2. TEXTO DO DIA
• “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam
em união!” (Sl 133.1).
3. SÍNTESE
• A base de todos os relacionamentos cristãos
saudáveis está na comunhão e unidade da própria
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
4. AGENDA DE LEITURA
• SEGUNDA: (Gn 1.1-23; 2.1-15) Deus prepara um lindo
jardim para o homem
• TERÇA: (Gn 1.24,25; 2.19,20) Deus cria seres para
companhia do homem
• QUARTA: (Gn 1.26-31) Deus cria o homem à sua imagem
• QUINTA: (Gn 2.21-25) Deus cria para o homem alguém que
lhe fosse semelhante
• SEXTA: (Gn 2.16,17) Obediência, adoração e amor
• SÁBADO: (Gn 3.1-24) Os relacionamentos com o Criador, a
natureza e a criatura corrompidos.
5. OBJETIVOS
• Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• DESCREVER os fundamentos teológicos dos
relacionamentos cristãos;
• APRESENTAR as bases dos relacionamentos
saudáveis;
• COMPREENDER os princípios dos relacionamentos
saudáveis.
6. TEXTO BÍBLICO
Gênesis 2.18-24.
• 18 — E disse o Senhor Deus: Não é bom que o
homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja
como diante dele.
• 19 — Havendo, pois, o Senhor Deus formado da
terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os
trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e
tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso
foi o seu nome.
7. • 20 — E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves
dos céus, e a todo animal do campo; mas para o
homem não se achava adjutora que estivesse como
diante dele.
• 21 — Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado
sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das
suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
• 22 — E da costela que o Senhor Deus tomou do
homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
• 23 — E disse Adão: Esta é agora osso dos meus
ossos e carne da minha carne; esta será chamada
varoa, porquanto do varão foi tomada.
• 24 — Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe
e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne.
8. INTRODUÇÃO
• “Nenhum homem é uma ilha isolada”. Essa importante
estrofe do pregador John Donne (1572-1631), lembra-
nos de que vivemos numa comunidade global, formada
por pessoas de etnias e culturas diferentes.
• Todos recebemos do Criador a mesmíssima vida
soprada em Adão (Gn 2.7; 5.3; At 17.25,26).
• O Senhor é doador da vida e de relacionamentos
saudáveis, “porque nele vivemos, e nos movemos, e
existimos” (At 17.28).
• Nessa lição, estudaremos os fundamentos bíblicos para
a vida em comunidade e para os relacionamentos
saudáveis.
9. • O que caracteriza a dimensão comunitária da Igreja de
Cristo? Quais são os seus fundamentos? Em torno do
que ela se estrutura?
• Antes de buscar respostas para essas questões,
gostaria de tentar descrever o que não é uma
comunidade cristã.
Uma comunidade cristã não é…
a) Um aglomerado de pessoas.
• A igreja não é apenas uma multidão desconexa de
pessoas que freqüentam programas públicos juntos.
10. b) Um grupo de pessoas que realizam tarefas.
• Apesar de ser um lugar onde as pessoas realizam
tarefas juntas, uma fábrica, uma empresa, não é
necessariamente uma comunidade.
c) Um grupo de pessoas que cultiva interesses
próprios.
• Para alguns, as outras pessoas só fazem sentido se for
para preservar o seu interesse pessoal.
d) Um gueto.
• Um gueto é um lugar de confinamento, que serve para
afastar os que estão dentro daqueles que estão fora, é
um lugar que reforça a individualização.
11. I. DEUS VIU QUE NÃO É BOM QUE O
HOMEM VIVA SOZINHO (Gn 2.18)
• 1. Relacionamento com Deus: a imagem divina (Gn
1.26).
• 2. Relacionamento com a criação: distinção e
preservação (Gn 1.21-25).
• 3. Relacionamento com o outro: identidade e
solidariedade (Gn 2.18-25).
12. • Na Antiguidade, apenas os grandes reis eram
considerados “imagem de Deus”.
• Todavia, a Bíblia revela que isso não estava limitado aos
monarcas, mas a todo homem todos foram criados por
Deus!
• Quão inovador não soou essa boa-nova aos ouvidos
dos escravos, pobres, crianças, anciãos e mulheres do
Antigo Oriente: “E criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn
1.27; 1Co 11.7).
1 - Relacionamento com Deus: a imagem divina
13. • Todos participam da vida do Criador!
