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I Encuentro Continental de Docentes y
Organizaciones para la Educación en Contextos de
                    Encierro




               Eliane Leal Vasquez - GEDHEP / Brasil
            Edmar Souza das Neves - GEDHEP / Brasil
         Lucidea Portal Melo de Carvalho - GEDHEP / Brasil
            Zoar Monteiro de Oliveira - GEDHEP / Brasil



              Provincia de Misiones / Argentina
                                                             1
                            2011
Neste trabalho analisamos o debate atual e
desafios para implantação das Políticas Públicas
para Educação Penitenciária no Brasil. O texto é
constituído nas seguintes discussões: Aspectos
históricos     da     educação     penitenciária
brasileira, Programa Educar para a Liberdade e a
implantação das políticas públicas para
educação       penitenciária,   resultados     e
considerações finais.

                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           2
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Desde a segunda metade do século XIX no
Brasil a “instrução escolar” a população carcerária
é mencionada no conteúdo de regulamentos
penitenciários da Casa de Correção da Corte/Rio de
Janeiro, Presídio de Fernando de Noronha, Casa de
Correção de Porto Alegre, Colônia Correcional de
Dois Reis, Casa de Correção de São Paulo e outras
instituições     disciplinares    destinadas      a
cumprimento de pena com trabalho obrigatório,
além das penas de galés, desterro e outras.

                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            3
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Desse modo, a promoção da cultura
escolar ao sujeito-preso antecede as
determinações da atual Lei de Execução Penal
(Lei no 7210/84). Nesse contexto, é interessante
observar que a introdução da “instrução escolar
na prisão” ocorreu no Brasil em paralelo à
organização da instrução pública em nível de
ensino primário, secundário e superior, além do
período que se difundiu as bibliotecas públicas,
a exemplo da estruturação da biblioteca da
corte no império brasileiro. Nesse período da
história das prisões no Brasil, o controle político
da nação esteve nas mãos dos imperadores D.
Pedro I e D. Pedro II (1822 a 1889).
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            4
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Sabe-se que no século XIX pela análise de
Foucault      (1977),    que     o    estabelecimento
penitenciário surgiu enquanto prisão-aparelho, isto
é,     instituição    disciplinar     destinada       ao
controle, vigília e punição do corpo do
condenado, com base nos princípios que passaram
a vigorar nessa época, as conhecidas técnicas
penitenciárias. Essas técnicas se constituíram com
os princípios da (correção, classificação, modulação
da     pena,     trabalho     como      obrigação      e
direito, educação penitenciária, controle técnico da
detenção e instituições anexas).          Na prática do
encarceramento, isto significou, à entrada da
escola, igreja e hospital para o interior das prisões
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               5
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Oferta das instruções moral, religiosa e
                 intelectual às pessoas presas

                                                             Instrução moral, religiosa
                Séc. XIX                                             e escolar
                                     Escola de
                                     primeiras
                                       letras
Instrução moral, religiosa
  e escolar e prática de
     atividade física                                                         Séc. XX ao XXI
                                                                 Educação e
                                                                  Jovens e
                       Escolas
                                                                  Adultos:
                     correcionais
                                                                   escolas
                                                                    (EJA)
                                                                            Instrução moral, religiosa,
                                                                                 escolar, artística,
  Início do séc. XX                                                          profissional e educação
                                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
                                                                                       física      6
Em síntese, a educação penitenciária brasileira
vem se desenvolvendo desde a segunda metade do
século XIX, orientada por uma vasta legislação e obras
de diferentes áreas do conhecimento científico, como
da ciência penitenciaria, e a partir do século XX, do e
direito penitenciário, educação, direitos humanos,
execução penal, política criminal e penitenciária e
outras áreas. Quanto à realidade da oferta da
educação básica às pessoas presas ou detidas, e a
atuação das escolas no interior das instituições penais
e instituições de medida sócio-educativa, é preciso
ressaltar que a cultura que impera nessas instituições
disciplinares é a cultura do controle e cultura
prisional em detrimento a cultura escolar.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                              7
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Algumas consequências do convívio da cultura
   do controle, a cultura prisional e cultura escolar:

• Demora da liberação do sujeito preso ou detido de sua
cela para chegar à escola.
• Difíceis relações sociais entre as pessoas presas e
servidores penitenciários.
• Ampliação das manifestações da cultura prisional como
mecanismo de resistência ao sistema de controle, vigília e
punição.

