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Torturas
krypton.uniroma3.it
http://host.uniroma3.it/progetti/romatrepress/krypton.html
O copioso uso de torturas ao longo dos séculos tem suscitado naturalmente a reflexão de muitos
pensadores, filósofos, letrados, (Erasmo, Voltaire, Verri, Beccaria, Orwell, etc.), inspirando paralela e
analogamente várias formas de representação com implicações abertas e ambíguas (basta pensarmos nos
escritos do Marquês de Sade). O conjunto destas representações, o debate emerso sobre a sua natureza e uso,
fizeram com que a tortura saísse dos umbrais da sombra aos quais o poder sempre quis relegá-la,
transformando-se num sujeito intrincado de conotações éticas por demais problemáticas.
Enquanto arma política nas mãos do Poder, longe de ser uma exceção ou uma forma extraordinária
de punição ou de coerção física e/ou mental, a tortura revelou-se muitas vezes um dispositivo eficaz e
implacável, um formidável meio de afirmação e de disciplina. Essa sempre foi uma constante na vida das
sociedades organizadas ocidentais: como instrumento de constrição e, concomitantemente, pelo seu alcance
simbólico, representou certamente uma estratégia adotada pela Autoridade para retirar legitimidade aos
próprios adversários, torná-los submissos, aniquilá-los nos modos mais subtis. Basta pois observarmos os
múltiplos conflitos que assolam as sociedades contemporâneas para assistir não só ao reaparecimento de
várias formas de tortura, mas também cada vez mais à legitimação dessas e mesmo à sua banalização e
espetacularização; e, por conseguinte, a uma mutação do conceito de tortura por parte da opinião pública
atual.
Além disso, e sob uma perspetiva não necessária ou exclusivamente política, é oportuno ter em conta
a peculiar relação com o corpo e a corporalidade, que, a partir da idade moderna, se fixou na cultura
europeia, prevendo – em determinados âmbitos – formas de disciplina e de autodisciplina; essas, longe de
constituírem um mero resíduo do passado medieval, estavam muito próximas da tortura. Quer pelo seu
caráter de privação, quer por aquele de violência autoinfligida e por vezes teatralmente representadas, tais
práticas permearam a cultura religiosa - não apenas a cristã – até épocas bem recentes.
Mal necessário, prática inaceitável e lesiva para a dignidade humana, instrumento de prazer e
submissão, arma de luta política, meio de ameaça ou realidade indescritível, a tortura (e com ela as suas
práticas) revela-se então um objeto de análise ainda atual e presta-se a ser ulteriormente explorado sob uma
perspetiva antropológica, histórica, jurídica, psicológica e literário a fim de ampliar os nossos conhecimentos
acerca da relação entre corporalidade, individualidade e liberdade, se considerarmos como foi estruturado
nos últimos séculos. Através de um reconhecimento crítico sob as formas que a tortura assumiu e continua a
assumir, sobre as suas representações na literatura e nas artes, mas também sobre a esteira da reflexão
filosófica que essa suscitou, o terceiro número da revista Krypton pretende pois reacender o debate sobre este
tema a fim de reavaliar as múltiplas definições e manifestações da tortura e repensar o seu alcance nos
termos de uma reconsideração das nossas perceções, da organização das nossas sociedades e das normas que
as regem.
Os artigos, escritos numa das línguas previstas pela revista Krypton (espanhol, francês, inglês, italiano,
português e romeno) deverão ser enviados até ao dia 13 de dezembro de 2013 para o seguinte endereço de
correio eletrónico: krypton@uniroma3.it
Os artigos serão submetidos a uma avaliação por dois referees anónimos (blind peer review) e o
resultado da avaliação será comunicado num prazo de 30 dias após a data de chegada do artigo
Os textos – que não poderão exceder os 35.000 caracteres com espaços incluídos – terão que
respeitar as normas editoriais da revista.
Normas editoriais
Os artigos – que não poderão exceder os 35.000 caracteres com espaços incluídos – terão que
respeitar as normas editoriais da revista e deverão ser enviados para o seguinte endereço de correio
eletrônico: krypton@uniroma3.it
Os artigos, que terão de ser inéditos, poderão ser escritos numa das seguintes línguas: espanhol,
francês, inglês, italiano, português e romeno.
Em vista da avaliação por parte de dois blind referees, os dados do autor (nome, sobrenome/s,
instituição e endereço de correio eletrônico) não deverão constar do artigo e deverão ser enviados
em ficheiro à parte, junto com o título, resumo (máximo 10 linhas) e palavras-chaves (no máximo
5) do artigo em inglês e na língua em que foi escrito o artigo.
Configurações de página e texto
O artigo, obrigatoriamente em formato Word, tem de ser redigido usando a fonte Times New
Roman, corpo de texto 12, entrelinhas 1,5 e tabulação 1,5 cm.
As margens da página terão de ser as seguintes:
Superior: 3 cm
Inferior: 2,5 cm
Esquerda: 3,5
Direita: 2,5
Citações
As citações breves (no máximo 3 linhas) devem ser mantidas no corpo do texto entre aspas duplas
(«…»). As citações longas devem ser separadas do corpo do texto, alinhadas à direita com um
recuo de 1,5 cm, entrelinhas simples, sem aspas e corpo de texto 11.
Notas
As notas de rodapé deverão ser sempre escritas em Times New Roman, corpo de texto 10 e
entrelinhas simples. O número da nota deve ser assinalado sempre antes do ponto.
Imagens
As imagens do texto deverão ser também enviadas num ficheiro à parte, em formato JPG e com
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no artigo.
Referências bibliográficas
As referências bibliográficas serão indicadas de acordo com o sistema anglo-saxônico,
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Quando se citarem duas ou mais obras de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, o ano de
referência deverá ser seguido de uma letra do alfabeto romano em minúscula (a, b, c, etc.),
respeitando a ordem em que as obras são indicadas na bibliografia final.
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BIBLIOGRAFIA
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apresentados seguindo a ordem alfabêtica dos sobrenomes dos autores.
LIVROS E MONOGRAFIAS
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LIVROS COLETIVOS, COLETÂNEAS E ATAS DE COLÓQUIOS:
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Sobrenome, Nome (ano), «Título do artigo», in Sobrenome, Nome (org.), Título do livro, Lugar da
publicação, Editora, pp.
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Chamada Krypton

  • 1. Torturas krypton.uniroma3.it http://host.uniroma3.it/progetti/romatrepress/krypton.html O copioso uso de torturas ao longo dos séculos tem suscitado naturalmente a reflexão de muitos pensadores, filósofos, letrados, (Erasmo, Voltaire, Verri, Beccaria, Orwell, etc.), inspirando paralela e analogamente várias formas de representação com implicações abertas e ambíguas (basta pensarmos nos escritos do Marquês de Sade). O conjunto destas representações, o debate emerso sobre a sua natureza e uso, fizeram com que a tortura saísse dos umbrais da sombra aos quais o poder sempre quis relegá-la, transformando-se num sujeito intrincado de conotações éticas por demais problemáticas. Enquanto arma política nas mãos do Poder, longe de ser uma exceção ou uma forma extraordinária de punição ou de coerção física e/ou mental, a tortura revelou-se muitas vezes um dispositivo eficaz e implacável, um formidável meio de afirmação e de disciplina. Essa sempre foi uma constante na vida das sociedades organizadas ocidentais: como instrumento de constrição e, concomitantemente, pelo seu alcance simbólico, representou certamente uma estratégia adotada pela Autoridade para retirar legitimidade aos próprios adversários, torná-los submissos, aniquilá-los nos modos mais subtis. Basta pois observarmos os múltiplos conflitos que assolam as sociedades contemporâneas para assistir não só ao reaparecimento de várias formas de tortura, mas também cada vez mais à legitimação dessas e mesmo à sua banalização e espetacularização; e, por conseguinte, a uma mutação do conceito de tortura por parte da opinião pública atual. Além disso, e sob uma perspetiva não necessária ou exclusivamente política, é oportuno ter em conta a peculiar relação com o corpo e a corporalidade, que, a partir da idade moderna, se fixou na cultura europeia, prevendo – em determinados âmbitos – formas de disciplina e de autodisciplina; essas, longe de constituírem um mero resíduo do passado medieval, estavam muito próximas da tortura. Quer pelo seu caráter de privação, quer por aquele de violência autoinfligida e por vezes teatralmente representadas, tais práticas permearam a cultura religiosa - não apenas a cristã – até épocas bem recentes. Mal necessário, prática inaceitável e lesiva para a dignidade humana, instrumento de prazer e submissão, arma de luta política, meio de ameaça ou realidade indescritível, a tortura (e com ela as suas práticas) revela-se então um objeto de análise ainda atual e presta-se a ser ulteriormente explorado sob uma perspetiva antropológica, histórica, jurídica, psicológica e literário a fim de ampliar os nossos conhecimentos acerca da relação entre corporalidade, individualidade e liberdade, se considerarmos como foi estruturado nos últimos séculos. Através de um reconhecimento crítico sob as formas que a tortura assumiu e continua a assumir, sobre as suas representações na literatura e nas artes, mas também sobre a esteira da reflexão filosófica que essa suscitou, o terceiro número da revista Krypton pretende pois reacender o debate sobre este tema a fim de reavaliar as múltiplas definições e manifestações da tortura e repensar o seu alcance nos termos de uma reconsideração das nossas perceções, da organização das nossas sociedades e das normas que as regem. Os artigos, escritos numa das línguas previstas pela revista Krypton (espanhol, francês, inglês, italiano, português e romeno) deverão ser enviados até ao dia 13 de dezembro de 2013 para o seguinte endereço de correio eletrónico: krypton@uniroma3.it Os artigos serão submetidos a uma avaliação por dois referees anónimos (blind peer review) e o resultado da avaliação será comunicado num prazo de 30 dias após a data de chegada do artigo Os textos – que não poderão exceder os 35.000 caracteres com espaços incluídos – terão que respeitar as normas editoriais da revista.
  • 2. Normas editoriais Os artigos – que não poderão exceder os 35.000 caracteres com espaços incluídos – terão que respeitar as normas editoriais da revista e deverão ser enviados para o seguinte endereço de correio eletrônico: krypton@uniroma3.it Os artigos, que terão de ser inéditos, poderão ser escritos numa das seguintes línguas: espanhol, francês, inglês, italiano, português e romeno. Em vista da avaliação por parte de dois blind referees, os dados do autor (nome, sobrenome/s, instituição e endereço de correio eletrônico) não deverão constar do artigo e deverão ser enviados em ficheiro à parte, junto com o título, resumo (máximo 10 linhas) e palavras-chaves (no máximo 5) do artigo em inglês e na língua em que foi escrito o artigo. Configurações de página e texto O artigo, obrigatoriamente em formato Word, tem de ser redigido usando a fonte Times New Roman, corpo de texto 12, entrelinhas 1,5 e tabulação 1,5 cm. As margens da página terão de ser as seguintes: Superior: 3 cm Inferior: 2,5 cm Esquerda: 3,5 Direita: 2,5 Citações As citações breves (no máximo 3 linhas) devem ser mantidas no corpo do texto entre aspas duplas («…»). As citações longas devem ser separadas do corpo do texto, alinhadas à direita com um recuo de 1,5 cm, entrelinhas simples, sem aspas e corpo de texto 11. Notas As notas de rodapé deverão ser sempre escritas em Times New Roman, corpo de texto 10 e entrelinhas simples. O número da nota deve ser assinalado sempre antes do ponto. Imagens As imagens do texto deverão ser também enviadas num ficheiro à parte, em formato JPG e com resolução não inferior a 300 DPI, com numeração progressiva conforme a ordem de aparecimento no artigo. Referências bibliográficas As referências bibliográficas serão indicadas de acordo com o sistema anglo-saxônico, diretamente no corpo de texto (sobrenome do autor, ano: número/s de página/s). As referências bibliográficas completas serão inseridas unicamente na bibliografia colocada em conclusão do documento. Quando se citarem duas ou mais obras de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, o ano de referência deverá ser seguido de uma letra do alfabeto romano em minúscula (a, b, c, etc.), respeitando a ordem em que as obras são indicadas na bibliografia final. Não é permitido o uso de outras referências, como cit., op. cit., id., ibidem, etc.
  • 3. BIBLIOGRAFIA A bibliografia final terá de aparecer logo a seguir à conclusão do artigo e os textos citados serão apresentados seguindo a ordem alfabêtica dos sobrenomes dos autores. LIVROS E MONOGRAFIAS Sobrenome, Nome (ano), Título do livro, Lugar da publicação, Editora. LIVROS COLETIVOS, COLETÂNEAS E ATAS DE COLÓQUIOS: Sobrenome, Nome (org) (ano), Título do livro, Lugar da publicação, Editora. ARTIGOS EM LIVROS COLETIVOS OU COLETÂNEAS: Sobrenome, Nome (ano), «Título do artigo», in Sobrenome, Nome (org.), Título do livro, Lugar da publicação, Editora, pp. ARTIGO EM REVISTA: Sobrenome, Nome (ano), «Título do artigo», Nome da revista, número do volume, pp.