos Impérios Centrais, perdedores da guerra. Ditadura fascista e república Benito Mussolini durante a Marcha sobre Roma. Após a Primeira Guerra Mundial, instalou-se a ditadura fascista, que envolveu a perda da liberdade política por mais de vinte anos e a desastrosa participação do país na Segunda Guerra Mundial junto com a Alemanha. Após o fim da guerra, em 2 de Junho de 1946, um referendo estabeleceu o abandono da monarquia como uma forma de governo e a adopção de uma república parlamentar. No mesmo dia os cidadãos italianos
  • 6. foram convidados a votar para a eleição de uma Assembleia Constituinte, que em Dezembro de 1946, começou a trabalhar na elaboração de uma Constituição. A nova Constituição entrou em vigor em 1° de Janeiro de 1948. A Itália é um membro fundador da OTAN e da União Europeia, tendo criado junto com Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Luxemburgo, Países Baixos em 18 de Abril de 1951 (através do Tratado de Paris), a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e tem participado de todos os principais tratados de unificação da Europa, incluindo a entrada na zona do euro em 1999, quando substituiu a antiga lira italiana. Geografia Mapa topográfico da Itália. A maior parte da Itália está localizada na Península Itálica, no continente europeu, e onde dois enclaves independentes estão localizados: a República de San Marino e o Vaticano. As ilhas de Sicília, Sardenha e Elba também fazem parte da Itália. A Itália limita-se ao norte com Suíça e com Áustria, a leste com a Eslovénia, com o Mar Adriático (através do qual contacta também com a Croácia, Montenegro, Albânia), e com o Mar Jónico, que a separa da Grécia. A Itália limita-se a sul com o Mar Mediterrâneo (incluindo o Canal de Malta que separa a Sicília de Malta), a sudoeste com o Mar Tirreno e a oeste com o Mar da Ligúria (ambos separando o território peninsular das ilhas da Sicília e Sardenha e da ilha francesa da Córsega). Finalmente, a Itália limita-se ao noroeste com a França. O terreno italiano é bastante acidentado, com os Apeninos formando o esqueleto central da península. Os Alpes percorrendo as fronteiras continentais do norte do país, onde localiza-se seu ponto mais alto que é o Monte Branco, na fronteira noroeste, dividido com a França, com seus 4.808 metros. Mas dois vulcões estão mais associados com o país: o Monte Etna, na Sicília, e o Monte Vesúvio, perto de Nápoles. Na cultura popular é comum associar o formato político-geográfico da Itália a uma bota (em italiano "stivale"). Clima
  • 7. Monte Branco é o ponto mais alto da Itália e da União Europeia. O clima da Itália varia de região para região. O norte da Itália (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico, com verões tipicamente secos e ensolarados. O clima das áreas litorais da península é muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais elevadas são frias, húmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As regiões litorais têm um clima mediterrâneo típico com invernos amenos e verões quentes, geralmente secos. Há diferenças notáveis nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2 °C, enquanto em Nápoles as temperaturas estão em +12 °C. Certas manhãs, Turim pode amanhecer com -12 °C, quando ao mesmo tempo Roma se encontra com +6 °C e Reggio Calabria +10 °C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão húmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria. Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ou Enna (na Sicília) têm invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras localidades costeiras das mesmas regiões. Nos Apeninos neva regularmente durante o inverno. Geralmente o mês mais quente é Agosto no sul, e Julho no norte. Nesses meses os termómetros podem marcar 42 °C no sul e 33 °C no norte. O mês mais frio é Janeiro, com médias no Vale do Rio Pó de 0 °C, Florença 5 °C, Roma 8 °C. Mas as mínimas podem chegar a -14 °C no Vale do Rio Pó, -5 °C em Florença, -4 °C em Roma, -2° em Nápoles e em Palermo +1 °C. Demografia Ver artigo principal: Demografia da Itália Em Janeiro de 2009, a população italiana passou de 60 milhões [19] a quarta maior da União Europeia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 199,3 habitantes por km², o quinto maior da União Europeia, sendo o norte a parte mais densa; um terço do país contém quase a metade da população. Depois da II Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento económico que levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A alta fertilidade persistiu até a década de 1970, e depois passou para abaixo da taxa de reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é aposentado. Apesar disso, graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos anos 2000 a Itália viu um acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos [20]
