SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  32
Télécharger pour lire hors ligne
Escrevemos este livro a pensar nos nossos leitores, aquelas pessoas
  envolvidas na propriedade e gestão de uma empresa familiar que
    merecem a nossa admiração e respeito, e a quem o dedicamos.

 Simultaneamente, gostaríamos de agradecer às nossas famílias pela
sua compreensão, estímulo e ajuda. Enfim, por significarem a razão
                                    de ser do nosso esforço diário.

   Por último, queríamos agradecer a ajuda inestimável dos nossos
   colegas e amigos Roberto Alvarez del Blanco, Francisco Alvarez
  Fortes e Anabel Caneda González, pela importância dos seus co-
mentários e sugestões, bem como pelo ânimo que nos transmitiram.
Índice
Prefácios         ..................................................................................................... 9

Apresentação ................................................................................................. 17

Introdução ................................................................................................... 23
           1. Porque deve ler este livro ........................................................ 25
           2. A família e a empresa .............................................................. 25
           3. A boa gestão ........................................................................... 28

Capítulo 1. Coisas claras ................................................................................ 33
            1. Em que consiste a administração da empresa?......................... 36
            2. Como funciona a empresa? ..................................................... 40
            3. Com que devem “perder tempo” os directores? ....................... 52
            4. Conclusões do capítulo ........................................................... 60

Capítulo 2. Quem é quem? ........................................................................... 63
            1.A composição dos órgãos de gestão ......................................... 66
            2. O Conselho de Administração ................................................. 67
            3. O “Primeiro-ministro” ou Director-Geral ................................. 85
            4. O “Conselho de Ministros”, a equipa de direcção ................... 90
            5. A matriz da boa gestão ............................................................ 93
            6. Conclusões do capítulo ........................................................... 98

Capítulo 3. Prepare as trincheiras antes da batalha ....................................... 99
            1. A empresa. O plano estratégico ............................................. 104
            2. A família. Que papel terá? ..................................................... 117
            3. A pessoa. Uma perspectiva humana ...................................... 120
            4. Conclusões do capítulo ......................................................... 123
Eu não vendi. Não o façam vocês




Capítulo 4. Do Império à República ............................................................ 125
            1. A profissionalização da família na etapa fundador ................ 131
            2. A profissionalização da família na etapa sociedade
              de irmãos ............................................................................... 132
            3. A profissionalização da família na etapa confederação
               de primos ............................................................................ 138
            4. Conclusões do capítulo ......................................................... 148

Capítulo 5. O custo fiscal da sucessão para as empresas familiares ............ 151
            1. Quanto custa herdar? ............................................................ 153
            2. Será lícito minimizar o custo fiscal da sucessão?
                Quem deverá fazê-lo? .......................................................... 154
            3. O “novo imposto sobre as sucessões” – imposto de selo ....... 161
            4. O regime privilegiado das empresas familiares
                na legislação espanhola. ..................................................... 164
            5. Conclusões do capítulo ......................................................... 170

Capítulo 6. Ao trabalho!.............................................................................. 171
            1. Um guia de acção: onde estamos e do que necessitamos? .... 174
            2. Lembre-se ............................................................................. 176
            3. O final................................................................................... 179




                                                     8
Prefácios
Prefácio




                           Prefácio à edição portuguesa
A génese do grupo Amorim remonta a 1870, com a fundação de
uma pequena unidade produtora de rolhas de cortiça para a indús-
tria vinícola, de cariz marcadamente familiar. Passados 136 anos,
o negócio da família Amorim já percorreu três gerações, estando
a quarta geração a dar os primeiros passos na liderança da empre-
sa.

O grupo é, hoje, constituído por mais de 100 empresas, e o seu uni-
verso social representa cerca de 4670 colaboradores, dos quais cerca
de 655 fora de Portugal.

O segredo desta longa história de sucesso de uma empresa assente
em valores familiares sustenta-se numa palavra-chave: o consenso. A
liderança é sempre assumida por consenso, privilegiando a capacida-
de de gestão, com políticas de actuação dos intervenientes da família
muito bem delineadas.

A família é um valor insubstituível. Qualquer empresa que tenha ob-
jectivos de crescimento e de afirmação no mercado tem de se pautar
por uma gestão rigorosa. No entanto, quando se passa para a rea-
lidade de uma empresa de cariz familiar, além desta necessidade,
acrescem valores como a honestidade e o enorme respeito pelos in-
tervenientes.

                                 11
Eu não vendi. Não o façam vocês




Este tem sido o segredo da manutenção da boa relação do nosso gru-
po e da preservação das boas relações familiares. As características
dos accionistas e a transição geracional em alguns ramos da família,
as variáveis do crescimento dos grupos e das actividades, os objecti-
vos e as preferências por determinadas áreas económicas e as opções
de investimento e desinvestimento exigem respostas adequadas às as-
pirações das pessoas individualmente consideradas, mas também do
colectivos dos accionistas.

Os nossos valores explicam o sucesso do passado e do presente, que
constituem o fundamento para encarar o futuro com entusiasmo e
para reafirmar a vontade de manter o grupo como pólo de desenvolvi-
mento integrado de diversas actividades empresariais, sem deixar de
responder de forma salutar à apetência e interesses particulares dos
vários ramos da família.

                                                   Américo Amorim




                                 12
Prefácio




                            Prefácio à edição espanhola
Escrever sobre questões complexas de forma simples não é tarefa fá-
cil. Quanto mais simples parecer o resultado final, maior terá sido o
esforço empreendido. Acredito sinceramente que neste livro os auto-
res foram bem sucedidos.

Através de exemplos reais (embora, em alguns casos, tenham sido
“disfarçados”, por evidentes razões de confidencialidade) oferecem-
-nos um guia fácil para prosseguir no difícil e complicado processo
da sucessão de uma empresa familiar. Processo difícil e complicado,
pois às complexidades empresariais temos que acrescentar as com-
plexidades familiares.

A direcção de uma empresa familiar é um dos projectos mais ambi-
ciosos e extraordinários a que uma pessoa se pode dedicar, superan-
do facilmente os limites da própria empresa. As implicações que a
mesma tem e terá no futuro das pessoas vinculadas por parentesco
à propriedade do negócio vão muito além de uma simples forma
de “ganhar a vida”. Afectam cada membro da família directamente
ao nível pessoal, familiar e, inclusive, social. Todos os membros da
família, inclusive os que não trabalhem lá, sentem-se ligados à em-
presa.

A empresa familiar nasce do esforço pessoal do seu fundador. É o

                                13
Eu não vendi. Não o façam vocês




empreendedor quem, vencendo as enormes dificuldades que implica
seguir em frente com um projecto empresarial, arriscando em muitas
ocasiões o património pessoal – seu e da família –, consegue tor-
nar o sonho em realidade, concretizar uma visão. Da mesma forma
que, quando ajudamos os nossos filhos a crescer, fazemo-lo tentan-
do transmitir valores, formas de se comportar, de pensar, de sentir, o
empreendedor proporciona à sua empresa uma vivência, um carácter
pessoal, um reflexo da sua maneira de ser. Mas os filhos crescem e
a empresa também. Torna-se grande, forte… e independente. Cria os
seus próprios órgãos de direcção, toma as suas decisões, o espírito do
empreendedor permanece, mas talvez já não prevaleça.

Na empresa familiar, a família pode significar o elo de ligação com
o espírito original. Mais, tem obrigatoriamente de sê-lo. O processo
de sucessão tem de garantir a continuidade do carácter do empre-
endedor, o que apenas será possível se a família funcionar como ga-
rante do mesmo. Então, será necessário articular as pautas e órgãos
de gestão que permitam à família actuar de forma unida e dedicada,
defendendo sempre os interesses da empresa. Assim, estará também a
defender os seus próprios interesses.

Como fazê-lo?, é a pergunta a que este livro tenta dar resposta, através
da observação do que é uma empresa e como deve ser dirigida. São
apresentadas orientações concretas e simples que permitem articular
com êxito um órgão de direcção fundamental: o Conselho de Admi-
nistração. Não se trata de um livro de gestão empresarial, mas antes
de um livro orientado para a gestão de empresas familiares, onde se
aborda o aprofundamento do vínculo entre empresa e família, mudar
de gestão (conselho familiar, protocolo familiar, holding familiar…)
e de planeamento da sucessão, as implicações fiscais e patrimoniais
deste processo, etc. Todos os aspectos que, em suma, a família pro-
prietária tem de abordar com tempo e planeamento suficientes única
garantia de êxito na sucessão para as gerações seguintes.

Esta sucessão exigirá um grande esforço, mas, pela experiência vivida

                                  14
Prefácio




numa grande empresa, multinacional, mas em tempos familiar, posso
garantir que merece o esforço.

Reitero as minhas felicitações e agradecimentos aos autores por uma
obra que poderá, sem dúvida, ajudar a sua empresa, a empresa que
configura o tecido económico, social e humano do nosso país, a per-
manecer viva e a sirva de suporte de vida aos nossos filhos.

                                           Santiago Garcia Baliña
                            Conselheiro Delegado do Grupo FINSA




                                15
Apresentação
Apresentação




Quais são as chaves para o sucesso da gestão de uma empresa? Esta é
a pergunta de milhões de pessoas. Identificar os factores-chave para o
êxito empresarial assemelha-se à procura da pedra filosofal em que se
empenham todos os gurus do management, com sucesso desigual.

A resposta a esta pergunta não é simples, mas os mais recentes tra-
balhos ajudam-nos a entender o que torna as empresas competitivas,
duradouras e capazes de gerar riqueza. A verdade é que, a julgar por
estes trabalhos, o êxito não depende tanto do dinheiro e dos recursos,
mas mais do compromisso e da capacidade de ter ideias claras. De
facto, uma das mais recentes e notáveis investigações desenvolvidas
em Harvard por Joyce, Noria e Roberson assinala como factores-chave
para entender a competitividade os seguintes aspectos: uma estratégia
clara e orientada para o cliente, ênfase na acção, uma cultura orien-
tada para os resultados e construção de uma organização simples.
Destes factores destaca-se, de um modo especial, o compromisso dos
directores da empresa com o projecto.

Contar com a melhor tecnologia não serve de nada se não tivermos
uma atitude inovadora e boas ideias relacionadas com as necessida-
des do cliente. Todavia, formar uma equipa de direcção de topo não
leva a nada se não se obtiver um autêntico compromisso dos mem-
bros da empresa com o projecto.

É neste aspecto, do compromisso, que a empresa familiar goza de

                                 19
Eu não vendi. Não o façam vocês



todas as vantagens. Se o êxito de uma empresa reside em contar com
membros comprometidos, em conseguir uma cultura orientada para
resultados, em ter uma estrutura simples e com fácil comunicação,
vemos que as empresas familiares podem ter vantagens inatas para
competir.

Mas, e como muito bem afirmam os autores, a empresa familiar é, an-
tes de tudo, mais uma empresa. Necessita, assim, de outros factores-
chave para o êxito: deve estruturar-se de forma profissional, estabe-
lecer uma estratégia adequada e levá-la a cabo, orientando-se para o
cliente. Deve, em suma, profissionalizar a sua gestão para que surjam
as vantagens da sua natureza familiar sem que surjam os entraves e
obstáculos relacionados com o facto de poder haver alguma confusão
entre família e empresa.

