SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  48
Télécharger pour lire hors ligne
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
1
Prof. Gustavo Pozza Silveira
gustavo.silveira@iq.ufrgs.br
Estereoquímica
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
2
Isômeros
Compostos diferentes com a mesma fórmula molecular
(átomos tem
conectividade
diferente)
(átomos tem
mesma
conectividade,
mas possuem
diferente arrajanjo
espacial)
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
3
Estereoisômeros cis (Z) e trans (E)
Isômeros Constitucionais
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
4
Quiralidade
Um objeto quiral tem imagem especular não sobreponível.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
5
Alguns Exemplos
Luvas - quirais meias - aquirais
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
6
Egípcios – faraó com duas
mãos esquerdas!
Alguns Exemplos
Raquete de tênis possui plano de
simetria – aquiral. O taco de golf
não possui – quiral.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
7
Carbonos assimétricos, centros quirais e estereocentros
Um carbono assimétrico é aquele que está ligado a quatro substituintes
diferentes.
Esteriocentro: átomo contendo grupos aos quais quando permutados
levarão a um novo estereo isômero
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
8
Isômeros com um carbono assimétrico
Um substância com um carbono assimétrico pode existir como dois
diferentes esterioisômeros. Os dois isômeros são análogos à mão direita e
à esquerda.
Moléculas de imagen especular
não sobreponível são chamadas
de enantiômeros.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
9
- Compostos quirais têm imagem especular não sobreponível
- Compostos não quirais (aquirais) têm imagem especular sobreponível
e plano de simetria
enantiômeros
Plano de simetria atravessa o
carbono central separando OH e CN
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
10
Diferença entre configuração e conformação:
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
11
Nomeando Enantiômeros
Primeiramente liste os substituintes
do centro quiral, em ordem de
prioridade, conforme
feito para o sistema E,Z
A nomenclatura do sistema R,S (Kahn-Prelog-Ingold)
Movimento horário = Configuração R (rectus)
Movimento anti-horário = Configuração S (sinister)
Posicione o grupo de menor
prioridade (4) para trás
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
12
Nomeando o
aminoácido
l-alanina
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
13
Exercício: desenhar a estrutura tridimensional
para o ácido láctico.
Dica: desenhar primeiro os dois enantiômeros possíveis.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
14
Atribuir a configuração absoluta (R ou S) para a molécula abaixo:
Exercícios
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
15
Exercícios
• Quais das moléculas abaixo possuem centros estereogênicos e
quais não possuem? Escreva formas tridimensionais para as
moléculas quirais atribuindo as respectivas nomenclaturas R e S.
a) 2-propanol
b) 2-metilbutano
c) 2-clorobutano
d) 2-metil-1-butanol
e) 2- bromopentano
f) 2- bromopentano
g) 3-metilhexano
h) 1-cloro-2-metilbutano
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
16
Enantiômeros compartilham muitas das mesmas propriedades – eles têm o mesmo
ponto de ebulição, o mesmo ponto de fusão e a mesma solubilidade. Entretanto, a
maneira com que enantiômeros interagem com a luz polarizada é diferente.
Atividade ótica
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
17
horário (+) ou d anti-horário (-) ou l
diferem da configuração R,S
Atividade ótica
dextrorrotatória levorrotatória
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
18
O polarímetro mede o desvio óptico de um determinado
composto:rotação observada (a)