• Tanto o homem quanto a mulher são capacitados pela
imagem de Deus a viver em comunhão com o Senhor e
com o semelhante na personalidade e sociabilidade que
advém da semelhança com o Criador!
14. • Lucas nos diz que a comunhão é uma das principais
características da comunidade das origens:
• “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na
comunhão…” – Atos 2.42.
• Comunidade vem da palavra latina “communitas” que
é o resultado da junção de duas outras palavras “cum” +
“unitas” que significa: “muitos formam uma unidade”.
15. • A palavra grega que o Novo Testamento emprega para
comunhão é “Koinonia” – que significa basicamente
“compartilhar”, “ter coisas em comum”, a idéia é
algo orgânico.
• É por isso que o Novo Testamento nos ensina que só o
Espírito Santo é capaz de criar um verdadeiro senso de
comunidade entre os crentes. Deus leva tão a sério a
comunhão na Igreja que nos manda preservá-la.
• A Bíblia diz: “Façam todo o esforço para conservar a
unidade do espírito pelo vínculo da paz.” – Efésios
4.3.
• A Bíblia também diz: “Por isso, esforcemo-nos em
promover tudo quanto conduz à paz e à edificação
mútua.” – Romanos 14.19.
16. • O mundo não é uma emanação divina. Tudo que existe
foi criado por Deus.
• Essa mensagem soou como uma novidade na
Antiguidade, acostumada a ver nas coisas criadas um
reflexo da divindade (Dt 4.15-19; Rm 1.20-23).
• A Bíblia ensina que somente Deus é digno de adoração.
Tudo é criação de Deus e somente o Senhor é Deus! O
Deus que se relaciona com a humanidade é o mesmo
que criou livre e amorosamente todas as coisas e as
entregou ao cuidado do homem (Gn 1.28; 2.15).
2 - Relacionamento com a criação: distinção e
preservação
17. • O homem é criatura, mas distinta das coisas criadas (Gn
1.26).
• Ele foi criado à imagem de Deus e capacitado para
desenvolver a experiência da receptividade.
• Ele responde perante Deus a respeito de seus
relacionamentos com os que lhe são semelhantes e com
o mundo criado (Gn 4.8-13).
• Foi criado capaz de ser responsável diante do outro e da
criação (Gn 3).
• Sua relação é dialógica com Deus (Gn 3.8,9) e de
preservação e transformação responsável das coisas
criadas.
18. • Antes da Queda, Deus deu algumas ordenanças a Adão
e Eva o qual chamamos de ordenanças da criação.
• Deus ordenou ao primeiro casal: Que se casassem e
procriassem para encher a terra, exercessem domínio
sobre as criaturas, o trabalho e o descanso semanal.
19. • Claro, sabemos que Deus ordenou que o casal não
poderia comer da árvore do conhecimento do bem e do
mal, mas essa não é geralmente considerada uma
ordenança da criação, pois Deus deu apenas para
aquela ocasião e não uma ordenança perpétua.
• Chamamos estas ordenanças de mandatos. Mandato
espiritual, social e cultural.
20. • Mandato Espiritual: Este mandato envolve um
relacionamento com o Deus que nos deu a Sua imagem
(Gn 1.26).
• Uma paz entre Ele e suas criaturas, o qual, também,
estabeleceu um relacionamento através de sua graça
para dedicarmos inteiramente a Ele em santidade.
21. • Mandato Social: Este mandato que envolve um
relacionamento, não só com Deus, envolve com a
família que por Deus fora criada.
• Este mandato envolve a liderança dos pais em saber
guiar as suas famílias, segundo a ordem de Deus.
22. • Mandato Cultural: Este terceiro, e ultimo mandato, é um
envolvimento com a sociedade.
• Você, assim como eu, já deve ter ouvido falar de que
todos os nossos relacionamentos com aspectos
culturais fossem seculares e nosso relacionamento com
Deus espiritual.
• Este mandato envolve questões políticas, educação,
artes, lazer, tecnologia, indústria, e quaisquer outras
áreas.
23. • Nesta divisão Paulo nos mostra como devemos ser e o
porquê viver de forma digna, por exemplo:
• “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram
ensinados a despir-se do velho homem, que se
corrompe por desejos enganosos, a serem
renovados no modo de pensar e a revestir-se do
novo homem, criado para ser semelhante a Deus em
justiça e em santidade provenientes da verdade.”
Efésios 4.22-24.
24. • O Senhor afirma que “não é bom que o homem esteja
só” (Gn 2.18).
