4. “É melhor conhecer Primeiros Socorros e
não precisar, do que precisar e não
conhecer.”
REGRA AO SOCORRISTA
1ª - Não ser a segunda vítima;
2ª- Solicitar ajuda:
3ª - Calma, bom senso e criatividade
6. CONCEITO
Atendimento pré hospitalar (APH) é o
atendimento emergencial em ambiente extra-
hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da
cadeia de atendimento a vítimas sendo
também conhecida como segundo socorro ou
resgate.
7. APH
O Atendimento pré hospitalar é destinado
às vítimas de trauma (acidentes de trânsito,
acidentes industriais, acidentes aéreos etc),
violência urbana (baleado, esfaqueado etc),
mal súbito (emergências cardiológicas,
neurológicas etc) e distúrbios psiquiátricos
visando a sua estabilização clínica e remoção
para uma unidade hospitalar adequada.
8. POR QUEM É REALIZADO
O APH é realizado por profissionais
especialmente treinados, (socorristas, auxiliares e
técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnicos de
segurança do trabalho e médicos), no Brasil estes
serviços de APH são na maioria realizados pelos Corpos
de Bombeiros Militares dos estados, SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência) e Bombeiros Civis,
equipes altamente treinadas prontas a darem o
suporte básico de vida aos traumatizados.
Estes são subdivididos em Equipe de
Salvamento, Equipe de Suporte Básico à Vida (SBV) e
Equipe de Suporte Avançado à Vida (SAV).
9. Protocolos do APH
No Mundo existem diversos protocolos e modelos
de atendimento pré hospitalar, destacando o Protocolo
Norte-Americano e o Protocolo Francês, no primeiro
aplica-se o conceito de chegar à vítima no menor
tempo possível, realizar manobras essenciais para
estabilizá-la e removê-la o mais rápido possível a um
hospital adequado (princípio conhecido como hora de
ouro).
No protocolo Francês adota-se o princípio de
ofertar o atendimento médico no local até a
estabilização da vítima (princípio conhecido como stay
and play).
10. PRIMEIRO SOCORROS BÁSICO
São os cuidados imediatos prestados a
uma pessoa cujo estado físico coloca em
perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de
manter as suas funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, até que
receba assistência médica especializada.
11. SOCORRISTA
Socorrista: Atividade regulamentada pelo
Ministério da Saúde, segundo a portaria n°
824 de 24 de junho de 1999. O socorrista
possui um treinamento mais amplo e
detalhado que uma pessoa prestadora de
socorro. Pessoa qualificada para tal fim.
12. EMERGÊNCIA x URGÊNCIA
Emergência: Estado que necessita de
encaminhamento rápido ao hospital. O tempo
gasto entre o momento em que a vítima é
encontrada e o seu encaminhamento deve ser o
mais curto possível.
Urgência: Estado grave, que necessita
atendimento médico embora não seja
necessariamente iminente.
OBS: Hora de Ouro
13. ACIDENTE X INCIDENTE
Acidente: Fato do qual resultam pessoas
feridas e/ou mortas que necessitam de
atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual
não resultam pessoas mortas ou feridas, mas
que pode oferecer risco futuro.
14. OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a
omissão de socorro consiste em "Deixar de
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em
desamparo ou em grave e iminente perigo; não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública."
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou
multa.
15. OMISSÃO DE SOCORRO
Parágrafo único: A pena é aumentada de
metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta em
morte.
Importante: O fato de chamar o socorro
especializado, nos casos em que a pessoa não
possui um treinamento específico ou não se
sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.
17. Atribuições e Responsabilidades
• Saber lhe dar com o público: Pessoas feridas
não estão normais e podem ser agressivas;
• Honesto e Autêntico: Não dizer que a pessoa
está bem se ela não tiver; Não dizer para não
se preocupar, se a situação for séria;
• No local da ocorrência deve ser altamente
disciplinado: Não fumar; Não fazer
comentários sobre o paciente e sua condição
de saúde. Concentre-se no trabalho.
18. Atribuições e Responsabilidades
• Criar um vínculo de confiança com o
paciente: Está sempre adquirindo mais
conhecimento; Não mentir para o paciente;
• Cuidado com as informações repassadas para
o paciente: O paciente pode não superar a
informação que seu ente querido está morto.
19. Atribuições do emergencista
Os principais atributos de um emergencista
são:
• Ter conhecimento técnico e capacidade para
oferecer o atendimento necessário;
• Aprender a controlar suas emoções, ser
paciente com ações anormais ou exageradas
daqueles que estão sob situação de stress;
• Ter capacidade de liderança para dar
segurança e conforto ao paciente.
20. Responsabilidades dos emergencistas
As principais responsabilidades de um
emergencista são:
• Utilizar os EPI´S;
• Controlar o local do acidente de modo a
proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente e
prevenir outros acidentes;
• Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os
equipamentos necessários a situação;
21. Responsabilidades dos emergencistas
• Identificar os problemas utilizando-se das
informações obtidas no local e pela avaliação
do paciente;
• Fazer o melhor possível para proporcionar
uma assistência de acordo com o seu
treinamento;
22. Responsabilidades dos Emergencistas
• Decidir quando a situação exige a mobilização
ou mudança da posição ou local do paciente.