T é a temperatura em °C
 É o comprimento de onda
a É a medida da rotação em graus
l É o tamanho da cela em decímetros
c É a concentração em g/L
  específicarotação
T
a
Cada composto opticamente ativo tem uma rotação específica
característica
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
19
Uma mistura racêmica que contém quantidades iguais
dos enantiômeros é opticamente inativa
pureza óptica =
rotação específica observada
rotação específica do enantiômero puro
excesso enantiomérico (ee) =
excesso de um único enantiômero
soma da mistura
Ex: 70% e 30%
em uma mistura
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
20
(S)-bromobutane apresenta rotação específica de +23.1. Qual a pureza
ótica de uma mistura de enantiômeros do 2-bromobutano a qual
apresenta rotação específica de − 9.2? Qual dos enantiômeros é o
majoritário da mistura?
pureza óptica =
rotação específica observada
rotação específica do enantiômero puro
what would the optical purity be if the measured specific rotation were
+18.4o ?
Ex: 70% e 30%
em uma mistura
Exemplos
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
21
Exercícios
Calcule a composição estereoisomérica para uma mistrura com
aD = + 6,76? Qual o enantiômero está em excesso (R) ou (S)?
Calcule a pureza enantiomérica para uma mistrura com aD = +
1,151? Qual o enantiômero está em excesso (R) ou (S)?
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
22
Observações Importantes
A magnitude da rotação específica observada deve ser comparada com a
observada para o mesmo composto dissovido no mesmo solvente.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
23
Isômeros com mais de um carbono
quiral
Enantiômeros têm propriedades
físicas e químicas iguais.
Diastereoisômeros têm propriedades
físicas e químicas diferentes. Ex.: (a) e
(c), (a) e (d), (b) e (c), (b) e (d).
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
24
Diastereoisômeros Cíclicos
Diastereoisômeros também podem ser cíclicos. Perceba que os
isômeros cis e trans do 4-t-butilcicloexanol possuem propriedades
físicas diferentes.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
25
Diastereoisômeros Aquirais
Os diastereoisômeros do 4-t-butilcicloexanol possuem plano de
simetria. Portanto, não apresentam quiralidade (não desviam a luz
plano polarizada). São chamados de compostos meso.
(cíclicos)
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
26
Compostos Meso
Compostos meso têm dois ou mais carbonos quirais e um plano de
simetria.
São moléculas aquirais
Se houver um plano de simetria o composto não é quiral!
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
27
Diastereoisômeros Quirais
(cíclicos)
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
28
Diastereoisômeros Quirais
(cíclicos)
O conjuntos desses quatro compostos contém dois pares de
diastereoisômeros que possuem propriedades físicas diferentes e dois
pares de enantiômeros que são somente destinguidos pela luz plano
polarizada.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
29
Estereoquímica relativa e
absoluta
Utiliza-se a notação () para referir-se a mistura racêmica. Assim, nas
representações abaixo tem-se a mistura racêmica anti e a syn.
A representação abaixo refere-se a um enantiômero específico anti.
Anti- Syn-
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
30
Resumo
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
31
Estereoquímica
As regras para atribuir a esteoreoquímica de compostos com dois
centros quirais segue a mesma lógica da feita para um centro.
Os enantiômeros terão ambos centros invertidos, enquanto que os
diastereoisômeros apresentarão um centro igual e outro oposto.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
32
Exemplos
(Química Medicinal)
Quais os centros quirais na efedrina e na pseudoefedrina?
Adrenalina – efedrina:
apenas um centro
quiral. Sem
diastereoisômeros.
Estimulantes da classe das
anfetaminas (anorético,
descongestionante). Efeito
semelhante a adrenalina.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
33
Carboidratos
Pentoses
O número de estereoisômeros é calculado por 2n (n = centros
estereogênicos). Porém, muito cuidado! (Ver caso do ácido tartárico)
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
34
Projeção de Fischer
Projeção antiga (Fischer), porém ainda encontrada em livros de bioquímica.
D- (letra maiúscula pequena) corresponde a configuração do carbono quiral
mais afastado da carbonila. D = direita e L = esquerda.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
35
Ácido tartárico
Quantos estereoisômeros existem para o ácido
tartárico?
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
36
Primeiro observa-se o número de diastereoisômeros para uma
moléculas pela fórmula 2n-1
Ácido tartárico
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
37
Para o isômero anti, tem-se:
Perceba que o isômero RS se transforma no isômero SR por
simples rotação. Portanto, o isômero anti possui plano de simetria.
Ácido tartárico
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
38
Coluna Quiral
Fase estacionária quiral permite a formação de diasterioisômeros com a
misturas de isômeros R e S. Consequente, tem-se uma diferente afinidade na
coluna permitindo a separação e quantificação.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
39
Exercício: 1. Quantos estereoisômeros o carboidrato abaixo
(hexose) possui?
2. Quantos centros estereogênicos o esteróide abaixo (ácido cólico) possui?
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
40
Discriminação de Enantiômeros por Moléculas
Biológicas
Porém, um enantiômero pode interagir em outro receptor. Ex.
Talidomida, ethambutol.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
41
Talidomida
Droga utilizada nos anos 60-70 como sedativo, tratamento de insônia e para
diminuir o desconforto causado por enjôos matinais em grávidas.
Vendida em sua forma racêmica. Responsável por modificações nas leis de
aprovações de novas drogas – FDA.
Focomélia causada por talidomida
(teratogenia)
Uma das primeiras drogas onde comprovou-se a passagem pela placenta.
Molécula quiral racemiza no
organismo
Vários estudos mostram grande atividade para tratamento de
várias formas de cancer e AIDS.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
42
menta cuminho
Ambos Enantiômeros Ativos
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
43
IMPORTÂNCIA DA SÍNTESE
ASSIMÉTRICA
FARMOQUÍMICA
PERFUMARIA
AGROQUÍMICA
CRISTAIS LÍQUIDOS
FLAVORIZANTES
FEROMÔNIOS
2002 – drogas enantiomericamente
puras: vendas mundiais: US$ 159 bi
(estudo da estereoquímica das reações e das moléculas)
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
44
ORGANOCATÁLISE
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
45
O objetivo de muitos Químicos Orgânicos é o desenvimento de
catalisadores sintéticos que mimetizem o sitio ativo de enzimas
evitando assim a necessidade das proteinas envolta destes.
Reações são catalisadas com alta enantiosseletividade dentro do sítio
ativo de enzimas
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
46
KNOWLES
NOYORI SHARPLESS
PRÊMIO NOBEL EM QUÍMICA - 2001
“ pelo desenvolvimento de catalisadores
quirais que permitiram a síntese de
moléculas opticamente ativas”
(Monsanto - L-Dopa) (Redução
Enantiosseletiva)
(Oxidação)
Awekenis - DeNiro
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
47
Exercício: indique, nos pares de compostos abaixo, qual a
relação existente: enantiômeros, diastereoisômeros ou
idênticos.
www.iq.ufrgs.br/biolab
Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica
48
Exercício: atribua a configuração absoluta para cada um
dos centros estereogênicos abaixo