• Prática de violação aos direitos humanos impedindo a
promoção da cultura escolar.
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               8
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
A referida problemática é pauta dos debates
preparatórios para implantação das políticas
públicas para educação penitenciária. Atualmente é
recorrente em publicações no Brasil (2007 a
2010), resultantes de pesquisas e discussões no
Fórum Mundial Social (2009):




                                                              Políticas
                                                            Públicas para
                                                            Educação nas
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               Prisões
                                                                       9
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Neste tópico, apresentaremos a transcrição de
entrevistas na íntegra realizadas no período de 11 de
abril a 04 de maio de 2011 pelo Grupo de Estudos de
Direitos Humanos e Educação Penitenciária – GEDHEP,
com finalidade de levantar dados atuais sobre o
processo de elaboração dos planos estaduais de
educação em prisões no contexto do Programa
Educando para a Liberdade no Brasil.

                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             10
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 ENTREVISTA 1: CARLOS JOSÉ PINHEIRO TEIXEIRA
  (MEC/SECAD)

 Auto-apresentação

GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro
de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto-
apresentação.
 C.J.P.T.: Licenciado e especialista em Filosofia (UFRN),
com atuação em Lógica e Ética. Mestre em Estudos da
Linguagem (UFRN). Coordenador das ações de
educação em prisões na Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade/Ministério da
Educação no Brasil.
                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             11
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Programa Educando para a Liberdade
GEDHEP: Como surgiu o Programa Educando para a
Liberdade,     nos      esclareça    sobre     a    sua
coordenação, finalidade, ações pretendidas, verba para
execução do seu cronograma de ações e tempo de
duração?
 C.J.P.T.: Surgiu a partir da provocação do
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da
Justiça ao Ministério da Educação em 2004. Como
conseqüência foi assinado Protocolo de Intenções entre
estes dois Ministérios e criado grupo de trabalho com a
participação de representantes das secretarias de
estaduais de educação e dos órgãos responsáveis pela
administração penitenciária, com o apoio da UNESCO.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
                                                              12
Este grupo definiu com o Projeto Educando
para a Liberdade:

• Ações e realização de seminários regionais e
nacional para a definição de diretrizes para a
oferta de educação nas prisões.
• O Ministério da educação transferiu recursos
para os estados realizarem ações de formação
dos profissionais envolvidos na oferta de
educação nas prisões.
• Definição de Estratégias para a inclusão da
população carcerária nas Políticas de Educação
de Jovens e Adultos.
                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           13
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
• Essas estratégias foram:

Financiamento via FUNDEB; Distribuição dos livros do
Programa Nacional do Livro Didático; Merenda Escolar
(PNAE); Plano Nacional de Formação de professores;
Assistência Técnica e Financeira via Plano de Ações
Articuladas (PAR Prisional), com recursos para elaboração
dos Planos Estaduais de Educação em Prisões, formação de
profissionais e aquisição de acervos literários.




    OBJETIVO: Implementar as políticas públicas
       para educação nas prisões no Brasil.
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               14
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Implicações para a oferta da Educação Formal no
Sistema Penitenciário Brasileiro

GEDHEP: Qual a relevância da Resolução CNE/CEB n°
2/2010 que normatiza as diretrizes nacionais para
educação em prisões?

C.J.P.T.: As Diretrizes é o marco normativo que orienta a
oferta de educação nas prisões no Brasil. Marco este que
era reclamado por todos os profissionais que atuam
nesta oferta. O processo de elaboração dos planos
estaduais de educação em prisões ainda não foi
encerrado. Em função da publicação das Diretrizes e do
interesse dos Conselhos Estaduais se manifestarem
sobre a matéria, o prazo de finalização destes planos
passou para o final de 2011.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                              15
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
GEDHEP: E quais os Estados que já concluíram a
elaboração do Plano Estadual de Educação em
Prisões no Brasil?




                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            16
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
ENTREVISTA 2: ROBERTO DA SILVA (USP)

 Auto-apresentação

GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro
de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto-
apresentação.

R.S: Roberto da Silva é pedagogo (UFMT, 1993),
mestre (USP, 1998), doutor (USP, 2001) em Educação
e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009).
Professor do Departamento de Administração Escolar
e Economia da Educação (USP).
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            17
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Participação de grupos de pesquisas no processo de
elaboração de Plano Estadual de Educação em Prisões
no Brasil

GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva, quais os Estados
em que o senhor contribuiu com a produção do plano
estadual de educação em prisões?
 R.S: Colaborei com os estados de Mato Grosso do
Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Participei das
discussões no Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Acre.
Rio Grande do Norte já tem o plano e outros estados
estão em fase inicial de discussão.




                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             18
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Plano estadual de educação em prisões do Sistema
Penitenciário de São Paulo

GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva discorra sobre como se
encontra o debate em São Paulo para a implantação das
políticas públicas para educação em prisões, e, por conseguinte
na elaboração do seu plano estadual para a referida área.
 R.S.: Apenas em Março de 2011 a Secretaria de Administração
Penitenciária criou uma comissão para iniciar esta discussão.
São Paulo tem estado ausente dos debates nacionais por óbvias
rivalidades políticas com o governo federal e isso atrasou
significativamente o início da discussão no estado mais
importante da federação e que é responsável por cerca de 40%
dos presos no Brasil. A comissão constituída por decreto do
governador não contempla a participação das universidades e
da sociedade civil, havendo neste exato momento uma intensa
mobilização para viabilizar estas participações.
                       Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                                 19
                      Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
1.3. Resultados e considerações finais

       Nesse trabalho contextualizamos aspectos
históricos da educação penitenciária brasileira para
situar a tentativa de implantação das políticas
públicas para a educação nas prisões no século XXI,
como uma pauta atual do Ministério da Educação
(MEC)      e Ministério da Justiça (MJ). Esses
ministérios por meio de cooperação institucional
têm procurado através do Programa Educando
para a Liberdade, promover a articulação
institucional necessária para implantação das
políticas públicas para a oferta da educação no
sistema penitenciário brasileiro.

                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           20
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Em termos concretos, o que se efetivou
foram as aprovações das resoluções do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária e
Conselho Nacional de Educação (CNPCP no 3/2009 e
CNE/CEB n° 2/2010), que legitimam as diretrizes
nacionais para oferta da educação às pessoas
privadas de liberdade, como ainda, a elaboração de
4 (quatro) planos estaduais de educação nas
prisões - PEEP, respectivamente nos estados: Santa
Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul.


                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            21
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Apresentamos dados quantitativos que
esclarecem com relação às demais unidades
federadas / Brasil :

   Unidades         Unidades           Unidades
 Federadas com    Federadas com    Federadas com
 PEEP concluído   PEEP previstos        dados
                  para conclusão indisponíveis sobre
                                   a elaboração do
                                         PEEP
   4      14,88 %  11    44,44 %    12      40,74%

Fonte: Elaboração da exposição tabular pelo GEDHEP, 2011.

                         Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                                   22
                        Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
As diretrizes nacionais para educação nas
prisões visa a urgente implantação das políticas
públicas para referida área, para que de fato o
acesso à educação como direito social e humano se
efetive a homens e mulheres que estão cumprindo
penas no sistema penitenciário brasileiro, caso
contrário, teremos apenas novas resoluções para a
oferta da educação nas prisões, o que não garantirá
a sua execução pelas unidades federadas como
política criminal e penitenciária ou política pública
na área da educação de jovens e adultos.

                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             23
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil

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Educação Penitenciária no Brasil

