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DIRETORIA DE ENSINO CAMPINAS OESTE

ORIENTAÇÃO TÉCNICA: TEMAS TRANSVERSAIS

    Educação das Relações Étnico-Raciais
           Educação Ambiental
             Educação e Saúde


     PCNPs: Adriana, Juvenal, Layla e Maristela
              Primavera, setembro/2012
TEMAS TRANSVERSAIS:
Educação das Relações Étnico-Raciais
       Considerações gerais

          PCNP Maristela Souza
                História
“Dorothy Counts, aos 15, a primeira estudante negra a frequentar o
       colégio Harding, em Charlotte, Carolina do Norte-EUA”
                  Folha de São Paulo, 09/09/2012

• Dorothy Counts tinha 15 anos quando se tornou a primeira
  menina negra no colégio Harding, em Charlotte, sul dos
  EUA. Era 4 de setembro de 1957, e a cidade tentava a
  integração racial.
• Por cinco dias, ela resistiu a pedras, cuspe e insultos. A
  provação a levaria a dedicar a vida à educação e viraria
  uma das imagens mais poderosas na luta por direitos civis
  que culminaria em Barack Obama.

Sobre o assunto ver:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1150525-aos-70-dorothy-counts-relembra-a-exp
Analisar as frases seguintes de modo que se possa
    discutir a presença de preconceitos, estereótipos
              e/ou racismo nelas embutidos:

 1.Marta é negra, mas é bonita.

 2. Seu João é um homem notável. Um preto de alma
  branca.
 3. Os jogadores negros de futebol só se casam com loiras
  burras.

 4. O negro quando não suja na entrada suja na saída.
Conceitos básicos
       para a
temática étnico-racial
Conceitos básicos para a
           temática étnico-racial
RACISMO:
- Serve para designar um comportamento hostil e
   de menosprezo em relação a pessoas de grupos
   humanos cujas características intelectuais ou
   morais são consideradas “inferiores”, por outros
   grupos que se consideram “superiores”, e sendo
   diretamente relacionadas a características
   “raciais”, ou seja, físicas ou biológicas.
Conceitos básicos para a
              temática étnico-racial
RACISMO: surgiu na sociedade ocidental no século XVIII
  – Fundamentação em pretensas bases científicas para explicar
     as diferenças entre os seres humanos e justificar a
     dominação do branco europeu sobre os povos de outros
     continentes durante a expansão colonial

• Contexto:
      - grandes cruzadas, guerras e colonizações: civilizar,
  catequizar, democratizar ou purificar as raças
      -Gerando barbárie/escravização/colonização pela busca do
  poder e dominação do “outro”

   • CONSEQUÊNCIA: dificuldade de pensar a diferença, de ver
     o mundo com os olhos dos outros
Conceitos básicos para a
            temática étnico-racial
PRECONCEITO:
  – Ideia que fazemos de uma pessoa, grupo de
    indivíduos ou povo, que ainda não conhecemos.
    É o tipo de sentimento ou opinião irrefletida que
    não tem nenhum fundamento racional
     • Consequência: serve para justificar o
       injustificável, ou seja, o tratamento desigual e
       a discriminação que são dirigidos a indivíduos
       ou grupos
Conceitos básicos para a
           temática étnico-racial

INTOLERÂNCIA:
  – Falta de respeito às práticas e crenças alheias
    que, por serem diferentes das nossas, são tidas
    como “erradas” e sem direito de existir

     • Consequência: rejeição ou exclusão
Conceitos básicos para a
               temática étnico-racial
ESTEREÓTIPOS:

- São preconceitos já bastante cristalizados que consistem em
  apreender, de maneira simplista e reduzida, os grupos
  humanos, atribuindo-lhes traços de personalidade ou de
  comportamento
- Esses preconceitos vão se transformando em posições diante
  da vida e, ao espelharem nas relações interpessoais, vão
  carregando consigo os estereótipos, a discriminação, o racismo,
  o sexismo, entre outros

Por exemplo: negros são preguiçosos, orientais são pacientes,
  brasileiros gostam de samba, mulheres dirigem mal, toda sogra
  é chata, todos os políticos são corruptos, toda criança negra vai
  mal na escola, o negro é burro, mulher bonita é burra
Conceitos básicos para a
            temática étnico-racial
DISCRIMINAÇÃO:
- É a conduta (pode ser da ação ou de omissão) que
  viola direitos das pessoas com base em critérios
  injustificados e injustos tais como raça, sexo, idade,
  opção religiosa, orientação sexual, entre outras

      • Pode-se considerar que a discriminação é, em
        última análise, a materialização do racismo, do
        preconceito e do estereótipo
Conceitos básicos para a
              temática étnico-racial
XENOFOBIA:
- Alimenta-se de estereótipos e preconceitos em relação aos
  que são considerados desconhecidos e diferentes e traduz-
  se, muitas vezes, na rejeição, hostilidade ou violência
  contra as pessoas originárias de outros países e regiões ou
  membros de minorias étnicas.
- Por exemplo: as mulheres muçulmanas (uma reflexão para
  a sua posição social no mundo árabe exemplificada nas
  contestações populares durante a Primavera Árabe)
ONDE VOCÊ GUARDA O SEU
           RACISMO?
• Pesquisas de opinião revelam que 87% da
  população reconhecem que há racismo no Brasil.
  Mas 96% dizem que não são racistas.
• Assim, chegamos a um dos pontos-chave: existe
  racismo sem racistas?
     “Cada brasileiro se considera uma ilha de democracia
     racial cercado por racistas.”
                             Lilia Schwarcz, Raça e diversidade, 1996.
Para pensar:
• O Brasil é o segundo país do mundo em população
  afrodescendente.
• O Brasil foi o último país a abolir a escravidãoe também o
  país que mais importou pessoas da África para serem
  escravizadas (cerca de 4 milhões).
• Entre os 10% mais pobres da população, 65% das pessoas são
  negras (pretas e pardas).
• A expectativa de vida para população branca brasileira é, em
  média, seis anos superior áquela para a população negra.
• Entre as pessoas assalariadas com nível superior, negras e
  negros recebem, em média, 64% do salário recebido por
  brancas e brancos.

                           IN: www.dialogoscontraracismo.org.br
O racismo à moda dos EUA
Nos Estados Unidos, ao contrário, o branqueamento, pela
  miscigenação, por mais completo que seja, não implica
  incorporação do mestiço ao grupo branco. Mesmo de
  cabelos sedosos e loiros, pele alva, nariz afilado, lábios
  finos, olhos verdes, sem nenhum característico que se
  possa considerar como negróide e, mesmo, lhe sendo
  impossível, biologicamente, produzir uma descendência
  negróide, “por mais esforço que faça” para todos os efeitos
  sociais, o mestiço continuará sendo um “negro”. É assim
  que, naquele país, o negro é definido oficialmente como
  “todo o indivíduo que, na sua comunidade, é conhecido
  como tal”, sem qualquer referência a traços físicos.”

IN: NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. Tempo
    Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 1, junho de 2007.
Qual a sua cor?
Democracia racial: o
      “mito da diversidade brasileira”
                   Trará a idéia de que, no Brasil devido a
                   colonização ter sido portuguesa, os escravos
                   sofreram menos e que a presença do mulato,
                   como fruto da miscigenação, provaria o
                   caráter adaptável do povo brasileiro



Gilberto Freyre.

  Em Casa Grande & Senzala, apresenta uma visão harmônica
  da relação entre as raças formadoras do Brasil e explica que
  isso é devido a fraternidade racial aqui existente trazida
  desde o império colonizador.
Generalizações de Gilberto Freyre:
           reflexões sobre a mulher
Com base na leitura generalizante de Gilberto Freire em Casa-Grande e
Senzala, e no senso comum, muitos ainda acreditam na falsa ideia de que
no período da escravidão houve uma relação harmoniosa entre os
senhores brancos e suas escravas negras, uma relação de sedução. Tal
afirmação inocenta o estupro e os diversos abusos dos homens brancos em
relação às mulheres negras e mestiças.

“Enraivecida com as negras, enciumadas com as mulatas de boas coxas,
bons dentes, bons peitos e admirável flexibilidade, escolhidas a dedo para
as obrigações de cama; desesperadas por se verem preteridas por aquelas
verdadeiras beldades de ébano, ou cor de mel, as sinhás esbranquiçadas,
obesas, de barriga quebrada, dentes podres e peitos flácidos, expandiam
seus recalques e suas frustrações, através de requintadas perversidades de
que eram vítimas suas indefesas e, a rigor, inocentes rivais.” IN: Casa-
Grande e Senzala
A temática étnico-racial nos dicionários
Mito da democracia racial

      APÓS A II GUERRA MUNDIAL BRASIL ERA VISTO COMO UM
   LABORATÓRIO DAS RACAS E UMA NAÇÃO DE HARMONIA RACIAL


       1954 – PESQUISA UNESCO:
        “cria a ilusão de que o racismo inexiste na sociedade quando, na verdade,
        ele está profundamente arraigado na maioria da população e nas
        entidades civis e estatais, moldando-lhe os comportamentos,
        naturalizando as desigualdades e, afinal de contas, servindo como um
        forte instrumento - ainda que invisível - de exclusão social”. (Paixão, 2000
        p. 34).

