Similaire à Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS
Similaire à Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a disciplina de Avaliação de Terras do Curso de Agronomia da UFRGS (17)
2. •O primeiro sistema de classificação da capacidade de uso das
terras foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Serviço Nacional de
Conservação do Solo (NRCS-USDA).
•O método foi usado como base para muitos outros sistemas de
avaliação de terras e tem sido muito utilizado em todo o mundo.
•Sua origem é a década de 1930 e foi desenvolvido para uma
condição socioeconômica comum em típicas fazendas familiares da
parte central dos Estados Unidos, onde a conservação do solo e a
prevenção da degradação das terras eram críticos.
•Neste texto, o método de classificação da capacidade de uso das
terras refere-se ao método desenvolvido pelo NRCS-USDA (Klingebiel
e Montgomery, 1961), embora deva ser reconhecido que o termo
“capacidade de uso” é usado em diversos sistemas de classificação de
terras.
Sistema de Classificação da
Capacidade de Uso das Terras
3. •A classificação da capacidade de uso das terras é um sistema de
agrupamento das terras baseado principalmente na sua capacidade de
produzir cultivos e pastagens sem degradadas as terras por um longo
período de tempo.
•Este sistema tem o propósito de ajudar a decidir qual a combinação
de uso agrícola das terras e medidas de controle à erosão que permitam
o aproveitamento mais intensivo das terras de forma sustentável.
•O sistema agrupa as glebas em um pequeno número de categorias
ou classes hierarquicamente ordenadas, de acordo com os valores
limites de um número de propriedades do solo e do local.
•É um grupamento qualitativo de tipos de terras sem considerar a
localização ou as características econômicas da terra.
4. •O sistema classifica as terras segundo uma seqüência de usos
ordenados de forma descendente de nível de intensidade de
movimentação do solo e necessidade de práticas conservacionistas.
•À medida que a classe de capacidade de uso decresce, o número de
usos possíveis também decresce.
•A terra na menor classe de capacidade pode ser utilizada apenas para
recreação ou preservação ambiental.
•A terra é classificada com base em suas limitações permanentes.
•Isto implica na comparação de certas características de cada gleba
com os valores críticos de cada classe de capacidade de uso.
•Caso uma única limitação seja suficientemente grave para rebaixar a
terra a uma classe inferior, esta será a classificação final, não importando
quão favoráveis sejam as outras características (Dent &Young, 1981;
McRae & Burnham, 1981).
5.
6. •A classificação da capacidade de uso é uma classificação
interpretativa baseada na combinação dos efeitos do clima e
características permanentes do solo sobre os riscos de
degradas os solos, limitação ao uso e capacidade de
produção , e requerimentos de manejo do solo.
•A declividade, a textura, a profundidade do solo, os efeitos
de erosões anteriores, a permeabilidade, a capacidade de
reter umidade, o tipo de argila e outras características
similares são consideradas qualidades permanentes do solo.
As diversas suposições consideradas pelo sistema que
são listadas a seguir (Klingebiel e Montgomeri, 1961):
7. •Os solos dentro de uma capacidade de uso são similares
somente em relação ao grau de limitações ao uso agrícola ou
riscos de serem degradados quando usados;
•Uma relação favorável entre o que se gasta e o que se
produz é um dos critérios comuns usados para classificar um
solo numa classe de uso;
•Pressupõe-se um nível moderadamente alto de manejo;
•As classes de capacidade de uso I a IV se distinguem uma
da outra pela soma de graus de limitação ou riscos, que afeta
os requerimentos de manejo. Assim, diferenças de
necessidade de manejo podem ser maiores entre solos na
mesma classe do que solos de outra classe que apresentam
a mesma limitação;
8. •Não são consideradas limitações permanentes o excesso ou falta de
água, a presença de pedras, a presença de sais solúveis ou sódio ou o
perigo de inundações, desde que seja possível a eliminação destas
limitações;
•Os solos onde melhorias são possíveis são avaliados com suas
condições após a implementação das melhorias;
•A classificação da capacidade de uso é dinâmica e pode ser alterada
com a aquisição de novas informações;
• O sistema não considera distâncias de mercado, os tipos de estradas
ou rodovias, o tamanho e a forma da área, a localização das áreas, as
habilidades ou outras características dos produtores rurais;
•Áreas que devem ser colhidas a mão não podem ser classificadas nas
classes I a IV;
•Os solos adequados para cultivos também são adequados para
pastagens, reflorestamento e preservação da flora e da fauna;
•Para classificar em unidades, classes e subclasses de capacidade de
uso, deve-se dispor de informações oriundas de experimentação científica.
