Danças Folclóricas do Brasil: Samba de Roda, Maracatu, Frevo e mais
1. DANÇAS FOLCLORICAS DO BRASIL
Introdução
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore
brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada
região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos,
acontecimentos do cotidiano e brincadeiras.
As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras
simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas,
geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.
Principais danças folclóricas do Brasil
Samba de Roda
Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado
da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos
dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho,
pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.
Maracatu
O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma
interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus.
Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens
históricos (duques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por
uma banda com instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).
Frevo
2. Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que,
ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada
por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem
dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva
colorido como elemento coreográfico.
Baião
Ritmo musical, com dança, típico da região nordeste do Brasil. Os instrumentos usados
nas músicas de baião são: triângulo, viola, acordeom e flauta doce. A dança ocorre em
pares (homem e mulher) com movimentos parecidos com o do forró (dança com corpos
colados). O grande representante do baião foi Luiz Gonzaga.
Catira
Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de
pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos
3. estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumento
utilizado é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos.
Quadrilha
É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases
e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas
da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma
coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias.
As músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e
Cai,Cai balão.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através
dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são
frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos
misteriosos ou sobrenaturais.
Algumas lendas folclóricas;
Saci
O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as
tribos indígenas do sul do Brasil.
O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está
com um cachimbo na boca.
4. Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas
pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.
Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um
negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito,
uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho
vermelho.
A principal característica do saci é a travessura, muito brincalhão ele se
diverte com os animais e com as pessoas, muito moleque ele acaba
causando transtornos como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar
os dedais das costureiras em buracos e etc.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser
capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua
obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Diz também a lenda, que os Sacis nascem em brotos de bambus, nestes
eles vivem sete anos e após esse tempo, vivem mais setenta e sete para
atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um
cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.
Iara
Rainhas das águas, de beleza fascinante. Enfeitiça os homens entoando
canções mágicas, ao ouvirem, são atraídos para a morte nas profundezas
do rio, lago ou mar, pois ao olharem para ela ficam cegos pelo esplendor de
sua beleza e caindo nas águas, afogam-se.
5. Segundo alguns, ela é uma índia de rara beleza, metade mulher, metade peixe e nesse
aspecto, confunde-se com a sereia européia.
Os caboclos dizem que a Iara deita-se sobre bancos de areia nos rios e fica brincando
com os peixinhos que passam em cardume, ou com um pente de ouro, penteia seus
longos cabelos, mirando-se no espelho das águas.
Onde houver um rio ou lago, haverá histórias dos encantamentos da Iara, que gosta de
namorar os homens valentes.
Curupira
O Curupira e uma espécie de gênio da floresta. Parece-se com um menino de
cabelos vermelhos, mas tem o corpo peludo, dentes verdes e os seus pés são
virados: o calcanhar para a frente e os dedos para trás. É ele quem cuida dos
animais da floresta. Dizem que esses ruídos misteriosos que vêm da mata são
causados por ele. Tolera os caçadores que caçam para comer, mas não tem
pena dos caçadores maldosos, principalmente dos que matam filhotes. Quando
vê um caçador que mata por prazer, judia tanto dele, mas tanto, que o coitado,
se não morre, fica louco para sempre.
Para proteger os animais, ele usa mil artimanhas, procurando iludir o caçador:
gritos, assobios, gemidos. O caçador pensa que é um animal ou uma ave e vai
atrás do Curupira. Quando percebe, está perdido na floresta.
Ao se aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai
batendo nos troncos das árvores. Assim, ele vê se elas estão fortes para
agüentar a ventania. Se percebe que alguma árvore poderá ser derrubada pelo
vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto de