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Oficina de
 redação
REQUISITOS BÁSICOS PARA
PRODUÇÃO DE UM TEXTO
 Ter domínio do idioma
 Conhecer o assunto a ser tratado

 Conhecer as técnicas.
TIPOS TEXTUAIS
   Narração
   Descrição
   Dissertação argumentativa/ expositiva
   Injunção

                                  Gêneros textuais
   Telefonema
   Carta ( comercial, pessoal, eletrônica)
   Bula de remédio
   Outdoors
   Lista de compras
   Bate-papo
   Sermão
   Bilhete
   Cardápio
   Edital de concurso
   Piada
   Notícias
NARRAÇÃO
 É o tipo de texto ( real ou ficcional) no qual é
  contada uma história;
 É explanado um acontecimento, um fato ocorrido;

 É também chamado de narrativa;

 É frequente seu uso em relatórios, petições de
  direitos, termos de audiência, atas e exposições
  em geral.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
   Narrador: é aquele que conta a história. Pode ser:
    - narrador-personagem:conta na 1ª pessoa a história da
    qual participa também como personagem.
    - narrador-observador:conta a história do lado de fora,
    na 3ª pessoa, sem participar das ações
    - narrador-onisciente:conta a história em 3ª pessoa e, às
    vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa.
   Personagens: atuam na narrativa. Podem ser :
    protagonista/ antagonista
   Ambiente: espaço físico e social onde é desenvolvida a
    ação das personagens; plano de fundo, cenário.
   Tempo: é o elemento fortemente ligado ao enredo, que
    determina a sequenciação de fatos narrados.pode ser
    cronológico ( tempo do relógio) ou psicológico( repercussão
    emocional, estética e psicológica dos personagens.
   Foco narrativo: diferentes formas de narrar. Pode ser :
DESCRIÇÃO
Caracteriza lugares, pessoas, coisa, dar detalhes.
 Usada na redação dos termos legais, nos contratos,
 acordos, etc.
Exemplo:
 A moça tinha ombros curvos como os de uma
 cerzideira. Aprendera em pequena a cerzir. Ela se
 realizaria muito mais se se desse ao delicado labor de
 restaurar fios, quem sabe se de seda. Ou de luxo: cetim
 bem brilhoso, um beijo de almas. Cerzideirinha
 mosquito. Carregar em costas de formiga um grão de
 açúcar. Era ela de leve como uma idiota, só que não o
 era. Não sabia que era infeliz. É porque ela
 acreditava. Em quê? Em vós, mas não é preciso
 acreditar em alguém ou em alguma coisa - basta
 acreditar. Isso lhe dava às vezes estado de graça.
 Nunca perdera a fé.
 (Lispector, Clarice. A Hora da Estrela)
CARACTERÍSTICAS DA
            DESCRIÇÃO
 ausência de progressão temporal;
 presença de adjetivos e locuções adjetivas;

 predomínio de verbos de estado;

 emprego de figuras de linguagem: metáfora,
  prosopopéia, sinestesia, antítese etc.;
 uso de elementos sensoriais: visão, audição,
  olfato, paladar, tato;
 emprego de frases nominais (sem verbo). 
TIPOS DE DESCRIÇÃO
Descrição objetiva:
  A descrição pode ser objetiva, quando é uma fiel reprodução
  da realidade, mostrando de forma concreta como é, por
  exemplo, um objeto. As palavras buscam a exatidão, sem
  sentimentalismos, para que a idéia precisa seja passada. 
  Exemplo:
   “Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros,
  cabelos castanhos, compridos e lisos.”
   
 Descrição subjetiva:
  Na descrição subjetiva, o texto procura sensibilizar o leitor
  através da percepção e da interpretação do observador-
  redator. A redação fica mais poética, mais lírica.
   Exemplo:
  “O sujeitão, que parecia um carro de boi cruzando com trem
  de ferro, já entrou soltando fogo pela folga do dente de
  ouro.” 
  (José Cândido de Carvalho)
INJUNÇÃO
Instrui o leitor, orientando-o na intenção de
  transformar o comportamento. Ex: receita de
  bolo, bula de remédio, manual de instrução,
  determinados capítulos de um livro de auto
  ajuda, etc.

1ª parte: descrição dos materiais e circunstâncias
  que prescindem ao ponto de partida da realização
  da ação
2ª parte: enumeração de procedimentos
EXEMPLO DE TEXTO
            Torta Salgada Cremosa
                                               Modo de preparo
Ingredientes
   Massa                                        Massa
 1 copo (americano) de óleo                   Coloque os ingredientes no liquidificador
 2 copos (americano) de leite                  nesta ordem: o óleo, o leite, os ovos, a
 3 ovos
                                                farinha de trigo, o sal, o queijo ralado e o
         Exemplo de texto




                                                fermento. Bata por 3 a 5 minutos mais ou
 2 copos (americano) de farinha de trigo
                                                menos, até ficar uma massa homogênea. Ela
   peneirada
                                                fica um pouco mais grossa que massa de
 Sal a gosto
                                                panqueca.
 100g de queijo parmesão ralado