9. O sistema de capacidade de uso possui quatro níveis categóricos:
a) Grupos de Capacidade de Uso
b) Classes de Capacidade de Uso
c) Subclasses de Capacidade de Uso
d) Unidades de Capacidade de Uso
10. a) Grupos de Capacidade de Uso
Expressam o potencial de utilização agrícola, sendo estabelecidos
com base na intensidade de uso das terras. A intensidade de uso é
definida pela maior ou menor mobilização imposta ao solo, expondo-
o a certos riscos de erosão e/ou perda da produtividade, decorrentes
de distúrbios no solo, ou na redução da cobertura vegetal.
GRUPO A: Terras próprias para culturas (anuais e perenes) e outros
usos. Abrange quatro classes de capacidade de uso (I, II, III e IV);
GRUPO B: Terras impróprias para culturas, mas adaptáveis para
pastagens, silvicultura e refúgio da vida silvestre (V,VI e VII);
GRUPO C: Terras impróprias para a exploração agrícola econômica,
podendo servir apenas para recreação, abrigo da vida silvestre e
outros usos não agrícola (VIII).
11. b) Classes de Capacidade de Uso das Terras
As classes de capacidade de uso são baseadas nas alternativas
de uso e no grau das limitações. Terras comportando as mesmas
alternativas de uso e apresentando limitações semelhantes, são incluídas
na mesma classe. (I à VIII)
A - Terras próprias para culturas, pastagens e florestas.
Classe I: Terras aparentemente sem problemas de conservação (verde
claro).
•Inclui as terras altamente produtivas, praticamente planas, fáceis de
serem trabalhadas, sem erosão aparente, sem pedras e bem drenadas.
•Não exigem práticas especiais de melhoramento ou proteção.
•São recomendadas apenas: - rotação de culturas, adubação de
manutenção e tratos culturais normais.
Classe II: Terras com problemas simples de conservação (amarelo).
•Inclui as terras produtivas, com declives suaves, facilmente trabalháveis,
erosão ligeira, podendo apresentar pedras ocasionais (menos de 1% da
área).
•Exigem práticas simples de conservação, tais como: - plantio em nível;
culturas em faixas; uso de fertilizantes e corretivos.
12. Classe III: Terras com problemas complexos de conservação
(vermelho)
•Inclui as terras com produtividade pelo menos razoável, podendo
apresentar declive e erosão moderados, ser planas e mal drenadas,
apresentar pedras e sulcos de erosão ou estar temporariamente
encharcadas.
•Exigem práticas intensivas tais como: terraceamento; cordões de
contorno; remoção de pedras; drenagem artificial; irrigação;
adubação e calagem; mesmo em pastagem é importante a
construção de sulcos em nível.
Classe IV: Terras com sérios problemas de conservação (azul).
•Inclui as terras pouco produtivas, com declives fortes, erosão
acentuada, solos rasos ou com bastante pedras.
•Cultivados ocasionalmente ou em extensão limitada, sendo melhor
aproveitadas para culturas perenes ou pastagens, com práticas
intensivas de melhoramentos ou proteção.
13. B) Terras impróprias para culturas, mas próprias para pastagens e
florestas:
Classe V: Terras próprias para pastagens, florestas e silvicultura, sem
restrições especiais de uso. (verde escuro).
•Inclui as terras de boa produtividade, planas e não sujeitas à erosão,
mas não se prestam para a agricultura por serem excessivamente
úmidas ou sujeitas a inundações freqüentes ou por serem muito
pedregosas.
Classe VI: Terras próprias para pastagens e florestas, com restrições
de uso. (alaranjado).
•Inclui as terras de baixa produtividade, ou então com alta
produtividade, mas com outros problemas, tais como pedregosas, muito
inclinadas ou severamente erodidas.
•Embora impróprias para o cultivo, essas terras podem sustentar uma
vegetação permanente, como pastagens e florestas com restrições
moderadas de uso.
•As restrições referentes as pastagens são: ajuste do número de
animais; divisão dos pastos; rotação do pastoreio; adubação das
pastagens fracas e práticas mecânicas para o controle de erosão.
14. Classe VII: Terras de pastagens ou florestas com severas restrições de
uso (marron).
•Inclui as terras de produtividade variável, mas em geral muito íngremes,
severamente erodidas ou muito pedregosas.
•Exigem grandes cuidados quando utilizadas para pasto ou floresta.
•A maior parte dessas terras são indicadas para florestas.
C - Terras impróprias para vegetação economicamente produtivas.