Para mim, é uma enorme satisfação apresentar este trabalho que
dá continuidade à nossa colecção. Trata-se de um livro que fala de
compromisso e gestão, compromisso esse que, dia a dia, mostram
Francisco e Jesús Negreira com o projecto da Escola de Negócios
Caixanova e mostra a Vida Económica com a publicação em portu-
guês da nossa colecção de livros, aos quais quero agradecer nestas
páginas.

Uma escola de negócios com intervenção na Galiza e no Norte de
Portugal, e extensão internacional dos seus programas, não resolve só
por si a problemática da empresa familiar. Contar com uma equipa
de investigação e apoio a estas empresas é essencial para continuar a
evoluir como centro de prática para gestores e empresários.

Este trabalho não é uma peça isolada, antes constitui mais uma peça
do nosso empenho em apoiar as empresas familiares. Actualmente,
colocamos em prática um programa-chave para conseguir melhores
resultados na empresa familiar: o Programa de Prática para Sucesso-
res de Empresas Familiares. Queremos estar junto daqueles que re-
ceberam o testemunho, e com aqueles que devem ser devidamente

                                 20
Apresentação




preparados para que consigamos equipas de trabalho comprometidas
com o futuro das suas organizações.

Gostaria de apresentar um especial agradecimento à colaboração de
Américo Amorim, empresário português de grande mérito e o exem-
plo de uma empresa familiar de sucesso que, a partir da liderança
mundial do sector corticeiro, construiu um império de projecção in-
ternacional. No seu prólogo, muito bem expressa a importância da
família, da gestão rigorosa e da importância dos valores familiares e
do consenso, como o segredo do sucesso e longevidade deste grupo
familiar.

Desde já as minhas mais sinceras congratulações aos autores e a mi-
nha confiança neste livro, que – acredito – será mais um passo numa
longa série de realizações (casos, seminários, artigos, experiências,
etc.).

                                            Eduardo Garcia Erquiaga
                          Director da Escola de Negócios Caixanova




                                 21
Introdução




Não se podem reunir as forças particulares sem que todas as vonta-
  des se reunam .
Montesquieu

O mais difícil é governar-nos a nós próprios.
Séneca
Introdução




1. Porque deve ler este livro
Este livro destina-se àqueles empresários que se encontram à frente
de uma empresa familiar, tendo sido escrito a pensar num problema
sério para todos eles: como conciliar a boa direcção da empresa e
ser bem sucedido no processo de sucessão. Tal só será possível se se
conseguir garantir uma direcção profissional na empresa e, simulta-
neamente, “profissionalizar” a família.

Nunca será nosso objectivo dar regras e indicações sobre a forma
como deve o empresário orientar o dia-a-dia do seu negócio. Não
faria sentido, pois estes sabem muito mais sobre os seus clientes e as
suas empresas do que nós, e há muitos e bons manuais sobre gestão
de empresas. Antes, abordaremos em detalhe os aspectos directamen-
te relacionados com a gestão da empresa, a partir das perspectivas da
direcção, das pessoas envolvidas e da família.

Neste livro estudaremos a problemática da empresa e da família, de
modo que o leitor consiga assegurar a sobrevivência do seu negócio
ao longo das gerações. Ambas as instituições podem e devem com-
plementar-se; a nossa intenção é ajudá-lo.



2. A família e a empresa
No primeiro parágrafo desta introdução, demos, certamente, talvez

                                 25
Eu não vendi. Não o façam vocês



de forma muito resumida, a ideia de que existe um único significado
para o termo “empresa familiar”. Sem dúvida, é possível encontrar na
bibliografia múltiplas interpretações para o mesmo. Um denominador
comum em todas elas é a sua utilização para se referir àquelas orga-
nizações em que existe um vínculo de sangue entre todos os accio-
nistas. A expressão, no entanto, causa dúvidas. Todas as empresas são
familiares, na medida em que os accionistas de referência têm famí-
lia; a diferença está em que nem sempre se permite que estes vínculos
influenciem a direcção das mesmas. Aqui, dirigimo-nos àqueles casos
em que tais relações podem afectar o futuro da empresa.

Com esta reflexão pretendemos tranquilizar aquelas pessoas que, tendo
já empresas, ou estando a pensar em criar alguma com familiares, pos-
sam estar assustadas ao ler expressões como: “[…] de cada 100 empre-
sas familiares que alcançam a segunda geração apenas 30 sobrevivem
e, destas, apenas 15 continuam activas na terceira geração1”.

A verdade é que afirmações como esta, levam-nos a pensar que mais
vale deixar de herança fundos de investimento ou imóveis do que a
empresa à qual dedicámos tanto esforço. Não se preocupe, porque
existe solução e a família não é culpada. A única responsabilidade
prende-se com uma gestão deficiente da empresa; não perdemos
clientes pelo facto de o director comercial ser filho do presidente;
perdemos porque o director comercial não desempenha as suas tare-
fas de forma eficaz e profissional.

Contudo, a família, enquanto proprietária ou accionista de referência
da empresa, tem a última palavra sobre decisões empresariais que
podem influenciar o seu futuro. Esta questão torna a profissionaliza-
ção da família e dos accionistas indispensável, no que se refere à sua
relação com o negócio.


      1
        Dyer, W.G. (1986): Cultural Changes in family firms, Jossey-Bass; em Gallo, M.A.
      (1998): La sucesión en la empresa familiar, Colección Estudios e Informes, Nº 12,
      Servicio de Estudios La Caixa, Barcelona, pág. 13.


                                         26
Introdução




Se todos consideramos como racional e lógico que a empresa dis-
ponha de uma equipa de direcção o mais profissional e competente
possível, porque que é que as indicações que os membros da Direc-
ção recebem dos donos não hão-de estar ao mesmo nível em termos
de competência empresarial? Torna-se muito mais fácil fazer bem as
coisas se formos bem dirigidos.

A família precisa de órgãos de gestão que permitam decidir as expec-
tativas em relação à empresa; para tal, são necessários processos de
reflexão, discussão e debate que permitam chegar a acordo, e que
sejam transmitidos à Direcção da empresa. É necessária uma voz fa-
miliar coesa e profissional, que deixe bem explícito o que se pretende
da empresa.

Os problemas irão surgir quando os desejos da família em relação à
empresa não forem considerados de forma profissional, ou quando
surgirem desejos diferentes sem haver consenso familiar. Se com-
pararmos a empresa a um automóvel e a família aos ocupantes do
mesmo, a primeira situação corresponde a um engano na estrada
motivado por interesses familiares e não empresariais, enquanto o
segundo caso corresponde a várias pessoas pegarem no volante e
rumarem a locais distintos, criando em ambos os casos uma má ges-
tão empresarial e uma possível desorientação ou desaparecimento
do negócio.

Ambas as possibilidades são negativas para a empresa e, portanto,
também negativas para a família. Importa manter a família e empresa
separadas, mas, ao mesmo tempo, em comunicação e sintonia. Para
tal, podemos utilizar instrumentos como o conselho familiar e pro-
tocolo familiar, ferramentas que se destinam a criar uma voz única
dentro da família que transmita ao Conselho de Administração (en-
quanto órgão de direcção de hierarquia superior dentro da empresa)
as reflexões e os valores da família, para que os directores da empresa
possam gerir a empresa com o maior profissionalismo e independên-
cia possível, mas sem esquecer os interesses dos donos da empresa.

                                 27
Eu não vendi. Não o façam vocês




3. A boa gestão
Com este livro, pretendemos esclarecer todos aqueles temas que afec-
tam as decisões que visam uma maior profissionalização da empresa
e dos seus órgãos de gestão. O nosso principal objectivo é que se
possa dedicar a gerir a sua empresa e não a arranjar “problemas ca-
seiros”.

“Muito poucas empresas familiares” – diz Peter Drucker – “aceitam
a única premissa básica na qual se baseiam: tanto a empresa como a
família apenas conseguirão sobreviver se a família servir a empresa.
Nenhuma das duas funcionará se a empresa for gerida de forma a
servir a família. A palavra determinante em empresa familiar não é
familiar. Tem de ser empresa2”.

As empresas, independentemente da composição do seu capital, ou,
por outras palavras, independentemente de quem seja o seu dono
ou donos, precisam de ser administradas da melhor forma possível e
pelas pessoas mais competentes. Infelizmente, em demasiadas oca-
siões, esta máxima não é cumprida e, logo, as nossas empresas não
alcançam os resultados previstos, seja por má gestão dos directores
responsáveis, seja por terem directores ineficazes.

O primeiro caso não é grave; as pessoas podem e devem enganar-se
no seu trabalho, mas o facto de haver uma direcção eficaz permite
obter ao longo do tempo um rendimento médio adequado (recor-
demos Alfred Sloan, famoso presidente da General Motors durante
décadas, que afirmava: “se, enquanto director, acertar 51% das vezes
que faz algo na empresa, tornar-se-á no herói da empresa”3). O segun-
do caso, em cujo quadro de pessoal se encontram pessoas medíocres,
reveste-se de maior gravidade.


      2
        Drucker, P.F. (2003): Drucker Essencial, Ed. Edhasa, Barcelona, pág. 491.
      3
       Axelrod, A. (2002): Everything I know about business I learned from Monopoly,
      Running Press Book Publishers, Philadelphia, pág. 36.


                                       28
Introdução




Por vezes, não encontramos o director adequado para um determina-
do posto, porque não nos esforçamos o suficiente na sua procura, ou
simplesmente por falta de sorte (acontece frequentemente). Noutras
ocasiões, a Direcção incompetente deixa que a empresa satisfaça al-
gum tipo de necessidade, pedido ou pressão familiar, sem ter em con-
ta, unicamente, critérios profissionais; neste caso, somos os máximos
responsáveis – pior ainda, as soluções são mais complexas.

A função dos directores é suficientemente complicada só por si,
para ainda se introduzir dificuldades exteriores ao restrito campo da
administração da empresa. A nossa função, enquanto responsáveis
máximos pela empresa, consiste em eliminar obstáculos, e não em
criá-los.

A sobrevivência da empresa é constantemente ameaçada: todos senti-
mos a agressividade dos nossos concorrentes (em busca de uma falha
nossa que lhes permita obter a nossa fatia de bolo que conquistámos
com tanto esforço), as nossas limitações em relação à estrutura, di-
nheiro, recursos materiais… e ao pessoal, o problema mais grave para
muitas empresas. Cada vez se torna mais necessário ter colaboradores
qualificados, e estes são cada vez mais escassos, para além das difi-
culdades e custo de uma integração e formação adequadas. Quantos
funcionários realmente valiosos temos? De quantos mais precisamos?
Se na sua empresa não surgem estas questões, considere-se um privi-
legiado e, claro, continue a utilizar os mesmos critérios de gestão que
lhe permitiram alcançar esta situação. Nós, certamente, poderemos
ensinar-lhe muito pouco.

Este cenário muito oscilante, com regras muito complexas, faz com
que, todos os dias, nos questionemos se realmente estamos a oferecer
aquilo que os nossos clientes valorizam: esta é a origem do nosso
êxito ou fracasso. Podemos, a partir daí, fazer as coisas bem ou mal,
mas nunca acertaremos se não tivermos identificado previamente o
alvo certo, mesmo que sejamos excelentes arqueiros. E tenha, estima-
do leitor, uma coisa bem presente: dados os níveis de competição e

                                  29
Eu não vendi. Não o façam vocês



oferta actualmente existentes, os nossos clientes são como crianças:
quanto mais se lhes dá, mais querem. Não se trata de posturas ca-
prichosas da parte deles, são apenas consumidores com um elevado
grau de informação – e, claro, liberdade.

