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III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />Questão 1. Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?<br />Esta questão foi das mais importantes para o grupo, dada a ligação com o projecto trabalhado durante o ano. Assim sendo, os resultados obtidos, comparando todas as freguesias, foram os seguintes:<br />Gráfico 4 - Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?right41275Na análise destes dados, podemos concluir, desde já, a ainda pouca utilização das fontes de energia renovável. Contudo, há que destacar as freguesias onde estas são mais abundantes: Eira Vedra, Soengas, Ventosa e Vieira do Minho. A freguesia que mais se destaca é Ventosa com 9,5%. Vieira do Minho apresenta uma percentagem de equipamentos cuja fonte são as energias renováveis de 7,3%<br />            Passando para um panorama concelhio, obtemos os seguintes resultados:<br />Os valores apresentados confirmam as conclusões acima referidas. Alem disso, estas são justificadas com os dados apresentados pela DGEG: O abastecimento de Energia Primária no nosso país também cresceu visivelmente desde 1990 em cerca de 55%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento do abastecimento de petróleo (29% desde 1990) e de combustíveis sólidos (31% desde 1990). <br />3808730327660Vieira do Minho não fugiu a esta subida, bem pelo contrário, encontra-se aqui bem evidenciada. Por outro lado, também podemos visualizar a baixa utilização da energia renovável em comparação com os números nacionais. Actualmente, enquanto Portugal encontra-se nas energias renováveis acima de 17% das suas necessidades, Vieira do Minho apenas 4,3%. Mesmo assim, o governo estabeleceu um objectivo de encontrar 31 % das nossas necessidades de energia de fontes renováveis antes de 2020. Vieira do Minho terá de tomar medidas fortes para atingir este objectivo nacional. Por outro lado, Vieira do Minho ainda possui todas as condições para a prática usual deste tipo de energias: vento, sol e água…<br />Gráfico 5 - Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?<br />Ainda no campo das Energias Renováveis, passemos a estudar a distribuição do número de habitações com energias renováveis no Concelho, no seguinte gráfico:<br />Gráfico 6 - Nº de habitações alimentadas a Energias Renováveis<br />Claramente, Vieira do Minho e Rossas destacam-se neste parâmetro (Rossas não é das freguesias com maior percentagem deste tipo de fonte de energia), contudo este número está ligado com a densidade populacional destas freguesias, tendo as duas o maior número de habitantes. Pela negativa, destacam-se freguesias como Cova, Anjos e Vilarchão, com baixíssimo número de habitações deste tipo. <br />Questão 1.1. Se não, indique se possui pré-instalação para equipamentos alimentados a energias renováveis<br />Uma questão não menos importante de estudar é a capacidade das habitações possuírem condições para acolher equipamentos cujas fontes sejam provenientes de Energias Renováveis. De salientar que o universo desta questão são os inquiridos que responderam “não” na questão anterior.<br />Visto Vieira do Minho não se encontrar nos valores apresentados pelo país, estas habitações podem constituir uma boa solução de nos aproximarmos nos valores acima indicados.<br />Assim sendo, obtemos o seu gráfico de resultados:<br />Gráfico 7 – (…) Se não, indique se possui pré-intalação?<br />O quadro de resultados, como podemos visualizar, volta a não ser dos mais favoráveis para o Conselho, isto é, a percentagem média com habitações com este tipo de instalações é bastante baixa.  Neste campo, destacam-se Caniçada, Cova, Parada de Bouro e Ventosa. A percentagem máxima obtida foi em Ventosa, pois cerca de 10,6% responderam “sim”.  A sede do concelho apresenta uma percentagem de 4,9 de respostas positivas. Assim sendo, a percentagem de respostas positivas no concelho foi de 3,8.<br />Passando para um visão numérica destas habitações, voltam-se a destacar Rossas e Vieira do Minho pelas mesmas razões, como podemos visualizar no gráfico abaixo representado.<br /> <br />Gráfico 8 - Nº de habitações com pré-instalação<br />Pela negativa, destacam-se neste campo: Anjos, Campos, Pinheiro, Salamonde e Soengas, entre outras. <br />Tratando-se este tipo de instalações um projecto para o futuro, os vieirenses deveriam apostar mais neste tipo de tecnologias para fomentar a utilização de energia num curto espaço de tempo.<br />Questão 1.2. Se sim, quais as fontes dos equipamentos?<br />Gráfico 9 - (...) Se sim, quais as fontes dos equipamentos?2909570501650Outra problemática interessante de tratar é a distribuição das habitações, com equipamentos alimentados por Energias Renováveis. Os resultados obtidos foram os esperados, com especial incidência, como é normal, para a Energia Solar. O gráfico abaixo demonstra o referido.<br />A energia proveniente da fonte de energia eólica representa em Portugal 8% (dados de Setembro de 2007). Globalmente, a energia produzida através de desta fonte mais que quadruplicou entre 1999 e 2005. Assim sendo e visto as condições da nossa região, esta deveria ser mais fomentada e trabalhada no nosso Concelho, visto ser das menos utilizadas. A explicação para este facto deve-se ao pouco desenvolvimento desta fonte no campo da habitação.<br />Mesmo assim, a Energia Solar, como é normal, é claramente a mais utilizada.<br /> Fazendo uma análise da distribuição das habitações com este tipo de fonte de energia, deparámo-nos com o seguinte gráfico;<br />Gráfico 10 - Habitações com fonte de Energia Solar<br />Destaque nesta situação para Vieira do Minho (como era de esperar pelas razoes já apontadas), mas também para Eira Vedra, evidenciando-se claramente das outras freguesias, mesmo das com maior densidade populacional. Mesmo assim, este tipo de fonte de energia continua a ser pouco explorada no Concelho, e, sendo aquela com maior influência no ramo doméstico, deveria ser muito mais procurada. <br />Logicamente, aqui entram as dificuldades que provêm para obtenção destes equipamentos, principalmente as financeiras, quando estas deveriam ser superadas, com vista a reduções significativas no futuro, não só importantes para o ambiente, como para as carteiras dos portugueses.<br />  Segundo algumas opiniões, estima-se que daqui a alguns anos (cerca de duas décadas) metade das habitações do país utilizem esta fonte de energia. Vieira do Minho volta-se a encontrar abaixo deste números e sem perspectivas de melhorias.<br />Questão 2: O aquecimento das aguas sanitárias é realizado usando como fonte … através de …<br />   O aquecimento de água sanitária é um processo no qual é consumido uma grande quantidade de energia, aproximadamente 50% da factura energética, e como tal torna-se importante estudar a distribuição desses gastos. Segue-se o gráfico dos dados obtidos.<br />Gráfico 11 - O aquecimento das águas sanitárias é realizado usando como fonte...<br />Como facilmente constatamos, o Gás é o sistema de aquecimento mais utilizado, seguindo-se a Lenha e o Gasóleo. Destaque também para a utilização do Gasóleo na freguesia de Soengas, da Lenha em Anisso e Vilarchão. Por outro lado, comprovamos os dados relativos às Energias Renováveis, visto o destaque, neste capítulo, de Soengas, Eira Vedra, Ventosa e Vieira do Minho.<br /> Assim, passando para um panorama mais geral, obtemos os seguintes resultados:<br />2245360476250As percentagens apresentadas apenas comprovam os destaques já enunciados, contudo tornam-se assim mais fácil de ser estudos. <br />Por outro lado, debatemo-nos novamente com a pouca utilização das Energias Renováveis, neste caso da energia solar, tendo em conta os benefícios deste tipo de sistemas.