3. TIPOS TEXTUAIS
Narração
Descrição
Dissertação argumentativa/ expositiva
Injunção
Gêneros textuais
Telefonema
Carta ( comercial, pessoal, eletrônica)
Bula de remédio
Outdoors
Lista de compras
Bate-papo
Sermão
Bilhete
Cardápio
Edital de concurso
Piada
Notícias
4. NARRAÇÃO
É o tipo de texto ( real ou ficcional) no qual é
contada uma história;
É explanado um acontecimento, um fato ocorrido;
É também chamado de narrativa;
É frequente seu uso em relatórios, petições de
direitos, termos de audiência, atas e exposições
em geral.
5. ELEMENTOS DA NARRATIVA
Narrador: é aquele que conta a história. Pode ser:
- narrador-personagem:conta na 1ª pessoa a história da
qual participa também como personagem.
- narrador-observador:conta a história do lado de fora,
na 3ª pessoa, sem participar das ações
- narrador-onisciente:conta a história em 3ª pessoa e, às
vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa.
Personagens: atuam na narrativa. Podem ser :
protagonista/ antagonista
Ambiente: espaço físico e social onde é desenvolvida a
ação das personagens; plano de fundo, cenário.
Tempo: é o elemento fortemente ligado ao enredo, que
determina a sequenciação de fatos narrados.pode ser
cronológico ( tempo do relógio) ou psicológico( repercussão
emocional, estética e psicológica dos personagens.
Foco narrativo: diferentes formas de narrar. Pode ser :
6. DESCRIÇÃO
Caracteriza lugares, pessoas, coisa, dar detalhes.
Usada na redação dos termos legais, nos contratos,
acordos, etc.
Exemplo:
A moça tinha ombros curvos como os de uma
cerzideira. Aprendera em pequena a cerzir. Ela se
realizaria muito mais se se desse ao delicado labor de
restaurar fios, quem sabe se de seda. Ou de luxo: cetim
bem brilhoso, um beijo de almas. Cerzideirinha
mosquito. Carregar em costas de formiga um grão de
açúcar. Era ela de leve como uma idiota, só que não o
era. Não sabia que era infeliz. É porque ela
acreditava. Em quê? Em vós, mas não é preciso
acreditar em alguém ou em alguma coisa - basta
acreditar. Isso lhe dava às vezes estado de graça.
Nunca perdera a fé.
(Lispector, Clarice. A Hora da Estrela)
7. CARACTERÍSTICAS DA
DESCRIÇÃO
ausência de progressão temporal;
presença de adjetivos e locuções adjetivas;
predomínio de verbos de estado;
emprego de figuras de linguagem: metáfora,
prosopopéia, sinestesia, antítese etc.;
uso de elementos sensoriais: visão, audição,
olfato, paladar, tato;
emprego de frases nominais (sem verbo).
8. TIPOS DE DESCRIÇÃO
Descrição objetiva:
A descrição pode ser objetiva, quando é uma fiel reprodução
da realidade, mostrando de forma concreta como é, por
exemplo, um objeto. As palavras buscam a exatidão, sem
sentimentalismos, para que a idéia precisa seja passada.
Exemplo:
“Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros,
cabelos castanhos, compridos e lisos.”
Descrição subjetiva:
Na descrição subjetiva, o texto procura sensibilizar o leitor
através da percepção e da interpretação do observador-
redator. A redação fica mais poética, mais lírica.
Exemplo:
“O sujeitão, que parecia um carro de boi cruzando com trem
de ferro, já entrou soltando fogo pela folga do dente de
ouro.”
(José Cândido de Carvalho)
9. INJUNÇÃO
Instrui o leitor, orientando-o na intenção de
transformar o comportamento. Ex: receita de
bolo, bula de remédio, manual de instrução,
determinados capítulos de um livro de auto
ajuda, etc.
1ª parte: descrição dos materiais e circunstâncias
que prescindem ao ponto de partida da realização
da ação
2ª parte: enumeração de procedimentos
10. EXEMPLO DE TEXTO
Torta Salgada Cremosa
Modo de preparo
Ingredientes
Massa Massa
1 copo (americano) de óleo Coloque os ingredientes no liquidificador
2 copos (americano) de leite nesta ordem: o óleo, o leite, os ovos, a
3 ovos
farinha de trigo, o sal, o queijo ralado e o
Exemplo de texto
fermento. Bata por 3 a 5 minutos mais ou
2 copos (americano) de farinha de trigo
menos, até ficar uma massa homogênea. Ela
peneirada
fica um pouco mais grossa que massa de
Sal a gosto
panqueca.
100g de queijo parmesão ralado
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
Cobertura
Recheio
Misture o tomate a cebola e tempere com o
1 lata de ervilha
1 lata de milho verde
azeite, o sal e o orégano.
300g de queijo cremoso
200g de mussarela cortada em cubinhos Montagem
200g de presunto cortado em cubinhos Numa assadeira untada e enfarinhada,
100g de champignon despeje metade da massa, coloque o recheio
Cobertura
na ordem: ervilha, milho, champignon,
mussarela, presunto e por último espalhe o
3 tomates cortados em cubinhos
queijo cremoso com um saco de confeiteiro.
3 cebolas cortadas em cubinhos Junte o restante da massa e por cima a
Azeite, sal e orégano a gosto cobertura. Leve ao forno entre médio e alto
por mais ou menos 45 minutos, até a massa
ficar dourada.
11. DISSERTAÇÃO
Texto que se propõe desenvolver a capacidade de
reflexão crítica no relacionamento humano. É a
defesa de uma tese, com objetivo de convencer
quem lê.
12. TEXTO EXPOSITIVO
O telefone celular
A história do celular é recente, mas remonta ao
passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone
móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida
pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de
Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila
(1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela
inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista
fabricante de armas. O que sobrou de uma relação
desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos
Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial,
ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou
intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual
duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal,
para que a conversa não fosse interrompida. Era a
base dos celulares, patenteada em 1940.
13. TEXTO ARGUMENTATIVO
Ler Cícero vale mais que aplicar Botox
Paulo Nogueira
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao
longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi
escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do
Envelhecimento (no Brasil, há uma edição competente da Martins
Fontes.) Cícero nota, primeiro, que todas as idades têm seus
encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo
da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que
significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de
celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e
amargura. "Todos os homens desejam alcançar a velhice, mas ao
ficarem velhos se lamentam", escreveu Cícero. "Eis aí a
consequência da estupidez." Ler as palavras de Cícero sobre o
envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do
tempo. "Os velhos inteligentes, agradáveis e divertidos suportam
facilmente a idade, ao passo que a acrimônia, o temperamento
triste e a rabugice são deploráveis em qualquer idade."
...........................................
(Revista Época, 28 de abril de 2008)
14. EXPOR E ARGUMENTAR
Discurso expositivo:
Discurso argumentativo:
consiste na apresentação e
caracteriza-se por implicar
discussão de uma ideia, de o debate, a discussão de
um assunto ou doutrina, de uma ideia, assunto ou
forma ordenada. doutrina, com o objetivo de
Processo demonstrativo, influenciar, persuadir,
sem o objetivo de conquistar a adesão do
engajamento ou destinatário;
convencimento do Trata-se de uma exposição
destinatário. acompanhada de
Usa-se linguagem argumentos, provas e
reflexiva, denotativa. técnicas de convencimento,
de mudanças de ponto de
vista.