 1 colher (sobremesa) de fermento em pó
                                            Cobertura
Recheio
                                             Misture o tomate a cebola e tempere com o
 1 lata de ervilha

 1 lata de milho verde
                                              azeite, o sal e o orégano.
 300g de queijo cremoso

 200g de mussarela cortada em cubinhos     Montagem
 200g de presunto cortado em cubinhos       Numa assadeira untada e enfarinhada,
 100g de champignon                          despeje metade da massa, coloque o recheio
Cobertura
                                              na ordem: ervilha, milho, champignon,
                                              mussarela, presunto e por último espalhe o
 3 tomates cortados em cubinhos
                                              queijo cremoso com um saco de confeiteiro.
 3 cebolas cortadas em cubinhos              Junte o restante da massa e por cima a
 Azeite, sal e orégano a gosto               cobertura. Leve ao forno entre médio e alto
                                              por mais ou menos 45 minutos, até a massa
                                              ficar dourada.
DISSERTAÇÃO

   Texto que se propõe desenvolver a capacidade de
    reflexão crítica no relacionamento humano. É a
    defesa de uma tese, com objetivo de convencer
    quem lê.
TEXTO EXPOSITIVO
   O telefone celular
    A história do celular é recente, mas remonta ao
    passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone
    móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida
    pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de
    Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila
    (1949).
    Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela
    inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista
    fabricante de armas. O que sobrou de uma relação
    desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos
    Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial,
    ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
    haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou
    intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual
    duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal,
    para que a conversa não fosse interrompida. Era a
    base dos celulares, patenteada em 1940.
TEXTO ARGUMENTATIVO
Ler Cícero vale mais que aplicar Botox
                                         Paulo Nogueira
    O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao
  longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi
  escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do
  Envelhecimento (no Brasil, há uma edição competente da Martins
  Fontes.) Cícero nota, primeiro, que todas as idades têm seus
  encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo
  da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que
  significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de
  celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e
  amargura. "Todos os homens desejam alcançar a velhice, mas ao
  ficarem velhos se lamentam", escreveu Cícero. "Eis aí a
  consequência da estupidez." Ler as palavras de Cícero sobre o
  envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do
  tempo. "Os velhos inteligentes, agradáveis e divertidos suportam
  facilmente a idade, ao passo que a acrimônia, o temperamento
  triste e a rabugice são deploráveis em qualquer idade."
  ...........................................
  (Revista Época, 28 de abril de 2008)
EXPOR E ARGUMENTAR
Discurso expositivo:
                             Discurso argumentativo:
 consiste na apresentação e
                               caracteriza-se por implicar
  discussão de uma ideia, de   o debate, a discussão de
  um assunto ou doutrina, de   uma ideia, assunto ou
  forma ordenada.              doutrina, com o objetivo de
 Processo demonstrativo,      influenciar, persuadir,
  sem o objetivo de            conquistar a adesão do
  engajamento ou               destinatário;
  convencimento do            Trata-se de uma exposição
  destinatário.                acompanhada de
 Usa-se linguagem             argumentos, provas e
  reflexiva, denotativa.       técnicas de convencimento,
                               de mudanças de ponto de
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Requisitos textuais