Contenu connexe

Tendances

47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetricaaifa230600
 
Modelo Pré-Relatório
Modelo Pré-RelatórioModelo Pré-Relatório
Modelo Pré-Relatórioiqscquimica
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaPriscila Siqueira
 
Equilíbrio químico
Equilíbrio químicoEquilíbrio químico
Equilíbrio químicoCarlos Kramer
 
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicos
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicosPropriedade físicas e químicas dos compostos orgânicos
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicosFernanda Cordeiro
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeJaqueline Almeida
 
Aula 05 Espectrofotometria Uv Vis
Aula 05   Espectrofotometria Uv VisAula 05   Espectrofotometria Uv Vis
Aula 05 Espectrofotometria Uv VisBruno Cortez
 
Alimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasAlimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasGlaucia Perez
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoLarissa Cadorin
 
Aula 11 13 estereoquímica
Aula 11   13 estereoquímicaAula 11   13 estereoquímica
Aula 11 13 estereoquímicaGustavo Silveira
 
Lista de exercícios polaridade, geometria molecular e forças intermoleculares
Lista de exercícios   polaridade, geometria molecular e forças intermolecularesLista de exercícios   polaridade, geometria molecular e forças intermoleculares
Lista de exercícios polaridade, geometria molecular e forças intermolecularesProfª Alda Ernestina
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasIlana Moura
 
Tabela função organica pdf.
Tabela função organica pdf.Tabela função organica pdf.
Tabela função organica pdf.Quimica2016
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosGustavo Silveira
 

Tendances (20)

47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
 
Soluções
SoluçõesSoluções
Soluções
 
Modelo Pré-Relatório
Modelo Pré-RelatórioModelo Pré-Relatório
Modelo Pré-Relatório
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
Introdução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações OrgânicasIntrodução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações Orgânicas
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação Potenciométrica
 
Aldeidos cetonas 2014_hb
Aldeidos cetonas 2014_hbAldeidos cetonas 2014_hb
Aldeidos cetonas 2014_hb
 
Equilíbrio químico
Equilíbrio químicoEquilíbrio químico
Equilíbrio químico
 
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicos
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicosPropriedade físicas e químicas dos compostos orgânicos
Propriedade físicas e químicas dos compostos orgânicos
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
 
Aula 05 Espectrofotometria Uv Vis
Aula 05   Espectrofotometria Uv VisAula 05   Espectrofotometria Uv Vis
Aula 05 Espectrofotometria Uv Vis
 
Alimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasAlimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicas
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenação
 
Aula 11 13 estereoquímica
Aula 11   13 estereoquímicaAula 11   13 estereoquímica
Aula 11 13 estereoquímica
 
Lista de exercícios polaridade, geometria molecular e forças intermoleculares
Lista de exercícios   polaridade, geometria molecular e forças intermolecularesLista de exercícios   polaridade, geometria molecular e forças intermoleculares
Lista de exercícios polaridade, geometria molecular e forças intermoleculares
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínas
 
Teste chama 2014
Teste chama 2014Teste chama 2014
Teste chama 2014
 
Tabela função organica pdf.
Tabela função organica pdf.Tabela função organica pdf.
Tabela função organica pdf.
 
Solução tampão
Solução tampãoSolução tampão
Solução tampão
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
 

Plus de Pam Pires

Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Pam Pires
 
Aula5 setas curvas-e_ressonancia
Aula5 setas curvas-e_ressonanciaAula5 setas curvas-e_ressonancia
Aula5 setas curvas-e_ressonanciaPam Pires
 
Aula5 enzimas e-receptores
Aula5 enzimas e-receptoresAula5 enzimas e-receptores
Aula5 enzimas e-receptoresPam Pires
 
Aula4 5 ácidos e bases
Aula4 5 ácidos e basesAula4 5 ácidos e bases
Aula4 5 ácidos e basesPam Pires
 
Aula2 3 estrutura e ligação química
Aula2 3 estrutura e ligação químicaAula2 3 estrutura e ligação química
Aula2 3 estrutura e ligação químicaPam Pires
 
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo Egisto
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo EgistoMedicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo Egisto
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo EgistoPam Pires
 
El arte de convivir
El arte de convivirEl arte de convivir
El arte de convivirPam Pires
 
China - Lexiaguo
China - LexiaguoChina - Lexiaguo
China - LexiaguoPam Pires
 
PREÇO DE UM FILHO
PREÇO DE UM FILHOPREÇO DE UM FILHO
PREÇO DE UM FILHOPam Pires
 

Plus de Pam Pires (12)

Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1
 
Aula5 setas curvas-e_ressonancia
Aula5 setas curvas-e_ressonanciaAula5 setas curvas-e_ressonancia
Aula5 setas curvas-e_ressonancia
 
Aula5 enzimas e-receptores
Aula5 enzimas e-receptoresAula5 enzimas e-receptores
Aula5 enzimas e-receptores
 
Aula4 5 ácidos e bases
Aula4 5 ácidos e basesAula4 5 ácidos e bases
Aula4 5 ácidos e bases
 