Classe VIII: Terras impróprias para culturas, pastagens ou exploração
florestal, podendo servir apenas para abrigo da fauna silvestre ou
recreação. (roxo).
•Inclui as terras excessivamente íngremes ou pedregosas, estéreis ou
completamente arruinadas pela erosão.
•Incluem-se nesta classe:
- os brejos e pântanos, cuja recuperação não é econômica;
- áreas que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação
(voçorocas, escavações, afloramentos de rochas, etc.).
•Algumas terras da classe VIII, podem ser usadas para abrigo da fauna
silvestre (caça e pesca) e outros como lugares de recreação.
15. A - Terras cultiváveisA - Terras cultiváveis
Classe IClasse I - ...sem problemas especiais de conservação;- ...sem problemas especiais de conservação;
Classe IIClasse II - ...problemas simples de conservação;- ...problemas simples de conservação;
Classe IIIClasse III - ...problemas complexos de conservação;- ...problemas complexos de conservação;
Classe IVClasse IV - ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada,- ...apenas ocasionalmente ou em extensão limitada,
com sérios problemas de conservação.com sérios problemas de conservação.
B – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumasB – Terras cultiváveis, apenas em casos especiais, para algumas
culturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ouculturas permanentes, e adaptadas, em geral, para pastagem ou
reflorestamentoreflorestamento
Classe VClasse V - ... sem necessidades especiais de conservação (sem- ... sem necessidades especiais de conservação (sem
problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-problemas de erosão, limitação devida à saturação por água-
encharcamento);encharcamento);
Classe VIClasse VI - ...com problemas especiais de conservação;- ...com problemas especiais de conservação;
Classe VIIClasse VII - ...com problemas complexos de conservação.- ...com problemas complexos de conservação.
C – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias paraC – Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para
preservação permanentepreservação permanente
Classe VIIIClasse VIII
16. C) Subclasses de Capacidade de Uso
As subclasses de capacidade de uso são definidas em função da
natureza da limitação mais forte.
As limitações que caracterizam as subclasses são:
e - erosão ou risco de erosão.
a ou (w) - excesso de água (ou deficiência de oxigênio).
s - limitações devidas ao solo.
c - limitações climáticas (principalmente precipitação).
•As subclasses de capacidade de uso são identificadas por letras
minúsculas, indicadoras do tipo de limitação mais forte, as quais são
acrescentadas aos algarismos romanos que representam as classes de
capacidade de uso.
•Quando ocorrem duas espécies de limitação em graus semelhantes,
são ambas indicadas separadas por uma vírgula.
17. d) Unidades de Capacidade de Uso
São baseadas nas condições específicas que influenciam o uso e/ou
manejo das terras, podendo ser identificados por algarismos
arábicos acrescentados aos símbolos da subclasse, separados por
um hífen.
A unidade de capacidade de uso torna mais explícita a natureza da
limitação, facilitando a definição de práticas de manejo e
conservação.
Exemplo: Um solo pertencente à subclasse IIIs, ou seja sua maior
limitação é devido ao solo, mas não indica realmente qual é essa
limitação, pois pode ser problema de: pouca profundidade, ou
apresentar muitas pedras, ou salinidade etc.
Com o emprego da unidade, teríamos, por exemplo: III s-1
(indicando que a limitação é por problema de profundidade do solo);
ou III s-3 (indicando que a limitação é devido à pedregosidade).
18. e
(exceto V)
a
c
s
01. declive acentuado
02. declive longo
03. mudança textural abrupta
04. erosão laminar
05. erosão em sulcos
06. erosão em voçorocas
07. erosão eólica
08. depósitos de erosão
09. permeabilidade baixa
10. horizonte A arenoso
01. pouca profundidade
02. textura arenosa em todo perfil
03. pedregosidade
04. argilas expandidas
05. baixa saturação por bases
06. toxicidade de alumínio
07. baixa capacidade de troca
08. acidos sulfatados ou sulfetos
09. alta saturacão com sódio
10. excesso de sais solúveis
11. excesso de sais solúveis
01. lençol freático elevado
02. risco de inundação
03. subsidência em solos orgânicos
04. deficiência de oxigênio no solo
05. neve
I
II
III
VI
V
IV
VII
VIII
01. seca prolongada
02. geada
03. ventos frios
04. granizo
GRUPOS CLASSES UNIDADES DE USOSUBCLASSES
Esquema de classes,
subclasses e
unidades de
capacidade de uso.
