O documento descreve as alterações propostas à ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico de 1990, que afetam principalmente a eliminação ou conservação de letras em certas sequências consonânticas e vogais nas palavras. As alterações visam unificar as ortografias do português europeu e brasileiro.
2. • Foi aprovado em 2008 por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil
e Portugal, ficando prevista a sua implementação a partir de 2009.
• A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é
considerada prejudicial para a sua unidade intercontinental sendo
desejável uma unificação. Foram propostas alterações que
afectaram ambas as normas ortográficas vigentes.
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3. Não sofreram alterações
• BASE I: do alfabeto e dos nomes próprios
estrangeiros e seus derivados
• BASE II: do H incial e final.
• BASE III: da homofonia de certos grafemas
consonânticos
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4. BASE IV
BASE IV: c das sequências interiores
1.º o das sequências consonânticascc, cç e ct, e o p das
sequências interiores pc, pç e pt, ora se conservam, ora
se eliminam.
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5. BASE IV
a) Conservam-se quando se dizem:
compacto, convicção, ficção, friccionar, pacto,
BASE IV: das sequências consonânticas erupção, eucalipto.
adepto, apto, rapto,
b) Eliminam-se quando são mudos:
ação, acionar, ativo, afetivo, ato, coleção, coletivo,
direção, diretor, exato, objeção;
adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.
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6. BASE IV
c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente quando
oscilam entre a prolação e o emudecimento:
BASE IV: das sequências consonânticas
aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e
carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e
setor, ceptro e cetro, concepção e conceção,
corrupto e corruto, recepção e receção;
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7. BASE IV
d) Nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar
o p, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç
e nt:
BASE IV: das sequências consonânticas
assumpcionista e assuncionista; assumpção e
assunção; assumptível e assuntível; peremptório e
perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e
suntuosidade.
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8. BASE IV
2.º Casos de oscilação entre a prolação e o
emudecimento:
- O b da sequência bd e da sequência bt em
BASE IV: das sequências consonânticas(e seus derivados);
súbdito e em subtil
- O g da sequência gd, em amígdala, amigdalite;
- O m da sequência mn, em amnistia, indemnizar,
omnipotente, omnisciente, etc.;
- O t da sequência tm, em aritmética e aritmético
conserva-se ou elimina-se.
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9. Não sofreram alterações
• BASE V: das vogais átonas
• BASE VI: das vogais nasais
• BASE VII: dos ditongos
• BASE VIII: da acentuação gráfica das palavras oxítonas
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10. BASE IX: da acentuação gráfica das palavras paroxítonas.
3.º Não se acentuam os ditongos representados por ei e oi
da sílaba tónica das palavras graves. Oscilam entre o
fechamento e a abertura na sua articulação:
BASE IV: das sequências consonânticas
assembleia, boleia, ideia, baleia, cadeia, cheia,
meia, epopeico, onomatopeico, proteico;
apoio (de apoiar), apoio (subst.), Azoia, boia, boina,
comboio (subst.), dezoito, heroico, jiboia, paranoico.
(Mudança que afeta mais palavras no Brasil)
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11. BASE IX
4.º É facultativo assinalar com acento agudo as formas
verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos,
louvámos, para as distinguir das correspondentes formas
BASEpresente do indicativo (amamos, louvamos), já que o
do IV: das sequências consonânticas
timbre da vogal tónica é aberto naquele caso em certas
variantes do português.
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12. BASE IX
6.º Assinalam-se com acento circunflexo:
b) Facultativamente, dêmos (1.ª pessoa do plural do
presente do conjuntivo), para se distinguir da
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo
BASE IV: das sequências consonânticas
(demos); fôrma (substantivo), distinta de forma
(substantivo; 3.ª pessoa do singular do presente do
indicativo ou 2.ª pessoa do singular do imperativo do verbo
formar).
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13. BASE IX
7.º Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais
paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato
com a terminação -em da 3.ª pessoa do plural do presente
BASEindicativo ou do conjuntivo, conforme os casos:
do IV: das sequências consonânticas
creem, deem (conj.), desdeem (conj.), leem,
preveem, releem, reveem, tresleem, veem.