A nossa posição enquanto gestores complica-se ao observar que exis-
tem várias áreas sobre as quais podemos trabalhar para optimizar o
nosso produto ou serviço: identificamos os nossos clientes e sabemos
o que verdadeiramente valorizam? Estamos preparados para nos “in-
formarmos” sobre as alterações do mercado? Fazemos as coisas da
melhor forma possível? Temos o modelo de negócio mais adequado?
A estrutura da nossa organização permite satisfazer as necessidades
dos nossos clientes, ou, pelo contrário, a nossa estrutura impede-nos
de sermos bons no negócio?...

De facto, os administradores de uma empresa têm demasiado trabalho
relacionado com a gestão, com diversas variáveis externas e internas
que tornam a sua função suficientemente complexa, para ainda se es-
tar a incluir dificuldades adicionais. Infelizmente, isto é o que ocorre
em muitas empresas familiares: complicamos a vida dessas organiza-
ções até as levarmos, em muitos casos, ao seu desaparecimento.

Com este objectivo, no capítulo 1, “AS COISAS CLARAS”, abordare-
mos o estudo das funções que devem ser desenvolvidas por uma ad-
ministração eficaz numa empresa, ou seja, com que assuntos devem
“perder tempo” os directores da nossa empresa para que haja uma
boa gestão da mesma. Este será o nosso ponto de partida: sem uma
boa gestão na empresa, tudo o resto se torna irrelevante.

O capítulo 2. “QUEM É QUEM?” contém uma descrição dos órgãos
de gestão da empresa, principalmente o Conselho de Administração
e altos quadros. Quem os elege, como funcionam, o que se espera
de cada um, quais as suas obrigações e responsabilidades… e, claro,
o que não deve ser feito em certos cargos. Estas páginas serão parti-
cularmente importante, visto que a falha mais comum nas empresas

                                  30
Introdução




familiares situa-se ao nível da profissionalização dos seus órgãos de
direcção e gestão.

No capítulo 3. “PREPARE AS TRINCHEIRAS ANTES DA BATALHA”,
serão abordados temas relacionados com a necessidade de anteci-
par os problemas relacionados com uma sucessão inesperada e, logo,
não planeada. É infinitamente melhor estabelecer as regras do jogo
antes que surjam os problemas, já que, depois, será muito mais com-
plicado, as decisões serão mais facilmente mal interpretadas, surgirão
entraves relacionados com assuntos pessoais… Faremos uma reflexão
sobre a relação entre a empresa, a família e a pessoa e apontaremos
diferentes perspectivas para o processo de sucessão.

O capítulo 4. “DO IMPÉRIO À REPÚBLICA” aborda o planeamento
da sucessão. Podemos e devemos conseguir que a empresa seja geri-
da profissionalmente e que, simultaneamente, exista uma boa relação
entre os sócios, ou que esta não se deteriore por causa da empresa.
Se as empresas familiares mostram carências importantes nos seus
órgãos de gestão, por exemplo, um mau funcionamento do Conselho
de Administração (capítulo 2), nas famílias, simplesmente, não exis-
tem esses órgãos e são as que menos têm em consideração a “gestão
profissional” da empresa. Neste capítulo, explica-se a estrutura e fun-
cionamento dos tais órgãos de gestão da família: protocolo familiar,
conselho de família, holding familiar… enquanto ferramentas que
permitem garantir o êxito do processo de sucessão.

No capítulo 5. “QUANTO SE POUPA EM TER AS FUNÇÕES BEM
DEFINIDAS!”, analisam-se os diferentes valores e escalões tributários,
para que, de acordo com a legislação actual, a sucessão seja a menos
penosa possível para a família.

O capítulo 6. “AO TRABALHO!” pretende responder de forma cons-
ciente ao objectivo do livro: Como garantir a sucessão na empresa
familiar? Com esse objectivo, realiza-se um resumo do conteúdo dos
capítulos anteriores, estilo “guia de acção”, para que o leitor possa

                                 31
Eu não vendi. Não o façam vocês



diagnosticar o “estado” da sua família e empresa, e actuar em con-
formidade. Finalmente, como conclusão, fazemos uma recapitulação
daquelas questões-chave abordadas ao longo do livro.

Esperamos poder transmitir, com a nossa posição de reflexão, ele-
mentos de avaliação e análise que ajudem a efectuar o processo de
sucessão e profissionalização da sua empresa, processo no qual pode
estar envolvida uma ou mais unidades familiares. Com estas páginas
pretendemos incentivá-lo a seguir o caminho certo, ou seja, procurar
a companhia certa. Como dizia Don Vito Corleone, no espantoso ro-
mance de Mário Puzo: “Não é nada pessoal, apenas negócios”.




                                32
Capítulo 1

                                 As coisas claras




É necessário começar por expor as dificuldades que temos de resol-
   ver desde início. É impossível desatar um nó sem saber como se
   faz.
Aristóteles

O importante não é participar, mas sim ganhar ou perder.
Guy Kawasaki
Capítulo 1. As coisas claras




Com este livro pretendemos ajudá-lo a levar a cabo a sucessão na
sua empresa ou a prepará-la para que a concretize no futuro. Não há
dúvida que o empresário não é o nosso único destinatário; dirigimo-
nos também à sua família; a todas as pessoas relacionadas com o
processo de sucessão, desde as que se dedicam à gestão do dia-a-dia
até àquelas que acompanham o processo mais afastadamente; desde
as que têm um conhecimento mais profundo da empresa até àquelas
que nunca participaram e apenas têm uma ideia do que é uma empre-
sa, em que consiste e como funciona. Vamos, portanto, seguir o con-
selho de Aristóteles e procurar esclarecer todas as questões básicas
relacionadas com a empresa enquanto organização com vida própria
que necessita de ser administrada e gerida, como primeiro passo para
o resto do livro.

Neste primeiro capítulo, procuramos respostas para três perguntas,
que vamos tratar nas páginas seguintes:

   ◗ Em que consiste a administração da empresa?

   ◗ Como funciona a empresa?

   ◗ Com o que devem “perder tempo” os meus gestores?

Consideramos fundamental que todos os membros da família conhe-
çam, entendam e estejam familiarizados com os termos destinados à

                                35
Eu não vendi. Não o façam vocês



gestão, pois será o caminho correcto para discutir e analisar as ques-
tões mais complexas. Apenas assumindo uma posição de conheci-
mento poderão os membros da família tomar decisões acertadas, seja
como trabalhador da empresa seja como membro do Conselho de
Administração, como participante no conselho familiar ou como sim-
ples accionista que se coloca à margem de tudo, fazendo-se represen-
tar por outras pessoas.

Trataremos estes temas paralelamente a diversas referências à família
e à necessidade de separar a gestão da empresa das necessidades
familiares. A empresa familiar deve ser gerida e administrada da me-
lhor forma possível, tal como referimos no prólogo, mas esta “melhor
forma possível” de gerir o seu negócio nada tem a ver com a “gestão”
da sua família; as prioridades devem ser estabelecidas pela empresa
e pelas suas necessidades – o contrário seria o caminho certo para o
fracasso, acredite.



1. Em que consiste a administração
da empresa?
Fundamentalmente, a administração da empresa consiste em tomar
decisões e executar tarefas para alcançar os objectivos previamente
definidos. Temos trabalhadores que apenas desempenham certas tare-
fas, gestores que apenas tomam decisões e quadros intermédios que
participam num cenário comum.

A administração será positiva se o trabalho conjunto de toda a orga-
nização permitir, de forma eficiente, alcançar os objectivos empre-
sariais a todos os níveis, desde os mais estratégicos (chegar com o
nosso produto ao mercado espanhol, alcançar uma quota de mercado
superior à concorrência, melhorar em 10% os meus lucros relativa-
mente ao ano passado…) até aos mais operativos (contratar pessoal
para a nova delegação, resolver dentro do prazo os problemas que
me sejam colocados relativamente à nova linha de produção, reduzir


                                 36
Capítulo 1. As coisas claras




o meu nível de devoluções em 2%, vender na minha área mais 4000
unidades…).

 Figura 1:    A Administração da Empresa


                              OBJECTIVOS




         Tomada
       de Decisões


                                                     RESULTADOS


        Execução
        de Tarefas



A empresa é uma organização complexa que tem uma razão de ser,
um objectivo global, que alcançaremos mediante a consecução de
objectivos menores. A correcta execução das tarefas atribuídas a cada
membro permitirá alcançar os objectivos individuais de cada um dos
trabalhadores da organização, e será o conjunto de todos que levará
ao êxito ou fracasso da empresa.

Se o que a empresa precisa é de trabalhadores que desempenhem de
forma eficaz as suas tarefas, torna-se evidente que o vínculo familiar
de cada profissional não tem relevância (interessa-me que o contabi-
lista faça registos sem erros, e poder confiar nos balancetes, não que
a minha irmã esteja contente por termos arranjado um emprego para
o filho…).

Ninguém, apenas por ser da família, tem direito a um posto de trabalho

                                   37
Eu não vendi. Não o façam vocês



na empresa; um empregado de qualquer nível, se for da família, deve
ser tão válido como qualquer outro fora da família, e deverá esforçar-
se tanto como todos os outros. Se assim não for, a empresa estará à
disposição da família, o que, infelizmente, em variadas situações, tem
influência directa no seu fracasso.

Para quem tiver dúvidas sobre a validade desta abordagem (no Capítulo
3 trataremos da problemática do acesso dos membros da família à em-
presa), vejamos a empresa a partir de fora, do ponto de vista dos clien-
tes, que são quem a faz crescer e prosperar, ou quem a arruina. Algu-
ma vez, enquanto comprava uma peça de roupa, colocou-se questões
como: “realmente, não me fica muito bem mas como o funcionário é
primo do dono vou comprar”, ou “… acaba de ser indelicado, mas,
como é o dono, compro na mesma”, ou “na verdade, gosto desta cami-
sola mas como a funcionária (por sinal muito educada) não é familiar
dos donos, não compro”? Ou quem já se viu em situações como “vou
fazer mais cinco quilómetros para ir encher o depósito numa bomba
onde trabalha o sobrinho do dono, na bomba de gasolina que tenho
mais perto de casa não trabalha ninguém da família do dono”, ou “pre-
ciso deste pacote de arroz e o preço é bom, mas como o filho da dona
trabalha noutro supermercado não vou levar…”?

Na verdade, poderíamos continuar com uma série de exemplos de
“ilusões” empresariais, situações que na realidade não ocorrem. Os
nossos clientes compram-nos uma camisola porque temos uma boa
oferta, um preço competitivo, temos pessoal profissional que sabe
fazer o seu trabalho, porque não há mais lojas na zona, ou porque
temos a distribuição exclusiva duma marca que acabou de ficar na
moda graças a uma série televisiva… Nenhum cliente entra na empre-
sa e pede a árvore genealógica dos funcionários. “A visão completa
do negócio – diz Peter Drucker – do ponto de vista dos resultados é a
visão do ponto de vista dos clientes”4.


    4
        Trout, J. (2000): El poder de lo simple, Ed. Internacional R. Perlaba e R.G. del Rio,
         McGraw Hill, Madrid, pág. 123.