<br />Posteriormente estudaremos as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas, que mesmo sendo uma percentagem reduzida, torna-se alarmante devido à problemática retratada. <br />Gráfico 12 - No concelho, o aquecimento das águas sanitárias é realizado usando como fonte (%)<br />Por outro lado, dentro destas fontes de energias, podemos utilizar vários equipamentos. Face aos resultados obtidos, apresentamos os seguintes gráficos:<br />                               Gráfico 13 - (...) Gás... através de...                                   Gráfico 14 - (...) Gasóleo... através de...<br />Gráfico 15 - (...) Electricidade ... através de ...<br />                     Gráfico 16 - (...) Energia Solar... através de...                             Gráfico 17 - (...) Lenha... através de...<br />           De notar a utilização da lenha, com percentagem acima do gasóleo devido ao facto das pessoas serem portadoras deste material sólido. <br />Por outro lado, destaque ainda para o Esquentador (dentro do gás), Caldeira (dentro do gasóleo), Termoacumulador (dentro da electricidade), do Painel Solar (dentro da energia solar) e da Lareira (dentro da lenha).<br />Sendo o gás e a lenha os mais utilizados  bem como o esquentador e a lareira, estes servem como indicador das fracas condições habitacionais em Viera do Minho. <br />Por outro lado, destaque para a elevada taxa de abstenção, que poderá distorcer (um pouco) os resultados. Mesmo assim, estes justificam-se com as fracas condições estruturais das habitações do concelho.<br />Uma das vertentes também estudada foram as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas de aquecimento das águas. <br />Assim, passemos a analisar os resultados obtidos:<br />Gráfico 18 - (...) Habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas<br />Segundo os Censos de 2001, existiam 668 habitações em Vieira do Minho sem condições para tomar banho, correspondente a 14,8% e 245 sem água, correspondente a 5,5%. <br />Estes números diminuíram substancialmente, e mesmo sendo reduzidos, funcionam como um alarme para as condições desfavoráveis em que alguns vieirenses vivem. Assim e perante a gravidade deste assunto (viver sem qualquer tipo destes sistemas de aquecimento de águas), estas habitações deveriam ser identificadas e rapidamente ajudadas. <br />Questão 2.1. Relativamente a despesas de aquecimento das águas gasta, mensalmente:<br />2245360398145Segundo a DGEG, a produção de água quente é o segundo maior factor de consumo de energia nas nossas casas: 26% do consumo energético total. Assim, e devido às debilidades económicas dos dias de hoje, é natural que esta situação  aconteça. Por outro lado, de notar a distribuição pelo vários preços escalados, sinal de alguma desigualdade social na hora da utilização, bem como no posterior pagamento.<br /> <br />Gráfico 19 - No concelho, despesas mensais de aquecimento das águas (%)<br />Questão 3. O aquecimento/arrefecimento e realizado usando como fonte … através de…<br />Outra das grandes questões remete-nos para a distribuição das energias para o aquecimento e arrefecimento das habitações.<br />Os resultados obtidos relativos ao aquecimento foram os seguintes: <br />Gráfico 20 - O aquecimento é realizado usando como fonte (%)<br />           <br />               Analisando os resultados, a Lenha é claramente o combustível mais utilizado em todas as freguesias, com excepção para Soengas, onde o Gasóleo de destaca, ainda que em números reduzidos. Por outro lado, destaque para Eira Vedra no uso de Electricidade, Soutelo no Gás e Energia Solar em Ventosa.<br />Passando novamente para um panorama geral do concelho, obtemos os seguintes resultados:<br />Gráfico 21 - No concelho, o aquecimento/arrefecimento é realizado usando como fonte (%)<br />Contrariamente à questão do aquecimento das águas (onde o gás tem uma significativa percentagem superior às restantes), aqui é a Lenha a tomar essa posição de destaque. Electricidade, Gasóleo e Gás ocupam as posições seguintes.<br />O destaque deste combustível sólido (Lenha) justifica-se devido ao facto de os inquiridos serem possuidores deste tipo de material. Se estudarmos o preço da madeira, veremos que os gastos são significativos, e por vezes, até superiores, quando comparados com os outros.<br />Tal como na questão anterior, a Energia Solar apresenta uma percentagem bastante baixa. Além disso, a categoria “não possuo” apresenta um número bastante significativo, pois cerca de 2% das habitações vieirenses não possuem nenhum deste tipo de sistemas de aquecimento. <br />Se estudarmos novamente o tipo de equipamentos utilizados nas diversas fontes, obtemos os seguintes resultados:<br />                     ..      Gráfico 22 - (...) Gás... através de...                                        Gráfico 23 – (…) Gasóleo... através de…<br />Gráfico 24 - (...) Electricidade... através de...<br />                            Gráfico 25 - (...) Energia Solar... através de...                                Gráfico 26 - (...) Lenha... através de...<br />Segundo a DGEG, o abastecimento de energia primária em 2008 distribuía-se da seguinte maneira:<br />52% para o Petróleo;<br />18% para as Energias Renováveis;<br />17% para o Gás;<br />10% para os Combustíveis Sólidos;<br />3% para os Outros;<br />Estes dados sustentam a forte utilização do gasóleo, contudo são números inferiores quando comparados na vertente do gás, combustíveis sólidos (lenha) e, principalmente, das Energias Renováveis. <br />Estes resultados não se relacionam apenas com os desta questão, mas também com os da anterior.<br />Se estudarmos outra vertente, as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas, ou seja, aquelas que não possuem nenhum sistema de aquecimento nas suas habitações, obtivemos a seguinte distribuição.<br />Gráfico 27 – (…) Habitações que não possuem nenhum destes sistemas<br />Somado o total de habitações, possuímos 81 com este tipo de condições! Assim, quer no Verão, mas principalmente no Inverno, estas habitações não estão preparadas para possibilitar aos residentes as condições necessárias para conseguir resistir às vagas de frio.<br />           Este número, mesmo parecendo reduzido (quando comparado com os 4231 inquiridos) torna-se significativo quando comparado com a problemática que estamos a tratar. Estas habitações estão directamente relacionadas com o índice de desenvolvimento das habitações vieirenses, bem como do próprio Concelho.<br />Questão 3.1. Relativamente a despesas de aquecimento gasta, mensalmente, de Novembro a Janeiro:<br />3410585546735Numa análise do gráfico, verificamos alguma divisão das percentagens, com especial incidência para a escala 0€ - 50€ e 50 € - 100€. Mesmo assim, os escalões mais utilizados são os mais inferiores. Deste modo, torna-se visível algum cuidado da população em reduzir alguns dos seus custos.<br />Mesmo assim, cerca de 15% do consumo de electricidade de uma família portuguesa é destinado ao aquecimento do ambiente. Contudo, aqui não comparamos apenas os gastos com a electricidade, mas sim toda a despesa no aquecimento das habitações. Mesmo assim, e tendo em conta as dificuldades económicas dos dias de hoje, torna-se preponderante uma atenção no modo como gastamos o nosso dinheiro. Se tomarmos a opção correcta, talvez possamos reduzir (talvez substancialmente) a nossa factura mensal.<br />Gráfico 28 - Despesas mensais de aquecimento (Novembro a Janeiro)<br />(…) Noutros meses, em média, gasta:<br />Outra comparação pertinente era a comparação entre os valores gastos nos meses acima referidos (Novembro a Janeiro) com os restantes meses do ano. Seguem-se os resultados.<br />Gráfico 29 - Média de despesas de aquecimento (noutros meses)<br />MÉDIA DO CONCELHO: 45,6€/mês<br />Se compararmos o valor médio do concelho (45,6 € gastos por mês), este enquadra-se na escala mais utilizada entre os meses de Novembro a Janeiro (de 0 € - 50€), o que não deveria acontecer. <br />Estes valores justificam-se com a elevada taxa de abstenção das respostas, 68,4%, e não dão consistência aos resultados obtidos, mas demonstram que, de um modo geral, a população não consegue distinguir os valores pagos nos diferentes meses do ano.  <br />Questão 3.2. Relativamente a despesas de aquecimento gasta, mensalmente, de Junho a Agosto:<br />2599690368935A escala de 0€ - 50€ destaca-se claramente das outras. Por outro lado, as escalas mais superiores, acima dos 100 €, assumem pouca expressão. Tendo em conta estes valores e a taxa de abstenção (29%), podemos concluir que o arrefecimento da habitação não é a principal preocupação dos vieirenses. <br />Segundo a Agência de Energia do Seixal, em média, um sistema de ar condicionado gasta entre 6,21€ a 26,60€ por mês. Estes valores sustentam os valores referenciados acima, visto se encontrarem dentro da escala com maior incidência. <br />Gráfico 30 - Despesas mensais de aquecimento de arrefecimento (Junho a Agosto)<br />(…) Noutros meses, em média, gasta:<br />        Outra comparação também pertinente era a comparação entre os valores gastos nos meses acima referidos (Junho a Agosto) com os restantes meses do ano. Seguem-se os resultados: <br />Gráfico 31 - Média de despesas de arrefecimento (noutros meses)<br />MÉDIA DO CONCELHO: 6,7€/mês<br />Se compararmos o valor médio do concelho (6,7 € gastos por mês) este enquadra-se na escala mais utilizada entre os meses de Junho a Agosto (de 0 € - 50€), contudo apenas com valores inferiores, o que se torna plausível, visto que o tempo arrefece e torna-se dispensável o arrefecimento.<br />           Contudo, estes valores voltam a debater-se com a elevada taxa de abstenção das respostas, 65,9%, e, logicamente, não dão consistência aos resultados obtidos, mas demonstram que, de um modo geral, a população não consegue distinguir os valores pagos nos diferentes meses do ano.  <br />Questão 4. Relativamente à electricidade, usa a tarifa:<br />         Outra questão pertinente de abordar é o cuidado que os vieirenses têm com a tarifa da electricidade. Os resultados foram os seguintes:<br />Gráfico 32 - Em relação à electricidade, usa a tarifa (%)<br />Através do gráfico, percebemos diferentes cuidados neste ponto. Freguesias, como Soengas, Salamonde, Soutelo, Vieira do Minho, Cova e Campos (todas acima dos 20%) têm cuidados com as tarifas superiores às restantes. Por outro lado, Vilarchão, Rossas, Guilhofrei e Anissó apresentam mais descuidado neste ponto (todas abaixo dos 10%). <br />416306048895A nível do Concelho, obtemos os seguintes resultados:<br />A conta da electricidade é, para grande parte dos inquiridos, a factura mensal mais elevada e, como tal, todos eles, certamente, gostavam de ver essa despesa diminuída. <br />Assim sendo, e vistos os benefícios, principalmente económicos, da tarifa bi-horária, uma boa solução seria sensibilizar as pessoas para a utilização deste tarifa. Alguma diferença na factura mensal da electricidade poderá tornar-se importante e, certamente, bem-vinda.<br />Gráfico 33 - Usa a tarifa<br />Questão 4.1. Que tipos de lâmpadas usa?<br />A luz faz parte da nossa vida. Por esta razão é uma das necessidades energéticas mais importantes nos nossos lares, representando cerca 20% da electricidade que consumimos em casa. O tipo de lâmpadas influencia estes gastos. Assim, estudemos os seguintes resultados:<br />Gráfico 34 - Que tipos de lâmpadas usa(%)<br />Rapidamente, destacamos, pela negativa, as freguesias de Campos, Vilarchão e Salamonde, onde as lâmpadas de alta potência têm percentagem de utilização maiores que as de baixo consumo. Por outro lado, em freguesias, como Soutelo, este tipo de lâmpadas já se encontra bastante implementado (cerca de 81,8%).<br />Gráfico 35 - Que tipos de lâmpadas usa3646805252095Passando novamente para o nível concelhio, verificamos os seguintes resultados:<br />Vieira do Minho encontra-se, neste aspecto, bem explorada. Assim, e mesmo podendo aumentar esta percentagem, os vieirenses já têm o cuidado na comprada de lâmpadas de baixo consumo para as suas habitações. Como já vimos, este é um dos pontos que ajuda a baixar a factura mensal. Mesmo assim, devemos manter esta dinâmica, aumentado, se possível, este número percentual.<br />Para um nível idêntico de iluminação, as lâmpadas de baixo consumo poupam até 80% de energia e duram 8 vezes mais. As lâmpadas convencionais incandescentes só aproveitam em iluminação cerca de 5% da energia eléctrica que consomem. Os restantes 95% são transformados em calor, sem aproveitamento luminoso.<br />Um cuidado simples de efectuar que, no final de um ano, pode significar uma poupança bastante significativa. <br />Questão 4.2. Os electrodomésticos que tem em sua casa são maioritariamente da classe:<br />Por ventura, muitas pessoas não dão importância à classe dos electrodomésticos, ou por desconhecimento, ou por acharem que não conseguem recuperar o dinheiro investido. Passemos a estudar os resultados no concelho de Vieira do Minho:<br /> <br />Gráfico 36 - Classe dos electrodomésticos (%)<br />Como podemos constatar, a classe A é, largamente, aquela com maior número percentual de respostas. Estes resultados (e mesmo não sendo a classe mais eficiente na etiqueta energética) são bastante positivos e até relativamente anormais no Concelho. Mesmo assim, estes resultados demonstram algum cuidado dos vieirenses na compra dos seus electrodomésticos, procurando os de maior eficiência na etiqueta energética.<br />Um exemplo prático: uma máquina de lavar roupa de classe B pode consumir cerca de 21% a mais de energia do que uma de classe A. <br />Questão 4.3. Usa comportamentos que visam a redução do Stanby Power?<br />A sua casa pode estar a consumir cerca de €10 a €50 por ano desnecessariamente! Este dinheiro pode ser reduzido, se tivermos alguns cuidados como o programa chamado Standby Power.<br />Gráfico 37 - Usa comportamentos que visam a redução do Standby Power (%)1862455189230Nesta pergunta, podemos verificar resultados positivos: 73% das residentes das habitações inquiridas preocupam-se em reduzir os comportamentos do Standby Power. Nesta percentagem, incluem-se os que possuem electrodomésticos programados para o efeito e ainda aqueles que procuram desligar por completo os aparelhos. Existem tecnologias que conseguem reduzir o consumo em Standby Power em 90%, contudo não é esta a opção mais solicitada. Geralmente, os vieirenses procuram, eles próprios, desligar os aparelhos, desligando por completo o consumo de energia nestas horas.<br />Questão 4.4. Relativamente a despesas de electricidade gasta, mensalmente:<br />1670685498475Uma das maiores facturas mensais é, certamente, a da electricidade. Dificilmente nós gostamos do que pagamos, e procuramos pagar sempre menos. Assim sendo, passemos a estudar estes resultados: <br />Gráfico 38 - Despesas mensais de electricidadeA maior margem percentual reside, notoriamente, para os valores entre os 0€ - 50€, e posteriormente, entre 50€ - 100€. Estes resultados apenas confirmam o já enunciado. Estes números podem parecer elevados, mas tornam-se aceitáveis, devido às escalas escolhidas, bem como à realidade dos dias de hoje, onde a electricidade é um bem essencial. Em 2001, segundo os Censos, existiam 51 habitações sem electricidade (cerca de 1.13%), contudo, hoje já dificilmente vivemos sem recurso a esta fonte de energia.<br />Questão 5. Quantos anos tem a sua habitação?<br />Outra das problemáticas remete-nos para a idade das habitações. Nesta pergunta, seria pertinente, por ventura, estudar se estas foram, ou não, melhoradas, mesmo assim, seguem-se os resultados:<br />Gráfico 39 - Média idade das habitações<br />MÉDIA DE IDADE DO CONCELHO: 30 anos<br />Destaque para a freguesia da Ventosa, que possui um parque habitacional relativamente novo, bom como Vieira do Minho (como seria de esperar). Facilmente podemos associar estes resultados às percentagens de Energias Renováveis nestas freguesias. Pela negativa, destaque para Pinheiro, Campos, Cova e Guilhofrei.