Sempre minimizando os riscos de lesões
adicionais;
• Solicitar, se necessário, ajuda de terceiros
presentes no local da emergência;
• Coordenar as atividades.
23. • “A responsabilidade é uma obrigação
atribuída a toda pessoa que exerce uma
profissão. Ou seja, vai responder perante a
justiça pelos atos prejudiciais resultantes de
suas atividades inadequadas”
24. Transgressões do emergencistas
IMPERÍCIA: Ignorância, inabilidade e
inexperiência;
A falta de prática ou ausência de conhecimento
necessários para o desempenho da profissão.
EXEMPLO: Utilizar o reanimador manual, sem
executar corretamente, por ausência de prática,
as técnicas de aberturas de vias aéreas na
reanimação.
25. Transgressões do emergencista
IMPRUDÊNCIA: Falta de atenção, imprevidência
e descuido; (Omissão Faltosa)
Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa,
em relação das consequências dos seus atos ou
ação, quando devia e podia prevê-las.
EXEMPLO: É imprudente o motorista que dirige
um veículo de emergência excedendo o limite
de velocidade da via.
26. Transgressões do emergencista
NEGLIGÊNCIA: Desprezar, desatender, não
cuidar;
Evidencia-se pela falta decorrente de não se
acompanhar o ato com a atenção que se
deveria. (Omissão do dever).
EXEMPLO: Deixar de utilizar EPI´S em um
atendimento onde seu uso seja necessário.
28. AVALIAÇÃO DA CENA
(CINEMÁTICA DO TRAUMA)
A primeira atitude a ser tomada no local do
acidente é avaliar os riscos que possam colocar
em perigo a pessoa prestadora dos primeiros
socorros.
O atendimento inicial à vítima de trauma se
divide em quatro etapas seqüenciais:
1) Controle de cena;
2) Abordagem primária;
3) Abordagem secundária;
4) Sinais vitais e escalas de coma e trauma.
34. AVALIAÇÃO DA CENA
É muito importante salientar que para a
abordagem de uma vítima primeiro você deverá
ter idéia do contexto geral da situação, pois
apenas com uma pré-avaliação do local é que
podemos conhecer o tipo de vítima com a qual
está lidando.
35. Avaliação das condições gerais da
vítima
Todo procedimento de primeiros socorros deve
começar com a avaliação das condições da(s)
vítima(s).
Deve-se observar sinais (tudo o que se observa
ao examinar uma vítima: respiração, pele fria,
palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa
sobre si mesma: náusea, dor, vertigem, etc.)
36. SINAIS VITAIS
- pulso
- respiração
- temperatura corporal
- nível de consciência
- dilatação das pupilas
- cor da pele.
40. RESPIRAÇÃO
A respiração, na prática, é o conjunto de 2
movimentos normais dos pulmões e músculos do
peito:
1 - inspiração (entrada de ar pela boca/nariz); e
2 - expiração (saída de ar, pelas mesmas vias
respiratórias).
Nota-se a respiração pelo arfar (movimento de
sobe e desce do peito) ritimado do indivíduo.
41. TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO
Normal Adulto 12 a 20
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
lactente (0 a 1 anos) 30 a 70
42. PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a força com que o coração
bombeia o sangue para as artérias.
A pressão arterial é dada por 2 números: 12 por 8
é a normal (ou 120 mmHg para a alta, máxima
ou sistólica e 80 mmHg para a baixa, mínima
ou diastólica --- na linguagem dos Médicos).
43. TEMPERATURA CORPORAL
A temperatura corporal é medida em
termômetros (de mercúrio ou digitais)
colocados, durante alguns minutos, com a
extremidade que contem o bulbo (no primeiro
caso) nas axilas ou na boca do paciente.
44. DILATAÇÃO DAS PUPILAS
O Socorrista deve observar, inicialmente,
se os diâmetros ou as aberturas das pupilas são
iguais nos dois olhos. Em seguida, com uma
lanterninha, verificar se elas se contraem com
a incidência do foco.
48. Avaliação Primária Completa
Na abordagem primária completa segue-se
uma seqüência fixa de passos estabelecida
cientificamente. Para facilitar a memorização,
convencionou-se o “ABCDE do trauma” para
designar essa seqüência fica de passos,
utilizando-se as primeiras letras das palavras que
definem cada um dos passos:
• 1) Passo “A” – Vias aéreas com controle cervical;
49. Avaliação completa
• 2) Passo “B” – Respiração (existente e
qualidade);
• 3) Passo “C” – Circulação com controle de
hemorragias;
• 4) Passo “D” – Estado neurológico;
• 5) Passo “E” – Exposição da vítima (para
abordagem secundária).
50. PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO
Passo “A” – Vias Aéreas com Controle Cervical .
Após o controle cervical e a identificação,pergunte à
vítima o que aconteceu.
Passo “B” – Respiração
Checar se a respiração está presente e efetiva (ver,
ouvir e sentir).
Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias
O objetivo principal do passo "C" é estimar as
condições do sistema circulatório e controlar grandes
hemorragias.