• Como pode estar sozinho se desfruta da comunhão com
Deus e da presença de todos os animais (Gn 2.19; 3.8)?
• Embora o homem desfrutasse da comunhão com o
Criador e com a criação, ambos relacionamentos
davam-se de modo distintos e, por isso, ele estava
incompleto.
3. Relacionamento com o outro: identidade e
solidariedade
25. • O relacionamento do homem com o mundo era
mediante o trabalho, a celebração da vida (Gn
2.5,15,19,20); enquanto com Deus por meio da fé, da
obediência, do amor e da adoração (Gn 2.16,17; 3.8).
26. • Uma dimensão física e imanente (mundo), e outra
espiritual e transcendente (Criador).
• As dimensões espiritual e corpórea estavam integradas.
Faltava-lhe, portanto, a dimensão interpessoal e afetiva
(o outro): o relacionamento com outros seres humanos
pelo diálogo, amizade, amor e abertura ao que lhe é
igual.
27. • Essa dimensão deu-se por meio da criação do outro
que, embora semelhante era diferente e complementar
(Gn 2.21-23).
• Nisto se constitui a identidade do sujeito: o eu (si) — o
que sou — e o outro — o que não sou.
• No primeiro, “o que sou”, somos chamados a ser
sujeitos e controlar nossas vidas (rejeitando a
dominação, a escravidão — autonomia), a escolher por
nós mesmos (rejeitando a manipulação — liberdade), e
a desenvolver meu modo próprio de ser pessoa
(rejeitando a coisificação e instrumentalização —
sujeito).
28. • "Como são poucos os que, dentre nós, vivem uma vida
aberta!
• Somos tentados a usar uma máscara diferente e
representar um papel diferente, de acordo com cada
ocasião.
• Isso não é realidade, mas representação, que é a
essência da hipocrisia".
• E são tais pessoas que verão a Deus, tanto agora com
os olhos da fé, como no futuro, guando chegarmos na
presença do Senhor, face a face!
• Esta é a bem-aventurança do cristão que "não entrega
a sua alma à falsidade!".
29. Os pacificadores
• Há uma grande necessidade hoje em dia de
pacificadores. É preciso da nossa parte um grande
esforço, como o Apóstolo Paulo nos mandou:
"esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade
do Espírito no vínculo da paz" (Ef 4:3).
• Somos chamados a "seguir a paz com todos" (Hb
12:14).
30. Os perseguidos por causa da justiça (v. 10-12)
• O Senhor nunca disse que seria fácil ser cristão.
• A vida cristã é difícil quando vivemos de acordo com a
Palavra de Deus.
• "A condição de ser desprezado ou rejeitado, injuriado e
perseguido é um sinal do discipulado cristão, da mesma
forma que um coração puro ou misericordioso".
31. Prêmio pela perseguição -
• "Grande é o vosso galardão" (Rm 8:18; 2 Co 4:17; Tg
1:12; 1 Pe 4:13).
• As Bem-aventuranças são sugeridas que as primeiras
quatro tratam do relacionamento do cristão com Deus, e
as últimas quatro do relacionamento do cristão com o
seu próximo, e nelas demonstram o tipo de caráter que
Cristo espera nos Seus discípulos no seu dia a dia, que
é bem diferente das qualidades que o mundo exige hoje.
• Cristãos não tem a liberdade de escolher alguma área
especial e negligenciar outra, mas somos chamados a
crescer em todos os aspectos (Ef 4:15).
32. II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
• 1. Amor fraterno (Rm 12.10).
• 2. Amor agápico (Jo 13.34).
• 3. Amor agápico ordenado por Jesus.
33. • A principal base de todo relacionamento saudável é o
amor fraterno.
• Trata-se do tipo de amizade em que o outro é aceito e
respeitado como tal.
• É um amor interpessoal, que valoriza as qualidades,
respeita as diferenças e suporta as fragilidades.
• É um amor capaz de se alegrar com as conquistas do
outro, e de se entristecer com o infortúnio alheio (Rm
12.15).
1. Amor fraterno (Rm 12.10).
34. • Ele é cordial e fraterno (Rm 12.10), e se esforça pela
paz (v.18).
• O amor fraterno é uma das principais colunas dos
relacionamentos saudáveis (Hb 13.1), e não existe
qualquer amizade verdadeira (1Pe 3.8) que subsista
sem ele (1Ts 4.9).
