A necessidade de formação adequada para o evangelismo
1. DOMINGO, 20 de maio A NECESSIDADE DE FORMAÇÃO
LIÇÃO 8 20 a 26 de maio de 2012 Em Mateus 9:37, Jesus disse aos discípulos que a seara era muito grande, mas
poucos os ceifeiros. Hoje, a seara é infinitamente maior e os ceifeiros continuam
a ser relativamente poucos. Há uma grande necessidade de enviar para a seara
obreiros que estejam bem habilitados e apetrechados. Embora continue permanen-
Preparação para o Evangelismo temente a ser verdade que a influência do Espírito Santo é o principal fator no su-
cesso do testemunho e do evangelismo, continua a ser importante que aqueles a
e Testemunho quem Deus chama para o serviço sejam formados mediante uma instrução formal,
e por meio de observação e participação. De acordo com Efésios 4:11 e 12, deve
haver um esforço claro para apetrechar pessoas para os muitos e variados aspetos
do ministério e do serviço.
SÁBADO À TARDE Deus prometeu abençoar dirigentes com certos dons, os quais os ajudarão a
agir como dirigentes e como formadores para a atividade evangelística. Não é in-
LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Mateus 4:19, 11:1-11, 10:1-14; I Pedro sistir demais, porém, dizer que evangelistas, pastores e professores não seguem
5:8; II Pedro 3:9. as diretrizes bíblicas se fizerem eles próprios todo o trabalho e não estiverem a dar
formação a outros para o serviço. Todos os que estão a ter formação para a obra de
testemunho e de evangelismo devem ser conduzidos a uma convicção firme de que
VERSO ÁUREO: “Jesus disse-lhes: Venham comigo e Eu vos farei pes- é na verdade vontade de Deus que o mundo seja salvo do pecado, de que a obra
cadores de homens.” Mateus 4:19, TIC. que Deus confiou à Igreja é buscar o mundo perdido e de que é vontade de Deus
que a Sua Igreja no mundo cresça.
PENSAMENTO-CHAVE: Importante como seja a formação adequada, devemos Leia Mateus 4:19 e Marcos 1:17 no contexto de Mateus 28:19. Que importân-
primeiramente estar fundamentados no nosso relacionamento com Jesus antes cia vê no facto de a primeira ordem registada de Jesus ter sido “Vinde após
de podermos estar “adequadamente preparados” para dar testemunho eficaz da mim, e eu vos farei pescadores de homens”? Que significado têm hoje essas
nossa fé. palavras para nós, como Adventistas do Sétimo Dia, com a compreensão que
temos das mensagens dos três anjos? Quanta “pesca de homens” estamos
É ALTAMENTE IMPROVÁVEL QUE UMA PESSOA sem estar certa da salva- realmente a fazer, em comparação com o andarmos simplesmente a “zelar
ção consiga levar outra a um relacionamento redentor com Jesus (ainda que tal pelos nossos barcos”?
possa acontecer). Essas pessoas podem até ser capazes de convencer outras
a acreditar nalgumas doutrinas bíblicas e nalguns factos, em datas e gráficos da
Bíblia. Essa convicção e essas crenças podem até levar pessoas a fazer mudan-
ças significativas no estilo de vida. Contudo, uma vez que é possível realizar boas
obras sem estar ligado a Jesus Cristo, é imperativo que qualquer formação para
testemunho e evangelismo foque tanto o doutrinal como o espiritual. Para ser um É significativo que Jesus não tenha simplesmente chamado os discípulos a se-
verdadeiro evangelista, a pessoa tem de estar muito firme e ter uma experiência rem pescadores de homens. Ele não disse “Vinde após mim e sejam pescadores
de homens”. Ele disse “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.
muito sólida do “evangelho eterno”. É este evangelho que, em última análise, pro-
Logo no início da sua ligação formal a Jesus, estes homens compreenderam que
duz crença, confissão, conversão, certeza e discipulado.
estavam a tomar parte numa importante ação de formação. Jesus chamou-os para
Vamos ver esta semana que preparar pessoas espiritualmente e dar-lhes as
um ambiente de aprendizagem, onde podiam ser treinados para a tarefa para a
competências necessárias é um princípio bíblico, e que nós necessitamos de ani- qual Ele os chamara. Os discípulos iam aprender muito através de ver e de fazer.
má-las a fazer disto uma realidade na sua igreja local. Só depois de terem aprendido, no ambiente local, o que fazer e como o fazer, é que
lhes deu uma missão mundial. Sem termos tido a adequada formação, a instrução
e o desenvolvimento espiritual pessoal de obreiros, a tarefa de levar o evangelho à
nossa vizinhança parecerá impossível.
Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Ester 8-10; Neemias 6; Profetas e Reis, cap. 55. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Neemias 7-10; Profetas e Reis, cap. 56.
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2. SEGUNDA, 21 de maio APRENDER PELA OBSERVAÇÃO TERÇA, 22 de maio APRENDER FAZENDO
Há dois aspetos da aprendizagem daqueles que desejam servir ao Senhor, e Por muitos livros que uma pessoa leia sobre o seu desporto favorito, e por
um leva ao outro. O primeiro, é aprender a conhecer Jesus; depois vem aprender muitos jogos que observe, se alguém quiser ser jogador terá de calçar as botas
a maneira de falar d’Ele e do que Ele oferece a toda a raça humana caída. e ir para o campo. Chama-se a isso ganhar experiência pela prática, aprender
fazendo, e sem isso a pessoa simplesmente não está preparada para a tarefa.
Leia sobre a ocasião em que Jesus alimentou 5 000 pessoas (Mat. 14:13- Esta verdade universal aplica-se até à prática de testemunho e de evangelismo do
21; Marcos 6:30-44; Lucas 9:10-17; João 6:1-14). Enumere as coisas que os cristão. Por vezes, ouvimos pessoas a dizer que não se querem envolver porque
discípulos terão observado, que os preparariam para a sua ação no futuro. não estão completamente preparadas. Essas pessoas devem compreender que
Que coisas podemos seguramente supor que eles observaram, as quais a participação ativa é uma parte vital do processo de preparação. Começar com
não estão especificamente mencionadas nos relatos dos Evangelhos? Leia pouco, passo a passo, e ir construindo, é esse o caminho a seguir. À medida que
também o que Ellen White acrescenta a esta história em O Desejado de To- o Espírito Santo nos conduz, aumentam as nossas aptidões, a nossa experiência
das as Nações, pp. 303-309, ed. P. SerVir. e a nossa confiança.
Como deve ter sido emocionante não só ouvir o maior dos pregadores, mas as- Mateus 10:1-14 relata Jesus a preparar os Seus discípulos e depois a en-
sistir à Sua apresentação enquanto pregava acerca do reino de Deus (Lucas 9:11), viá-los para fora. Apesar de ser uma situação diferente da que enfrentamos
dum modo que deve ter criado em todos os corações o anseio por esse reino. hoje, que lição podemos aprender com Jesus a enviá-los, a qual revela como
O princípio da aprendizagem através da observação aplica-se a toda a gente. isso fazia parte da formação dos discípulos?
A aprendizagem pelos livros, ou pela audição de instruções, deve ser sempre
reforçada através da observação e do envolvimento. Jesus esperava que os dis- Jesus tinha ensinado os discípulos “na sala de aulas”, por assim dizer. Também
cípulos de João Batista aprendessem com aquilo que tinham observado. os tinha levado até ao campo, onde eles foram aprendendo pela observação do
que Ele fazia. Depois, quando Jesus os habilitou com poder para curar os doentes,
ressuscitar os mortos e expulsar demónios (v. 8), enviou-os sozinhos. Repare, no
Analise Mateus 11:1-11. O que é que os discípulos de João Batista ob-
entanto, no nível de instrução que Ele lhes deu quando os enviou. Jesus instruiu-os
servaram, e o que é que Jesus esperava que eles fossem anunciar a João,
sobre o que pregar, que milagres realizar, o que não levar com eles, com quem se
em resultado dessa sua observação? Que lição estava Jesus a ensinar, não
deviam alojar e sobre o momento de abandonar um campo de trabalho infrutífero.
apenas a João, mas também aos Seus próprios discípulos?
