SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  5
Télécharger pour lire hors ligne
AS ROTAS ÓPTICAS DE TELECOMUNICAÇÕES E AS CONSTRUÇÕES DE
                               INFRA-ESTRUTURA NO PAÍS
                                       (texto para discussão)



                                                                                      Eduardo Grizendi

                                           Professor do Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações



De algum tempo venho acompanhando os projetos de infra-estrutura propostos para o país e lamento
ao ver que tais propostas não aproveitam a sinergia entre eles, quando tais projetos são implantados,
onerando significativamente o custo global.

Especificamente, os projetos de rodovias, ferrovias, rotas de telecomunicações, linhas de transmissão de
energia elétrica, oleodutos e gasodutos em geral carregam entre si sinergias tão grandes que
precisavam ser pensados juntos, uns com outros. A construção de um deles envolve inexoravelmente
negociações tão complexas, investimentos tão altos e esforços tão grandes de engenharia que a
construção de outra infra-estrutura em conjunto (ou outras, em situações específicas), poderia ser
realizada, na maioria das vezes, a custo marginal em relação ao seu custo da construção isolada.

Processos de desapropriação, obras básicas de engenharia, operações de logística, etc. podem ser
realizados para mais de uma infra-estrutura com um custo significativamente menor que a soma dos
custos individuais de cada uma delas.

Mas meu propósito aqui não é discutir generalizadamente a construção destas infra-estruturas em
sinergia umas com as outras. Meu propósito é discutir as construções de rotas de fibras ópticas e seus
custos, quando simultaneamente se constroem as outras infra-estruturas, em especial, rodovias,
ferrovias e linhas de transmissão de energia elétrica.

Como exemplo, considere a necessidade de se construir uma rodovia e uma rota de fibras ópticas ao
longo desta rodovia. Na construção da rodovia, simplificadamente, faz-se o serviço de movimentação de
terra e terraplanagem e a seguir a pavimentação. Ocorre que, no final do processo de terraplanagem, a
construção de uma vala para colocação de dutos de telecomunicações subterrâneos é extremamente
facilitada e seus custos significativamente reduzidos em relação a uma mesma construção na rodovia, se
depois que esta é entregue ao tráfego. Apesar disto, é comum ver construções de rotas ópticas de
telecomunicações ao longo de rodovias com tráfego, às vezes imediatamente após a sua entrada em
operação, porque tais construções não foram planejadas e realizadas simultaneamente à construção
daquela rodovia. Como agravante, as empresas operadoras de serviços de telecomunicações o fazem
normalmente, independentemente umas das outras e, portanto, intervindo naquela rodovia, uma após
outra, sem preocupação com o compartilhamento dos custos desta implantação e da infra-estrutura
entre si, onerando seus custos individuais e gerando transtorno nas intervenções para as
concessionárias e usuários finais.

Assim, existe uma oportunidade de negócio para as detentoras de infra-estruturas como rodovias,
ferrovias, linhas de transmissão, etc. que é o de provedor de infra-estrutura para telecomunicações, em
especial, o de provedor de rotas ópticas de telecomunicações, implantadas sobre a sua própria infra-
estrutura. A oportunidade está em construir em sua faixa servidão ou inserida na sua própria infra-
estrutura (como no caso de linhas de transmissão, onde são lançados cabos ópticos dentro de cabos

                                                                                                      1
terra, sobre as torres de transmissão), rota de fibras ópticas de telecomunicações, a custos
significativamente baixos, e comercializar esta rota, fracionadamente na forma de dutos e fibras ópticas
apagadas ali passadas, para as empresas operadoras de telecomunicações.

A oportunidade pode não demandar tanto investimento se a construtora da infra-estrutura “mãe”
tomar como estratégia, atrair os potenciais clientes da infra-estrutura de telecomunicações para
incorporar a obra, como em um lançamento imobiliário.

Curiosamente, hoje o mercado, para estes tipos de infra-estruturas – dutos e fibras ópticas apagadas
(em inglês, “dark fibers”) voltou a se aquecer, principalmente por causa das operadoras de serviços
móveis celulares. Estas, devido à implantação da tecnologia 3G, demandam banda para escoar seus
tráfegos a partir das estações de rádio-base, significativamente aumentados em relação às tecnologias
2G e 2,5G, exatamente por oferecer aos sues usuários finais, velocidades de comunicação de dados da
ordem de alguns megabits por segundo (contra kilobits por segundo da tecnologia anterior). Empresas
como Claro e TIM estão investindo pesadamente em infra-estruturas metropolitanas e de longa
distância (“backbones”) próprios, para, em essência, escoarem seus tráfegos, a custos mais atraentes
que aqueles se utilizando de capacidades alugadas de “carrier of carriers” (prestadoras de serviços que
comercializam banda para outras prestadoras).

O    MODELO         DE          NEGÓCIO        DE       PROVEDOR              DE      ROTAS          ÓPTICAS           DE
TELECOMUNICAÇÕES
O modelo de negócio de Provedor de Rotas Ópticas de Telecomunicações aproveita, portanto, a própria
infra-estrutura das Concessionárias de Rodovias, Ferrovias, de Linhas de Transmissão, etc., para
construir e prover a sua Infra-estrutura Óptica de Telecomunicações.

Na visão do mercado de telecomunicações, trata-se de um Provedor de Infra-estrutura de
Telecomunicações. Na visão da “Utility”, uma oportunidade de agregar valor a seu ativo, através da
comercialização de produtos e serviços de infra-estrutura, disponibilizando um portfólio de Produtos e
Serviços de Infra-estrutura Óptica para Telecomunicações

Como tal, oferece a infra-estrutura através de um Portfólio de Produtos e Serviços e comercializa sob
contratos de longo prazo. Estes contratos viabilizam uma carteira de recebíveis de longo prazo e
protegem a receita da futura comoditização dos preços. Adicionalmente, o negócio possui baixo nível de
despesa operacional, pois não tem os custos de acendimento das fibras.

A Lei Geral de Telecomunicações, em seu Art. 73, prevê a possibilidade desta infra-estrutura pertencer a
“outros serviços de interesse público“, além das prestadoras de serviços de telecomunicações

                 LGT, Art. 73

                 “As prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo terão direito à utilização de postes,
                 dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados por prestadora de serviços de telecomunicações ou
                 de outros serviços de interesse público, de forma não discriminatória e a preços e condições justos e
                 razoáveis.