Sobre o assunto ver:
http://www.educacao.sp.gov.br/docs/CGEB_PlanejEscolar2012_DEGEB_TemasTransversais%20copy.pdf
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
   seguinte Lei 10.693:

Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts.
    26-A, 79-A e 79-B.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se
    obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
   § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo
   da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
   brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
   contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
   História do Brasil.
• § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados
   no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística
   e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da
   Consciência Negra.
    Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
                         Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.
                                                                        LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
                                                              Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003

• Estabelece a obrigatoriedade no currículo oficial o
  ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas
  nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental
  e médio
• Formação do cidadão: ferramenta na luta conta a
  discriminação racial
• Estimular a convivência entre tradições e práticas
  culturais diferenciadas
• Possibilidade de rompimento com o paradigma
  eurocêntrica na práticas educacionais
Reflexões a partir do relato de um presidente ou uma
leitura sobre as imagens, informações e sentidos que
   se construiu-se em torno do continente africano

Estou surpreso porque quem chega a Windhoek (capital
  da Namíbia), não parece estar num país africano.
  Poucas cidades do mundo são tão limpas, tão bonitas
  arquitetonicamente e têm um povo tão
  extraordinário como tem essa cidade (...). A visão que
  se tem do Brasil e da América do Sul é de que somos
  todos índios e pobres. A visão que se tem da África é
  de que também é um continente só de pobre.

   Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil em viagem à África em 2003.
                                             IN: Correio Braziliense, 2003, p. 2.
Imaginário ocidental sobre a África
Representação dos africanos e suas realidades vinculados à
      Povos primitivos, selvagens, tribais
      Escravidão
      Exótico
      Miséria
      Fome
      Doença
      Conflitos/Desagregação
      Intolerância
      Atraso econômico
      NECESSIDADE DE REVISÃO: combater o imaginário
       preconceituoso existente acerca da história africana
A África no banco escolar
-Naturalização da escravidão
com já existisse na África

-Apropriações da cultura
ocidental: uso da religião
para valorizar uma memória
da cultura africana

-Em alguns livros didáticos, a
África possui representações
eurocêntricas, ver foto

                                 SERRANO, WALDMAN, 2008. Memória D’África: a temática
                                 africana em sala de aula. São Paulo : Cortez, 2008, p. 134.
Por que estudar História da África?
• Lei 10.639: necessidade de valorizar a ancestralidade africana;

• África: contribuições para a construção do patrimônio histórico e
  cultural da humanidade;
• Participação dos africanos e raízes afro-brasileiras na elaboração da
  sociedade, cultura, história, economia e política brasileira;
• Possibilidade de questionar e desconstruir mitos de superioridade e
  inferioridade entre grupos humanos introjetados na sociedade pela
  cultura racista no qual somos socializados.
Currículo de História - SEE
• Reconhecer a relevância de estudar a História da África;
• Destacar o valor de ações afirmativas referentes as questões que
  envolvem as relações étnico-raciais no espaço escolar.

             Séries contempladas com a temática :
                          Série        Volume
                          5ª EF          2
                          6ª EF          4
                          7ª EF          4
                          8ª EF          1
                          8ª EF          3
                         1ª EM           4
                         2ª EM           1
                         3º EM           1
Temas e conteúdos no
                        Ensino Fundamental
5ª série/vol. 2      6ª série/vol. 4         7ª série/vol. 4    8ª série /vol. 1     8ª série/ vol. 3
Tema: África, “O     Tema: Tráfico                              Tema: Imperialismo e Tema: Os
     berço da             negreiro e         Tema:Formas             Neocolonialismo
     humanidade” e        escravismo no          de                  no século XIX       nacionalismos
     um lugar de          Brasil                 resistência                             na África e na
     diversidade.
                                                                Conteúdos:               Ásia e as lutas
                                                 e o fim do                              pela
                     Conteúdos:                                 Imperialismo;
Conteúdo:                                        tráfico e da                            independência
                     Quilombos,                                 Neocolonialismo;
Pré-história         resistência africana,
                                                 escravidão
                                                                Segunda Revolução
africana,            engenhos coloniais,                                              Conteúdos:
                                                                Industrial;
Sociedades           bandeirantes,       Conteúdos:                                      nacionalismos,
                                                                Capitalismo
coletoras,           Palmares, Zumbi,                                                    colonialismo,
                                         Trabalho               Financeiro;
Desenvolvimento      Ambrósio, identidade                                                descolonização
                                                                Capitalismo
da agricultura,                          escravo,               Monopolista;             segregação
Diferentes           Situação de         trabalho livre,        Darwinismo Social        racial e
artefatos pré            Aprendizagem 1,                        e Conferência de         discriminação
históricos               CP, p. 10       abolição e                                      racial.
                                                                Berlim.
                                         quilombo.
Situação de                                                                           Situação de
    Aprendizagem                                                Situação de
    3, CP, p.26                              Situação de            Aprendizagem 1,       Aprendizagem
                                                                    CP, p. 10             1, CP, p. 10
                                                 Aprend. 2,
                                                 CP, p. 14
Temas e conteúdos no
                  Ensino Médio
 1ª ano/vol. 4       2ª ano/vol. 1        3ª ano/vol. 1
Tema:                Tema:                Tema: Imperialismos
Sociedades           Encontro entre
   africanas da         europeus e as
   região               civilizações da
                                          Situação de
   subsaariana até o    África, Ásia e
                                             Aprendizagem 1,
   século XV.           América
                                             CP, p. 12

Situação de        Situação de
   Aprendizagem 3,    Aprendizagem 4,
   CP, p. 24          CP, p.36
A temática étnico-racial

 em outras linguagens
Músicas
      O Mestre-Sala Dos Mares - Elis Regina
     Há muito tempo nas águas da Guanabara
              O dragão do mar reapareceu
             Na figura de um bravo feiticeiro
            A quem a história não esqueceu
          Conhecido como o navegante negro
          Tinha a dignidade de um mestre-sala
      E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
    Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
      Jovens polacas e por batalhões de mulatas
                   Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
       Inundando o coração do pessoal do porão
      Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então
                  Glória aos piratas
                  Às mulatas, às sereias
                    Glória à farofa
                   à cachaça, às baleias
          Glória a todas as lutas inglórias
 Que através da nossa história não esquecemos jamais
              Salve o navegante negro
  Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
                      Mas salve
                Salve o navegante negro
  Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
               Mas faz muito tempo
Música
              Lavagem Cerebral - Gabriel O Pensador
                   Racismo preconceito e discriminação em geral
                     É uma burrice coletiva sem explicação
   Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
                          Mas demonstra claramente
                                  Infelizmente
                               Preconceitos mil
                            De naturezas diferentes
                           Mostrando que essa gente
                       Essa gente do Brasil é muito burra
                     E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
                  Eliminando da mente todo o preconceito
               E não agindo com a burrice estampada no peito
                   A "elite" que devia dar um bom exemplo
             É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
                   Num complexo de superioridade infantil
                 Ou justificando um sistema de relação servil
   E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
               Não tem a união e não vê a solução da questão
              Que por incrível que pareça está em nossas mãos
                  Só precisamos de uma reformulação geral
                       Uma espécie de lavagem cerebral
                                 Continua.
Músicas
     Racionais Mc's - Capítulo 4 Versículo 3

         Minha intenção é ruim, esvazia o lugar!
     Eu tô em cima, eu tô a fim, um dois pra atirar!
          Eu sou bem pior do que você tá vendo
   Preto aqui não tem dó, é cem por cento veneno!
        A primeira faz "bum!", a segunda faz "tá!"
         Eu tenho uma missão e não vou parar!
        Meu estilo é pesado e faz tremer o chão!
 Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição!
  Na queda ou na ascenção, minha atitude vai além!
           E tem disposição pro mal e pro bem!
           Talvez eu seja um sádico ou um anjo
                 Um mágico ou juiz, ou réu
                    Um bandido do céu!
         Malandro ou otário, quase sanguinário!
             Franco atirador se for necessário!
         Revolucionário ou insano. Ou marginal!
                Antigo e moderno, imortal!
              Fronteira do céu com o inferno!
Astral imprevisível, como um ataque cardíaco do verso!
                  Violentemente pacífico!
                         Verídico!
MÚSICAS
                              PRA QUE DISCUTIR COM MADAME
                          João Gilberto Composição: Haroldo Barbosa

Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz o que samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça, mistura de raça, mistura de cor,
Madame diz que o samba democrata, é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba, madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame.
No carnaval que vem também concorro
Meu bloco de morro vai cantar ópera
E na Avenida entre mil apertos
Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno meu Deus que horror
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.