  • 1. I Encuentro Continental de Docentes y Organizaciones para la Educación en Contextos de Encierro Eliane Leal Vasquez - GEDHEP / Brasil Edmar Souza das Neves - GEDHEP / Brasil Lucidea Portal Melo de Carvalho - GEDHEP / Brasil Zoar Monteiro de Oliveira - GEDHEP / Brasil Provincia de Misiones / Argentina 1 2011
  • 2. Neste trabalho analisamos o debate atual e desafios para implantação das Políticas Públicas para Educação Penitenciária no Brasil. O texto é constituído nas seguintes discussões: Aspectos históricos da educação penitenciária brasileira, Programa Educar para a Liberdade e a implantação das políticas públicas para educação penitenciária, resultados e considerações finais. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 2 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 3. Desde a segunda metade do século XIX no Brasil a “instrução escolar” a população carcerária é mencionada no conteúdo de regulamentos penitenciários da Casa de Correção da Corte/Rio de Janeiro, Presídio de Fernando de Noronha, Casa de Correção de Porto Alegre, Colônia Correcional de Dois Reis, Casa de Correção de São Paulo e outras instituições disciplinares destinadas a cumprimento de pena com trabalho obrigatório, além das penas de galés, desterro e outras. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 3 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 4. Desse modo, a promoção da cultura escolar ao sujeito-preso antecede as determinações da atual Lei de Execução Penal (Lei no 7210/84). Nesse contexto, é interessante observar que a introdução da “instrução escolar na prisão” ocorreu no Brasil em paralelo à organização da instrução pública em nível de ensino primário, secundário e superior, além do período que se difundiu as bibliotecas públicas, a exemplo da estruturação da biblioteca da corte no império brasileiro. Nesse período da história das prisões no Brasil, o controle político da nação esteve nas mãos dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II (1822 a 1889). Grupo de Estudos Direitos Humanos e 4 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 5. Sabe-se que no século XIX pela análise de Foucault (1977), que o estabelecimento penitenciário surgiu enquanto prisão-aparelho, isto é, instituição disciplinar destinada ao controle, vigília e punição do corpo do condenado, com base nos princípios que passaram a vigorar nessa época, as conhecidas técnicas penitenciárias. Essas técnicas se constituíram com os princípios da (correção, classificação, modulação da pena, trabalho como obrigação e direito, educação penitenciária, controle técnico da detenção e instituições anexas). Na prática do encarceramento, isto significou, à entrada da escola, igreja e hospital para o interior das prisões Grupo de Estudos Direitos Humanos e 5 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 6. Oferta das instruções moral, religiosa e intelectual às pessoas presas Instrução moral, religiosa Séc. XIX e escolar Escola de primeiras letras Instrução moral, religiosa e escolar e prática de atividade física Séc. XX ao XXI Educação e Jovens e Escolas Adultos: correcionais escolas (EJA) Instrução moral, religiosa, escolar, artística, Início do séc. XX profissional e educação Grupo de Estudos Direitos Humanos e Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil física 6
  • 7. Em síntese, a educação penitenciária brasileira vem se desenvolvendo desde a segunda metade do século XIX, orientada por uma vasta legislação e obras de diferentes áreas do conhecimento científico, como da ciência penitenciaria, e a partir do século XX, do e direito penitenciário, educação, direitos humanos, execução penal, política criminal e penitenciária e outras áreas. Quanto à realidade da oferta da educação básica às pessoas presas ou detidas, e a atuação das escolas no interior das instituições penais e instituições de medida sócio-educativa, é preciso ressaltar que a cultura que impera nessas instituições disciplinares é a cultura do controle e cultura prisional em detrimento a cultura escolar. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 7 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 8. Algumas consequências do convívio da cultura do controle, a cultura prisional e cultura escolar: • Demora da liberação do sujeito preso ou detido de sua cela para chegar à escola. • Difíceis relações sociais entre as pessoas presas e servidores penitenciários. • Ampliação das manifestações da cultura prisional como mecanismo de resistência ao sistema de controle, vigília e punição. • Prática de violação aos direitos humanos impedindo a promoção da cultura escolar. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 8 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 9. A referida problemática é pauta dos debates preparatórios para implantação das políticas públicas para educação penitenciária. Atualmente é recorrente em publicações no Brasil (2007 a 2010), resultantes de pesquisas e discussões no Fórum Mundial Social (2009): Políticas Públicas para Educação nas Grupo de Estudos Direitos Humanos e Prisões 9 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 10. Neste tópico, apresentaremos a transcrição de entrevistas na íntegra realizadas no período de 11 de abril a 04 de maio de 2011 pelo Grupo de Estudos de Direitos Humanos e Educação Penitenciária – GEDHEP, com finalidade de levantar dados atuais sobre o processo de elaboração dos planos estaduais de educação em prisões no contexto do Programa Educando para a Liberdade no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 10 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 11.  ENTREVISTA 1: CARLOS JOSÉ PINHEIRO TEIXEIRA (MEC/SECAD)  Auto-apresentação GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto- apresentação. C.J.P.T.: Licenciado e especialista em Filosofia (UFRN), com atuação em Lógica e Ética. Mestre em Estudos da Linguagem (UFRN). Coordenador das ações de educação em prisões na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade/Ministério da Educação no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 11 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 12. Programa Educando para a Liberdade GEDHEP: Como surgiu o Programa Educando para a Liberdade, nos esclareça sobre a sua coordenação, finalidade, ações pretendidas, verba para execução do seu cronograma de ações e tempo de duração? C.J.P.T.: Surgiu a partir da provocação do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça ao Ministério da Educação em 2004. Como conseqüência foi assinado Protocolo de Intenções entre estes dois Ministérios e criado grupo de trabalho com a participação de representantes das secretarias de estaduais de educação e dos órgãos responsáveis pela administração penitenciária, com o apoio da UNESCO. Grupo de Estudos Direitos Humanos e Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil 12