Aula2 3 estrutura e ligação química
Aula2 3 estrutura e ligação químicaAula2 3 estrutura e ligação química
Aula2 3 estrutura e ligação química
 
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo Egisto
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo EgistoMedicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo Egisto
Medicamentos Homeopáticos Eduardo Eduardo Egisto
 
Deprimido
DeprimidoDeprimido
Deprimido
 
El arte de convivir
El arte de convivirEl arte de convivir
El arte de convivir
 
Publicidade
PublicidadePublicidade
Publicidade
 
Relaxar
RelaxarRelaxar
Relaxar
 
China - Lexiaguo
China - LexiaguoChina - Lexiaguo
China - Lexiaguo
 
PREÇO DE UM FILHO
PREÇO DE UM FILHOPREÇO DE UM FILHO
PREÇO DE UM FILHO
 

Estereoquímica Orgânica Básica

  • 1. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 1 Prof. Gustavo Pozza Silveira gustavo.silveira@iq.ufrgs.br Estereoquímica
  • 2. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 2 Isômeros Compostos diferentes com a mesma fórmula molecular (átomos tem conectividade diferente) (átomos tem mesma conectividade, mas possuem diferente arrajanjo espacial)
  • 3. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 3 Estereoisômeros cis (Z) e trans (E) Isômeros Constitucionais
  • 4. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 4 Quiralidade Um objeto quiral tem imagem especular não sobreponível.
  • 5. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 5 Alguns Exemplos Luvas - quirais meias - aquirais
  • 6. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 6 Egípcios – faraó com duas mãos esquerdas! Alguns Exemplos Raquete de tênis possui plano de simetria – aquiral. O taco de golf não possui – quiral.
  • 7. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 7 Carbonos assimétricos, centros quirais e estereocentros Um carbono assimétrico é aquele que está ligado a quatro substituintes diferentes. Esteriocentro: átomo contendo grupos aos quais quando permutados levarão a um novo estereo isômero
  • 8. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 8 Isômeros com um carbono assimétrico Um substância com um carbono assimétrico pode existir como dois diferentes esterioisômeros. Os dois isômeros são análogos à mão direita e à esquerda. Moléculas de imagen especular não sobreponível são chamadas de enantiômeros.
  • 9. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 9 - Compostos quirais têm imagem especular não sobreponível - Compostos não quirais (aquirais) têm imagem especular sobreponível e plano de simetria enantiômeros Plano de simetria atravessa o carbono central separando OH e CN
  • 10. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 10 Diferença entre configuração e conformação:
  • 11. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 11 Nomeando Enantiômeros Primeiramente liste os substituintes do centro quiral, em ordem de prioridade, conforme feito para o sistema E,Z A nomenclatura do sistema R,S (Kahn-Prelog-Ingold) Movimento horário = Configuração R (rectus) Movimento anti-horário = Configuração S (sinister) Posicione o grupo de menor prioridade (4) para trás
  • 12. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 12 Nomeando o aminoácido l-alanina
  • 13. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 13 Exercício: desenhar a estrutura tridimensional para o ácido láctico. Dica: desenhar primeiro os dois enantiômeros possíveis.
  • 14. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 14 Atribuir a configuração absoluta (R ou S) para a molécula abaixo: Exercícios
  • 15. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 15 Exercícios • Quais das moléculas abaixo possuem centros estereogênicos e quais não possuem? Escreva formas tridimensionais para as moléculas quirais atribuindo as respectivas nomenclaturas R e S. a) 2-propanol b) 2-metilbutano c) 2-clorobutano d) 2-metil-1-butanol e) 2- bromopentano f) 2- bromopentano g) 3-metilhexano h) 1-cloro-2-metilbutano
  • 16. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 16 Enantiômeros compartilham muitas das mesmas propriedades – eles têm o mesmo ponto de ebulição, o mesmo ponto de fusão e a mesma solubilidade. Entretanto, a maneira com que enantiômeros interagem com a luz polarizada é diferente. Atividade ótica