OBS: A “madame” existiu de fato, segundo consta no site
http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/artigos_madame1.htm
Filmes: indicações da SEE
PROGRAMA Cultura é Currículo: filmes que podem contribuir com a
  temática étnico-racial na sala de aula

   – Arquitetura da Destruição
      • Respeito mútuo, discursos racistas, ideologia nazista
   – Bendito Fruto
      • Mito da democracia racial, discriminação racial e sexual
   – Crash – no limite
      • Preconceito, dificuldades nas relações interraciais
   – Gran Torino
      • Conflitos étnicos-raciais, xenofobia
   – O povo brasileiro
      • Identidade nacional, relações de poder
Para finalizar...
“não basta apenas tolerar, é preciso que caminhemos
  para o reconhecimento das diferenças como
  possibilidades do existir. Para tanto, é necessário
  grande envolvimento dos profissionais da educação
  com um projeto realmente transformador que se
  proponha repensar e alterar preconceitos e
  estereótipos há muito tempo arraigado. Adotar como
  parâmetros escolares voltados para o respeito, a
  tolerância e a solidariedade entre os povos, construir
  metodologias pertinentes à realidade étnica dos nossos
  educandos, já que é consenso a existência da presença
  heterogênea de pessoas dentro da escola.”

  IN: ROUANET, Sérgio Paulo. “O Eros das diferenças”. Folha de
    São Paulo, 09/03/2003.
EDUCAÇÃO
      AMBIENTAL




      Interlocutores de Educação Ambiental:
   Profa.Ma.Adriana Bachion - PCNP de Ciências
Profa. Layla Cristina V. Urvanegia - PCNP de Física
                                           primavera / 2012
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
   Vídeo

   Hope -
 Visions of
whitefeather
Breve histórico da Educação Ambiental

•1977 – Conferência de Tbilisi:
  objetivos, princípios e estratégias da EA

     * Definição de EA:

        “uma dimensão dada ao conteúdo e à
prática da educação, orientada para a
resolução dos problemas concretos do meio
ambiente por intermédio de enfoques
interdisciplinares e de uma participação ativa e
responsável de cada indivíduo e da
coletividade”.
Breve histórico da Educação Ambiental

• Brasil – Constituição de 1988

Educação Ambiental:

garantida pelos governos federal, estadual e municipal.



•1988 – Parâmetros Curriculares Nacionais

    ► EA deve ser incluída na Educação
Formal     de     forma  transversal e
interdisciplinar.
Breve histórico da Educação Ambiental

• 1992: Política Nacional de Educação Ambiental


    ►Princípios básicos da EA

  Dentre estes:

 - enfoque humanista, holístico, democrático
e participativo.
• Conferência Rio 92

- aprovou-se a “Agenda 21”:
propostas de ação para os países e os
povos em geral e estratégias para que
estas sejam cumpridas;

 - adotados
► instrumentos legais.
* Convenção do Clima;
* Convenção da Biodiversidade;
* Convenção para o
   Combate à Desertificação
• Conferência Rio 92
-progressos alcançados
 desde 1992 foram modestos:

 * Países da União Europeia cumpriram
razoavelmente bem os seus compromissos.

 * Muitos municípios e Estados seguiram as
recomendações da Agenda 21 - alguns
inclusive adotaram metas para a redução de
emissões de gases de efeito estufa.

Ex: Estado de São Paulo (Brasil);
    Estado da Califórnia (EUA)
• 20 anos depois...


        Objetivo da conferência:

  Realização de um balanço do que se
 conseguiu realizar nos últimos 20 anos
   na direção de um desenvolvimento
     sustentável e, eventualmente,
propor novos caminhos e novas ações.
• Uma avaliação ...


 - documento “O futuro que queremos”:

não delineia planos de ação para que os
países-membros da ONU façam mais na
direção        do       desenvolvimento
sustentável.
• Uma avaliação ...


“Aspectos inovadores”:


- "economia verde" como meta global e
abrangente que nos leve a uma "economia
de baixo carbono".
Desenvolvimento
  sustentável

      X

 Sociedades
 sustentáveis
► Definição de desenvolvimento sustentável

            Comissão Brundtland – 1987
          Documento “Nosso futuro comum”



     “Aquele que satisfaz as necessidades do
  presente sem comprometer a possibilidade
  das gerações futuras satisfazerem as suas.”
► Críticas ao conceito de
desenvolvimento sustentável (REDCLIFT,1987)

• A proposta ignora, entre outros:


 - as relações de forças internacionais;


 - atingir o estilo de “desenvolvimento”
das    sociedades     industrializadas     é
insustentável - consumo exorbitante !!!
► necessidade de se pensar em
       SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS




• Possibilita   que cada sociedade se estruture
 em termos de sustentabilidades próprias,
   segundo suas tradições culturais, seus
   parâmetros próprios e sua composição
                étnica específica.
Para existir uma sociedade sustentável é
              necessária a

SUSTENTABILIDADE: 3 pilares básicos

                                Sistema
                               Sustentável
Partindo da sustentabilidade,
qual Educação Ambiental queremos ?

       * Exibição dos vídeos

       * Trabalho em grupo
Qual Educação Ambiental queremos ?

          Emancipatória
               ou
   que mantenha o status quo ?
Abordagem crítica e emancipatória
      Paulo Freire e Edgar Morin

                Compreende:
   • Complexidade da problemática ambiental
     (envolve a natureza, sociedade, ser humano e educação);


             • Diálogo entre os saberes:
              inter e transdisciplinaridade;

        • A educação se dá na relação:
     do um com o outro; do um com o mundo

* Mobilização de processos de intervenção sobre a
                    realidade.
Abordagem crítica e emancipatória
     Paulo Freire e Edgar Morin

             E.A. crítica envolve:


                      Aspectos                Aspectos
 Aspectos
                     ambientais                sociais
econômicos




                                  Aspectos       Exemplo:
             Aspectos
                                  culturais        água
             políticos
Aplicando a educação ambiental crítica

      Temáticas e eventos em meio ambiente

• Modos de produção e consumo:

 - consumismo e consumo consciente;

 - a obsolescência programada;

 - a devastação de ecossistemas

 A partir dessa visão mais complexa, é possível
abordar a questão dos resíduos sólidos (lixo), as
cooperativas, etc.
Aplicando a educação ambiental crítica

      TRABALHAR CRITICAMENTE A
        TEMÁTICA AMBIENTAL É
  IR ALÉM DOS CONTEÚDOS CIENTÍFICOS

    Adotar metodologias que privilegiem
         a participação dos alunos


Análise crítica                Projetos inter e
 da situação                 transdisciplinares
  analisada
CONTINUANDO A NOSSA REFLEXÃO...
I-)Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade ...




         O que predomina na escola ?
II-) Interdisciplinaridade:
Diálogo   ou     debate ?
DIÁLOGO X DEBATE
               Qual a diferença ?
        DIÁLOGO                DISCUSSÃO / DEBATE
Visa abrir questões           Visa fechar questões
Visa mostrar                  Visa convencer
Visa estabelecer relações     Visa demarcar posições
Visa compartilhar ideias      Visa defender ideias
Visa a cooperação             Visa a competição
Visa compreender              Visa explicar
Vê a interação partes/ todo   Visa as partes em separado
Faz emergir ideias            Descarta ideias “vencidas”
Busca pluralidade de ideias   Busca acordos
Leitura do texto
Evento:
 IV Conferência Infanto-juvenil pelo
           meio ambiente
              Tema:
    “Vamos Cuidar do Brasil com
       Escolas Sustentáveis”
 Delegado (a): estar cursando os anos/séries finais
  do Ensino Fundamental; ter entre 11 e 14 anos;
 gostar de debates sobre o meio ambiente; ter boa
      comunicação; ter participado de maneira
significativa na construção dos projetos de ações e
             no processo da conferência.
               Aguardem orientações !
Temas Transversais
Educação em Saúde!

    Juvenal
 PCNP- Biologia
A Educação em Saúde parte da
necessidade de conhecer a si
mesmo, conhecer o ambiente,
estabelecer relações, saber agir
adequadamente, fazer escolhas
saudáveis e reconhecer dimensões
individual e coletiva da saúde.
Educação Sexual
Missão do Instituto Kaplan

    Disseminar o conhecimento sobre
o exercício dos direitos e da responsabilidade
                 sexual, por
        meio da educação, visando a
melhoria da qualidade de vida da população
                  brasileira.
Objetivo do Projeto: Motivar o
jovem a prevenir a gravidez
na adolescência.
Índice de gravidez na adolescência do Brasil
                       19%

  514.000 bebês em 2010


Índice de gravidez no Estado de SP – 15%

  89.000 bebês em 2010

  22.250 jovens abandonaram os estudos
por esse motivo.
Gravidez na Adolescência no Brasil -
2009 (Fonte: DATASUS)
            Total de Gravidez no Município (Nascidos Vivos)
Município               Entre 10 -                   Todas     %
                         19 anos                    Idades

Campinas                  2084                      14460     14,41


Valinhos                   159                       1300     12,23


Vinhedo                    101                       852      11,85
ENQUETE – GRAVIDEZ na ADOLESCÊNCIA
Idade:
Sexo: M ( ) F ( )
Série: 1ª ( ) 2ª ( ) 3ª ( )
1.Meninos
Você engravidou alguma menina nos últimos 12 meses?

