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AS MULHERES
E NOVOS PARADIGMAS
Contextos econômicos e sociais se
transformaram depois da consolidação da
presença das mulheres no mercado de
trabalho. Mas é preciso desmistificar os
papéis da mulher casta, da mulher mãe e da
mulher perfeita. É mais do que necessário
revelar o preconceito de gênero e a
misoginia que impera na sociedade.
A era do homem está chegando ao fim?
A fim de investigar como as mulheres
estão sendo representadas na mídia
realizamos este estudo.
1º - Apresentar novos
estímulos e tendências
referente à construção da
identidade feminina na
contemporaneidade.
2º - Promover a
reflexão sobre como
retratamos a mulher em
nossas estratégias de
comunicação.
OBJETIVOS:
O DIREITO
DE
SER AMÉLIA
Mesmo diante dos
indiscutíveis avanços de
igualdade entre homem e
mulher, testemunhamos
que a mulher
contemporânea pode sentir
prazer em ser a esposa,
resignificando o papel de
Amélia, curtindo “cuidar”
de seu marido, da casa e de
sua família, sem
comprometer os direitos
conquistados.
A revista TPM, da editora Trip trouxe a
atriz Alinne Moraes com espanador na
mão e luva de borracha. Além disso,
outra manchete: Ana Paula Padrão e as
maravilhas de ser “a nova mulher
prendada” pois “a mulher tenta resgatar
o que deixou para trás quando
conquistou o mercado de trabalho”.
O DIREITO
DE
SER AMÉLIA
A nova
Mulher
Prendada
Na nova turnê da Beyoncé, The Mrs. Carter Tour,
ela adota o sobrenome do marido e o tema
imagético de realeza, assumindo o papel da
rainha soberana. Veste-se com o arquétipo da
grande mãe, a protetora e guerreira, mas que
também é esposa devota e dedicada.
O DIREITO
DE
SER AMÉLIA
The Mrs. Carter Tour
BELEZA
NUA
E
CRUA
Acompanhando uma
tendência da publicidade
em geral, a imagem da
mulher “real” ganha
relevância como um
movimento para a abolição
da manipulação digital,
dando fim a ilusão
imagética que a imprensa, a
moda e a publicidade
promovem como
representação da mulher
ideal. Artistas e
celebridades abraçam a
causa e participam desse
movimento, expondo-se de
“cara lavada” .
Uma das campanhas mais aclamadas no Festival de
Cannes 2013 é a "Retratos da Beleza Real", da Ogilvy
Brasil para a Dove. Como este trabalho, que já alcançou
4.5 bilhões de impressões em mídia, tinha como briefing:
"Fazer as mulheres se sentirem mais bonitas".
Além do poderoso recurso de storytelling, a campanha
toca em uma questão que independe de geração ou
idade: a autoimagem - sim, as mulheres sempre vão se
achar menos bonitas do que realmente são. Mais do que
uma premiadíssima campanha, a estratégia supera o
mesmo ponto de ruptura que a Unilever atingiu com o
lançamento da Linha Dove em 2007 – Campanha pela
Real Beleza: , o mote está em lidar com tipos físicos de
mulheres e questões femininas que não são estão
tradicionalmente presentes na publicidade.
BELEZA
NUA
E
CRUA
Beleza Real
A TPM surpreendeu as leitoras
na edição de agosto de 2013
com uma capa falsa,
diagramada da mesma forma
que as principais concorrentes
no mercado editorial destinado
ao público feminino. A capa
falsa traz a seguinte questão
para a leitora: pra que mentir?,
trazendo a atriz Alice Braga de
forma descontraída e sem
produção glamurosa.
BELEZA
NUA
E
CRUA
No
Production
O fotógrafo Ben Hopper, decidiu questionar um
dos dogmas da estética feminina criando uma série
fotográfica simples, porém cheia de significado, na
qual mulheres exibem axilas sem depilar.
Em “Natural Beauty”, o fotógrafo pediu que modelos
e atrizes deixassem os pelos da axila crescer, e assim
fotografou-as exibindo seus corpos, ao exercerem o
mesmo direito que os homens.
BELEZA
NUA
E
CRUA
Sem depilação
A American Apparel vive na mira das feministas por culpa dos
seus anúncios com fotos de meninas muito sexualizadas que,
muitas vezes, parecem ser até menores de idade.
Mas dessa vez tem gente dizendo que a marca deu uma
dentro: ao vestir uma manequim com lingerie branca
transparente na loja da East Houston Street, em Manhattan, o
pessoal que monta a vitrine escolheu adicionar também uns
pelos pubianos, o que deixou a boneca menos infantilizada e
mais normal. Sim, mulheres têm pelos e nem sempre estão
perfeitamente depiladas.
BELEZA
NUA
E
CRUA
Sex Appeal Natural
Marca de lingerie bane as supermodelos
e o Photoshop de suas campanhas.
Qualquer semelhança com o discurso da
Dove não é mera coincidência. A Aerie,
fabricante de lingerie para garotas de 15
a 21 anos, afirma que não contratará
supermodelos e também não usará mais o
Photoshop para retocar as mulheres dos
seus anúncios. As garotas são bonitas,
usam maquiagem e a iluminação também
faz a sua parte, mas as fotografias
passaram longe do Photoshop.
BELEZA
NUA
E
CRUA
No Photoshop
Celebridades estão se deixando clicar totalmente sem maquiagem. O primeiro movimento partiu da revista americana Vanity Fair, que reuniu
personalidades de Hollywood como Brad Pitt, Kate Winslet e Scarlett Johansson ”ao natural”, fotografadas por Chuck Close. Inspirados pela
ação, celebridades brasileiras foram clicadas pelo fotógrafo Cristiano Madureira em um ensaio para a edição de maio da revista Glamour.
BELEZA
NUA
E
CRUA
Maquiagem Zero
Na contramão das grandes publicações
voltadas para o público feminino, há uma
revista que quer mostrar a real beleza da
mulher – com direito a rugas, marcas,
pneuzinhos e tudo mais. Em um mundo em que
a beleza ideal reina, a norte-americana Verily
é a primeira revista feminina que baniu o
Photoshop.
A revista, que trata sobre assuntos como
beleza, moda, sexo e comportamento, vai
além em sua meta de fazer com que as
mulheres se sintam bem. Recentemente, em uma
de suas matérias, a Verily transportou a moda
das passarelas para a realidade de suas
leitoras. Em vez de modelos renomadas
usando Prada, Tommy Hilfiger e outras grifes de
luxo, a publicação usou mulheres comuns e
roupas de preço acessível, encontradas em
lojas populares.
Fonte: Happiness
BELEZA
NUA
E
CRUA Revista
sem Photoshop
Tumblers colaborativos tem se tornado
comuns na rede. Destaque para dois
deles que valorizam a beleza feminina
de qualquer idade. Clique nas imagens
e conheça esses dois exemplos.
BELEZA
NUA
E
CRUA
Beleza Real
Compartilhada
FEMINISMO
DE
BERÇO
A sociedade está atenta à
necessidade do resgate
da autoestima das mulheres,
desde a infância. Ações de
empoderamento começam a
acontecer, mobilizadas pelo
poder público e iniciativas
privadas e entram em
consonância com uma
mudança de perspectiva
inclusive na construção de
ícones como a personalidade
das princesas da Disney.
A instituição escola preparatória dos
Estados Unidos Mercy Academy, que
é católica e só para meninas, renega
o status de princesa e contos de
fadas que é apresentado para as
garotas desde pequenas.
As peças foram criadas pela agência
Doe-Anderson e trazem frases como
“Você não é uma princesa” e “Não
espere pelo seu príncipe. Seja capaz
de salvar a si mesma”.
FEMINISMO
DE
BERÇO
Nada
de Princesas
“As meninas enfrentam a discriminação e violência a cada dia em todo o
mundo. O Dia Internacional da Menina focaliza a atenção sobre a
necessidade de evidenciar os desafios enfrentados por meninas e
promover o seu empoderamento e o cumprimento de seus direitos
humanos. "
O parágrafo acima faz parte do documento produzido pelas nações
unidas que instituiu, em 2011, 11 de outubro como Dia Internacional da
Menina. A data foi escolhida porque marca o dia em que a
paquistanesa Malala Yousafzai, de 16 anos, recebeu o prêmio Nobel
da infância por liderar a luta pela educação das meninas e
adolescentes no Paquistão – país administrado pelo movimento
fundamentalista islâmico talibã e que é contrário à educação das
mulheres. Ela se tornou símbolo da resistência pela manutenção da
educação feminina no mundo todo depois que sobreviveu a um
atentado em 2009. Malala foi baleada na caneca por ativistas do
talibãs ao sair da escola, depois de inúmeras ameaças de assassinato a
ela e sua família.
Esse movimento internacional busca dar visibilidade a um dos principais
desafios da humanidade: “as meninas são sempre de alguém e são
criadas para os outros”, como define a antropóloga mexicana Marcela
Lagarde. Para além dos embates sociais feministas e discussões de
gênero, essa perspectiva se mistura a questões como religião, modelos
educacionais, saúde da mulher, trabalho infantil e violência sexual.
FEMINISMO
DE
BERÇO
Alinhado essa iniciativa internacional, o documentário Girl Rising, lançado em março de 2013 é
uma poderosa peça de comunicação e propaganda. Utilizando como recurso o storytelling, o
filme acompanha a história de 9 meninas em 9 países diferentes para denunciar a realidade de
66 milhões de garotas que estão fora da sala de aula. Como se define, Girl Rising é mais do
que é um filme: é um movimento e uma promessa para o futuro, porque busca arrecadar fundos
para a manutenção de instituições internacionais que trabalham para empoderar e dar o
suporte às meninas a terminarem ao menos o ensino básico. O documentário é financiado por
empresas globais como a Intel e a CNN e as histórias são narradas por artistas de nível
internacional como Meryl Streep, Cate Blanchett, Alicia Keys e Anne Hathaway.
Dia
Internacional
das Meninas
Ampliando a repercussão do “Dia da Menina”, a
prefeitura de Nova York lançou em outubro de 2013
a campanha "Sou uma menina, sou bonita como sou",
com foco no fortalecimento da autoestima das
crianças nova-iorquinas. Mais de 80% destas jovens
americanas de 10 anos temem ser gordas na escola
e entre 40% e 70% delas não estão contentes com
duas ou mais partes do seu corpo. É a primeira
campanha do tipo nos Estados Unidos.
A campanha, composta de cartazes espalhados em
ônibus, metrôs e em cabines telefônicas da cidade
mostra 15 meninas sorridentes que representam a
diversidade nova-iorquina: brancas, hispânicas, afro-
americanas e asiáticas.