  • 13. Este grupo definiu com o Projeto Educando para a Liberdade: • Ações e realização de seminários regionais e nacional para a definição de diretrizes para a oferta de educação nas prisões. • O Ministério da educação transferiu recursos para os estados realizarem ações de formação dos profissionais envolvidos na oferta de educação nas prisões. • Definição de Estratégias para a inclusão da população carcerária nas Políticas de Educação de Jovens e Adultos. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 13 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 14. • Essas estratégias foram: Financiamento via FUNDEB; Distribuição dos livros do Programa Nacional do Livro Didático; Merenda Escolar (PNAE); Plano Nacional de Formação de professores; Assistência Técnica e Financeira via Plano de Ações Articuladas (PAR Prisional), com recursos para elaboração dos Planos Estaduais de Educação em Prisões, formação de profissionais e aquisição de acervos literários. OBJETIVO: Implementar as políticas públicas para educação nas prisões no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 14 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 15.  Implicações para a oferta da Educação Formal no Sistema Penitenciário Brasileiro GEDHEP: Qual a relevância da Resolução CNE/CEB n° 2/2010 que normatiza as diretrizes nacionais para educação em prisões? C.J.P.T.: As Diretrizes é o marco normativo que orienta a oferta de educação nas prisões no Brasil. Marco este que era reclamado por todos os profissionais que atuam nesta oferta. O processo de elaboração dos planos estaduais de educação em prisões ainda não foi encerrado. Em função da publicação das Diretrizes e do interesse dos Conselhos Estaduais se manifestarem sobre a matéria, o prazo de finalização destes planos passou para o final de 2011. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 15 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 16. GEDHEP: E quais os Estados que já concluíram a elaboração do Plano Estadual de Educação em Prisões no Brasil? Grupo de Estudos Direitos Humanos e 16 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 17. ENTREVISTA 2: ROBERTO DA SILVA (USP)  Auto-apresentação GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto- apresentação. R.S: Roberto da Silva é pedagogo (UFMT, 1993), mestre (USP, 1998), doutor (USP, 2001) em Educação e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009). Professor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação (USP). Grupo de Estudos Direitos Humanos e 17 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 18.  Participação de grupos de pesquisas no processo de elaboração de Plano Estadual de Educação em Prisões no Brasil GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva, quais os Estados em que o senhor contribuiu com a produção do plano estadual de educação em prisões? R.S: Colaborei com os estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Participei das discussões no Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Acre. Rio Grande do Norte já tem o plano e outros estados estão em fase inicial de discussão. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 18 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 19.  Plano estadual de educação em prisões do Sistema Penitenciário de São Paulo GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva discorra sobre como se encontra o debate em São Paulo para a implantação das políticas públicas para educação em prisões, e, por conseguinte na elaboração do seu plano estadual para a referida área. R.S.: Apenas em Março de 2011 a Secretaria de Administração Penitenciária criou uma comissão para iniciar esta discussão. São Paulo tem estado ausente dos debates nacionais por óbvias rivalidades políticas com o governo federal e isso atrasou significativamente o início da discussão no estado mais importante da federação e que é responsável por cerca de 40% dos presos no Brasil. A comissão constituída por decreto do governador não contempla a participação das universidades e da sociedade civil, havendo neste exato momento uma intensa mobilização para viabilizar estas participações. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 19 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 20. 1.3. Resultados e considerações finais Nesse trabalho contextualizamos aspectos históricos da educação penitenciária brasileira para situar a tentativa de implantação das políticas públicas para a educação nas prisões no século XXI, como uma pauta atual do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Justiça (MJ). Esses ministérios por meio de cooperação institucional têm procurado através do Programa Educando para a Liberdade, promover a articulação institucional necessária para implantação das políticas públicas para a oferta da educação no sistema penitenciário brasileiro. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 20 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 21. Em termos concretos, o que se efetivou foram as aprovações das resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e Conselho Nacional de Educação (CNPCP no 3/2009 e CNE/CEB n° 2/2010), que legitimam as diretrizes nacionais para oferta da educação às pessoas privadas de liberdade, como ainda, a elaboração de 4 (quatro) planos estaduais de educação nas prisões - PEEP, respectivamente nos estados: Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 21 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 22. Apresentamos dados quantitativos que esclarecem com relação às demais unidades federadas / Brasil : Unidades Unidades Unidades Federadas com Federadas com Federadas com PEEP concluído PEEP previstos dados para conclusão indisponíveis sobre a elaboração do PEEP 4 14,88 % 11 44,44 % 12 40,74% Fonte: Elaboração da exposição tabular pelo GEDHEP, 2011. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 22 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 23. As diretrizes nacionais para educação nas prisões visa a urgente implantação das políticas públicas para referida área, para que de fato o acesso à educação como direito social e humano se efetive a homens e mulheres que estão cumprindo penas no sistema penitenciário brasileiro, caso contrário, teremos apenas novas resoluções para a oferta da educação nas prisões, o que não garantirá a sua execução pelas unidades federadas como política criminal e penitenciária ou política pública na área da educação de jovens e adultos. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 23 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil