2. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
2Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Tópicos abordados
●
Quem somos nós e sobre o quê estamos falando
● Modelo para a gestão de fornecedores
● Dificuldades enfrentadas pelas empresas
● Aspectos estratégicos da gestão de fornecedores
●
Métodos de avaliação
● Estudo de caso: avaliação de empreiteiros
● Considerações finais
3. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
3Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Núcleo Orientado para a
Inovação da Edificação - NORIE
● Criado em 1978
● Integra o PPGEC/UFRGS
● Cerca de 80 pessoas
● Principais linhas de pesquisa:
●
Tecnologia de materiais e processos construtivos
●
Desempenho do Ambiente Construído e
Sustentabilidade
●
Gerenciamento e Economia da Construção
4. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
4Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Principais trabalhos
desenvolvidos sobre o tema
● Isatto, 1996: Relações entre as construtoras e
fornecedores de materiais
●
Azambuja, 2002: Cadeia de suprimentos elevadores
●
Marder, 2004: Cadeia de suprimentos do aço cortado
e dobrado
●
Isatto, 2005: GCS de empreendimentos
●
Sterzi, 2006: Integração com fornecedores
estratégicos
●
Biesek, 2008: Avaliação de empreiteiros
5. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
5Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Sobre o quê estamos falando
● Qualificar: Identificar empresas que
possam vir a ser fornecedores pelo
atendimento de um conjunto mínimo de
critérios
● Selecionar: Escolher o(s) melhor(es)
dentre os fornecedores atuais (aqueles
que já estão qualificados)
● Desenvolver: Melhorar o desempenho do
fornecedor em um ou mais aspectos
7. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
7Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Modelo para a gestão de
fornecedores
Desenvolver
Selecionar
Qualificar
Avaliar
Prospectar
8. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
8Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Porque avaliar fornecedores?
● Proteção contra fornecedores ruins
● Exigência do Sistema de Gestão da
Qualidade da empresa
● Escolher os melhores fornecedores
● Melhorar os atuais fornecedores
● Estabelecer parcerias de longo prazo com
fornecedores estratégicos
9. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
9Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Principais dificuldades
enfrentadas pelas empresas
● A avaliação de fornecedores vista como
uma formalidade burocrática
● Falta de um método estruturado e bem
definido
● Subjetividade
● Falta de equilíbrio entre o esforço
envolvido e os benefícios obtidos
10. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
10Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Que fornecedor a empresa quer?
– “Por favor, você poderia me dizer
que caminho devo seguir?”,
perguntou Alice ao Gato
– “Isto depende muito de onde
você quer chegar”, disse o Gato
– “Isto não tem muita importância
-- ” disse Alice
– “Então não interessa o caminho
que você tomar”, disse o Gato
– “-- desde que eu chegue em
algum lugar”, complementou ela.
11. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
11Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Que fornecedor a empresa quer?
– “Por favor, você poderia me dizer
que caminho devo seguir?”,
perguntou Alice ao Gato
– “Isto depende muito de onde
você quer chegar”, disse o Gato
– “Isto não tem muita importância
-- ” disse Alice
– “Então não interessa o caminho
que você tomar”, disse o Gato
– “-- desde que eu chegue em
algum lugar”, complementou ela.
12. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
12Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Oportunidades de integração
com fornecedores
● Integração de sistemas de planejamento
e controle da produção
● Integração logística
● Design compartilhado
● Foco nas competências essenciais (core
competences) do negócio
● ...
13. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
13Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Os fornecedores segundo sua
importância para a empresa
● Fornecedores estratégicos:
Aqueles fornecedores os quais se deseja e
é possível influenciar o desempenho
● Outros fornecedores:
Aqueles fornecedores os quais não é
interessante ou possível influenciar o
desempenho
14. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
14Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
O querer...
Transação
discreta
Troca
relacional
● Eventual
● Produtos pouco
diferenciados
(commodities)
● Recorrente
● Produtos
únicos,
específicos,
MTO/ETO
15. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
15Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
O querer...
Transação
discreta
Troca
relacional
● Eventual
● Produtos pouco
diferenciados
(commodities)
● Recorrente
● Produtos
únicos,
específicos,
MTO/ETO
16. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
16Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
… e o poder.
