2. Introdução
• A alfabetização é tão antiga
quanto a própria escrita, devido à
necessidade de socialização do
código.
• Os sistemas de escrita em geral
são
simples
e
práticos,
demonstrando
o
interesse
em
favorecer
a
decifração.
3. A leitura e a escrita na antiguidade
• A escrita é um fato social, daí a necessidade de
ser conhecida pelos sujeitos sociais.
• Existe uma articulação direta entre leitura e
escrita, uma não existe sem a outra, daí a
necessidade da alfabetização.
• A escrita se constitui como “sistema de formas
gráficas, figurativas ou não, para representar
palavras ou frases ou mesmo históricas” (p.16)
4. A leitura e a escrita na antiguidade
• A escrita surgiu do sistema de contagem para
registro da produção e do comércio.
• Significado de alfabetizado na escrita primitiva:
“saber ler o que os símbolos significavam e ser
capaz de escrevê-los” (p.16).
• Assim a invenção da escrita inclui as regras de
alfabetização.
5. A leitura e a escrita na antiguidade
• Surgimento da escrita de maneira autônoma:
Local
Suméria
Egito
China
Período
3.300 a.C.
3.000 a.C.
1.500 a.C.
•Todos os demais sistemas de escrita forma
criados a
partir do contato com outros
sistemas.
6. Alfabetização na antiguidade
• Aprendia-se a ler e escrever e lendo algo já
escrito e copiando.
1º
2º
3º
• Leitura de palavras
• Leitura (exaustiva) de textos famosos
• Escrita dos próprios textos
“O trabalho de leitura e cópia era o segredo da
alfabetização” (p. 17) – aprendizagem por transmissão
de conhecimentos.
8. Alfabetização na Idade Média
• A alfabetização geralmente ocorria em casa, por
tanto não era uma atividade escolar.
• Permanência do princípio acrofônico.
1°
2°
3°
• Decorar o nome das letras
• Somatória dos valores sonoros das letras
• Descoberta da palavra escrita
9. Outros elementos que facilitavam a
alfabetização
• Os aprendizes como falantes da língua a ser
aprendida;
• O contexto linguístico e as ilustrações que
ajudavam com informações complementares;
DIFICULDADE:
• Surgimento de outras formas gráficas das letras
(A = a)
10. O aparecimento das cartilhas/Séc. XV
e XVI
• Criação da imprensa e maior
divulgação de material escrito;
• Maior
necessidade
de
socialização da leitura e da
escrita;
• Aparecimento das cartilhas;
• Maior desenvolvimento da
gramática;
• Surgimento
de
diferentes
propostas.
11. Primeiras obras/cartilhas/propostas
Autor
Características
Jan Hus
Conjunto de frases de cunho religioso
Valentin
Ickelsamer
De mesmo cunho, mas incluindo lista de sílabas simples
Comênius
Lições acompanhadas de gravuras
La Salle
Ensino dividido em 05 lições: tábua do alfabeto, tábua das
sílabas, silabário, aprender a soletrar e a silabar e o
desenvolvimento da leitura.
José Hamel
Aulas de 15 minutos com ensino coletivo.
Robert Owen
Escolas para os filhos dos operários
Froebel
Fundação dos jardins de infância
12. Cartilhas da Língua Portuguesa
• João de Barros – Cartinha (mesmo esquema da
Cartilha do ABC);
• Antonio de Castilho – Metodo portuguez para o
ensino do ler e do escrever;
• João de Deus – Cartilha maternal ou arte da
leitura
14. As cartilhas e alfabetização
• Até 1950:
As cartilhas davam ênfase à leitura;
Ensinavam o abecedário;
Leitura através de exercícios de decifração e
identificação de palavras – relação letra/som;
Leitura de textos de autores famosos;
Muita cópia.
15. As cartilhas e alfabetização
• A cartilha dá ênfase à escrita – a partir
de 1950
Cenário: início do processo de
democratização do acesso à escola;
Ênfase à produção escrita – escrita de
palavras;
Ênfase na atividade de ensino;
No lugar do alfabeto, as palavraschave, as sílabas geradoras e textos
apenas com as palavras já estudadas.
16. As cartilhas e alfabetização
• O processo do ba-be-bi-bo-bu contribuiu com o
fracasso escolar.
MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o aprender. Porto
Alegre:Mediação. 1996.
17. O manual do professor
• O manual foi criado como estratégia para
combater a reprovação escolar;
• Eram meramente instrumentais, como um
script;
• Devido a permanência do fracasso escolar
surgem as abordagens individualista e
biologicista.
18. O período preparatório
• Uso inadequado de “teorias” fundamentaram a
explicação psicologicista para o fracasso escolar;
• Como proposta surge o período preparatório –
exercícios de prontidão;
• Essa explicação tirava o foco da situação
desigual da nossa sociedade que não permite as
mesmas condições de vida e de aprendizagem a
todos;
• Equívoco pedagógico e psicológico.
19. Alfabetização Hoje
• Continuidade do “método” das cartilhas;
• Retomada de idéias básicas como: ensino do
alfabeto, das relações letra/som, dos diferentes
sistemas de escrita e da ortografia;
• Retirada dos conteúdos de gramática;
• A criação do ciclo de alfabetização;
20. Alfabetização na escola
• Crítica aos vários “pacotes
aplicados à alfabetização;
educacionais”
• Necessidade da formação do professor:
pedagógica, psicológica e linguística;
• Reconhecimento da obra de Paulo Freire.
21. Referências
• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem
bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 2010.
• Moll, Jaqueline. Alfabetização possível:
reinventando o ensinar e o aprender.
Porto Alegre: Mediação, 1996.