<br />23196551905Analisemos o seguinte gráfico do INE:<br />Gráfico 40 - Nº de edifícios por época de construção, INE, 2009Através de uma rápida analise, verificamos que a maior percentagem de edifícios do Norte do país foram construídos entre 1981 e 2000. Se a 2011 (ano em que foi realizado o estudo) retirarmos 30 anos (média de idade das habitações do Concelho) concluímos que estas foram construídas em 1981 – que se encontra nos valores referenciados acima.<br />Estes números encontrados devem estar directamente ligados aos índices de desenvolvimento das habitações. É normal que se elas são mais recentes, terão melhores condições estruturais.<br />Questão 5.1. Na elaboração do projecto da sua habitação teve em atenção?<br />Para conseguirmos as melhores condições, quer de conforto, quer se segurança, devemos apostar de forma eficaz, não só na manutenção, mas também ao longo da construção da casa. Existem outros cuidados, a ter em consideração: consultar um especialista, verificar a qualidade do material,  estudar os melhores isolamentos, verificar as entradas. Os resultados foram os seguintes:<br />Gráfico 41 - Na elaboração do projecto da sua habitação, teve em atenção (%)<br />É difícil escalar qual dos procedimentos é o mais importante, contudo vemos alguma diferença nas preferências dos habitantes das diferentes freguesias. Contudo, pode-se observar já algum cuidado no momento da construção. Mesmo assim, os habitantes de Anjos preferem consultar um especialista, os de Soengas dão mais importância às entradas. Destaque pela negativa de algumas taxas de abstenção, que podem significar que as pessoas não sabem os cuidados que tiveram, ou não tiveram nenhum. Neste aspecto, realce para Anissó, Cova, Guilhofrei, Rossas e até Vieira do Minho, que ,curiosamente, não se destaca positivamente neste ponto.<br />2496185345440Passando para o nível concelhio, obtemos estes resultados:<br />É possível conseguir poupanças superiores a 30%, caso se instalem toldos nas janelas mais expostas ao sol e isolando adequadamente paredes e tectos. <br />Gráfico 42 - No concelho, na elaboração da sua habitação, teve em atenção (%)De facto, nota-se já algum cuidado com as habitações, contudo, e devido ao parque habitacional ser razoavelmente antigo, a taxa de abstenção pode estar ligado, como referimos, à falta de cuidados que marcava a construção das habitações antigas. Por norma, as novas habitações, tomam todos estes procedimentos.<br />Questão 5.2. Relativamente às suas entradas possuem:<br />Cerca de 25% a 30% das nossas necessidades de aquecimento são devido às perdas de calor que se originam nas janelas. Assim, achamos preponderante estudar as propriedades das entradas das habitações vieirenses.<br />Gráfico 43 - Relativamente às suas entradas, possuem(%)<br />Neste item, verificamos dois cuidados que se destacam claramente: utilização de parede e vidro duplos, com realce para a primeira. Ruivães destaca-se pelo uso do vidro duplo. Eira Vedra e Ruivães salientam-se, negativamente, pela elevada taxa de abstenção.<br />338137558420<br />Um ponto claramente contrastante é a taxa de abstenção  mais reduzida nesta questão do que na anterior. Se apenas 20,5 % dos inquiridos responderam que tiveram cuidado com as janelas, não seria de esperar estes resultados. Tal facto, demonstra grande desconhecimento dos habitantes. <br />Por outro lado, como já foi referido, a parede dupla e o vidro duplo são largamente os mecanismos mais utilizados. Os sistemas de vidro duplo ou janela dupla reduzem, praticamente, para metade as perdas de calor face ao vidro normal.<br />Gráfico 44 - As suas entradas possuem (%)<br /> <br />Questão 5.3. Relativamente à sua cobertura possui:<br />A nossa cobertura também é um dos aspectos que pode influenciar, positiva ou negativamente, os gastos energéticos. A utilização da tela deve-se normalmente a factores estéticos, mas também económicos, principalmente a nível energético. <br />Gráfico 45 - Relativamente à sua cobertura, possuem (%)<br />Facilmente podemos constatar que o sistema predominante é a telha. Mesmo assim, freguesias como Ventosa e Vieira do Minho (novamente aquelas com a média de idade mais baixa) destacam-se no uso da telha, em relação às restantes. <br />Se estudarmos a distribuição das telas pelas freguesias, obtemos este gráfico:<br />Gráfico 46 - Habitações com tela<br />4984750333375<br />Destaque evidente para Vieira do Minho, e posteriormente para Eira Vedra, Rossas e Ventosa, mas como a densidade populacional nestas freguesias é maior, apenas Vieira do Minho e Ventosa se destacam a nível percentual.<br />Por fim, a nível concelhio, obtemos a seguinte distribuição:<br />Gráfico 47 - No concelho, a sua cobertura, possui:<br />(…) Com isolamento:<br />O correcto isolamento das superfícies pode reduzir até 30% do consumo de energia. Assim, é importante, não só estudar os sistemas utilizados, mas também a utilização ou não deste isolamentos na cobertura. Relativamente à utilização de estes isolamentos obtemos este gráfico:<br />Gráfico 48 - (...) Com Isolamento(%)<br />Com especial incidência para a resposta não, destacam-se as freguesias de Parada de Bouro, Ventosa e Vieira do Minho, onde houveram mais respostas afirmativas. Novamente Vieira do Minho e Ventosa voltam a estar em destaque pela positiva. Pela negativa, destaca-se Campos, Anissó e Salamonde, visto que as repostas negativas, nestas freguesias, ultrapassam os 70%.<br />(…) Qual?<br /> <br />1731645329565Quando questionados sobre o isolamento que utilizam na sua cobertura (se é que utilizam), destaque para o poliestereno e lã de vidro. Contudo, a taxa de abstenção desta questão também foi elevado, cerca de 74,7%. Esta taxa demonstra novamente desconhecimento dos materiais existentes nas habitações e ainda algum desinteresse.<br />Gráfico 49 - No concelho, Isolementos utilizados na cobertura<br />Questão 5.4. Relativamente à sua parede exterior possui:<br />Por último, estudámos as paredes exteriores das habitações vieirenses. Assim, reformulámos uma pergunta sobre a existência de parede dupla. Os resultados obtidos foram os seguintes:<br />Gráfico 50 - Possui parede dupla(%)<br />Na questão 5.2, 52% dos inquiridos responderam que tinham parede dupla. Agora, reformulada a questão, 61% possuem parede dupla. Mesmo não sendo uma diferença muito significativa, isto demonstra algum desinteresse e falta de atenção no momento da realização do inquérito. <br />Mesmo assim, destaque, pela negativa, para Campos, Cova, Guilhofrei, Mosteiro e Vilarchão, onde as percentagens negativas ultrapassam as positivas.<br />Destaque para Caniçada, Parada de Bouro, Salamonde e Ventosa visto ultrapassam a percentagem de 70% de respostas positivas.<br />(…) Com isolamento?<br />Novamente, deparámo-nos com o interesse, não só dos sistemas usados, mas também o isolamento, ou não, dos mesmos. Para utilização das paredes duplas, e posterior isolamento, obtivemos os seguintes resultados:<br />3159760157480         <br /> Estes resultados, confirmam a percentagem positiva enunciada na página anterior de respostas positivas, cerca de 61%. Quando questionados sobre a utilização, ou não, de isolamentos, 64% dos inquiridos que responderam na anterior, responderam afirmativamente nesta. <br />Gráfico 51 - Possui parede dupla(%)?Neste gráfico decidimos não colocar as taxas de abstenção para facultar a leitura, contudo esta foi de 5% no 1º gráfico, e 16% no 2ºgráfico.<br />(…) Qual?<br />Gráfico 52 - Isolamentos utilizados na parede exterior1390015206375Por fim, quando questionados sobre o isolamento que utilizam da sua parede dupla, destaque para o poliestereno e esferovite. Contudo, a taxa de abstenção desta questão também foi elevado, cerca de 57,6%. Esta taxa demonstra, novamente, desconhecimento, quer dos materiais existentes nas habitações, quer para este conteúdo.<br />