• O amor fraternal desenvolve-se inicialmente na família,
entre os parentes consangüíneos, porque o núcleo
familiar é o lugar mais apropriado para o surgimento e
crescimento das interações humanas frutíferas que se
estenderão por toda vida.
35. • Ao longo da vida social, o amor fraternal é
compartilhado com outras pessoas independente do
parentesco, da etnia e posição social, chegando a
tornar-se mais profundo e significativo do que os
laços familiares (Pv 17.17; 18.24).
• Esse sentimento é caracterizado pela dedicação,
compromisso, interesse, respeito pela outra pessoa
e, assim como a Epafrodito, pode levar até ao
sacrifício (Fp 2.19-30; 4.18).
• A base dele é o amor agápico (1Ts 4.9).
36. • A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos
significados na língua portuguesa.
• Pode significar afeição, compaixão,misericórdia,
inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem,
satisfação, conquista, desejo, libido etc.
• Pode ser caracterizado como o nível ou grau de
responsabilidade, utilidade e prazer com que lidamos
com as coisas e pessoas conhecidas.
37. • O amor pode ser entendido de diferentes formas, e
tomado por certo conquanto é um sentimento, dessa
forma é abstrato, sem forma, sem cor, sem tamanho ou
textura. Mas é por si só: O sentimento em excelência; o
que quer dizer que é o sentimento primário e inicial de
todo e cada ser humano, animal ou qualquer outro ser
dotado de sentimentos e capacidade de raciocínio
natural.
• Todos carecem de amor e querem reconhecer esse
sentimento em si e nos outros, não importando idade ou
sexo. O amor é vital para nossas vidas como o ar, e é
notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não
sobrevive conquanto o amor equilibra e traz a paz de
espírito quando é necessário.
38. Eros
• Eros (latim "érōs“ erótico) é o amor apaixonado,,
com desejo e atração sensual.
• A palavra moderna grega “erotas” significa “o amor
(romântico)”.Platão refinado sua própria definição.
Embora o eros seja sentido inicialmente por uma
pessoa, com contemplação transforma-se em
apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou
transforma-se mesmo em apreciação da própria beleza.
39. Pragma
• Praga (do grego, significando "prática", "negócio“ –
Dentro dos relacionamentos pessoais) seria uma
forma sentimental que prioriza o lado prático das
coisas.
40. Philia
• Em grego, Philia significa "altruísmo", "generosidade".
• A dedicação ao outro vem sempre antes do próprio
interesse. Quem pratica esse estilo de amor entrega-se
totalmente à relação e não se importa em abrir mão de
certas vontades para a satisfação do ser amado. Investe
constantemente no relacionamento, mesmo sem ser
correspondido. Sente-se bem quando o outro demonstra
alegria.
41. • No limite, é capaz até mesmo de renunciar ao parceiro
se acreditar que ele pode ser mais feliz com outra
pessoa.
• É visto por muitos, como uma forma incondicional de
amar.
42. • O indivíduo avalia todas as possíveis implicações antes
de embarcar num romance.
• Se o namoro aparente tiver futuro, ele investe. Se não,
desiste.
• Cultiva uma lista de pré-requisitos para o parceiro ou a
parceira ideal e pondera muito antes de se
comprometer.
• Procura um bom pai ou uma boa mãe para os filhos e
leva em conta o conforto material.
• Está sempre cheio de perguntas.
• O que será que a minha família vai achar?
• Se eu me casar, como estarei daqui a cinco anos?
• Como minha vida vai mudar se eu me casar?
43. Storge
• O nome da divindade grega da amizade é Storge.
• Por isso, quem tende a ter esse estilo de amor valoriza a
confiança mútua, o entrosamento e os projetos
compartilhados.
• O romance começa de maneira tão gradual que os
parceiros nem sabem dizer quando exatamente.
• A atração física não é o principal.
• Os namorados-amigos não tendem a ter
relacionamentos calorosos, mas sim tranqüilos e
afetuosos.
• Preferem cativar a seduzir.
44. • E, em geral, mantêm ligações bastante duradouras e
estáveis. O que conta é a confiança mútua e os valores
compartilhados. Os amantes do tipo storge revelam
satisfação com a vida afetiva. Acontece geralmente
entre grandes amigos. Normalmente, os casais com
este tipo de amor conhecem muito bem um ao outro.
45. • Este é o amor com que Deus ama-nos (Jo 3.16).
• Na verdade, o amor que é o próprio Deus (1Jo 4.8,16).
