3. O pré-modernismo foi uma manifestação artística, na qual ocorreu entre o final do século XIX e o início do século XX. Nesse mesmo período (Exatamente em 1894) a Europa se preparava para a primeira guerra mundial. O Brasil começava a viver um novo período da sua história republicana. No final do século XIX (em 1897), ocorreu no estado da Baia, a guerra de canudos, que foi tema utilizado pelo escritor pré-modernista Euclides da Cunha no livro Os Sertões.
4. Características: Apesar de o Pré-Modernismo ter sido um movimento em que cada autor apresenta características bem variadas, algumans delas podem ser encontradas em mais de um autor, podendo, então, compor as características do Pré-Modernismo: Ruptura com o passado, proporcionando alguns ideais inovadores não vistos em movimentos anteriores. Denúncia da realidade brasileira, criticando pesadamente as visões românticas e parnasianas de um Brasil perfeito O regionalismo; autores escrevem suas estórias retratando costumes e tradições regionais * aparecem pela primeira vez os tipos humanos marginalizados, na forma do caipira, do nordestino, do mulato, etc... * o relato de fatos reais permite que os autores incluam em suas obras fatos históricos da época.
5. No século XX (exatamente em 1922) aconteceu a Semana de Arte Moderna no Brasil, que foi a ruptura total com o passado, dando origem ao modernismo, sendo que o pré-modernismo foi o período de transição do Parnasianismo (Simbolismo) para o modernismo.
7. Embora nãos seja ficção, este livro de Euclides da Cunha pode ser considerado uma obra literária pelo tratamento artístico a que o autor submeteu o assunto e a linguagem. E pode ser considerado pré-moderno pela visão crítica que teve o autor na analise dos fatos que presenciou na região de Canudos.
8. Segundo o autor, os sertanejos que se refugiaram na vila de Canudos, onde criaram um estilo comunitário de vida, não poderiam ser considerados culpados mas produtos de uma série de fatores econômicos, geográficos, raciais e históricos. Abandonada pelo governo, a população miserável do sertão - formada pela mistura do branco com o negro e o índio - foi se isolando cada vez mais, organizando-se em comunidades fechadas e muito atrasadas culturalmente, facilitando o surgimento do misticismo e fanatismo religiosos. Com isso, criava-se promessas de paraíso e redenção.
9. O livro divide-se em três partes: "A terra" - em que o autor estuda cientificamente a região; "O homem" - em que procura mostrar as características peculiares do sertanejo; "A luta" - que narra os combates ocorridos entre as tropas do governo e os sertanejos
13. O historiador só pode avaliar a altitude daquele homem, que por si nada valeu, considerando a psicologia da sociedade que o criou. Isolado, ele se perde na turba dos neoróticos vulgares. Pode ser incluído numa modalidade qualquer de psicose progressiva. Mas, posto em função do meio, assombra. É uma diátese, e é uma síntese. As fases singulares da sua existência não são, talvez, períodos sucessivos de uma moléstia grave, mas são, com certeza, resumo abreviado dos aspectos predominantes de mal social gravíssimo.
14. ‘’Não era um incompreendido. A multidão aclamava-o representante natural das suas aspirações mais altas. Não foi, por isto, além. Não deslizou para a demência. No gravitar contínuo para o mínimo de uma curva, para o completo obscurecimento da razão, o meio reagindo por sua vez amparou-o, corrigindo-o, fazendo-o estabelecer encadeamento nunca destruído nas mais exageradas concepções, certa ordem no próprio desvario, coerência indestrutível em todos os atos e disciplina rara em todas as paixões, de sorte que ao atravessar, largos anos, nas práticas ascéticas, o sertão alvorotado, tinha na atitude, na palavra e no gesto, a tranqüilidade, a altitude e a resignação soberana de um apóstolo antigo...” Euclides da Cunha
15. O inspirador de tudo A figura carismática e impressionante de Antônio Maciel, o Conselheiro, cumpriu um papel de líder, aglutinando em torno de sí uma multidão de sertanejos miseráveis, sedento de esperança e de melhores condições de vida. Foi com essa idéia que a sociedade canudense resistiu, até o fim, aos assédios das tropas do Exército enviadas para destruí-la.
16. “Numa época em que coronéis eram quem mandavam e desmandavam, e que o povo vivia quase numa escravidão Antonio conselheiro representou a liderança que eles queriam, tendo nele uma esperança de vida nova. Não que o que o “Conselheiro” pregava fosse verdade, mais era exatamente o que aqueles sertanejos sofridos queriam ouvir. Ele misturou religião, que é típico do povo nordestino, com a liberdade que todos queriam. Tendo assim uma população enorme seguindo os seus ideais. O povo de Canudos não passavam de sertanejos sofridos, que queria uma melhora de vida. Pessoas desiludidas com sua realidade que queriam ter suas terras e seus bens, foi justamente o que Antonio Conselheiro os proporcionou.”
17. A repercussão do movimento ocorreu sob o pretexto de que Conselheiro conspirava contra a República, defendendo avolta à monarquia. A resistência de Canudos contra a violenta repressão foi notável, e o núcleo conseguiu sobreviver a várias tentativas de destruição de uma forma “milagrosa”. O núcleo que se fundara , por volta de 1870, resistiu até 1897, quando se organizou a 4ª expedição, com 8.000 soldados sob o comando do general Artur de Andrada Guimarães. Assim o grupo foi arrasado, sua população, dizimada, restando poucos sobreviventes.
19. Nome: Euclides da Cunha Nascimento:20/01/1866 Natural:Cantagalo - RJ Morte:15/08/1909
20. Nasceu no Rio de Janeiro em 1886 e aí morreu em 1909. Cursou a Escola Militar e a Politécnica, formando-se em Engenharia. Mais tarde, desligado do Exército, foi colaborador do jornal O Estado de São Paulo que, em 1897, o enviou a Canudos, interior da Bahia, para informar sobre as operações que o Exército estava realizando para sufocar a rebelião liderada por Antônio Maciel, o Conselheiro. Em 1902, publica Os Sertões, baseado nas pesquisas e reportagens feitas para o jornal paulista, causando um grande impacto não só pela originalidade e exuberância de seu estilo como também pela corajosa crítica às ações do Exército que, em 1889, assumira o governo e proclamara a República. Em 1909, Euclides é assassinado, aos 43 anos, por Dilermano de Assis, amante de Saninha, numa estação de trem. Escreveu ainda Contrastes e Confortos (1907) e À Margem da História (1909)
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22. Equipe: Ana Juma Bianca Valões Gabryella Bezerra Simoneide Januário Gildária Brito YngridJayane