Iii   apresentação e discussão dos resultados
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  • 1. III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />Questão 1. Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?<br />Esta questão foi das mais importantes para o grupo, dada a ligação com o projecto trabalhado durante o ano. Assim sendo, os resultados obtidos, comparando todas as freguesias, foram os seguintes:<br />Gráfico 4 - Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?right41275Na análise destes dados, podemos concluir, desde já, a ainda pouca utilização das fontes de energia renovável. Contudo, há que destacar as freguesias onde estas são mais abundantes: Eira Vedra, Soengas, Ventosa e Vieira do Minho. A freguesia que mais se destaca é Ventosa com 9,5%. Vieira do Minho apresenta uma percentagem de equipamentos cuja fonte são as energias renováveis de 7,3%<br /> Passando para um panorama concelhio, obtemos os seguintes resultados:<br />Os valores apresentados confirmam as conclusões acima referidas. Alem disso, estas são justificadas com os dados apresentados pela DGEG: O abastecimento de Energia Primária no nosso país também cresceu visivelmente desde 1990 em cerca de 55%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento do abastecimento de petróleo (29% desde 1990) e de combustíveis sólidos (31% desde 1990). <br />3808730327660Vieira do Minho não fugiu a esta subida, bem pelo contrário, encontra-se aqui bem evidenciada. Por outro lado, também podemos visualizar a baixa utilização da energia renovável em comparação com os números nacionais. Actualmente, enquanto Portugal encontra-se nas energias renováveis acima de 17% das suas necessidades, Vieira do Minho apenas 4,3%. Mesmo assim, o governo estabeleceu um objectivo de encontrar 31 % das nossas necessidades de energia de fontes renováveis antes de 2020. Vieira do Minho terá de tomar medidas fortes para atingir este objectivo nacional. Por outro lado, Vieira do Minho ainda possui todas as condições para a prática usual deste tipo de energias: vento, sol e água…<br />Gráfico 5 - Possui algum equipamento cuja fonte seja as energias renováveis?<br />Ainda no campo das Energias Renováveis, passemos a estudar a distribuição do número de habitações com energias renováveis no Concelho, no seguinte gráfico:<br />Gráfico 6 - Nº de habitações alimentadas a Energias Renováveis<br />Claramente, Vieira do Minho e Rossas destacam-se neste parâmetro (Rossas não é das freguesias com maior percentagem deste tipo de fonte de energia), contudo este número está ligado com a densidade populacional destas freguesias, tendo as duas o maior número de habitantes. Pela negativa, destacam-se freguesias como Cova, Anjos e Vilarchão, com baixíssimo número de habitações deste tipo. <br />Questão 1.1. Se não, indique se possui pré-instalação para equipamentos alimentados a energias renováveis<br />Uma questão não menos importante de estudar é a capacidade das habitações possuírem condições para acolher equipamentos cujas fontes sejam provenientes de Energias Renováveis. De salientar que o universo desta questão são os inquiridos que responderam “não” na questão anterior.<br />Visto Vieira do Minho não se encontrar nos valores apresentados pelo país, estas habitações podem constituir uma boa solução de nos aproximarmos nos valores acima indicados.<br />Assim sendo, obtemos o seu gráfico de resultados:<br />Gráfico 7 – (…) Se não, indique se possui pré-intalação?<br />O quadro de resultados, como podemos visualizar, volta a não ser dos mais favoráveis para o Conselho, isto é, a percentagem média com habitações com este tipo de instalações é bastante baixa. Neste campo, destacam-se Caniçada, Cova, Parada de Bouro e Ventosa. A percentagem máxima obtida foi em Ventosa, pois cerca de 10,6% responderam “sim”. A sede do concelho apresenta uma percentagem de 4,9 de respostas positivas. Assim sendo, a percentagem de respostas positivas no concelho foi de 3,8.<br />Passando para um visão numérica destas habitações, voltam-se a destacar Rossas e Vieira do Minho pelas mesmas razões, como podemos visualizar no gráfico abaixo representado.<br /> <br />Gráfico 8 - Nº de habitações com pré-instalação<br />Pela negativa, destacam-se neste campo: Anjos, Campos, Pinheiro, Salamonde e Soengas, entre outras. <br />Tratando-se este tipo de instalações um projecto para o futuro, os vieirenses deveriam apostar mais neste tipo de tecnologias para fomentar a utilização de energia num curto espaço de tempo.<br />Questão 1.2. Se sim, quais as fontes dos equipamentos?<br />Gráfico 9 - (...) Se sim, quais as fontes dos equipamentos?2909570501650Outra problemática interessante de tratar é a distribuição das habitações, com equipamentos alimentados por Energias Renováveis. Os resultados obtidos foram os esperados, com especial incidência, como é normal, para a Energia Solar. O gráfico abaixo demonstra o referido.<br />A energia proveniente da fonte de energia eólica representa em Portugal 8% (dados de Setembro de 2007). Globalmente, a energia produzida através de desta fonte mais que quadruplicou entre 1999 e 2005. Assim sendo e visto as condições da nossa região, esta deveria ser mais fomentada e trabalhada no nosso Concelho, visto ser das menos utilizadas. A explicação para este facto deve-se ao pouco desenvolvimento desta fonte no campo da habitação.<br />Mesmo assim, a Energia Solar, como é normal, é claramente a mais utilizada.<br /> Fazendo uma análise da distribuição das habitações com este tipo de fonte de energia, deparámo-nos com o seguinte gráfico;<br />Gráfico 10 - Habitações com fonte de Energia Solar<br />Destaque nesta situação para Vieira do Minho (como era de esperar pelas razoes já apontadas), mas também para Eira Vedra, evidenciando-se claramente das outras freguesias, mesmo das com maior densidade populacional. Mesmo assim, este tipo de fonte de energia continua a ser pouco explorada no Concelho, e, sendo aquela com maior influência no ramo doméstico, deveria ser muito mais procurada. <br />Logicamente, aqui entram as dificuldades que provêm para obtenção destes equipamentos, principalmente as financeiras, quando estas deveriam ser superadas, com vista a reduções significativas no futuro, não só importantes para o ambiente, como para as carteiras dos portugueses.<br /> Segundo algumas opiniões, estima-se que daqui a alguns anos (cerca de duas décadas) metade das habitações do país utilizem esta fonte de energia. Vieira do Minho volta-se a encontrar abaixo deste números e sem perspectivas de melhorias.<br />Questão 2: O aquecimento das aguas sanitárias é realizado usando como fonte … através de …<br /> O aquecimento de água sanitária é um processo no qual é consumido uma grande quantidade de energia, aproximadamente 50% da factura energética, e como tal torna-se importante estudar a distribuição desses gastos. Segue-se o gráfico dos dados obtidos.<br />Gráfico 11 - O aquecimento das águas sanitárias é realizado usando como fonte...<br />Como facilmente constatamos, o Gás é o sistema de aquecimento mais utilizado, seguindo-se a Lenha e o Gasóleo. Destaque também para a utilização do Gasóleo na freguesia de Soengas, da Lenha em Anisso e Vilarchão. Por outro lado, comprovamos os dados relativos às Energias Renováveis, visto o destaque, neste capítulo, de Soengas, Eira Vedra, Ventosa e Vieira do Minho.<br /> Assim, passando para um panorama mais geral, obtemos os seguintes resultados:<br />2245360476250As percentagens apresentadas apenas comprovam os destaques já enunciados, contudo tornam-se assim mais fácil de ser estudos. <br />Por outro lado, debatemo-nos novamente com a pouca utilização das Energias Renováveis, neste caso da energia solar, tendo em conta os benefícios deste tipo de sistemas.