                 Parágrafo único. Caberá ao órgão regulador do cessionário dos meios a serem utilizados definir as condições
                 para adequado atendimento do disposto no caput”

Os clientes para esta infra-estrutura não são somente as Operadoras de Serviços de Telecomunicações,
mas também as Operadoras de Serviços de TV por Assinatura, o Governo e até Clientes possuidores de
grandes redes corporativas.

Duas são as formas de comercialização deste tipo de infra-estrutura, praticadas pelo mercado:


                                                                                                                          2
IRU (Indefeasible Rights of Use)
A comercialização na forma de IRU é, na realidade, uma cessão de direito de uso da infra-estrutura,
através de contrato de longo prazo (10 a 25 anos, normalmente). Tratada contabilmente como “venda”
de ativo, esta modalidade apresenta preços mais baixos comparativamente à modalidade de aluguel. O
comprador, neste caso, pode ceder direito a terceiros e paga, adicionalmente e separadamente, pelos
Serviços de O&M.

Aluguel
Esta é a forma tradicional de Aluguel de Infra-estrutura. O contrato é também de longo prazo, porém
podendo ser mais curto que na forma de IRU (5 a 10 anos). Tratada contabilmente como “aluguel” de
ativo, esta modalidade apresenta preços mais altos comparativamente à modalidade de IRU (da ordem
de 20 a 25 %). O locador normalmente é impedido de ceder direito a terceiros e paga, como na
modalidade de IRU, adicionalmente e separadamente, pelos Serviços de O&M.

OS PRODUTOS E SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA ÓPTICA DE TELECOMUNICAÇÕES
Os dutos e os pares de fibras apagadas (“dark fibers”) são os “produtos” de infra-estrutura.
Adicionalmente, considera-se também a cessão do direito de passagem (RoW: “Right of Way”) que as
Concessionárias de Rodovia exercem sob sua faixa de domínio (faixa servidão) um “produto” de infra-
estrutura para compor um portfólio completo de produtos para telecomunicações.

Os Serviços de Infra-estrutura completam os produtos e são agrupados em Serviços de O&M e Serviços
de Co-location.

Produto Fibra Apagada
O Produto Fibra Apagada é comercializado em pares, em mínimo de 2 (dois) pares. Normalmente
oferece-se desconto crescente para números maiores de pares.

Estes pares de fibra apagada são disponibilizados nas caixas de emendas ou em DGOs (Distribuidores
Gerais Ópticos). Há a necessidade, por parte do Provedor de Infra-estrutura, de flexibilizar o uso desta
infra-estrutura, podendo o Cliente derivar, a partir de caixa de emendas ou DGO ou pedir “ sangria” do
cabo, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre as caixas) ou em regiões do
interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas)

A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir as regras de construção
na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia.

Os preços destes pares de fibra apagada são fixados por Quilômetro, Trecho de Rota e Tempo do
Contrato (5, 10, 15, 20 e 25 anos)

Produto Duto para Telecom
O Produto Duto é comercializado por unidade. Normalmente oferece-se desconto crescente para mais
que uma unidade.

Os dutos são disponibilizados nas caixas de passagem.. Há a necessidade, por parte do Provedor de
Infra-estrutura, de flexibilizar o uso desta infra-estrutura, podendo o Cliente derivar, a partir de caixa de
passagem ou de caixa de derivação, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre
as caixas) ou regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas) e ter acesso ao local para
manutenção de seu cabo óptico;




                                                                                                           3
A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir, como nas fibras, as
regras de construção na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia.

Os preços dos dutos são fixados também por Quilômetro, mas normalmente comercializa-se a tota
complete. O tempo do contrato varia de 10 a 25 anos.

Produto Direito de Passagem
O Produto Direito de Passagem é cedido ao Cliente através de um contrato de cessão de uso para
construção de vala e colocação dos seus próprios dutos e cabos ópticos. Normalmente, se aceita, como
parte de pagamento, infra-estrutura passada utilizando o direito de passagem, normalmente dutos ou
até mesmo pares de fibra óptica.

Há a necessidade, por parte do Provedor de Infra-estrutura de Telecomunicações, flexibilizar o uso desta
infra-estrutura, podendo o Cliente derivar seus cabos, ópitcos a partir de suas caixas de emendas ou
DGOs, “sangrar” seu próprio cabo ópitco, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância
entre as caixas) ou em regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas), derivar seus dutos,
a partir de suas caixa de passagem ou de suas caixa de derivação, em regiões metropolitanas (centenas
de metros de distância entre as caixas)ou regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas)
e acessar o local para manutenção de seus dutos e fibras apagadas.

A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir, como nos pares de
fibra e dutos, as regras de construção na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia.

Os preços do direito de passagem são fixados por Quilômetro e a comercialização pode ser de trechos
de rota ou rotas completas, para contratos de longo prazo com duração da concessão ( 20 e 25 anos)

Serviços de O&M e Co-location
Correspondem aos serviços de operação e manutenção desta infra-estrutura (o produto
comercializado). Estes serviços podem ser de 3 (três) tipos:

•   Serviço de Manutenção Básica que é o serviço de manutenção da infra-estrutura de forma
    preventiva (vigília, inspeção e reparo sobre a faixa servidão) e corretiva (reparo corretivo, em
    construção, duto ou fibra apagada, acionado pela Gerência da Infra-estrutura. Suporta o SLA
    (Service Level Agreement), acordado em contrato, incluindo a especificação, de, por exemplo,
    MTTR ( “Medium Time To Repair”) definido por rota (4 , 6, 8 ou 12 horas) e Disponibilidade medida
    ao longo do período de 12 meses, com valores entre 99,5 até 99,8%. Sua contratação pelo Cliente
    da Infra-estrutura é obrigatória e vinculada ao Produto de Infra-estrutura de Telecomunicações
    adquirido. Seu preço é especificado em contrato e pago mensalmente, em função de Quilômetro,
    trecho de rota e tempo do contrato (5 a 25 anos)
•   Serviço de Manutenção Eventual que é o serviço de manutenção da infra-estrutura, por solicitação
    do cliente. Abrange os serviços gerais em valas, dutos e fibras apagadas, dentre um cardápio de
    serviços oferecidos ao Cliente da Infra-estrutura. São exemplos de serviços gerais a sangria de cabo
    óptico entre caixas de emendas, solicitados pelo cliente e a instalação de caixa de passagem ou
    caixa de emenda, solicitados pelo cliente. Seu preço também é especificado em contrato através de
    um cardápio de serviços. No entanto, Serviços Gerais não incluídos no cardápio poderão ser
    executados e seus preços negociados com o Cliente.
•   Serviços de Co-location: aluguel de espaço com ou sem climatização e energização para o cliente
    instalar equipamentos. Abrangem tanto as áreas abertas em pátios, terrenos ou ao longo da faixa
    servidão de propriedade da Concessionária de Rodovia, com ou sem vigilância, e energia negociada
    pelo cliente direto com a distribuidora quanto as áreas cobertas como áreas em construções,
    “shelters” ou “containers”, de propriedade da concessionária ou de parceiros, com ou sem serviço
    de vigilância, com ou sem energia e climatização. Seus preços são em m² e variáveis, dependendo
    do tipo de área e a necessidade de energia e climatização e pago, uma vez contratado,
    mensalmente.

                                                                                                       4
AS    RECEITAS        DA     COMERCIALIZAÇÃO             DE     INFRA-ESTRUTURA             ÓPTICA      DE
TELECOMUNICAÇÕES E AS CONCESSÕES DE RODOVIAS E FERROVIAS
As receitas advindas da comercialização de infra-estrutura óptica de telecomunicações, em especial, de
concessões de rodovias e ferrovias, no modelo do negócio como provedor de infra-estrutura óptica de
telecomunicações, na maioria dos casos, pagam a própria infra-estrutura óptica de telecomunicações
necessária para operar aquela concessão.

Apesar de, em alguns casos, parte do fluxo de caixa líquido anual advindo da comercialização de infra-
estrutura óptica de telecomunicações, normalmente ser subtraído da receita da concessão pela
concedente, isto somente é realizado no reajuste de tarifa. Além de esta receita poder ser usada para
investimento com custo de captação zero, o desconto na tarifa beneficia a imagem da rodovia perante a
sociedade em geral.

O ESTADO E SUA INFRA-ESTRUTURA ÓPTICA PARA SUPORTE ÀS ATIVIDADES DE
C&T
Finalmente, gostaria de destacar a oportunidade que o Estado tem para melhorar sua infra-estrutura de
C&T e reduzir suas despesas com a infra-estrutura atual, em especial, aquela infra-estrutura óptica de
comunicação de ensino e pesquisa, quando ele constrói ou concede o direito de construir ou explorar a
concessão de uma infra-estrutura potencialmente “mãe”.

O Estado pode e deve, quando da construção da infra-estrutura “mãe”, modelar o negócio de provedor
de infra-estrutura, e, como tal, apropriar-se de parte desta infra-estrutura, e em especial, para uso em
ensino e pesquisa, excedente desta incorporação e comercialização. Quando da concessão, o Estado
pode e deve inserir cláusulas de indução da construção desta infra-estrutura óptica e modelagem do
negócio de provedor de infra-estrutura, novamente se apropriando de alguns pares de fibra para uso
em ensino e pesquisa. Diante dos investimentos requeridos pelo Estado ou pela Concessão, este custo
da infra-estrutura apropriada é irrisório e irrelevante para quem cede e extremamente importante e
relevante para quem se beneficia.

Um exemplo de instituição que pode se beneficiar desta infra-estrutura é a RNP, www.rnp.br. Ela é uma
associação privada sem fins lucrativos, qualificada pelo governo federal como organização social, que
cumpre um contrato de gestão sob a supervisão do Ministério da Ciência e Tecnologia para gerir a Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa, interligando todas as instituições federais de ensino superior e unidades
federais de pesquisa (cerca de 350 instituições em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal) e
propiciando um laboratório para o desenvolvimento experimental de novas aplicações e serviços de
rede para benefício de suas organizações usuárias e indiretamente para a sociedade brasileira

A RNP conta com financiamento público e capta recursos privados por meio de projetos de P&D e
Inovação e sua infra-estrutura óptica de longa distância ainda é composta por circuitos alugados de
operadoras de serviços de telecomunicações. Ainda que ela seja uma operadora e tratada como tal, os
preços praticados pelas “carrier of carriers” para ela, são significativamente altos, agravados pelas altas
velocidades contratadas (lambdas, da ordem de gigabits por segundo).

Na verdade, a RNP se beneficiando, o Ministério da Ciência e Tecnologia se beneficia, as instituições
federais de ensino superior se beneficiam e, enfim, a sociedade se beneficia.




                                                                                                              5

Contenu connexe

En vedette

Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...Eduardo Grizendi
 
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendi
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendiPalestra minas lactea 2015 eduardo grizendi
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendiEduardo Grizendi
 
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendi
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendiApresentacao wrnp2015 eduardo_grizendi
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendiEduardo Grizendi
 
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015Eduardo Grizendi
 
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.Eduardo Grizendi
 
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...Eduardo Grizendi
 
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...Eduardo Grizendi
 
Palestra debate ufjf inovação tecnológica as oportunidades para juiz de fo...
Palestra debate  ufjf inovação tecnológica   as oportunidades para juiz de fo...Palestra debate  ufjf inovação tecnológica   as oportunidades para juiz de fo...
Palestra debate ufjf inovação tecnológica as oportunidades para juiz de fo...Eduardo Grizendi
 
Apresentação Case Porto Maravilha
Apresentação Case Porto MaravilhaApresentação Case Porto Maravilha
Apresentação Case Porto MaravilhaThiago de Oliveira
 
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética química
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética químicaQuímica2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética química
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética químicaTarpafar
 
Aula 1 inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2
Aula 1   inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2Aula 1   inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2
Aula 1 inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2Angelo Peres
 
kayleighphillips_resumeSept2016
kayleighphillips_resumeSept2016kayleighphillips_resumeSept2016
kayleighphillips_resumeSept2016Kayleigh Phillips
 
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica um...
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica   um...Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica   um...
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica um...Eduardo Grizendi
 
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012Informe sobre Prueba PAES 2011-2012
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012RolAndo PinEda
 
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolas
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolasLa responsabilidad social de las entidades de crédito españolas
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolasAntoni Seguí Alcaraz
 
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009sammoraes
 
Floresta amazônica características da vegetação
Floresta amazônica características da vegetaçãoFloresta amazônica características da vegetação
Floresta amazônica características da vegetaçãoZeneide Cordeiro
 
Ingieneria de sistemas
Ingieneria de sistemasIngieneria de sistemas
Ingieneria de sistemaserika97
 
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley Nielsen
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley NielsenWMLD Metro Mayor Candidate Beverley Nielsen
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley NielsenBeverley Nielsen
 

En vedette (20)

Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi brasil ...
 