  • 8. ver • editar Cidades mais populosas da Itália Estimativas do ISTAT para 31 de Dezembro de 2010 P P Po Ci Re Po Ci Re o o siç da gi siç da gi p p ão de ão ão de ão . . 2 761 270 1 Roma Lácio 11 Veneza Vêneto 477 884 Lomba 1 324 263 2 Milão 12 Verona Vêneto rdia 110 964 Nápole Campâ 959 Messin 242 3 13 Sicília s nia 574 a 503 Piemon 907 214 4 Turim 14 Pádua Vêneto te 563 198 Friul- Palerm 655 205 Roma 5 Sicília 15 Trieste Veneza o 875 535 Nápoles Júlia Gênov 607 Lomba 193 6 Ligúria 16 Bréscia a 906 rdia 879 Emília- Bolonh 380 Tarent 191 7 Roman 17 Apúlia a 181 o 810 Milão ha Turim Floren Toscan 371 Toscan 188 8 18 Prato ça a 282 a 011 Emília- 320 186 9 Bari Apúlia 19 Parma Roman 475 690 ha Reggio Catâni 293 di Calábri 186 10 Sicília 20 a 458 Calabr a 547 ia Migração e etnicidade
  • 9. Número de imigrantes residentes na Itália, por país, em 2006. (Clique para ampliar). Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte. Posteriormente, estabeleceram-se no Norte povos germânicos (ostrogodos, visigodos, lombardos) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana. Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do país ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza.[21] O norte foi o primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em direção ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul também sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de número em 1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913, quando 872.598 pessoas deixaram a Itália.[22] O fenômeno só diminuiu devido à eclosão da I Guerra Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a instalação do regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.[22] Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, Brasil, ca. 1890. O primeiro grande movimento migratório de italianos em direção ao Brasil ocorreu logo após a unificação, em 1875, pioneiramente para o sul do país, embora a maior massa de imigrantes tenha se instalado em São Paulo, para trabalhar na colheita do café. A imigração italiana foi massiva até o começo do século XX, mas depois das constantes notícias de trabalho semi-escravo no Brasil,[23] a Itália decretou o "decreto Prinetti" que proibia a imigração subsidiada em direção ao país, direcionando o fluxo imigratório italiano para os Estados Unidos e a Argentina. As maiores comunidades italianas se encontram em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde profundamente fazem parte da cultura local.
  • 10. Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes do mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado principalmente depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam 5% da população ou quase 3 milhões de pessoas,[24] um aumento de 270.000 desde o ano antecedente. Em algumas cidades italianas, como Bréscia, Milão e Pádua, o total de imigrantes é maior que 10% da população. A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações europeias (47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%) como a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente registrados como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o número atual pode ser duas vezes maior, ou ainda mais.[25] Em 2006, os outros imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e América Latina (8,90%). Pequenos grupos vinham da África subsaariana e América do Norte.[24] Religião Basílica de Santa Maria del Fiore. 87,8% da população italiana segue o Catolicismo Romano. O Catolicismo Romano é de longe a maior religião do país, embora a Igreja Católica não seja mais a religião oficial do estado. 87,8% dos italianos identificam-se catolicos romanos,[26] embora apenas um terço descrevem-se como membros ativos (36,8%). A sede mundial da Igreja Católica Romana situa-se no Vaticano, um Estado religioso independente, encravado em território Italiano, e que tem por representante a figura do Papa. Outros grupos cristãos na Itália incluem mais de 700.000 cristãos ortodoxos,[27] incluindo 470.000 imigrantes,[28] e por volta de 180.000 gregos ortodoxos, 550.000 pentecostais e evangélicos (0,8%) (dos quais 400.000 são membros da Assembleia de Deus da Itália), 235.685 testemunhas de Jeová (0,4%),[29] e 104.000 de outras religiões.