Predomínio do
comprador
Interdependência
Independência
Predomínio do
fornecedor
BaixoBaixo
BaixoBaixo AltoAlto
AltoAlto Poder do fornecedor
Poderdocomprador
Adaptado de Cox et al (2000)
17. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
17Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Métodos de avaliação:
Método categórico
● Nota geral obtida a partir da opinião dos
envolvidos, eventualmente utilizando um
conjunto reduzido de atributos
● Ex.: Qualidade do produto:
● Simples e não exige um histórico de
fornecimento, mas é subjetiva e agregada
demais para feedback ao fornecedor
● Fornecedores menos importantes
18. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
18Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Métodos de avaliação:
Método ponderado
● A avaliação inclui diversos atributos,
associados com diferentes pesos de
importância e critérios bem definidos para
avaliação do desempenho
● Atributo: pontualidade de entrega
● Peso → Importância [1-5]: 4
●
Critério → Desempenho [1-3]:
– entrega atrasada = 1
– entrega no dia = 3
19. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
19Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Métodos de avaliação:
Método ponderado
● Exemplo: Qual o melhor fornecedor?
Fornecedor Preço Prazo pgto Qualidade Velocidade Pontualidade
Fulano
Beltrano
20. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
20Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Métodos de avaliação:
Método ponderado
● Exemplo: Qual o melhor fornecedor?
Fornecedor Preço Prazo pgto Qualidade Velocidade Pontualidade
Fulano
Beltrano
Pesos: 3 3 5 5 4
21. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
21Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Métodos de avaliação:
Método ponderado
● Mais rica em termos de feedback ao
fornecedor (destaca os pontos fortes e
fracos), mas implica em um maior esforço
de coleta
● Fornecedores estratégicos, onde o esforço
na coleta é compensado pelos benefícios
resultantes
22. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
22Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Exemplos de atributos
● Materiais:
●
Preço
● Forma de pagto
●
Prazo entrega
●
Pontualidade
●
Qualidade
● Assistência técnica
● Serviços:
●
Preço e prazo
propostos
●
Documentação
●
Qualidade serviço
●
Uso EPI
●
Organização e asseio
●
Execução no prazo
23. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
23Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Peso de cada atributo
● Estudo de caso em 8 pequenas empresas,
para materiais (Isatto, 1996):
●
Ponderação existia, mas não era explícita
●
Surpreendentemente, na prática não eram
afetados pelo tipo de material
● Dificuldade em se obter consenso na
empresa
● As múltiplas influências a que está sujeito
o comprador
24. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
24Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
O caráter sistêmico do processo
de suprimentos
● Atende diversos “clientes internos”:
●
Produção
● Segurança
●
Gestão da Qualidade
●
Administrativo (financeiro, pessoal, etc.)
●
Orçamento
● Planejamento e controle da produção (PCP)
●
...
25. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
25Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
É realmente necessário utilizar
pesos?
● Raramente uma “nota geral” é
considerada isoladamente para a tomada
de decisão (caso fosse, como alguma
empresa “entraria no sistema”?)
● O peso do atributo não é elemento
essencial para promover o feedback ao
fornecedor
● A possibilidade de ter pesos diferenciados
conforme o cliente da informação
26. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
26Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
A avaliação de desempenho e o
desenvolvimento do fornecedor
● Importância de feedback regular
● Alternativas
simples
podem
produzir
excelentes
resultados
27. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
27Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Caso de aplicação:
avaliação de empreiteiros
(Biesek, 2008)
● Empresa de médio porte, atuando no
mercado de obras industriais e comerciais
no RS
● Reduções de custo e prazo a partir de
melhorias nos projetos da obra e de seus
subsistemas
● Obras rápidas e complexas
●
Elevada autonomia das equipes das obras
●
Dependência em fornecedores especialistas
28. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
28Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Diagnóstico
● Escolha dos fornecedores:
●
Início do empreendimento
● Alto impacto
● 3 sistemas de avaliação independentes:
obra, empresa e segurança
● Periodicidade mensal
● Muitos atributos (36)
● Parcela significativa não aplicável (37%)
29. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
29Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Diretrizes gerais
● Definir o sistema de avaliação:
Estrutura, atributos considerados,
agrupados por tipo e por setor
● Setores: orçamento, produção, segurança,
administração e qualidade
● Tipos: básicos, avançados e específicos
30. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
30Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Atributos e setores da empresa
Setor
Atributos
Básicos Avançados Específicos
Orçamento
Preço e prazo pagto. Pontualidade proposta
Conteúdo e forma proposta
Participação reuniões PDP
Renegociação
Administração
Doctos. início obra
Doctos. mensais
Doctos. controle resíduos
Segurança
Doctos. pessoal
EPI: uso e manuten.