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendi
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendiPalestra minas lactea 2015 eduardo grizendi
Palestra minas lactea 2015 eduardo grizendi
 
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendi
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendiApresentacao wrnp2015 eduardo_grizendi
Apresentacao wrnp2015 eduardo_grizendi
 
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015
Palestra gestão da inovação e a indústria cervejeira eduardo grizendi ficc 2015
 
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.
Mini curso gestão da inovação eduardo grizendi maio 2015.
 
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...
Palestra encontro provedores regionais montes claros 22 07_2015 eduardo grize...
 
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...
Infra estrutura de telecomunicações de longa distância no brasil eduardo griz...
 
Palestra debate ufjf inovação tecnológica as oportunidades para juiz de fo...
Palestra debate  ufjf inovação tecnológica   as oportunidades para juiz de fo...Palestra debate  ufjf inovação tecnológica   as oportunidades para juiz de fo...
Palestra debate ufjf inovação tecnológica as oportunidades para juiz de fo...
 
Apresentação Case Porto Maravilha
Apresentação Case Porto MaravilhaApresentação Case Porto Maravilha
Apresentação Case Porto Maravilha
 
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética química
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética químicaQuímica2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética química
Química2 bach 7.1 conceptos básicos de cinética química
 
Aula 1 inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2
Aula 1   inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2Aula 1   inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2
Aula 1 inaugural - disciplina poder liderança e ética versao 2
 
kayleighphillips_resumeSept2016
kayleighphillips_resumeSept2016kayleighphillips_resumeSept2016
kayleighphillips_resumeSept2016
 
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica um...
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica   um...Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica   um...
Contribuição de ict ao processo de inovação em mp es de base tecnológica um...
 
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012Informe sobre Prueba PAES 2011-2012
Informe sobre Prueba PAES 2011-2012
 
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolas
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolasLa responsabilidad social de las entidades de crédito españolas
La responsabilidad social de las entidades de crédito españolas
 
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009
Ranking Final da Copa JBC de MTB 2009
 
O trabalho em marx
O trabalho em marxO trabalho em marx
O trabalho em marx
 
Floresta amazônica características da vegetação
Floresta amazônica características da vegetaçãoFloresta amazônica características da vegetação
Floresta amazônica características da vegetação
 
Ingieneria de sistemas
Ingieneria de sistemasIngieneria de sistemas
Ingieneria de sistemas
 
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley Nielsen
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley NielsenWMLD Metro Mayor Candidate Beverley Nielsen
WMLD Metro Mayor Candidate Beverley Nielsen
 

Similaire à Rotas Ópticas de Telecomunicações e Infraestrutura

Apresentação provedor infaestrutura óptica eduardo grizendi secop 2013
Apresentação provedor infaestrutura óptica  eduardo grizendi secop 2013Apresentação provedor infaestrutura óptica  eduardo grizendi secop 2013
Apresentação provedor infaestrutura óptica eduardo grizendi secop 2013Eduardo Grizendi
 
Comunicações ópticas
Comunicações ópticasComunicações ópticas
Comunicações ópticasHeitor Galvão
 
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009Gabriela Agustini
 
Incansáveis plantadores
Incansáveis plantadoresIncansáveis plantadores
Incansáveis plantadoresResgate Cambuí
 
Interconexão Conceito e Detalhes
Interconexão Conceito e DetalhesInterconexão Conceito e Detalhes
Interconexão Conceito e DetalhesLeonardo Pimenta
 
Tributação de VoIP
Tributação de VoIPTributação de VoIP
Tributação de VoIPlainesouza
 
NBR 14565
NBR 14565NBR 14565
NBR 14565Pessoal
 
Proposta técnica - TTH Telecom
Proposta técnica - TTH TelecomProposta técnica - TTH Telecom
Proposta técnica - TTH TelecomLeonardo de Paula
 
Meios de transmissao
Meios de transmissaoMeios de transmissao
Meios de transmissaoredesinforma
 
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)Mariana Hiyori
 
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUES
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUESIntrodução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUES
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUESEMERSON EDUARDO RODRIGUES
 
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)Milione Changala
 
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSSPI Brasil
 

Similaire à Rotas Ópticas de Telecomunicações e Infraestrutura (20)

IMPACTO DA TECNOLOGIA DE FIBRA OPTICA
IMPACTO DA TECNOLOGIA DE FIBRA OPTICAIMPACTO DA TECNOLOGIA DE FIBRA OPTICA
IMPACTO DA TECNOLOGIA DE FIBRA OPTICA
 
Apresentação provedor infaestrutura óptica eduardo grizendi secop 2013
Apresentação provedor infaestrutura óptica  eduardo grizendi secop 2013Apresentação provedor infaestrutura óptica  eduardo grizendi secop 2013
Apresentação provedor infaestrutura óptica eduardo grizendi secop 2013
 
Comunicações ópticas
Comunicações ópticasComunicações ópticas
Comunicações ópticas
 
Exec 1 resenha
Exec 1 resenhaExec 1 resenha
Exec 1 resenha
 
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009
Apresentação do Sérgio Amadeu no Forum Cultura Digital Nov2009
 
Incansáveis plantadores
Incansáveis plantadoresIncansáveis plantadores
Incansáveis plantadores
 
Interconexão Conceito e Detalhes
Interconexão Conceito e DetalhesInterconexão Conceito e Detalhes
Interconexão Conceito e Detalhes
 
