2. Conceito
Condição súbita de parada dos batimentos cardíacos
eficazes, caracterizada por:
• Perda da consciência com ausência de resposta aos
estímulos;
• Apneia ou Respiração Agônica (Gasp agônico);
• Ausência de Pulsos Palpáveis (Carotídeo).
3. Diagnóstico
• Baseia-se na Tríade: inconsciência, ausência de
respiração e ausência de pulso central.
• Completa-se com a identificação da modalidade ou
mecanismo de parada.
5. Ressuscitação Cardiopulmonar
• A RCP é o conjunto de procedimentos realizados
após uma PCR com o objetivo temporário de manter
artificialmente a circulação de sangue arterial ao
cérebro e outros órgãos vitais até o retorno da
circulação espontânea.
6. Diretrizes de reanimação
cardiopulmonar - AHA
• Atendimento inicial – suporte básico (BLS) ou
suporte primário;
• Atendimento avançado – ACLS.
7. Cadeia da Sobrevida
• 1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento
do serviço de urgência.
• 2. RCP precoce, com ênfase nas compressões
torácicas.
• 3. Rápida desfibrilação.
• 4. Suporte avançado de vida eficaz.
• 5. Cuidados pós-PCR integrados.
8. Suporte Básico de Vida (BLS)
• Conjunto de procedimentos básicos de emergência,
objetivando o atendimento inicial da vítima.
• Nesta etapa ocorre o reconhecimento da PCR e
aplicação das manobras de ressuscitação
(Sequência CABD).
• C – Circulation (Circulação Artificial), A – Airway
(Abertura das Vias Aéreas), B – Breathing
(Ventilação/Respiração), D – Desfibrilação.
9. Suporte Básico de Vida (BLS)
• A avaliação do SBV é uma abordagem
sistemática que todo profissional da saúde
treinado é capaz de realizar.
• Enfatiza a RCP e a desfibrilação precoces.
• Objetivos: fornecer suporte ou restaurar com
eficácia a oxigenação, ventilação e circulação
até RCE ou início do SAVC.
12. ( C ) Circulação
• Durante uma RCP, o objetivo é aplicar compressões
eficazes a uma frequência (no mínimo, 100/minuto) e
profundidade apropriada, minimizando-se o número
e a duração das interrupções nas compressões
torácicas.
13. ( C ) Circulação
• O número total de compressões aplicadas durante a
ressuscitação é um fator determinante da
sobrevivência em PCR.
• A MCE deve ser ininterrupta, regular e rítmica.
• Relação 30 compressões/ 2 ventilações de resgate.
14. ( A ) Abertura da Via Aérea
• A perda de consciência resulta em diminuição do
tônus muscular, que propicia a queda da base da
língua sobre a faringe, obstruindo a via aérea
superior (VAS).
15. ( A ) Abertura da Via Aérea
• Abrindo a via aérea: ManobraTilt Shin Lift.
16. ( B ) Boa Respiração
• A Máscara deve ser hermeticamente adaptada a face
do paciente para que não ocorra escape de ar.
• Ventilar com reanimador manual (bolsa-válvula-máscara)
ofertando 100% de O2.
• Observar expansão torácica durante ventilação.
18. ( D ) Desfibrilação
• Uso terapêutico do choque elétrico, com grande
amplitude e curta duração, aplicado no tórax ou
diretamente sobre o miocárdio.
• Durante uma atividade elétrica irregular, despolariza
todas as células cardíacas, permitindo o reinício do
ciclo cardíaco normal de forma organizada.
19. Desfibrilação
• Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais
frequentemente observado é a FV;
• O único tratamento realmente eficaz da FV é a
desfibrilação elétrica;
• A probabilidade de sucesso na desfibrilação decai
rapidamente com o passar do tempo;
• A FV tende a se transformar em Assistolia em
poucos minutos.
28. Diagnóstico Diferencial e Drogas.
• Adrenalina 1 mg (Intervalo de 3 a 5 minutos);
• Vasopressina 40 ui (em substituição a 1ª ou 2ª
dose de Adrenalina);
• Amiodarona (1ª dose de 300 mg, 2ª dose de 150
mg se FV/TV).
30. Ritmos Cardíacos
• Fibrilação
Ventricular:
Contração desorganizada e
anárquica do miocárdio.
ECG com ondas irregulares
com amplitude e duração
variáveis.
Pode ser precedido de
taquicardia ventricular ou
torsade de pointes, que
degeneram em FV.
31. Ritmos Cardíacos
• Taquicardia
Ventricular (TV) sem
Pulso:
Ritmo de origem abaixo da
bifurcação do feixe de
His, habitualmente
expressa por QRS
alargado.
33. Ritmos Cardíacos
• Assistolia.
Cessação de qualquer
atividade elétrica e
mecânica dos
ventrículos;
Considerado o evento final
de todos os mecanismos
de PCR;
RCP com pior prognóstico,
sobrevida inferior a 20%.
34. Ritmos Cardíacos
• Atividade Elétrica
sem Pulso (AESP) ou
Dissociação
Eletromecânica.
Ausência de pulso com
atividades elétricas
irregulares.
Geralmente ocorre
simultaneamente o gasp
agônico.
38. Sistematização da RCP: Algoritmo
Simplificado BLS/ACLS.
• C – Circulation: Identificar pulso (carotídeo),
estabelecer ritmo (monitor/DEA), acesso venoso*;
• A – Airway: assegurar permeabilidade das vias
aéreas (Manobras de desobstrução, Reanimador
Manual, Via aérea avançada);
• B – Breathing: Ventilação de Resgate, relação 30:2
ou 5 a 6 irpm (Via aérea avançada);
• D – Desfibrilação, Drogas, Diagnóstico diferencial.
39. Principais Recomendações - AHA
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto;
• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões
torácicas*;
• Evitar excesso de ventilação e hiperoxia;
• Choque primeiro versus RCP primeiro.
40. Variáveis de Tempo
Pontos Críticos:
• Identificação da PCRE e início das manobras de
ressuscitação (diagnóstico e início < 4 minutos);
• Aplicação do primeiro choque (administracão de
choques em ≤ 4 minutos do colapso).
45. Considerações
• O acesso vascular, a administração de fármacos e a
colocação de via aérea avançada, embora ainda
recomendados, não devem causar interrupções
significativas nas compressões torácicas, nem
retardar os choques.
46. Considerações
• As Diretrizes da AHA 2010 para RCP se baseiam em
um processo internacional de avaliação de
evidências, envolvendo centenas de cientistas e
especialistas em ressuscitação de todo o mundo.
47. Leitura Recomendada
• Destaques das Diretrizes da American Heart
Association 2010 para RCP e ACE.
48. Referências
• American Heart Association. Suporte Avançado de Vida
em Cardiologia, 2010.
• Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre
Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos (2009).
• Guimarães HP, Falcão LFR, Orlando JMC. Guia Prático de
UTI. AMIB. Vol. 1. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
• Pedroso, ERP; Oliveira, RG. Blackbook: Clínica Médica. 1
ed. Blackbook Editora. Belo Horizonte, 2007.