[30][31] A minoria religiosa mais antiga do país é comunidade judaica, que compreende por volta de 45.000 pessoas, mas não é mais o maior grupo não-cristão da Itália. Como resultado da significante imigração de outras partes do mundo, 825.000 muçulmanos (1.4% da população total) moram no país,[32] mas apenas 50.000 são cidadãos italianos. Ainda, tem 110.000 budistas (0,2%),[28][33][34] 70.000 sikhs,[35] e 70.000 hindus (0.1%) na Itália. Idioma
  • 11. Ver artigo principal: Línguas da Itália O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é uma língua derivada do dialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região de Florença. Existem diversas línguas e dialetos falados no dia-a-dia pela população italiana, como o sardo (na Sardenha), napolitano (em Campânia), vêneto (no Vêneto), friulano (em Friuli-Venezia Giulia), francês (no Valle d'Aosta), alemão (na Província autónoma de Bolzano), esloveno (em Trieste). Política Palazzo Montecitorio, sede do Parlamento da Itália. A Constituição italiana de 1948[36] estabeleceu um parlamento bicameral, que é formado por uma Câmara dos Deputados (Camera dei Deputati) e de um Senado (Senato della Repubblica) além de um sistema judiciário; e um sistema executivo composto de um Conselho de Ministros (Consiglio dei ministri), encabeçado pelo primeiro-ministro (Presidente del consiglio dei ministri). O presidente da república (Presidente della Repubblica) tem direito a um mandato de 7 anos. O presidente escolhe o primeiro- ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O Conselho de Ministros precisa ter apoio (fiducia - confiança) de ambas as casas do parlamento. Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população. De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de 2001). O Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da república, de acordo com provisões constitucionais especiais. Ambos, a Câmara de Deputados e o Senado, são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de duração, mas eles podem ser dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser criadas na Câmara de deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da maioria em ambas as Câmaras. O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código Napoleônico e outros estatutos adicionados posteriormente. Há também uma corte constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.
  • 12. Relações exteriores Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A Itália foi um membro fundador da Comunidade Europeia - agora União Europeia (UE). A Itália foi aceita nas Nações Unidas em 1955 e é um membro e um forte braço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio/Organização Mundial do Comércio (GATT/OMC), a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e o Conselho da Europa. Sua última vez como Presidente rotativa de organizações internacionais incluem a CSCE (a precursora da OSCE) em 1994, a UE duas vezes, em 2001 e de Julho a Dezembro de 2003. A Itália apoia as Nações Unidas e as suas atividades internacionais de segurança. O país já forneceu tropas de apoio a missões de paz da ONU na Somália, Moçambique, e no Timor-Leste e dá suporte para operações da OTAN e da ONU na Bósnia, Kosovo e Albânia. A Itália mobilizou também mais de 2000 soldados para o Afeganistão, em apoio à Operação Liberdade Duradoura (OEF, do inglês Operation Enduring Freedom) em fevereiro de 2003 e apoia ainda os esforços internacionais para reconstruir e estabilizar o Iraque, mas o país retirou o seu contingente militar de cerca de 3.200 soldados em novembro de 2006, mantendo apenas trabalhadores humanitários e pessoal civil. Em Agosto de 2006, a Itália enviou cerca de 2.450 soldados para o Líbano a serviço das Nações Unidas em uma missão de paz, a FINUL.[37] Além disso, desde 2 de Fevereiro de 2007 um italiano, Claudio Graziano é o comandante da força da ONU no país. Forças armadas Um Eurofighter Typhoon operado pela Força Aérea Italiana.