Tributação de VoIP
Tributação de VoIPTributação de VoIP
Tributação de VoIP
 
ITUR
ITURITUR
ITUR
 
NBR 14565
NBR 14565NBR 14565
NBR 14565
 
Proposta técnica - TTH Telecom
Proposta técnica - TTH TelecomProposta técnica - TTH Telecom
Proposta técnica - TTH Telecom
 
Internet via radio anexo ii
Internet via radio  anexo iiInternet via radio  anexo ii
Internet via radio anexo ii
 
FIBRA ÓPTICA TECNOLOGIA GPON
FIBRA ÓPTICA TECNOLOGIA GPONFIBRA ÓPTICA TECNOLOGIA GPON
FIBRA ÓPTICA TECNOLOGIA GPON
 
Meios de transmissao
Meios de transmissaoMeios de transmissao
Meios de transmissao
 
Conctividade
ConctividadeConctividade
Conctividade
 
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)
R&c 01 14_1 - A Internet e Conceitos Basicos (Parte 1)
 
Fibercamp
FibercampFibercamp
Fibercamp
 
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUES
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUESIntrodução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUES
Introdução LTE - Teleco EMERSON EDUARDO RODRIGUES
 
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)
UMTS (Universal Mobile Telecomunications System)
 
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandirSindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
Sindisat projeto sugestao_de_politica_publica_sindisat_22-11-2011_jurandir
 

Plus de Eduardo Grizendi

Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v final
Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v finalApresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v final
Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v finalEduardo Grizendi
 
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2Eduardo Grizendi
 
Ubuntunet Connnect 2019 - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...
Ubuntunet Connnect 2019  - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...Ubuntunet Connnect 2019  - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...
Ubuntunet Connnect 2019 - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...Eduardo Grizendi
 
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...Eduardo Grizendi
 
SACC Meeting 2021: RNP Update
SACC Meeting 2021: RNP UpdateSACC Meeting 2021: RNP Update
SACC Meeting 2021: RNP UpdateEduardo Grizendi
 
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and Beyond
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and BeyondConnecting Latin America and Europe - Ellalink and Beyond
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and BeyondEduardo Grizendi
 
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020Eduardo Grizendi
 
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final version
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final versionPaper eduardo grizendi & others uc2019 final version
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final versionEduardo Grizendi
 
Palestra UFSCar Agência de Inovação agosto 2018
Palestra UFSCar Agência de Inovação  agosto 2018 Palestra UFSCar Agência de Inovação  agosto 2018
Palestra UFSCar Agência de Inovação agosto 2018 Eduardo Grizendi
 
Palestra inova lacteos 2017 inovação e empreendedorismo eduardo grizendi v...
Palestra inova lacteos 2017 inovação  e empreendedorismo   eduardo grizendi v...Palestra inova lacteos 2017 inovação  e empreendedorismo   eduardo grizendi v...
Palestra inova lacteos 2017 inovação e empreendedorismo eduardo grizendi v...Eduardo Grizendi
 
Palestra eduardo grizendi estratégias para projeto de inovação - o processo...
Palestra eduardo grizendi   estratégias para projeto de inovação - o processo...Palestra eduardo grizendi   estratégias para projeto de inovação - o processo...
Palestra eduardo grizendi estratégias para projeto de inovação - o processo...Eduardo Grizendi
 
Palestra itajubá inovação aberta eduardo grizendi novembro 2013.
Palestra  itajubá inovação aberta  eduardo grizendi novembro 2013.Palestra  itajubá inovação aberta  eduardo grizendi novembro 2013.
Palestra itajubá inovação aberta eduardo grizendi novembro 2013.Eduardo Grizendi
 
Palestra paranátic 2013 eduardo grizendi outubro 2013 v curta.
Palestra  paranátic 2013  eduardo grizendi outubro 2013 v curta.Palestra  paranátic 2013  eduardo grizendi outubro 2013 v curta.
Palestra paranátic 2013 eduardo grizendi outubro 2013 v curta.Eduardo Grizendi
 
Artigo grizendi ubuntunet 2012
Artigo grizendi ubuntunet 2012Artigo grizendi ubuntunet 2012
Artigo grizendi ubuntunet 2012Eduardo Grizendi
 
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2Eduardo Grizendi
 
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios ...
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios   ...Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios   ...
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios ...Eduardo Grizendi
 
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3Eduardo Grizendi
 
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0Eduardo Grizendi
 
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0Eduardo Grizendi
 
Palestra encontro provedores regionais recife agosto 20 2013 eduardo grizeni...
Palestra encontro provedores regionais recife  agosto 20 2013 eduardo grizeni...Palestra encontro provedores regionais recife  agosto 20 2013 eduardo grizeni...
Palestra encontro provedores regionais recife agosto 20 2013 eduardo grizeni...Eduardo Grizendi
 

Plus de Eduardo Grizendi (20)

Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v final
Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v finalApresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v final
Apresentação eduardo grizendi rnp_wtr-sc_2021 v final
 
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2
Apresentacão eduardo grizendi & thiago silva wtr pr 2021 v final2
 
Ubuntunet Connnect 2019 - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...
Ubuntunet Connnect 2019  - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...Ubuntunet Connnect 2019  - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...
Ubuntunet Connnect 2019 - RNP's strategy for deploying optical infrastructur...
 
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...
AOPF AONOG 2020: Estratégia da RNP para implantação de infraestruturas óptica...
 
SACC Meeting 2021: RNP Update
SACC Meeting 2021: RNP UpdateSACC Meeting 2021: RNP Update
SACC Meeting 2021: RNP Update
 
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and Beyond
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and BeyondConnecting Latin America and Europe - Ellalink and Beyond
Connecting Latin America and Europe - Ellalink and Beyond
 
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020
Eduardo grizendi rnp brasil__aopf_aonog_2020
 
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final version
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final versionPaper eduardo grizendi & others uc2019 final version
Paper eduardo grizendi & others uc2019 final version
 
Palestra UFSCar Agência de Inovação agosto 2018
Palestra UFSCar Agência de Inovação  agosto 2018 Palestra UFSCar Agência de Inovação  agosto 2018
Palestra UFSCar Agência de Inovação agosto 2018
 
Palestra inova lacteos 2017 inovação e empreendedorismo eduardo grizendi v...
Palestra inova lacteos 2017 inovação  e empreendedorismo   eduardo grizendi v...Palestra inova lacteos 2017 inovação  e empreendedorismo   eduardo grizendi v...
Palestra inova lacteos 2017 inovação e empreendedorismo eduardo grizendi v...
 