  • 17. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 17 horário (+) ou d anti-horário (-) ou l diferem da configuração R,S Atividade ótica dextrorrotatória levorrotatória
  • 18. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 18 O polarímetro mede o desvio óptico de um determinado composto:rotação observada (a) T é a temperatura em °C  É o comprimento de onda a É a medida da rotação em graus l É o tamanho da cela em decímetros c É a concentração em g/L   específicarotação T a Cada composto opticamente ativo tem uma rotação específica característica
  • 19. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 19 Uma mistura racêmica que contém quantidades iguais dos enantiômeros é opticamente inativa pureza óptica = rotação específica observada rotação específica do enantiômero puro excesso enantiomérico (ee) = excesso de um único enantiômero soma da mistura Ex: 70% e 30% em uma mistura
  • 20. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 20 (S)-bromobutane apresenta rotação específica de +23.1. Qual a pureza ótica de uma mistura de enantiômeros do 2-bromobutano a qual apresenta rotação específica de − 9.2? Qual dos enantiômeros é o majoritário da mistura? pureza óptica = rotação específica observada rotação específica do enantiômero puro what would the optical purity be if the measured specific rotation were +18.4o ? Ex: 70% e 30% em uma mistura Exemplos
  • 21. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 21 Exercícios Calcule a composição estereoisomérica para uma mistrura com aD = + 6,76? Qual o enantiômero está em excesso (R) ou (S)? Calcule a pureza enantiomérica para uma mistrura com aD = + 1,151? Qual o enantiômero está em excesso (R) ou (S)?
  • 22. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 22 Observações Importantes A magnitude da rotação específica observada deve ser comparada com a observada para o mesmo composto dissovido no mesmo solvente.
  • 23. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 23 Isômeros com mais de um carbono quiral Enantiômeros têm propriedades físicas e químicas iguais. Diastereoisômeros têm propriedades físicas e químicas diferentes. Ex.: (a) e (c), (a) e (d), (b) e (c), (b) e (d).
  • 24. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 24 Diastereoisômeros Cíclicos Diastereoisômeros também podem ser cíclicos. Perceba que os isômeros cis e trans do 4-t-butilcicloexanol possuem propriedades físicas diferentes.
  • 25. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 25 Diastereoisômeros Aquirais Os diastereoisômeros do 4-t-butilcicloexanol possuem plano de simetria. Portanto, não apresentam quiralidade (não desviam a luz plano polarizada). São chamados de compostos meso. (cíclicos)
  • 26. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 26 Compostos Meso Compostos meso têm dois ou mais carbonos quirais e um plano de simetria. São moléculas aquirais Se houver um plano de simetria o composto não é quiral!
  • 27. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 27 Diastereoisômeros Quirais (cíclicos)
  • 28. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 28 Diastereoisômeros Quirais (cíclicos) O conjuntos desses quatro compostos contém dois pares de diastereoisômeros que possuem propriedades físicas diferentes e dois pares de enantiômeros que são somente destinguidos pela luz plano polarizada.
  • 29. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 29 Estereoquímica relativa e absoluta Utiliza-se a notação () para referir-se a mistura racêmica. Assim, nas representações abaixo tem-se a mistura racêmica anti e a syn. A representação abaixo refere-se a um enantiômero específico anti. Anti- Syn-
  • 30. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 30 Resumo
  • 31. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 31 Estereoquímica As regras para atribuir a esteoreoquímica de compostos com dois centros quirais segue a mesma lógica da feita para um centro. Os enantiômeros terão ambos centros invertidos, enquanto que os diastereoisômeros apresentarão um centro igual e outro oposto.