Atendim. acidentes
Doctos. prevencionista legal
Fornecimento EPI
Uniformes: uso e manut.
Máquinas, equip. e ferram.
Participação treinamentos
Áreas de vivência
Planej. segurança e visitas a
obras
Qualidade
Retrabalhos
Organização e limpeza
Agregar valor ao produto
Satisfação do cliente
Produção
PPC
Cumprimento prazos
Reuniões CP e MP
Mobilização recursos
Obrigações legais com
funcionários
PBPP
Serviços adicionais
31. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
31Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Diretrizes gerais
● No início de cada empreendimento:
●
Identificar os empreiteiros de alto impacto
● Classificar, para cada setor, se a avaliação do
empreiteiro demanda atributos avançados
●
Identificar eventuais atributos específicos
adicionais
32. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
32Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Fluxograma
Alto impacto?
Atributos
avançados?
Atributos
específicos?
Atributos
básicos
Acrescentar
atributos
avançados
Acrescentar
Atributos
específicos
Avaliação
simplificada ou
não avaliar
Avaliação
detalhada
Inicio
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
(por setor)
(baseado em Biesek, 2008)
33. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
33Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Fluxograma
Alto impacto?
Atributos
avançados?
Atributos
específicos?
Atributos
básicos
Acrescentar
atributos
avançados
Acrescentar
Atributos
específicos
Avaliação
simplificada ou
não avaliar
Avaliação
detalhada
Inicio
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
(por setor)
(baseado em Biesek, 2008)
34. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
34Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Fluxograma
Alto impacto?
Atributos
avançados?
Atributos
específicos?
Atributos
básicos
Acrescentar
atributos
avançados
Acrescentar
Atributos
específicos
Avaliação
simplificada ou
não avaliar
Avaliação
detalhada
Inicio
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
(por setor)
(baseado em Biesek, 2008)
35. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
35Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Fluxograma
Alto impacto?
Atributos
avançados?
Atributos
específicos?
Atributos
básicos
Acrescentar
atributos
avançados
Acrescentar
Atributos
específicos
Avaliação
simplificada ou
não avaliar
Avaliação
detalhada
Inicio
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
(por setor)
(baseado em Biesek, 2008)
36. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
36Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Fluxograma
Alto impacto?
Atributos
avançados?
Atributos
específicos?
Atributos
básicos
Acrescentar
atributos
avançados
Acrescentar
Atributos
específicos
Avaliação
simplificada ou
não avaliar
Avaliação
detalhada
Inicio
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
(por setor)
(baseado em Biesek, 2008)
43. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
43Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Resultados
● Redução do número médio de atributos de
36 para 22,5, e de 37% para 6,1% os
atributos não aplicáveis
● Redução do tempo de preenchimento
● Customização:
●
Maior detalhe naqueles empreiteiros importantes
●
Simplificação para empreiteiros de menor
importância
● Feedback contínuo ao fornecedor
44. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
44Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Conclusões do estudo de caso
● Envolvimento de diferentes setores,
informação centralizada
● Critérios objetivos de avaliação
● Priorizar atributos para cada fornecedor,
mas a partir de um conjunto pré-
estabelecido
● O processo de avaliação deve ser explícito,
compreendido por todos envolvidos e as
responsabilidades bem definidas
45. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
45Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Considerações finais
● Caráter estratégico
● Aspectos técnicos envolvidos:
●
Método
●
Sistema de informação
●
Integração com processos gerenciais existentes
● Dificuldades associadas com a tomada de
decisão
46. NORIE/UFRGSNORIE/UFRGS
46Prof. Eduardo L. Isatto – NORIE/UFRGS Construtech2008
Maiores informações
● INFOHAB: www.infohab.org.br
● Repositório de teses e dissertações da
UFRGS: www.lume.ufrgs.br