Palestra eduardo grizendi estratégias para projeto de inovação - o processo...
Palestra eduardo grizendi   estratégias para projeto de inovação - o processo...Palestra eduardo grizendi   estratégias para projeto de inovação - o processo...
Palestra eduardo grizendi estratégias para projeto de inovação - o processo...
 
Palestra itajubá inovação aberta eduardo grizendi novembro 2013.
Palestra  itajubá inovação aberta  eduardo grizendi novembro 2013.Palestra  itajubá inovação aberta  eduardo grizendi novembro 2013.
Palestra itajubá inovação aberta eduardo grizendi novembro 2013.
 
Palestra paranátic 2013 eduardo grizendi outubro 2013 v curta.
Palestra  paranátic 2013  eduardo grizendi outubro 2013 v curta.Palestra  paranátic 2013  eduardo grizendi outubro 2013 v curta.
Palestra paranátic 2013 eduardo grizendi outubro 2013 v curta.
 
Artigo grizendi ubuntunet 2012
Artigo grizendi ubuntunet 2012Artigo grizendi ubuntunet 2012
Artigo grizendi ubuntunet 2012
 
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2
Eduardo grizendi+michael-stanton-uc2013-paper-v2
 
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios ...
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios   ...Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios   ...
Palestra olimpíada do empreendedor inovação aberta & modelagem de negócios ...
 
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3
Palestra abertura inovação eduardo grizendi rnp sci 2013 v 3
 
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0
Apresentação seminário procergs agosto 2013 eduardo grizenid v 1.0
 
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0
Apresentação wtr conquista julho 2013 eduardo grizendi v 1.0
 
Palestra encontro provedores regionais recife agosto 20 2013 eduardo grizeni...
Palestra encontro provedores regionais recife  agosto 20 2013 eduardo grizeni...Palestra encontro provedores regionais recife  agosto 20 2013 eduardo grizeni...
Palestra encontro provedores regionais recife agosto 20 2013 eduardo grizeni...
 