FEMINISMO
DE
BERÇO
“Sou uma Menina,
Sou bonita como sou”
Estrelas norte-americanas e mulheres líderes como Hillary Clinton e Condoleeza Rice querem que as pessoas parem de
chamar mulheres de mandonas, ou teimosas, e deixem de limitar, com palavras, o futuro das meninas.
O raciocínio faz sentido: por que meninas são chamadas de mandonas e homens são líderes? No vídeo, mulheres
poderosas (e algumas vozes masculinas) querem banir a palavra. E a mensagem deixada por Beyoncé é clara “não sou
mandona, eu sou chefe”. Segundo o vídeo, garotas são menos interessadas em liderança do que homens, “e isso é
porque elas se preocupam em serem chamadas de mandonas. É hora de banir palavras que limitam as meninas e
encorajar as garotas a serem ambiciosas e serem líderes”.
A campanha “Ban Bossy” é promovida pela organização Lean In, da diretora do Facebook, Sheryl Sandberg.
FEMINISMO
DE
BERÇO
Apoio a Liderança
Os brinquedos educacionais e produtos GoldieBlox, idealizados e lançados através
de financiamento colaborativo têm o objetivo de estimular o desenvolvimento de
meninas que constroem. Os jogos têm a missão de “ajudar a nivelar o campo de jogo
em todos os sentidos da frase. Ao aliar fortes habilidades verbais das meninas, à história
+ set construção reforça confiança em habilidades espaciais, dando às jovens
inventoras as ferramentas que elas precisam para construir e criar coisas incríveis.
Em uma realidade em que os homens superam as mulheres em grande parte na ciência,
tecnologia, engenharia e matemática, as meninas perdem o interesse por estes temas
normalmente aos 8 anos, GoldieBlox está determinado a mudar a equação. Brinquedos
da construção desenvolvem um interesse precoce nestes indivíduos, mas por mais de
cem anos, eles foram considerados "brinquedos de meninos". Ao projetar um brinquedo
de construção do ponto de vista feminino, GoldiBlox pretende perturbar a ditadura
rosa e inspirar a próxima geração de engenheiros do sexo feminino.
FEMINISMO
DE
BERÇO
Brincadeira de Menina
A Disney se modernizou no que diz respeito à imagem da mulher. No universo da as
animações infantis, em 2012 Brave (Valente), trouxe Mérida uma garota com revoltos
cabelos ruivos, fora do padrão princesas de sapatinho de cristal com todo perfil de
uma heroína, característica reforçada pelo seu talento com o arco e flecha.
Em 2014 foi a vez de Frozen (Uma aventura congelante) trouxe duas personagens
femininas, cheias de falhas: Elza e Anna - irmãs que cresceram separadas por um
segredo de família. A cena revela o novo ponto de vista das personagens femininas,
e uma das mais divertidas e marcantes do filme, é quando Ana está inconformada por
Elza (que é sua responsável depois da morte de seus pais) não lhe conceder sua
benção para que se case com o príncipe. Para justificar sua recusa em aceitar o
casamento Elza é categórica: “Você não pode se casar com alguém que acabou de
conhecer” – o que podemos dizer que é um comportamento padrão entre princesas
de contos de fada materializados pela Disney.
FEMINISMO
DE
BERÇO
Novas Princesas
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Campanhas e ações
publicitárias passam a utilizar
homens em tradicionais
posições e comportamentos
femininas e questionam o papel
da “mulher cerveja”. O contexto
se complexifica quando a
questão de gênero também se
relativiza no âmbito social. Já
falamos abertamente de
transexualidade: meninas que
trocaram de sexo tornam-se
celebridades nas redes sociais.
Essa campanha da Dove Man Care já é batida, mas como foi
veiculada em 2013, faz parte de nossa análise. A Dove quer chamar
atenção para o que acontece com um homem que usa shampoo
feminino. Recorrem aos clichês dos filmes de shampoos, nos quais os
diretores abusam do slow motion. Sexista, divertida e auto referenciada,
pelo menos no que diz respeito à repercussão nas redes sociais e
conhecimento do segmento masculino.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Clichês Femininos
virando piada
A fabricante de lingerie tailandesa Wacoal causou nas redes sociais
com esse filme para promover sutiãs que aumentam os seios. A surpresa
está justamente na utilização inusitada da modelo para mostrar os
atributos do produto.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Homem como modelo
A concessionária de motos Portland, da marca
MotoCorsa, recebeu inúmeras críticas em sua
página no Facebook por compartilhar imagens
de uma bela modelo clicada de forma sensual
sobre uma Ducati vermelha. Diante da
repercussão, o dono da marca decidiu que iria
fazer algo diferente. Algumas semanas mais tarde,
ele contratou o mesmo fotógrafo e escalou os
próprios colaboradores da marca de motos
como modelos. A nova “campanha” repercutiu
internacionalmente, dando visibilidade à marca.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Sensual Man
O fotógrafo Rion Sabean propõe uma reflexão de
gênero com seu humorístico projeto "Homens-pinups".
Como Sabean descreve a si mesmo, esta série de
fotos é "uma reestruturação das formas em que os
machos são apresentados na mídia popular,
aplicando poses pinups tradicionais que são
reservados para a forma feminina, embora ainda
apresentando os modelos com roupas e instrumentos
masculinos”. Através de sua forma engraçada, o
projeto tem como objetivo reverter ou ao menos
questionar os estereótipos de gênero.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Homem Pin Up
O fotógrafo Jon Uriarte propõe o ensaio
“Homens sob influência.” A proposta, segundo o
artista, é discutir a recente mudança de papéis
nas relações heterossexuais a partir das relações
de nossos predecessores e como essas
mudanças afetaram os homens em particular. As
fotos tentam capturar sensação de perda de
referência dos homens, agora que as mulheres
encontraram seu próprio espaço de igualdade
como parceiros. O projeto consiste em retratos
full-lenght de homens vestindo as roupas de suas
namoradas ou da esposa, capturadas no
espaço compartilhado pelo casal.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Homens sob influência
A transexualidade é um tema polêmico, que mexe com
dogmas sociais. Se a mídia e o cinema já deram
visibilidade para transexuais masculinos, as redes
sociais dão conta de dar visibilidade aos homens
transexuais. No Brasil, a página Homens transexuais
publica a foto e a história de transexuais homens de
toda parte do mundo. O mais famoso deles é o Oliver,
um transex da Polônia, que mantêm um tumbler
“Loading Oliver” e que relata seu experiência em um
minidocumentário sobre sua transformação.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
HOMENS TRANSEXUAIS
Conchita Wurst é a persona artística de Tom Neuwirth, cantor austríaco que
faturou a Copa do Mundo da música, o Festival Eurovision, em 2014.
O movimento LGBT europeu aplaudiu a vitória não apenas como uma
manifestação de liberdade pela adoção de identidade reversa, mas por um
tipo de sexualidade que adota posturas e símbolos de ambos os sexos.
HIBRIDIZAÇÃO
E INVERSÃO
DE
PAPÉIS
Mulher Barbada
O CORPO FEMININO
COMO FORMA DE
PROTESTOEstamos vivendo um
novo feminismo? O
corpo feminino como
instrumento de protesto:
não é mais suficiente
queimar sutiãs. É preciso
mostrar os seios e gritar
“sou vadia”. É a nudez
política.
Em 2012, o grupo punk feminista Pussy Riot realizou uma performance na
Catedral de Cristo Salvador, local sagrado para a igreja ortodoxa russa.
A ação levou três integrantes do grupo a julgamento, que protestaram
contra o presidente Vladimir Putin e a união entre estado e igreja. O
protesto e a prisão de Maria, Yekaterina e Nadezhda, integrantes do
Pussy Riot repercutiu na comunidade internacional.
O documentário Pussy Riot – A Punk Prayer mostra o antes, durante e
depois do julgamento, tentando explorar a individualidade das
integrantes e a real importância do evento que teve cobertura
significativa da mídia internacional.
Além das letras calcadas em um discurso anti-machista e de
empoderamento da mulher, a performance das artistas, que utilizavam
toucas coloridas para cobrir o rosto se tornaram referência para o
ativismo feminista contemporâneo.
Pussy Riot
A paulistana Evelyn Queiróz é a artista por trás do
projeto Beleza Real, encabeçado pelo seu alter ego
Negahamburgue. Nele, ela retrata através de
intervenções urbanas as histórias que recebe de
mulheres como ela. "São todas histórias reais, de gente
que por culpa do padrão de beleza que é imposto
já sofreu algum tipo de preconceito por ser gorda,
magra, alta, baixa, negra, albina, ou qualquer outra
condição linda que a nossa sociedade insiste em
falar que não é bom ou bonito", conta. As ilustrações
viraram ivro através de financiamento colaborativo.
Vale a visita ao site da artista e conhecer a galeria
das obras: http://www.negahamburguer.com/
Fonte: Revista TPM
Projeto Beleza Real
A Marcha das Vadias nasceu no Canadá. Em 2011, o policial Michael
Sanguinetti discursou na Universidade de Toronto, pois algumas
estudantes tinham sido estupradas. Ele disse para que as “mulheres
evitassem se vestir como vadias (em inglês, Slut), para não serem vítimas”.
Enfurecidas com o que o policial disse, estudantes, ativistas etc. se
uniram em 3 de abril de 2011 na cidade de Toronto e criaram a
SlutWalk, que reuniu mais de 3 mil pessoas, para clamar por segurança e
mostrar que a culpa não era das mulheres por serem estupradas.
Vadia, segundo o coletivo da Marcha, é o termo usado para mulheres
que tenham uma “ação minimamente desviante dos padrões de
comportamento impostos” a elas. “No momento em que ela é
violentada, ela se torna uma vadia. As pessoas começam a procurar em
tudo o que ela é, alguma justificativa que a culpe pelo que ela sofreu”.
Um coletivo audiovisual de Santa Maria definiu a origem do movimento
em um documentário que vale a pena conferir.
Coletivo de Santa Maria define a origem do movimento.
Marcha das Vadias
Pandemonia é uma personalidade de Londres sempre vista nos principais eventos,
exposições e semanas de moda pelo mundo. A artista conceitual e seu cachorro
Snowy foram inventados em uma prancheta de desenho.
A rainha da beleza inflável surgiu para desafiar os preconceitos sobre a beleza
feminina. À medida que o debate gorda x magra/feia x bonita continua em alta na
mídia, Pandemonia continua orgulhosa revestida de látex para ser a mulher “ideal”.
Brilhante e hiperrealista, ela se descreve como “uma paródia social, embalada com
muita artificialidade e falta de conteúdo”.