<br />Posteriormente estudaremos as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas, que mesmo sendo uma percentagem reduzida, torna-se alarmante devido à problemática retratada. <br />Gráfico 12 - No concelho, o aquecimento das águas sanitárias é realizado usando como fonte (%)<br />Por outro lado, dentro destas fontes de energias, podemos utilizar vários equipamentos. Face aos resultados obtidos, apresentamos os seguintes gráficos:<br /> Gráfico 13 - (...) Gás... através de... Gráfico 14 - (...) Gasóleo... através de...<br />Gráfico 15 - (...) Electricidade ... através de ...<br /> Gráfico 16 - (...) Energia Solar... através de... Gráfico 17 - (...) Lenha... através de...<br /> De notar a utilização da lenha, com percentagem acima do gasóleo devido ao facto das pessoas serem portadoras deste material sólido. <br />Por outro lado, destaque ainda para o Esquentador (dentro do gás), Caldeira (dentro do gasóleo), Termoacumulador (dentro da electricidade), do Painel Solar (dentro da energia solar) e da Lareira (dentro da lenha).<br />Sendo o gás e a lenha os mais utilizados bem como o esquentador e a lareira, estes servem como indicador das fracas condições habitacionais em Viera do Minho. <br />Por outro lado, destaque para a elevada taxa de abstenção, que poderá distorcer (um pouco) os resultados. Mesmo assim, estes justificam-se com as fracas condições estruturais das habitações do concelho.<br />Uma das vertentes também estudada foram as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas de aquecimento das águas. <br />Assim, passemos a analisar os resultados obtidos:<br />Gráfico 18 - (...) Habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas<br />Segundo os Censos de 2001, existiam 668 habitações em Vieira do Minho sem condições para tomar banho, correspondente a 14,8% e 245 sem água, correspondente a 5,5%. <br />Estes números diminuíram substancialmente, e mesmo sendo reduzidos, funcionam como um alarme para as condições desfavoráveis em que alguns vieirenses vivem. Assim e perante a gravidade deste assunto (viver sem qualquer tipo destes sistemas de aquecimento de águas), estas habitações deveriam ser identificadas e rapidamente ajudadas. <br />Questão 2.1. Relativamente a despesas de aquecimento das águas gasta, mensalmente:<br />2245360398145Segundo a DGEG, a produção de água quente é o segundo maior factor de consumo de energia nas nossas casas: 26% do consumo energético total. Assim, e devido às debilidades económicas dos dias de hoje, é natural que esta situação aconteça. Por outro lado, de notar a distribuição pelo vários preços escalados, sinal de alguma desigualdade social na hora da utilização, bem como no posterior pagamento.<br /> <br />Gráfico 19 - No concelho, despesas mensais de aquecimento das águas (%)<br />Questão 3. O aquecimento/arrefecimento e realizado usando como fonte … através de…<br />Outra das grandes questões remete-nos para a distribuição das energias para o aquecimento e arrefecimento das habitações.<br />Os resultados obtidos relativos ao aquecimento foram os seguintes: <br />Gráfico 20 - O aquecimento é realizado usando como fonte (%)<br /> <br /> Analisando os resultados, a Lenha é claramente o combustível mais utilizado em todas as freguesias, com excepção para Soengas, onde o Gasóleo de destaca, ainda que em números reduzidos. Por outro lado, destaque para Eira Vedra no uso de Electricidade, Soutelo no Gás e Energia Solar em Ventosa.<br />Passando novamente para um panorama geral do concelho, obtemos os seguintes resultados:<br />Gráfico 21 - No concelho, o aquecimento/arrefecimento é realizado usando como fonte (%)<br />Contrariamente à questão do aquecimento das águas (onde o gás tem uma significativa percentagem superior às restantes), aqui é a Lenha a tomar essa posição de destaque. Electricidade, Gasóleo e Gás ocupam as posições seguintes.<br />O destaque deste combustível sólido (Lenha) justifica-se devido ao facto de os inquiridos serem possuidores deste tipo de material. Se estudarmos o preço da madeira, veremos que os gastos são significativos, e por vezes, até superiores, quando comparados com os outros.<br />Tal como na questão anterior, a Energia Solar apresenta uma percentagem bastante baixa. Além disso, a categoria “não possuo” apresenta um número bastante significativo, pois cerca de 2% das habitações vieirenses não possuem nenhum deste tipo de sistemas de aquecimento. <br />Se estudarmos novamente o tipo de equipamentos utilizados nas diversas fontes, obtemos os seguintes resultados:<br /> .. Gráfico 22 - (...) Gás... através de... Gráfico 23 – (…) Gasóleo... através de…<br />Gráfico 24 - (...) Electricidade... através de...<br /> Gráfico 25 - (...) Energia Solar... através de... Gráfico 26 - (...) Lenha... através de...<br />Segundo a DGEG, o abastecimento de energia primária em 2008 distribuía-se da seguinte maneira:<br />52% para o Petróleo;<br />18% para as Energias Renováveis;<br />17% para o Gás;<br />10% para os Combustíveis Sólidos;<br />3% para os Outros;<br />Estes dados sustentam a forte utilização do gasóleo, contudo são números inferiores quando comparados na vertente do gás, combustíveis sólidos (lenha) e, principalmente, das Energias Renováveis. <br />Estes resultados não se relacionam apenas com os desta questão, mas também com os da anterior.<br />Se estudarmos outra vertente, as habitações que não possuem nenhum deste tipo de sistemas, ou seja, aquelas que não possuem nenhum sistema de aquecimento nas suas habitações, obtivemos a seguinte distribuição.<br />Gráfico 27 – (…) Habitações que não possuem nenhum destes sistemas<br />Somado o total de habitações, possuímos 81 com este tipo de condições! Assim, quer no Verão, mas principalmente no Inverno, estas habitações não estão preparadas para possibilitar aos residentes as condições necessárias para conseguir resistir às vagas de frio.<br /> Este número, mesmo parecendo reduzido (quando comparado com os 4231 inquiridos) torna-se significativo quando comparado com a problemática que estamos a tratar. Estas habitações estão directamente relacionadas com o índice de desenvolvimento das habitações vieirenses, bem como do próprio Concelho.<br />Questão 3.1. Relativamente a despesas de aquecimento gasta, mensalmente, de Novembro a Janeiro:<br />3410585546735Numa análise do gráfico, verificamos alguma divisão das percentagens, com especial incidência para a escala 0€ - 50€ e 50 € - 100€. Mesmo assim, os escalões mais utilizados são os mais inferiores. Deste modo, torna-se visível algum cuidado da população em reduzir alguns dos seus custos.<br />Mesmo assim, cerca de 15% do consumo de electricidade de uma família portuguesa é destinado ao aquecimento do ambiente. Contudo, aqui não comparamos apenas os gastos com a electricidade, mas sim toda a despesa no aquecimento das habitações. Mesmo assim, e tendo em conta as dificuldades económicas dos dias de hoje, torna-se preponderante uma atenção no modo como gastamos o nosso dinheiro. Se tomarmos a opção correcta, talvez possamos reduzir (talvez substancialmente) a nossa factura mensal.<br />Gráfico 28 - Despesas mensais de aquecimento (Novembro a Janeiro)<br />(…) Noutros meses, em média, gasta:<br />Outra comparação pertinente era a comparação entre os valores gastos nos meses acima referidos (Novembro a Janeiro) com os restantes meses do ano. Seguem-se os resultados.