• Esse é o amor pelo qual Deus deu seu Filho para morrer
pelos homens (1Jo 4.10), e o Filho deu-se a si mesmo à
morte pela humanidade (Jo 15.13).
• Devemos “amar o próximo como a nós mesmos” (Mt
22.39).
• Todavia, tal amor pode sucumbir ao egoísmo, e aos
interesses pessoais.
Amor agápico (Jo 13.34).
46. • Jesus deu-nos novo mandamento: que amemos uns
outros, assim como ele nos amou (Jo 15.12).
• Um amor disposto ao sacrifício, cujo interesse não é o
“si”, mas o “outro”.
• A descrição mais completa desse amor encontra-se em
1 Coríntios 13.1-13 e o seu exemplo mais singular em
Filipenses 2.5-11 e 2 Coríntios 8.9.
• Em todas as dimensões possíveis esse amor se
expressa por inteiro somente na Pessoa do Pai (1Jo
4.8,16), do Filho (Ef 3.19) e do Espírito Santo (Rm
15.30; ver 2Co 13.13).
47. • Deste modo, o amor agápico não é manifestado
integral e completamente nas interações humanas
pelo simples fato de o homem manifestar feixes de
sentimentos contraditórios, positivos e negativos:
amor e ódio, humildade e soberba, justiça e
injustiça.
• Todavia, esse amor é derramado no coração do
filho de Deus para que ele ame como Deus também
ama (Rm 5.5; Jo 13.35).
• É desenvolvido na caminhada diária com o Senhor
e a comunidade de fé.
48. • Ágape (em grego "αγάπη", transliterado para
o latim "ágape"), é uma das diversas palavras
gregas para o amor.
• A palavra foi usada de maneiras diferentes por uma
variedade de fontes contemporâneas e antigas,
incluindo os escritores da Bíblia.
49. • A palavra representava o amor divino, incondicional,
com auto-sacrifício em favor de alguém.
50. • Os filósofos gregos nos tempos de Platão e outros
autores antigos usaram o termo para denotar o amor a
membros da família, de um grupo com afinidades, ou
uma afeição para uma atividade particular em grupo, em
contraste com philia, uma afeição que poderia ser
encontrada entre amigos que praticavam tarefas assim,
em conjunto e de forma assexuada, diferente do amor
romântico eros, uma afeição de natureza sexual e
romântica.
• Assim, forçaram a interpretação errônea do seu
sentido original AMOR DE DEUS, para uma
aglutinação do sentido amor comum e seus
derivados.
51. • Embora o amor agápico não se apresente em sua
plenitude nas limitações humanas, em Cristo, a pessoa
pode amar com a mesma excelência com que Cristo
ama e, assim, cumprir o mandato divino (Jo 13.34).
• Esse amor agápico é uma ordenança e a identidade
(1Jo 4.7-13) mediante a qual o mundo conhece os
discípulos de Cristo (Jo 13.35).
• Esse amor é incondicional e não exige uma resposta
positiva da outra pessoa! Quem o possui ama sem exigir
qualquer coisa em troca, mesmo que seja reciprocidade.
3. Amor agápico ordenado por Jesus.
52. • É nesse sentido que se fala do amor de Cristo pela
Igreja e do amor de Deus pelos homens (1Jo 4.10; Jo
3.16).
• Portanto, somente o temos, o vivemos e o comunicamos
em união com Cristo Jesus.
• Os relacionamentos entre os filhos de Deus devem
superar suas diferenças e inquietações por meio do
amadurecimento do amor agápico na vida da
comunidade de fé, a Igreja (1Jo 4.16-21).
53. • O Senhor Jesus na noite em que foi traído, esclareceu
aos discípulos sobre um novo mandamento e eles como
muitos hoje, não entenderam o contexto das palavras de
Jesus.
• No evangelho de João cap. 13 do verso 26 em diante,
após Judas ter se retirado da sala da última ceia, Jesus
declarou que “agora foi glorificado o Filho do
Homem”, ou seja, Jesus estava dizendo que tudo que
Ele precisava fazer em vida, Ele tinha feito e que agora
só restava o sacrifício final já autorizado por Ele mesmo
ao diabo que já havia entrado em Judas.
54. • O texto, o contexto e toda a doutrina é clara; “amai-vos
uns aos outros”,palavra dirigida ao grupo de discípulos
que já não mais tinham entre eles o traidor, ou seja,
aqueles que realmente entenderam a glorificação e
poderiam agora, impactados pelo amor de Jesus, amar
ao seu irmão com o mesmo amor de Jesus, até porque,
este amor só pode proceder Dele e sem Ele este amor
não existe.