Seu objetivo é se expressar. Questionar a cultura contemporânea e a publicidade,
reconstruir mitos modernos, desafiar visualmente o público e criar um estado de
consciência feminina com a sua arte. A “loira burra com um ego inflado”, como ela
mesmo se descreve, esteve no Brasil para o desfile da Melissa no SPFW.
Fonte: Follow the Collurs
Pandemonia
Impossível ignorar o trabalho questionador de Cris Bierrenbach.
A artista, que iniciou sua carreira como fotojornalista, dá um grande
soco no estômago de todos nós com o seu Retrato Íntimo. A
princípio, as chapas de raio-x com sombras de objetos perfurantes
parecem uma montagem despretensiosa. Nosso olhar se transforma
quando descobrimos que, na verdade, as chapas são do quadril
da própria artista - e os instrumentos estavam realmente dentro dela.
Fonte: Obivious
Retrato Íntimo
A fotógrafa Rhiannon Schneiderman fez
autorretratos para a série na qual se posiciona
contra os padrões estéticos e depilação.
Rhiannon disse que já foi diversas vezes
criticada por não gostar de se depilar e que
acha esse tipo de atitude totalmente machista.
Estilo Cláudia Ohana
Muitas mulheres estão se apropriando do
próprio sangue e desafiando o tabu que cerca
o período menstrual através da arte. É a
chamada menstrala, a arte da menstruação. O
site da revista estadunidense Bitch comentou o
trabalho de algumas dessas artistas.
A fotógrafa sueca Emma Arvida Byström na série
“There will be blood” (“Haverá sangue”), criou um
editorial para o site da revista VICE de mulheres
menstruadas e que não escondem.
A também fotógrafa Ingrid Berthon-Moine criou a
série “Red is the Colour” (“Vermelho é a cor”),
Ingrid fotografou doze mulheres usando o
próprio sangue menstrual sobre os lábios. Cada
“batom” foi batizado com nomes típicos da
indústria cosmética como “Tentação Vermelha”
ou “Estrela Rouge”.
Já a artista plástica Vanessa Tiegs, usou a sua
própria menstruação durante 3 anos para pintar
88 quadros de imagens sutis nas formas, mas
que ganham intensidade com a textura da
matéria-prima. Ela batizou a série de Menstrala.
Menstrala: a arte
da menstruação
Gerou polêmica a participação do grupo
“Putinhas Aborteiras” no programa “Radar” da
TVE, do Rio Grande do Sul. O coletivo natural
de Porto Alegre se auto define como
anarcafeminsta e através de músicas de
protesto se posicionam a favor do aborto e
contra o machismo.
Putinhas Aborteiras
DESMISTIFICAÇÃO
DOS PAPÉIS
FEMININOSA mulher perfeita.
A mulher vadia.
A mulher princesa.
A mulher vítima.
A mãe de família.
A mulher casta.
Nos diversos papéis
assumidos pela mulher
moderna, ícones de
perfeição estão sendo
repensados ou
desconstruídos.
Ambientada em Nova York, a série Girls lança um olhar cômico
sobre as humilhações e raros triunfos de um grupo de garotas
com 20 e poucos anos.
Produzida pela HBO, a série é centrada em Hannah, uma jovem
escritora que trabalha em uma editora no SoHo, e suas amigas
Jessa, uma professora e aspirante a artista, e Marnie, uma
assistente de relações públicas que quer trabalhar com
questões ambientais.
O auge da série que está em sua terceira temporada foi no
ano passado e superou a eterna comparação com o já
clássico “Sex and the City”. Segundo a crítica especializada
Girls é bem mais “pé no chão” – mostra a realidade crua e sem
nenhum glamour.
Hoje já não tem tanta repercussão, mas é responsável por uma
ruptura no tipo de dramédia, centrada no universo feminino que
constroem situações afinadas com a mulher contemporânea, já
que a série foi criada, produzida e dirigida pela super elogiada
Lena Dunham, mesma atriz que interpreta a personagem
principal, Hannah. E ela tem apenas 26 anos!
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Girls em NY
Baseada no livro homônimo de Piper Kerman e adaptada por Jenji
Kohan (Weeds), a série acompanha Piper (Taylor Schilling), uma
moradora do Brooklyn cuja relação com Alex (Laura Prepon), uma
traficante na faculdade, resulta em sua prisão e detenção em uma
penitenciária federal. Sem qualquer experiência para lidar com o novo
ambiente, Piper mergulha na cultura das prisões femininas e encontra
aceitação, lágrimas e amor entre as detentas.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
As Presidiárias
O cinema pop descobriu o poder das mulheres.
Novas heroínas nascidas em romances focados no
público adolescente desconstroem a imagem de
mulheres como coadjuvantes dos heróis
convencionais.
A primeiro a heroína é Katniss Everdeen,
interpretada pela ganhadora do oscar de melhor
atriz em 2013 Jennifer Lawrence. Katniss é
personagem principal da trilogia Jogos Vorarez,
escrita por Suzanne Collinsse e que se tornou um
fenômeno entre os adolescentes.
Depois a divergente Tris, vivida pela estrela em
ascensão Shailene Woodley. Seguindo a mesma
fórmula de um futuro alternativo, Tris desafia a
sociedade vigente no filme que marca o início da
trilogia escrita por Veronica Routh.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Novas Heroínas
Com o projeto fotográfico Mirrors and Windows o fotógrafo
Gabriele Galimberti quer provar que o quarto de uma mulher
pode dizer muito não apenas sobre sua personalidade, mas
também sobre a situação política e econômica de seu país.
Abismos sociais, diferenças culturais e sutilezas interessantes
ficam evidentes quando essas mulheres entre 18 e 30 anos
abrem sua intimidade, e expõe muito mais do que uma simples
decoração. Preferências, paixões, obsessões e manias,
permeiam essa galeria de fotos que é uma aventura por
universos distintos e opostos.
Fonte: Catraca Livre
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Mulheres e seu contexto
O esteriótipo de mulher perfeita da Barbie
nunca agradou a fotógrafa Mariel
Clayton. Em um ensaio polêmico, ela
colocou a boneca, seu marido Ken e seus
filhos em situações chocantes, misturando
violência e sexualidade. Nas fotos de
Mariel, a vida de Barbie parece estar
longe de ser perfeita. Veja imagens de
“Dolls”, de Mariel Clayton.
Fonte: Catraca Livre
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Barbie
imperfeita
A divertida campanha Second Kid, que a
Saatchi & Saatchi de New York criou para a
marca de fraldas Luvs, apresenta uma
abordagem inusitada, muito alinhada à mulher
contemporânea, e desconstruindo aquele clima
“bebê Johnson” das campanhas tradicionais.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Mãe Real
Com o objetivo de discutir e combater a
descriminação da mulher em um mundo machista, a
Pantene - Filipinas, através de sua campanha
mundial criada pela agência BBDO, em apenas
60 segundos, já conseguiu semear perplexidade
para mais de 15 milhões de viewes: o bastante
para aqueles que nem sequer se questionavam
sobre os próprios julgamentos e rótulos negativos
atribuídos às mulheres.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Sem Discriminação
Uma série de anúncios desenvolvidos pela agência Memac Ogilvy & Mather Duba para a ONU Mulheres, utiliza
pesquisas genuínas no Google Search para revelar a prevalência generalizada de machismo e discriminação
contra as mulheres, com base em pesquisas realizadas em 9 de março de 2013. Os anúncios expõe sentimentos
negativos que vão desde estereótipos negativos até à negação absoluta dos direitos das mulheres.
A campanha, intitulada “Free & Equal” foi desdobrada também para revelar o sexismo e a homofobia no mundo,
utilizando a frase “gay should”
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Free and Equal
A pesquisadora e jornalista Hanna Rosin analisa novos dados
sociogeográficos dos últimos 5 anos que mostram mulheres
realmente ultrapassando homens em algumas importantes
dimensões, como incidências de graduações em nível superior.
Seriam essas tendências, americanas e globais, o sinal do "fim dos
homens"? Provavelmente não -- mas elas apontam para uma
importante mudança social que exige uma profunda discussão.
Hanna Rosin é cofundadora do site DoubleX, e escreveu o livro
que foi um dos destaques do ultimo SXSW 2013: THE END OF
MAN AND THE RISE OF WOMAN.
Fonte: TED X
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Fim dos Homens
A cineasta e humorista, Jessie Kahnweiler, ganhou fama em todo o mundo após protagonizar um vídeo cômico sobre o estupro que sofreu em viagem ao Vietnã.
De acordo com a idealizadora, o objetivo é voltar a se enxergar como uma mulher desejada e, além disso, despertar a atenção dos homens.
O vídeo, que tornou a cineasta conhecida mundialmente, foi publicado em 2013 e tem mais de 100 mil visualizações no YouTube. “Meet My Rapist” (Conheça
Meu Estuprador), foi uma forma de expressar a frustração de Jessie em não conseguir superar o que lhe aconteceu mesmo após anos de terapia.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
Meet My Rapist
A argentina Paula Schargorodsky se tornou um sucesso na web com
seu documentário "35 e solteira". Em seu novo curta-metragem, a
agora diretora-assistente do grupo New York Times questiona e
analisa sua vida no momento em que se torna a única mulher solteira
entre todas as suas amigas. Para amplificar o debate, vale a pena
desfilar os olhos sobre os comentários sobre o vídeo postado no
Youtube. Sim, o machismo real.
DESMISTIFICAÇÃO
DO
PAPEL
FEMININO
A Solteirona
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Depois da invenção da pílula
anticoncepcional, a mulher
conquistou o direito de fazer sexo
com a possibilidade de evitar a
gravidez. Agora elas buscam o
direito de falar abertamente sobre
orgasmos e o direito de ter
múltiplos parceiros sem julgamentos
sociais. Nessa mesma onda, artistas
da música nacional e internacional
encabeçam o movimento de
liberação sexual feminina e ser vadia
ganha força política.
A cantora Miley Cyrus associa ao feminismo toda a
polêmica gerada com sua nova postura artística e
acredita que está galgando seu espaço no
movimento. “Sinto que sou uma das maiores feministas
do mundo, porque digo às mulheres para não
temerem anda”, disse a cantora, em entrevista ao
“BBC Newsbeat”. Como ela passa essa mensagem?
Com muita twerk, nudez e língua para fora.
“Na verdade, eu não passo o dia inteiro fazendo o
twerk, com minha língua para fora, vestida de ursinho.
Nunca me preocupei em parecer má com que estou
fazendo no palco. Acho que as pessoas ficariam
surpresas se me conhecessem de verdade”. Miley
Cyrus faz questão de destacar que toda a polêmica
que causa é arquitetada. As pessoas não a veem
com comportamentos condenáveis fora dos clipes,
ensaios fotógrafos e apresentações. “Sinto que
provavelmente sou mais aceitável socialmente do
que muitas pessoas na indústria [da música]”, afirmou.