<br />Gráfico 29 - Média de despesas de aquecimento (noutros meses)<br />MÉDIA DO CONCELHO: 45,6€/mês<br />Se compararmos o valor médio do concelho (45,6 € gastos por mês), este enquadra-se na escala mais utilizada entre os meses de Novembro a Janeiro (de 0 € - 50€), o que não deveria acontecer. <br />Estes valores justificam-se com a elevada taxa de abstenção das respostas, 68,4%, e não dão consistência aos resultados obtidos, mas demonstram que, de um modo geral, a população não consegue distinguir os valores pagos nos diferentes meses do ano. <br />Questão 3.2. Relativamente a despesas de aquecimento gasta, mensalmente, de Junho a Agosto:<br />2599690368935A escala de 0€ - 50€ destaca-se claramente das outras. Por outro lado, as escalas mais superiores, acima dos 100 €, assumem pouca expressão. Tendo em conta estes valores e a taxa de abstenção (29%), podemos concluir que o arrefecimento da habitação não é a principal preocupação dos vieirenses. <br />Segundo a Agência de Energia do Seixal, em média, um sistema de ar condicionado gasta entre 6,21€ a 26,60€ por mês. Estes valores sustentam os valores referenciados acima, visto se encontrarem dentro da escala com maior incidência. <br />Gráfico 30 - Despesas mensais de aquecimento de arrefecimento (Junho a Agosto)<br />(…) Noutros meses, em média, gasta:<br /> Outra comparação também pertinente era a comparação entre os valores gastos nos meses acima referidos (Junho a Agosto) com os restantes meses do ano. Seguem-se os resultados: <br />Gráfico 31 - Média de despesas de arrefecimento (noutros meses)<br />MÉDIA DO CONCELHO: 6,7€/mês<br />Se compararmos o valor médio do concelho (6,7 € gastos por mês) este enquadra-se na escala mais utilizada entre os meses de Junho a Agosto (de 0 € - 50€), contudo apenas com valores inferiores, o que se torna plausível, visto que o tempo arrefece e torna-se dispensável o arrefecimento.<br /> Contudo, estes valores voltam a debater-se com a elevada taxa de abstenção das respostas, 65,9%, e, logicamente, não dão consistência aos resultados obtidos, mas demonstram que, de um modo geral, a população não consegue distinguir os valores pagos nos diferentes meses do ano. <br />Questão 4. Relativamente à electricidade, usa a tarifa:<br /> Outra questão pertinente de abordar é o cuidado que os vieirenses têm com a tarifa da electricidade. Os resultados foram os seguintes:<br />Gráfico 32 - Em relação à electricidade, usa a tarifa (%)<br />Através do gráfico, percebemos diferentes cuidados neste ponto. Freguesias, como Soengas, Salamonde, Soutelo, Vieira do Minho, Cova e Campos (todas acima dos 20%) têm cuidados com as tarifas superiores às restantes. Por outro lado, Vilarchão, Rossas, Guilhofrei e Anissó apresentam mais descuidado neste ponto (todas abaixo dos 10%). <br />416306048895A nível do Concelho, obtemos os seguintes resultados:<br />A conta da electricidade é, para grande parte dos inquiridos, a factura mensal mais elevada e, como tal, todos eles, certamente, gostavam de ver essa despesa diminuída. <br />Assim sendo, e vistos os benefícios, principalmente económicos, da tarifa bi-horária, uma boa solução seria sensibilizar as pessoas para a utilização deste tarifa. Alguma diferença na factura mensal da electricidade poderá tornar-se importante e, certamente, bem-vinda.<br />Gráfico 33 - Usa a tarifa<br />Questão 4.1. Que tipos de lâmpadas usa?<br />A luz faz parte da nossa vida. Por esta razão é uma das necessidades energéticas mais importantes nos nossos lares, representando cerca 20% da electricidade que consumimos em casa. O tipo de lâmpadas influencia estes gastos. Assim, estudemos os seguintes resultados:<br />Gráfico 34 - Que tipos de lâmpadas usa(%)<br />Rapidamente, destacamos, pela negativa, as freguesias de Campos, Vilarchão e Salamonde, onde as lâmpadas de alta potência têm percentagem de utilização maiores que as de baixo consumo. Por outro lado, em freguesias, como Soutelo, este tipo de lâmpadas já se encontra bastante implementado (cerca de 81,8%).<br />Gráfico 35 - Que tipos de lâmpadas usa3646805252095Passando novamente para o nível concelhio, verificamos os seguintes resultados:<br />Vieira do Minho encontra-se, neste aspecto, bem explorada. Assim, e mesmo podendo aumentar esta percentagem, os vieirenses já têm o cuidado na comprada de lâmpadas de baixo consumo para as suas habitações. Como já vimos, este é um dos pontos que ajuda a baixar a factura mensal. Mesmo assim, devemos manter esta dinâmica, aumentado, se possível, este número percentual.<br />Para um nível idêntico de iluminação, as lâmpadas de baixo consumo poupam até 80% de energia e duram 8 vezes mais. As lâmpadas convencionais incandescentes só aproveitam em iluminação cerca de 5% da energia eléctrica que consomem. Os restantes 95% são transformados em calor, sem aproveitamento luminoso.<br />Um cuidado simples de efectuar que, no final de um ano, pode significar uma poupança bastante significativa. <br />Questão 4.2. Os electrodomésticos que tem em sua casa são maioritariamente da classe:<br />Por ventura, muitas pessoas não dão importância à classe dos electrodomésticos, ou por desconhecimento, ou por acharem que não conseguem recuperar o dinheiro investido. Passemos a estudar os resultados no concelho de Vieira do Minho:<br /> <br />Gráfico 36 - Classe dos electrodomésticos (%)<br />Como podemos constatar, a classe A é, largamente, aquela com maior número percentual de respostas. Estes resultados (e mesmo não sendo a classe mais eficiente na etiqueta energética) são bastante positivos e até relativamente anormais no Concelho. Mesmo assim, estes resultados demonstram algum cuidado dos vieirenses na compra dos seus electrodomésticos, procurando os de maior eficiência na etiqueta energética.<br />Um exemplo prático: uma máquina de lavar roupa de classe B pode consumir cerca de 21% a mais de energia do que uma de classe A. <br />Questão 4.3. Usa comportamentos que visam a redução do Stanby Power?<br />A sua casa pode estar a consumir cerca de €10 a €50 por ano desnecessariamente! Este dinheiro pode ser reduzido, se tivermos alguns cuidados como o programa chamado Standby Power.<br />Gráfico 37 - Usa comportamentos que visam a redução do Standby Power (%)1862455189230Nesta pergunta, podemos verificar resultados positivos: 73% das residentes das habitações inquiridas preocupam-se em reduzir os comportamentos do Standby Power. Nesta percentagem, incluem-se os que possuem electrodomésticos programados para o efeito e ainda aqueles que procuram desligar por completo os aparelhos. Existem tecnologias que conseguem reduzir o consumo em Standby Power em 90%, contudo não é esta a opção mais solicitada. Geralmente, os vieirenses procuram, eles próprios, desligar os aparelhos, desligando por completo o consumo de energia nestas horas.<br />Questão 4.4. Relativamente a despesas de electricidade gasta, mensalmente:<br />1670685498475Uma das maiores facturas mensais é, certamente, a da electricidade. Dificilmente nós gostamos do que pagamos, e procuramos pagar sempre menos. Assim sendo, passemos a estudar estes resultados: <br />Gráfico 38 - Despesas mensais de electricidadeA maior margem percentual reside, notoriamente, para os valores entre os 0€ - 50€, e posteriormente, entre 50€ - 100€. Estes resultados apenas confirmam o já enunciado. Estes números podem parecer elevados, mas tornam-se aceitáveis, devido às escalas escolhidas, bem como à realidade dos dias de hoje, onde a electricidade é um bem essencial. Em 2001, segundo os Censos, existiam 51 habitações sem electricidade (cerca de 1.13%), contudo, hoje já dificilmente vivemos sem recurso a esta fonte de energia.<br />Questão 5. Quantos anos tem a sua habitação?<br />Outra das problemáticas remete-nos para a idade das habitações. Nesta pergunta, seria pertinente, por ventura, estudar se estas foram, ou não, melhoradas, mesmo assim, seguem-se os resultados:<br />Gráfico 39 - Média idade das habitações<br />MÉDIA DE IDADE DO CONCELHO: 30 anos<br />Destaque para a freguesia da Ventosa, que possui um parque habitacional relativamente novo, bom como Vieira do Minho (como seria de esperar). Facilmente podemos associar estes resultados às percentagens de Energias Renováveis nestas freguesias. Pela negativa, destaque para Pinheiro, Campos, Cova e Guilhofrei.