Transtornos de ansiedade e estresse | Espaço Holos
1.
2. Transtornos neuróticos,
transtornos relacionados
ao estresse.
Cláudio Melo | PSICÓLOGO
Mestre em Psicologia pela UFRJ
Psicanalista
OUTUBRO/2014 | SIPAT IURD
3. QUEM SOMOS
O Espaço Holos é uma clínica psiquiátrica especializada
em saúde mental.
Temos uma equipe multidisciplinar com mais de 80
colaboradores, agregada a um ambiente terapêutico,
para proporcionar aos pacientes e suas famílias todos os
recursos da moderna psiquiatria, em uma estrutura
completa que integra ambulatório, internação, hospital
dia e atendimento domiciliar.
Tudo isso com um único objetivo: cuidar de pessoas.
4. TRANSTORNOS NEURÓTICOS,
TRANSTORNOS RELACIONADOS COM O
ESTRESSE E TRANSTORNOS
SOMATOFORMES
-Transtornos fóbico-ansiosos
-Outros transtornos ansiosos
-Transtorno obsessivo-compulsivo
- Transtorno de adaptação
- Reação aguda ao estresse
- Estado de stress pós-traumático
5. TRANSTORNOS FÓBICO-ANSIOSOS
Fobia ou Phobia, em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada
ante situações, objetos, animais ou lugares.
Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologia, as fobias fazem
parte do espectro dos transtornos de ansiedade com a característica
especial de só se manifestarem em situações particulares.
6. TRANSTORNOS FÓBICO-ANSIOSOS
1. Agorafobia - Medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o
indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil ou despercebida.
2. Fobia Social - Medo perante situações em que a pessoa possa estar
exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar
perante uma situação de humilhação em público.
3. Fobia Simples - Medo circunscrito diante objectos ou situações
concretas.
7. OUTROS TRANSTORNOS ANSIOSOS
Transtorno do pânico ou Síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade
caracterizado por um intenso medo ou/e mal-estar com sintomas físicos e
cognitivos que se iniciam de forma brusca e alcançam intensidade máxima
em cerca de 5 minutos e causando medo de morrer persistente e recorrente,
o que aumenta a chance de outros ataques.
8. OUTROS TRANSTORNOS ANSIOSOS
O transtorno de ansiedade generalizada ou desordem de ansiedade
generalizada caracteriza-se por um estado de ansiedade excessiva
persistente que não depende do contexto e é desproporcional aos fatos que
ocorrem na maior parte dos dias por um período de pelo menos 6 meses.
9. TRANSTORNOS NEURÓTICOS,
TRANSTORNOS RELACIONADOS COM O
ESTRESSE E TRANSTORNOS
SOMATOFORMES
-Reação aguda ao estresse
-Estado de stress pós-traumático
- Transtorno de adaptação
10. REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE
Também conhecida como Choque psíquico ou mais popularmente
conhecido como "estado de choque" refere-se a uma resposta não
adaptativa a uma situação de risco da integridade física, psíquica ou
social.
É um transtorno transitório que ocorre após eventos de extremo estresse
físico e/ou psíquico e geralmente desaparece em algumas horas ou em
alguns dias. É uma resposta normal a eventos estressantes.
11. ESTADO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
• O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), estado de stress
pós-traumático ou ainda síndrome pós-traumática, é um transtorno
psicológico que ocorre em resposta a uma situação ou evento
estressante, de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica.
Com duração mínima de um mês (stress agudo) e máxima de 2 anos
(modificação duradoura da personalidade).
12. TRANSTORNO DE ADAPTAÇÃO
• Transtorno de adaptação ou transtorno de ajustamento é um transtorno de
ansiedade caracterizado por sintomas depressivos e ansiosos que
persiste por mais de 3 meses resultante do impacto psicológico de um
evento estressante como por exemplo divórcio, desemprego etc
Diferencia-se do luto normal pela persistência e pela intensidade do
prejuízo funcional e social. O principal sintoma é o sério prejuízo na vida
social, no desempenho acadêmico/profissional e no auto-cuidado.
15. ANTECEDENTES
A teoria científica do trauma nasce com a sociedade moderna, com os
filhos da guerra.
Como medidas de reincorporação dos militares ao fronte de batalha na
duas grandes guerras, surgiram diversas teorias e práticas do trauma:
Autoritárias: que forçavam os soldados vitimados a retornarem
imediatamente ao fronte;
Humanistas: preservação dos laços de companheirismo como método
de restabelecimento dos soldados traumatizados.
16. ANTECEDENTES
• Mas é nos Estados Unidos após a guerra do Vietnã, a partir da
mobilização social em torno dos veteranos de guerra, que surge a teoria
moderna do trauma que irá desembocar nas classificações médicas do
estresse pós-traumático – Transtorno de Estresse Pós-traumático
segundo o DSM IV ou, Reações ao “stress” grave e transtornos de
adaptação pela CID-10.
17. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• O critério classificatório principal, inclusive de diagnóstico diferencial, é a
existência “real” de fator estressor ou traumático.
• Ao contrário de outras psicopatologias, a etiologia depende
principalmente de fatores externos.
18. DE QUAL REALIDADE SE TRATA?
Segundo Freud existem duas realidades: a psíquica, a qual ele distingui
do real do mundo não-psíquico.
A invasão da realidade psíquica pelo real do mundo é o que é
traumático.
19. O trauma então pode ser entendido como um
despertar do sujeito para o real do mundo,
desfigurando temporariamente a realidade
psíquica. Real esse que aponta para as certezas:
a morte, a desordem social, a falta de
segurança, a imprevisibilidade das coisas, etc.
20. Ao ego cabe a construção de um mundo de ordens, de
previsibilidade, que dê segurança ao sujeito de sua
integridade física e psíquica – Matrix.
23. Solução generalista:
Tome a pílula azul e retorne para o seu mundo psíquico, que refaremos a
programação – o software.
Consequências:
Defesas transitórias, suscetíveis a novos traumas que podem se
cronificar: depressão, transtornos de ansiedade crônico, fobias, etc.;
Desimplicação do sujeito e consequente eleição de figuras persecutórias
perversas: a empresa, o governo, a justiça, etc.
24. Solução baseada na orientação psicanalítica:
Tome a pílula vermelha, conheça seus limites reais, saia da Matrix e
desenvolva seus próprios instrumentos para lidar com o que lhe cerca.
Consequências:
Soluções mais duradouras e estáveis, não cronificantes;
Implicação do sujeito, responsabilização e tomada de posição política,
pessoal e social
26. 1. MOMENTO DE VER:
Os pacientes são convidados a falar em grupo partindo de suas experiências
traumáticas e das conseqüências destas. Num primeiro momento surgirão as
identificações e os discursos pré-formatados, o que diminuirá a sensação de
desordem e desamparo típicos do momento de pós-trauma.
27. 2. MOMENTO DE PENSAR
Os sujeitos são direcionados a falar de si e de seus impasses pessoais, pré e
pós-trauma, distanciando-se do fator estressor e podendo avalia-lo de forma
particular e não generalista.
28. 3. MOMENTO DE CONCLUIR
Por último, os sujeitos são levados a encontrar suas próprias saídas de forma
inventiva e singular, desta forma conciliando o seu mundo interno – realidade
psíquica, com o seu mundo externo – real do mundo: mudanças de posição
social, política, pessoal.