55. III. PRINCÍPIOS PARA SE ESTABELECER
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
• 1. Respeito (1Tm 2.2 — ARA).
• 2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2Tm 3.16).
• 3. Alteridade
56. • O respeito é um valor moral necessário ao convívio
saudável e harmônico.
• Por meio dele apreciamos e reconhecemos o próximo e
os seus direitos: à vida, à felicidade; ao trabalho; ao
culto; à livre expressão de ideias.
• No mundo globalizado e multicultural de hoje, o respeito
é uma necessidade para a boa convivência.
• Nenhum relacionamento saudável subsiste sem respeito
mútuo (Rm 13.7; Ef 5.33; 1Tm 3.8; Tt 2.2 — ARA).
1. Respeito (1Tm 2.2 — ARA).
57. • O respeito demonstra um sentimento positivo por uma
pessoa ou para uma entidade (como uma nação, uma
religião, etc.) e também ações especificas e condutas
representativas daquela estima.
58. • Respeito também pode ser um sentimento específico de
consideração pelas qualidades reais do respeitado.
Pode também ser conduzido de acordo com uma moral
específica de respeito.
• Ser rude é considerado uma falta de respeito
(desrespeito) enquanto que ações que honram a alguém
ou a alguma coisa são consideradas respeito.
59. • Respeito não deve ser confundido com tolerância
porque tolerância não diz necessariamente nenhum
sentimento positivo, e não é compatível com desprezo, o
contrário de respeito.
• A palavra respeito vem do latim respicere que
significa olhar para trás. Isso evoca a ideia de julgar
alguma coisa em relação ao que foi feito quando é
valoroso ser reconhecido.
• Além, a noção de respeito implica que pode ser aplicado
para uma pessoa que fez algo certo, mas também para
qualquer coisa afirmada no passado como uma
promessa, a lei, etc. Isto também é porque na maioria
dos idiomas, é dito que o respeito deve ser merecido.
60. • Em aspecto prático, a ética refere-se às normas de
conduta sob as quais a sociedade e o indivíduo vivem.
• Todavia, a base da ética cristã não são os costumes
sociais, mas o caráter santo e misericordioso de Deus,
os ensinos de Jesus, e as Escrituras.
• Estes fundamentam a vida e os relacionamentos
saudáveis dos cristãos.
2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2Tm 3.16).
61. • A palavra "ética" vem do grego ethos e significa aquilo
que pertence ao "bom costume", "costume superior", ou
"portador de caráter".
• Princípios universais, ações que acreditamos e não
mudam independentemente do lugar onde estamos.
62. • Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se
fundamenta na obediência a costumes e hábitos
recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar
as ações morais exclusivamente pela razão.
63. • O homem é um ser social! Ele vive em comunidade e
interage com o outro, que lhe é diferente.
• Isto cria uma relação de interdependência e
solidariedade, que são necessárias ao desenvolvimento
pessoal e coletivo do ser humano.
• Por meio da alteridade a pessoa se coloca no lugar da
outra, procurando entendê-la, respeitando as diferenças
que existem entre ambas.
3. Alteridade (Lc 6.36,37).
64. • Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do
pressuposto básico de que todo o homem social
interage e interdepende do outro.
65. • Assim, como muitos antropólogos e cientistas
sociais afirmam, a existência do "eu-individual" só é
permitida mediante um contato com o outro (que em
uma visão expandida se torna o Outro - a própria
sociedade diferente do indivíduo).
66. • Segundo a enciclopédia Larousse (1998), alteridade é
um “Estado, qualidade daquilo que é outro, distinto
(antônimo de Identidade).
• Conceito da filosofia e psicologia: relação de oposição
entre o sujeito pensante (o eu) e o objeto pensado (o
não eu).
67. CONCLUSÃO
• A Sagrada Escritura revela o maior de todos os
segredos para a construção de um relacionamento
saudável: O Senhor não estava solitário na eternidade,
mas compartilhava da comunhão perfeita do Filho e do
Espírito Santo!
• É a relação perfeita de amor entre as três benditas
pessoas da Deidade que possibilita-nos entender o
desejo do Senhor Jesus ao dizer:
• “Que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e
eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que
o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).
68. • Sejamos unidos, nos esforcemos para sermos unidos, e
vivamos relacionamentos saudáveis, porque essa é a
vontade de Deus.