Podemos certamente imaginar que lhes foram dadas também outras instruções. Só
mediante a interação com pessoas é que seriam aprendidas muitas lições impor-
João Batista tinha anteriormente apresentado Jesus como o Cordeiro de Deus
tantes. Esta passagem mostra a formação no posto de trabalho no seu melhor. Eles
que tira o pecado do mundo. João, porém, foi preso sem qualquer oportunidade
não podiam atuar junto daqueles com quem não entrassem em contacto; este é um
para pregar e apenas conseguia ouvir relatos em segunda mão sobre o minis- pormenor que nunca devemos esquecer.
tério de Jesus. Parece que a sua experiência na prisão motivou o surgimento
de algumas dúvidas na sua mente a respeito de Jesus. Quando nos surgem Leia Lucas 10:1-11. Que semelhanças há entre as instruções que Jesus
dúvidas, devemos ir ter com Jesus, e foi exatamente isso o que fez João. Jesus deu aos 12 e as que deu aos 70? Uma vez mais, que princípios podemos
enviou de volta os discípulos de João para lhe dizer o que tinham ouvido e visto. aprender para nós mesmos com base nestas instruções?
Como os relatórios que apresentaram trouxeram encorajamento a João, resta-
-nos imaginar como as coisas que presenciaram devem ter influenciado a sua Embora inicialmente Jesus tivesse enviado os setenta a lugares onde tencionava
própria atividade de testemunho e evangelismo. ir Ele próprio em breve (v. 1), sabia o que os discípulos e outros missionários enfren-
tariam quando tentassem espalhar o evangelho após a Sua ascensão, depois de
Na maior parte dos casos, não temos possibilidade de fazer o tipo estarem a atuar sozinhos. As instruções dadas aos setenta, quando foram enviados,
de milagres que Jesus realizou. Contudo, com a disposição de morrer indicam que Jesus os estava a preparar para aquilo que os aguardava mais adiante.
para o eu e de viver para os outros, o que é que podemos fazer na nos-
sa própria esfera, capaz de refletir o tipo de obra que Jesus fez quando Quantas desculpas consegue encontrar para não dar testemunho da
aqui esteve? sua fé quando surge a oportunidade? Qual é a desculpa mais habitual?
Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Neemias 11-13; Profetas e Reis, cap. 57. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Zacarias 10-14; Profetas e Reis, cap. 58.
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3. QUARTA, 23 de maio APRENDER COM O INSUCESSO QUINTA, 24 de maio APRENDER COM O ÊXITO
Podemos, por vezes, falhar em atingir os objetivos que foram estabelecidos para Há duas áreas em que podemos aprender por meio do êxito. Há uma primeira
uma certa atividade evangelística. Quer isto dizer que falhámos totalmente? Natural- área que pode ser chamada prática/processual, e a outra que se pode chamar
mente que não. Independentemente da estratégia que empreguemos na nossa tenta- cooperação espiritual. Embora se possa argumentar com razão que ambas as
tiva de conquistar os perdidos, vamos ter sempre êxitos e fracassos. Talvez até colo- áreas contêm um aspeto espiritual, vamos tratá-las separadamente a fim de me-
quemos a fasquia demasiado alta. Por exemplo, se não conseguimos atingir os alvos lhor realçar o que pode ser aprendido com o sucesso.
estabelecidos de batismos, talvez tenhamos apontado alvos irrealistas; ou essa ativi- A parte prática/processual é onde se aprende com o que se faz de facto. Por
dade pode ter sido mais uma ação de sementeira do que um programa de colheita. Em exemplo, aprendemos a sequência mais aceitável em que se devem apresentar
resumo, por muito que pensemos que a seara está pronta para a colheita, talvez ainda
os estudos bíblicos na nossa zona. Aprendemos qual o melhor local para a pre-
seja tempo para fazer alguma sementeira. Nem sempre estamos em posição de saber.
gação, que publicidade atrai mais pessoas e mais uma série de outros porme-
nores práticos e processuais que melhor se enquadram com a nossa localidade.
Leia I Pedro 5:8. Que outro poder está empenhado em corroer os nossos
esforços de ganhar pessoas para o reino de Deus? Até que ponto o estarmos A cooperação espiritual é uma ênfase no facto de Deus estar intimamente
conscientes desta ameaça nos ajuda a preparar e a executar melhor as estraté- envolvido no testemunho e no evangelismo do crente. Afinal, é vontade de Deus
gias de testemunho e evangelismo? que toda a gente seja salva.