                                             38
Eu não vendi. Não o façam vocês. Empresa familiar e sucessão
Títulos da colecção:

• Organizar para criar valor
• Da empresa jurássica à mpresa voluída
                                               A empresa familiar nasce do esforço pessoal do seu fundador. É o
                                               empreendedor quem, vencendo as enormes dificuldades que implica
                                               seguir em frente com um projecto empresarial, arriscando em muitas
                                                                                                                                                                                         Eu não vendi.
                                                                                                                                                                                    Não o façam vocês
                                               ocasiões o património pessoal – seu e da família –, consegue tornar
                                               o sonho em realidade, concretizar uma visão. Da mesma forma que,
Próximos títulos:                              quando ajudamos os nossos filhos a crescer, fazemo-lo tentando
                                               transmitir valores, formas de se comportar, de pensar, de sentir, o
• Marketing na internet e nos meios digitais
  interactivos
                                               empreendedor proporciona à sua empresa uma vivência, um carácter
                                               pessoal, um reflexo da sua maneira de ser. Mas os filhos crescem e a
                                                                                                                                                                                    Empresa familiar e sucessão                 Na foto, da esquerda para a direita:
                                               empresa também. Torna-se grande, forte… e independente. Cria os                                                                                                                  Francisco Negreira del Rio
• Estratégias empresariais                                                                                                                                                                                                      Doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Santiago
                                               seus próprios órgãos de direcção, toma as suas decisões, o espírito                                                                                 Francisco Negreira del Rio   de Compostela. Mestre em Administração e Direcção de Empresas
• Inovação: a última tendência                 do empreendedor permanece, mas talvez já não prevaleça.
                                                                                                                                                                                                       Jesús Negreira del Rio   (MBA) e Mestre em Tributação e Sistemas Fiscais, ambos pela Escola de
                                                                                                                                                                                                                                Negócios Caixanova. Professor de Direcção e Gestão de Empresas na
                                               Na empresa familiar, a família pode significar o elo de ligação                                                                                        Amancio Plaza Vázquez      Escola de Negócios Caixanova e director do programa Master in Business
                                               com o espírito original. Mais, tem obrigatoriamente de sê-lo. O                                                                                                                  Administration (MBA) da Escola de Negócios Caixanova. Especialista
                                               processo de sucessão tem de garantir a continuidade do carácter                                                                                                                  em empresas familiares, possui uma vasta experiência em projectos de
                                                                                                                                                                                                Adaptação versão portuguesa:    consultadoria ligados ao diagnóstico estratégico, de gestão e definição de
                                               do empreendedor, o que apenas será possível se a família funcionar
                                                                                                                                                                                                  António Nogueira da Costa     estruturas organizativas e de gestão em empresas familiares. Sócio fundador
                                               como garante do mesmo. Então, será necessário articular as pautas
                                                                                                                                                                                                                                da efconsulting. Co-autor do artigo “A gestão da empresa familiar: como jogar
                                               e órgãos de gestão que permitam à família actuar de forma unida e                                                                                        Ana Campos Ferreira     golfe e ganhar no xadrez”, publicado na Harvard Deusto Business Review.
                                               dedicada, defendendo sempre os interesses da empresa. Assim, estará
                                               também a defender os seus próprios interesses.                                                                                                                                   António Nogueira da Costa
                                                                                                                                                                                                 Prefácio de Américo Amorim     Licenciado em Matemáticas Aplicadas - Informática, Master em Business
                                                                                                                                                                                                                                Administration (Executive MBA) e Curso Superior de Gestão de Recursos
                                                                                                                                                                                                                                Humanos na Escola de Negócios Caixanova e um programa internacional
                                                    “O livro ‘Eu não vendi. Não o façam                                                                                                                                         de excelência através da qualidade de serviços (desenvolvido em Paris, S.
                                                    vocês. Empresa familiar e sucessão’                                                                                                                                         Francisco, Seoul,Tóquio e Funchal). Experiência profissional nas áreas de gestão,
                                                                                                                                                                                                                                marketing e tecnologia desenvolvida essencialmente em entidades do sector
                                                    está muito bem organizado, é claro                                                                                                                                          financeiro e como docente do ensino superior e pós-graduado.Actualmente é
                                                                                                                                                                                                                                consultor independente nas áreas de gestão e marketing e professor e director
                                                    e fácil de ler e será sem dúvida útil                                                                                                                                       dos programas em Portugal da Escola de Negócios Caixanova.
                                                    para gestores de empresas familiares                                                                                                                                        Jesús Negreira del Rio
                                                    e para os representantes da família                                                                                                                                         Doutorado em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela.
                                                                                                                                                                                                                                Mestre em Direcção Comercial e Marketing pela Escola de Negócios
                                                    responsáveis por escolher executivos e                                                                                                                                      Caixanova. Professor de Direcção Comercial e Marketing na Escola de
                                                    fazer o desafio à gestão”                                                                                                                                                    Negócios Caixanova e Director do programa Mestre em Direcção Comercial
                                                                                                                                                                                                                                e Marketing da Escola de Negócios Caixanova.Autor de diversos artigos na
                                                                               Belmiro de Azevedo                                                                                                                               Harvard Deusto Marketing & Vendas sobre comercialização e marketing. Sócio
                                                                                                                                                                                                                                fundador da efconsulting. Especializado em empresas familiares, é co-autor do
                                                                                                                                                                                                                                artigo “A gestão da empresa familiar: como jogar golfe e ganhar no xadrez”,
                                                                                                                                                                                                                                publicada na Harvard Deusto Business Review.

                                                                                                                                                                                                                                Ana Campos Ferreira
                                                                                                                                                                                                                                Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica
                                                                      ISBN 978-972-788-218-2                                                                                                                                    Portuguesa.Advogada e colaboradora do Vida Económica - Editorial, S.A.

                                                                        9 789727 882182                                                                                                                                         Amancio L. Plaza Vasquez
                                                                                                                                                                                                                                Doutorado em Direito pela Universidade de Navarra, Mestre Universitário
                                                                                                                                                                                                                                em Direito Empresarial pela Universidade de Navarra e Licenciado em
                                                                                                                                                                                                                                Direito pela Universidade de Santiago de Compostela. Foi professor adjunto
                                                                                                                                                                                                                                de Direito Financeiro e Tributário na Universidade de Navarra (1998-2001).
                                                                                                                                                                                                                                Advogado e Assessor Fiscal. Sócio-Director da Plaza & Reini S.L., Coordenador
                                                                                                                                                                                                                                Geral do Programa Foro Aranzadi Tributario. Secretário da Revista Aranzadi
                                                                                                                                                                                                                                Jurisprudencia Tributaria. Coordenador de autores da Westlaw Práctico Fiscal.
                                                                                                                                                                                                                                Responsável da JT Opinión Profesional. Sócio fundador da efconsulting.Autor
                                                                                                                                                                                                                                do livro O valor real tributário. Estudo no ISD e relacionamento com outros
                                                                                                                                                                                                                                valores tributários, bem como de diversos artigos em revistas especializadas.

Contenu connexe

En vedette

Quimica
QuimicaQuimica
Quimicaescdpi
 
Trabjo
TrabjoTrabjo
TrabjoMiguel
 
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguense
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguenseMateriales Sustentables en la Arquitectura nicaraguense
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguenseRoberto Valle
 
Fivb medical injury_prevention
Fivb medical injury_preventionFivb medical injury_prevention
Fivb medical injury_preventionDickdick Maulana
 
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135Fedegan
 
Trabajo psicologia 3 tareas
Trabajo psicologia 3 tareasTrabajo psicologia 3 tareas
Trabajo psicologia 3 tareaskonejodzul
 

En vedette (7)

Quimica
QuimicaQuimica
Quimica
 
Trabjo
TrabjoTrabjo
Trabjo
 
Unidad 2
Unidad 2Unidad 2
Unidad 2
 
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguense
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguenseMateriales Sustentables en la Arquitectura nicaraguense
Materiales Sustentables en la Arquitectura nicaraguense
 
Fivb medical injury_prevention
Fivb medical injury_preventionFivb medical injury_prevention
Fivb medical injury_prevention
 
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135
Proyecto de-ley-para-el-sector-lácteo-carta-fedegan-135
 
Trabajo psicologia 3 tareas
Trabajo psicologia 3 tareasTrabajo psicologia 3 tareas
Trabajo psicologia 3 tareas
 

Similaire à Guia para a gestão de empresas familiares

Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas Familiares
Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas FamiliaresManual de Perguntas e Respostas sobre Empresas Familiares
Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas FamiliaresSérgio Amaral
 
50 perguntas empresas familiares. Sintese
50 perguntas empresas familiares. Sintese50 perguntas empresas familiares. Sintese
50 perguntas empresas familiares. Sinteseefconsulting
 
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdf
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdfO livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdf
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdfVIEIRA RESENDE
 
Livro final color degustação
Livro final color   degustaçãoLivro final color   degustação
Livro final color degustaçãoGiovanni Mileo
 
Livrolideranaparacompetitividade
LivrolideranaparacompetitividadeLivrolideranaparacompetitividade
LivrolideranaparacompetitividadeDavid Campos
 
Perfis Comportamentais e a Cultura Organizacional
Perfis Comportamentais e a Cultura OrganizacionalPerfis Comportamentais e a Cultura Organizacional
Perfis Comportamentais e a Cultura OrganizacionalSolides Tecnologia
 
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completo
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completoEmpreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completo
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completoPedro Quintanilha
 
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismoViagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismoJackson Lopes
 
E-book - Viagem ao Mundo do Empreendedorismo
E-book - Viagem ao Mundo do EmpreendedorismoE-book - Viagem ao Mundo do Empreendedorismo
E-book - Viagem ao Mundo do EmpreendedorismoEmpreende Floripa
 
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoViagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoDiêgo Salustriano
 
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoViagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoRobson Peixoto
 
60 verdades para administrar a sua carreira
60 verdades para administrar a sua carreira60 verdades para administrar a sua carreira
60 verdades para administrar a sua carreiraAulas Abel
 
F A MÍ L I A, F A MÍ L I A, N E GÓ C I O S À P A R T E B L O G
F A MÍ L I A,  F A MÍ L I A,  N E GÓ C I O S À  P A R T E  B L O GF A MÍ L I A,  F A MÍ L I A,  N E GÓ C I O S À  P A R T E  B L O G
F A MÍ L I A, F A MÍ L I A, N E GÓ C I O S À P A R T E B L O Grodneyribeiro1973
 
Família, família, negócios à parte blog
Família, família, negócios à parte blogFamília, família, negócios à parte blog
Família, família, negócios à parte blogRodney Ribeiro
 
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e Desafios
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e DesafiosVender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e Desafios
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e DesafiosMprado Governança Corporativa Ltda
 

Similaire à Guia para a gestão de empresas familiares (20)

Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas Familiares
Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas FamiliaresManual de Perguntas e Respostas sobre Empresas Familiares
Manual de Perguntas e Respostas sobre Empresas Familiares
 
50 perguntas empresas familiares. Sintese
50 perguntas empresas familiares. Sintese50 perguntas empresas familiares. Sintese
50 perguntas empresas familiares. Sintese
 
5. Acordo de sócios.pdf
5. Acordo de sócios.pdf5. Acordo de sócios.pdf
5. Acordo de sócios.pdf
 
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdf
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdfO livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdf
O livro negro do empreendedor - Fernando TrÃ_as de Bes.pdf
 
Monografia nov 2006
Monografia nov 2006Monografia nov 2006
Monografia nov 2006
 
Gestao de empresa familiar
Gestao de empresa familiarGestao de empresa familiar
Gestao de empresa familiar
 