  • 13. O exército, marinha, força aérea e a Arma dos Carabineiros coletivamente formam as forças armadas italianas, sob o comando do Conselho Supremo de Defesa, presidido pelo Presidente da República Italiana. Desde 1999, o serviço militar é voluntário.[38] Em 2010, o exército italiano tinha 293.202 soldados ativos,[39] dos quais 114.778 na guarda nacional.[40] Os gastos militares italianos totais em 2010 foram os décimos maiores do mundo, situando-se em 35,8 bilhões dólares, equivalente a 1,7% do PIB nacional. Como parte da partilha estratégia de armas nucleares da OTAN, a Itália também abriga 90 bombas nucleares dos Estados Unidos, localizadas nas bases aéreas de Ghedi e Aviano.[41] Divisões administrativas As vinte regiões da Itália são a primeira subdivisão do país, tendo sido instituídas com a Constituição de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a autonomia local. Cinco regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha, Sicília, Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante mais ampla autonomia para legislar sobre diversas matérias independentes do governo central. Estas cinco regiões são autônomas por fatores culturais, linguísticos e geográficos. Cada região tem um conselho (consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta (giunta regionale) encabeçada por um presidente. As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas nos anos 1970 e elas serviam prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do estado. Depois duma reforma da constituição em 2001, as competências legislativas das regiões de estatuto ordinário foram ampliadas e os controlos estatais foram significativamente reduzidos senão completamente apagados, como o comissário do governo central. Mas a autonomia financeira é ainda muito limitada. Além da capital, Roma, três outras cidades têm mais de um milhão de habitantes: Milão, a mais rica do país, Nápoles e Turim. Outras cidades importantes são Gênova, Veneza, Florença e Bolonha. Áre a Popula Regiões da Itália Região Capital (k ção m²) Abruzz 10 1 324 L'Aquila o 794 000 Basilic 9 591 Potenza ata 992 000 Calabri Catanzar 15 2 007 a o 080 000 Campâ 13 5 811 Nápoles nia 595 000 Emília- Bolonha 22 4 276
  • 14. Áre a Popula Regiões da Itália Região Capital (k ção m²) Apúlia Basilicata Roman 124 000 Calábria Sicília ha Molise Campânia Friuli- Abruzos Venezi 7 1 222 Lácio Trieste Úmbria a 855 000 Marcas Toscana Giulia* Sardenha Emilia-Romagna 17 5 561 Lácio Roma Ligúria Piemonte 207 000 Friuli 5 1 610 Venezia Giulia Ligúria Gênova Vale de 421 000 Aosta Trentino Lombar 23 9 642 Alto Ádige Milão Vêneto dia 861 000 Lombardia Mar adriático 9 1 553 Mar Jônico Marche Ancona Mar mediterrâneo 694 000 Mar Tirreno Mar Lígure Campob 4 320 Molise asso 438 000 Piemon 25 4 401 Turim te 399 000 19 4 076 Apúlia Bari 362 000 Sarden 24 1 666 Cagliari ha* 090 000 Vale de 3 126 Aosta Aosta* 263 000 Toscan 22 3 677 Florença a 997 000 Trentin 13 1 007 o-Alto Trento 607 000 Ádige* 8 884 Úmbria Perugia 456 000 25 5 030 Sicília* Palermo 708 000 18 4 832 Vêneto Veneza 391 000 Fonte: ISTAT - Censo Geral da população italiana (2001) Economia
  • 15. A Borsa Italiana, localizada em Milão, a principal bolsa de valores da Itália. Segundo o PIB, a Itália foi a sétima maior economia do mundo em 2006 e a quarto maior da Europa. Segundo a OCDE, em 2004, a Itália foi a sexta maior exportadora de produtos manufaturados do mundo. Essa economia permanece dividida em um norte industrialmente desenvolvido, dominado por empresas privadas, e um menos desenvolvido e agrícola sul. No Índice de Liberdade Econômica de 2008 o país foi classificado em 64° de 162 países, ou 29° de 41 países europeus, a mais baixa qualificação do UE-15 e atrás de muitos países europeus ex-socialistas. De acordo com esses dados do Banco Mundial, a Itália tem elevados níveis de liberdade de investir, fazer negócios, e comércio. Por outro lado, nesse país há uma burocracia ineficiente, direitos de propriedade relativamente baixos e altos níveis de corrupção (comparado com outros países europeus), altos impostos, e grande consumo público de cerca de metade do PIB.[42] A maioria das matérias-primas necessárias às indústrias italianas, e mais de 75% das necessidades energéticas, são importadas. Ao longo da última década, a Itália tem prosseguido uma política fiscal apertada, a fim de satisfazer as exigências da União Econômica e Monetária e tem sido beneficiada com baixas de taxas de juro e inflação. A Itália aderiu ao euro a partir da sua introdução no bloco em 1999. Vinhedos em Tirol do Sul. A Itália é o maior produtor mundial de vinho.
  • 16. Ferrari 458 Italia. A Itália é o sétimo maior exportador de mercadorias do mundo. O desempenho econômico da Itália foi, em algumas vezes, mais atrasado do que o dos seus parceiros da UE, e o atual governo tem adotado numerosas reformas de curto prazo destinadas a melhorar a competitividade e o crescimento a longo prazo. Apesar disso, ela tem andado devagar na execução de certas reformas estruturais aconselhada por economistas, tais como a diminuição da carga fiscal, a flexibilização das leis trabalhistas e a revisão do caro sistema de pensão, devido ao abrandamento econômico e da oposição de sindicatos trabalhistas. A Itália tem um número menor de corporações multinacionais do que outras economias de mesma dimensão. Em vez disso, a principal força económica do país tem sido a sua grande base de pequenas e médias empresas. Algumas destas empresas fabricam produtos que são tecnologicamente avançados e, por isso, fazem frente à crescente concorrência da China e outras economias emergentes da Ásia, que são capazes de oferecer um produto mais barato devido aos baixos custos trabalhistas. Estas empresas italianas reagem à concorrência asiática concentrando-se em produtos mais avançados tecnologicamente, enquanto deslocam manufaturas de menor nível tecnológico para fábricas instaladas em países onde a mão-de-obra é mais barata. As empresas italianas, em média, são de pequeno porte, e isto é um fator limitante à economia, e o governo vem trabalhando para incentivar integrações e fusões e para reformar as rígidas regulamentações que tradicionalmente têm sido um obstáculo ao desenvolvimento de grandes corporações no país. O centro financeiro e industrial do país é Milão, sendo também considerada a capital mundial da moda, de acordo com o Global Language Monitor de 2009.[43] As principais exportações da Itália são automóveis (Grupo Fiat, Aprilia, Ducati, Piaggio), produtos químicos, petroquímicos (Eni), eletricidade (Enel, Edison), eletrodomésticos (Merloni, Candy), tecnologia aeroespacial e de defesa (Alenia, Agusta, Finmeccanica), armas de fogo (Beretta); mas os produtos exportados mais famosos do país estão nos campos da moda (Armani, Valentino, Versace, Dolce & Gabbana, Roberto Cavalli, Benetton, Prada, Luxottica), alimentos (Ferrero, Barilla, Martini & Rossi, Campari, Parmalat), veículos de luxo (Ferrari, Maserati, Lamborghini, Pagani) e iates (Ferretti, Azimut). No entanto, atualmente o país enfrenta alguns problemas socioeconômicos. Enquanto o norte do país é urbano e indutrializado, contrasta violentamente com o sul, área chamada de Mezzogiorno, mais agrário e menos industrializado que o norte, além de possuir alto índice de criminalidade em função das atividades da máfia. O desempenho econômico da Itália tem sido fraco em relação a seus vizinhos europeus, com tímido crescimento econômico, principalmente depois da crise económica mundial de 2008- 2009. Outro problema enfrentado é o alto déficit público, sendo classificado como um dos países PIIGS. Turismo O Turismo também é muito importante para a economia italiana: com mais de 37 milhões de turistas por ano, a Itália é classificada como o quinto principal destino turístico do mundo.[44]
  • 17. A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e Roma é a terceira cidade mais visitada da União Europeia,[45] sendo constantemente considerada como uma das mais belas cidades antigas do mundo.[46] Veneza também é considerada a cidade mais bonita do mundo, segundo o New York Times, que descreve a cidade como "sem dúvida a mais bela cidade construída pelo homem".[47] O país também foi classificado com tendo a sexta melhor reputação internacional de 2009.[48] Infraestrutura Transportes ETR 500 na Estação Central de Milão. As linhas férreas na Itália totalizam 16.627 km, a 17ª maior do mundo, e são operadas pela Ferrovie dello Stato. Trens de alta velocidade incluem os trens classe ETR, dos quais o ETR 500 viaja a 300 km/h. Em 1991, a Treno Alta Velocità SpA foi criada, uma sociedade de propósito específico pertencente à RFI (controlada pela Ferrovie dello Stato) para o planejamento e construção de linhas para trem de alta velocidade ao longo das linhas mais importantes e saturadas da Itália. O objetivo da construção do TAV é de melhorar a viagem ao longo das linhas ferroviárias mais saturadas da Itália e adicionar novos trilhos a estas linhas, notadamente Milão-Nápoles e Turim-Milão-Veneza. Uma dos focos do projeto é tornar a rede ferroviária da Itália um sistema ferroviário de passageiros moderno e de alta tecnologia, de acordo com os atuais padrões ferroviários. Um propósito secundário era de introduzir os trens de alta velocidade ao país e aos seus corredores principais. Quando a demanda das linhas regulares for reduzida com a abertura de linhas de alta velocidade dedicadas, as linhas regulares serão utilizadas prioritariamente para trens regionais de baixa velocidade e trens de carga. Com estas ideias concretizadas, a rede ferroviária italiana poderá ser integrada a outras redes ferroviárias europeias, particularmente o TGV francês, o ICE alemão e o espanhol AVE. Existem cerca de 654.676 km de rodovias utilizáveis na Itália, incluindo os 6.957 km de autoestradas.[49] Existem cerca de 133 aeroportos na Itália, incluindo os dois hubs de Malpensa Internacional (perto de Milão) e o Internacional Leonardo Da Vinci- Fiumicino (perto de Roma). O país tem 27 grandes portos, sendo o maior em Gênova, que também é o segundo maior do Mar Mediterrâneo, depois de Marselha. 2.400 km de hidrovias passam pela Itália.