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14. BASE IX
9.º Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do
circunflexo, para distinguir palavras graves que, tendo
respetivamente vogal tónica aberta ou fechada, são
homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se
BASE IV: das sequências consonânticas
distinguir pelo acento gráfico:
- para (á), de parar, e para, preposição;
- pela(s) (é), de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s);
- pelo (é), de pelar, e pelo(s) (ê), substantivo ou combinação
de per e lo(s);
- polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e
popular de por e lo(s); etc.
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15. BASE XI: da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
3.º Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras
esdrúxulas, cujas vogais tónicas grafadas e ou o estão em
final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais m ou
n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou
BASE IV: das sequências consonânticas
fechado:
académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico,
cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero,
topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo,
génio/gênio, ténue/tênue.
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16. Não sofreram alteração
BASE XII: do emprego do acento grave
BASE XIII: da supressão dos acentos em palavras derivadas
BASE XIV: do trema (Só muda no Brasil)
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17. BASE XV: do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
1.º Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que
não contêm formas de ligação e cujos elementos, constituem uma
unidade e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o
primeiro elemento estar reduzido:
BASE IV: das sequências consonânticas
ano-luz, arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel,
tio-avô, turma-piloto; amor-perfeito, guarda-noturno, norte-americano,
sul-africano; afro-asiático, azul-escuro, luso-brasileiro,
primeiro-ministro, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva
Nota: grafam-se aglutinadamente - girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
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18. BASE XV
6.º Nas locuções de qualquer tipo, não se emprega em geral o hífen,
salvo algumas exceções já consagradas pelo uso:
água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,
pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
BASE IV: das sequências consonânticas
Exemplo de emprego sem hífen:
a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;
b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho
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19. BASE XVI: do hífen nas formações por prefixação,
recomposição e sufixação.
Só se emprega o hífen:
a) Quando o segundo elemento
BASE IV: das sequências consonânticas começa por h:
anti-higiénico, co-herdeiro, extra-humano,
super- homem, geo-história, neo-helénico,
pan-helenismo, semi-hospitalar.
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20. BASE XVI
b) Nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal
com que se inicia o segundo elemento:
anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar,
BASE IV: das sequências consonânticas
supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação,
eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Nota: Exceto nas formações com o prefixo co-:
coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação,
cooperar, etc.;
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21. BASE XVI
c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o
segundo elemento começa por vogal, m ou n:
circum-escolar, circum-murado, circum-navegação;
BASE IV: das sequências consonânticas
pan-africano, pan-mágico, pan-negritude;
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22. BASE XVI
d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-,
quando combinados com elementos iniciados por r:
hiper-requintado, inter-resistente, super-revista;
BASE IV: das sequências consonânticas
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23. BASE XVI
e) Nas formações com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e
vizo- e os prefixos tónicos acentuados pós-, pré- e pró- :
ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente,
BASE IV: das sequências consonânticas
ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre,
vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei;
pós-graduação, pós-tónico (mas pospor); pré-escolar,
pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas
promover)
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24. BASE XVI
2.º Não se emprega o hífen:
a) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa por r ou s, duplicando-se estas
consoantes:
BASE IV: das sequências consonânticas
antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha,
cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, biorritmo,
biossatélite, microssistema, microrradiografia;
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25. BASE XVI
b) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa por vogal diferente:
antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial,
BASE IV: das sequências consonânticas
autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial,
hidroelétrico, plurianual.
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26. BASE XVII: do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
1.º (sem alteração) Emprega-se o hífen na ênclise e na
tmese:
amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei,
enviar-lhe-emos.
BASE IV: das sequências consonânticas
2.º Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às
formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo
haver:
hei de, hás de, hão de, etc.
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28. BASE XIX: das minúsculas e maiúsculas.
1.º A letra minúscula inicial é usada:
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano:
segunda-feira; outubro; primavera;
BASE IV: das sequências consonânticas
c) Nos bibliónimos: (opcionalmente)
O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães,
Menino de Engenho ou Menino de engenho,
Árvore e Tambor ou Árvore e tambor;
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano;
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29. BASE XIX
e) Nos pontos cardeais (mas não nas abreviaturas):
norte, sul (mas: SW sudoeste);
f) Nos títulos e hagiónimos (opcionalmente, neste caso, também com
maiúscula): IV: das sequências consonânticas
BASE
senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, santa
Filomena (ou Santa Filomena);
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas
(opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português),
matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas
e Literaturas Modernas).