Livro final color degustação
Livro final color   degustaçãoLivro final color   degustação
Livro final color degustação
 
Livrolideranaparacompetitividade
LivrolideranaparacompetitividadeLivrolideranaparacompetitividade
Livrolideranaparacompetitividade
 
Book2011 paginadupla
Book2011 paginaduplaBook2011 paginadupla
Book2011 paginadupla
 
Perfis Comportamentais e a Cultura Organizacional
Perfis Comportamentais e a Cultura OrganizacionalPerfis Comportamentais e a Cultura Organizacional
Perfis Comportamentais e a Cultura Organizacional
 
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completo
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completoEmpreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completo
Empreendedores brasileiros perfis_percepcoes_relatorio_completo
 
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismoViagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismo
 
E-book - Viagem ao Mundo do Empreendedorismo
E-book - Viagem ao Mundo do EmpreendedorismoE-book - Viagem ao Mundo do Empreendedorismo
E-book - Viagem ao Mundo do Empreendedorismo
 
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoViagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismo
 
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismoViagem ao-mundo-do-empreendedorismo
Viagem ao-mundo-do-empreendedorismo
 
Viagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismoViagem ao mundo do empreendedorismo
Viagem ao mundo do empreendedorismo
 
60 verdades para administrar a sua carreira
60 verdades para administrar a sua carreira60 verdades para administrar a sua carreira
60 verdades para administrar a sua carreira
 
F A MÍ L I A, F A MÍ L I A, N E GÓ C I O S À P A R T E B L O G
F A MÍ L I A,  F A MÍ L I A,  N E GÓ C I O S À  P A R T E  B L O GF A MÍ L I A,  F A MÍ L I A,  N E GÓ C I O S À  P A R T E  B L O G
F A MÍ L I A, F A MÍ L I A, N E GÓ C I O S À P A R T E B L O G
 
Família, família, negócios à parte blog
Família, família, negócios à parte blogFamília, família, negócios à parte blog
Família, família, negócios à parte blog
 
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e Desafios
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e DesafiosVender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e Desafios
Vender a empresa familiar MPrado Governança - Estratégias e Desafios
 

Plus de efconsulting

Startgo4 empresa familiar 2013 10
Startgo4 empresa familiar 2013 10Startgo4 empresa familiar 2013 10
Startgo4 empresa familiar 2013 10efconsulting
 
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no es
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no esEl Protocolo Familiar: Qué es y qué no es
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no esefconsulting
 
Nuestros hijos y la Empresa Familiar
Nuestros hijos y la Empresa FamiliarNuestros hijos y la Empresa Familiar
Nuestros hijos y la Empresa Familiarefconsulting
 
O pacto sucessorio abel estefanio
O pacto sucessorio abel estefanioO pacto sucessorio abel estefanio
O pacto sucessorio abel estefanioefconsulting
 
El reparto de dividendos en la empresa familiar
El reparto de dividendos en la empresa familiarEl reparto de dividendos en la empresa familiar
El reparto de dividendos en la empresa familiarefconsulting
 
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona gris
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona grisCómo dirigir al director general la gestión de la zona gris
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona grisefconsulting
 
Planificar la sucesión en la empresa familiar
Planificar la sucesión en la empresa familiarPlanificar la sucesión en la empresa familiar
Planificar la sucesión en la empresa familiarefconsulting
 
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimiento
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimientoPor que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimiento
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimientoefconsulting
 
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliar
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliarAlternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliar
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliarefconsulting
 
La evolución de la empresa familiar
La evolución de la empresa familiarLa evolución de la empresa familiar
La evolución de la empresa familiarefconsulting
 
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiarefconsulting
 
El buen gobierno en la pyme familiar
El buen gobierno en la pyme familiarEl buen gobierno en la pyme familiar
El buen gobierno en la pyme familiarefconsulting
 
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29efconsulting
 
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01Ef upt empreendedorismo 2012 03 01
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01efconsulting
 
Ef milheiros 2010 06 25 excerto
Ef milheiros 2010 06 25 excertoEf milheiros 2010 06 25 excerto
Ef milheiros 2010 06 25 excertoefconsulting
 
Ef guimaraes 2009 11 24 excerto
Ef guimaraes 2009 11 24 excertoEf guimaraes 2009 11 24 excerto
Ef guimaraes 2009 11 24 excertoefconsulting
 
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excerto
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excertoEf forum empresa familiar 2011 10 18 excerto
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excertoefconsulting
 
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excerto
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excertoEf conferencia ismai 2008 11 27 excerto
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excertoefconsulting
 
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excerto
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excertoEf conferencia est viseu 2008 04 07 excerto
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excertoefconsulting
 
Ef cenfim 2010 11 10 excerto
Ef cenfim 2010 11 10 excertoEf cenfim 2010 11 10 excerto
Ef cenfim 2010 11 10 excertoefconsulting
 

Plus de efconsulting (20)

Startgo4 empresa familiar 2013 10
Startgo4 empresa familiar 2013 10Startgo4 empresa familiar 2013 10
Startgo4 empresa familiar 2013 10
 
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no es
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no esEl Protocolo Familiar: Qué es y qué no es
El Protocolo Familiar: Qué es y qué no es
 
Nuestros hijos y la Empresa Familiar
Nuestros hijos y la Empresa FamiliarNuestros hijos y la Empresa Familiar
Nuestros hijos y la Empresa Familiar
 
O pacto sucessorio abel estefanio
O pacto sucessorio abel estefanioO pacto sucessorio abel estefanio
O pacto sucessorio abel estefanio
 
El reparto de dividendos en la empresa familiar
El reparto de dividendos en la empresa familiarEl reparto de dividendos en la empresa familiar
El reparto de dividendos en la empresa familiar
 
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona gris
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona grisCómo dirigir al director general la gestión de la zona gris
Cómo dirigir al director general la gestión de la zona gris
 
Planificar la sucesión en la empresa familiar
Planificar la sucesión en la empresa familiarPlanificar la sucesión en la empresa familiar
Planificar la sucesión en la empresa familiar
 
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimiento
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimientoPor que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimiento
Por que-y.como.tener-una.estructura-de-gobierno-de-alto-rendimiento
 
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliar
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliarAlternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliar
Alternativas degobiernodelaempresadepropiedadfamiliar
 
La evolución de la empresa familiar
La evolución de la empresa familiarLa evolución de la empresa familiar
La evolución de la empresa familiar
 
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar
50 preguntas importantes sobre la Empresa Familiar
 
El buen gobierno en la pyme familiar
El buen gobierno en la pyme familiarEl buen gobierno en la pyme familiar
El buen gobierno en la pyme familiar
 
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29
Electrocontinuograma da ef isag 2012 02 29
 
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01Ef upt empreendedorismo 2012 03 01
Ef upt empreendedorismo 2012 03 01
 
Ef milheiros 2010 06 25 excerto
Ef milheiros 2010 06 25 excertoEf milheiros 2010 06 25 excerto
Ef milheiros 2010 06 25 excerto
 
Ef guimaraes 2009 11 24 excerto
Ef guimaraes 2009 11 24 excertoEf guimaraes 2009 11 24 excerto
Ef guimaraes 2009 11 24 excerto
 
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excerto
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excertoEf forum empresa familiar 2011 10 18 excerto
Ef forum empresa familiar 2011 10 18 excerto
 
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excerto
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excertoEf conferencia ismai 2008 11 27 excerto
Ef conferencia ismai 2008 11 27 excerto
 
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excerto
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excertoEf conferencia est viseu 2008 04 07 excerto
Ef conferencia est viseu 2008 04 07 excerto
 
Ef cenfim 2010 11 10 excerto
Ef cenfim 2010 11 10 excertoEf cenfim 2010 11 10 excerto
Ef cenfim 2010 11 10 excerto
 