  • 32. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 32 Exemplos (Química Medicinal) Quais os centros quirais na efedrina e na pseudoefedrina? Adrenalina – efedrina: apenas um centro quiral. Sem diastereoisômeros. Estimulantes da classe das anfetaminas (anorético, descongestionante). Efeito semelhante a adrenalina.
  • 33. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 33 Carboidratos Pentoses O número de estereoisômeros é calculado por 2n (n = centros estereogênicos). Porém, muito cuidado! (Ver caso do ácido tartárico)
  • 34. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 34 Projeção de Fischer Projeção antiga (Fischer), porém ainda encontrada em livros de bioquímica. D- (letra maiúscula pequena) corresponde a configuração do carbono quiral mais afastado da carbonila. D = direita e L = esquerda.
  • 35. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 35 Ácido tartárico Quantos estereoisômeros existem para o ácido tartárico?
  • 36. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 36 Primeiro observa-se o número de diastereoisômeros para uma moléculas pela fórmula 2n-1 Ácido tartárico
  • 37. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 37 Para o isômero anti, tem-se: Perceba que o isômero RS se transforma no isômero SR por simples rotação. Portanto, o isômero anti possui plano de simetria. Ácido tartárico
  • 38. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 38 Coluna Quiral Fase estacionária quiral permite a formação de diasterioisômeros com a misturas de isômeros R e S. Consequente, tem-se uma diferente afinidade na coluna permitindo a separação e quantificação.
  • 39. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 39 Exercício: 1. Quantos estereoisômeros o carboidrato abaixo (hexose) possui? 2. Quantos centros estereogênicos o esteróide abaixo (ácido cólico) possui?
  • 40. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 40 Discriminação de Enantiômeros por Moléculas Biológicas Porém, um enantiômero pode interagir em outro receptor. Ex. Talidomida, ethambutol.
  • 41. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 41 Talidomida Droga utilizada nos anos 60-70 como sedativo, tratamento de insônia e para diminuir o desconforto causado por enjôos matinais em grávidas. Vendida em sua forma racêmica. Responsável por modificações nas leis de aprovações de novas drogas – FDA. Focomélia causada por talidomida (teratogenia) Uma das primeiras drogas onde comprovou-se a passagem pela placenta. Molécula quiral racemiza no organismo Vários estudos mostram grande atividade para tratamento de várias formas de cancer e AIDS.
  • 42. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 42 menta cuminho Ambos Enantiômeros Ativos
  • 43. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 43 IMPORTÂNCIA DA SÍNTESE ASSIMÉTRICA FARMOQUÍMICA PERFUMARIA AGROQUÍMICA CRISTAIS LÍQUIDOS FLAVORIZANTES FEROMÔNIOS 2002 – drogas enantiomericamente puras: vendas mundiais: US$ 159 bi (estudo da estereoquímica das reações e das moléculas)
  • 44. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 44 ORGANOCATÁLISE
  • 45. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 45 O objetivo de muitos Químicos Orgânicos é o desenvimento de catalisadores sintéticos que mimetizem o sitio ativo de enzimas evitando assim a necessidade das proteinas envolta destes. Reações são catalisadas com alta enantiosseletividade dentro do sítio ativo de enzimas
  • 46. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 46 KNOWLES NOYORI SHARPLESS PRÊMIO NOBEL EM QUÍMICA - 2001 “ pelo desenvolvimento de catalisadores quirais que permitiram a síntese de moléculas opticamente ativas” (Monsanto - L-Dopa) (Redução Enantiosseletiva) (Oxidação) Awekenis - DeNiro
  • 47. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 47 Exercício: indique, nos pares de compostos abaixo, qual a relação existente: enantiômeros, diastereoisômeros ou idênticos.
  • 48. www.iq.ufrgs.br/biolab Prof. Gustavo Pozza SilveiraQuímica Orgânica Teórica 1B – Estereoquímica 48 Exercício: atribua a configuração absoluta para cada um dos centros estereogênicos abaixo