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30. BASE XIX
2.º A letra maiúscula inicial é usada:
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados
absolutamente:
BASE IV: das sequências consonânticas
Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de
Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros
países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por
oriente asiático;
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31. BASE XX: da divisão silábica
6.º Na translineação de uma palavra composta ou de uma
combinação de palavras em que há um hífen ou mais, se a
partição coincide com o final de um dos elementos ou
membros, IV: das sequências consonânticas
BASE deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no
início da linha imediata:
ex- -alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos,
vice- -almirante.
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37. A consultar:
• ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional
(www.iltec.pt)
• Portal da Língua Portuguesa
• O Conversor do Acordo Ortográfico Porto Editora
BASE IV: das sequências consonânticas
• O corretor Lince
• Vocabulário Ortográfico do Português (VOP)
• Observatório da Língua Portuguesa
(www.observatorio-lp.sapo.pt)
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39. - Supressão da escrita das consoantes não articuladas
- Dupla acentuação
- Supressão de acento gráfico nos ditongos ei e oi tónicos
das palavras paroxítonas.
-Supressão de sequênciascircunflexo (opcional)
BASE IV: das
acento consonânticas
É facultativo o acento agudo nas formas verbais de pretérito
perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos.
Clara Barros
40. Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais
paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato
com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos:
BASE IV: das sequências consonânticas
creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.),
leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem,
tresleem, veem.
Clara Barros
41. -Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da
formação começa por h ou pela mesma vogal ou consoante
com que termina o prefixo
- Emprega-se osequências consonânticas
BASE IV: das
hífen quando o prefixo termina em m e o
segundo elemento começa por vogal, m ou n
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42. - Emprega-se o hífen nas formações em que o prefixo
termina na mesma vogal com que se inicia o segundo
elemento. Mas com o prefixo co-, este aglutina-se em geral
com o segundo elemento.
BASE IV: das sequências consonânticas
-Emprega-se o hífen com os seguintes prefixos:
ex-, sota- e soto-, vice- e vizo- pós-, pré e pró-.
Clara Barros
43. - Quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por r ou s, estas consoantes dobram-se
(microssistema)
Quando o IV: das sequências consonânticas
BASE
prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por vogal diferente daquela, as duas formas
aglutinam-se, (antiaéreo)
Suprime-se o hífen nas formas: hei de, hás de, há de
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44. -Supressão de maiúsculas
nos nomes de pontos cardeais: sul, norte;
BASE IV: das sequências consonânticas
nos títulos: senhor presidente;
nos designativos dos meses e dias de semana: dezembro,
maio;
nos títulos bibliográficos: A ilustre casa de Ramires.
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45. Breve apresentação - cronologia das reformas e acordos.
Este acordo das sequências consonânticas«Bases analíticas
BASE IV: põe perante nós as
simplificadas da língua portuguesa de 1945, renegociadas
em 1975, consolidadas em 1986 e ratificadas em 1990»
Clara Barros
46. Gafia do Português desde finais do Séc XII - A escrita
praticada no período medieval era de cariz fonético e
etimológico.
BASE IV: das sequências consonânticas
Do Séc XVI até séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita
praticada era de cariz etimológico.
Clara Barros
47. 1885 – Bases da Ortografia Portuguesa, de Gonçalves Viana
1904 – Ortografia Nacional, de Gonçalves Viana
1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar
BASE IV: das sequências consonânticas
a escrita nas suas publicações.
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48. 1911 – Primeira Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa:
Uniformização e simplificação da ortografia.
BASE IV: das sequências consonânticas
Não foi extensiva ao Brasil.
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49. 1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o
Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e
simplificar a ortografia da língua portuguesa.
BASE IV: das sequências consonânticas
Clara Barros
50. 1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na
primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.
1945 – Um novo Acordo Ortográfico – “Bases analíticas
simplificadas da língua consonânticas torna-se lei em Portugal,
BASE IV: das sequências portuguesa”
mas não no Brasil.
Os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do
Vocabulário de 1943.
Clara Barros
51. 1967 – Revisão do acordo de 1945.
1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as
divergências ortográficas com Portugal.
BASE IV: das sequências consonânticas
1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo
as divergências ortográficas com o Brasil.
Clara Barros
52. 1975 – Novo projeto de acordo, que não é aprovado
oficialmente.
1986 – Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa - Acordo Ortográfico de 1986. (Sete países de
língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde,
BASE IV: das sequências consonânticas
Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe).
1990 – Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa. Elaboração da base do Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, no dia 1 de
janeiro de 1994.
Clara Barros
53. 1995 – O Acordo Ortográfico de 1990 é ratificado por Portugal,
Brasil e Cabo Verde.
1998 - Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa.
2002 – Timor-Leste torna-se independente e passa a integrar a
Comunidade dossequências de Língua Portuguesa (CPLP).
BASE IV: das Países consonânticas
2004 – Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa.
Clara Barros
54. 2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o
documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo
Ortográfico de 1990.
2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal.
2009 –BASE IV: das sequências consonânticas Ortográfico de 1990 no
Entrada em vigor do Acordo
Brasil. Implementação em Portugal.
São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-
Bissau ratificaram o Acordo Ortográfico de 1990, embora não
o tenham implementado.
Falta a ratificação de Angola e Moçambique.
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55. O Acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica
absoluta que rondava os 100% do vocabulário geral da língua.
o Acordo de 1986 conseguia a unificação ortográfica em cerca
BASE IV: das sequências consonânticas
de 99,5% do vocabulário geral da língua.
O novo Acordo unifica ortograficamente cerca de 98% do
vocabulário geral da língua.
Clara Barros
56. O contexto permite distinguir tais homógrafas.
para (á), flexão de parar, para, preposição pelo (é), flexão de
pelar, pelo (ê), substantivo, pelo, contracção de per e lo, etc.
1. Igual a IV: das sequências consonânticas e acerto (é), flexão de
BASE acerto (ê), substantivo,
acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de
acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução
de cor; sede (ê) e sede (é), fora (ô), flexão de ser e ir, e fora
(ó), advérbio etc.;
Clara Barros
57. 2. Não se assinala, em geral, na ortografia do português, o
timbre das vogais tónicas a, e e o das palavras paroxítonas.
O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por
exemplo: cada sequências consonânticas (â) e tara (á); janela (é) e
BASE IV: das (â) e fada (á), para
janelo (ê), escrevera (ê), e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô),
virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc.
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58. A nova regra ortográfica para estes casos é muito clara:
As consoantes c e p de certos grupos consonânticos só se
escrevem quando se pronunciam em qualquer pronúncia
culta da língua.sequências consonânticas
BASE IV: das Ou seja: pronunciam-se escrevem-se, não se
pronunciam não se escrevem, com enormes vantagens
pedagógicas.
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59. Várias consoantes etimológicas se foram perdendo: anedota,
contrato, dicionário, tratar, prática, vitória, estrutura, ditar
BASE IV: das sequências consonânticas
Clara Barros
60. Mantêm-se na língua palavras com vogal átona aberta, não
assinaladas por „letra muda‟ nem nenhum outro sinal gráfico,
sem que isso cause perturbação. Exemplos:
BASE IV: das sequências consonânticas
geração, caveira, credor, quaresmal,sarmento,
especado, especular, aguar, aguadeiro, aguaceiro,
esfomeado, retaguarda, sadio, agachar, retrovisor,
eborense, corar, padeiro, oblação, pregar,
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61. Por outro lado, a conservação de „consoante muda‟ não
impede a tendência para o ensurdecimento da vogal anterior
em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão,
tactear, etc.;das sequências consonânticas
BASE IV:
Clara Barros
62. A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de
que as consoantes c e p em certas sequências
consonânticas se suprimem, quando não articuladas, conduz
a algumas incongruências:
BASE IV: das sequências consonânticas
• apocalítico a par de apocalipse
• Egito a par de egípcio
• Noturno ao lado de noctívago, etc.
Clara Barros
63. Já existem nas bases de 1945 divergências ortográficas do
mesmo tipo das que agora se propõem:
• assunção ao lado de assumptivo
BASE IV: das sequências consonânticas
• cativo a par de captor e captura
• dicionário, mas dicção, etc.
Clara Barros
64. De um modo geral pode dizer-se que o emudecimento da
consoante (excepto em dicção, facto, sumptuoso e poucos
mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países
africanos, IV: das sequências consonânticasoscilação entre a prolação e
BASE
enquanto no Brasil há
o emudecimento da mesma consoante.
Clara Barros