1. Oficina: Manifestações Folclóricas
Coordenação de Arte: Rosami Reis
Etapas
1. Ler os textos
2. Confecção de figurino e cenário
3. Dramatização
FOLCLORE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Folclore:
"Sendo uma região marcada pela aristocracia rural durante muito tempo, Campos dos
Goytacazes é rica em seu folclore, do qual destacamos as seguintes manifestações: Jongo e
Mana-Chica, danças típicas; Ururau da Lapa, lenda; e o Boi Pintadinho, no carnaval, que a
cultura transformou em Boi-de-Samba, sendo única esta manifestação do Boi no Brasil.”
(Q.E.)
CAVALHADA - A encenação — O
grupo é formado por 24 cavaleiros,
- Consta que por volta de 1700, habitou a curva
da Lapa, no Rio Paraíba do Sul, bem em frente
a Igreja, um Ururau (jacaré de papão amarelo).
Era bicho bravio e matreiro que durante muito
tempo conseguiu escapar dos trabucos e das
redes dos pescadores, espantando canoeiros e
prancheiros. Segundo os índios goytacazes,
hoje desaparecidos, "era um bicho papão
imenso, encoruscado, medindo uns cinco
metros, de cabo a rabo". Com o tempo, o jacaré
desapareceu, mas ficou-lhe a lenda, que
persiste até hoje, de que o animal ainda habita
o local, escondido em um velho sino, que iria
para a Igreja em frente, afundado no naufrágio
do barco que o trazia de Portugal. A lenda
informa que o jacaré seria um jovem travestido
no bicho, desde que jogado no fundo do rio
pelo pai da jovem ricaça que não aceitava o
namoro do rapaz com a moça.
URURAU DA LAPA
É um fado (dança) criado na região
do Caboio, na época da monarquia,
que acabou caindo no esquecimento
da maior parte da população. A Mana-
Chica é uma expressão cultural que
mistura a quadrilha européia
enriquecida pelo jongo africano, pela
valsa alemã, pela dança indígena e
pelo vira português, com um certo
toque de deboche, que os negros
faziam para “imitar” as festas que
aconteciam nos palacetes.
MANA-CHICA
Objetivos: Reconhecer algumas das manifestações folclóricas, valorizando o Patrimônio Imaterial de
Campos dos Goytacazes.
Confeccionar figurino e cenário.
Representar com performance teatral algumas das manifestações folclóricas.
2. Ururau
Rio guarda a cidade da gente,
Nas noites sem gente...nas noites
sem gente...
Quem guarda, no fundo do rio,
O sino todo de ouro
Que nem chegou à capela?
É Ururau, é Ururau (bis- coro)
Ururau da barriga amarela.
E quem é e que vela (bis- coro)
Pelo amor que eu tenho por ela?...
Se é você, Ururau,
Ouça então o meu lamento:
Guarde bem o meu tesouro,
Que o rio da vida tem dentro!
Peço ainda, Ururau,
(Desta vez não seja mau)
Que o meu amor- sino de ouro
Me deixe levar à Capela!
É Ururau, é Ururau (bis- coro)
Ururau da barriga amarela.
Autor: professor José Luís Glória
Hino de Campos dos Goytacazes
Campos Formosa, intrépida amazona
Do viridente plaino goitacá
Predileta do luar como Verona
Terra feita de luz e madrigais
Ó Paraíba, ó mágica torrente
Soberana dos prados e vergéis
Por onde passas como um rei do oriente
Os teus vassalos vêm beijar-te os pés
Nada iguala os teus dons, os teus primores
Val de delícias, o teu céu azul
Minha terra natal ninho de amores
Urna de encantos, pérola do sul
Ó Paraíba, ó mágica torrente...
Campos Formosa, intrépida amazona...
Ó Paraíba, ó mágica torrente
Rio que rolas dentro do meu peito.
Música: Azevedo Cruz
Letra: Newton Perisse
divididos em dois partidos, o azul (cristãos) e o vermelho (mouros). Vestem calças brancas,
botas pretas e túnicas e chapéus nas cores azul ou vermelha. Os cavalos recebem adereços,
como fitas, flores, mantos e sinos nas mesmas cores. Cavalos e cavaleiros travam batalhas
como nos velhos tempos. Galopes, choques de lança e duelos coletivos. O motivo da luta é
sempre uma princesa, donzela e prisioneira, que os cristãos querem libertar. Os mouros,
sempre derrotados, convertem-se ao cristianismo e são batizados à vista de todos na igreja.
Depois, a pacificação é comemorada com desfile final e retorno de todos os participantes.
BOI-PINTADINHO
Apresenta-se com maior freqüência no carnaval, formando
um grupo ou bloco onde, além da figura central, o Boi,
aparecem bonecões de até dois metros de altura (Tizana,
Dendeca, Marilu), animais que fazem parte da vivência
(burrinha, mulinha, urubu, gavião) e outros surgidos da
imaginação, como o Jaraguá que tem "corpo de gente e
cabeça de animá". O conjunto musical que acompanha o
grupo é constituído por sanfonas, pandeiro, bumbo,
chocalho, caixa e triângulo. O grupo folga alegremente e
dança acompanhando o Boi, que simula marradas nos brincantes e assistentes enquanto
percorre as ruas e praças interioranas, encantando e assustando as crianças e enchendo de
alegria e animação a vida pacata dos lugarejos. Em terras fluminenses, o Norte e o Noroeste
são as regiões de maior concentração e atuação dessa variante do Bumba-meu-boi.