Fonte: Pop Line
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Twerk, Miley!
A cantora Rihanna divulgou no fim de 2013 o videoclipe de "Pour it
Up". Sentada em um trono, a artista está em um ambiente hedonista
repleto de strippers dançando em volta de mastros de pole dancing,
com direito a chuva de dinheiro. A faixa integra "Unapologetic",
lançado no mesmo período e causou bastante polêmica nas redes
sociais.
Trecho da letra da música:
O club de strip e as notas de dólares
(Eu ainda tenho dinheiro)
Mande as doses e ainda posso tomar um refil
(Eu ainda tenho dinheiro)
A dançarina está subindo e descendo do pole
(Eu ainda tenho dinheiro)
Quatro da manhã e ainda não fomos para casa
(Porque eu ainda tenho dinheiro)
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
O dinheiro faz o mundo girar
(Eu ainda tenho dinheiro)
Os homens fazem as mulheres descerem
(Eu ainda tenho dinheiro)
Adoro! Ainda tem mais de onde veio
(Eu ainda tenho dinheiro)
Olho em seus olhos e sei que você quer um pouco
(Eu ainda tenho dinheiro)
Rainha do Pole dacing
Depois de ficar fora da cena musical por quase 4 anos para se dedicar à
sua vida pessoal (a canora casou-se e teve um filho), Lily Allen surpreendeu
seus fãs lançando um novo single e videoclipe no final de 2013. “Hard Out
There”, primeira música de trabalho do álbum homônimo. Ela aproveita o
clima de euforia na mundo da música pop para criticar o comportamento de
inúmeros artistas - como Robin Thicke e Azealia Banks-, com a ironia e
irreverência típicas das composições da diva inglesa.
Trecho da letra da música:
Acho que devia te dizer o que essa vadia está pensando
Você me encontrará no estúdio e não na cozinha
Não estarei me gabando dos meus carros
Ou falando das minhas correntes
Não preciso sacudir minha bunda para você
Porque tenho um cérebro
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Se eu te falo da minha vida sexual
Você me chama de vagabunda
Mas quando os garotos falam de suas vadias
Ninguém cria caso
Há um teto de vidro para quebrar
A hã, há dinheiro para se ganhar
E agora é hora de acelerar
Porque não posso me mover neste ritmo
Para uma vadia é difícil
Jennifer Lopez ostenta luxo, com direito a mansão, iate e a muitos homens seminus
no clipe “I Luh Ya Papi”. A ideia do clipe é irônica. No começo do vídeo J-Lo
aparece discutindo o roteiro com o diretor e algumas amigas e elas comentam que
os homens sempre aparecem em seus clipes tratando mulheres como objetos,
geralmente em um iate ou uma mansão, e que Lopez deveria fazer o mesmo em seu
novo trabalho. O resultado é uma música bastante criticada pela mídia
especializada, mas com forte repercussão entre às mulheres e gays.
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
I Luh Ya Papi
“Prepara, que agora é a hora do show das
poderosas, que descem e rebolam”. Na voz aguda
de Anitta, fenômeno da música funk brasileira, o hit
‘Show das poderosas’ tem embalado o clima de
diversão nos finais de semana.
Maior sucesso da cantora, a canção ‘Show das
poderosas’ ganhou várias versões no Youtube.
Desde a sobreposição do áudio em cenas do show
da britânica Adele ao uso da função ‘voz alta’, do
Google Tradutor, para compor a letra. Anitta é
lembrada, ainda, com a união de trechos de
discursos da presidente Dilma Rousseff
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Poderosa
Não será possível entender o fenômeno Valesca
Popozuda, nossa Madonna tupiniquim, um dos
mais curiosos da indústria cultural brasileira
contemporânea, sem perceber a função que um
ídolo tem em seu tempo.
A mensagem de Valesca é o fake autêntico.
Mesmo que ela não saiba, o que Valesca faz é
um deboche por inversão. Tudo o que parece
fino e elegante, os tecidos, os materiais caros, o
figurino de luxo, ela os transforma em “coisa de
pobre”. O que era luxo vira lixo.
Por Marcia Tiburi
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Beijinho no Ombro
O app Tinder, disponível para Android e iOS, já se popularizou no Brasil, com
milhares de usuários. Você se conecta pelo Facebook e a principal função
dele é proporcionar o encontro de pessoas que estão próximas a você, por
meio de geolocalização podendo ver amigos e interesses em comum.
A grande razão pela qual o Tinder faz sucesso é que, ao entrar no aplicativo,
você pode começar procurar as pessoas próximas a você (elas não precisam
estar online no momento) e pode dar um like (que não vai aparecer no
Facebook nem nada) em quem você se interessar – mas a pessoa não irá
saber do seu interesse.
Ou seja, não tem aquele negócio chato de ser ignorado ou gostar de alguém
que não se interessou por você. Caso a pessoa também goste de você e der
like ao ver a sua foto, pronto, aparece na tela “match” e você pode abrir uma
janela para vocês conversarem. Esse é o grande diferencial do app e por isso
que ele realmente funciona para conhecer pessoas.
É a nova micareta digital, e que de certa forma, da um outro poder à mulher no
âmbito digital.
Fonte: You Pix
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Tinder
Se você entrar no site Adote Um Cara, vai pensar que é um site de
compras: tem carrinho, produtos, liquidação…Bom, analisando bem,
é praticamente isso, só que a mercadoria são os homens.
Como funciona?
A mulher se cadastra como “cliente” e o homem como “produto”. A
partir daí, as moças podem colocar os homens nos carrinhos, o que
possibilita que o cara mande uma mensagem pra menina
interessada.
Ao se cadastrar como “cliente”, o homem coloca algumas
informações pessoais como foto, altura, idade e etc. O que mais me
chamou a atenção foi a hora de escolher o estilo, que pode ser
“vaqueiro”, “funkeiro”, “paga de gatinho” e outros segmentos.
A mulher também se cadastra e coloca algumas informações
pessoais. Depois, ela pode sair por aí colocando os homens que
quiser na sua lista de compras. Tem algumas seções como
“liquidação dos sarados” e “semana dos morenos” para ajudar na
escolha das garotas. O site é inspirado em uma página francesa, o
“Adopte un mec“, que depois de muito sucesso, fez até uma ação
com homens em uma loja física. Nela, os caras ficaram na vitrine
esperando pra ser colocados no carrinho, tipo aquelas vitrines de
prostituição de Amsterdam.
Fonte: You Pix
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Adote um Cara
Um site recém-lançado nos EUA tem causado polêmica. A página é uma
mistura dos populares sites de namoro com o Airbnb, serviço que permite
alugar quartos ao redor do mundo, mas com uma condição: a pessoa
precisa passar a noite com o anfitrião.
De acordo com Josh Bocanegra, 23, criador do site, o objetivo é ajudar
as pessoas a encontrarem alguém atraente que gostaria de compartilhar
algo mais do que apenas uma cama.
O LoveRoom usa o Facebook e SMS para confirmar a identidade do
usuário que está “alugando” o quarto. Todas as acomodações
oferecidas são compartilhadas de forma gratuita, segundo Josh.
O mecanismo de busca é semelhante ao de um site de namoro, que
permite procurar pessoas por faixa etária, localização, gênero e
preferência sexual.
Fonte: Catraca Livre
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Love Room
Lulu é uma rede social / aplicativo de ranquemento que hierarquiza os
homens da timeline da usuária, com base na opinião das amigas. Para
entender, veja o teaser do aplicativo clicado na imagem do perfil. Bom,
a essa altura do campeonato, o app já dispensa apresentações e
provavelmente você já usou ou esteve ranqueado nele.
“O Lulu reflete a vida real. É perfeitamente normal para garotas
discutirem sobre garotos e relacionamentos. Homens falam diariamente
sobre isso e eles querem saber suas avaliações e notas do Lulu”, disse
Alexandra. “É uma reação normal (dos homens), natural. O conceito é
esse. Eles querem ver, querem saber a pontuação e quando não tem
perfil ficam nervosos. Justo ou injusto. Essa não é uma pergunta. Isso
acontece na vida real”, completou.
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Lulu
O ator pornô que ficou famoso por estrelar The Canyons ao lado de Lindsay Lohan tem um vasto
público feminino. Sensação no Tumblr (dá o google em “James Deen”, mas não no trabalho, pra não
provocar nenhum constrangimento), Deen ganhou uma réplica de borracha de seu pênis que é best-
seller entre os consolos vendidos em sexshopss (é sério!). Ele é o primeiro astro pornô popstar do nosso
milênio, e mais impressionante ainda é que suas fãs sejam mulheres. Por essa ninguém esperava – mulheres
gostarem de pornô e tornarem um ator um popstar?
Quem já viu qualquer cena de Deen entende porque ele é considerado o bastião do chamado
female-friendly porn: James Deen faz sexo de verdade na frente da câmera. É tão simples quanto deveria
ser. A linguagem corporal, as posição, os gestos, tudo é real e direcionado à mulher na cena, e isso é
transparente para quem assiste. Deen é um ator pornô na acepção da palavra “ator” ao não deixar
dúvida de que ele está realmente vivendo as cenas que faz. E apesar de ele já ter dito que essa
dedicação a cada uma das atrizes com quem filma é real e consciente, ele nega o rótulo de que faça
filme pornô para mulheres.
Além disso, em seu site, a proposta é que mulheres comuns, se candidatem a ser estrelas de seus filmes
para viverem a experiência de ser uma atriz pornô por um dia. Além disso, Deen já estrelou um divertido
filme mostrando como seria transar usando o gadget do momento: o google glass, vale a pena conferir.
Fonte: Observatório
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Female-Friendly Porn
1. Peça da marca Canadense de cosméticos Reverse mostrando o “melhor “ creme anti rugas, sem mostrar o produto.
2. A marca de ligerie Duloren apresentando um produto para uma consumidora indignada e que assume uma postura
irreverente. A mulher contemporânea sabe tocar o f****-se.
1
2
UMA NOVA
REVOLUÇÃO
SEXUAL?
Homem Objeto
v
QUESTÕES
&
REFLEXÕES
QUESTÕES
&
REFLEXÕES
Vídeo produzido pelo Buzzfeed promove a reflexão sobre a imagem da mulher na
publicidade ao trocar os atores femininos por masculinos. Sim... de fato fica bem ridículo.
QUESTÕES
&
REFLEXÕES
Vídeo produzido pelo movimento Miss Representation, fazendo um
“balanço” do papel da mulher na publicidade internacional em 2013.
ESTÉTICA FEMININA
Seria o momento de
repensarmos a tal estética
feminina, referenciada por
curvas e muito rosa para dar
lugar a referências que
conversem também com a
mulher contemporânea?
DIA DA MULHER,
DIA DAS MÃES
& OUTUBRO ROSA
Sim, são sempre datas
incorporadas e normalmente
dirigidas à massa. É possível
inovarmos esteticamente e
no discurso para dialogar
com essa mulher
contemporânea?
PUBLICIDADE ÉTICA
A responsabilidade da mídia,
em criar visões de mundo e
paradigma que reforçam o
machismo e sexismo na
sociedade são colocados em
questão quando criamos uma
campanha?
QUESTÕES
&
REFLEXÕES
Escape | Report: Sobre Meninas e Mulheres

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Escape | Report: Sobre Meninas e Mulheres

  • 1.
  • 2. AS MULHERES E NOVOS PARADIGMAS Contextos econômicos e sociais se transformaram depois da consolidação da presença das mulheres no mercado de trabalho. Mas é preciso desmistificar os papéis da mulher casta, da mulher mãe e da mulher perfeita. É mais do que necessário revelar o preconceito de gênero e a misoginia que impera na sociedade. A era do homem está chegando ao fim? A fim de investigar como as mulheres estão sendo representadas na mídia realizamos este estudo.
  • 3. 1º - Apresentar novos estímulos e tendências referente à construção da identidade feminina na contemporaneidade. 2º - Promover a reflexão sobre como retratamos a mulher em nossas estratégias de comunicação. OBJETIVOS:
  • 4. O DIREITO DE SER AMÉLIA Mesmo diante dos indiscutíveis avanços de igualdade entre homem e mulher, testemunhamos que a mulher contemporânea pode sentir prazer em ser a esposa, resignificando o papel de Amélia, curtindo “cuidar” de seu marido, da casa e de sua família, sem comprometer os direitos conquistados.
  • 5. A revista TPM, da editora Trip trouxe a atriz Alinne Moraes com espanador na mão e luva de borracha. Além disso, outra manchete: Ana Paula Padrão e as maravilhas de ser “a nova mulher prendada” pois “a mulher tenta resgatar o que deixou para trás quando conquistou o mercado de trabalho”. O DIREITO DE SER AMÉLIA A nova Mulher Prendada
  • 6. Na nova turnê da Beyoncé, The Mrs. Carter Tour, ela adota o sobrenome do marido e o tema imagético de realeza, assumindo o papel da rainha soberana. Veste-se com o arquétipo da grande mãe, a protetora e guerreira, mas que também é esposa devota e dedicada. O DIREITO DE SER AMÉLIA The Mrs. Carter Tour
  • 7. BELEZA NUA E CRUA Acompanhando uma tendência da publicidade em geral, a imagem da mulher “real” ganha relevância como um movimento para a abolição da manipulação digital, dando fim a ilusão imagética que a imprensa, a moda e a publicidade promovem como representação da mulher ideal. Artistas e celebridades abraçam a causa e participam desse movimento, expondo-se de “cara lavada” .
  • 8. Uma das campanhas mais aclamadas no Festival de Cannes 2013 é a "Retratos da Beleza Real", da Ogilvy Brasil para a Dove. Como este trabalho, que já alcançou 4.5 bilhões de impressões em mídia, tinha como briefing: "Fazer as mulheres se sentirem mais bonitas". Além do poderoso recurso de storytelling, a campanha toca em uma questão que independe de geração ou idade: a autoimagem - sim, as mulheres sempre vão se achar menos bonitas do que realmente são. Mais do que uma premiadíssima campanha, a estratégia supera o mesmo ponto de ruptura que a Unilever atingiu com o lançamento da Linha Dove em 2007 – Campanha pela Real Beleza: , o mote está em lidar com tipos físicos de mulheres e questões femininas que não são estão tradicionalmente presentes na publicidade. BELEZA NUA E CRUA Beleza Real
  • 9. A TPM surpreendeu as leitoras na edição de agosto de 2013 com uma capa falsa, diagramada da mesma forma que as principais concorrentes no mercado editorial destinado ao público feminino. A capa falsa traz a seguinte questão para a leitora: pra que mentir?, trazendo a atriz Alice Braga de forma descontraída e sem produção glamurosa. BELEZA NUA E CRUA No Production
  • 10. O fotógrafo Ben Hopper, decidiu questionar um dos dogmas da estética feminina criando uma série fotográfica simples, porém cheia de significado, na qual mulheres exibem axilas sem depilar. Em “Natural Beauty”, o fotógrafo pediu que modelos e atrizes deixassem os pelos da axila crescer, e assim fotografou-as exibindo seus corpos, ao exercerem o mesmo direito que os homens. BELEZA NUA E CRUA Sem depilação
  • 11. A American Apparel vive na mira das feministas por culpa dos seus anúncios com fotos de meninas muito sexualizadas que, muitas vezes, parecem ser até menores de idade. Mas dessa vez tem gente dizendo que a marca deu uma dentro: ao vestir uma manequim com lingerie branca transparente na loja da East Houston Street, em Manhattan, o pessoal que monta a vitrine escolheu adicionar também uns pelos pubianos, o que deixou a boneca menos infantilizada e mais normal. Sim, mulheres têm pelos e nem sempre estão perfeitamente depiladas. BELEZA NUA E CRUA Sex Appeal Natural
  • 12. Marca de lingerie bane as supermodelos e o Photoshop de suas campanhas. Qualquer semelhança com o discurso da Dove não é mera coincidência. A Aerie, fabricante de lingerie para garotas de 15 a 21 anos, afirma que não contratará supermodelos e também não usará mais o Photoshop para retocar as mulheres dos seus anúncios. As garotas são bonitas, usam maquiagem e a iluminação também faz a sua parte, mas as fotografias passaram longe do Photoshop. BELEZA NUA E CRUA No Photoshop
  • 13. Celebridades estão se deixando clicar totalmente sem maquiagem. O primeiro movimento partiu da revista americana Vanity Fair, que reuniu personalidades de Hollywood como Brad Pitt, Kate Winslet e Scarlett Johansson ”ao natural”, fotografadas por Chuck Close. Inspirados pela ação, celebridades brasileiras foram clicadas pelo fotógrafo Cristiano Madureira em um ensaio para a edição de maio da revista Glamour. BELEZA NUA E CRUA Maquiagem Zero
  • 14. Na contramão das grandes publicações voltadas para o público feminino, há uma revista que quer mostrar a real beleza da mulher – com direito a rugas, marcas, pneuzinhos e tudo mais. Em um mundo em que a beleza ideal reina, a norte-americana Verily é a primeira revista feminina que baniu o Photoshop. A revista, que trata sobre assuntos como beleza, moda, sexo e comportamento, vai além em sua meta de fazer com que as mulheres se sintam bem. Recentemente, em uma de suas matérias, a Verily transportou a moda das passarelas para a realidade de suas leitoras. Em vez de modelos renomadas usando Prada, Tommy Hilfiger e outras grifes de luxo, a publicação usou mulheres comuns e roupas de preço acessível, encontradas em lojas populares. Fonte: Happiness BELEZA NUA E CRUA Revista sem Photoshop
  • 15. Tumblers colaborativos tem se tornado comuns na rede. Destaque para dois deles que valorizam a beleza feminina de qualquer idade. Clique nas imagens e conheça esses dois exemplos. BELEZA NUA E CRUA Beleza Real Compartilhada
  • 16. FEMINISMO DE BERÇO A sociedade está atenta à necessidade do resgate da autoestima das mulheres, desde a infância. Ações de empoderamento começam a acontecer, mobilizadas pelo poder público e iniciativas privadas e entram em consonância com uma mudança de perspectiva inclusive na construção de ícones como a personalidade das princesas da Disney.
  • 17. A instituição escola preparatória dos Estados Unidos Mercy Academy, que é católica e só para meninas, renega o status de princesa e contos de fadas que é apresentado para as garotas desde pequenas. As peças foram criadas pela agência Doe-Anderson e trazem frases como “Você não é uma princesa” e “Não espere pelo seu príncipe. Seja capaz de salvar a si mesma”. FEMINISMO DE BERÇO Nada de Princesas
  • 18. “As meninas enfrentam a discriminação e violência a cada dia em todo o mundo. O Dia Internacional da Menina focaliza a atenção sobre a necessidade de evidenciar os desafios enfrentados por meninas e promover o seu empoderamento e o cumprimento de seus direitos humanos. " O parágrafo acima faz parte do documento produzido pelas nações unidas que instituiu, em 2011, 11 de outubro como Dia Internacional da Menina. A data foi escolhida porque marca o dia em que a paquistanesa Malala Yousafzai, de 16 anos, recebeu o prêmio Nobel da infância por liderar a luta pela educação das meninas e adolescentes no Paquistão – país administrado pelo movimento fundamentalista islâmico talibã e que é contrário à educação das mulheres. Ela se tornou símbolo da resistência pela manutenção da educação feminina no mundo todo depois que sobreviveu a um atentado em 2009. Malala foi baleada na caneca por ativistas do talibãs ao sair da escola, depois de inúmeras ameaças de assassinato a ela e sua família. Esse movimento internacional busca dar visibilidade a um dos principais desafios da humanidade: “as meninas são sempre de alguém e são criadas para os outros”, como define a antropóloga mexicana Marcela Lagarde. Para além dos embates sociais feministas e discussões de gênero, essa perspectiva se mistura a questões como religião, modelos educacionais, saúde da mulher, trabalho infantil e violência sexual. FEMINISMO DE BERÇO Alinhado essa iniciativa internacional, o documentário Girl Rising, lançado em março de 2013 é uma poderosa peça de comunicação e propaganda. Utilizando como recurso o storytelling, o filme acompanha a história de 9 meninas em 9 países diferentes para denunciar a realidade de 66 milhões de garotas que estão fora da sala de aula. Como se define, Girl Rising é mais do que é um filme: é um movimento e uma promessa para o futuro, porque busca arrecadar fundos para a manutenção de instituições internacionais que trabalham para empoderar e dar o suporte às meninas a terminarem ao menos o ensino básico. O documentário é financiado por empresas globais como a Intel e a CNN e as histórias são narradas por artistas de nível internacional como Meryl Streep, Cate Blanchett, Alicia Keys e Anne Hathaway. Dia Internacional das Meninas
  • 19. Ampliando a repercussão do “Dia da Menina”, a prefeitura de Nova York lançou em outubro de 2013 a campanha "Sou uma menina, sou bonita como sou", com foco no fortalecimento da autoestima das crianças nova-iorquinas. Mais de 80% destas jovens americanas de 10 anos temem ser gordas na escola e entre 40% e 70% delas não estão contentes com duas ou mais partes do seu corpo. É a primeira campanha do tipo nos Estados Unidos. A campanha, composta de cartazes espalhados em ônibus, metrôs e em cabines telefônicas da cidade mostra 15 meninas sorridentes que representam a diversidade nova-iorquina: brancas, hispânicas, afro- americanas e asiáticas. FEMINISMO DE BERÇO “Sou uma Menina, Sou bonita como sou”
  • 20. Estrelas norte-americanas e mulheres líderes como Hillary Clinton e Condoleeza Rice querem que as pessoas parem de chamar mulheres de mandonas, ou teimosas, e deixem de limitar, com palavras, o futuro das meninas. O raciocínio faz sentido: por que meninas são chamadas de mandonas e homens são líderes? No vídeo, mulheres poderosas (e algumas vozes masculinas) querem banir a palavra. E a mensagem deixada por Beyoncé é clara “não sou mandona, eu sou chefe”. Segundo o vídeo, garotas são menos interessadas em liderança do que homens, “e isso é porque elas se preocupam em serem chamadas de mandonas. É hora de banir palavras que limitam as meninas e encorajar as garotas a serem ambiciosas e serem líderes”. A campanha “Ban Bossy” é promovida pela organização Lean In, da diretora do Facebook, Sheryl Sandberg. FEMINISMO DE BERÇO Apoio a Liderança
  • 21. Os brinquedos educacionais e produtos GoldieBlox, idealizados e lançados através de financiamento colaborativo têm o objetivo de estimular o desenvolvimento de meninas que constroem. Os jogos têm a missão de “ajudar a nivelar o campo de jogo em todos os sentidos da frase. Ao aliar fortes habilidades verbais das meninas, à história + set construção reforça confiança em habilidades espaciais, dando às jovens inventoras as ferramentas que elas precisam para construir e criar coisas incríveis. Em uma realidade em que os homens superam as mulheres em grande parte na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, as meninas perdem o interesse por estes temas normalmente aos 8 anos, GoldieBlox está determinado a mudar a equação. Brinquedos da construção desenvolvem um interesse precoce nestes indivíduos, mas por mais de cem anos, eles foram considerados "brinquedos de meninos". Ao projetar um brinquedo de construção do ponto de vista feminino, GoldiBlox pretende perturbar a ditadura rosa e inspirar a próxima geração de engenheiros do sexo feminino. FEMINISMO DE BERÇO Brincadeira de Menina
  • 22. A Disney se modernizou no que diz respeito à imagem da mulher. No universo da as animações infantis, em 2012 Brave (Valente), trouxe Mérida uma garota com revoltos cabelos ruivos, fora do padrão princesas de sapatinho de cristal com todo perfil de uma heroína, característica reforçada pelo seu talento com o arco e flecha. Em 2014 foi a vez de Frozen (Uma aventura congelante) trouxe duas personagens femininas, cheias de falhas: Elza e Anna - irmãs que cresceram separadas por um segredo de família. A cena revela o novo ponto de vista das personagens femininas, e uma das mais divertidas e marcantes do filme, é quando Ana está inconformada por Elza (que é sua responsável depois da morte de seus pais) não lhe conceder sua benção para que se case com o príncipe. Para justificar sua recusa em aceitar o casamento Elza é categórica: “Você não pode se casar com alguém que acabou de conhecer” – o que podemos dizer que é um comportamento padrão entre princesas de contos de fada materializados pela Disney. FEMINISMO DE BERÇO Novas Princesas
  • 23. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Campanhas e ações publicitárias passam a utilizar homens em tradicionais posições e comportamentos femininas e questionam o papel da “mulher cerveja”. O contexto se complexifica quando a questão de gênero também se relativiza no âmbito social. Já falamos abertamente de transexualidade: meninas que trocaram de sexo tornam-se celebridades nas redes sociais.
  • 24. Essa campanha da Dove Man Care já é batida, mas como foi veiculada em 2013, faz parte de nossa análise. A Dove quer chamar atenção para o que acontece com um homem que usa shampoo feminino. Recorrem aos clichês dos filmes de shampoos, nos quais os diretores abusam do slow motion. Sexista, divertida e auto referenciada, pelo menos no que diz respeito à repercussão nas redes sociais e conhecimento do segmento masculino. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Clichês Femininos virando piada
  • 25. A fabricante de lingerie tailandesa Wacoal causou nas redes sociais com esse filme para promover sutiãs que aumentam os seios. A surpresa está justamente na utilização inusitada da modelo para mostrar os atributos do produto. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Homem como modelo
  • 26. A concessionária de motos Portland, da marca MotoCorsa, recebeu inúmeras críticas em sua página no Facebook por compartilhar imagens de uma bela modelo clicada de forma sensual sobre uma Ducati vermelha. Diante da repercussão, o dono da marca decidiu que iria fazer algo diferente. Algumas semanas mais tarde, ele contratou o mesmo fotógrafo e escalou os próprios colaboradores da marca de motos como modelos. A nova “campanha” repercutiu internacionalmente, dando visibilidade à marca. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Sensual Man
  • 27. O fotógrafo Rion Sabean propõe uma reflexão de gênero com seu humorístico projeto "Homens-pinups". Como Sabean descreve a si mesmo, esta série de fotos é "uma reestruturação das formas em que os machos são apresentados na mídia popular, aplicando poses pinups tradicionais que são reservados para a forma feminina, embora ainda apresentando os modelos com roupas e instrumentos masculinos”. Através de sua forma engraçada, o projeto tem como objetivo reverter ou ao menos questionar os estereótipos de gênero. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Homem Pin Up
  • 28. O fotógrafo Jon Uriarte propõe o ensaio “Homens sob influência.” A proposta, segundo o artista, é discutir a recente mudança de papéis nas relações heterossexuais a partir das relações de nossos predecessores e como essas mudanças afetaram os homens em particular. As fotos tentam capturar sensação de perda de referência dos homens, agora que as mulheres encontraram seu próprio espaço de igualdade como parceiros. O projeto consiste em retratos full-lenght de homens vestindo as roupas de suas namoradas ou da esposa, capturadas no espaço compartilhado pelo casal. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Homens sob influência
  • 29. A transexualidade é um tema polêmico, que mexe com dogmas sociais. Se a mídia e o cinema já deram visibilidade para transexuais masculinos, as redes sociais dão conta de dar visibilidade aos homens transexuais. No Brasil, a página Homens transexuais publica a foto e a história de transexuais homens de toda parte do mundo. O mais famoso deles é o Oliver, um transex da Polônia, que mantêm um tumbler “Loading Oliver” e que relata seu experiência em um minidocumentário sobre sua transformação. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS HOMENS TRANSEXUAIS
  • 30. Conchita Wurst é a persona artística de Tom Neuwirth, cantor austríaco que faturou a Copa do Mundo da música, o Festival Eurovision, em 2014. O movimento LGBT europeu aplaudiu a vitória não apenas como uma manifestação de liberdade pela adoção de identidade reversa, mas por um tipo de sexualidade que adota posturas e símbolos de ambos os sexos. HIBRIDIZAÇÃO E INVERSÃO DE PAPÉIS Mulher Barbada
  • 31. O CORPO FEMININO COMO FORMA DE PROTESTOEstamos vivendo um novo feminismo? O corpo feminino como instrumento de protesto: não é mais suficiente queimar sutiãs. É preciso mostrar os seios e gritar “sou vadia”. É a nudez política.
  • 32. Em 2012, o grupo punk feminista Pussy Riot realizou uma performance na Catedral de Cristo Salvador, local sagrado para a igreja ortodoxa russa. A ação levou três integrantes do grupo a julgamento, que protestaram contra o presidente Vladimir Putin e a união entre estado e igreja. O protesto e a prisão de Maria, Yekaterina e Nadezhda, integrantes do Pussy Riot repercutiu na comunidade internacional. O documentário Pussy Riot – A Punk Prayer mostra o antes, durante e depois do julgamento, tentando explorar a individualidade das integrantes e a real importância do evento que teve cobertura significativa da mídia internacional. Além das letras calcadas em um discurso anti-machista e de empoderamento da mulher, a performance das artistas, que utilizavam toucas coloridas para cobrir o rosto se tornaram referência para o ativismo feminista contemporâneo. Pussy Riot
  • 33. A paulistana Evelyn Queiróz é a artista por trás do projeto Beleza Real, encabeçado pelo seu alter ego Negahamburgue. Nele, ela retrata através de intervenções urbanas as histórias que recebe de mulheres como ela. "São todas histórias reais, de gente que por culpa do padrão de beleza que é imposto já sofreu algum tipo de preconceito por ser gorda, magra, alta, baixa, negra, albina, ou qualquer outra condição linda que a nossa sociedade insiste em falar que não é bom ou bonito", conta. As ilustrações viraram ivro através de financiamento colaborativo. Vale a visita ao site da artista e conhecer a galeria das obras: http://www.negahamburguer.com/ Fonte: Revista TPM Projeto Beleza Real
  • 34. A Marcha das Vadias nasceu no Canadá. Em 2011, o policial Michael Sanguinetti discursou na Universidade de Toronto, pois algumas estudantes tinham sido estupradas. Ele disse para que as “mulheres evitassem se vestir como vadias (em inglês, Slut), para não serem vítimas”. Enfurecidas com o que o policial disse, estudantes, ativistas etc. se uniram em 3 de abril de 2011 na cidade de Toronto e criaram a SlutWalk, que reuniu mais de 3 mil pessoas, para clamar por segurança e mostrar que a culpa não era das mulheres por serem estupradas. Vadia, segundo o coletivo da Marcha, é o termo usado para mulheres que tenham uma “ação minimamente desviante dos padrões de comportamento impostos” a elas. “No momento em que ela é violentada, ela se torna uma vadia. As pessoas começam a procurar em tudo o que ela é, alguma justificativa que a culpe pelo que ela sofreu”. Um coletivo audiovisual de Santa Maria definiu a origem do movimento em um documentário que vale a pena conferir. Coletivo de Santa Maria define a origem do movimento. Marcha das Vadias
  • 35. Pandemonia é uma personalidade de Londres sempre vista nos principais eventos, exposições e semanas de moda pelo mundo. A artista conceitual e seu cachorro Snowy foram inventados em uma prancheta de desenho. A rainha da beleza inflável surgiu para desafiar os preconceitos sobre a beleza feminina. À medida que o debate gorda x magra/feia x bonita continua em alta na mídia, Pandemonia continua orgulhosa revestida de látex para ser a mulher “ideal”. Brilhante e hiperrealista, ela se descreve como “uma paródia social, embalada com muita artificialidade e falta de conteúdo”. Seu objetivo é se expressar. Questionar a cultura contemporânea e a publicidade, reconstruir mitos modernos, desafiar visualmente o público e criar um estado de consciência feminina com a sua arte. A “loira burra com um ego inflado”, como ela mesmo se descreve, esteve no Brasil para o desfile da Melissa no SPFW. Fonte: Follow the Collurs Pandemonia
  • 36. Impossível ignorar o trabalho questionador de Cris Bierrenbach. A artista, que iniciou sua carreira como fotojornalista, dá um grande soco no estômago de todos nós com o seu Retrato Íntimo. A princípio, as chapas de raio-x com sombras de objetos perfurantes parecem uma montagem despretensiosa. Nosso olhar se transforma quando descobrimos que, na verdade, as chapas são do quadril da própria artista - e os instrumentos estavam realmente dentro dela. Fonte: Obivious Retrato Íntimo
  • 37. A fotógrafa Rhiannon Schneiderman fez autorretratos para a série na qual se posiciona contra os padrões estéticos e depilação. Rhiannon disse que já foi diversas vezes criticada por não gostar de se depilar e que acha esse tipo de atitude totalmente machista. Estilo Cláudia Ohana
  • 38. Muitas mulheres estão se apropriando do próprio sangue e desafiando o tabu que cerca o período menstrual através da arte. É a chamada menstrala, a arte da menstruação. O site da revista estadunidense Bitch comentou o trabalho de algumas dessas artistas. A fotógrafa sueca Emma Arvida Byström na série “There will be blood” (“Haverá sangue”), criou um editorial para o site da revista VICE de mulheres menstruadas e que não escondem. A também fotógrafa Ingrid Berthon-Moine criou a série “Red is the Colour” (“Vermelho é a cor”), Ingrid fotografou doze mulheres usando o próprio sangue menstrual sobre os lábios. Cada “batom” foi batizado com nomes típicos da indústria cosmética como “Tentação Vermelha” ou “Estrela Rouge”. Já a artista plástica Vanessa Tiegs, usou a sua própria menstruação durante 3 anos para pintar 88 quadros de imagens sutis nas formas, mas que ganham intensidade com a textura da matéria-prima. Ela batizou a série de Menstrala. Menstrala: a arte da menstruação
  • 39. Gerou polêmica a participação do grupo “Putinhas Aborteiras” no programa “Radar” da TVE, do Rio Grande do Sul. O coletivo natural de Porto Alegre se auto define como anarcafeminsta e através de músicas de protesto se posicionam a favor do aborto e contra o machismo. Putinhas Aborteiras
  • 40. DESMISTIFICAÇÃO DOS PAPÉIS FEMININOSA mulher perfeita. A mulher vadia. A mulher princesa. A mulher vítima. A mãe de família. A mulher casta. Nos diversos papéis assumidos pela mulher moderna, ícones de perfeição estão sendo repensados ou desconstruídos.
  • 41. Ambientada em Nova York, a série Girls lança um olhar cômico sobre as humilhações e raros triunfos de um grupo de garotas com 20 e poucos anos. Produzida pela HBO, a série é centrada em Hannah, uma jovem escritora que trabalha em uma editora no SoHo, e suas amigas Jessa, uma professora e aspirante a artista, e Marnie, uma assistente de relações públicas que quer trabalhar com questões ambientais. O auge da série que está em sua terceira temporada foi no ano passado e superou a eterna comparação com o já clássico “Sex and the City”. Segundo a crítica especializada Girls é bem mais “pé no chão” – mostra a realidade crua e sem nenhum glamour. Hoje já não tem tanta repercussão, mas é responsável por uma ruptura no tipo de dramédia, centrada no universo feminino que constroem situações afinadas com a mulher contemporânea, já que a série foi criada, produzida e dirigida pela super elogiada Lena Dunham, mesma atriz que interpreta a personagem principal, Hannah. E ela tem apenas 26 anos! DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Girls em NY
  • 42. Baseada no livro homônimo de Piper Kerman e adaptada por Jenji Kohan (Weeds), a série acompanha Piper (Taylor Schilling), uma moradora do Brooklyn cuja relação com Alex (Laura Prepon), uma traficante na faculdade, resulta em sua prisão e detenção em uma penitenciária federal. Sem qualquer experiência para lidar com o novo ambiente, Piper mergulha na cultura das prisões femininas e encontra aceitação, lágrimas e amor entre as detentas. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO As Presidiárias
  • 43. O cinema pop descobriu o poder das mulheres. Novas heroínas nascidas em romances focados no público adolescente desconstroem a imagem de mulheres como coadjuvantes dos heróis convencionais. A primeiro a heroína é Katniss Everdeen, interpretada pela ganhadora do oscar de melhor atriz em 2013 Jennifer Lawrence. Katniss é personagem principal da trilogia Jogos Vorarez, escrita por Suzanne Collinsse e que se tornou um fenômeno entre os adolescentes. Depois a divergente Tris, vivida pela estrela em ascensão Shailene Woodley. Seguindo a mesma fórmula de um futuro alternativo, Tris desafia a sociedade vigente no filme que marca o início da trilogia escrita por Veronica Routh. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Novas Heroínas
  • 44. Com o projeto fotográfico Mirrors and Windows o fotógrafo Gabriele Galimberti quer provar que o quarto de uma mulher pode dizer muito não apenas sobre sua personalidade, mas também sobre a situação política e econômica de seu país. Abismos sociais, diferenças culturais e sutilezas interessantes ficam evidentes quando essas mulheres entre 18 e 30 anos abrem sua intimidade, e expõe muito mais do que uma simples decoração. Preferências, paixões, obsessões e manias, permeiam essa galeria de fotos que é uma aventura por universos distintos e opostos. Fonte: Catraca Livre DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Mulheres e seu contexto
  • 45. O esteriótipo de mulher perfeita da Barbie nunca agradou a fotógrafa Mariel Clayton. Em um ensaio polêmico, ela colocou a boneca, seu marido Ken e seus filhos em situações chocantes, misturando violência e sexualidade. Nas fotos de Mariel, a vida de Barbie parece estar longe de ser perfeita. Veja imagens de “Dolls”, de Mariel Clayton. Fonte: Catraca Livre DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Barbie imperfeita
  • 46. A divertida campanha Second Kid, que a Saatchi & Saatchi de New York criou para a marca de fraldas Luvs, apresenta uma abordagem inusitada, muito alinhada à mulher contemporânea, e desconstruindo aquele clima “bebê Johnson” das campanhas tradicionais. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Mãe Real
  • 47. Com o objetivo de discutir e combater a descriminação da mulher em um mundo machista, a Pantene - Filipinas, através de sua campanha mundial criada pela agência BBDO, em apenas 60 segundos, já conseguiu semear perplexidade para mais de 15 milhões de viewes: o bastante para aqueles que nem sequer se questionavam sobre os próprios julgamentos e rótulos negativos atribuídos às mulheres. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Sem Discriminação
  • 48. Uma série de anúncios desenvolvidos pela agência Memac Ogilvy & Mather Duba para a ONU Mulheres, utiliza pesquisas genuínas no Google Search para revelar a prevalência generalizada de machismo e discriminação contra as mulheres, com base em pesquisas realizadas em 9 de março de 2013. Os anúncios expõe sentimentos negativos que vão desde estereótipos negativos até à negação absoluta dos direitos das mulheres. A campanha, intitulada “Free & Equal” foi desdobrada também para revelar o sexismo e a homofobia no mundo, utilizando a frase “gay should” DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Free and Equal
  • 49. A pesquisadora e jornalista Hanna Rosin analisa novos dados sociogeográficos dos últimos 5 anos que mostram mulheres realmente ultrapassando homens em algumas importantes dimensões, como incidências de graduações em nível superior. Seriam essas tendências, americanas e globais, o sinal do "fim dos homens"? Provavelmente não -- mas elas apontam para uma importante mudança social que exige uma profunda discussão. Hanna Rosin é cofundadora do site DoubleX, e escreveu o livro que foi um dos destaques do ultimo SXSW 2013: THE END OF MAN AND THE RISE OF WOMAN. Fonte: TED X DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Fim dos Homens
  • 50. A cineasta e humorista, Jessie Kahnweiler, ganhou fama em todo o mundo após protagonizar um vídeo cômico sobre o estupro que sofreu em viagem ao Vietnã. De acordo com a idealizadora, o objetivo é voltar a se enxergar como uma mulher desejada e, além disso, despertar a atenção dos homens. O vídeo, que tornou a cineasta conhecida mundialmente, foi publicado em 2013 e tem mais de 100 mil visualizações no YouTube. “Meet My Rapist” (Conheça Meu Estuprador), foi uma forma de expressar a frustração de Jessie em não conseguir superar o que lhe aconteceu mesmo após anos de terapia. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO Meet My Rapist
  • 51. A argentina Paula Schargorodsky se tornou um sucesso na web com seu documentário "35 e solteira". Em seu novo curta-metragem, a agora diretora-assistente do grupo New York Times questiona e analisa sua vida no momento em que se torna a única mulher solteira entre todas as suas amigas. Para amplificar o debate, vale a pena desfilar os olhos sobre os comentários sobre o vídeo postado no Youtube. Sim, o machismo real. DESMISTIFICAÇÃO DO PAPEL FEMININO A Solteirona
  • 52. UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Depois da invenção da pílula anticoncepcional, a mulher conquistou o direito de fazer sexo com a possibilidade de evitar a gravidez. Agora elas buscam o direito de falar abertamente sobre orgasmos e o direito de ter múltiplos parceiros sem julgamentos sociais. Nessa mesma onda, artistas da música nacional e internacional encabeçam o movimento de liberação sexual feminina e ser vadia ganha força política.
  • 53. A cantora Miley Cyrus associa ao feminismo toda a polêmica gerada com sua nova postura artística e acredita que está galgando seu espaço no movimento. “Sinto que sou uma das maiores feministas do mundo, porque digo às mulheres para não temerem anda”, disse a cantora, em entrevista ao “BBC Newsbeat”. Como ela passa essa mensagem? Com muita twerk, nudez e língua para fora. “Na verdade, eu não passo o dia inteiro fazendo o twerk, com minha língua para fora, vestida de ursinho. Nunca me preocupei em parecer má com que estou fazendo no palco. Acho que as pessoas ficariam surpresas se me conhecessem de verdade”. Miley Cyrus faz questão de destacar que toda a polêmica que causa é arquitetada. As pessoas não a veem com comportamentos condenáveis fora dos clipes, ensaios fotógrafos e apresentações. “Sinto que provavelmente sou mais aceitável socialmente do que muitas pessoas na indústria [da música]”, afirmou. Fonte: Pop Line UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Twerk, Miley!
  • 54. A cantora Rihanna divulgou no fim de 2013 o videoclipe de "Pour it Up". Sentada em um trono, a artista está em um ambiente hedonista repleto de strippers dançando em volta de mastros de pole dancing, com direito a chuva de dinheiro. A faixa integra "Unapologetic", lançado no mesmo período e causou bastante polêmica nas redes sociais. Trecho da letra da música: O club de strip e as notas de dólares (Eu ainda tenho dinheiro) Mande as doses e ainda posso tomar um refil (Eu ainda tenho dinheiro) A dançarina está subindo e descendo do pole (Eu ainda tenho dinheiro) Quatro da manhã e ainda não fomos para casa (Porque eu ainda tenho dinheiro) UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? O dinheiro faz o mundo girar (Eu ainda tenho dinheiro) Os homens fazem as mulheres descerem (Eu ainda tenho dinheiro) Adoro! Ainda tem mais de onde veio (Eu ainda tenho dinheiro) Olho em seus olhos e sei que você quer um pouco (Eu ainda tenho dinheiro) Rainha do Pole dacing
  • 55. Depois de ficar fora da cena musical por quase 4 anos para se dedicar à sua vida pessoal (a canora casou-se e teve um filho), Lily Allen surpreendeu seus fãs lançando um novo single e videoclipe no final de 2013. “Hard Out There”, primeira música de trabalho do álbum homônimo. Ela aproveita o clima de euforia na mundo da música pop para criticar o comportamento de inúmeros artistas - como Robin Thicke e Azealia Banks-, com a ironia e irreverência típicas das composições da diva inglesa. Trecho da letra da música: Acho que devia te dizer o que essa vadia está pensando Você me encontrará no estúdio e não na cozinha Não estarei me gabando dos meus carros Ou falando das minhas correntes Não preciso sacudir minha bunda para você Porque tenho um cérebro UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Se eu te falo da minha vida sexual Você me chama de vagabunda Mas quando os garotos falam de suas vadias Ninguém cria caso Há um teto de vidro para quebrar A hã, há dinheiro para se ganhar E agora é hora de acelerar Porque não posso me mover neste ritmo Para uma vadia é difícil
  • 56. Jennifer Lopez ostenta luxo, com direito a mansão, iate e a muitos homens seminus no clipe “I Luh Ya Papi”. A ideia do clipe é irônica. No começo do vídeo J-Lo aparece discutindo o roteiro com o diretor e algumas amigas e elas comentam que os homens sempre aparecem em seus clipes tratando mulheres como objetos, geralmente em um iate ou uma mansão, e que Lopez deveria fazer o mesmo em seu novo trabalho. O resultado é uma música bastante criticada pela mídia especializada, mas com forte repercussão entre às mulheres e gays. UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? I Luh Ya Papi
  • 57. “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas, que descem e rebolam”. Na voz aguda de Anitta, fenômeno da música funk brasileira, o hit ‘Show das poderosas’ tem embalado o clima de diversão nos finais de semana. Maior sucesso da cantora, a canção ‘Show das poderosas’ ganhou várias versões no Youtube. Desde a sobreposição do áudio em cenas do show da britânica Adele ao uso da função ‘voz alta’, do Google Tradutor, para compor a letra. Anitta é lembrada, ainda, com a união de trechos de discursos da presidente Dilma Rousseff UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Poderosa
  • 58. Não será possível entender o fenômeno Valesca Popozuda, nossa Madonna tupiniquim, um dos mais curiosos da indústria cultural brasileira contemporânea, sem perceber a função que um ídolo tem em seu tempo. A mensagem de Valesca é o fake autêntico. Mesmo que ela não saiba, o que Valesca faz é um deboche por inversão. Tudo o que parece fino e elegante, os tecidos, os materiais caros, o figurino de luxo, ela os transforma em “coisa de pobre”. O que era luxo vira lixo. Por Marcia Tiburi UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Beijinho no Ombro
  • 59. O app Tinder, disponível para Android e iOS, já se popularizou no Brasil, com milhares de usuários. Você se conecta pelo Facebook e a principal função dele é proporcionar o encontro de pessoas que estão próximas a você, por meio de geolocalização podendo ver amigos e interesses em comum. A grande razão pela qual o Tinder faz sucesso é que, ao entrar no aplicativo, você pode começar procurar as pessoas próximas a você (elas não precisam estar online no momento) e pode dar um like (que não vai aparecer no Facebook nem nada) em quem você se interessar – mas a pessoa não irá saber do seu interesse. Ou seja, não tem aquele negócio chato de ser ignorado ou gostar de alguém que não se interessou por você. Caso a pessoa também goste de você e der like ao ver a sua foto, pronto, aparece na tela “match” e você pode abrir uma janela para vocês conversarem. Esse é o grande diferencial do app e por isso que ele realmente funciona para conhecer pessoas. É a nova micareta digital, e que de certa forma, da um outro poder à mulher no âmbito digital. Fonte: You Pix UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Tinder
  • 60. Se você entrar no site Adote Um Cara, vai pensar que é um site de compras: tem carrinho, produtos, liquidação…Bom, analisando bem, é praticamente isso, só que a mercadoria são os homens. Como funciona? A mulher se cadastra como “cliente” e o homem como “produto”. A partir daí, as moças podem colocar os homens nos carrinhos, o que possibilita que o cara mande uma mensagem pra menina interessada. Ao se cadastrar como “cliente”, o homem coloca algumas informações pessoais como foto, altura, idade e etc. O que mais me chamou a atenção foi a hora de escolher o estilo, que pode ser “vaqueiro”, “funkeiro”, “paga de gatinho” e outros segmentos. A mulher também se cadastra e coloca algumas informações pessoais. Depois, ela pode sair por aí colocando os homens que quiser na sua lista de compras. Tem algumas seções como “liquidação dos sarados” e “semana dos morenos” para ajudar na escolha das garotas. O site é inspirado em uma página francesa, o “Adopte un mec“, que depois de muito sucesso, fez até uma ação com homens em uma loja física. Nela, os caras ficaram na vitrine esperando pra ser colocados no carrinho, tipo aquelas vitrines de prostituição de Amsterdam. Fonte: You Pix UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Adote um Cara
  • 61. Um site recém-lançado nos EUA tem causado polêmica. A página é uma mistura dos populares sites de namoro com o Airbnb, serviço que permite alugar quartos ao redor do mundo, mas com uma condição: a pessoa precisa passar a noite com o anfitrião. De acordo com Josh Bocanegra, 23, criador do site, o objetivo é ajudar as pessoas a encontrarem alguém atraente que gostaria de compartilhar algo mais do que apenas uma cama. O LoveRoom usa o Facebook e SMS para confirmar a identidade do usuário que está “alugando” o quarto. Todas as acomodações oferecidas são compartilhadas de forma gratuita, segundo Josh. O mecanismo de busca é semelhante ao de um site de namoro, que permite procurar pessoas por faixa etária, localização, gênero e preferência sexual. Fonte: Catraca Livre UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Love Room
  • 62. Lulu é uma rede social / aplicativo de ranquemento que hierarquiza os homens da timeline da usuária, com base na opinião das amigas. Para entender, veja o teaser do aplicativo clicado na imagem do perfil. Bom, a essa altura do campeonato, o app já dispensa apresentações e provavelmente você já usou ou esteve ranqueado nele. “O Lulu reflete a vida real. É perfeitamente normal para garotas discutirem sobre garotos e relacionamentos. Homens falam diariamente sobre isso e eles querem saber suas avaliações e notas do Lulu”, disse Alexandra. “É uma reação normal (dos homens), natural. O conceito é esse. Eles querem ver, querem saber a pontuação e quando não tem perfil ficam nervosos. Justo ou injusto. Essa não é uma pergunta. Isso acontece na vida real”, completou. UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Lulu
  • 63. O ator pornô que ficou famoso por estrelar The Canyons ao lado de Lindsay Lohan tem um vasto público feminino. Sensação no Tumblr (dá o google em “James Deen”, mas não no trabalho, pra não provocar nenhum constrangimento), Deen ganhou uma réplica de borracha de seu pênis que é best- seller entre os consolos vendidos em sexshopss (é sério!). Ele é o primeiro astro pornô popstar do nosso milênio, e mais impressionante ainda é que suas fãs sejam mulheres. Por essa ninguém esperava – mulheres gostarem de pornô e tornarem um ator um popstar? Quem já viu qualquer cena de Deen entende porque ele é considerado o bastião do chamado female-friendly porn: James Deen faz sexo de verdade na frente da câmera. É tão simples quanto deveria ser. A linguagem corporal, as posição, os gestos, tudo é real e direcionado à mulher na cena, e isso é transparente para quem assiste. Deen é um ator pornô na acepção da palavra “ator” ao não deixar dúvida de que ele está realmente vivendo as cenas que faz. E apesar de ele já ter dito que essa dedicação a cada uma das atrizes com quem filma é real e consciente, ele nega o rótulo de que faça filme pornô para mulheres. Além disso, em seu site, a proposta é que mulheres comuns, se candidatem a ser estrelas de seus filmes para viverem a experiência de ser uma atriz pornô por um dia. Além disso, Deen já estrelou um divertido filme mostrando como seria transar usando o gadget do momento: o google glass, vale a pena conferir. Fonte: Observatório UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Female-Friendly Porn
  • 64. 1. Peça da marca Canadense de cosméticos Reverse mostrando o “melhor “ creme anti rugas, sem mostrar o produto. 2. A marca de ligerie Duloren apresentando um produto para uma consumidora indignada e que assume uma postura irreverente. A mulher contemporânea sabe tocar o f****-se. 1 2 UMA NOVA REVOLUÇÃO SEXUAL? Homem Objeto
  • 66. QUESTÕES & REFLEXÕES Vídeo produzido pelo Buzzfeed promove a reflexão sobre a imagem da mulher na publicidade ao trocar os atores femininos por masculinos. Sim... de fato fica bem ridículo.
  • 67. QUESTÕES & REFLEXÕES Vídeo produzido pelo movimento Miss Representation, fazendo um “balanço” do papel da mulher na publicidade internacional em 2013.
  • 68. ESTÉTICA FEMININA Seria o momento de repensarmos a tal estética feminina, referenciada por curvas e muito rosa para dar lugar a referências que conversem também com a mulher contemporânea? DIA DA MULHER, DIA DAS MÃES & OUTUBRO ROSA Sim, são sempre datas incorporadas e normalmente dirigidas à massa. É possível inovarmos esteticamente e no discurso para dialogar com essa mulher contemporânea? PUBLICIDADE ÉTICA A responsabilidade da mídia, em criar visões de mundo e paradigma que reforçam o machismo e sexismo na sociedade são colocados em questão quando criamos uma campanha? QUESTÕES & REFLEXÕES