             Sim (   )           Não (   )
2. Meninas
Você engravidou ou esteve grávida nos últimos 12 meses?
             Sim (   )           Não (   )
ENQUETE – GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
 ESCOLA
 DE:
 Escola:
 Multiplicador:
 N° total de Alunos pesquisados:
 N° total de Alunos pesquisados de 14 a 19 anos:

SÉRIE             NO DE ALUNOS DE 14 A 19 ANOS QUE
                         RESPONDERAM “SIM”
                      M               F            Total
1a
2a
3a

Total
Sexo é coiSa
     de
adoleScente
      ?
Sexo é atributo do
ser humano
Função         Reprodutiva
               Sexual (prazer)
               Relacional (erótico e
               romantismo)


         CIO
Adolescência
   11 – 19 anos
• Física:                 • Cognitiva
   – Puberdade
                            – Capacidade de
   – Capacidade sexual        abstração
     e reprodutiva
                            – Informação
• Social
   – Pertencer a grupos

  – Confirmação de        • Psico-emocional
    sua identidade
    sexual e
    valorização social      – Auto-afirmação

  – Diversidade de          – Onipotência
    valores
                            – Devaneios
  – Oportunidade
    afetiva-sexual
Dinâmica da sexualidade
  Mecanismo                     Cultura e
    Biológico                   Normas Sociais
  e Fisiológico




                  Estruturas
                   Mentais

                  Capacidade
                   Cognitiva
                   Adaptativa
Sexo é
  direito!
-1997 no XV Congresso Mundial
de Sexologia na China

-WAS – World Association for
Sexology
Direitos Sexuais:
Liberdade Sexual

   Diz respeito a possibilidade dos indivíduos em
  expressar seu potencial sexual. No entanto, aqui se
  excluem todas as formas de exploração e abuso em
              qualquer época ou situação.

EX: Brincadeiras sexuais
    Masturbação/Sexo
    Troca de carícias
Autonomia e Integridade
                  Sexual
 Este direito envolve a habilidade de uma pessoa em tomar
    decisões autônomas sobre a própria vida sexual num
contexto de ética pessoal e social. Também inclui o controle e
  o prazer de nossos corpos livres de tortura, multilação e
                 violência de qualquer tipo.
EX: Tomar decisão respeitando seus limites e valores
  Dizer não as carícias de adultos como forma de
  prevenção de abuso
Privacidade Sexual
        O direito às decisões individuais e aos
  comportamentos sobre intimidade desde que não
     interfiram nos direitos sexuais dos outros.


EX: Privacidade no namoro
   Fechar a porta do banheiro/quarto para se
masturbar
   Contatos e relacionamentos pela Internet
Igualdade Sexual
       Liberdade de todas as formas de discriminação,
   independentemente do sexo, gênero, orientação sexual,
  idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou
                             físicas.


EX: Respeito a diversidade sexual
Prazer Sexual

 Prazer sexual, incluindo autoerotismo, é uma fonte de bem
      estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.


EX: Desejar o outro
    Reagir aos estímilos sexuais
    Realizar práticas e jogos sexuais
Expressão Sexual

A expressão é mais que um prazer erótico ou atos sexuais.
Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade
através da comunicação, toques, expressão emocional e
amor.


EX: Curiosidades sexuais
   Conversar sobre suas preferências sexuais
   Demonstrar interesse sexual
Livre associação
Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e
ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais
responsáveis.


EX: Ficar
   Namorar
Escolhas reprodutivas
          livres e responsáveis
 É o direito em decidir ter ou não ter filhos, o número e
 tempo entre cada um, e o direito total aos métodos de
                regulação da fertilidade.


EX: Conhecimento e uso de métodos
contraceptivos
Informação baseada no
            conhecimento científico
A informação sexual deve ser gerada através de um processo
científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a
todos os níveis sociais.

Ex: Obter informações – família, escola, Internet, livros
    Esclarecer dúvidas
    Usar serviços especializados
Educação Sexual
                Abrangente
     Este é um processo que dura a vida toda, desde o
  nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as
                   instituições sociais.



EX: Capacitação de educadores
   Aplicação de oficinas com metodologias lúdicas
Saúde Sexual
• cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a
  prevenção e tratamento de todos os problemas e doenças
  sexuais, precauções e desordens.


     EX: Terapia
        Consulta médica
        Teste de DST/Aids
        Vacinas
Diversidade
Sexual
Este conceito define as diversas faces
assumidas pela esfera sexual humana.
Quando se leva em conta o grau de
complexidade da interação social, das
diferenças culturais, dos idiomas e hábitos
distintos, entre outros elementos que
conferem identidade às diferentes
sociedades.
Esta diversidade não se limita apenas ao
exercício do sexo, mas igualmente a tudo
que configura a sexualidade – as
experiências de vida, os costumes
assimilados ao longo da existência, as
emoções, os apetites, o modo de agir e a
forma como as pessoas se vêem e são
vistas pelos outros.
A existência de sexualidades heterodoxas não é uma
marca do mundo contemporâneo. Desde tempos
ancestrais pessoas do mesmo sexo se atraem; na
antiga Grécia, por exemplo, era habitual o
relacionamento entre homens, pois era um hábito
cultural jovens passarem uma fração de sua existência
ao lado de um filósofo mais velho, que lhes transmitiria
suas experiências não só na esfera filosófica, mas
também a arte dos combates e do amor.
Alguns tipos de orientação sexual:

-Heterossexual Masculino
-Heterossexual Feminino
-Homossexual Masculino
-Homossexual Feminino
-Bissexual Masculino
-Bissexual Feminino
-Travesti Masculino
-Travesti Feminino
-Transexual Masculino
-Transexual Feminino
A heterossexualidade imposta como modelo
único (heteronormatividade) produz diversos
modos de “violências sexuais e de gênero”.

A Homofobia é produzida por discursos e valores
moralistas que contribuem para que as pessoas
se expressem com agressividade, violência,
ódio, nojo e medo da homossexualidade.

A homossexualidade não é considerada crime
desde 1830.
Os padrões rígidos das desigualdades sociais
criam hierarquias e crenças de superioridade,
como acontece do homem sobre a mulher
(machismo e sexismo), do heterossexual sobre o
homossexual (homofobia), do branco sobre o
negro (racismo).

Diante desse cenário de práticas homofóbicas
muitas pessoas que fazem parte da população
LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais) inúmeras vezes se isolam em
decorrência de sua impotência diante dos
preconceitos e discriminações.
A experiência da injúria de base homofóbica
presente nas práticas do bullying atinge
diretamente a consciência das pessoas
vitimizadas, destruindo a crença em si mesma,
na medida em que a intensidade que as atingem
as transforma em seres desprezíveis.

Se uma criança/adolescente é discriminada por
ser negra na escola ou outro lugar, ela chega em
casa e é acolhida por seus familiares, porém, se
ela é discriminada por ser LGBT, ao chegar em
sua casa o tratamento, se houver, talvez não
seja de acolhimento.
A homofobia quando interiorizada (no armário),
se encarrega por produzir baixa auto-estima,
sentimentos de insegurança, ansiedades,
inibições intelectuais, afetivas e sexuais,
dificuldades de socialização, fechamento em si
mesmo, e em última consequência, tentativas de
suicídio.
A Idéia de cidadania LGBT


Execer a cidadania significa poder participar das
tomadas de decisões da sociedade e poder dizer
de que forma as pessoas serão mais respeitadas
e incluídas nesta mesma sociedade,
independente de sua classe social, da cor de sua
pele, da expressão de sua feminilidade e/ou
masculinidade, do modo como quer amar e se
relacionar amorosa, afetiva e sexualmente com
outras pessoas.
Como espaço de exclusão das diferenças sexuais e de
gênero as escolas na maioria das vezes contribuem
para que as pessoas internalizem a homofobia,
desenvolvam auto culpabilização, tenham a auto-estima
rebaixada, tenham crises de angústias, desenvolvam
depressões, se auto-excluam dos espaços públicos,
tornem-se pessoas inseguras, evasivas e impotentes,
ou ainda, como modo de defesa tornam-se agressivas e
violentas frente aos ataques do bullying.
As pessoas vitimizadas pelo bullying homofóbico
(dentro e fora da escola) tem consciência do
“porque” estar sendo alvo dos ataques terroristas
de discriminação sobre si, entrando em uma
dimensão de confusão mental, e quando tem
noção da situação acreditam serem pessoas
erradas e por isso passíveis de punição
(autoimagem negativa).
A partir da primeira década do século XXI, as
questões sobre os direitos sexuais como direitos
humanos na educação encontraram espaço no
âmbito das políticas educacionais
brasileiras como temáticas contempladas nas
políticas de Educação em Direitos Humanos
(EDH).
É dever da escola se abrir para conversar sobre
o contexto social, político e cultural da
atualidade, sobre a presença de diferentes
pessoas em nosso convívio, de modo a ajudar
para que as crianças e adolescentes não
abandonem seus estudos e possam ter
oportunidades iguais.
Bibliografia
BORILLO, Daniel. Homofobia. Barcelona: Ediciones Bellaterra, 2001.
BUTLER, Judith - Problemas de Gênero: feminismo e subversão da Identidade. Rio de
Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 2003.
BUTLER, Judith –“ O parentesco é sempre tido como 
heterossexual?”.Campinas, Cadernos Pagu, 2003
GROSSI, Miriam; MELO, Luiz & UZIEL, Anna Paula (Orgs) (2007) – Conjugalidades, 
Parentalidades e Identidades Lésbicas, Gays e Travestis.Rio de Janeiro, Ed. Garamond.
CASTAÑEDA, Marina. A Experiência Homossexual: Explicações e Conselhos para os
Homossexuais, suas famílias e seus terapeutas. São Paulo: A Girafa Editora, 2007.
ERIBON, Didier - Reflexiones sobre la cuestión gay. Barcelona: Anagrama, 2001.
FOUCAULT, Michel – História da sexualidade: a vontade de saber. Vol. 1. São Paulo,
Editora Martins Fontes, 1988.
FOUCAULT, Michel – A ordem do discurso. São Paulo, Editoras Loyola, 2006.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz (Org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações 
sobre a homofobia nas escolas. Brasília, Ministério da Educação, UNESCO, 2009.
RODRIGUEZ, Félix. Diccionario gay-lésbico. Vocabulario general y argot de la
homosexualidad. Madrid: Gredos, 2008.
TEIXEIRA-FILHO, Fernando. Silva; MARRETTO, Carina. A.R; BESSA, Juliana. Homofobia 
e Vulnerabilidades de adolescentes LGBT no Contexto Escolar. Em Revista de Educação e 
Pesquisa. São Paulo: USP (no prelo)
TIN, Louis Georges. Dictionnaire de l' homophobie. Paris: Presses Universitaires de
France, 2003.
VIÑUALES, Olga. Lesbofobia. Barcelona: Ediciones Bellaterra, 2002.