  • 18. Cultura Ver artigo principal: Cultura da Itália A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura europeia e mundial, em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto país, não existia antes da unificação das Cidades-Estado. A unificação só se concluiu em 1870. Em função disto, muitas tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são mais associadas a regiões específicas do país. Os italianos podem-se vangloriar de uma longa tradição cultural das artes às ciências e tecnologia, e uma forte tradição de excelência em todas as artes, culturas, literatura e ciências,corroborado no facto do país possuir o maior número de patrimônios da UNESCO, totalizando 44. São nomes italianos, grandes polímatas, artistas e gênios, como Dante, Leonardo da Vinci, Michelangelo e Enrico Fermi.[50][51] Artes A Última Ceia de Leonardo da Vinci: igualmente a Mona Lisa, é a mais famosa, reproduzida e parodiada pintura de todos os tempos.[52] A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. A contribuição italiana para a arte e cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano e Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitetura, as contribuições da Itália para a literatura, ciência e música são indiscutíveis. Literatura A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante Alighieri, cuja obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período medieval. Em italiano escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas Tasso, Ariosto, Leopardi, e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção italiana. Grandes filósofos são Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco. Música
  • 19. Luciano Pavarotti, um dos mais famosos tenores de todos os tempos. Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo na cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi. Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata. Alguns dos compositores italianos mais célebres são Palestrina e Monteverdi, ambos da época da Renascença, os compositores do Barroco Corelli e Vivaldi, os clássicos Paganini e Rossini, os românticos Verdi e Puccini e os contemporâneos Berio e Nono. Cinema O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. Outros diretores se incluem no panteão dos maiores mestres da sétima arte, como Michelangelo Antonioni, Federico Fellini, Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci, Mario Monicelli, Dino Risi, Marco Bellocchio, e mais recentemente, Nanni Moretti. Todos eles, de estilos diversos e fascinantes, possuem ao menos um ponto em comum: são alguns dos mais polêmicos, criativos e mordazes investigadores e críticos da sociedade contemporânea, isso nas artes em geral. Atores como Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman, Anna Magnani, Monica Vitti, Roberto Benigni são alguns dos mais conhecidos de todos os tempos. Esportes A Itália tem uma longa tradição esportiva. Em diversos esportes, tanto individuais quanto em equipe, a Itália tem uma boa representação e muitos sucessos. O esporte mais popular é de longe o futebol. Basquete e vôlei são os próximos mais populares, com a Itália com uma rica tradição em ambos. A Itália ganhou a Copa do Mundo FIFA de 2006, e atualmente é o segundo time de futebol mais bem sucedido do mundo, depois do Brasil, tendo vencido quatro Copas do Mundo FIFA. [176] A Itália também tem fortes tradições no ciclismo, tênis, atletismo, esgrima, esportes de inverno e rugby. A italiana Scuderia Ferrari é a mais antiga equipe sobrevivente nos Grandes Prêmios, tendo competido desde 1948 e, estatisticamente, a mais bem sucedida equipe de Fórmula Um na história com um recorde de campeonatos. Culinária
  • 20. Uma autêntica pizza napolitana. A culinária italiana moderna evoluiu através de séculos de mudanças sociais e políticas, com suas raízes que remontam ao século 4 a.C. Mudanças significativas ocorreram com a descoberta do Novo Mundo, quando alguns vegetais, tais como batatas, tomates, pimentões e milho, tornaram-se disponíveis. No entanto, estes ingredientes centrais da cozinha italiana moderna não foram introduzidos em escala antes do século XVIII.[53] Ingredientes e pratos variam conforme a região. No entanto, muitos pratos que antes eram regionais têm proliferado em diferentes variações em todo o país. Queijo e vinho são partes importantes da cozinha, desempenhando diferentes papéis tanto regionalmente quanto nacionalmente com suas muitas variações e leis Denominazione di origine controllata (denominação regulamentada). Café e, mais especificamente o café expresso, tornou-se muito importante para a cozinha cultural da Itália. Alguns pratos famosos e artigos incluem massas, pizzas, lasanhas, focaccia e gelato.