Em todas as nossas tentativas de ganhar pessoas, somos confrontados por um Leia II Pedro 3:9. Que lição fundamental se deve retirar deste versículo,
adversário sobrenatural, muito ativo no sentido de as influenciar contra o evangelho. a qual devemos ter sempre em mente e reclamar em todas as nossas ativi-
Por vezes, quando largamos a mão do Senhor, o diabo pode provocar alguns pro- dades de testemunho? Veja também I Cor. 3:6.
blemas nos nossos esforços para trabalhar para Deus. A nossa defesa pessoal é a
entrega total a Cristo em cada momento da nossa vida.
Tal como aconteceu com Adão e Eva no Jardim do Éden, o fracasso pode, por
vezes, levar-nos a cair no jogo da atribuição de culpa, um dos meios mais bem su- Não vale a pena plantar se não houver ninguém para regar a semente. De
cedidos de Satanás para criar desarmonia entre o povo de Deus. Em vez de andar igual modo, é inútil regar se a água não foi para as sementes lançadas à terra.
à procura de alguém a quem deitar culpas, será melhor fazer uma avaliação séria, E mesmo que o que semeia e o que rega façam tudo bem feito, continua a não
honesta e intensiva, lembrando que até Jesus, o maior Pregador/Evangelista, não haver resultados, a menos que Deus os conceda. Ao vermos a bênção de Deus
conquistou todos aqueles a quem dirigiu apelos. a trazer êxito aos nossos humildes esforços, nós aprendemos. Aprendemos até
que ponto Deus está e deseja estar envolvido nos nossos empreendimentos.
Compare Lucas 10:17 com Mateus 17:14-20. O que foi que os discípulos fize-
Aprendemos a confiar mais n’Ele. Aprendemos a importância que tem a coope-
ram quando confrontados com o fracasso no seu ministério?
ração espiritual íntima com Deus, ao nos esforçarmos por chegar às pessoas por
Em vez de dar lugar ao desespero pelos fracassos de que nos apercebemos, quem Cristo morreu, pois não há nenhuma pessoa a quem se dê testemunho por
podemos, uma vez mais, aprender com os discípulos. Embora lhes tivesse sido dado quem Cristo não tenha morrido e a quem Ele não queira ver salva no Seu reino.
poder sobre os espíritos maus e tivessem sido bem sucedidos em os expulsar, é evi- É muito importante que nunca esqueçamos esta verdade fundamental.
dente que algumas vezes fracassaram em conseguir aquilo para que Jesus os tinha
dotado. Nessas ocasiões foram ter com Jesus e pediram-Lhe que lhes explicasse o Como é que entendemos as palavras de Jesus em João 15:5 e as torna-
que estava a acontecer e a razão disso (veja Mat. 17:19). Este é um princípio que mos práticas e reais na nossa vida, particularmente no nosso trabalho de
faríamos bem em registar; uma parte importante da nossa procura de razões para o testemunho e evangelismo? De que modo podemos nós, quer como indiví-
fracasso, e da forma de fazer melhor, é levar ao Senhor as situações que encontra- duos quer como equipa de ação, ter verdadeiramente a experiência de que
mos no testemunho e evangelismo. Cristo nos fala neste texto? Que coisas devemos mudar a fim de termos
esse tipo de ligação a Ele?
O que foi que aprendeu com tentativas fracassadas de dar testemunho
a outros, capaz de ser útil nas tentativas futuras? Com que frequência o
receio de rejeição se torna um obstáculo para si?
Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Malaquias 1-4; Profetas e Reis, cap. 59. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Isaías 63-66; Profetas e Reis, cap. 60.
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4. SEXTA, 25 de maio As Minhas Notas Pessoais
ESTUDO ADICIONAL: Formulem Estratégias Evangelísticas
À medida que a vossa igreja procura fazer a sua parte em trabalho missionário,
tenham em mente os seguintes pontos:
1. o mínimo, envolvam toda a equipa de testemunho ou de evangelismo no
N
processo de planeamento das estratégias. O ideal seria que toda a con-
gregação fosse envolvida no estabelecimento dos objetivos da igreja e na
direção a seguir.
2. e início, façam planos para o próximo ano da vida da igreja. Uma estraté-
D
gia para doze meses é suficientemente longa para se começar. Mais tarde,
podem acrescentar mais planos e estratégias que se prolongarão para lá
do período inicial.
3. restem muita atenção em ajudar o pessoal estratégico a saber exatamen-
P
te o que é esperado deles e em que momento. Quando as pessoas não têm
a certeza do que fazer ou quando e como fazer, o ímpeto estratégico da
igreja em direção aos seus objetivos pode ser abrandado ou interrompido.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
1 “Cada igreja deve ser uma escola [de formação] missionária para
obreiros cristãos.” – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 149. Até que
ponto a vossa igreja local se sai bem nesta área? Se não se sai lá muito
bem, o que é que podem fazer para realizar as mudanças necessárias?
2 “Cada dia Satanás tem os seus planos a executar – certos ramos
que embaraçarão o caminho daqueles que são testemunhas de Jesus
Cristo. Ora, a menos que os vivos agentes humanos de Jesus Cristo se-
jam humildes, submissos e mansos de coração, por terem aprendido de
Jesus, cairão ao serem tentados, tão certamente como vivem, pois Sata-
nás é vigilante, perspicaz e usa artimanhas, e os obreiros, se não forem
homens de oração, serão apanhados de surpresa. Ele surpreende-os,
como um ladrão de noite, e leva-os cativos. Então opera na mente dos
indivíduos, pervertendo as suas ideias pessoais e estragando os planos
deles. E, se os irmãos percebem o perigo e falam disto, eles acham que
são vítimas de ataque pessoal e que alguém está procurando enfraque-
cer-lhes a influência. Um puxa para um lado e outro em direção oposta.”
– Ellen G. White, Evangelismo, p. 101. Como é que podemos, ao procurar-
mos dar testemunho, enfrentar o perigo que tão graficamente é apresen-
tado nesta passagem? Quais são as nossas únicas defesas?
3 Recordem na classe alguém, ou um projeto evangelístico de alguma
igreja em geral, que tenha sido bem sucedido. Que lições conseguem
aprender disso? De que modo seria possível adotar desse projeto aquilo
que poderia resultar na vossa área, compreendendo que cada situação
é diferente e que aquilo que resulta num lugar pode não resultar noutro?
Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Marcos 1-3; O Desejado de Todas as Nações, Prefácio.
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5. AUXILIAR DO MODERADOR AUXILIAR DO MODERADOR
CICLO DA APRENDIZAGEM
Texto-Chave: Mateus 4:19
1.º PASSO – MOTIVAR!
Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai:
Aprender: A sintetizar os diferentes métodos de formação que Cristo aplicava Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Jesus prepara-nos com conhe-
na preparação dos Seus discípulos para a pregação do evangelho. cimento, aptidões e formação necessários para sermos testemunhas eficientes.
Sentir: Humilde dependência da direção e correção de Cristo em todo o seu
testemunho pessoal e nas atividades coletivas de evangelismo. Só para o Moderador: Use a atividade que se segue para ajudar a classe a
Fazer: Observar e participar em formação prática para o evangelismo e para identificar os meios necessários para a divulgação do evangelho.
outras atividades pessoais e da igreja. Atividade de Abertura: Leve uma série de instrumentos para a classe, como
tesouras, plaina, fita métrica, copo misturador, trincha etc.. Troquem ideias sobre
Esboço da Aprendizagem: como cada ferramenta permite a um trabalhador atingir o seu objetivo. Qual se-
I. Aprender: Sob a Ação de Formação por Cristo ria o nível de dificuldade dessas tarefas se não se possuíssem as ferramentas
apropriadas? Pergunte se alguém está disposto a falar de uma experiência sobre
A. e que modo Cristo usou a instrução, a observação, a participação e a
D
a tentativa de realizar uma tarefa sem o equipamento certo.
cooperação para ensinar aos Seus discípulos aptidões para o ministério?
Se tiver profissionais na classe, como médicos, enfermeiros, advogados, as-
B. ue métodos similares são usados hoje em dia na preparação de obreiros
Q
sistentes sociais ou professores, pergunte que instrumentos estes trabalhadores
para o trabalho de ceifa nos campos deste mundo?
exigem no seu respetivo trabalho. Em que aspetos esses instrumentos são dife-
II. Sentir: Segue-Me rentes dos meios físicos que utilizamos com as mãos? (Se possível, poderá pedir
A. uais são as nossas únicas garantias de sucesso na divulgação do evan-
Q antecipadamente a um profissional que se prepare para dar uma resposta a fim
gelho de Cristo? de obter uma informação mais pensada.)
B. ue lições podemos aprender com os esforços falhados dos discípulos
Q Pense Nisto: Quais são os instrumentos necessários àqueles que trabalham
na cura do jovem endemoninhado? A que atribuiu Cristo o seu fracasso? para salvar pessoas? Como é que se encontram esse meios e se aprende a lidar
C. que é que pode motivar fracassos no nosso trabalho para Cristo? Como
O com eles?
é que se reage ao fracasso de modo a edificar, em vez de destruir, o corpo
de Cristo? 2.º PASSO – ANALISAR!
III. Fazer: Formação Prática
A. uais são os tipos de formação que nos estão acessíveis, dos quais de-
Q Só para o Moderador: Aproveite este estudo para analisar como é que nos
vemos tirar partido? apetrechamos para o trabalho de Deus.
B. m que procedimentos práticos podemos nós envolver-nos, os quais podem
E
facultar formação prática, “mãos na massa”, no testemunho e evangelismo? COMENTÁRIO BÍBLICO
Sumário: I. “Olhar para os Céus” – Parte I: Nos Bastidores de Dar
Do mesmo modo que os discípulos de Cristo aprenderam diretamente por de Comer a Cinco Mil
instrução, observação, participação e cooperação, também nós podemos (Recapitule com a classe Mateus 14:13-21; Marcos 6:30-44;
seguir métodos similares, pelos quais se aprende a atuar em favor de outros Lucas 9:10-17; João 6:1-14.)
para sua salvação.
O ato de dar de comer a cinco mil concedeu aos discípulos de Cristo uma
oportunidade de observar, em primeira mão, muitas lições preciosas que os po-
deriam apetrechar para o seu ministério futuro. Contudo, não só o milagre em si,
mas também o contexto em que ocorreu, fornecem-nos lições importantes, tal
como fizeram com eles.
Primeira, o milagre ocorreu pouco depois de João Batista ter sido decapitado.
A Bíblia relata que, quando Jesus ouviu esta notícia, Se afastou para um lugar
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6. AUXILIAR DO MODERADOR AUXILIAR DO MODERADOR
deserto. Jesus, plenamente divino e plenamente humano, estava a sentir os efei- saúde emocional e dar tudo o que temos à causa de Deus? O que é que a reação
tos diretos e a maldição suprema do pecado – a morte, um estado que não Lhe de Jesus às duas intromissões nos diz sobre a forma como devemos lidar com
era natural. Ele era a luz, a ordem e a vida. Ora, a morte era trevas, desordem os nossos colegas de trabalho e com os outros? Que lição aprendemos de Jesus
e destruição. Contudo, Ele teve de experimentar como homem a morte de João, sobre como lidar com situações tensas?
sem fazer nada para a inverter. Com uma só palavra Jesus poderia ter pronun-
ciado a expressão que ligaria de novo a cabeça do Seu primo, a qual fora sepa- II. “Olhar para os Céus” – Parte II: Jesus, o Pão da Vida
rada do corpo pelo carrasco às ordens de Herodes. Em vez disto, Jesus suportou
a perda, a fim de viver plenamente a experiência do que é ser privado de um ente Aproximava-se a noite, e os discípulos procuraram dar a saber a Jesus que
querido pela espada da injustiça e da crueldade sem sentido, de modo a que Ele eram horas de mandar as pessoas embora. Aqui está uma importante lição para
pudesse vir a viver plenamente as tristezas e a dor de todos os seres humanos nós: sempre que nós, os aprendizes, procuramos dar instruções a Jesus, o nos-
e a ficar preparado para os consolar. so Mestre, sobre aquilo que Ele deve fazer ou a forma como Ele o deve fazer,
Além disso, Ele suportou-a também para anunciar às gerações futuras, que estamos a esquecer-nos do nosso lugar. Devemos sentar-nos aos pés de Jesus
se juntaram à Sua causa, que alguns seriam chamados a sofrer a morte de már- em humilde submissão, esperando pacientemente as Suas instruções. Os dis-
tires, e que todos os que desejassem viver uma vida piedosa teriam de provar cípulos reconheceram que a multidão estava com fome e exausta. No entanto,
a perseguição. A lição completa para os Seus discípulos é que Jesus, o Criador parece que se esqueceram de que era exatamente esse o estado em que eles
das nossas emoções, não negou as Suas próprias emoções. mesmos tinham estado não muito tempo antes. A terna preocupação de Jesus
No entanto, nada para Jesus foi tão fácil como é para nós. Jesus nem sequer pelas necessidades deles devia tê-los inspirado a sentir preocupação pelos ou-
pôde chorar como um homem normal. Pelo menos, não sem interrupções. tros. Em vez disso, porém, os discípulos, na sua fraca sabedoria humana, disse-
Primeiramente, os Doze voltaram da pregação do evangelho, transbordantes ram a Jesus que mandasse embora a multidão.
do desejo de contar a Jesus a sua experiência. Ele reparou que eles vinham Repare-se na reação de Jesus. Ele poderia ter repreendido severamente os
exaustos e nem sequer tinham tido tempo para comer. Cuidou das suas neces- discípulos pela sua falta de compaixão. Contudo, não censurou a sua fraqueza
sidades e convidou-os a ir para um lugar sossegado, onde poderiam descansar nem expressou qualquer frustração pela dureza do seu coração. Em vez disso,
um pouco, comer e falar, afastados das buliçosas multidões. Esta é mais uma sempre o Grande Mestre, Ele procurou aproveitar o momento para os instruir
lição para os Seus discípulos de então e de agora. Ele demonstrou o respeito e no cuidado abnegado pelos outros e no providenciar segundo as necessidades
a compaixão que cada dirigente e cada pastor devem manifestar pelos membros destes, tal como Ele procurara providenciar segundo as necessidades dos Seus
das respetivas equipas. Em primeiro lugar, Jesus atendeu às necessidades de- discípulos algum tempo antes. Apesar da fraqueza dos discípulos, Jesus de-
les. Quando estavam em risco de trabalhar demais, Ele chamou-os à parte para monstrou a Sua graça para com eles, não os criticando diante da multidão, mas
descansarem e se restaurarem, de modo a recuperarem forças para as provas procurando usar os seus fracassos como meios através dos quais melhoraria a
que se seguiam. Ele comungava com eles, ouvia as suas experiências, refor- sua compreensão, reabilitando-os com uma extraordinária lição sobre a forma
çando dessa maneira o Seu interesse nos seus esforços e instilando neles um como bondosamente provê para as nossas necessidades.
sentimento de responsabilidade pelo trabalho feito para Ele. Jesus podia ter transformado em pão as rochas aos seus pés ou ter feito maná
Jesus foi interrompido uma segunda vez. Desta vez, enquanto a multidão en- cair do Céu. Se o tivesse feito, porém, teria privado os Seus discípulos da valiosa
xameava o refúgio, os discípulos estavam lá para testemunhar em primeira mão lição que demonstrou a importância de juntarem os seus esforços aos d’Ele. A
como Jesus lidaria com a intromissão. Jesus poderia ter reagido com irritação. Em lição nos cinco pães e dois peixes destina-se a mostrar que, na obra de Deus,
vez disso, a Bíblia diz-nos que Ele reagiu com compaixão. Este amor preparou-O tudo o que Lhe trazemos nunca é o suficiente para fazer a obra. Quando, porém,
para Se aperceber sempre das verdadeiras necessidades das pessoas à Sua vol- juntamos os nossos recursos, ainda que desprezíveis, aos Seus, Ele consegue
ta. As pessoas pareciam-Lhe ovelhas sem pastor. E como tal, Ele viu-as não como atuar miraculosamente para multiplicar os nossos talentos e dons ao Seu serviço.
uma intromissão, mas como uma oportunidade para distribuir o pão da vida. Não Os discípulos estavam ocupados a olhar a enormidade da multidão e a escas-
lhes negou nada: curou os doentes e ensinou-lhes muitas coisas. Ao fazê-lo, Jesus sez dos recursos que tinham ao seu dispor. Mas Jesus, o Pão da vida, “ergueu
deu uma demonstração visível de como lidar com benevolência e abnegação com os olhos ao céu” (Mat. 14:19). Demonstrou assim aos discípulos o lugar onde os
aqueles a quem Ele estava a procurar salvar, mesmo na mais tensa das situações. seus olhos, e os nossos, devem estar eternamente fixados. Olhando a terra, não
Pense Nisto: O que é que a reação de Jesus à morte de João Batista nos conseguimos ver o que Deus fará por nós. No entanto, o olhar fixado no Céu não
ensina sobre como Ele considera as nossas necessidades emocionais? O que é deixará de ver como Deus proverá o que nos falta em cada caso se tão-somente
que isto nos diz sobre encontrar o equilíbrio certo entre ter cuidado com a nossa depositarmos nas Suas mãos aquilo que temos.