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Educação étnico-racial e temas transversais

  • 1. DIRETORIA DE ENSINO CAMPINAS OESTE ORIENTAÇÃO TÉCNICA: TEMAS TRANSVERSAIS Educação das Relações Étnico-Raciais Educação Ambiental Educação e Saúde PCNPs: Adriana, Juvenal, Layla e Maristela Primavera, setembro/2012
  • 2. TEMAS TRANSVERSAIS: Educação das Relações Étnico-Raciais Considerações gerais PCNP Maristela Souza História
  • 3.
  • 4. “Dorothy Counts, aos 15, a primeira estudante negra a frequentar o colégio Harding, em Charlotte, Carolina do Norte-EUA” Folha de São Paulo, 09/09/2012 • Dorothy Counts tinha 15 anos quando se tornou a primeira menina negra no colégio Harding, em Charlotte, sul dos EUA. Era 4 de setembro de 1957, e a cidade tentava a integração racial. • Por cinco dias, ela resistiu a pedras, cuspe e insultos. A provação a levaria a dedicar a vida à educação e viraria uma das imagens mais poderosas na luta por direitos civis que culminaria em Barack Obama. Sobre o assunto ver: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1150525-aos-70-dorothy-counts-relembra-a-exp
  • 5. Analisar as frases seguintes de modo que se possa discutir a presença de preconceitos, estereótipos e/ou racismo nelas embutidos:  1.Marta é negra, mas é bonita.  2. Seu João é um homem notável. Um preto de alma branca.  3. Os jogadores negros de futebol só se casam com loiras burras.  4. O negro quando não suja na entrada suja na saída.
  • 6. Conceitos básicos para a temática étnico-racial
  • 7. Conceitos básicos para a temática étnico-racial RACISMO: - Serve para designar um comportamento hostil e de menosprezo em relação a pessoas de grupos humanos cujas características intelectuais ou morais são consideradas “inferiores”, por outros grupos que se consideram “superiores”, e sendo diretamente relacionadas a características “raciais”, ou seja, físicas ou biológicas.
  • 8. Conceitos básicos para a temática étnico-racial RACISMO: surgiu na sociedade ocidental no século XVIII – Fundamentação em pretensas bases científicas para explicar as diferenças entre os seres humanos e justificar a dominação do branco europeu sobre os povos de outros continentes durante a expansão colonial • Contexto: - grandes cruzadas, guerras e colonizações: civilizar, catequizar, democratizar ou purificar as raças -Gerando barbárie/escravização/colonização pela busca do poder e dominação do “outro” • CONSEQUÊNCIA: dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros
  • 9. Conceitos básicos para a temática étnico-racial PRECONCEITO: – Ideia que fazemos de uma pessoa, grupo de indivíduos ou povo, que ainda não conhecemos. É o tipo de sentimento ou opinião irrefletida que não tem nenhum fundamento racional • Consequência: serve para justificar o injustificável, ou seja, o tratamento desigual e a discriminação que são dirigidos a indivíduos ou grupos
  • 10. Conceitos básicos para a temática étnico-racial INTOLERÂNCIA: – Falta de respeito às práticas e crenças alheias que, por serem diferentes das nossas, são tidas como “erradas” e sem direito de existir • Consequência: rejeição ou exclusão
  • 11. Conceitos básicos para a temática étnico-racial ESTEREÓTIPOS: - São preconceitos já bastante cristalizados que consistem em apreender, de maneira simplista e reduzida, os grupos humanos, atribuindo-lhes traços de personalidade ou de comportamento - Esses preconceitos vão se transformando em posições diante da vida e, ao espelharem nas relações interpessoais, vão carregando consigo os estereótipos, a discriminação, o racismo, o sexismo, entre outros Por exemplo: negros são preguiçosos, orientais são pacientes, brasileiros gostam de samba, mulheres dirigem mal, toda sogra é chata, todos os políticos são corruptos, toda criança negra vai mal na escola, o negro é burro, mulher bonita é burra
  • 12. Conceitos básicos para a temática étnico-racial DISCRIMINAÇÃO: - É a conduta (pode ser da ação ou de omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos tais como raça, sexo, idade, opção religiosa, orientação sexual, entre outras • Pode-se considerar que a discriminação é, em última análise, a materialização do racismo, do preconceito e do estereótipo
  • 13. Conceitos básicos para a temática étnico-racial XENOFOBIA: - Alimenta-se de estereótipos e preconceitos em relação aos que são considerados desconhecidos e diferentes e traduz- se, muitas vezes, na rejeição, hostilidade ou violência contra as pessoas originárias de outros países e regiões ou membros de minorias étnicas. - Por exemplo: as mulheres muçulmanas (uma reflexão para a sua posição social no mundo árabe exemplificada nas contestações populares durante a Primavera Árabe)
  • 14.
  • 15.
  • 16. ONDE VOCÊ GUARDA O SEU RACISMO? • Pesquisas de opinião revelam que 87% da população reconhecem que há racismo no Brasil. Mas 96% dizem que não são racistas. • Assim, chegamos a um dos pontos-chave: existe racismo sem racistas? “Cada brasileiro se considera uma ilha de democracia racial cercado por racistas.” Lilia Schwarcz, Raça e diversidade, 1996.
  • 17. Para pensar: • O Brasil é o segundo país do mundo em população afrodescendente. • O Brasil foi o último país a abolir a escravidãoe também o país que mais importou pessoas da África para serem escravizadas (cerca de 4 milhões). • Entre os 10% mais pobres da população, 65% das pessoas são negras (pretas e pardas). • A expectativa de vida para população branca brasileira é, em média, seis anos superior áquela para a população negra. • Entre as pessoas assalariadas com nível superior, negras e negros recebem, em média, 64% do salário recebido por brancas e brancos. IN: www.dialogoscontraracismo.org.br
  • 18. O racismo à moda dos EUA Nos Estados Unidos, ao contrário, o branqueamento, pela miscigenação, por mais completo que seja, não implica incorporação do mestiço ao grupo branco. Mesmo de cabelos sedosos e loiros, pele alva, nariz afilado, lábios finos, olhos verdes, sem nenhum característico que se possa considerar como negróide e, mesmo, lhe sendo impossível, biologicamente, produzir uma descendência negróide, “por mais esforço que faça” para todos os efeitos sociais, o mestiço continuará sendo um “negro”. É assim que, naquele país, o negro é definido oficialmente como “todo o indivíduo que, na sua comunidade, é conhecido como tal”, sem qualquer referência a traços físicos.” IN: NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 1, junho de 2007.
  • 19. Qual a sua cor?
  • 20.
  • 21. Democracia racial: o “mito da diversidade brasileira” Trará a idéia de que, no Brasil devido a colonização ter sido portuguesa, os escravos sofreram menos e que a presença do mulato, como fruto da miscigenação, provaria o caráter adaptável do povo brasileiro Gilberto Freyre. Em Casa Grande & Senzala, apresenta uma visão harmônica da relação entre as raças formadoras do Brasil e explica que isso é devido a fraternidade racial aqui existente trazida desde o império colonizador.
  • 22. Generalizações de Gilberto Freyre: reflexões sobre a mulher Com base na leitura generalizante de Gilberto Freire em Casa-Grande e Senzala, e no senso comum, muitos ainda acreditam na falsa ideia de que no período da escravidão houve uma relação harmoniosa entre os senhores brancos e suas escravas negras, uma relação de sedução. Tal afirmação inocenta o estupro e os diversos abusos dos homens brancos em relação às mulheres negras e mestiças. “Enraivecida com as negras, enciumadas com as mulatas de boas coxas, bons dentes, bons peitos e admirável flexibilidade, escolhidas a dedo para as obrigações de cama; desesperadas por se verem preteridas por aquelas verdadeiras beldades de ébano, ou cor de mel, as sinhás esbranquiçadas, obesas, de barriga quebrada, dentes podres e peitos flácidos, expandiam seus recalques e suas frustrações, através de requintadas perversidades de que eram vítimas suas indefesas e, a rigor, inocentes rivais.” IN: Casa- Grande e Senzala
  • 23. A temática étnico-racial nos dicionários
  • 24. Mito da democracia racial APÓS A II GUERRA MUNDIAL BRASIL ERA VISTO COMO UM LABORATÓRIO DAS RACAS E UMA NAÇÃO DE HARMONIA RACIAL 1954 – PESQUISA UNESCO: “cria a ilusão de que o racismo inexiste na sociedade quando, na verdade, ele está profundamente arraigado na maioria da população e nas entidades civis e estatais, moldando-lhe os comportamentos, naturalizando as desigualdades e, afinal de contas, servindo como um forte instrumento - ainda que invisível - de exclusão social”. (Paixão, 2000 p. 34). Sobre o assunto ver: http://www.educacao.sp.gov.br/docs/CGEB_PlanejEscolar2012_DEGEB_TemasTransversais%20copy.pdf