<br />23196551905Analisemos o seguinte gráfico do INE:<br />Gráfico 40 - Nº de edifícios por época de construção, INE, 2009Através de uma rápida analise, verificamos que a maior percentagem de edifícios do Norte do país foram construídos entre 1981 e 2000. Se a 2011 (ano em que foi realizado o estudo) retirarmos 30 anos (média de idade das habitações do Concelho) concluímos que estas foram construídas em 1981 – que se encontra nos valores referenciados acima.<br />Estes números encontrados devem estar directamente ligados aos índices de desenvolvimento das habitações. É normal que se elas são mais recentes, terão melhores condições estruturais.<br />Questão 5.1. Na elaboração do projecto da sua habitação teve em atenção?<br />Para conseguirmos as melhores condições, quer de conforto, quer se segurança, devemos apostar de forma eficaz, não só na manutenção, mas também ao longo da construção da casa. Existem outros cuidados, a ter em consideração: consultar um especialista, verificar a qualidade do material, estudar os melhores isolamentos, verificar as entradas. Os resultados foram os seguintes:<br />Gráfico 41 - Na elaboração do projecto da sua habitação, teve em atenção (%)<br />É difícil escalar qual dos procedimentos é o mais importante, contudo vemos alguma diferença nas preferências dos habitantes das diferentes freguesias. Contudo, pode-se observar já algum cuidado no momento da construção. Mesmo assim, os habitantes de Anjos preferem consultar um especialista, os de Soengas dão mais importância às entradas. Destaque pela negativa de algumas taxas de abstenção, que podem significar que as pessoas não sabem os cuidados que tiveram, ou não tiveram nenhum. Neste aspecto, realce para Anissó, Cova, Guilhofrei, Rossas e até Vieira do Minho, que ,curiosamente, não se destaca positivamente neste ponto.<br />2496185345440Passando para o nível concelhio, obtemos estes resultados:<br />É possível conseguir poupanças superiores a 30%, caso se instalem toldos nas janelas mais expostas ao sol e isolando adequadamente paredes e tectos. <br />Gráfico 42 - No concelho, na elaboração da sua habitação, teve em atenção (%)De facto, nota-se já algum cuidado com as habitações, contudo, e devido ao parque habitacional ser razoavelmente antigo, a taxa de abstenção pode estar ligado, como referimos, à falta de cuidados que marcava a construção das habitações antigas. Por norma, as novas habitações, tomam todos estes procedimentos.<br />Questão 5.2. Relativamente às suas entradas possuem:<br />Cerca de 25% a 30% das nossas necessidades de aquecimento são devido às perdas de calor que se originam nas janelas. Assim, achamos preponderante estudar as propriedades das entradas das habitações vieirenses.<br />Gráfico 43 - Relativamente às suas entradas, possuem(%)<br />Neste item, verificamos dois cuidados que se destacam claramente: utilização de parede e vidro duplos, com realce para a primeira. Ruivães destaca-se pelo uso do vidro duplo. Eira Vedra e Ruivães salientam-se, negativamente, pela elevada taxa de abstenção.<br />338137558420<br />Um ponto claramente contrastante é a taxa de abstenção mais reduzida nesta questão do que na anterior. Se apenas 20,5 % dos inquiridos responderam que tiveram cuidado com as janelas, não seria de esperar estes resultados. Tal facto, demonstra grande desconhecimento dos habitantes. <br />Por outro lado, como já foi referido, a parede dupla e o vidro duplo são largamente os mecanismos mais utilizados. Os sistemas de vidro duplo ou janela dupla reduzem, praticamente, para metade as perdas de calor face ao vidro normal.<br />Gráfico 44 - As suas entradas possuem (%)<br /> <br />Questão 5.3. Relativamente à sua cobertura possui:<br />A nossa cobertura também é um dos aspectos que pode influenciar, positiva ou negativamente, os gastos energéticos. A utilização da tela deve-se normalmente a factores estéticos, mas também económicos, principalmente a nível energético. <br />Gráfico 45 - Relativamente à sua cobertura, possuem (%)<br />Facilmente podemos constatar que o sistema predominante é a telha. Mesmo assim, freguesias como Ventosa e Vieira do Minho (novamente aquelas com a média de idade mais baixa) destacam-se no uso da telha, em relação às restantes. <br />Se estudarmos a distribuição das telas pelas freguesias, obtemos este gráfico:<br />Gráfico 46 - Habitações com tela<br />4984750333375<br />Destaque evidente para Vieira do Minho, e posteriormente para Eira Vedra, Rossas e Ventosa, mas como a densidade populacional nestas freguesias é maior, apenas Vieira do Minho e Ventosa se destacam a nível percentual.<br />Por fim, a nível concelhio, obtemos a seguinte distribuição:<br />Gráfico 47 - No concelho, a sua cobertura, possui:<br />(…) Com isolamento:<br />O correcto isolamento das superfícies pode reduzir até 30% do consumo de energia. Assim, é importante, não só estudar os sistemas utilizados, mas também a utilização ou não deste isolamentos na cobertura. Relativamente à utilização de estes isolamentos obtemos este gráfico:<br />Gráfico 48 - (...) Com Isolamento(%)<br />Com especial incidência para a resposta não, destacam-se as freguesias de Parada de Bouro, Ventosa e Vieira do Minho, onde houveram mais respostas afirmativas. Novamente Vieira do Minho e Ventosa voltam a estar em destaque pela positiva. Pela negativa, destaca-se Campos, Anissó e Salamonde, visto que as repostas negativas, nestas freguesias, ultrapassam os 70%.<br />(…) Qual?<br /> <br />1731645329565Quando questionados sobre o isolamento que utilizam na sua cobertura (se é que utilizam), destaque para o poliestereno e lã de vidro. Contudo, a taxa de abstenção desta questão também foi elevado, cerca de 74,7%. Esta taxa demonstra novamente desconhecimento dos materiais existentes nas habitações e ainda algum desinteresse.<br />Gráfico 49 - No concelho, Isolementos utilizados na cobertura<br />Questão 5.4. Relativamente à sua parede exterior possui:<br />Por último, estudámos as paredes exteriores das habitações vieirenses. Assim, reformulámos uma pergunta sobre a existência de parede dupla. Os resultados obtidos foram os seguintes:<br />Gráfico 50 - Possui parede dupla(%)<br />Na questão 5.2, 52% dos inquiridos responderam que tinham parede dupla. Agora, reformulada a questão, 61% possuem parede dupla. Mesmo não sendo uma diferença muito significativa, isto demonstra algum desinteresse e falta de atenção no momento da realização do inquérito. <br />Mesmo assim, destaque, pela negativa, para Campos, Cova, Guilhofrei, Mosteiro e Vilarchão, onde as percentagens negativas ultrapassam as positivas.<br />Destaque para Caniçada, Parada de Bouro, Salamonde e Ventosa visto ultrapassam a percentagem de 70% de respostas positivas.<br />(…) Com isolamento?<br />Novamente, deparámo-nos com o interesse, não só dos sistemas usados, mas também o isolamento, ou não, dos mesmos. Para utilização das paredes duplas, e posterior isolamento, obtivemos os seguintes resultados:<br />3159760157480 <br /> Estes resultados, confirmam a percentagem positiva enunciada na página anterior de respostas positivas, cerca de 61%. Quando questionados sobre a utilização, ou não, de isolamentos, 64% dos inquiridos que responderam na anterior, responderam afirmativamente nesta. <br />Gráfico 51 - Possui parede dupla(%)?Neste gráfico decidimos não colocar as taxas de abstenção para facultar a leitura, contudo esta foi de 5% no 1º gráfico, e 16% no 2ºgráfico.<br />(…) Qual?<br />Gráfico 52 - Isolamentos utilizados na parede exterior1390015206375Por fim, quando questionados sobre o isolamento que utilizam da sua parede dupla, destaque para o poliestereno e esferovite. Contudo, a taxa de abstenção desta questão também foi elevado, cerca de 57,6%. Esta taxa demonstra, novamente, desconhecimento, quer dos materiais existentes nas habitações, quer para este conteúdo.<br />