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7. AUXILIAR DO MODERADOR
Pense Nisto: Que certeza cheia de esperança nos dá o alimentar dos cinco
LIÇÃO 9 27 de maio a 2 de junho de 2012
mil, no que concerne a tarefa de distribuir o Pão da Vida a pessoas famintas da
salvação?
3.º PASSO – PRATICAR! Encaminhados para
Só para o Moderador: Aproveite a atividade que se segue para realçar as
aptidões práticas em que os alunos poderão desenvolver conhecimento e depois
partilhá-lo com outros. Vão ser precisas duas folhas de papel de cores diferentes
o Ministério
ou um quadro de giz. Peça aos alunos que meditem na citação que se segue e
que completem, depois, o exercício dado abaixo. SÁBADO À TARDE
“Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se
do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Êxodo 18:13-26; Mateus 7:17 e 18;
desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades Atos 6:1-8; João 4:36; Atos 15:36-40.
e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me.’” – Ellen G. White, A
Ciência do Bom Viver, p. 143.
Distribua as duas folhas de papel; numa delas, peça aos alunos que escrevam VERSO ÁUREO: “E como pregarão, se não forem enviados? Como está
as coisas que conseguem fazer bem quando mostram simpatia, atendem às ne- escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos que
cessidades e captam a confiança das pessoas. Na outra folha, peça aos alunos anunciam coisas boas!” Romanos 10:15.
que anotem as aptidões que desejam aprender. (Opção: Poderá usar um quadro
de giz para anotar o que forem dizendo para as duas listas, se a classe tiver con- PENSAMENTO-CHAVE: Não basta as pessoas terem formação para a obra de
fiança para falar em voz alta dos seus pontos fortes e das suas necessidades.) evangelismo e de testemunho; é necessário que trabalhem ativamente pelas
Peça a alguns membros da classe que exemplifiquem algumas das aptidões pessoas.
que já possuem. Por exemplo, alguém que é bom a lembrar-se de nomes de-
monstra como faz para se lembrar do nome de um novo conhecimento e relata o
MUITOS MEMBROS DE IGREJA LAMENTAM O FACTO de, embora estando
modo como essa capacidade ajuda as pessoas a sentir-se valorizadas.
preparados para frequentar seminários de formação em testemunho e evangelis-
Anote as aptidões que os membros da classe gostariam de desenvolver e
mo, não serem encorajados a envolver-se quando regressam às respetivas igrejas
organize um plano que promova a formação nessas áreas.
locais. Consequentemente, muitas igrejas que não são muito ativas em atividades
4.º PASSO – APLICAR! de testemunho e de evangelismo não têm noção das pessoas bem preparadas
que têm no seu meio. Ocasionalmente, algumas dessas pessoas oferecem vo-
Só para o Moderador: Sugira as seguintes ideias para serem postas em luntariamente os seus serviços, mas muitas outras chegam à conclusão de que
prática durante a semana. ou não são necessárias ou não são desejadas. A melhor maneira de suprimir o
envolvimento dos membros em qualquer atividade de igreja é negar-lhes o envol-
1. companhe de perto uma pessoa que tenha alguma aptidão para o testemu-
A vimento em áreas em que estão preparados para agir. É responsabilidade de cada
nho, o evangelismo, a hospitalidade ou qualquer outra que gostasse pessoal- igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir para as estraté-
mente de desenvolver. Mantenha um diário das técnicas que vai observando. gias da igreja em testemunho e em evangelismo. Há de facto lugar para todos os
Dedique algum tempo a falar dessas técnicas com a tal pessoa e inclua-as que estão dispostos. O segredo é encontrar esse lugar.
num projeto em que ela possa supervisionar o seu desenvolvimento. Vamos analisar durante esta semana o conceito de intencionalmente pôr obrei-
ros evangélicos a trabalhar e as maneiras pelas quais o envolvimento do maior nú-
2. rranje um mentor que esteja disposto a conversar ou a encontrar-se con-
A mero de membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento
sigo durante algum tempo cada semana e que lhe dê estímulo para desen- espiritual e numérico da mesma.
volver uma aptidão que esse mentor tenha e que, pessoalmente, gostasse
de desenvolver. Leitura Bíblica e Esp. Profecia: Isaías 12 e 13; Mateus 11; DTN, cap. 1.
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