  • 25. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 10.693: Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. • § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra. Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
  • 26. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003 • Estabelece a obrigatoriedade no currículo oficial o ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio • Formação do cidadão: ferramenta na luta conta a discriminação racial • Estimular a convivência entre tradições e práticas culturais diferenciadas • Possibilidade de rompimento com o paradigma eurocêntrica na práticas educacionais
  • 27. Reflexões a partir do relato de um presidente ou uma leitura sobre as imagens, informações e sentidos que se construiu-se em torno do continente africano Estou surpreso porque quem chega a Windhoek (capital da Namíbia), não parece estar num país africano. Poucas cidades do mundo são tão limpas, tão bonitas arquitetonicamente e têm um povo tão extraordinário como tem essa cidade (...). A visão que se tem do Brasil e da América do Sul é de que somos todos índios e pobres. A visão que se tem da África é de que também é um continente só de pobre. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil em viagem à África em 2003. IN: Correio Braziliense, 2003, p. 2.
  • 28. Imaginário ocidental sobre a África Representação dos africanos e suas realidades vinculados à Povos primitivos, selvagens, tribais Escravidão Exótico Miséria Fome Doença Conflitos/Desagregação Intolerância Atraso econômico NECESSIDADE DE REVISÃO: combater o imaginário preconceituoso existente acerca da história africana
  • 29. A África no banco escolar -Naturalização da escravidão com já existisse na África -Apropriações da cultura ocidental: uso da religião para valorizar uma memória da cultura africana -Em alguns livros didáticos, a África possui representações eurocêntricas, ver foto SERRANO, WALDMAN, 2008. Memória D’África: a temática africana em sala de aula. São Paulo : Cortez, 2008, p. 134.
  • 30. Por que estudar História da África? • Lei 10.639: necessidade de valorizar a ancestralidade africana; • África: contribuições para a construção do patrimônio histórico e cultural da humanidade; • Participação dos africanos e raízes afro-brasileiras na elaboração da sociedade, cultura, história, economia e política brasileira; • Possibilidade de questionar e desconstruir mitos de superioridade e inferioridade entre grupos humanos introjetados na sociedade pela cultura racista no qual somos socializados.
  • 31. Currículo de História - SEE • Reconhecer a relevância de estudar a História da África; • Destacar o valor de ações afirmativas referentes as questões que envolvem as relações étnico-raciais no espaço escolar. Séries contempladas com a temática : Série Volume 5ª EF 2 6ª EF 4 7ª EF 4 8ª EF 1 8ª EF 3 1ª EM 4 2ª EM 1 3º EM 1
  • 32. Temas e conteúdos no Ensino Fundamental 5ª série/vol. 2 6ª série/vol. 4 7ª série/vol. 4 8ª série /vol. 1 8ª série/ vol. 3 Tema: África, “O Tema: Tráfico Tema: Imperialismo e Tema: Os berço da negreiro e Tema:Formas Neocolonialismo humanidade” e escravismo no de no século XIX nacionalismos um lugar de Brasil resistência na África e na diversidade. Conteúdos: Ásia e as lutas e o fim do pela Conteúdos: Imperialismo; Conteúdo: tráfico e da independência Quilombos, Neocolonialismo; Pré-história resistência africana, escravidão Segunda Revolução africana, engenhos coloniais, Conteúdos: Industrial; Sociedades bandeirantes, Conteúdos: nacionalismos, Capitalismo coletoras, Palmares, Zumbi, colonialismo, Trabalho Financeiro; Desenvolvimento Ambrósio, identidade descolonização Capitalismo da agricultura, escravo, Monopolista; segregação Diferentes Situação de trabalho livre, Darwinismo Social racial e artefatos pré Aprendizagem 1, e Conferência de discriminação históricos CP, p. 10 abolição e racial. Berlim. quilombo. Situação de Situação de Aprendizagem Situação de 3, CP, p.26 Situação de Aprendizagem 1, Aprendizagem CP, p. 10 1, CP, p. 10 Aprend. 2, CP, p. 14
  • 33. Temas e conteúdos no Ensino Médio 1ª ano/vol. 4 2ª ano/vol. 1 3ª ano/vol. 1 Tema: Tema: Tema: Imperialismos Sociedades Encontro entre africanas da europeus e as região civilizações da Situação de subsaariana até o África, Ásia e Aprendizagem 1, século XV. América CP, p. 12 Situação de Situação de Aprendizagem 3, Aprendizagem 4, CP, p. 24 CP, p.36
  • 34. A temática étnico-racial em outras linguagens
  • 35. Músicas O Mestre-Sala Dos Mares - Elis Regina Há muito tempo nas águas da Guanabara O dragão do mar reapareceu Na figura de um bravo feiticeiro A quem a história não esqueceu Conhecido como o navegante negro Tinha a dignidade de um mestre-sala E ao acenar pelo mar na alegria das regatas Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas Jovens polacas e por batalhões de mulatas Rubras cascatas Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas Inundando o coração do pessoal do porão Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então Glória aos piratas Às mulatas, às sereias Glória à farofa à cachaça, às baleias Glória a todas as lutas inglórias Que através da nossa história não esquecemos jamais Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas salve Salve o navegante negro Que tem por monumento as pedras pisadas do cais Mas faz muito tempo
  • 36. Música Lavagem Cerebral - Gabriel O Pensador Racismo preconceito e discriminação em geral É uma burrice coletiva sem explicação Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união Mas demonstra claramente Infelizmente Preconceitos mil De naturezas diferentes Mostrando que essa gente Essa gente do Brasil é muito burra E não enxerga um palmo à sua frente Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente Eliminando da mente todo o preconceito E não agindo com a burrice estampada no peito A "elite" que devia dar um bom exemplo É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento Num complexo de superioridade infantil Ou justificando um sistema de relação servil E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação Não tem a união e não vê a solução da questão Que por incrível que pareça está em nossas mãos Só precisamos de uma reformulação geral Uma espécie de lavagem cerebral Continua.
  • 37. Músicas Racionais Mc's - Capítulo 4 Versículo 3 Minha intenção é ruim, esvazia o lugar! Eu tô em cima, eu tô a fim, um dois pra atirar! Eu sou bem pior do que você tá vendo Preto aqui não tem dó, é cem por cento veneno! A primeira faz "bum!", a segunda faz "tá!" Eu tenho uma missão e não vou parar! Meu estilo é pesado e faz tremer o chão! Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição! Na queda ou na ascenção, minha atitude vai além! E tem disposição pro mal e pro bem! Talvez eu seja um sádico ou um anjo Um mágico ou juiz, ou réu Um bandido do céu! Malandro ou otário, quase sanguinário! Franco atirador se for necessário! Revolucionário ou insano. Ou marginal! Antigo e moderno, imortal! Fronteira do céu com o inferno! Astral imprevisível, como um ataque cardíaco do verso! Violentemente pacífico! Verídico!
  • 38. MÚSICAS PRA QUE DISCUTIR COM MADAME João Gilberto Composição: Haroldo Barbosa Madame diz que a raça não melhora Que a vida piora por causa do samba, Madame diz o que samba tem pecado Que o samba é coitado e devia acabar, Madame diz que o samba tem cachaça, mistura de raça, mistura de cor, Madame diz que o samba democrata, é música barata sem nenhum valor, Vamos acabar com o samba, madame não gosta que ninguém sambe Vive dizendo que samba é vexame Pra que discutir com madame. No carnaval que vem também concorro Meu bloco de morro vai cantar ópera E na Avenida entre mil apertos Vocês vão ver gente cantando concerto Madame tem um parafuso a menos Só fala veneno meu Deus que horror O samba brasileiro democrata Brasileiro na batata é que tem valor. OBS: A “madame” existiu de fato, segundo consta no site http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/artigos_madame1.htm
  • 39. Filmes: indicações da SEE PROGRAMA Cultura é Currículo: filmes que podem contribuir com a temática étnico-racial na sala de aula – Arquitetura da Destruição • Respeito mútuo, discursos racistas, ideologia nazista – Bendito Fruto • Mito da democracia racial, discriminação racial e sexual – Crash – no limite • Preconceito, dificuldades nas relações interraciais – Gran Torino • Conflitos étnicos-raciais, xenofobia – O povo brasileiro • Identidade nacional, relações de poder