Rotas Ópticas de Telecomunicações e Infraestrutura

  • 1. AS ROTAS ÓPTICAS DE TELECOMUNICAÇÕES E AS CONSTRUÇÕES DE INFRA-ESTRUTURA NO PAÍS (texto para discussão) Eduardo Grizendi Professor do Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações De algum tempo venho acompanhando os projetos de infra-estrutura propostos para o país e lamento ao ver que tais propostas não aproveitam a sinergia entre eles, quando tais projetos são implantados, onerando significativamente o custo global. Especificamente, os projetos de rodovias, ferrovias, rotas de telecomunicações, linhas de transmissão de energia elétrica, oleodutos e gasodutos em geral carregam entre si sinergias tão grandes que precisavam ser pensados juntos, uns com outros. A construção de um deles envolve inexoravelmente negociações tão complexas, investimentos tão altos e esforços tão grandes de engenharia que a construção de outra infra-estrutura em conjunto (ou outras, em situações específicas), poderia ser realizada, na maioria das vezes, a custo marginal em relação ao seu custo da construção isolada. Processos de desapropriação, obras básicas de engenharia, operações de logística, etc. podem ser realizados para mais de uma infra-estrutura com um custo significativamente menor que a soma dos custos individuais de cada uma delas. Mas meu propósito aqui não é discutir generalizadamente a construção destas infra-estruturas em sinergia umas com as outras. Meu propósito é discutir as construções de rotas de fibras ópticas e seus custos, quando simultaneamente se constroem as outras infra-estruturas, em especial, rodovias, ferrovias e linhas de transmissão de energia elétrica. Como exemplo, considere a necessidade de se construir uma rodovia e uma rota de fibras ópticas ao longo desta rodovia. Na construção da rodovia, simplificadamente, faz-se o serviço de movimentação de terra e terraplanagem e a seguir a pavimentação. Ocorre que, no final do processo de terraplanagem, a construção de uma vala para colocação de dutos de telecomunicações subterrâneos é extremamente facilitada e seus custos significativamente reduzidos em relação a uma mesma construção na rodovia, se depois que esta é entregue ao tráfego. Apesar disto, é comum ver construções de rotas ópticas de telecomunicações ao longo de rodovias com tráfego, às vezes imediatamente após a sua entrada em operação, porque tais construções não foram planejadas e realizadas simultaneamente à construção daquela rodovia. Como agravante, as empresas operadoras de serviços de telecomunicações o fazem normalmente, independentemente umas das outras e, portanto, intervindo naquela rodovia, uma após outra, sem preocupação com o compartilhamento dos custos desta implantação e da infra-estrutura entre si, onerando seus custos individuais e gerando transtorno nas intervenções para as concessionárias e usuários finais. Assim, existe uma oportunidade de negócio para as detentoras de infra-estruturas como rodovias, ferrovias, linhas de transmissão, etc. que é o de provedor de infra-estrutura para telecomunicações, em especial, o de provedor de rotas ópticas de telecomunicações, implantadas sobre a sua própria infra- estrutura. A oportunidade está em construir em sua faixa servidão ou inserida na sua própria infra- estrutura (como no caso de linhas de transmissão, onde são lançados cabos ópticos dentro de cabos 1
  • 2. terra, sobre as torres de transmissão), rota de fibras ópticas de telecomunicações, a custos significativamente baixos, e comercializar esta rota, fracionadamente na forma de dutos e fibras ópticas apagadas ali passadas, para as empresas operadoras de telecomunicações. A oportunidade pode não demandar tanto investimento se a construtora da infra-estrutura “mãe” tomar como estratégia, atrair os potenciais clientes da infra-estrutura de telecomunicações para incorporar a obra, como em um lançamento imobiliário. Curiosamente, hoje o mercado, para estes tipos de infra-estruturas – dutos e fibras ópticas apagadas (em inglês, “dark fibers”) voltou a se aquecer, principalmente por causa das operadoras de serviços móveis celulares. Estas, devido à implantação da tecnologia 3G, demandam banda para escoar seus tráfegos a partir das estações de rádio-base, significativamente aumentados em relação às tecnologias 2G e 2,5G, exatamente por oferecer aos sues usuários finais, velocidades de comunicação de dados da ordem de alguns megabits por segundo (contra kilobits por segundo da tecnologia anterior). Empresas como Claro e TIM estão investindo pesadamente em infra-estruturas metropolitanas e de longa distância (“backbones”) próprios, para, em essência, escoarem seus tráfegos, a custos mais atraentes que aqueles se utilizando de capacidades alugadas de “carrier of carriers” (prestadoras de serviços que comercializam banda para outras prestadoras). O MODELO DE NEGÓCIO DE PROVEDOR DE ROTAS ÓPTICAS DE TELECOMUNICAÇÕES O modelo de negócio de Provedor de Rotas Ópticas de Telecomunicações aproveita, portanto, a própria infra-estrutura das Concessionárias de Rodovias, Ferrovias, de Linhas de Transmissão, etc., para construir e prover a sua Infra-estrutura Óptica de Telecomunicações. Na visão do mercado de telecomunicações, trata-se de um Provedor de Infra-estrutura de Telecomunicações. Na visão da “Utility”, uma oportunidade de agregar valor a seu ativo, através da comercialização de produtos e serviços de infra-estrutura, disponibilizando um portfólio de Produtos e Serviços de Infra-estrutura Óptica para Telecomunicações Como tal, oferece a infra-estrutura através de um Portfólio de Produtos e Serviços e comercializa sob contratos de longo prazo. Estes contratos viabilizam uma carteira de recebíveis de longo prazo e protegem a receita da futura comoditização dos preços. Adicionalmente, o negócio possui baixo nível de despesa operacional, pois não tem os custos de acendimento das fibras. A Lei Geral de Telecomunicações, em seu Art. 73, prevê a possibilidade desta infra-estrutura pertencer a “outros serviços de interesse público“, além das prestadoras de serviços de telecomunicações LGT, Art. 73 “As prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo terão direito à utilização de postes, dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados por prestadora de serviços de telecomunicações ou de outros serviços de interesse público, de forma não discriminatória e a preços e condições justos e razoáveis. Parágrafo único. Caberá ao órgão regulador do cessionário dos meios a serem utilizados definir as condições para adequado atendimento do disposto no caput” Os clientes para esta infra-estrutura não são somente as Operadoras de Serviços de Telecomunicações, mas também as Operadoras de Serviços de TV por Assinatura, o Governo e até Clientes possuidores de grandes redes corporativas. Duas são as formas de comercialização deste tipo de infra-estrutura, praticadas pelo mercado: 2
  • 3. IRU (Indefeasible Rights of Use) A comercialização na forma de IRU é, na realidade, uma cessão de direito de uso da infra-estrutura, através de contrato de longo prazo (10 a 25 anos, normalmente). Tratada contabilmente como “venda” de ativo, esta modalidade apresenta preços mais baixos comparativamente à modalidade de aluguel. O comprador, neste caso, pode ceder direito a terceiros e paga, adicionalmente e separadamente, pelos Serviços de O&M. Aluguel Esta é a forma tradicional de Aluguel de Infra-estrutura. O contrato é também de longo prazo, porém podendo ser mais curto que na forma de IRU (5 a 10 anos). Tratada contabilmente como “aluguel” de ativo, esta modalidade apresenta preços mais altos comparativamente à modalidade de IRU (da ordem de 20 a 25 %). O locador normalmente é impedido de ceder direito a terceiros e paga, como na modalidade de IRU, adicionalmente e separadamente, pelos Serviços de O&M. OS PRODUTOS E SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA ÓPTICA DE TELECOMUNICAÇÕES Os dutos e os pares de fibras apagadas (“dark fibers”) são os “produtos” de infra-estrutura. Adicionalmente, considera-se também a cessão do direito de passagem (RoW: “Right of Way”) que as Concessionárias de Rodovia exercem sob sua faixa de domínio (faixa servidão) um “produto” de infra- estrutura para compor um portfólio completo de produtos para telecomunicações. Os Serviços de Infra-estrutura completam os produtos e são agrupados em Serviços de O&M e Serviços de Co-location. Produto Fibra Apagada O Produto Fibra Apagada é comercializado em pares, em mínimo de 2 (dois) pares. Normalmente oferece-se desconto crescente para números maiores de pares. Estes pares de fibra apagada são disponibilizados nas caixas de emendas ou em DGOs (Distribuidores Gerais Ópticos). Há a necessidade, por parte do Provedor de Infra-estrutura, de flexibilizar o uso desta infra-estrutura, podendo o Cliente derivar, a partir de caixa de emendas ou DGO ou pedir “ sangria” do cabo, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre as caixas) ou em regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas) A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir as regras de construção na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia. Os preços destes pares de fibra apagada são fixados por Quilômetro, Trecho de Rota e Tempo do Contrato (5, 10, 15, 20 e 25 anos) Produto Duto para Telecom O Produto Duto é comercializado por unidade. Normalmente oferece-se desconto crescente para mais que uma unidade. Os dutos são disponibilizados nas caixas de passagem.. Há a necessidade, por parte do Provedor de Infra-estrutura, de flexibilizar o uso desta infra-estrutura, podendo o Cliente derivar, a partir de caixa de passagem ou de caixa de derivação, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre as caixas) ou regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas) e ter acesso ao local para manutenção de seu cabo óptico; 3
