O documento descreve a evolução do pensamento sobre sustentabilidade ambiental desde a década de 1960, quando foram publicados trabalhos pioneiros que alertaram para os impactos das atividades humanas no meio ambiente. Grandes eventos internacionais da década de 1970, como a Declaração de Estocolmo, estimularam o debate sobre o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental. Duas vertentes principais emergiram na ética ambiental: antropocentrismo versus ecocentrismo.
1. A sustentabilidade Ambiental <br />A ideia de sustentabilidade ambiental provem do mundo contemporâneo, onde embora não haja uma data correta para determinar o inicio desta preocupação mundial com o meio ambiente, sugere se alguns fatos e eventos que foram determinantes para demarcar o início da década de 70 como o período impulsionador da revisão e reflexão das atitudes do homem com relação ao meio ambiente. <br />Fatos estes que ocorreram a um pouco mais de 30 anos atrás, entre eles:<br />Em 1962- Rachel Carson escreve o livro: “A Primavera Silenciosa”.<br />Em 1967- Lynn White publica o artigo: “As Raízes Históricas da nossa Crise Ecológica” na revista Science.<br />Em 1968- Garret Hardin publica o artigo: “A Tragédia dos Comuns” na revista Science. <br />Até então a sociedade capitalista de consumo visava unicamente o desenvolvimento sem se aperceber do caos ecológico e sem pensar na sobre vida das gerações futuras e do planeta, entretanto a publicação destes artigos marca o início do pensamento da ética ambiental levando a outros fatos de culminantescomo <br />Em 1970 A declaração do O Dia da Terra <br />Em 1972 - Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano<br />Em 1973 - Richard Routley apresentou no 15º Congresso de Filosofia<br />um artigo – Existe a necessidade de uma Nova Ética, uma Ética<br />Ambiental?<br />1973 - Arne Ness publica no jornal filosófico Inquiry o artigo – Os<br />Movimentos Ecológicos Superficial e Profundo. <br />Este paradoxo induz à um problema politico onde a cultura ocidental do desenvolvimento e do crescimento económico da sociedade do consumo que tinha como objetivo construir um mundo económico desenvolvido sem ao mesmo tempo agredir o meio ambiente necessita medidas tanto do âmbito educacional, como medidas legais de prevenção. A titulo de exemplo observamos o incentivo pelo governo do Brasil ao desmatamento da floresta amâzonica na década de 60 como meio de desenvolver a agricultura, pecuária e industria amazonense, hoje controlada por manejos florestais e incentivo ao extrativismo, muito embora nem sempre cumprivéis pela população, quer seja pela falta de educação ou pelo forte vinculo enraizado de ao desenvolvimento estimulado anteriormente. <br />Doravante a Filosofia Ambiental que nasce para resolver uma resposta de um problema Ambiental, desmembra-se porém dando origem a órgãos independentes, um político e outro filosófico. Este primeira preocupa-se em resolver os problemas prementes aos impactos causados ao meio ambiente pela disciplina do carácter mais tecnológico, científico e económico, enquanto a filosofia centrou-se na ética ambiental e na necessidade de compreender quais parâmetros induz o homem agir do modo tão agressor em relação à natureza.<br />Veemente a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano em 1972 estimula uma análise do homem como centro da terra e do homem como parte dela. Incentivando ao uso da ciência e a tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente e para solucionar os problemas ambientais com o objetivo de manter o desenvolvimento econômico e socialmente o mundo. Mas o enfoque a declaração de Estocolmo sobretudo recai sobre responsabilidade do homem em preservar a flora e da fauna silvestres e seu habitat, que se encontram atualmente, em grave perigo.<br />Entretanto Há duas vertentes dentro da ética ambiental, uma votada ao antropocentrismo; onde o homem é visto como o centro do universo, e tudo na natureza esta para o servir; a partir de agora discute se o ecocentrismo: palavra que deriva-se do grego no termo eco: íkos ou casa. Nesta vertente o todo o planeta Terra é uma casa e o ser humano faz parte da casa, não o dono da casa. A natureza levou bilhões de anos para se construir com seus micro e macro organismo e o ser humano pode destruir tudo em menos de 100 anos.<br /> . <br />O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades2. Esta definição trata de dois pontos fundamentais: o problema da degradação ambiental, que geralmente acompanha o crescimento econômico, e a necessidade de que esse crescimento contribua para reduzir a pobreza <br />Portanto, o desenvolvimento ambientalmente sustentável implica em três grandes desafios para a humanidade. Primeiro: garantir a disponibilidade de recursos naturais transformados em bens e serviços necessários no cotidiano. Segundo: não lançar sobre a biosfera do planeta substâncias tóxicas, resíduos e poluição, decorrentes da produção e uso de bens e serviços em quantidades e velocidades superiores à capacidade de auto-depuração da natureza. Terceiro: reduzir a pobreza mundialmente<br />¹ Organizações das Nações Unidas - ONU. Declaração de Estocolmo sobre o meio ambiente humano. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano reunida em Estocolmo, de 05 a 16 de julho de 1972. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/doc/estoc72.htm>Acesso em: 12 out. 2009.<br />