  • 40. Para finalizar... “não basta apenas tolerar, é preciso que caminhemos para o reconhecimento das diferenças como possibilidades do existir. Para tanto, é necessário grande envolvimento dos profissionais da educação com um projeto realmente transformador que se proponha repensar e alterar preconceitos e estereótipos há muito tempo arraigado. Adotar como parâmetros escolares voltados para o respeito, a tolerância e a solidariedade entre os povos, construir metodologias pertinentes à realidade étnica dos nossos educandos, já que é consenso a existência da presença heterogênea de pessoas dentro da escola.” IN: ROUANET, Sérgio Paulo. “O Eros das diferenças”. Folha de São Paulo, 09/03/2003.
  • 41. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Interlocutores de Educação Ambiental: Profa.Ma.Adriana Bachion - PCNP de Ciências Profa. Layla Cristina V. Urvanegia - PCNP de Física primavera / 2012
  • 42. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Vídeo Hope - Visions of whitefeather
  • 43. Breve histórico da Educação Ambiental •1977 – Conferência de Tbilisi: objetivos, princípios e estratégias da EA * Definição de EA: “uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente por intermédio de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade”.
  • 44. Breve histórico da Educação Ambiental • Brasil – Constituição de 1988 Educação Ambiental: garantida pelos governos federal, estadual e municipal. •1988 – Parâmetros Curriculares Nacionais ► EA deve ser incluída na Educação Formal de forma transversal e interdisciplinar.
  • 45. Breve histórico da Educação Ambiental • 1992: Política Nacional de Educação Ambiental ►Princípios básicos da EA Dentre estes: - enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
  • 46. • Conferência Rio 92 - aprovou-se a “Agenda 21”: propostas de ação para os países e os povos em geral e estratégias para que estas sejam cumpridas; - adotados ► instrumentos legais. * Convenção do Clima; * Convenção da Biodiversidade; * Convenção para o Combate à Desertificação
  • 47. • Conferência Rio 92 -progressos alcançados desde 1992 foram modestos: * Países da União Europeia cumpriram razoavelmente bem os seus compromissos. * Muitos municípios e Estados seguiram as recomendações da Agenda 21 - alguns inclusive adotaram metas para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Ex: Estado de São Paulo (Brasil); Estado da Califórnia (EUA)
  • 48. • 20 anos depois... Objetivo da conferência: Realização de um balanço do que se conseguiu realizar nos últimos 20 anos na direção de um desenvolvimento sustentável e, eventualmente, propor novos caminhos e novas ações.
  • 49. • Uma avaliação ... - documento “O futuro que queremos”: não delineia planos de ação para que os países-membros da ONU façam mais na direção do desenvolvimento sustentável.
  • 50. • Uma avaliação ... “Aspectos inovadores”: - "economia verde" como meta global e abrangente que nos leve a uma "economia de baixo carbono".
  • 51. Desenvolvimento sustentável X Sociedades sustentáveis
  • 52. ► Definição de desenvolvimento sustentável Comissão Brundtland – 1987 Documento “Nosso futuro comum” “Aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suas.”
  • 53. ► Críticas ao conceito de desenvolvimento sustentável (REDCLIFT,1987) • A proposta ignora, entre outros: - as relações de forças internacionais; - atingir o estilo de “desenvolvimento” das sociedades industrializadas é insustentável - consumo exorbitante !!!
  • 54. ► necessidade de se pensar em SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS • Possibilita que cada sociedade se estruture em termos de sustentabilidades próprias, segundo suas tradições culturais, seus parâmetros próprios e sua composição étnica específica.
  • 55. Para existir uma sociedade sustentável é necessária a SUSTENTABILIDADE: 3 pilares básicos Sistema Sustentável
  • 56. Partindo da sustentabilidade, qual Educação Ambiental queremos ? * Exibição dos vídeos * Trabalho em grupo
  • 57. Qual Educação Ambiental queremos ? Emancipatória ou que mantenha o status quo ?
  • 58. Abordagem crítica e emancipatória Paulo Freire e Edgar Morin Compreende: • Complexidade da problemática ambiental (envolve a natureza, sociedade, ser humano e educação); • Diálogo entre os saberes: inter e transdisciplinaridade; • A educação se dá na relação: do um com o outro; do um com o mundo * Mobilização de processos de intervenção sobre a realidade.
  • 59. Abordagem crítica e emancipatória Paulo Freire e Edgar Morin E.A. crítica envolve: Aspectos Aspectos Aspectos ambientais sociais econômicos Aspectos Exemplo: Aspectos culturais água políticos
  • 60. Aplicando a educação ambiental crítica Temáticas e eventos em meio ambiente • Modos de produção e consumo: - consumismo e consumo consciente; - a obsolescência programada; - a devastação de ecossistemas A partir dessa visão mais complexa, é possível abordar a questão dos resíduos sólidos (lixo), as cooperativas, etc.
  • 61.
  • 62.
  • 63. Aplicando a educação ambiental crítica TRABALHAR CRITICAMENTE A TEMÁTICA AMBIENTAL É IR ALÉM DOS CONTEÚDOS CIENTÍFICOS Adotar metodologias que privilegiem a participação dos alunos Análise crítica Projetos inter e da situação transdisciplinares analisada
  • 64. CONTINUANDO A NOSSA REFLEXÃO... I-)Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade ... O que predomina na escola ?
  • 66. DIÁLOGO X DEBATE Qual a diferença ? DIÁLOGO DISCUSSÃO / DEBATE Visa abrir questões Visa fechar questões Visa mostrar Visa convencer Visa estabelecer relações Visa demarcar posições Visa compartilhar ideias Visa defender ideias Visa a cooperação Visa a competição Visa compreender Visa explicar Vê a interação partes/ todo Visa as partes em separado Faz emergir ideias Descarta ideias “vencidas” Busca pluralidade de ideias Busca acordos
  • 68. Evento: IV Conferência Infanto-juvenil pelo meio ambiente Tema: “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis” Delegado (a): estar cursando os anos/séries finais do Ensino Fundamental; ter entre 11 e 14 anos; gostar de debates sobre o meio ambiente; ter boa comunicação; ter participado de maneira significativa na construção dos projetos de ações e no processo da conferência. Aguardem orientações !
  • 69.
  • 70. Temas Transversais Educação em Saúde! Juvenal PCNP- Biologia
  • 71. A Educação em Saúde parte da necessidade de conhecer a si mesmo, conhecer o ambiente, estabelecer relações, saber agir adequadamente, fazer escolhas saudáveis e reconhecer dimensões individual e coletiva da saúde.
  • 73. Missão do Instituto Kaplan Disseminar o conhecimento sobre o exercício dos direitos e da responsabilidade sexual, por meio da educação, visando a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
  • 74. Objetivo do Projeto: Motivar o jovem a prevenir a gravidez na adolescência.
  • 75. Índice de gravidez na adolescência do Brasil 19% 514.000 bebês em 2010 Índice de gravidez no Estado de SP – 15% 89.000 bebês em 2010 22.250 jovens abandonaram os estudos por esse motivo.
  • 76. Gravidez na Adolescência no Brasil - 2009 (Fonte: DATASUS) Total de Gravidez no Município (Nascidos Vivos) Município Entre 10 - Todas % 19 anos Idades Campinas 2084 14460 14,41 Valinhos 159 1300 12,23 Vinhedo 101 852 11,85
  • 77.
  • 78. ENQUETE – GRAVIDEZ na ADOLESCÊNCIA Idade: Sexo: M ( ) F ( ) Série: 1ª ( ) 2ª ( ) 3ª ( ) 1.Meninos Você engravidou alguma menina nos últimos 12 meses? Sim ( ) Não ( ) 2. Meninas Você engravidou ou esteve grávida nos últimos 12 meses? Sim ( ) Não ( )
  • 79. ENQUETE – GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ESCOLA DE: Escola: Multiplicador: N° total de Alunos pesquisados: N° total de Alunos pesquisados de 14 a 19 anos: SÉRIE NO DE ALUNOS DE 14 A 19 ANOS QUE RESPONDERAM “SIM” M F Total 1a 2a 3a Total
  • 80. Sexo é coiSa de adoleScente ?
  • 81. Sexo é atributo do ser humano Função Reprodutiva Sexual (prazer) Relacional (erótico e romantismo) CIO
  • 82. Adolescência 11 – 19 anos
  • 83. • Física: • Cognitiva – Puberdade – Capacidade de – Capacidade sexual abstração e reprodutiva – Informação • Social – Pertencer a grupos – Confirmação de • Psico-emocional sua identidade sexual e valorização social – Auto-afirmação – Diversidade de – Onipotência valores – Devaneios – Oportunidade afetiva-sexual
  • 84. Dinâmica da sexualidade Mecanismo Cultura e Biológico Normas Sociais e Fisiológico Estruturas Mentais Capacidade Cognitiva Adaptativa
  • 85. Sexo é direito! -1997 no XV Congresso Mundial de Sexologia na China -WAS – World Association for Sexology