19. O agrupamento dos solos em classes e subclasses de capacidade de uso
está baseado na avaliação do seguinte:
•habilidade do solo em responder ao uso e manejo, evidenciado pelo teor
de matéria orgânica, % de saturação de bases, classe textural, tipo de
material de origem, capacidade de água disponível, resposta a adubações e
outras características do solo;
•textura e estrutura do solo na profundidade que influi o ambiente das
raízes e o movimento de ar e água;
•suscetibilidade à erosão, evidenciada pela classe taxonômica do solo e
declividade;
•excesso superficial de água periódica ou contínua causada pela baixa
permeabilidade do solo ou a presença de lençol freático superficial ou por
inundação;
•profundidade do solo ou presença de camadas que inibam a formação de
raízes;
•presença de sais tóxicos ao crescimento das plantas;
•obstáculos físicos, tais como rochas e outros;
•clima, temperatura e umidade efetiva.
20. Existem dois processos que podem ser usados para o enquadramento das
terras em classes, o método paramétrico e o método sintético (Young, 1976,
citado em Lepsch et al. 1991).
•Quando se usa o método sintético, analisa-se como um todo o conjunto
de informações sobre as limitações da terra ao uso e determina-se a classe
de capacidade de uso por comparação com a situação ideal e avaliando-se
a necessidade de práticas conservacionistas e a possibilidade de uso.
•No método paramétrico utilizam-se pesos ou parâmetros quantitativos ou
qualitativos para o enquadramento em classes de capacidade de uso.
•Por exemplo, determinando-se qual o grau de limitação ou qual o valor
medido de uma característica que é o máximo admissível para que a terra
seja enquadrada numa determinada classe.
•Este processo baseia-se em tabelas ou chaves, que embora requeiram
um processo subjetivo de elaboração, servem para permitir a uniformização
e possibilidade de repetição do processo de classificação das terras.
21. Clase
Característica I II III IV V VI VII
Regime de umidade e
temperatura do solo
Udico e
mésico ou
mais
quente
Údico
intermediár
io para
ustico
ustico Ústico
intemediário
para ustico
- Ústico
intemediár
io para
tórrico
torrico
Umidade do solo:
condutividade após
drenagem (cm/h)
>2 >2 0,125-2,0 <0,125 - - -
Efeito do sal nos
cultivos
- ligeira moderada Séria em terras
cultivadas
- Séria em
terras
cultivadas
Satisfatório
cresciment
o
virtualment
e
impossível
Concentração de sal
(%)
Condutividade do
extrato saturado
(umho/cm)
- 4-8 8-10 10-15 - 10-15 >15
Perda de solo
estimada para cultivo
morro abaixo, 9%
declive e 22,1m de
comprimento (ton/há)
0-8 8-31 31-78 78-144 - 144-222 >222
Profundidade do solo
(cm)
>90 50-90 25-50 <25
Critérios sugeridos para
a alocação de terras no
Sistema de Classificação
da Capacidade de Uso
no Texas e Oklahoma
(Adaptada de McRae e
Burnham (1981).
22. LIMITAÇÀO SIMBOLO CLASSES DE LIMITAÇÀO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO
I II III IV V VI VII VIII
A O -3 % X
CLASSES B 3 -6% X
C 6 -12% X
DE D 12 -20% X
E 20 -40% X
DECLIVE F 40 - 70% X
G 70 -100% X
FERTILI 1 MUITO ALTA X
DADE 2 ALTA X
3 MÉDIA X
APARENTE 4 BAIXA X
5 MUITO BAIXA X
1 MAIS DO QUE 200CM X
PROFUND. 2 100 - X
3 50 - X
EFETIVA 4 25 - X
5 MENOS QUE X
DRENAGEM 1 EXCESSIVA X
2 BOA X
INTERNA 3 MODERADA X
4 POBRE X
5 IMPEDIDA X
DEFLÚVIO 1 MUITO RÁPIDO X
2 RÁPIDO X
SUPERFICIALLLL 3 MODERADO X
4 LENTO X
5 MUITO LENTO X
1 SEM PEDRAS X
2 MENOR OU = A 1% X
PEDREGO- 3 1 - 10% X
4 10 - 30% X
SIDADE 5 30 - 50% X
6 MAIS DE 50% X
RISCO DE 1 OCASIONAIS X
2 FREQUENTES X
INUNDAÇÃO 3 MUITO FREQUENTES X
0 NÃO APARENTE X
EROSÃO 1 LIGEIRA X
2 MODERADA X
LAMINAR 3 SEVERA X
4 MUITO SEVERA X
5 EXTREMA/TE SEVERA X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
SUPERFIC. 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
RASOS 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO 7 OCASIONAIS X
EM SULCOS 8 FREQUENTES X