  • 2. REQUISITOS BÁSICOS PARA PRODUÇÃO DE UM TEXTO  Ter domínio do idioma  Conhecer o assunto a ser tratado  Conhecer as técnicas.
  • 3. TIPOS TEXTUAIS  Narração  Descrição  Dissertação argumentativa/ expositiva  Injunção Gêneros textuais  Telefonema  Carta ( comercial, pessoal, eletrônica)  Bula de remédio  Outdoors  Lista de compras  Bate-papo  Sermão  Bilhete  Cardápio  Edital de concurso  Piada  Notícias
  • 4. NARRAÇÃO  É o tipo de texto ( real ou ficcional) no qual é contada uma história;  É explanado um acontecimento, um fato ocorrido;  É também chamado de narrativa;  É frequente seu uso em relatórios, petições de direitos, termos de audiência, atas e exposições em geral.
  • 5. ELEMENTOS DA NARRATIVA  Narrador: é aquele que conta a história. Pode ser: - narrador-personagem:conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. - narrador-observador:conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações - narrador-onisciente:conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa.  Personagens: atuam na narrativa. Podem ser : protagonista/ antagonista  Ambiente: espaço físico e social onde é desenvolvida a ação das personagens; plano de fundo, cenário.  Tempo: é o elemento fortemente ligado ao enredo, que determina a sequenciação de fatos narrados.pode ser cronológico ( tempo do relógio) ou psicológico( repercussão emocional, estética e psicológica dos personagens.  Foco narrativo: diferentes formas de narrar. Pode ser :
  • 6. DESCRIÇÃO Caracteriza lugares, pessoas, coisa, dar detalhes. Usada na redação dos termos legais, nos contratos, acordos, etc. Exemplo: A moça tinha ombros curvos como os de uma cerzideira. Aprendera em pequena a cerzir. Ela se realizaria muito mais se se desse ao delicado labor de restaurar fios, quem sabe se de seda. Ou de luxo: cetim bem brilhoso, um beijo de almas. Cerzideirinha mosquito. Carregar em costas de formiga um grão de açúcar. Era ela de leve como uma idiota, só que não o era. Não sabia que era infeliz. É porque ela acreditava. Em quê? Em vós, mas não é preciso acreditar em alguém ou em alguma coisa - basta acreditar. Isso lhe dava às vezes estado de graça. Nunca perdera a fé. (Lispector, Clarice. A Hora da Estrela)
  • 7. CARACTERÍSTICAS DA DESCRIÇÃO  ausência de progressão temporal;  presença de adjetivos e locuções adjetivas;  predomínio de verbos de estado;  emprego de figuras de linguagem: metáfora, prosopopéia, sinestesia, antítese etc.;  uso de elementos sensoriais: visão, audição, olfato, paladar, tato;  emprego de frases nominais (sem verbo). 
  • 8. TIPOS DE DESCRIÇÃO Descrição objetiva: A descrição pode ser objetiva, quando é uma fiel reprodução da realidade, mostrando de forma concreta como é, por exemplo, um objeto. As palavras buscam a exatidão, sem sentimentalismos, para que a idéia precisa seja passada.  Exemplo: “Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.”    Descrição subjetiva: Na descrição subjetiva, o texto procura sensibilizar o leitor através da percepção e da interpretação do observador- redator. A redação fica mais poética, mais lírica. Exemplo: “O sujeitão, que parecia um carro de boi cruzando com trem de ferro, já entrou soltando fogo pela folga do dente de ouro.”  (José Cândido de Carvalho)
  • 9. INJUNÇÃO Instrui o leitor, orientando-o na intenção de transformar o comportamento. Ex: receita de bolo, bula de remédio, manual de instrução, determinados capítulos de um livro de auto ajuda, etc. 1ª parte: descrição dos materiais e circunstâncias que prescindem ao ponto de partida da realização da ação 2ª parte: enumeração de procedimentos
  • 10. EXEMPLO DE TEXTO Torta Salgada Cremosa  Modo de preparo Ingredientes Massa Massa  1 copo (americano) de óleo  Coloque os ingredientes no liquidificador  2 copos (americano) de leite nesta ordem: o óleo, o leite, os ovos, a  3 ovos farinha de trigo, o sal, o queijo ralado e o Exemplo de texto fermento. Bata por 3 a 5 minutos mais ou  2 copos (americano) de farinha de trigo menos, até ficar uma massa homogênea. Ela peneirada fica um pouco mais grossa que massa de  Sal a gosto panqueca.  100g de queijo parmesão ralado  1 colher (sobremesa) de fermento em pó Cobertura Recheio  Misture o tomate a cebola e tempere com o  1 lata de ervilha  1 lata de milho verde azeite, o sal e o orégano.  300g de queijo cremoso  200g de mussarela cortada em cubinhos Montagem  200g de presunto cortado em cubinhos  Numa assadeira untada e enfarinhada,  100g de champignon despeje metade da massa, coloque o recheio Cobertura na ordem: ervilha, milho, champignon, mussarela, presunto e por último espalhe o  3 tomates cortados em cubinhos queijo cremoso com um saco de confeiteiro.  3 cebolas cortadas em cubinhos Junte o restante da massa e por cima a  Azeite, sal e orégano a gosto cobertura. Leve ao forno entre médio e alto por mais ou menos 45 minutos, até a massa ficar dourada.
  • 11. DISSERTAÇÃO  Texto que se propõe desenvolver a capacidade de reflexão crítica no relacionamento humano. É a defesa de uma tese, com objetivo de convencer quem lê.
  • 12. TEXTO EXPOSITIVO  O telefone celular A história do celular é recente, mas remonta ao passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
  • 13. TEXTO ARGUMENTATIVO Ler Cícero vale mais que aplicar Botox Paulo Nogueira O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento (no Brasil, há uma edição competente da Martins Fontes.) Cícero nota, primeiro, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. "Todos os homens desejam alcançar a velhice, mas ao ficarem velhos se lamentam", escreveu Cícero. "Eis aí a consequência da estupidez." Ler as palavras de Cícero sobre o envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. "Os velhos inteligentes, agradáveis e divertidos suportam facilmente a idade, ao passo que a acrimônia, o temperamento triste e a rabugice são deploráveis em qualquer idade." ........................................... (Revista Época, 28 de abril de 2008)
  • 14. EXPOR E ARGUMENTAR Discurso expositivo: Discurso argumentativo:  consiste na apresentação e caracteriza-se por implicar discussão de uma ideia, de o debate, a discussão de um assunto ou doutrina, de uma ideia, assunto ou forma ordenada. doutrina, com o objetivo de  Processo demonstrativo, influenciar, persuadir, sem o objetivo de conquistar a adesão do engajamento ou destinatário; convencimento do  Trata-se de uma exposição destinatário. acompanhada de  Usa-se linguagem argumentos, provas e reflexiva, denotativa. técnicas de convencimento, de mudanças de ponto de vista.