Guia para a gestão de empresas familiares

  • 1.
  • 2. Escrevemos este livro a pensar nos nossos leitores, aquelas pessoas envolvidas na propriedade e gestão de uma empresa familiar que merecem a nossa admiração e respeito, e a quem o dedicamos. Simultaneamente, gostaríamos de agradecer às nossas famílias pela sua compreensão, estímulo e ajuda. Enfim, por significarem a razão de ser do nosso esforço diário. Por último, queríamos agradecer a ajuda inestimável dos nossos colegas e amigos Roberto Alvarez del Blanco, Francisco Alvarez Fortes e Anabel Caneda González, pela importância dos seus co- mentários e sugestões, bem como pelo ânimo que nos transmitiram.
  • 3. Índice Prefácios ..................................................................................................... 9 Apresentação ................................................................................................. 17 Introdução ................................................................................................... 23 1. Porque deve ler este livro ........................................................ 25 2. A família e a empresa .............................................................. 25 3. A boa gestão ........................................................................... 28 Capítulo 1. Coisas claras ................................................................................ 33 1. Em que consiste a administração da empresa?......................... 36 2. Como funciona a empresa? ..................................................... 40 3. Com que devem “perder tempo” os directores? ....................... 52 4. Conclusões do capítulo ........................................................... 60 Capítulo 2. Quem é quem? ........................................................................... 63 1.A composição dos órgãos de gestão ......................................... 66 2. O Conselho de Administração ................................................. 67 3. O “Primeiro-ministro” ou Director-Geral ................................. 85 4. O “Conselho de Ministros”, a equipa de direcção ................... 90 5. A matriz da boa gestão ............................................................ 93 6. Conclusões do capítulo ........................................................... 98 Capítulo 3. Prepare as trincheiras antes da batalha ....................................... 99 1. A empresa. O plano estratégico ............................................. 104 2. A família. Que papel terá? ..................................................... 117 3. A pessoa. Uma perspectiva humana ...................................... 120 4. Conclusões do capítulo ......................................................... 123
  • 4. Eu não vendi. Não o façam vocês Capítulo 4. Do Império à República ............................................................ 125 1. A profissionalização da família na etapa fundador ................ 131 2. A profissionalização da família na etapa sociedade de irmãos ............................................................................... 132 3. A profissionalização da família na etapa confederação de primos ............................................................................ 138 4. Conclusões do capítulo ......................................................... 148 Capítulo 5. O custo fiscal da sucessão para as empresas familiares ............ 151 1. Quanto custa herdar? ............................................................ 153 2. Será lícito minimizar o custo fiscal da sucessão? Quem deverá fazê-lo? .......................................................... 154 3. O “novo imposto sobre as sucessões” – imposto de selo ....... 161 4. O regime privilegiado das empresas familiares na legislação espanhola. ..................................................... 164 5. Conclusões do capítulo ......................................................... 170 Capítulo 6. Ao trabalho!.............................................................................. 171 1. Um guia de acção: onde estamos e do que necessitamos? .... 174 2. Lembre-se ............................................................................. 176 3. O final................................................................................... 179 8
  • 6.
  • 7. Prefácio Prefácio à edição portuguesa A génese do grupo Amorim remonta a 1870, com a fundação de uma pequena unidade produtora de rolhas de cortiça para a indús- tria vinícola, de cariz marcadamente familiar. Passados 136 anos, o negócio da família Amorim já percorreu três gerações, estando a quarta geração a dar os primeiros passos na liderança da empre- sa. O grupo é, hoje, constituído por mais de 100 empresas, e o seu uni- verso social representa cerca de 4670 colaboradores, dos quais cerca de 655 fora de Portugal. O segredo desta longa história de sucesso de uma empresa assente em valores familiares sustenta-se numa palavra-chave: o consenso. A liderança é sempre assumida por consenso, privilegiando a capacida- de de gestão, com políticas de actuação dos intervenientes da família muito bem delineadas. A família é um valor insubstituível. Qualquer empresa que tenha ob- jectivos de crescimento e de afirmação no mercado tem de se pautar por uma gestão rigorosa. No entanto, quando se passa para a rea- lidade de uma empresa de cariz familiar, além desta necessidade, acrescem valores como a honestidade e o enorme respeito pelos in- tervenientes. 11
  • 8. Eu não vendi. Não o façam vocês Este tem sido o segredo da manutenção da boa relação do nosso gru- po e da preservação das boas relações familiares. As características dos accionistas e a transição geracional em alguns ramos da família, as variáveis do crescimento dos grupos e das actividades, os objecti- vos e as preferências por determinadas áreas económicas e as opções de investimento e desinvestimento exigem respostas adequadas às as- pirações das pessoas individualmente consideradas, mas também do colectivos dos accionistas. Os nossos valores explicam o sucesso do passado e do presente, que constituem o fundamento para encarar o futuro com entusiasmo e para reafirmar a vontade de manter o grupo como pólo de desenvolvi- mento integrado de diversas actividades empresariais, sem deixar de responder de forma salutar à apetência e interesses particulares dos vários ramos da família. Américo Amorim 12
  • 9. Prefácio Prefácio à edição espanhola Escrever sobre questões complexas de forma simples não é tarefa fá- cil. Quanto mais simples parecer o resultado final, maior terá sido o esforço empreendido. Acredito sinceramente que neste livro os auto- res foram bem sucedidos. Através de exemplos reais (embora, em alguns casos, tenham sido “disfarçados”, por evidentes razões de confidencialidade) oferecem- -nos um guia fácil para prosseguir no difícil e complicado processo da sucessão de uma empresa familiar. Processo difícil e complicado, pois às complexidades empresariais temos que acrescentar as com- plexidades familiares. A direcção de uma empresa familiar é um dos projectos mais ambi- ciosos e extraordinários a que uma pessoa se pode dedicar, superan- do facilmente os limites da própria empresa. As implicações que a mesma tem e terá no futuro das pessoas vinculadas por parentesco à propriedade do negócio vão muito além de uma simples forma de “ganhar a vida”. Afectam cada membro da família directamente ao nível pessoal, familiar e, inclusive, social. Todos os membros da família, inclusive os que não trabalhem lá, sentem-se ligados à em- presa. A empresa familiar nasce do esforço pessoal do seu fundador. É o 13
  • 10. Eu não vendi. Não o façam vocês empreendedor quem, vencendo as enormes dificuldades que implica seguir em frente com um projecto empresarial, arriscando em muitas ocasiões o património pessoal – seu e da família –, consegue tor- nar o sonho em realidade, concretizar uma visão. Da mesma forma que, quando ajudamos os nossos filhos a crescer, fazemo-lo tentan- do transmitir valores, formas de se comportar, de pensar, de sentir, o empreendedor proporciona à sua empresa uma vivência, um carácter pessoal, um reflexo da sua maneira de ser. Mas os filhos crescem e a empresa também. Torna-se grande, forte… e independente. Cria os seus próprios órgãos de direcção, toma as suas decisões, o espírito do empreendedor permanece, mas talvez já não prevaleça. Na empresa familiar, a família pode significar o elo de ligação com o espírito original. Mais, tem obrigatoriamente de sê-lo. O processo de sucessão tem de garantir a continuidade do carácter do empre- endedor, o que apenas será possível se a família funcionar como ga- rante do mesmo. Então, será necessário articular as pautas e órgãos de gestão que permitam à família actuar de forma unida e dedicada, defendendo sempre os interesses da empresa. Assim, estará também a defender os seus próprios interesses. Como fazê-lo?, é a pergunta a que este livro tenta dar resposta, através da observação do que é uma empresa e como deve ser dirigida. São apresentadas orientações concretas e simples que permitem articular com êxito um órgão de direcção fundamental: o Conselho de Admi- nistração. Não se trata de um livro de gestão empresarial, mas antes de um livro orientado para a gestão de empresas familiares, onde se aborda o aprofundamento do vínculo entre empresa e família, mudar de gestão (conselho familiar, protocolo familiar, holding familiar…) e de planeamento da sucessão, as implicações fiscais e patrimoniais deste processo, etc. Todos os aspectos que, em suma, a família pro- prietária tem de abordar com tempo e planeamento suficientes única garantia de êxito na sucessão para as gerações seguintes. Esta sucessão exigirá um grande esforço, mas, pela experiência vivida 14
  • 11. Prefácio numa grande empresa, multinacional, mas em tempos familiar, posso garantir que merece o esforço. Reitero as minhas felicitações e agradecimentos aos autores por uma obra que poderá, sem dúvida, ajudar a sua empresa, a empresa que configura o tecido económico, social e humano do nosso país, a per- manecer viva e a sirva de suporte de vida aos nossos filhos. Santiago Garcia Baliña Conselheiro Delegado do Grupo FINSA 15
  • 13. Apresentação Quais são as chaves para o sucesso da gestão de uma empresa? Esta é a pergunta de milhões de pessoas. Identificar os factores-chave para o êxito empresarial assemelha-se à procura da pedra filosofal em que se empenham todos os gurus do management, com sucesso desigual. A resposta a esta pergunta não é simples, mas os mais recentes tra- balhos ajudam-nos a entender o que torna as empresas competitivas, duradouras e capazes de gerar riqueza. A verdade é que, a julgar por estes trabalhos, o êxito não depende tanto do dinheiro e dos recursos, mas mais do compromisso e da capacidade de ter ideias claras. De facto, uma das mais recentes e notáveis investigações desenvolvidas em Harvard por Joyce, Noria e Roberson assinala como factores-chave para entender a competitividade os seguintes aspectos: uma estratégia clara e orientada para o cliente, ênfase na acção, uma cultura orien- tada para os resultados e construção de uma organização simples. Destes factores destaca-se, de um modo especial, o compromisso dos directores da empresa com o projecto. Contar com a melhor tecnologia não serve de nada se não tivermos uma atitude inovadora e boas ideias relacionadas com as necessida- des do cliente. Todavia, formar uma equipa de direcção de topo não leva a nada se não se obtiver um autêntico compromisso dos mem- bros da empresa com o projecto. É neste aspecto, do compromisso, que a empresa familiar goza de 19
  • 14. Eu não vendi. Não o façam vocês todas as vantagens. Se o êxito de uma empresa reside em contar com membros comprometidos, em conseguir uma cultura orientada para resultados, em ter uma estrutura simples e com fácil comunicação, vemos que as empresas familiares podem ter vantagens inatas para competir. Mas, e como muito bem afirmam os autores, a empresa familiar é, an- tes de tudo, mais uma empresa. Necessita, assim, de outros factores- chave para o êxito: deve estruturar-se de forma profissional, estabe- lecer uma estratégia adequada e levá-la a cabo, orientando-se para o cliente. Deve, em suma, profissionalizar a sua gestão para que surjam as vantagens da sua natureza familiar sem que surjam os entraves e obstáculos relacionados com o facto de poder haver alguma confusão entre família e empresa. Para mim, é uma enorme satisfação apresentar este trabalho que dá continuidade à nossa colecção. Trata-se de um livro que fala de compromisso e gestão, compromisso esse que, dia a dia, mostram Francisco e Jesús Negreira com o projecto da Escola de Negócios Caixanova e mostra a Vida Económica com a publicação em portu- guês da nossa colecção de livros, aos quais quero agradecer nestas páginas. Uma escola de negócios com intervenção na Galiza e no Norte de Portugal, e extensão internacional dos seus programas, não resolve só por si a problemática da empresa familiar. Contar com uma equipa de investigação e apoio a estas empresas é essencial para continuar a evoluir como centro de prática para gestores e empresários. Este trabalho não é uma peça isolada, antes constitui mais uma peça do nosso empenho em apoiar as empresas familiares. Actualmente, colocamos em prática um programa-chave para conseguir melhores resultados na empresa familiar: o Programa de Prática para Sucesso- res de Empresas Familiares. Queremos estar junto daqueles que re- ceberam o testemunho, e com aqueles que devem ser devidamente 20
  • 15. Apresentação preparados para que consigamos equipas de trabalho comprometidas com o futuro das suas organizações. Gostaria de apresentar um especial agradecimento à colaboração de Américo Amorim, empresário português de grande mérito e o exem- plo de uma empresa familiar de sucesso que, a partir da liderança mundial do sector corticeiro, construiu um império de projecção in- ternacional. No seu prólogo, muito bem expressa a importância da família, da gestão rigorosa e da importância dos valores familiares e do consenso, como o segredo do sucesso e longevidade deste grupo familiar. Desde já as minhas mais sinceras congratulações aos autores e a mi- nha confiança neste livro, que – acredito – será mais um passo numa longa série de realizações (casos, seminários, artigos, experiências, etc.). Eduardo Garcia Erquiaga Director da Escola de Negócios Caixanova 21
  • 16. Introdução Não se podem reunir as forças particulares sem que todas as vonta- des se reunam . Montesquieu O mais difícil é governar-nos a nós próprios. Séneca
  • 17. Introdução 1. Porque deve ler este livro Este livro destina-se àqueles empresários que se encontram à frente de uma empresa familiar, tendo sido escrito a pensar num problema sério para todos eles: como conciliar a boa direcção da empresa e ser bem sucedido no processo de sucessão. Tal só será possível se se conseguir garantir uma direcção profissional na empresa e, simulta- neamente, “profissionalizar” a família. Nunca será nosso objectivo dar regras e indicações sobre a forma como deve o empresário orientar o dia-a-dia do seu negócio. Não faria sentido, pois estes sabem muito mais sobre os seus clientes e as suas empresas do que nós, e há muitos e bons manuais sobre gestão de empresas. Antes, abordaremos em detalhe os aspectos directamen- te relacionados com a gestão da empresa, a partir das perspectivas da direcção, das pessoas envolvidas e da família. Neste livro estudaremos a problemática da empresa e da família, de modo que o leitor consiga assegurar a sobrevivência do seu negócio ao longo das gerações. Ambas as instituições podem e devem com- plementar-se; a nossa intenção é ajudá-lo. 2. A família e a empresa No primeiro parágrafo desta introdução, demos, certamente, talvez 25
  • 18. Eu não vendi. Não o façam vocês de forma muito resumida, a ideia de que existe um único significado para o termo “empresa familiar”. Sem dúvida, é possível encontrar na bibliografia múltiplas interpretações para o mesmo. Um denominador comum em todas elas é a sua utilização para se referir àquelas orga- nizações em que existe um vínculo de sangue entre todos os accio- nistas. A expressão, no entanto, causa dúvidas. Todas as empresas são familiares, na medida em que os accionistas de referência têm famí- lia; a diferença está em que nem sempre se permite que estes vínculos influenciem a direcção das mesmas. Aqui, dirigimo-nos àqueles casos em que tais relações podem afectar o futuro da empresa. Com esta reflexão pretendemos tranquilizar aquelas pessoas que, tendo já empresas, ou estando a pensar em criar alguma com familiares, pos- sam estar assustadas ao ler expressões como: “[…] de cada 100 empre- sas familiares que alcançam a segunda geração apenas 30 sobrevivem e, destas, apenas 15 continuam activas na terceira geração1”. A verdade é que afirmações como esta, levam-nos a pensar que mais vale deixar de herança fundos de investimento ou imóveis do que a empresa à qual dedicámos tanto esforço. Não se preocupe, porque existe solução e a família não é culpada. A única responsabilidade prende-se com uma gestão deficiente da empresa; não perdemos clientes pelo facto de o director comercial ser filho do presidente; perdemos porque o director comercial não desempenha as suas tare- fas de forma eficaz e profissional. Contudo, a família, enquanto proprietária ou accionista de referência da empresa, tem a última palavra sobre decisões empresariais que podem influenciar o seu futuro. Esta questão torna a profissionaliza- ção da família e dos accionistas indispensável, no que se refere à sua relação com o negócio. 1 Dyer, W.G. (1986): Cultural Changes in family firms, Jossey-Bass; em Gallo, M.A. (1998): La sucesión en la empresa familiar, Colección Estudios e Informes, Nº 12, Servicio de Estudios La Caixa, Barcelona, pág. 13. 26
  • 19. Introdução Se todos consideramos como racional e lógico que a empresa dis- ponha de uma equipa de direcção o mais profissional e competente possível, porque que é que as indicações que os membros da Direc- ção recebem dos donos não hão-de estar ao mesmo nível em termos de competência empresarial? Torna-se muito mais fácil fazer bem as coisas se formos bem dirigidos. A família precisa de órgãos de gestão que permitam decidir as expec- tativas em relação à empresa; para tal, são necessários processos de reflexão, discussão e debate que permitam chegar a acordo, e que sejam transmitidos à Direcção da empresa. É necessária uma voz fa- miliar coesa e profissional, que deixe bem explícito o que se pretende da empresa. Os problemas irão surgir quando os desejos da família em relação à empresa não forem considerados de forma profissional, ou quando surgirem desejos diferentes sem haver consenso familiar. Se com- pararmos a empresa a um automóvel e a família aos ocupantes do mesmo, a primeira situação corresponde a um engano na estrada motivado por interesses familiares e não empresariais, enquanto o segundo caso corresponde a várias pessoas pegarem no volante e rumarem a locais distintos, criando em ambos os casos uma má ges- tão empresarial e uma possível desorientação ou desaparecimento do negócio. Ambas as possibilidades são negativas para a empresa e, portanto, também negativas para a família. Importa manter a família e empresa separadas, mas, ao mesmo tempo, em comunicação e sintonia. Para tal, podemos utilizar instrumentos como o conselho familiar e pro- tocolo familiar, ferramentas que se destinam a criar uma voz única dentro da família que transmita ao Conselho de Administração (en- quanto órgão de direcção de hierarquia superior dentro da empresa) as reflexões e os valores da família, para que os directores da empresa possam gerir a empresa com o maior profissionalismo e independên- cia possível, mas sem esquecer os interesses dos donos da empresa. 27
  • 20. Eu não vendi. Não o façam vocês 3. A boa gestão Com este livro, pretendemos esclarecer todos aqueles temas que afec- tam as decisões que visam uma maior profissionalização da empresa e dos seus órgãos de gestão. O nosso principal objectivo é que se possa dedicar a gerir a sua empresa e não a arranjar “problemas ca- seiros”. “Muito poucas empresas familiares” – diz Peter Drucker – “aceitam a única premissa básica na qual se baseiam: tanto a empresa como a família apenas conseguirão sobreviver se a família servir a empresa. Nenhuma das duas funcionará se a empresa for gerida de forma a servir a família. A palavra determinante em empresa familiar não é familiar. Tem de ser empresa2”. As empresas, independentemente da composição do seu capital, ou, por outras palavras, independentemente de quem seja o seu dono ou donos, precisam de ser administradas da melhor forma possível e pelas pessoas mais competentes. Infelizmente, em demasiadas oca- siões, esta máxima não é cumprida e, logo, as nossas empresas não alcançam os resultados previstos, seja por má gestão dos directores responsáveis, seja por terem directores ineficazes. O primeiro caso não é grave; as pessoas podem e devem enganar-se no seu trabalho, mas o facto de haver uma direcção eficaz permite obter ao longo do tempo um rendimento médio adequado (recor- demos Alfred Sloan, famoso presidente da General Motors durante décadas, que afirmava: “se, enquanto director, acertar 51% das vezes que faz algo na empresa, tornar-se-á no herói da empresa”3). O segun- do caso, em cujo quadro de pessoal se encontram pessoas medíocres, reveste-se de maior gravidade. 2 Drucker, P.F. (2003): Drucker Essencial, Ed. Edhasa, Barcelona, pág. 491. 3 Axelrod, A. (2002): Everything I know about business I learned from Monopoly, Running Press Book Publishers, Philadelphia, pág. 36. 28
  • 21. Introdução Por vezes, não encontramos o director adequado para um determina- do posto, porque não nos esforçamos o suficiente na sua procura, ou simplesmente por falta de sorte (acontece frequentemente). Noutras ocasiões, a Direcção incompetente deixa que a empresa satisfaça al- gum tipo de necessidade, pedido ou pressão familiar, sem ter em con- ta, unicamente, critérios profissionais; neste caso, somos os máximos responsáveis – pior ainda, as soluções são mais complexas. A função dos directores é suficientemente complicada só por si, para ainda se introduzir dificuldades exteriores ao restrito campo da administração da empresa. A nossa função, enquanto responsáveis máximos pela empresa, consiste em eliminar obstáculos, e não em criá-los. A sobrevivência da empresa é constantemente ameaçada: todos senti- mos a agressividade dos nossos concorrentes (em busca de uma falha nossa que lhes permita obter a nossa fatia de bolo que conquistámos com tanto esforço), as nossas limitações em relação à estrutura, di- nheiro, recursos materiais… e ao pessoal, o problema mais grave para muitas empresas. Cada vez se torna mais necessário ter colaboradores qualificados, e estes são cada vez mais escassos, para além das difi- culdades e custo de uma integração e formação adequadas. Quantos funcionários realmente valiosos temos? De quantos mais precisamos? Se na sua empresa não surgem estas questões, considere-se um privi- legiado e, claro, continue a utilizar os mesmos critérios de gestão que lhe permitiram alcançar esta situação. Nós, certamente, poderemos ensinar-lhe muito pouco. Este cenário muito oscilante, com regras muito complexas, faz com que, todos os dias, nos questionemos se realmente estamos a oferecer aquilo que os nossos clientes valorizam: esta é a origem do nosso êxito ou fracasso. Podemos, a partir daí, fazer as coisas bem ou mal, mas nunca acertaremos se não tivermos identificado previamente o alvo certo, mesmo que sejamos excelentes arqueiros. E tenha, estima- do leitor, uma coisa bem presente: dados os níveis de competição e 29
  • 22. Eu não vendi. Não o façam vocês oferta actualmente existentes, os nossos clientes são como crianças: quanto mais se lhes dá, mais querem. Não se trata de posturas ca- prichosas da parte deles, são apenas consumidores com um elevado grau de informação – e, claro, liberdade. A nossa posição enquanto gestores complica-se ao observar que exis- tem várias áreas sobre as quais podemos trabalhar para optimizar o nosso produto ou serviço: identificamos os nossos clientes e sabemos o que verdadeiramente valorizam? Estamos preparados para nos “in- formarmos” sobre as alterações do mercado? Fazemos as coisas da melhor forma possível? Temos o modelo de negócio mais adequado? A estrutura da nossa organização permite satisfazer as necessidades dos nossos clientes, ou, pelo contrário, a nossa estrutura impede-nos de sermos bons no negócio?... De facto, os administradores de uma empresa têm demasiado trabalho relacionado com a gestão, com diversas variáveis externas e internas que tornam a sua função suficientemente complexa, para ainda se es- tar a incluir dificuldades adicionais. Infelizmente, isto é o que ocorre em muitas empresas familiares: complicamos a vida dessas organiza- ções até as levarmos, em muitos casos, ao seu desaparecimento. Com este objectivo, no capítulo 1, “AS COISAS CLARAS”, abordare- mos o estudo das funções que devem ser desenvolvidas por uma ad- ministração eficaz numa empresa, ou seja, com que assuntos devem “perder tempo” os directores da nossa empresa para que haja uma boa gestão da mesma. Este será o nosso ponto de partida: sem uma boa gestão na empresa, tudo o resto se torna irrelevante. O capítulo 2. “QUEM É QUEM?” contém uma descrição dos órgãos de gestão da empresa, principalmente o Conselho de Administração e altos quadros. Quem os elege, como funcionam, o que se espera de cada um, quais as suas obrigações e responsabilidades… e, claro, o que não deve ser feito em certos cargos. Estas páginas serão parti- cularmente importante, visto que a falha mais comum nas empresas 30
  • 23. Introdução familiares situa-se ao nível da profissionalização dos seus órgãos de direcção e gestão. No capítulo 3. “PREPARE AS TRINCHEIRAS ANTES DA BATALHA”, serão abordados temas relacionados com a necessidade de anteci- par os problemas relacionados com uma sucessão inesperada e, logo, não planeada. É infinitamente melhor estabelecer as regras do jogo antes que surjam os problemas, já que, depois, será muito mais com- plicado, as decisões serão mais facilmente mal interpretadas, surgirão entraves relacionados com assuntos pessoais… Faremos uma reflexão sobre a relação entre a empresa, a família e a pessoa e apontaremos diferentes perspectivas para o processo de sucessão. O capítulo 4. “DO IMPÉRIO À REPÚBLICA” aborda o planeamento da sucessão. Podemos e devemos conseguir que a empresa seja geri- da profissionalmente e que, simultaneamente, exista uma boa relação entre os sócios, ou que esta não se deteriore por causa da empresa. Se as empresas familiares mostram carências importantes nos seus órgãos de gestão, por exemplo, um mau funcionamento do Conselho de Administração (capítulo 2), nas famílias, simplesmente, não exis- tem esses órgãos e são as que menos têm em consideração a “gestão profissional” da empresa. Neste capítulo, explica-se a estrutura e fun- cionamento dos tais órgãos de gestão da família: protocolo familiar, conselho de família, holding familiar… enquanto ferramentas que permitem garantir o êxito do processo de sucessão. No capítulo 5. “QUANTO SE POUPA EM TER AS FUNÇÕES BEM DEFINIDAS!”, analisam-se os diferentes valores e escalões tributários, para que, de acordo com a legislação actual, a sucessão seja a menos penosa possível para a família. O capítulo 6. “AO TRABALHO!” pretende responder de forma cons- ciente ao objectivo do livro: Como garantir a sucessão na empresa familiar? Com esse objectivo, realiza-se um resumo do conteúdo dos capítulos anteriores, estilo “guia de acção”, para que o leitor possa 31
  • 24. Eu não vendi. Não o façam vocês diagnosticar o “estado” da sua família e empresa, e actuar em con- formidade. Finalmente, como conclusão, fazemos uma recapitulação daquelas questões-chave abordadas ao longo do livro. Esperamos poder transmitir, com a nossa posição de reflexão, ele- mentos de avaliação e análise que ajudem a efectuar o processo de sucessão e profissionalização da sua empresa, processo no qual pode estar envolvida uma ou mais unidades familiares. Com estas páginas pretendemos incentivá-lo a seguir o caminho certo, ou seja, procurar a companhia certa. Como dizia Don Vito Corleone, no espantoso ro- mance de Mário Puzo: “Não é nada pessoal, apenas negócios”. 32
  • 25.
  • 26. Capítulo 1 As coisas claras É necessário começar por expor as dificuldades que temos de resol- ver desde início. É impossível desatar um nó sem saber como se faz. Aristóteles O importante não é participar, mas sim ganhar ou perder. Guy Kawasaki
  • 27. Capítulo 1. As coisas claras Com este livro pretendemos ajudá-lo a levar a cabo a sucessão na sua empresa ou a prepará-la para que a concretize no futuro. Não há dúvida que o empresário não é o nosso único destinatário; dirigimo- nos também à sua família; a todas as pessoas relacionadas com o processo de sucessão, desde as que se dedicam à gestão do dia-a-dia até àquelas que acompanham o processo mais afastadamente; desde as que têm um conhecimento mais profundo da empresa até àquelas que nunca participaram e apenas têm uma ideia do que é uma empre- sa, em que consiste e como funciona. Vamos, portanto, seguir o con- selho de Aristóteles e procurar esclarecer todas as questões básicas relacionadas com a empresa enquanto organização com vida própria que necessita de ser administrada e gerida, como primeiro passo para o resto do livro. Neste primeiro capítulo, procuramos respostas para três perguntas, que vamos tratar nas páginas seguintes: ◗ Em que consiste a administração da empresa? ◗ Como funciona a empresa? ◗ Com o que devem “perder tempo” os meus gestores? Consideramos fundamental que todos os membros da família conhe- çam, entendam e estejam familiarizados com os termos destinados à 35
  • 28. Eu não vendi. Não o façam vocês gestão, pois será o caminho correcto para discutir e analisar as ques- tões mais complexas. Apenas assumindo uma posição de conheci- mento poderão os membros da família tomar decisões acertadas, seja como trabalhador da empresa seja como membro do Conselho de Administração, como participante no conselho familiar ou como sim- ples accionista que se coloca à margem de tudo, fazendo-se represen- tar por outras pessoas. Trataremos estes temas paralelamente a diversas referências à família e à necessidade de separar a gestão da empresa das necessidades familiares. A empresa familiar deve ser gerida e administrada da me- lhor forma possível, tal como referimos no prólogo, mas esta “melhor forma possível” de gerir o seu negócio nada tem a ver com a “gestão” da sua família; as prioridades devem ser estabelecidas pela empresa e pelas suas necessidades – o contrário seria o caminho certo para o fracasso, acredite. 1. Em que consiste a administração da empresa? Fundamentalmente, a administração da empresa consiste em tomar decisões e executar tarefas para alcançar os objectivos previamente definidos. Temos trabalhadores que apenas desempenham certas tare- fas, gestores que apenas tomam decisões e quadros intermédios que participam num cenário comum. A administração será positiva se o trabalho conjunto de toda a orga- nização permitir, de forma eficiente, alcançar os objectivos empre- sariais a todos os níveis, desde os mais estratégicos (chegar com o nosso produto ao mercado espanhol, alcançar uma quota de mercado superior à concorrência, melhorar em 10% os meus lucros relativa- mente ao ano passado…) até aos mais operativos (contratar pessoal para a nova delegação, resolver dentro do prazo os problemas que me sejam colocados relativamente à nova linha de produção, reduzir 36
  • 29. Capítulo 1. As coisas claras o meu nível de devoluções em 2%, vender na minha área mais 4000 unidades…). Figura 1: A Administração da Empresa OBJECTIVOS Tomada de Decisões RESULTADOS Execução de Tarefas A empresa é uma organização complexa que tem uma razão de ser, um objectivo global, que alcançaremos mediante a consecução de objectivos menores. A correcta execução das tarefas atribuídas a cada membro permitirá alcançar os objectivos individuais de cada um dos trabalhadores da organização, e será o conjunto de todos que levará ao êxito ou fracasso da empresa. Se o que a empresa precisa é de trabalhadores que desempenhem de forma eficaz as suas tarefas, torna-se evidente que o vínculo familiar de cada profissional não tem relevância (interessa-me que o contabi- lista faça registos sem erros, e poder confiar nos balancetes, não que a minha irmã esteja contente por termos arranjado um emprego para o filho…). Ninguém, apenas por ser da família, tem direito a um posto de trabalho 37
  • 30. Eu não vendi. Não o façam vocês na empresa; um empregado de qualquer nível, se for da família, deve ser tão válido como qualquer outro fora da família, e deverá esforçar- se tanto como todos os outros. Se assim não for, a empresa estará à disposição da família, o que, infelizmente, em variadas situações, tem influência directa no seu fracasso. Para quem tiver dúvidas sobre a validade desta abordagem (no Capítulo 3 trataremos da problemática do acesso dos membros da família à em- presa), vejamos a empresa a partir de fora, do ponto de vista dos clien- tes, que são quem a faz crescer e prosperar, ou quem a arruina. Algu- ma vez, enquanto comprava uma peça de roupa, colocou-se questões como: “realmente, não me fica muito bem mas como o funcionário é primo do dono vou comprar”, ou “… acaba de ser indelicado, mas, como é o dono, compro na mesma”, ou “na verdade, gosto desta cami- sola mas como a funcionária (por sinal muito educada) não é familiar dos donos, não compro”? Ou quem já se viu em situações como “vou fazer mais cinco quilómetros para ir encher o depósito numa bomba onde trabalha o sobrinho do dono, na bomba de gasolina que tenho mais perto de casa não trabalha ninguém da família do dono”, ou “pre- ciso deste pacote de arroz e o preço é bom, mas como o filho da dona trabalha noutro supermercado não vou levar…”? Na verdade, poderíamos continuar com uma série de exemplos de “ilusões” empresariais, situações que na realidade não ocorrem. Os nossos clientes compram-nos uma camisola porque temos uma boa oferta, um preço competitivo, temos pessoal profissional que sabe fazer o seu trabalho, porque não há mais lojas na zona, ou porque temos a distribuição exclusiva duma marca que acabou de ficar na moda graças a uma série televisiva… Nenhum cliente entra na empre- sa e pede a árvore genealógica dos funcionários. “A visão completa do negócio – diz Peter Drucker – do ponto de vista dos resultados é a visão do ponto de vista dos clientes”4. 4 Trout, J. (2000): El poder de lo simple, Ed. Internacional R. Perlaba e R.G. del Rio, McGraw Hill, Madrid, pág. 123. 38
  • 31.
  • 32. Eu não vendi. Não o façam vocês. Empresa familiar e sucessão Títulos da colecção: • Organizar para criar valor • Da empresa jurássica à mpresa voluída A empresa familiar nasce do esforço pessoal do seu fundador. É o empreendedor quem, vencendo as enormes dificuldades que implica seguir em frente com um projecto empresarial, arriscando em muitas Eu não vendi. Não o façam vocês ocasiões o património pessoal – seu e da família –, consegue tornar o sonho em realidade, concretizar uma visão. Da mesma forma que, Próximos títulos: quando ajudamos os nossos filhos a crescer, fazemo-lo tentando transmitir valores, formas de se comportar, de pensar, de sentir, o • Marketing na internet e nos meios digitais interactivos empreendedor proporciona à sua empresa uma vivência, um carácter pessoal, um reflexo da sua maneira de ser. Mas os filhos crescem e a Empresa familiar e sucessão Na foto, da esquerda para a direita: empresa também. Torna-se grande, forte… e independente. Cria os Francisco Negreira del Rio • Estratégias empresariais Doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Santiago seus próprios órgãos de direcção, toma as suas decisões, o espírito Francisco Negreira del Rio de Compostela. Mestre em Administração e Direcção de Empresas • Inovação: a última tendência do empreendedor permanece, mas talvez já não prevaleça. Jesús Negreira del Rio (MBA) e Mestre em Tributação e Sistemas Fiscais, ambos pela Escola de Negócios Caixanova. Professor de Direcção e Gestão de Empresas na Na empresa familiar, a família pode significar o elo de ligação Amancio Plaza Vázquez Escola de Negócios Caixanova e director do programa Master in Business com o espírito original. Mais, tem obrigatoriamente de sê-lo. O Administration (MBA) da Escola de Negócios Caixanova. Especialista processo de sucessão tem de garantir a continuidade do carácter em empresas familiares, possui uma vasta experiência em projectos de Adaptação versão portuguesa: consultadoria ligados ao diagnóstico estratégico, de gestão e definição de do empreendedor, o que apenas será possível se a família funcionar António Nogueira da Costa estruturas organizativas e de gestão em empresas familiares. Sócio fundador como garante do mesmo. Então, será necessário articular as pautas da efconsulting. Co-autor do artigo “A gestão da empresa familiar: como jogar e órgãos de gestão que permitam à família actuar de forma unida e Ana Campos Ferreira golfe e ganhar no xadrez”, publicado na Harvard Deusto Business Review. dedicada, defendendo sempre os interesses da empresa. Assim, estará também a defender os seus próprios interesses. António Nogueira da Costa Prefácio de Américo Amorim Licenciado em Matemáticas Aplicadas - Informática, Master em Business Administration (Executive MBA) e Curso Superior de Gestão de Recursos Humanos na Escola de Negócios Caixanova e um programa internacional “O livro ‘Eu não vendi. Não o façam de excelência através da qualidade de serviços (desenvolvido em Paris, S. vocês. Empresa familiar e sucessão’ Francisco, Seoul,Tóquio e Funchal). Experiência profissional nas áreas de gestão, marketing e tecnologia desenvolvida essencialmente em entidades do sector está muito bem organizado, é claro financeiro e como docente do ensino superior e pós-graduado.Actualmente é consultor independente nas áreas de gestão e marketing e professor e director e fácil de ler e será sem dúvida útil dos programas em Portugal da Escola de Negócios Caixanova. para gestores de empresas familiares Jesús Negreira del Rio e para os representantes da família Doutorado em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela. Mestre em Direcção Comercial e Marketing pela Escola de Negócios responsáveis por escolher executivos e Caixanova. Professor de Direcção Comercial e Marketing na Escola de fazer o desafio à gestão” Negócios Caixanova e Director do programa Mestre em Direcção Comercial e Marketing da Escola de Negócios Caixanova.Autor de diversos artigos na Belmiro de Azevedo Harvard Deusto Marketing & Vendas sobre comercialização e marketing. Sócio fundador da efconsulting. Especializado em empresas familiares, é co-autor do artigo “A gestão da empresa familiar: como jogar golfe e ganhar no xadrez”, publicada na Harvard Deusto Business Review. Ana Campos Ferreira Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica ISBN 978-972-788-218-2 Portuguesa.Advogada e colaboradora do Vida Económica - Editorial, S.A. 9 789727 882182 Amancio L. Plaza Vasquez Doutorado em Direito pela Universidade de Navarra, Mestre Universitário em Direito Empresarial pela Universidade de Navarra e Licenciado em Direito pela Universidade de Santiago de Compostela. Foi professor adjunto de Direito Financeiro e Tributário na Universidade de Navarra (1998-2001). Advogado e Assessor Fiscal. Sócio-Director da Plaza & Reini S.L., Coordenador Geral do Programa Foro Aranzadi Tributario. Secretário da Revista Aranzadi Jurisprudencia Tributaria. Coordenador de autores da Westlaw Práctico Fiscal. Responsável da JT Opinión Profesional. Sócio fundador da efconsulting.Autor do livro O valor real tributário. Estudo no ISD e relacionamento com outros valores tributários, bem como de diversos artigos em revistas especializadas.