PROFUNDOS 9 MUITO FREQUENTES X
EROSÃO EM 7V OCASIONAL X
VOÇOROCA 8V FREQUENTE X
9V MUITO FREQUENTE X
23. CLASSES DE LIMITAÇÃO
FATOR DESCRIÇÃO QUANTIFICAÇÃO CLASSES DE CAPACIDADE DE USO
I II III IV V VI VII VIII
Profundidade efetiva Muito profundo +200 cm x x x x x x x x
Profundo 100m a 200 cm x x x x x x x x
Moderadamente profundo 50 a 10 cm x x x x x x x
Raso 25 a 50 cm x x x x x
Muito raso < 25 cm x x x
Drenagem interna Excessiva x x x x x x x
Boa x x x x x x x x
Moderada x x x x x x x
Pobre x x x x x x
Muito pobre x x x x
Declividade Levemente ondulado 0 a 3% x x x x x x x x
Pouco ondulado 3 a 5% x x x x x x
Ondulado 5 a 12% x x x x x
Acidentado 12 a 20% x x x x
Muito acidentado 20 a 40% x x x
Excessivamente
acidentado
>40% x x
Erosão laminar Não aparente >25 cm x x x x x x x x
Ligeira 25 a 15 cm x x x x x x x
Moderada 15 a 5 cm x x x x x
Severa (horizonte B
exposto)
- x x x
Muito severa (B muito
erodido)
- x x
Extremamente severa
(afloramento do C)
- x
Em sulcos em função da
freqüência de
aparecimento
Ocasionais < 30 sulcos x x x x x x
Freqüentes 30 sulcos x x x x x
Muito frequentes 75% da área x x x x
Em sulcos em função da
profundidade
Superficiais
Podem ser cruzados e
desfeitos
x x x x x
Rasos
Podem ser cruzados mas
não desfeitos por preparo
normal
x x x x
Profundos
Não podem ser cruzados
por máquinas
x x
Fatores
determinantes das
classes de
capacidade de
uso (Adaptado de
Estado do RS,
1983)
24. Vantagens do uso do sistema (McRae e Burnham, 1981):
•o sistema apresenta uma divisão em um pequeno número de
categorias, tornando-o de fácil entendimento;
•o sistema é qualitativo, o que é uma forma realística de proceder no
atual estado do conhecimento;
•o sistema é versátil, pois a natureza e a severidade das limitações
consideradas podem ser modificadas para adequar-se a condições
locais;
•o sistema pode ser aplicado facilmente por especialista, sendo também
facilmente aplicável por pessoas menos experientes quando usa-se o
método paramétrico;
•é apresentada uma classificação com fins genéricos que mostra
claramente quais são as terras capazes de sustentar o crescimento de
plantas;
25. •ajuda a encorajar a conservação do solo, pois evidencia os efeitos
adversos do mal uso dos solos;
•reflete a aptidão atual da terra num nível de manejo, mas pode também
ser projetado para níveis de manejo mais altos;
•a hierarquia do sistema (classes, subclasses e unidades) permite que o
sistema seja aplicado no nível mais apropriado;
•é uma forma útil de relacionar informações ambientais, de solo e
tecnológicas para produção agrícola;
•os resultados da classificação podem ser facilmente demonstrados em
mapas;
•é muito utilizado, tanto em países desenvolvidos como em países em
desenvolvimento;
•os resultados são razoáveis e aceitáveis, usualmente concordando com
a opinião local.
26. Como desvantagens do uso do sistema, pode-se citar (McRae e Burnham,
1981):
•o sistema é subjetivo, principalmente quando usado o método sintético,
onde simplesmente a opinião do avaliador é considerada. Entretanto, ao
menos a subjetividade é óbvia, e não obscurecida através de fórmulas
matemáticas;
•as interações entre diferentes fatores limitantes são difíceis de serem
consideradas;
•a divisão em poucas categorias é um pouco grosseira;
•a ordenação dos potenciais tipos de uso pode dar a impressão errada de
verdadeiro valor da terra para uso. Por exemplo, terras das classes V e VI
podem ser ideais para o uso muito valorizado com arroz irrigado;
•não há indicação de aptidão da terra para um cultivo específico;
•o sistema não considera fatores sócio-econômicos, não indicando o valor
monetário relativo da terra ou sua lucratividade, importante para planejadores;
•é um sistema negativo, enfatizando mais as limitações do que o potencial
positivo das terras;
•pode ser difícil de determinar a capacidade de uso das terras quando há