  • 4. A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir, como nas fibras, as regras de construção na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia. Os preços dos dutos são fixados também por Quilômetro, mas normalmente comercializa-se a tota complete. O tempo do contrato varia de 10 a 25 anos. Produto Direito de Passagem O Produto Direito de Passagem é cedido ao Cliente através de um contrato de cessão de uso para construção de vala e colocação dos seus próprios dutos e cabos ópticos. Normalmente, se aceita, como parte de pagamento, infra-estrutura passada utilizando o direito de passagem, normalmente dutos ou até mesmo pares de fibra óptica. Há a necessidade, por parte do Provedor de Infra-estrutura de Telecomunicações, flexibilizar o uso desta infra-estrutura, podendo o Cliente derivar seus cabos, ópitcos a partir de suas caixas de emendas ou DGOs, “sangrar” seu próprio cabo ópitco, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre as caixas) ou em regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas), derivar seus dutos, a partir de suas caixa de passagem ou de suas caixa de derivação, em regiões metropolitanas (centenas de metros de distância entre as caixas)ou regiões do interior (normalmente de 4 a 5 km entre as caixas) e acessar o local para manutenção de seus dutos e fibras apagadas. A construção de trechos de acessos pelos Clientes da Infra-estrutura deve seguir, como nos pares de fibra e dutos, as regras de construção na faixa servidão da própria Concessionária de Rodovia. Os preços do direito de passagem são fixados por Quilômetro e a comercialização pode ser de trechos de rota ou rotas completas, para contratos de longo prazo com duração da concessão ( 20 e 25 anos) Serviços de O&M e Co-location Correspondem aos serviços de operação e manutenção desta infra-estrutura (o produto comercializado). Estes serviços podem ser de 3 (três) tipos: • Serviço de Manutenção Básica que é o serviço de manutenção da infra-estrutura de forma preventiva (vigília, inspeção e reparo sobre a faixa servidão) e corretiva (reparo corretivo, em construção, duto ou fibra apagada, acionado pela Gerência da Infra-estrutura. Suporta o SLA (Service Level Agreement), acordado em contrato, incluindo a especificação, de, por exemplo, MTTR ( “Medium Time To Repair”) definido por rota (4 , 6, 8 ou 12 horas) e Disponibilidade medida ao longo do período de 12 meses, com valores entre 99,5 até 99,8%. Sua contratação pelo Cliente da Infra-estrutura é obrigatória e vinculada ao Produto de Infra-estrutura de Telecomunicações adquirido. Seu preço é especificado em contrato e pago mensalmente, em função de Quilômetro, trecho de rota e tempo do contrato (5 a 25 anos) • Serviço de Manutenção Eventual que é o serviço de manutenção da infra-estrutura, por solicitação do cliente. Abrange os serviços gerais em valas, dutos e fibras apagadas, dentre um cardápio de serviços oferecidos ao Cliente da Infra-estrutura. São exemplos de serviços gerais a sangria de cabo óptico entre caixas de emendas, solicitados pelo cliente e a instalação de caixa de passagem ou caixa de emenda, solicitados pelo cliente. Seu preço também é especificado em contrato através de um cardápio de serviços. No entanto, Serviços Gerais não incluídos no cardápio poderão ser executados e seus preços negociados com o Cliente. • Serviços de Co-location: aluguel de espaço com ou sem climatização e energização para o cliente instalar equipamentos. Abrangem tanto as áreas abertas em pátios, terrenos ou ao longo da faixa servidão de propriedade da Concessionária de Rodovia, com ou sem vigilância, e energia negociada pelo cliente direto com a distribuidora quanto as áreas cobertas como áreas em construções, “shelters” ou “containers”, de propriedade da concessionária ou de parceiros, com ou sem serviço de vigilância, com ou sem energia e climatização. Seus preços são em m² e variáveis, dependendo do tipo de área e a necessidade de energia e climatização e pago, uma vez contratado, mensalmente. 4
  • 5. AS RECEITAS DA COMERCIALIZAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA ÓPTICA DE TELECOMUNICAÇÕES E AS CONCESSÕES DE RODOVIAS E FERROVIAS As receitas advindas da comercialização de infra-estrutura óptica de telecomunicações, em especial, de concessões de rodovias e ferrovias, no modelo do negócio como provedor de infra-estrutura óptica de telecomunicações, na maioria dos casos, pagam a própria infra-estrutura óptica de telecomunicações necessária para operar aquela concessão. Apesar de, em alguns casos, parte do fluxo de caixa líquido anual advindo da comercialização de infra- estrutura óptica de telecomunicações, normalmente ser subtraído da receita da concessão pela concedente, isto somente é realizado no reajuste de tarifa. Além de esta receita poder ser usada para investimento com custo de captação zero, o desconto na tarifa beneficia a imagem da rodovia perante a sociedade em geral. O ESTADO E SUA INFRA-ESTRUTURA ÓPTICA PARA SUPORTE ÀS ATIVIDADES DE C&T Finalmente, gostaria de destacar a oportunidade que o Estado tem para melhorar sua infra-estrutura de C&T e reduzir suas despesas com a infra-estrutura atual, em especial, aquela infra-estrutura óptica de comunicação de ensino e pesquisa, quando ele constrói ou concede o direito de construir ou explorar a concessão de uma infra-estrutura potencialmente “mãe”. O Estado pode e deve, quando da construção da infra-estrutura “mãe”, modelar o negócio de provedor de infra-estrutura, e, como tal, apropriar-se de parte desta infra-estrutura, e em especial, para uso em ensino e pesquisa, excedente desta incorporação e comercialização. Quando da concessão, o Estado pode e deve inserir cláusulas de indução da construção desta infra-estrutura óptica e modelagem do negócio de provedor de infra-estrutura, novamente se apropriando de alguns pares de fibra para uso em ensino e pesquisa. Diante dos investimentos requeridos pelo Estado ou pela Concessão, este custo da infra-estrutura apropriada é irrisório e irrelevante para quem cede e extremamente importante e relevante para quem se beneficia. Um exemplo de instituição que pode se beneficiar desta infra-estrutura é a RNP, www.rnp.br. Ela é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada pelo governo federal como organização social, que cumpre um contrato de gestão sob a supervisão do Ministério da Ciência e Tecnologia para gerir a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, interligando todas as instituições federais de ensino superior e unidades federais de pesquisa (cerca de 350 instituições em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal) e propiciando um laboratório para o desenvolvimento experimental de novas aplicações e serviços de rede para benefício de suas organizações usuárias e indiretamente para a sociedade brasileira A RNP conta com financiamento público e capta recursos privados por meio de projetos de P&D e Inovação e sua infra-estrutura óptica de longa distância ainda é composta por circuitos alugados de operadoras de serviços de telecomunicações. Ainda que ela seja uma operadora e tratada como tal, os preços praticados pelas “carrier of carriers” para ela, são significativamente altos, agravados pelas altas velocidades contratadas (lambdas, da ordem de gigabits por segundo). Na verdade, a RNP se beneficiando, o Ministério da Ciência e Tecnologia se beneficia, as instituições federais de ensino superior se beneficiam e, enfim, a sociedade se beneficia. 5