  • 87. Liberdade Sexual Diz respeito a possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. No entanto, aqui se excluem todas as formas de exploração e abuso em qualquer época ou situação. EX: Brincadeiras sexuais Masturbação/Sexo Troca de carícias
  • 88. Autonomia e Integridade Sexual Este direito envolve a habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoal e social. Também inclui o controle e o prazer de nossos corpos livres de tortura, multilação e violência de qualquer tipo. EX: Tomar decisão respeitando seus limites e valores Dizer não as carícias de adultos como forma de prevenção de abuso
  • 89. Privacidade Sexual O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros. EX: Privacidade no namoro Fechar a porta do banheiro/quarto para se masturbar Contatos e relacionamentos pela Internet
  • 90. Igualdade Sexual Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas. EX: Respeito a diversidade sexual
  • 91. Prazer Sexual Prazer sexual, incluindo autoerotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual. EX: Desejar o outro Reagir aos estímilos sexuais Realizar práticas e jogos sexuais
  • 92. Expressão Sexual A expressão é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor. EX: Curiosidades sexuais Conversar sobre suas preferências sexuais Demonstrar interesse sexual
  • 93. Livre associação Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis. EX: Ficar Namorar
  • 94. Escolhas reprodutivas livres e responsáveis É o direito em decidir ter ou não ter filhos, o número e tempo entre cada um, e o direito total aos métodos de regulação da fertilidade. EX: Conhecimento e uso de métodos contraceptivos
  • 95. Informação baseada no conhecimento científico A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais. Ex: Obter informações – família, escola, Internet, livros Esclarecer dúvidas Usar serviços especializados
  • 96. Educação Sexual Abrangente Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as instituições sociais. EX: Capacitação de educadores Aplicação de oficinas com metodologias lúdicas
  • 97. Saúde Sexual • cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas e doenças sexuais, precauções e desordens. EX: Terapia Consulta médica Teste de DST/Aids Vacinas
  • 99. Este conceito define as diversas faces assumidas pela esfera sexual humana. Quando se leva em conta o grau de complexidade da interação social, das diferenças culturais, dos idiomas e hábitos distintos, entre outros elementos que conferem identidade às diferentes sociedades.
  • 100. Esta diversidade não se limita apenas ao exercício do sexo, mas igualmente a tudo que configura a sexualidade – as experiências de vida, os costumes assimilados ao longo da existência, as emoções, os apetites, o modo de agir e a forma como as pessoas se vêem e são vistas pelos outros.
  • 101. A existência de sexualidades heterodoxas não é uma marca do mundo contemporâneo. Desde tempos ancestrais pessoas do mesmo sexo se atraem; na antiga Grécia, por exemplo, era habitual o relacionamento entre homens, pois era um hábito cultural jovens passarem uma fração de sua existência ao lado de um filósofo mais velho, que lhes transmitiria suas experiências não só na esfera filosófica, mas também a arte dos combates e do amor.
  • 102. Alguns tipos de orientação sexual: -Heterossexual Masculino -Heterossexual Feminino -Homossexual Masculino -Homossexual Feminino -Bissexual Masculino -Bissexual Feminino -Travesti Masculino -Travesti Feminino -Transexual Masculino -Transexual Feminino
  • 103. A heterossexualidade imposta como modelo único (heteronormatividade) produz diversos modos de “violências sexuais e de gênero”. A Homofobia é produzida por discursos e valores moralistas que contribuem para que as pessoas se expressem com agressividade, violência, ódio, nojo e medo da homossexualidade. A homossexualidade não é considerada crime desde 1830.
  • 104. Os padrões rígidos das desigualdades sociais criam hierarquias e crenças de superioridade, como acontece do homem sobre a mulher (machismo e sexismo), do heterossexual sobre o homossexual (homofobia), do branco sobre o negro (racismo). Diante desse cenário de práticas homofóbicas muitas pessoas que fazem parte da população LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) inúmeras vezes se isolam em decorrência de sua impotência diante dos preconceitos e discriminações.
  • 105. A experiência da injúria de base homofóbica presente nas práticas do bullying atinge diretamente a consciência das pessoas vitimizadas, destruindo a crença em si mesma, na medida em que a intensidade que as atingem as transforma em seres desprezíveis. Se uma criança/adolescente é discriminada por ser negra na escola ou outro lugar, ela chega em casa e é acolhida por seus familiares, porém, se ela é discriminada por ser LGBT, ao chegar em sua casa o tratamento, se houver, talvez não seja de acolhimento.
  • 106. A homofobia quando interiorizada (no armário), se encarrega por produzir baixa auto-estima, sentimentos de insegurança, ansiedades, inibições intelectuais, afetivas e sexuais, dificuldades de socialização, fechamento em si mesmo, e em última consequência, tentativas de suicídio.
  • 107. A Idéia de cidadania LGBT Execer a cidadania significa poder participar das tomadas de decisões da sociedade e poder dizer de que forma as pessoas serão mais respeitadas e incluídas nesta mesma sociedade, independente de sua classe social, da cor de sua pele, da expressão de sua feminilidade e/ou masculinidade, do modo como quer amar e se relacionar amorosa, afetiva e sexualmente com outras pessoas.
  • 108. Como espaço de exclusão das diferenças sexuais e de gênero as escolas na maioria das vezes contribuem para que as pessoas internalizem a homofobia, desenvolvam auto culpabilização, tenham a auto-estima rebaixada, tenham crises de angústias, desenvolvam depressões, se auto-excluam dos espaços públicos, tornem-se pessoas inseguras, evasivas e impotentes, ou ainda, como modo de defesa tornam-se agressivas e violentas frente aos ataques do bullying.
  • 109. As pessoas vitimizadas pelo bullying homofóbico (dentro e fora da escola) tem consciência do “porque” estar sendo alvo dos ataques terroristas de discriminação sobre si, entrando em uma dimensão de confusão mental, e quando tem noção da situação acreditam serem pessoas erradas e por isso passíveis de punição (autoimagem negativa).
  • 110. A partir da primeira década do século XXI, as questões sobre os direitos sexuais como direitos humanos na educação encontraram espaço no âmbito das políticas educacionais brasileiras como temáticas contempladas nas políticas de Educação em Direitos Humanos (EDH).
  • 111. É dever da escola se abrir para conversar sobre o contexto social, político e cultural da atualidade, sobre a presença de diferentes pessoas em nosso convívio, de modo a ajudar para que as crianças e adolescentes não abandonem seus estudos e possam ter oportunidades iguais.
  • 112.
  • 113. Bibliografia BORILLO, Daniel. Homofobia. Barcelona: Ediciones Bellaterra, 2001. BUTLER, Judith - Problemas de Gênero: feminismo e subversão da Identidade. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 2003. BUTLER, Judith –“ O parentesco é sempre tido como  heterossexual?”.Campinas, Cadernos Pagu, 2003 GROSSI, Miriam; MELO, Luiz & UZIEL, Anna Paula (Orgs) (2007) – Conjugalidades,  Parentalidades e Identidades Lésbicas, Gays e Travestis.Rio de Janeiro, Ed. Garamond. CASTAÑEDA, Marina. A Experiência Homossexual: Explicações e Conselhos para os Homossexuais, suas famílias e seus terapeutas. São Paulo: A Girafa Editora, 2007. ERIBON, Didier - Reflexiones sobre la cuestión gay. Barcelona: Anagrama, 2001. FOUCAULT, Michel – História da sexualidade: a vontade de saber. Vol. 1. São Paulo, Editora Martins Fontes, 1988. FOUCAULT, Michel – A ordem do discurso. São Paulo, Editoras Loyola, 2006. JUNQUEIRA, Rogério Diniz (Org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações  sobre a homofobia nas escolas. Brasília, Ministério da Educação, UNESCO, 2009. RODRIGUEZ, Félix. Diccionario gay-lésbico. Vocabulario general y argot de la homosexualidad. Madrid: Gredos, 2008. TEIXEIRA-FILHO, Fernando. Silva; MARRETTO, Carina. A.R; BESSA, Juliana. Homofobia  e Vulnerabilidades de adolescentes LGBT no Contexto Escolar. Em Revista de Educação e  Pesquisa. São Paulo: USP (no prelo) TIN, Louis Georges. Dictionnaire de l' homophobie. Paris: Presses Universitaires de France, 2003. VIÑUALES, Olga. Lesbofobia. Barcelona: Ediciones Bellaterra, 2002.